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José Nuno Martins

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José Nuno Martins
Nome completo José Nuno Araújo Martins
Nascimento 30 de abril de 1948 (76 anos)
Fratel
Nacionalidade português
Ocupação Realizador de rádio e televisão

José Nuno de Araújo Martins (Fratel, Vila Velha de Ródão, 30 de Abril de 1948) é um autor, realizador e produtor português de rádio e televisão. É licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.[1]

Filho de José Baptista Martins que foi o criador em Portugal da Rádio Escola e da TV Educativa e que mais tarde foi quem implementou a Telescola, no Porto.

Estudou no Liceu Camões onde teve colegas como António Reis, Miguel Lobo Antunes, João David Nunes, Luís Miguel Cintra, Nuno Júdice, João António Vilhena Aires, entre outros. E onde teve professores inesquecíveis como Mário Dionísio e Vergílio Ferreira.

Ainda andava no liceu quando entrou para a Rádio Universidade, como técnico, para aprender a mexer nos gravadores e microfones. Como locutor trabalhou em várias estações tendo começado na Emissora Nacional. Colaborou em programas radiofónicos como "PBX", "Em Órbita", "Boa Noite em FM" e "Escala 12". É desafiado por José Fialho Gouveia a colaborar no programa de televisão "Zip-Zip" (1969). Mais tarde colabora em rádio no programa "Tempo Zip".[1]

No ano de 1973 apareceu como actor no filme "Perdido Por Cem..." de António Pedro Vasconcelos.[1]

Na rádio apresentou ainda programas como "Meus caros amigos" e "Os Cantores da Rádio".

Foi produtor de centenas de espectáculos com músicos, orquestras e artistas portugueses, brasileiros, cubanos, argentinos, franceses e espanhóis, em palcos da Europa e da América Latina.

Foi um dos dinamizadores do projeto "Loucuras" onde apareceu a orquestra "Da Felicidade, do Brilho e da Glória".

Foi realizador na RTP até 1990 tendo começado em 1975. Depois foi Director de Programas Musicais e Recreativos na RTP entre 1990 e 1992. Mudou-se para a TVI tendo sido Director de Programas no arranque da estação entre 1992 e 1994.

Em 1995 foi fundador da empresa 625 Audiovisuais onde foi autor e produtor de programas como "Os Principais" (1ª e 2ª Séries), "Cadeira do Poder", "Casa de Artistas", "Reis do Estúdio", "Assalto à Televisão", "Miguel Angelo Ao Vivo", "Cromos de Portugal" (1ª e 2ª Séries), "Companhia do Riso", "Bacalhau Com Todos" ou "João Nicolau Breyner". No ano de 1998 criaram os maiores estúdios independentes de Televisão, em Lisboa.[1]

Foi o primeiro profissional a trabalhar nos três canais generalistas portugueses de televisão e frequentou estúdios de TV no Brasil, Espanha, Itália e França. Na SIC apresentou uma das séries do programa "Chuva de Estrelas".

As suas actividades na Rádio e na Televisão foram frequentemente premiadas com galardões nacionais e internacionais.

Estudioso das Musicologias latinas e em especial da Música Popular Brasileira, publicou artigos e ensaios na Imprensa e colaborou na Enciclopédia Verbo, tendo ainda desenvolvido múltiplas atividades relacionadas com comunicação publicitária e marketing pessoal e político.

Participou como jurado em festivais internacionais de Música e de Televisão, em Portugal, França, Mónaco, Suíça, Itália e Brasil.

Entre Maio de 2006 e Junho de 2008 foi Provedor do Ouvinte da Radiodifusão Portuguesa.[1]

Foi apresentador no segundo e terceiro programa da série Memórias da RTP.[1]

Na rádio foi autor e apresentador dos programas Duetos (desde 2 de Outubro de 2009) e da rubrica diária 27.000 Dias de Rádio sobre os 75 anos da rádio pública portuguesa.

Trabalhou como director do jornal O Benfica e colaborador da RTP e da Antena 1.

"Gostava muito da rádio, mas de repente o Zé Fialho (Gouveia) desafiou-me para integrar a equipa do Zip-Zip TV. Sem saber como, descobri-me a fazer um programa com uma audiência de tal modo louca que ainda hoje não há programa de sucesso que se lhe aproxime. O país parava, colava-se ao ecrã. Até me arrepio ao lembrar-me." in revista Autores

"Queríamos divulgar a música portuguesa que se fazia nesse tempo, apresentá-la com grande nível - mas as orquestrações eram muito caras e o orçamento não dava para o que queríamos, apesar da ajuda do Thilo (Krassman). Então disse: tenho amigos que cantam a solo e são de grande qualidade. O primeiro a vir, com a sua viola, foi o Zé Barata Moura. Aquilo pegou de estaca. Uma loucura. Começámos a receber centenas de cassetes vindas de todo o país. Eram de jovens cantores que sonhavam aparecer no Zip-Zip." in revista Autores

Referências

  1. a b c d e f «José Nuno Martins». Universidade de Lisboa. alumni.letras.ulisboa.pt. Consultado em 30 de setembro de 2022 

Ligações externas

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Precedido por
Glória de Matos e Artur Agostinho
Apresentadores do Festival RTP da Canção
1975
(com Maria Elisa Domingues)
Sucedido por
António Vitorino de Almeida, Ana Zanatti e Eládio Clímaco