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Plethodon cinereus

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaPlethodon cinereus

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Amphibia
Ordem: Caudata
Família: Plethodontidae
Género: Plethodon
Espécie: P. cinereus
Nome binomial
Plethodon cinereus
(Green, 1818)
Sinónimos
Salamandra cinerea Green, 1818

Plethodon cinereus é uma espécie de anfíbio caudado pertencente à família Plethodontidae. Ocorre em encostas florestadas no este da América do Norte, com limite no Missouri a Oeste, Carolina do Norte a Sul, e sul do Quebec a Norte.  É uma de 55 espécies no género Plethodon.

Descrição e ecologia

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Plethodon cinereus no seu habitat.

É uma salamandra terrestre pequena (5,7 a 10 cm) e vive em áreas florestadas debaixo de rochas, troncos, cortiça e outros detritos.[1] É uma das salamandras mais numerosas ao longo da sua área de distribuição.[1] São comuns duas variedades ou fases de cor: a de "lista vermelha" tem uma faixa dorsal vermelha que se prolonga pela cauda. e a variedade mais escura que carece da maioria ou toda a pigmentação vermelha.[1] A fase vermelha não é sempre vermelha, podendo ter a lista outras cores como amarelo, laranja ou branco. Em casos raros, o corpo todo pode ser completamente vermelho.[1] Ambas as formas tem abdómens às pintas pretas e brancas.[1]

A pele de Plethodon cinereus pode conter Lysobacter gummosus, uma bactéria epibiótica que produz o químico 2,4-diacetilfluoroglucionol e inibe o crescimento de certos fungos patogénicos.[2]

Fase escura

Comportamento

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As duas variedades têm comportamento anti-predador diferente; a fase escura tem tendência a fugir de predadores, enquanto que a fase vermelha fica frequentemente imóvel e exibe possivelmente coloração aposemática.[3] Os níveis de stress de cada fase foram estimados pela determinação da proporção de neutrófilos em relação a linfócitos no sangue, e os resultados sugerem que os níveis de stress são mais elevados na fase escura do que na vermelha.[4] Isto pode ser uma consequência de um maior risco de predação experienciado na natureza pela fase escura, e pode também significar que salamandras de fase escura são mais vulneráveis em cativeiro.[4]

Reprodução e biomassa

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Machos e fêmeas tipicamente estabelecem territórios de alimentação e/ou de acasalemento separados debaixo de pedras e troncos. No entanto, pensa-se que algumas salamandras vermelhas podem estabelecer relações de monogamia social, e podem manter territórios co-defendidos ao longo dos seus períodos activos. Acasalamentos ocorrem em Junho e Julho. As fêmeas produzem de quatro a 17 ovos em um ano. Os ovos eclodem em seis a oito semanas. Não se sabe muito sobre a dispersão de recém-nascidos, embora se pense que estes e juvenis sejam filopátricos. A espécie consome em grande parte invertebrados e outros animais presentes em detritos. Em algumas áreas com bom habitat, estas salamandras são tão numerosas que as sua densidade populacional ultrapassa mul indivíduos por acre.

  1. a b c d e Conant R, Collins JT. 1998. A field guide to reptiles and amphibians of eastern and central North America. Boston; Houghton Mifflin.
  2. Brucker, Robert M.; Baylor, Cambria M.; Walters, Robert L.; Lauer, Antje; Harris, Reid N.; Minbiole, Kevin P. C. (2008). «The Identification of 2,4-diacetylphloroglucinol as an Antifungal Metabolite Produced by Cutaneous Bacteria of the Salamander Plethodon cinereus». Journal of Chemical Ecology. 34 (1): 39–43. PMID 18058176. doi:10.1007/s10886-007-9352-8 
  3. Venesky, Matthew D.; Anthony, Carl D. (2007). «Antipredator adaptations and predator avoidance by two color morphs of the eastern red-backed salamander, Plethodon cinereus». Herpetologica. 63 (4): 450–458. doi:10.1655/0018-0831(2007)63[450:AAAPAB]2.0.CO;2 
  4. a b Davis AK, Milanovich JR. 2010. Lead-phase and red-stripe color morphs of red-backed salamanders Plethodon cinereus differ in hematological stress indices: A consequence of differential predation pressure? Current Zoology (formerly Acta Zoologica Sinica), Apr. 2010, 56(2): 238 - 243.

Ligações externas

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