Montatheris
Montatheris | |||||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Classificação científica | |||||||||||||||||||
| |||||||||||||||||||
Nome binomial | |||||||||||||||||||
Montatheris hindii (Boulenger, 1910) | |||||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||||
|
Montatheris é um género monotípico criado para a espécie de víbora venenosa, M. hindii. Trata-se de uma pequena espécie terrestre endémica do Quénia. Não se reconhecem actualmente quaisquer subespécies.[2]
Etimologia
[editar | editar código-fonte]O epíteto específico, hindii, é uma homenagem a Sidney Langford Hinde, um oficial médico militar e naturalista britânico.[3]
Descrição
[editar | editar código-fonte]É uma pequena espécie que atinge um comprimento total (corpo + cauda) de 20 a 30 cm e um comprimento total máximo de 35 cm. A cabeça é alongada e não muito distinta do pescoço, enquanto que os olhos são pequenos e colocados numa posição relativamente adiantada. As escamas dorsais são fortemente enquilhadas.[4]
Distribuição geográfica
[editar | editar código-fonte]É conhecida únicamente a partir de populações isoladas a grande altitude no Monte Quénia e nas charnecas do planalto de Kinganop, nos Montes Aberdare.
A localidade-tipo indicada é "Fort Hall, Kenya District, 4000 ft.". Uma vez que Fort Hall está a uma altitude de apenas 1219 m, Loveridge (1957) questionou a exactidão desta localidade.[1][5]
Habitat
[editar | editar código-fonte]Ocorre em altitudes elevadas entre os 2700 e os 3800 metros em charnecas sem árvores. Prefere moitas de capim tussok para abrigar-se.[5]
Comportamento
[editar | editar código-fonte]É uma espécie terrestre. Devido às baixas temperaturas nocturnas no seu habitat nativo, encontra-se activa apenas durante o dia e apenas quando há suficiente luz solar para aquecer o seu ambiente.[5]
Alimentação
[editar | editar código-fonte]Alimenta-se de camaleões, lagartos escíncidos e pequenos sapos. Pode também ingerir pequenos roedores.[6]
Reprodução
[editar | editar código-fonte]Trata-se de uma espécie aparentemente ovovivípara. Uma fêmea capturada em estado selvagem deu à luz duas crias em finais de janeiro,[5] enquanto outra deu à luz três em maio. O comprimento total de cada cria era 10 a 13 cm.[4]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b c McDiarmid RW, Campbell JA, Touré T. 1999. Snake Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference, Volume 1. Washington, District of Columbia: Herpetologists' League. 511 pp. ISBN 1-893777-00-6 (series). ISBN 1-893777-01-4 (volume).
- ↑ «Montatheris hindii» (em inglês). ITIS (www.itis.gov). Consultado em 31 Julho 2006
- ↑ Beolens B, Watkins M, Grayson M. 2011. The Eponym Dictionary of Reptiles. Baltimore: Johns Hopkins University Press. xiii + 296 pp. ISBN 978-1-4214-0135-5. (Montatheris hindii, p. 124).
- ↑ a b Mallow D, Ludwig D, Nilson G. 2003. True Vipers: Natural History and Toxinology of Old World Vipers. Malabar, Florida: Krieger Publishing Company. 359 pp. ISBN 0-89464-877-2.
- ↑ a b c d Spawls S, Branch B. 1995. The Dangerous Snakes of Africa. Dubai: Ralph Curtis Books. Oriental Press. 192 pp. ISBN 0-88359-029-8.
- ↑ Spawls S, Howell K, Drewes R, Ashe J. 2004. A Field Guide To The Reptiles Of East Africa. London: A & C Black Publishers Ltd. 543 pp. ISBN 0-7136-6817-2.
Leitura adicional
[editar | editar código-fonte]- Andrén C. 1976. The reptile fauna in the lower alpine zone of Aberdare Mountains and Mt. Kenya. British Journal of Herpetology 5 (7): 566-575.
- Boulenger GA. 1910. Descriptions of Four new African Snakes in the British Museum. Ann. Mag. Nat. Hist., Eighth Series 5: 512-513. (Vipera hindii, p. 513).
- Broadley DG. 1996. A review of the tribe Atherini (Serpentes: Viperidae), with the descriptions of two new genera. African Journal of Herpetology 45 (2): 40-48.
- Loveridge A. 1957. Check List of the Reptiles and Amphibians of East Africa (Uganda ; Kenya ; Tanganyika ; Zanzibar). Bull. Mus. Comp. Zool., Harvard College 117 (2): 151-362. (Vipera hindii, pp. 300–301).
- Marx H, Rabb GB. 1965. Relationships and Zoogeography of the Viperine Snakes (Family Viperidae). Field Zoology 44 (21): 161-206.