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Hyoscyamus niger

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Hyoscyamus niger (gravura do Köhler's Medizinal-Pflanzen).
Hyoscyamus niger (gravura do Köhler's Medizinal-Pflanzen).
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Solanales
Família: Solanaceae
Subfamília: Solanoideae
Tribo: Hyoscyameae
Género: Hyoscyamus
Espécie: H. niger
Nome binomial
Hyoscyamus niger
L.
Detalhe da flor
Hyoscyamus niger - MHNT

Hyoscyamus niger L., conhecida pelo nome comum de meimendro, é uma espécie de fanerógama pertencente à família das solanáceas com distribuição natural em toda a Europa, Ásia Central, Ásia Ocidental e América do Norte. Prefere terrenos arenosos, áreas ruderalizadas, taludes, terraplenos e bermas de estradas.

Hyoscyamus niger foi descrita por Lineu e publicado em Species Plantarum 1: 179–180, no ano de 1753.[1][2] É uma planta herbácea, anual ou bienal, robusta, com 0,4-1,0 m de altura e odor desagradável. As folhas são grandes, alternas, dentadas e agudas, de cor verde pálido, com tricomas robustos.

As flores são de cor amarelo-ocre com venações de cor violeta ou acastanhadas na sua base. O fruto, em forma de cápsula,[3] é um pixídio com duas câmaras separadas por um tabique mediano. Cada fruto encerra numerosas sementes milimétricas, de contorno tri-quadrangular, aplanadas, de cor castanho, recobertas de pequenas protuberâncias de forma irregular. O número de cromossomas da espécie e seus taxa infra-específicos é 2n=34.[4]

As folhas e sementes contêm os alcalóides tropânicos escopolamina (mais de 50%), hiosciamina, atropina e abundantes flavonoides, entre os quais rutósido.[3]

H. niger é uma planta venenosa devido à elevada concentração e diversidade de alcalóides que contém, entre os quais a hiosciamina, um poderoso princípio activo que em doses elevadas se converte em narcótico. Essa riqueza em alcalóides levou a que a planta seja usada em medicina tradicional e em homeopatia (como calmante). Foi utilizada como afrodisíaco, sendo o principal componente dos "filtros de amor" medievais.

Extractos da planta são utilizados sob controlo médico para tratar delirium tremens, epilepsia, insónia, terrores, bronquite e asma, entre outras afeções.[3]

Os sinónimos desta espécies são:

Notas

  1. Hyoscyamus niger em Trópicos
  2. «Hyoscyamus niger». Real Jardín Botánico: Proyecto Anthos. 26 de novembro de 2011 
  3. a b c Dr. Berdonces i Serra. Hyoscyamus niger. Gran Enciclopecia de las Plantas Medicinales. [S.l.]: Tikal ediciones ISBN 84-305-8496-X. pp. 203–204 
  4. Chromosome numbers of plants collected during Iter Mediterraneum I in the SE of Spain. Luque, T. & Z. Díaz Lifante (1991) Bocconea 1: 303-364
  5. Hyoscyamus niger em PlantList
  • Flora of China Editorial Committee. 1994. Fl. China 17: 1–378. Science Press & Missouri Botanical Garden Press, Beijing & St. Louis.
  • Nasir, E. & S. I. Ali (eds). 1980-2005. Fl. Pakistan Univ. of Karachi, Karachi.
  • BATTANDIER, J. A. & TRABUT, M. (1888). Flore de l'Algérie. Dicotyledones. [1-184] Monocotyledones par L. Trabut. [p. 624]
  • JAHANDIEZ, E. & R. MAIRE (1934). Catalogue des Plantes du Maroc. [vol. 3] Minerva, Lechevalier éds., Alger. [p. 660]
  • QUÉZEL, P. & S. SANTA (1963). NOUVELLE FLORE DE L'ALGÉRIE et des régions désertiques méridionales. vol. [2] CNRS., Paris. [p. 824]
  • TUTIN, T. G. & al. (ed.) (1972). Flora Europaea. (vol.3) Cambridge University Press, Cambridge. [p. 195]
  • POTTIER-ALAPETITE, G (1981). Flore de la Tunisie [vol. 2]. Publié par les soins de A. NABLI. Ministère de l'Enseign. Sup. et de la Rech. Scient. et Ministère de l'Agric. Tunis. [p. 819]
  • VALDES, B., S. TALAVERA & E. FERNANDEZ-GALIANO (ed.) (1987). Flora Vascular de Andalucía Occidental, vol. 2 Ketrès éditoria, Barcelona. [p. 362]
  • FENNANE, M. & M. IBN TATTOU (2005). Flore vasculaire du Maroc. Inventaire et chorologie. Trav. Inst. Sci. Univ. Mohammed V, Sér. Bot. 37: [383]
  • FENNANE, M., M. IBN TATTOU, A. OUYAHYA & J. EL OUALIDI (éd.) (2007). Flore Pratique du Maroc [vol.2] Fl. Prat. Maroc 2: [355]
  • Le Floc'H, E. & L. Boulos (2008). Flore de Tunisie. Catalogue synonymique commenté. Montpellier. 461pp. [p. 295]

Ligações externas

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