Hilda Furacão (romance)
Hilda Furacão | |
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Autor(es) | Roberto Drummond |
Idioma | português |
País | Brasil |
Gênero | literatura popular |
Linha temporal | Anos 1960 |
Localização espacial | Belo Horizonte, MG, BR |
Lançamento | 1991 |
ISBN | 85-267-0390-0 |
Hilda Furacão é um romance escrito por Roberto Drummond, publicado em 1991. O romance foi adaptado para a televisão, em forma de uma minissérie, pela autora de telenovelas Glória Perez, e exibido na Rede Globo, em 1998, obtendo enorme sucesso. A minissérie colaborou para que Hilda Furacão fosse a obra mais famosa de Roberto Drummond, tendo sido vendidos 200 mil exemplares.[1] Hilda Furacão foi escrita com rapidez, se comparada às outras obras do autor: 64 dias, enquanto levou anos para escrever outros livros.[1][2]
O livro foi baseado na história de juventude da prostituta Hilda Maia Valentim, conhecida na zona boêmia de Belo Horizonte, como Hilda Furacão[3][4][5].
Sinopse
[editar | editar código-fonte]Hilda Furacão passa-se na Belo Horizonte mitológica e sensual do início dos anos 60. Hilda, a Garota do Maiô Dourado, enfeitiçava os homens na beira da piscina em um dos mais tradicionais clubes da cidade, o Minas Tênis. Desprezava todos os pedidos milionários de casamento e por algum motivo secreto muda-se para o quarto 304 do Maravilhoso Hotel, na zona boêmia da cidade. Transformada em Hilda Furacão, a musa erótica tira o sono da cidade. Sua vida de fada sexual cruza-se com os sonhos de três rapazes vindos de Santana dos Ferros: Malthus, que queria ser santo, mas se tornaria frade dominicano, líder político e escritor. Outro, Aramel, o Belo, queria ser ator em Hollywood — torna-se Dom Juan de aluguel. O terceiro, aquele que queria ter sua Sierra Maestra, é o próprio Roberto, narrador da história. Hilda Furacão é o desafio que o santo tem que enfrentar.
Desdobramentos
[editar | editar código-fonte]O estilo do autor causou suspense quanto à real existência de Hilda Furacão. Roberto Drummond misturou personagens reais a imaginários, oferecendo verossimilhança. Contudo, até falecer em 2002, Roberto preferiu não esclarecer o que é realidade e o que é ficção. Segundo ele, se transformou em refém da Hilda Furacão. Dessa forma, a existência de Hilda continua sendo tema de debates entre os leitores e os moradores de Belo Horizonte – cenário onde a trama acontece. Diferentemente de Hilda, o personagem Malthus tem uma explicação: foi inspirado em Frei Betto, grande amigo de Roberto Drummond.[1]
A obra também ganha destaque pelo envolvimento dos personagens com o cenário político da época: retrata o desejo revolucionário comunista, ilustrado no personagem Roberto, e termina um dia após o golpe que deu início à Ditadura Militar no Brasil, ironicamente 1º de abril, Dia da mentira.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c «A volta de Hilda Furacão». Geração books. Loca Web. Consultado em 7 de janeiro de 2010
- ↑ «Refém da lenda de Hilda Furacão». Época. Globo. Consultado em 7 de janeiro de 2010
- ↑ Exclusivo: EM encontra Hilda Furacão vivendo em um asilo em Buenos Aires Jornal EM (Estado de Minas)
- ↑ Hilda Furacão vive sozinha em um asilo para pobres na argentina Jornal Folha (Folha de S.Paulo)
- ↑ Hilda Furacão lembra momentos de glória e decadência ao lado do marido Divirta-se Caderno Digital do Estado de Minas