Gravado a partir do final de 1988 no Estudio Nas Nuvens, no Rio de Janeiro o álbum teve a produção diferente dos anteriores, feitas por George Israel e Nilo Romero em oito faixas e Bruno Fortunato em uma, tendo a supervisão de Paulo Junqueira, que havia produzido o álbum Tomate, e Vitor Farias, que havia trabalhado nas mixagens dos primeiros álbuns da banda, além da produção feitas para os Titãs[2]. A tematica do álbum amadureceu, sendo considerada pela primeira vez sofisticada e conceituada[2], como na canção "Agora Sei", onde a composição fala sobre a necessidade de jogar nossos sonhos fora e perder a ingenuidade. "De Quem é o Poder" é uma composição feita em parceria com Cazuza, que assinou os agradecimentos do álbum[3].
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A carreira do Kid começou praticamente junto com a nossa, do Barão, no Circo Voador. Eu não gostava do grupo nem daquela garota tímida miando no microfone, achava tudo muito bobo. Mas a vida e o tempo, os amigos inseparáveis, vieram a me provar que não. A banda, com a energia de George Israel, a contenção de Bruno, firme na guitarra, o charme da Paula, que cada dia canta melhor e fica mais gostosa – está usando os graves, voz de mulher decidida – tudo isso transformou o Kid na maior banda pop brasileira. Eu tenho orgulho de ser parceiro de George Israel e ter uma letra minha neste disco, e assim de uma certa maneira, ser um Kid Abelha.
O álbum recebeu críticas positivas, descrito pela maioria da mídia como maduro, transparente e conceitualmente unificada, sendo que era a primeira vez que um trabalho do Kid Abelha era reconhecido pelos críticos. Já a vocalista Paula Toller foi extremamente elogiada por conseguir extrair seus sentimentos íntimos nas canções, tornando-as transparentes e poéticas[2]. A Folha de S. Paulo destacou o trabalho pelas "boas letras, simples e diretas", dizendo que a vocalista estava cantando cada dia melhor e destacando George Israel como o centro do trabalho. O jornal ainda diz que o álbum é "os melhores momentos de um disco no qual o Kid Abelha deixa de lado pretensões audaciosas" e destacou as faixas "Agora Sei" e "Cantar em inglês". A única crítica negativa deu-se para "Paris, Paris", classificada como falsa e dita que "não funciona nem como contraponto das demais musicas, parecendo um elemento estranho dentro do álbum"[4].