Final da Copa Libertadores da América de 1999
Evento | Copa Toyota Libertadores 1999 | ||||||
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Primeira partida | |||||||
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Data | 2 de junho de 1999 | ||||||
Local | Estádio Olímpico Pascual Guerrero, Cali | ||||||
Árbitro | Mario Sánchez | ||||||
Segunda partida | |||||||
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Data | 16 de junho de 1999 | ||||||
Local | Estádio Palestra Itália, São Paulo | ||||||
Árbitro | Ubaldo Aquino | ||||||
Público | 32.000 | ||||||
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A final da Copa Libertadores da América de 1999 foi a 40ª final da Libertadores da América, torneio continental organizado anualmente pela CONMEBOL. A decisão, realizada entre duas partidas, foi disputada entre o Palmeiras e o Deportivo Cali, da Colômbia. O clube brasileiro conquistou o torneio pela primeira vez em sua história.[1][2][3]
Na primeira partida, em 2 de junho, o clube colombiano venceu em casa por 1 a 0.[4] Na partida de volta, em 16 de junho, no Palestra Itália, o Palmeiras reverteu a vantagem adversária e venceu por 2 a 1 no tempo complementar de jogo, levando a partida para a disputa de pênaltis, onde venceu por 4 a 3.[1][5]
Com o título, o Palmeiras conquistou sua primeira Libertadores da América e o seu segundo título continental, após vencer a Copa Mercosul de 1998. Teve também o direito de disputar a Copa Intercontinental de 1999, contra o Manchester United, da Inglaterra, que venceu a Liga dos Campeões da UEFA de 1998–99.
Antecedentes
[editar | editar código-fonte]A final da Libertadores de 1999 indicava que haveria um campeão inédito, já que nem o Palmeiras nem o Deportivo Cali haviam conquistado o torneio até então. A equipe palestrina foi vice em 1961 e 1968, enquanto a equipe colombiana foi vice em 1978. Essa foi a primeira, e até hoje única, vez que Palmeiras e Deportivo Cali se enfrentaram pela Libertadores.[6]
Equipe | Aparições em finais anteriores (negrito indica vencedores) |
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Palmeiras | 2 (1961, 1968) |
Deportivo Cali | 1 (1978) |
Palmeiras
[editar | editar código-fonte]Classificado para a Libertadores de 1999 após vencer a Copa do Brasil de 1998, o Palmeiras caiu no Grupo 3 da competição, junto com o Cerro Porteño e o Olimpia, ambos do Paraguai, e o arquirrival Corinthians.[7]
Sob o comando de Luiz Felipe Scolari, o Alviverde teve dificuldades para se classificar, conseguindo apenas na última rodada após vencer o Cerro Porteño de virada, no Palestra Itália.[7] Assim, conseguiu somar 10 pontos, que foram suficientes para avançar de fase em segundo lugar do seu grupo.[7] Foi em um dos jogos da fase de grupos contra o Corinthians, inclusive, que o então reserva Marcos assumiu a titularidade da equipe após lesão de Velloso, posto que teria até o fim da competição.[2]
Pelas oitavas-de-final, enfrentou o então atual campeão Vasco da Gama, que, devido ao atual regulamento da Libertadores na época, tinha se classificado diretamente para a fase eliminatória do torneio.[2] No jogo de ida, as duas equipes terminaram empatadas em 1 a 1.[7] Na partida de volta, em São Januário, o Palmeiras contou com grande atuação do meia Alex para vencer os cariocas por 4 a 2 e se classificar para as quartas do torneio.[7][2]
Nas quartas, o Palmeiras voltou a encarar o Corinthians, que tinha vencido o Jorge Wilstermann nas oitavas. As duas partidas foram no Estádio do Morumbi,[8] e o Alviverde saiu na frente ao vencer por 2 a 0 na primeira partida.[7] Apesar da vitória, o destaque foi o goleiro Marcos, que, com várias defesas difíceis, conseguiu manter o gol do Palmeiras sem ser vazado.[2] Na partida de volta, os alvinegros devolveram o placar e a partida foi para os pênaltis, onde novamente a estrela do arqueiro brilhou, defendendo um pênalti de Vampeta e ajudando o Palmeiras a chegar às semifinais.[2]
Pelas semifinais o Palmeiras encontraria o River Plate, que havia se sagrado tricampeão da Libertadores, três edições antes.[7] Na partida de ida, no Monumental de Núñez, o Alviverde perdeu por 1 a 0,[2] mas a derrota poderia ter sido muito mais larga, já que passou por um verdadeiro sufoco durante praticamente todo o jogo.[2] O River, com nomes experientes e importantes do futebol argentino como Sorín, Gallardo, Saviola e Ángel bombardearam a meta alviverde, que contou, novamente, com uma noite iluminada do goleiro Marcos, que conseguiu evitar uma goleada com inúmeras defesas.[2][9] Tal atuação é vista até hoje como uma das melhores da carreira de Marcos.[10] Na volta, no Palestra Itália, o Palmeiras, contando mais uma vez com grande noite do meia Alex,[11] reverteu o placar ao vencer por 3 a 0 e garantiu vaga para a terceira final de Libertadores da sua história, 31 anos depois.[2][7]
Deportivo Cali
[editar | editar código-fonte]Campeão do Campeonato Colombiano de 1998, o Deportivo Cali se juntou a Vélez Sarsfield e River Plate, da Argentina, e o conterrâneo Once Caldas no grupo 2 da Libertadores. Assim como o Palmeiras, classificou-se em segundo do seu grupo, com 9 pontos. Na trajetória até o final, obteve triunfos sobre o Colo-Colo, do Chile, nas oitavas, o Bella Vista, do Uruguai, nas quartas e o Cerro Porteño, do grupo do Palmeiras e do Paraguai, nas semis. Os colombianos tinham um bom time, com os destaques sendo o arrojado goleiro Dudamel, o zagueiro Yepes, o volante e capitão Zapata, e o artilheiro Bonilla.
Caminhos até à final
[editar | editar código-fonte]Palmeiras | Fase | Deportivo Cali | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Oponente | Resultados | Grupos | Oponente | Resultados | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Corinthians | 1–2 (F) | 1–0 (C) | Once Caldas | 0–3 (F) | 1–0 (C) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Cerro Porteño | 5–2 (F) | 2–1 (C) | Vélez Sarsfield | 0–3 (F) | 1–0 (C) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Olimpia | 2–4 (F) | 1–1 (C) | River Plate | 1–2 (F) | 1–0 (C) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Grupo 3
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Grupo 2
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Oponente | Resultados | Fase final | Oponente | Resultados | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Vasco da Gama | 1–1 (C) | 4–2 (F) | Oitavas | Colo-Colo | 2–0 (C) | 0–1 (F) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Corinthians | 2–0 (C) | 0–2 (4–2 p) (F) | Quartas | Bella Vista | 2–1 (C) | 1–1 (F) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
River Plate | 0–1 (F) | 3–0 (C) | Semifinal | Cerro Porteño | 4–0 (C) | 2–3 (F) |
Legenda: (C) casa; (F) fora
Partida de ida
[editar | editar código-fonte]Apostando num esquema mais ofensivo,[12] o Palmeiras foi à Colômbia para a primeira partida e disputou um jogo muito acirrado.[13] O time brasileiro teve dificuldades para criar oportunidades no primeiro tempo, pois duas das principais válvulas de escape do time, os laterais Arce e Júnior, não faziam boa partida.[12] Enquanto o Palmeiras tentava levar perigo em jogadas de bola parada resistindo à pressão,[13] quem abriu o placar foi o Deportivo, aos 42, após jogada de Candelo que Bonilla escorou de cabeça, dentro da pequena área, para abrir o placar para a equipe colombiana.[13]
No segundo tempo, o técnico Luiz Felipe Scolari promoveu alterações no setor ofensivo, trocando Oséas, que não fazia boa partida, por Evair.[12] Entretanto, a mudança não surtiu efeito e o Palmeiras continuou tendo problemas para criar jogadas.[12] Novamente na bola parada, o Palmeiras teve sua melhor chance na partida com o lateral-direito Arce, que acertou o travessão colombiano aos 15.[13]
Com o andar da partida, ambos os times foram cansando e as chances que apareceram na primeira etapa foram mais escassas durante o segundo tempo.[13] No fim, o placar terminou com a vitória do Deportivo Cali pela contagem mínima.[13]
Irritado com a derrota, Scolari apontou que o Palmeiras fez um jogo fraco e aquém do esperado, afirmando que o time palestrino deveria ter criado mais jogadas.[12] Em entrevista ao documentário 1999 - O ano em que o PALMEIRAS conquistou a AMÉRICA, gravado em 2019, o atacante Paulo Nunes afirmou que, em conversa com o técnico após a partida, tinha convicção que o título viria para o Palestra Itália.[3]
“ | "O Felipão veio conversar comigo [após a partida] (...) e queria saber de mim o que eu tinha achado [do resultado]. Eu falei: "Felipão, esse título é nosso."" |
” |
— Paulo Nunes, atacante do Palmeiras em 1999, no documentário 1999 - O ano em que o PALMEIRAS conquistou a AMÉRICA[3].
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Detalhes
[editar | editar código-fonte]2 de junho de 1999 | Deportivo Cali | 1 – 0 | Palmeiras | Olímpico Pascual Guerrero, Cali |
20:10 (UTC−5) |
Bonilla 42' | Relatório | Árbitro: CHI Mario Sánchez |
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Partida de volta
[editar | editar código-fonte]Catorze dias depois, as duas equipes voltaram a campo para a partida decisiva. Contando com um Palestra Itália abarrotado e com os 32 mil ingressos disponíveis vendidos em oito horas,[14][15] o Palmeiras precisava de uma vitória de dois gols de diferença para ganhar o título, ou pelo menos vencer por um gol para levar a disputa para os pênaltis.[16]
Primeiro tempo
[editar | editar código-fonte]O Palmeiras começou a partida em casa em ritmo acelerado, como fez durante todo o torneio.[16] Uma das principais estratégias do time palestrino para a partida foram as bolas aéreas, já que o goleiro Dudamel era conhecido por ser fraco pelo alto.[16] Desta forma, as melhores chances criadas pelo Palmeiras no primeiro tempo surgiram com Alex, que, em duas oportunidades, recebeu cruzamento da direita e desviou de cabeça com Dudamel batido, mas em ambas a bola foi para fora.[16] Outras chances criadas foram com o atacante Oséas, que chegou a marcar um gol mas estava impedido, e o zagueiro Roque Júnior, que aproveitou cobrança de Arce suspendida na área colombiana e testou a bola no pé da trave direita de Dudamel.[16]
Do outro lado, o Deportivo Cali abusava das faltas (17 só no primeiro tempo),[16] mas não se limitava apenas a se defender e chegava com certo perigo ao ataque.[16] Em um lance, o sempre perigoso Bonilla recebeu passe de Betancourth, invadiu a área e finalizou, mas o goleiro Marcos conseguiu fazer a defesa e evitar o gol dos visitantes.[16]
Justificando a estratégia, o Palmeiras terminou os primeiros 45 minutos com quinze bolas levantadas na área colombiana.[16] Entretanto, apesar de movimentada, a primeira etapa terminou sem gols para ambos os lados.[16]
Segundo tempo
[editar | editar código-fonte]Com as duas equipes voltando sem alterações para a segunda etapa,[16] o Palmeiras continuava atacando o adversário, que, assim como no primeiro tempo, continuava cometendo diversas faltas para travar o jogo e fazer o relógio andar.[16] Aos 10, o Palmeiras conseguiu levar perigo em jogada organizada na esquerda pelo volante César Sampaio, até chegar a Paulo Nunes, que finalizou para grande defesa de Dudamel.[16] No minuto seguinte, Felipão fez a primeira alteração no time: saiu o lateral Arce para a entrada do atacante Evair.[16] O volante Rogério foi jogar na lateral-direita; desta forma, o Palmeiras abandonava o 4–4–2 habitual e mudou seu esquema para um mais ofensivo 4–3–3.[16]
Aos 17, o Palmeiras finalmente abriu o placar:[16] Rogério cruzou a bola no segundo pau para Paulo Nunes, que a desviou para dentro da pequena área na direção de Oséas; em disputa aérea com o centroavante, o zagueiro Yepes usou o braço esquerdo para afastar a bola.[16] O árbitro paraguaio Ubaldo Aquino imediatamente apontou pênalti, convertido por Evair, que deslocou Dudamel, cobrando no canto direito.[16]
Entretanto, a alegria palestrina não demorou para ser interrompida: aos 23, o lateral Bedoya recebeu passe de Betancourth pela esquerda, e foi derrubado pelo zagueiro Júnior Baiano dentro da área.[16] Pênalti que o volante Zapata cobrou e empatou a partida.[16]
Tanto o Palmeiras quanto o estádio sentiram o gol por alguns minutos,[16] mas após duas chances criadas por Alex e Evair, o estádio novamente voltou a pulsar e a torcida voltou a ficar esperançosa pelo segundo gol.[16] Aos 29, Felipão promoveu então mais uma alteração ao tirar Alex e colocar o atacante Euller para ajudar nas jogadas de velocidade e furar a retranca colombiana.[16] E deu certo: no minuto seguinte, triangulação entre o lateral-esquerdo Júnior, Euller e o meia Zinho, que devolveu para o lateral, que já estava dentro da área; este, por sua vez, bateu cruzado e o atacante Oséas escorou para o gol, colocando novamente o time brasileiro na frente.[16]
O Alviverde continuava indo ao ataque na busca do terceiro gol, mas, apesar dos ataques serem criados, estes eram finalizados de forma desordenada.[16] O Deportivo Cali, por outro lado, não queria saber mais de jogo, cometendo, como de praxe, diversas faltas, fazendo muita cera para esfriar o jogo e enervar os jogadores palmeirenses.[16] Aos 34, o time colombiano ficou com um a menos, após o zagueiro Mosquera ser expulso por cometer falta dura em Oséas ao disputar uma bola aérea no meio de campo.[16] O jogo então virou ataque contra defesa, mas a zaga do Deportivo e o goleiro Dudamel conseguiram manter o placar pela diferença mínima nos minutos finais.[16]
O árbitro Ubaldo Aquino deu 5 minutos de acréscimo.[16] Aos 49, em lance confuso, o atacante Evair foi expulso após, segundo o árbitro, agredir o lateral Bedoya.[16] Logo após a expulsão, o paraguaio finalizou a partida, que foi para a disputa de pênaltis.[16]
Pênaltis
[editar | editar código-fonte]Sem poder contar com três dos melhores cobradores do elenco (Alex, Arce, e Evair),[17] o Palmeiras abriu as cobranças, que foram no gol norte do Palestra Itália, com o meia Zinho, também um dos cobradores de melhor aproveitamento.[3] O meia cobrou forte, entretanto, exagerou na altura e chutou a bola no travessão, silenciando o estádio.[3][16]
“ | "Bati do meu jeito, cruzado, forte, só que foi forte até demais (...) explodiu no travessão que foi um silêncio no Parque Antarctica (...) segundos de silêncio. A gente continuou escutando a trave [balançando]"" | ” |
— Zinho, meia do Palmeiras em 1999, no documentário 1999 - O ano em que o PALMEIRAS conquistou a AMÉRICA[3].
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Logo após, o goleiro Dudamel converteu a sua cobrança, botando o Deportivo Cali em vantagem.[16] Os zagueiros palmeirenses Júnior Baiano e Roque Júnior também converteram as suas, assim como Gaviria e Yepes, que mantiveram a vantagem para os colombianos.[16]
O volante Rogério deixou tudo igual em cobrança no ângulo direito.[16] A torcida começou a gritar "fora!" para desconcentrar o próximo batedor do Deportivo, o lateral Bedoya, e aparentemente deu certo: a forte cobrança carimbou o pé da trave esquerda de Marcos, raspou levemente no goleiro[3] e foi em direção à linha lateral.[16] O Palmeiras estava de volta à disputa.[16]
No último pênalti palmeirense, Euller converteu a sua cobrança chutando no canto direito de Dudamel, colocando o time palestrino pela primeira vez em vantagem e dependendo só de um erro do Deportivo no último pênalti colombiano para ser campeão.[16] Novamente a torcida gritou "fora!", e o volante Zapata, que havia convertido seu pênalti no tempo complementar chutando no canto esquerdo, resolveu inverter o lado e buscou o canto direito, mas desperdiçou a cobrança chutando para fora, à direita do gol,[16] finalizando a disputa em 4x3 e selando a conquista da Libertadores pelo Alviverde pela primeira vez em sua história.[16]
Detalhes
[editar | editar código-fonte]16 de junho de 1999 | Palmeiras | 2 – 1 | Deportivo Cali | Palestra Itália, São Paulo |
20:10 (UTC−5) |
Evair 65' (pen) Oséas 76' |
Relatório Globo Esporte |
70' (pen) Zapata | Público: 32,000 Árbitro: PAR Ubaldo Aquino |
Penalidades | |||
Zinho Júnior Baiano Roque Júnior Rogério Euller |
4 – 3 | Dudamel Gaviria Yepes Bedoya Zapata |
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Pós-jogo e reações
[editar | editar código-fonte]Palmeiras
[editar | editar código-fonte]Com a conquista, o Palmeiras garantiu sua segunda conquista continental da história até então, após a Copa Mercosul de 1998.[18] Também se classificou para a Copa Intercontinental de 1999, em Tóquio, onde enfrentou o Manchester United.[18] O título tornou o Palmeiras o sétimo clube brasileiro a vencer a Libertadores, e o terceiro título brasileiro consecutivo na competição, fato inédito até então.[18]
Em premiações, o clube recebeu da CONMEBOL um valor por volta de R$1,5 milhão.[19] Cada jogador e integrante da comissão técnica recebeu o equivalente a R$55 mil.[19] O goleiro Marcos foi eleito o melhor jogador do torneio.[18] Antes dessa edição, nenhum goleiro havia sido coroado com tal prêmio.[3]
No documentário 1999 - O ano em que o PALMEIRAS conquistou a AMÉRICA, de 2019, vários protagonistas do título derão suas opiniões sobre a conquista:
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Deportivo Cali
[editar | editar código-fonte]No cenário sul-americano, esta foi, até o momento, a última grande aparição do Deportivo Cali. O time colombiano obteve sucessos nacionais sendo campeão do Campeonato Colombiano em 2005 e 2015, e da Copa Colômbia em 2010, mas na Libertadores, o mais longe que chegou foi nas quartas-de-final da edição de 2004, onde foi eliminado pelo River Plate. Na Copa Sul-Americana, sua melhor aparição foi na edição de 2018, onde foi eliminado pelo Santa Fe, também nas quartas-de-final.
Em 2019, o goleiro Rafael Dudamel, em entrevista à ESPN, disse que foi "maluco, mas valente" ao se candidatar para ser o primeiro cobrador do Deportivo na final.[20]
Referências
- ↑ a b Veja na íntegra a decisão da Libertadores conquistada pelo Palmeiras há exatos 20 anos. «Veja na íntegra a decisão da Libertadores conquistada pelo Palmeiras há exatos 20 anos». Globoesporte.com. Consultado em 17 de junho de 2019
- ↑ a b c d e f g h i j «LIBERTADORES 1999». Palmeiras. Consultado em 18 de fevereiro de 2021
- ↑ a b c d e f g h i j k l DOCUMENTÁRIO - 1999 - O ano em que o PALMEIRAS conquistou a AMÉRICA. Palmeiras. 12 de agosto de 2019. Consultado em 18 de fevereiro de 2021
- ↑ «Deportivo Cali 1-0 Palmeiras». O Gol. Consultado em 17 de junho de 2019
- ↑ William Correia. «Liberta-99: L! aponta 20 curiosidades da histórica conquista do Palmeiras». Lance!. Consultado em 17 de junho de 2019
- ↑ «Palmeiras x Deportivo Cali». Verdazzo!. Consultado em 18 de fevereiro de 2021
- ↑ a b c d e f g h «O início do bi! Relembre como foi a primeira conquista do Palmeiras, em 1999». CBF. 30 de janeiro de 2021. Consultado em 18 de fevereiro de 2021
- ↑ «Em 12/5/99, Verdão tirou Corinthians da Liberta pela 1ª vez; reveja pênaltis». Lance!. 12 de maio de 2020. Consultado em 18 de fevereiro de 2021
- ↑ «Noite de São Marcos - River Plate 1 x 0 Palmeiras - Semifinal Libertadores 1999». YouTube - CONMEBOL Libertadores. 19 de maio de 2020. Consultado em 18 de fevereiro de 2021
- ↑ «Marcos lembra de River x Palmeiras de 99: "argentinos nunca estão mortos"». UOL Esportes. 5 de janeiro de 2021. Consultado em 18 de fevereiro de 2021
- ↑ «Os milagres de Marcos, os gols de Alex, o espírito do campeão: As lembranças do Palmeiras x River Plate na semifinal de 1999». Trivela. 5 de janeiro de 2021. Consultado em 18 de fevereiro de 2021
- ↑ a b c d e «Palmeiras perde a primeira na final». Folha de S. Paulo. 3 de junho de 1999. Consultado em 19 de fevereiro de 2021
- ↑ a b c d e f «Especial Libertadores-99: Deportivo Cali 1 x 0 Palmeiras, em 02/06/1999». Nosso Palestra. 2 de junho de 2019. Consultado em 19 de fevereiro de 2021
- ↑ «Palmeiras busca hoje passaporte para elite do futebol mundial». Folha de S. Paulo. 16 de junho de 1999. Consultado em 21 de fevereiro de 2021
- ↑ «Palmeiras 2 x 1 Deportivo Cali: a América veio com sofrimento». O Gol. Consultado em 20 de fevereiro de 2021
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac ad ae af ag ah ai aj ak al am an «Palmeiras 2 x 1 Deportivo Cali - Taça Libertadores Final - Tempo Real - Globo Esporte». Globo Esporte. 19 de junho de 1999. Consultado em 20 de fevereiro de 2021
- ↑ «Obsessão em 20 atos». UOL Esportes. Consultado em 21 de fevereiro de 2021
- ↑ a b c d «Palmeiras conquista a Libertadores pela primeira vez e vai a Tóquio». Folha de S. Paulo. 17 de junho de 1999. Consultado em 21 de fevereiro de 2021
- ↑ a b «Título rende R$ 55 mil a atleta». Folha de S. Paulo. 17 de junho de 1999. Consultado em 21 de fevereiro de 2021
- ↑ «Dudamel, ex-goleiro do Deportivo Cali, revela história da final da Libertadores contra o Palmeiras». ESPN. 31 de maio de 2020. Consultado em 21 de fevereiro de 2021