Rio Branco (Roraima)
Rio Branco | |
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Rio Branco com a Ponte dos Macuxis e Serra Grande ao fundo. | |
Comprimento | 584 km |
Nascente | Confluência dos rios Tacutu e Uraricoera |
Foz | Rio Negro |
Afluentes principais |
rio Tacutu e Uraricoera |
País(es) | Brasil |
O rio Branco é um curso de água do estado de Roraima. É formado pela confluência dos rios Tacutu e Uraricoera,[1][2] trinta quilômetros a norte de Boa Vista, capital do estado situada no vale do rio, e tem sua foz na margem esquerda do rio Negro, no estado do Amazonas, perto da divisa com o estado de Roraima.[3]
Sua bacia hidrográfica, sub-bacia do rio Negro, é a principal da região, predominando sobre a mesma. É cortado por duas pontes, uma em Boa Vista (ligando-a ao município de Cantá), a ponte dos Macuxis, a norte, com cerca de 1.200 metros de extensão, e por outra em Caracaraí, no centro do estado, com aproximadamente 700 metros de extensão.
O rio Branco, de maneira generalizada, está sob influência de um período de chuvas que vai de abril a setembro e de um período seco que vai de outubro a março. No período chuvoso, o rio é facilmente navegável do rio Negro até a cidade de Caracaraí. Acima desta cidade a navegação é dificultada pela presença de algumas cachoeiras e corredeiras, sendo que de Boa Vista (cerca de 130 km de Caracaraí) até a junção dos rios Tacutu e Uraricoera é possível a navegação durante o período das cheias.
Segmentos
[editar | editar código-fonte]O rio Branco tem seu curso dividido em três segmentos devido o tipo de vegetação de cada trecho:
- Alto rio Branco: é o segundo maior segmento, com 172 quilômetros. Começa na confluência dos rios Uraricoeira e Tacutu, passa por Boa Vista, e termina na cachoeira do Bem-Querer. Caracteriza-se por apresenta-se bastante largo nesta região, porém pouco profundo, especialmente no período seco, época em que se evidencia um grande número de bancos ou ilhas de areia; na cobertura vegetal predomina a presença de savana e alguns trechos com palmeiras.
- Médio rio Branco: é o menor segmento, com 24 quilômetros. Começa na cachoeira do Bem-Querer e vai até o povoado de Vista Alegre. É uma área de transição, com várias corredeiras, o que o torna inavegável por embarcações de grande porte. A vegetação também representa transição, pois é uma mistura das vegetações existentes no norte e no sul do estado, com domínio das savanas, igarapé, buritizais e floresta Amazônica.
- Baixo rio Branco: é o maior segmento, tem 388 quilômetros. Parte de Vista Alegre e corta todo o centro-sul de Roraima até encontrar-se com o rio Negro. Este, por sua vez, após passar por Manaus, une-se ao rio Solimões e a partir dessa união este último passa a chamar-se rio Amazonas, o mais volumoso e extenso do mundo. O Baixo rio Branco possui um ecossistema de floresta tropical rica em biodiversidade, com sua vegetação densa e abundante, com exuberante fauna e flora. Na calha e lagos marginais vivem algumas das mais atraentes espécies de peixes para a pesca esportiva como o tucunaré.
Sub-bacias
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Vizinhos à estas estão as sub-bacias do rio Negro: Jauaperi e Jufari.
Referências
- ↑ Santos, Umberto de Menezes; Bringel, Sérgio Roberto Bulcão; Ribeiro, Maria de Nazaré Góes; Silva, Maria de Nazaré Pereira da; Santos, Umberto de Menezes; Bringel, Sérgio Roberto Bulcão; Ribeiro, Maria de Nazaré Góes; Silva, Maria de Nazaré Pereira da (junho de 1985). «Rios da bacia amazônica II. Os afluentes do rio Branco (*)». Acta Amazonica (1-2): 147–156. ISSN 0044-5967. doi:10.1590/1809-43921985152156. Consultado em 26 de março de 2021
- ↑ «Mapa do Rio Branco ou Parimé e dos Rios Caratirimani Uararicapará Majari, Tacutú e Mahu». World Digital Library. Consultado em 27 de abril de 2013
- ↑ «CPRM - SACE - Sistema de Alerta de Eventos Críticos». www.cprm.gov.br. Consultado em 26 de março de 2021
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- FREITAS, Aimberê. Estudos Sociais - RORAIMA: Geografia e História. 1.ed. São Paulo: Corprint Gráfica e Editora Ltda., 1998. 83 p. ISBN 34523432