Saltar para o conteúdo

Hilda Furacão (romance)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Este artigo é sobre o livro de Roberto Drummond. Para a minissérie produzida pela Rede Globo, veja Hilda Furacão (minissérie).
Hilda Furacão
Autor(es) Roberto Drummond
Idioma português
País  Brasil
Gênero literatura popular
Linha temporal Anos 1960
Localização espacial Belo Horizonte, MG, BR
Lançamento 1991
ISBN 85-267-0390-0

Hilda Furacão é um romance escrito por Roberto Drummond, publicado em 1991. O romance foi adaptado para a televisão, em forma de uma minissérie, pela autora de telenovelas Glória Perez, e exibido na Rede Globo, em 1998, obtendo enorme sucesso. A minissérie colaborou para que Hilda Furacão fosse a obra mais famosa de Roberto Drummond, tendo sido vendidos 200 mil exemplares.[1] Hilda Furacão foi escrita com rapidez, se comparada às outras obras do autor: 64 dias, enquanto levou anos para escrever outros livros.[1][2]

O livro foi baseado na história de juventude da prostituta Hilda Maia Valentim, conhecida na zona boêmia de Belo Horizonte, como Hilda Furacão[3][4][5].

Hilda Furacão passa-se na Belo Horizonte mitológica e sensual do início dos anos 60. Hilda, a Garota do Maiô Dourado, enfeitiçava os homens na beira da piscina em um dos mais tradicionais clubes da cidade, o Minas Tênis. Desprezava todos os pedidos milionários de casamento e por algum motivo secreto muda-se para o quarto 304 do Maravilhoso Hotel, na zona boêmia da cidade. Transformada em Hilda Furacão, a musa erótica tira o sono da cidade. Sua vida de fada sexual cruza-se com os sonhos de três rapazes vindos de Santana dos Ferros: Malthus, que queria ser santo, mas se tornaria frade dominicano, líder político e escritor. Outro, Aramel, o Belo, queria ser ator em Hollywood — torna-se Dom Juan de aluguel. O terceiro, aquele que queria ter sua Sierra Maestra, é o próprio Roberto, narrador da história. Hilda Furacão é o desafio que o santo tem que enfrentar.

Desdobramentos

[editar | editar código-fonte]

O estilo do autor causou suspense quanto à real existência de Hilda Furacão. Roberto Drummond misturou personagens reais a imaginários, oferecendo verossimilhança. Contudo, até falecer em 2002, Roberto preferiu não esclarecer o que é realidade e o que é ficção. Segundo ele, se transformou em refém da Hilda Furacão. Dessa forma, a existência de Hilda continua sendo tema de debates entre os leitores e os moradores de Belo Horizonte – cenário onde a trama acontece. Diferentemente de Hilda, o personagem Malthus tem uma explicação: foi inspirado em Frei Betto, grande amigo de Roberto Drummond.[1]

A obra também ganha destaque pelo envolvimento dos personagens com o cenário político da época: retrata o desejo revolucionário comunista, ilustrado no personagem Roberto, e termina um dia após o golpe que deu início à Ditadura Militar no Brasil, ironicamente 1º de abril, Dia da mentira.

Referências

  1. a b c «A volta de Hilda Furacão». Geração books. Loca Web. Consultado em 7 de janeiro de 2010 
  2. «Refém da lenda de Hilda Furacão». Época. Globo. Consultado em 7 de janeiro de 2010 
  3. Exclusivo: EM encontra Hilda Furacão vivendo em um asilo em Buenos Aires Jornal EM (Estado de Minas)
  4. Hilda Furacão vive sozinha em um asilo para pobres na argentina Jornal Folha (Folha de S.Paulo)
  5. Hilda Furacão lembra momentos de glória e decadência ao lado do marido Divirta-se Caderno Digital do Estado de Minas