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Pedro de La Gasca

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Pedro de La Gasca
Pedro de La Gasca
Nascimento 1493
Navarregadilla (Coroa de Castela)
Morte 13 de novembro de 1567
Siguença (Império Espanhol)
Cidadania Espanha
Irmão(ã)(s) Diego García de la Gasca
Alma mater
Ocupação padre católico de rito romano, diplomata, economista, bispo católico
Distinções
Religião Igreja Católica

Pedro de la Gasca (Navarregadilla, junho de 1485Sigüenza, 13 de novembro de 1567) foi um bispo espanhol, diplomata e segundo vice-rei do Peru (em exercício), de 10 de abril de 1547[1] a 27 de janeiro de 1550.[2]

Pedro de la Gasca estudou na Universidade de Salamanca e na Universidade de Alcalá. Tornou-se padre e advogado, e foi conhecido por seu intelecto. Em 1522 entrou para o exército. Em 1542 tornou-se negociador em nome do imperador Carlos V nas discussões entre o papa e Henrique VIII, uma posição que exigiu grande habilidade diplomática.

Gonzalo Pizarro, irmão do conquistador do Peru, se revoltou e assassinou o vice-rei Blasco Núñez Vela em batalha no ano de 1546, tentando coroar-se rei. O imperador, ainda se recuperando de uma guerra desastrosa, não pôde enviar um exército contra Pizarro, encarregando ao invés disto Pedro de la Gasca para restaurar a paz, nomeando-o presidente da Real Audiência e lhe outorgando autoridade ilimitada para punir ou perdoar os rebeldes.

La Gasca saiu da Espanha em maio de 1546, sem tropas ou dinheiro. Dois padres dominicanos e alguns criados formavam seu séquito.

Chegou ao Panamá se apresentando como um pacificador, encarregado apenas com a missão de restabelecer a justiça e conceder uma anistia geral. Sugeriu que se não pudesse cumprir suas tarefas, uma frota real de 40 naus e 15 000 homens partiria de Sevilha em junho para restaurar a paz no Peru por métodos mais violentos. A frota de Pizarro estava estacionada no Panamá, e as habilidades diplomáticas de Pedro de la Gasca logo atraíram os oficiais de Pizarro à sua causa.

Gonzalo Pizarro, no entanto, recusou-se a ceder, e fugiu em segredo para Cuzco, onde tinha tropas leais. La Gasca, escoltado por praticamente toda a frota de Pizarro, desembarcou em Tumbes no ano de 1547, e proclamou sua missão como pacificador e convidando todos os cidadãos de boa vontade a juntarem-se a ele na tarefa de restaurar a tranquilidade. Em outra proclamação concedeu anistia a todos os desertores e prometeu recompensas a todos aqueles que pegassem em armas na defesa da Coroa. Também revogou as Leis Novas, o motivo pelo qual a rebelião havia sido organizada.

La Gasca logo reuniu um exército numeroso, do qual assumiu o comando e marchou para Cuzco em dezembro de 1547. Pizarro chegou à planícia de Xaquijagana com uma força respeitável, mas La Gasca, se fiando mais em suas habilidades diplomáticas que nas militares, abriu negociações com os oficiais de Pizarro, conquistando-os através de promessas e ameaças. Os dois exércitos se encontraram em 9 de abril de 1548 no vale de Sacsahuana. A maioria dos oficiais e soldados de Pizarro foram para o lado de La Gasca, e as forças do rei ganharam a batalha sem precisar dar um golpe sequer.

Pedro de la Gasca executou Pizarro e alguns de seus seguidores mais importantes, dispersou os aventureiros, recuperou os seus partidários e perdoou a maioria dos rebeldes. Reorganizou a administração da justiça e a coleta de impostos, e proclamou diversos decretos se opondo à opressão dos povos indígenas. Apesar de diplomático e judicioso, era impiedoso em sua devoção ao dever.

Em 1549 entregou seus poderes à Real Audiência, e em 27 de janeiro de 1550 deixou o Peru para retornar à Espanha. Em sua chegada Carlos V nomeou-o bispo de Plasencia. Em 1561 Felipe II promoveu-o à sede de Sigüenza.

Referências

  1. Eyre, Edward (1934). European Civilization, Its Origin and Development (em inglês). Oxford: Oxford University Press. p. 193 
  2. Garofalo, Leo J. (2001). The Ethno-economy of Food, Drink, and Stimulants: The Making of Race in Colonial Lima and Cuzco (em inglês). Madison: University of Wisconsin. p. 55 

Ligações externas

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Precedido por
Blasco Núñez Vela
Vice-reis do Peru
1546-1549
Sucedido por
Antônio de Mendoza