Jorge Bornhausen
Jorge Bornhausen | |
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31.º Governador de Santa Catarina | |
Período | 15 de março de 1979 até 14 de maio de 1982 |
Vice-governador | Henrique Córdova |
Antecessor(a) | Antônio Carlos Konder Reis |
Sucessor(a) | Henrique Córdova |
Vice-governador de Santa Catarina | |
Período | 09 de março de 1967 até 15 de março de 1971 |
Governador | Ivo Silveira |
Antecessor(a) | Francisco Dall'Igna |
Sucessor(a) | Attilio Fontana |
Senador por Santa Catarina | |
Período | 1 de fevereiro de 1983 até 31 de janeiro de 1991 |
Período | 1 de fevereiro de 1999 até 31 de janeiro de 2007 |
35.° Ministro da Educação do Brasil | |
Período | 14 de fevereiro de 1986 até 06 de outubro de 1987 |
Presidente | José Sarney |
Antecessor(a) | Marco Maciel |
Sucessor(a) | Aloísio Guimarães Sotero |
Dados pessoais | |
Nascimento | 1 de outubro de 1937 (87 anos) Rio de Janeiro, RJ, Brasil |
Nacionalidade | Brasileiro |
Progenitores | Mãe: Maria Konder Bornhausen Pai: Irineu Bornhausen |
Alma mater | Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro |
Esposa | Dulce Bornhausen |
Filhos(as) | Paulo Bornhausen Rafael Bornhausen Fernanda Bornhausen Irineu Bornhausen Neto |
Parentesco | Paulo Konder Bornhausen (irmão) |
Partido | ARENA (1965-1980) PDS (1980-1985) PFL (1985-2007) DEM (2007-2011) |
Profissão | Advogado |
Jorge Konder Bornhausen GCIH (Rio de Janeiro, 1 de outubro de 1937) é um advogado, empresário[1] e político brasileiro.
Formação
[editar | editar código-fonte]Filho de Irineu Bornhausen e Maria Konder Bornhausen. Bacharel em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 1960[2] com especializações pela Universidade de Paris e pela Fundação Getúlio Vargas,[3] estabeleceu-se como advogado em Blumenau e logo ingressou na UDN a exemplo de outros membros da família que, apeada do poder após a Revolução de 1930, fez oposição a Getúlio Vargas. Posteriormente dirigiu empresas de seguro, trabalhou nas Indústrias Gropp e foi chefe do departamento jurídico do Banco Indústria e Comércio de Santa Catarina.
Política
[editar | editar código-fonte]Mediante a outorga do Ato Institucional Número Dois o vice-governador de Santa Catarina, Francisco Dall'Igna, teve o seu mandato cassado em 19 de julho de 1966[4] e o cargo ficou vago até 9 de março de 1967 quando a Assembleia Legislativa escolheu Jorge Bornhausen para ocupar o posto quando já estava filiado à ARENA, partido que sustentava o Regime Militar de 1964. Sua eleição com idade abaixo da exigida para o cargo foi possível mediante a ação do governador Ivo Silveira que engendrou a aprovação de uma emenda alterando para menos de 30 anos a idade mínima para o posto.[5] Findo o mandato, foi eleito para o diretório regional do partido governista.
Nomeado presidente do Banco do Estado de Santa Catarina em 1975 por seu primo, o então governador Antônio Carlos Konder Reis, deixou o cargo para ser indicado governador biônico pelo presidente Ernesto Geisel em 1978. Em sua gestão ocorreu a manifestação popular conhecida como Novembrada, em Florianópolis quando da visita do general-presidente João Figueiredo a Santa Catarina em 30 de novembro de 1979, o que levou à prisão um grupo de sete estudantes com base na Lei de Segurança Nacional.[6] Jorge Bornhausen renunciou ao cargo em favor do vice-governador Henrique Córdova para concorrer ao pleito de 1982 quando foi eleito senador[7] pelo PDS.
Em 1984 a campanha das Diretas Já, embora malograda, expôs as articulações urdidas por ocasião da sucessão presidencial e nesse ínterim o PDS viu surgirem diferentes postulantes à cadeira de João Figueiredo até que, em 11 de agosto, o deputado Paulo Maluf obteve a indicação do partido ao derrotar o Ministro do Interior, Mário Andreazza. Como resultado, os "andreazzistas" engrossaram as fileiras da Frente Liberal em apoio a Tancredo Neves que recebeu José Sarney como candidato a vice-presidente. Após esse fato, Bornhausen assumiu a presidência do PDS após curto espaço de tempo e logo acompanharia Sarney, seu antecessor no cargo.
Eleitor de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 15 de janeiro de 1985, Jorge Bornhausen migrou para o PFL e foi eleito presidente nacional da legenda, posto do qual abdicou em favor de Guilherme Palmeira ao ser nomeado Ministro da Educação do Governo Sarney,[8] que assumira a presidência ante a doença e morte de Tancredo Neves. Em sua gestão o prédio da União Nacional dos Estudantes foi devolvido à entidade após 23 anos.[5]
A 26 de Novembro de 1987 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal.[9]
Nas eleições presidenciais de 1989 apoiou o candidato Fernando Collor, de quem foi uma espécie de ministro-chefe[10] da Casa Civil,[11] sendo que antes absteve-se de disputar a reeleição em 1990.
Derrotado ainda em primeiro turno ao concorrer ao governo de Santa Catarina em 1994, foi embaixador do Brasil em Portugal durante o primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, retornando ao país por ocasião das eleições de 1998 quando conquistou seu segundo mandato de senador.
Foi membro da oposição aos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, após anos de serviços prestados ao Democratas, sucessor do PFL. Em 2010, ele optou por deixar a vida partidária, se desfiliando do DEM e auxiliando informalmente a criação do PSD, Partido Social Democrático, de Gilberto Kassab.
Pai do também político Paulo Bornhausen e de Rafael Bornhausen, Fernanda Bornhausen e Irineu Bornhausen Neto, os quais optaram por não exercer a política.
Referências
- ↑ «Banco Araucária é ligado a Bornhausen, diz Souza | Notícias, Política». Tribuna PR - Paraná Online. 17 de junho de 2003. Consultado em 23 de julho de 2020
- ↑ «Página do Ministério da Educação». Consultado em 22 de janeiro de 2011
- ↑ «Portal do Senado Federal». Consultado em 22 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 2 de abril de 2015
- ↑ Acervo do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina.
- ↑ a b Acervo da Fundação Getúlio Vargas.
- ↑ Almanaque Abril 1986, p. 114.
- ↑ Segundo os arquivos do TSE obteve 816.386 votos.
- ↑ De 14 de fevereiro de 1986 a 6 de outubro de 1987, período em que sua vaga no Senado foi ocupada por Ivan Bonato.
- ↑ «Cidadãos Estrangeiras Agraciados com Ordens Nacionais». Resultado da busca de "Jorge Konder Bornhausen". Presidência da República Portuguesa (Ordens Honoríficas Portuguesas). Consultado em 1 de março de 2016
- ↑ A rigor, foi Secretário de Governo da Presidência da República entre 2 de abril e 11 de setembro de 1992.
- ↑ Entrevista - Jorge Bornhausen Arquivado em 28 de setembro de 2011, no Wayback Machine. (Revista Veja, 9 de janeiro de 2006)
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Resenha histórica das eleições catarinenses Arquivado em 11 de abril de 2009, no Wayback Machine. (formato PDF) Acesso em 22 de janeiro de 2011.
- Galeria de ministros do Governo Sarney Acesso em 22 de janeiro de 2011.
- Galeria de ministros do Governo Collor Acesso em 22 de janeiro de 2011.
- Governadores dos estados brasileiros Acesso em 22 de janeiro de 2011.
- Acervo do Tribunal Superior Eleitoral Acesso em 22 de janeiro de 2011.
- Banco de dados da Fundação Getúlio Vargas Acesso em 22 de janeiro de 2011.
Precedido por Francisco Dall'Igna |
Vice-governador de Santa Catarina 1967 — 1971 |
Sucedido por Attilio Fontana |
Precedido por Antônio Carlos Konder Reis |
Governador de Santa Catarina 1979 — 1982 |
Sucedido por Henrique Córdova |
Precedido por Marco Maciel |
Ministro da Educação do Brasil 1986 — 1987 |
Sucedido por Aloísio Guimarães Sotero |
- Nascidos em 1937
- Ministros do Governo Sarney
- Ministros do Governo Collor
- Ministros da Educação do Brasil
- Governadores de Santa Catarina
- Senadores do Brasil por Santa Catarina
- Vice-governadores de Santa Catarina
- Embaixadores do Brasil em Portugal
- Naturais da cidade do Rio de Janeiro
- Brasileiros de ascendência alemã
- Grã-cruzes da Ordem do Ipiranga
- Membros da Aliança Renovadora Nacional
- Membros do Partido Democrático Social
- Membros do Democratas (Brasil)
- Grã-Cruzes da Ordem do Infante D. Henrique
- Família Bornhausen
- Brasileiros de ascendência suíça