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Nicocreonte

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Nicocreonte foi um rei de Salamina, cidade de Chipre, no período conhecido como as Guerras dos Diádocos, em que os sucessores de Alexandre, o Grande, disputavam as regiões do seu império. Ele foi nomeado governador de todo Chipre por Ptolemeu I Sóter.

Possivelmente, ele já era rei de Salamina antes da campanha de Alexandre contra os persas.[1] O nome de sua esposa era Biothea.[2]

Em 331 a.C.,[1] depois que Alexandre voltou do Egito e estava na Fenícia, os reis das cidades de Chipre enviaram atores para entreter Alexandre; a maior disputa foi entre Atenodoro, financiado por Pasícrates, rei de Solos, e Téssalo, financiado por Nicocreonte, de Salamina. Os juízes deram a vitória a Atenodoro, mas Alexandre comentou que tinha preferido Téssalo.[3]

Durante um banquete, em que Nicocreonte estava presente, o filósofo Anaxarco, amigo de Alexandre, quando perguntado pelo rei o que ele achava que seria divertido, respondeu que tudo estava muito bom, mas o que faltava era a cabeça de um sátrapa sendo servida, fazendo alusão a Nicocreonte.[4] A vingança de Nicocreonte ocorreria cerca de cinco anos depois da morte de Alexandre.[5]

Após a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C., seus principais generais travaram uma demorada luta pela posse de sua herança.[Nota 1]

Quando Nicocreonte, rei de Salamina, se aliou a Ptolemeu I Sóter, seus vassalos, Nícocles de Pafos, Sosícrates de Solos e Andrócles de Amato, também se aliaram. Com duzentos navios, eles cercaram a cidade de Mário, aliada de Pérdicas.[6]

Em cerca de 318 a.C.,[5] o barco que levava o filósofo Anaxarco, contra a sua vontade, foi parar em Chipre, e Nicocreonte ordenou que Anaxarco fosse espancado até a morte com ferro. Anaxarco respondeu com a famosa frase, Você pode bater no saco de Anaxarco, mas você não pode bater em Anaxarco. Nicocreonte ordenou que a língua de Anaxarco fosse cortada, mas ele mesmo a mordeu, e a cuspiu sobre o tirano.[4]

Em 315 a.C.,[1] enquanto Nicocreonte, o mais poderoso dos tiranos de Chipre, se aliou a Ptolemeu, os reis de Cítio, Lápito, Mário e Cireneia se aliaram a Antígono Monoftalmo.[7] Após haver sufocado uma rebelião na Cirenaica, Ptolemeu invadiu Chipre; Pigmalião, que estava negociando com Antígono, foi morto, Práxipo, rei de Lápito e Cerineia, foi preso, assim como Estasíeco, rei de Mário.[8] A cidade de Mário foi destruída, e seus habitantes levados até Pafos.[8] Ptolemeu apontou Nicocreonte como general de Chipre.[9]

William Smith calcula que ele morreu antes de 306 a.C., porque ele não é mencionado no cerco de Salamina, que deu fama a Demétrio como sitiador, nem na batalha naval que se seguiu.[1]

Notas e referências

Notas

Referências

  1. a b c d William Smith, The Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology, Nicocreon [em linha] Arquivado em 17 de dezembro de 2005, no Wayback Machine.
  2. Ateneu, O Banquete dos Eruditos, Livro 8 [em linha]
  3. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Alexandre, 29.1-4 [em linha]
  4. a b Diógenes Laércio, Vida dos Filósofos, Vida de Anaxarco [em linha]
  5. a b Andrew Smith, editor do site www.attalus.org, 318 BC Olympiad 115.3 [em linha]
  6. Arriano, fragmento encontrado em um palimpsesto, COD.RESCR.VATIC. [em linha]
  7. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIX, 59.1 [ael/fr][en]
  8. a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIX, 74.4 [ael/fr][en]
  9. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIX, 74.5 [ael/fr][en]