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Johnny Eduardo Pinnock

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Johnny Eduardo Pinnock (Mabanza Congo, 19 de janeiro de 1946 — Bruxelas, 26 de fevereiro de 2000) foi um músico, advogado, diplomata e político angolano.

Foi o último Chefe do Conselho Presidencial do Governo de Transição do Estado de Angola em 1975 e Primeiro-Ministro Adjunto da República Popular Democrática de Angola, ao lado de José Ndele, de 23 de novembro de 1975 a 11 de fevereiro de 1976.[1] Foi ainda ministro de Estado e importante diplomata para Angola.

Pinnock advém, matrilinearmente, de uma das linhas reais do antigo Reino do Congo. Nasceu em Mabanza Congo em 19 de janeiro de 1946,[2] filho de João Eduardo Pinnock e Isabel Laidy. Formou-se em direito internacional pela Universidade de Argel.[3]

Na juventude foi vocalista e compositor. Juntamente com Vicky Longomba e Bolombo Leon Bohlen formam a banda musical Orchestre Nègros Succès em 1961/1962, um marco no estilo musical rumba congolesa.[4]

O seu pai foi um dos membros fundadores da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e destacado nacionalista. Foi seu pai quem o incentivou a tomar parte na luta anticolonial.[5] Seu primeiro cargo de relevo no partido foi dado em 1964, quando tornou-se chefe da diplomacia da FNLA.

Foi designado um dos principais oficiais do FNLA no Acordo do Alvor,[6] ganhando indicação partidária para ser Chefe do Conselho Presidencial do Governo de Transição, um cargo rotativo equivalente ao de primeiro-ministro do então Estado de Angola. Logo depois serviu como Primeiro-Ministro Conjunto da República Popular Democrática de Angola.[1] Com a derrota da FNLA já em 1976, parte para o exílio.

Pinnock regressou a Angola em 1984 graças a uma lei de anistia decretada pelo presidente José Eduardo dos Santos em 1983. Filia-se ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e entre 1985 e 1989 exerce o cargo de director-geral da Empresa de Serviços Petroliferos de Angola (ESPA) actualmente Sonangol Pesquisa e Produção.[3]

Tornou-se membro do Comité Central e do Bureau Político do MPLA em 1989 e participou no primeiro governo pós-marxista de Angola em 1992 como Vice-Ministro das Relações Exteriores e Assessor Especial do Presidente para Assuntos Políticos.[3]

Johnny Eduardo Pinnock integrou a delegação do MPLA nas negociações de paz de 1989 em Gbadolite (Zaire) com a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) de Jonas Savimbi. Depois foi designado para os Acordos de Bicesse (Portugal) que levou a um acordo de paz no Estoril (Portugal) em 31 de maio de 1991.

Foi eleito deputado pelo MPLA em 1992 na sequência das eleições gerais em Angola.[3]

No final da década de 1990 foi designado embaixador de Angola para o Benelux (Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo), falecendo em funções em Bruxelas em 26 de fevereiro de 2000.[3]

Referências