Força Aérea Russa
Força Aérea Russa Военно-воздушные cилы России | |
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Emblema da aviação russa. | |
País | Rússia |
Subordinação | Forças Aeroespaciais da Rússia |
Missão | Força aérea |
Sigla | VVS (Voyenno-vozdushnye sily) |
Criação | 1912 (Serviço Aéreo da Rússia Imperial) 1992 |
Aniversários | 12 de Agosto |
Patrono | Santo Elias, o Profeta |
Marcha | Авиамарш "Marcha Aérea" |
História | |
Guerras/batalhas | Primeira Guerra da Chechênia Invasão do Daguestão de 1999 Crise de Timor-Leste de 1999 Segunda Guerra na Chechênia Guerra Russo-Georgiana Guerra Civil Síria Guerra Russo-Ucraniana |
Logística | |
Efetivo | 190 000 militares (2021) est. 4 509 aeronaves (2021)[1] |
Insígnias | |
Cocar | |
Bandeira | |
Insígnia do Uniforme | |
Comando | |
Comandante da Força Aérea | Coronel-general Viktor Afzalov |
Chefe das Forças Aeroespaciais | Coronel-general Sergey Dronov |
A Força Aérea Russa (em russo: Военно-воздушные cилыРоссии, transliterado Voyenno-Vozdushnye Sily Rossii, VVS) é a força aérea da Rússia.[2] Ele é um dos dois sub-braços das Forças Aeroespaciais da Rússia, sendo a outra as Tropas Espaciais da Rússia, que é parte das Forças Armadas Russas.
É a segunda maior força aérea do mundo, em números de aviões e de seu efetivo pessoal, herdando grande parte de seu inventário da Força Aérea Soviética. A VVS começou uma campanha de modernização dos antigos aviões soviéticos,[3][4] e também a desenvolver aviões de última geração, como o Sukhoi Su-35 e o caça de quinta geração stealth Sukhoi Su-57. A Marinha russa tem sua própria Força Aérea, a Aviação Naval Russa.
História
[editar | editar código-fonte]A Força Aérea tem como origem o Serviço Aéreo da Rússia Imperial. A força aérea do Império Russo fundada em 1912. Logo dois anos depois, em 1914, tem seu batismo de fogo na Primeira Guerra Mundial. Entretanto, a Revolução de Outubro, ela é desfeita e em 1917 é substituída pela Força Aérea Soviética.
Depois da dissolução da União Soviética em suas quinze repúblicas em dezembro de 1991, os aviões e o pessoal da Força Aérea Soviética - o VVS - foram divididas entre os estados recentemente independentes. O general Peter Deynekin, comandante-chefe anterior do deputado das forças aéreas soviéticas, transformou-se no primeiro comandante da nova organização em 24 de agosto 1991. A Rússia recebeu a maioria do equipamento e efetivo militar.
Durante os anos de 1990, as Forças Armadas da Rússia passaram por dificuldades financeiras e de estruturação devido à crise econômica em que o país se encontrava; a situação começou a melhorar somente depois que Vladimir Putin chegou ao poder e os orçamentos militares foram aumentados extremamente.
O número dos recrutas na força aérea foi reduzido a aproximadamente 185 000 do número combinado anterior de 318 000. O general Kornukov foi sucedido pelo general Vladimir Mikhailov em 2002 e em dezembro 2003 os recursos da aviação do Exército — na maior parte helicópteros — foram transferidos ao VVS.
No começo do século XXI, o governo russo iniciou um projeto de ampla modernização do arsenal das forças armadas. Na força aérea, novos helicópteros e aviões começaram a ser introduzidos no serviço ativo, como os avançados Ka-52 e o Sukhoi PAK FA. Caças antigos, como o Su-27 e o MIG-29 receberam novos aviônicos e melhorias.[5]
Em 2015 durante a reorganização das Forças Armadas, a Força Aérea russa deixou de ser um braço independente e se tornou parte das Forças Aeroespaciais da Rússia.[6]
As Forças Aeroespaciais da Rússia (VVS) desempenharam um papel significativo, embora inconsistente em termos de eficiência, na invasão da Ucrânia em 2022. Apesar de mobilizar um grande número de aeronaves, força aérea russa não conseguiu obter supremacia aérea devido à eficácia das defesas aéreas ucranianas, ao apoio de inteligência da OTAN e ao fracasso das operações SEAD (supressão das defesas aéreas inimigas) especializadas e a falta de munições de precisão da Rússia. Nos primeiros ataques, foram alvos militares, como a base de Yavoriv, e infraestruturas civis, o que levou a investigações internacionais sobre crimes de guerra. Ao longo do conflito, a força aérea russa intensificou seus ataques a infraestruturas energéticas ucranianas, utilizando kits de bombas UMPK avançados para realizar ataques de distâncias seguras. No entanto, a campanha enfrentou falhas operacionais, como alvos não atingidos e sistemas de navegação improvisados. A aviação russa passou então a depender fortemente de bombas modificadas, lançando mais de 3 500 delas sobre posições ucranianas. Até o começo de 2024, a força aérea russa perdeu, em serviço na Ucrânia, mais de 10% da sua quantidade de aeronaves operacionais.[7][8]
Equipamento
[editar | editar código-fonte]A composição quantitativa e qualitativa precisa da Força Aérea Russa é desconhecida e os números incluem aeronaves em serviço e fora de serviço, bem como aquelas colocadas em armazenamento ou em reserva. A FlightGlobal estimou que havia cerca de 3.947 aeronaves em estoque em 2015. De acordo com o Ministério da Defesa russo, a parcela de armamento moderno na Força Aérea atingiu cerca de 35% durante 2014. O número foi aumentado para 66% no final de 2016 e para 72% no final de 2017.
As estimativas fornecidas pelo IISS mostram que os pilotos de combate da Força Aérea Russa têm em média 60 a 100 horas de voo por ano e os pilotos que voam em aeronaves de transporte em média 120 horas de voo por ano. A tabela a seguir cobre dados primordialmente fornecidos antes da invasão da Ucrânia em 2022. Durante este conflito, a Rússia perdeu uma enorme quantidade de equipamento.[8]
Fotos
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O MiG-29, o principal caça de superioridade aérea da Rússia.
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Um caça Sukhoi Su-34 russo em missão na Síria.
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O avançado caça Sukhoi Su-35, desenvolvido pelos russos.
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Um moderno SU-30 da Rússia.
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O Ka-50, moderno helicóptero a serviço da aviação russa.
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Aeronaves russas em um desfile aéreo, em 2010.
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Um Antonov An-124, principal avião de carga das Forças armadas da Rússia.
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Dois helicópteros de ataque Mi-28N russos.
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Um Beriev A-50, construído na era soviética.
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Um Tupolev Tu-160 russo.
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O MiG-31, um dos principais interceptadores da força aérea russa.
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O Sukhoi Su-57, o primeiro caça de quinta geração russo.
Referências
- ↑ «Russia retains world's 2nd place by active combat aircraft — research data». TASS. 11 de dezembro de 2019. Consultado em 12 de janeiro de 2020
- ↑ "Ministry of Defence of the Russian Federation: Air Force". Página acessada em 9 de novembro de 2014.
- ↑ «Russia analyst: What are the Kremlin's priorities for 2021?». defensenews. 22 de fevereiro de 2021
- ↑ «Russia's Military Modernization Plans: 2018–2027». ponarseurasia. 22 de fevereiro de 2021
- ↑ "Putin’s new model army". Página acessada em 9 de novembro de 2014.
- ↑ «Aerospace Forces». Consultado em 13 de janeiro de 2016. Cópia arquivada em 25 de setembro de 2015
- ↑ Michael Bohnert. «The Russian Air Force Is Hollowing Itself Out. Air Defenses for Ukraine Would Speed That Up» (em inglês). RAND Corporation. Consultado em 20 de novembro de 2024
- ↑ a b «Russian Air Force Has Only Lost 10 Percent of Fleet in Ukraine, US Officials Say». Airandspaceforces.com (em inglês). Consultado em 20 de novembro de 2024
- ↑ Embraer, In association with. «World Air Forces directory 2022». Flight Global (em inglês). Consultado em 27 de fevereiro de 2022[não consta na fonte citada]
- ↑ The Military Balance 2022. IISS. 15 de fevereiro de 2022. ISBN 9781032279008.