Rodrigo Coelho
Rodrigo Coelho | |
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Coelho em abril de 2020. | |
Deputado federal por Santa Catarina | |
Período | 1 de fevereiro de 2019 até 1 de fevereiro de 2023 |
Vereador de Joinville | |
Período | 1 de janeiro de 2017 a 1 de fevereiro de 2019 |
Vice-prefeito de Joinville | |
Período | 1 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2016 |
Prefeito | Udo Döhler |
Antecessor(a) | Ingo Butzke |
Sucessor(a) | Nelson Coelho |
Presidente da Fundação Cultural de Joinville | |
Período | janeiro de 2013 a março de 2016 |
Prefeito | Udo Döhler |
Dados pessoais | |
Nascimento | 29 de junho de 1980 (44 anos) Joinville, Santa Catarina |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Pai: João Norberto Coelho Neto |
Alma mater | Universidade Federal de Santa Catarina |
Partido | PDT (2012–2014) PSB (2014–2021) PODE (2021-Presente) |
Profissão | advogado |
Website | www |
Rodrigo Coelho (Joinville, 29 de junho de 1980) é um advogado e político brasileiro filiado ao Podemos, Foi vice-prefeito de Joinville, Santa Catarina entre 2013 e 2016, durante a gestão de Udo Döhler. Ficou conhecido pela atuação na área cultural, presidindo a Fundação Cultural de Joinville. Na época, foi responsável pela reabertura à população de museus interditados,[1] expandindo o acesso à arte aos joinvilenses.[1] Nas eleições municipais de 2016, foi eleito vereador, também por Joinville e ficou no cargo até 2019. Como Vereador, foi reconhecido pela atuação independente, defesa dos aplicativos de transporte e pelo zelo com o dinheiro público, com a economia de quase R$ 50 mil de verbas públicas, o não uso de diárias de viagens, de celular e de carro oficial. Atualmente, Coelho é deputado federal por Santa Catarina.[2] No início do mandato, assumiu o compromisso de continuar a missão de respeito a cada centavo do dinheiro público. Abriu mão da aposentadoria especial e doou quase R$ 30 mil do auxílio-mudança e do auxílio-moradia para instituições filantrópicas.[3] Ao longo dos anos, Coelho teve vários conflitos partidários. Em 2014, foi expulso do Partido Democrático Trabalhista (PDT), por infidelidade partidária;[4] em 2019, foi suspenso do PSB, seu partido atual, por ir contra as orientações do partido em votações na câmara dos deputados;[5] em 2020, entrou com ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para se desfiliar do partido, mas teve ação negada.[6] Ele deixou de seguir as orientações de seu partido em múltiplas ocasiões por convicção de que não eram as melhores decisões.[7][8][9]
Em abril de 2021, venceu ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para desfiliação do PSB sem perda do mandato. Por um placar de 4x3, os ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Luís Felipe Salomão e Mauro Campbell Marques entenderam que houve perseguição partidária a Rodrigo Coelho, e o liberaram por justa causa sem a perda do mandato. O parlamentar está, agora, filiado ao Podemos [10]
Vida pessoal, formação e carreira jurídica
[editar | editar código-fonte]Coelho nasceu em Joinville, Santa Catarina, filho do advogado, bancário, político e professor João Norberto Coelho Neto e de Rosemarie Coelho.[11][12] Ele é casado com Cecília D’Agostin Longo Coelho.[13]
Coelho se formou em direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2002 e é pós-graduado em direito previdenciário pela Faculdade Arthur Thomas (FAAT).[14][15]
Coelho iniciou carreira jurídica no escritório de advocacia previdenciária do pai, João Norberto Coelho Neto e escreveu um livro sobre o assunto, Guia do Direito Previdenciário, lançado em 2010.[16]
Coelho foi lojista do setor vestuário de 2008 a 2015 e por dois anos foi presidente da CDL Jovem (Câmara de Dirigentes Lojistas de Joinville)[16]
Carreira política
[editar | editar código-fonte]Em junho de 2012, Coelho, na época filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), foi anunciado como candidato a vice-prefeito de Joinville na chapa do candidato Udo Döhler (PMDB).[17] Döhler e Coelho foram eleitos em 28 de outubro de 2012 e Coelho assumiu como vice-prefeito em 1 de janeiro de 2013.[18][19]
Em janeiro de 2013, enquanto era vice prefeito, Coelho assumiu o cargo de presidente da Fundação Cultural de Joinville (FCJ)[20] e permaneceu até março de 2016, quando se afastou para concorrer ao cargo de vereador nas eleições municipais.[21]
Nas eleições municipais de 2016, já filiado ao PSB, Coelho concorreu ao cargo de vereador de Joinville, sendo eleito com 4.406 votos.[22] Assumiu o mandato em 1 de janeiro de 2017[23] e permaneceu no cargo até 31 de janeiro de 2019.[24]
Coelho concorreu ao cargo de deputado federal por Santa Catarina nas eleições de 2018. Foi eleito com 43.314 votos e assumiu o mandato de deputado em 1 de fevereiro de 2019, cargo que ocupa atualmente.[24]
Expulsão, suspensão e conflitos partidários
[editar | editar código-fonte]No dia 9 de abril de 2014, por 20 votos a 1,[25] Coelho foi expulso do PDT após uma série de desentendimentos com a executiva municipal do partido.[26] O partido alegou que houve infidelidade partidária devido à aproximação de Coelho com o PSB e sua recusa em se defender no Conselho de Ética.[25][4]
No dia 30 de agosto de 2019, Coelho foi suspenso do PSB por votar favorável à reforma da previdência, contrariando a orientação partidária. Ele ficou impedido de presidir comissões e encaminhar votações em nome do partido.[5] Coelho entrou com ação no TSE por justa causa para deixar seu partido. O TSE negou a ação.[6]
Ainda penso em concorrer [à prefeitura de Joinville], vou tentar, mas a relação com o PSB está trincada. | ||
— Coelho, em abril de 2020.[27] |
Coelho tinha a intenção de concorrer ao cargo de prefeito de Joinville nas eleições municipais de 2020 pelo Partido Liberal (PL). Ele afirmou na época: "Ainda penso em concorrer, vou tentar, mas a relação com o PSB está trincada."[27] Após seu pedido para se desfiliar do PSB ser negado na justiça, Coelho não foi candidato nas eleições municipais de 2020.
No dia 9 de dezembro de 2020, Coelho votou contra a a adesão do Brasil à Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância, contrariando novamente a orientação de seu partido. Ele foi o único deputado joinvilense a votar contra a convenção, já que os deputados Coronel Armando (PSL), Nilson Stainsack (PP) e o suplente do deputado Darci de Matos (PSD), que está afastado, votaram a favor. O texto foi aprovado em segundo turno na câmara dos deputados por 417 votos a 42.[7] Coelho afirmou que seu voto contrário se deu por julgar que o texto "não é o adequado para o objetivo proposto, bem como é antigo aos problemas atuais."[28]
Bolsonaro não cometeu nenhum crime de responsabilidade. | ||
— Coelho, em janeiro de 2021, sobre os pedidos de impeachment do presidente Bolsonaro devido à crise sanitária no Amazonas.[29] |
Em janeiro de 2021, em meio à pressão de partidos de oposição (incluindo o PSB) pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro, por conta da crise sanitária no Amazonas, Coelho afirmou ser contra o impeachment, afirmando que "Bolsonaro não cometeu nenhum crime de responsabilidade"[29] e novamente sendo contrário à opinião do partido.[30]
No dia 10 de fevereiro de 2021, na votação do projeto sobre a autonomia do Banco Central, Coelho votou favorável à proposta, contrariando orientação de seu partido. O texto foi aprovado na câmara dos deputados por 339 votos a 114 e seguiu para sanção presidencial.[8]
No dia 19 de fevereiro de 2021, o plenário da câmara de deputados se reuniu para decidir sobre a manutenção da prisão do deputado federal bolsonarista Daniel Silveira (PSL),[9] que havia sido preso em flagrante três dias antes (16), acusado pelos crimes previstos na Lei de Segurança Nacional.[31] A prisão tinha sido referendada por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 17 de fevereiro.[32] O PSB, partido de Coelho, orientou sua bancada a votar pela manutenção da prisão de Silveira; Coelho votou contra.[9] A Câmara decidiu manter a prisão de Silveira, por 364 votos a 130.[33]
Desempenho eleitoral
[editar | editar código-fonte]Ano | Cargo | Votos | Partido | Resultado | Notas | Ref. |
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2012 | Vice-prefeito de Joinville | 161.858 | PDT | Eleito | Titular da chapa: Udo Döhler (PMDB). | [18] |
2016 | Vereador de Joinville | 4.406 | PSB | Eleito | [22] | |
2018 | Deputado federal por Santa Catarina | 43.314 | PSB | Eleito | [24] |
Referências
- ↑ a b «Prefeitura de Joinville anuncia reabertura de todos os museus até final de 2013». www.nsctotal.com.br. Consultado em 17 de junho de 2021
- ↑ «Veja quem são os 16 deputados eleitos para a Câmara dos Deputados por Santa Catarina». G1. Grupo Globo. 7 de outubro de 2018. Consultado em 10 de fevereiro de 2021
- ↑ «Rodrigo Coelho doa auxílio-mudança para assistência social; ideal seria o fim do benefício | ND». ndmais.com.br. 21 de abril de 2019. Consultado em 17 de junho de 2021
- ↑ a b Bersch, Maiara (10 de abril de 2014). «PDT expulsa o vice-prefeito de Joinville Rodrigo Coelho». A Notícia. NSC Comunicação. Agência RBS. Consultado em 11 de fevereiro de 2021 – via NSC Total. (pede registo (ajuda))
- ↑ a b Roscoe, Beatriz (30 de agosto de 2019). «PSB expulsa Átila Lira e pune outros 9 deputados por votar pela Previdência». Poder360. Consultado em 11 de fevereiro de 2021
- ↑ a b Spechoto, Caio (5 de abril de 2020). «Fachin nega desfiliação de deputado punido pelo PSB por apoiar reforma». Poder360. Consultado em 11 de fevereiro de 2021
- ↑ a b Silveira, Felipe (9 de dezembro de 2020). «Coelho vota contra, mas Câmara aprova adesão à convenção contra racismo». O Mirante Joinville. Consultado em 11 de fevereiro de 2021
- ↑ a b Turtelli, Camila; Castro, Fabrício (10 de fevereiro de 2021). «Entre infieis, Tabata vota sim pela autonomia do Banco Central e Aécio, não». UOL. Estadão. Consultado em 11 de fevereiro de 2021
- ↑ a b c Rocha, Lucas (19 de fevereiro de 2021). «Três deputados do PDT de Ciro e quatro do PSB votam a favor de Daniel Silveira». Fórum. Consultado em 20 de fevereiro de 2021
- ↑ «Sem surpresa, deputado Rodrigo Coelho define futuro partido». www.nsctotal.com.br. Consultado em 29 de abril de 2021
- ↑ «Biografia Coelho Neto». Memória Política de Santa Catarina. ALESC. 6 de agosto de 2018. Consultado em 10 de fevereiro de 2021
- ↑ Lobo, Alessandra (3 de janeiro de 2013). «Novo Campeche é o novo point em Floripa». ND+. Grupo ND. Consultado em 10 de fevereiro de 2021
- ↑ Schettini, Marcos (28 de fevereiro de 2020). «Aprasc amarga Moisés; Blumenau divide traços; Borba pró-Alba; Paulinha explica; Camilo Martins enche o copo; Rodrigo & Rodrigo em Joinville». Lê Notícias. Consultado em 10 de fevereiro de 2021
- ↑ Prado, Windson (19 de setembro de 2018). «Rodrigo Coelho quer ser deputado federal para lutar por "mais Brasil, menos Brasília"». OCP News. Consultado em 10 de fevereiro de 2021
- ↑ «Vice-prefeito de Joinville conversa com acadêmicos da Católica de Santa Catarina». Católica de Santa Catarina. 7 de junho de 2013. Consultado em 11 de fevereiro de 2021
- ↑ a b Caturani, Marjorie. «Um homem de princípios». Premier (110). p. 38–39. ISSN 2178-8928 – via Issuu
- ↑ «Rodrigo Coelho será vice de Udo Döhler em candidatura em Joinville». Diário Catarinense. NSC Comunicação. 29 de junho de 2012. Consultado em 11 de fevereiro de 2021 – via NSC Total. (pede registo (ajuda))
- ↑ a b «Udo Dohler é eleito prefeito de Joinville». G1. Grupo Globo. 28 de outubro de 2012. Consultado em 11 de fevereiro de 2021
- ↑ Faraco, Raphael (2 de janeiro de 2013). «Udo Dohler toma posse em Joinville». Bom Dia Santa Catarina. RBS TV. Consultado em 11 de fevereiro de 2021 – via Globoplay
- ↑ Burg, Edson (20 de dezembro de 2012). «Rodrigo Coelho é o novo presidente da Fundação Cultural de Joinville». ND+. Grupo ND. Consultado em 11 de fevereiro de 2021
- ↑ Duarte, Salmo (31 de março de 2016). «Secretários municipais de Joinville se afastam para concorrer às eleições». A Notícia. NSC Comunicação. Agência RBS. Consultado em 11 de fevereiro de 2021 – via NSC Total. (pede registo (ajuda))
- ↑ a b Guerreiro, Juliane; Ritta, Rosana (4 de outubro de 2016). «Os 11 novos vereadores de Joinville falam sobre a campanha e os planos para o futuro». ND+. Grupo ND. Consultado em 11 de fevereiro de 2021
- ↑ Lammerhirt, Maykon (1 de janeiro de 2017). «Vereadores tomam posse e definem presidente da Câmara em Joinville». A Notícia. NSC Comunicação. Agência RBS. Consultado em 11 de fevereiro de 2021 – via NSC Total. (pede registo (ajuda))
- ↑ a b c «Veja quem são os deputados federais de SC que tomam posse nesta sexta-feira». G1. Grupo Globo. 1 de fevereiro de 2019. Consultado em 11 de fevereiro de 2021
- ↑ a b Veríssimo, Luiz (10 de abril de 2014). «PDT expulsa vice-prefeito Rodrigo Coelho». ND+. Grupo ND. Consultado em 11 de fevereiro de 2021
- ↑ Bersch, Maiara (11 de abril de 2014). «PDT deve se reunir para discutir se pede mandato de Rodrigo Coelho em Joinville». A Notícia. NSC Comunicação. Agência RBS. Consultado em 11 de fevereiro de 2021 – via NSC Total. (pede registo (ajuda))
- ↑ a b Saavedra, Jefferson (4 de abril de 2020). «Rodrigo Coelho tem derrota no TSE, candidatura a prefeito de Joinville fica mais "complicada"». NSC Total. NSC Comunicação. Consultado em 11 de fevereiro de 2021
- ↑ Silveira, Felipe (10 de dezembro de 2020). «"Não é o ideal", diz Coelho sobre texto da Convenção Interamericana contra o Racismo». O Mirante Joinville. Consultado em 11 de fevereiro de 2021
- ↑ a b «Rodrigo Coelho: "Bolsonaro não cometeu nenhum crime de responsabilidade"». O Antagonista. 22 de janeiro de 2021. Consultado em 11 de fevereiro de 2021
- ↑ «Oposição aumenta pressão por impeachment e volta do Congresso». Congresso em Foco. 18 de janeiro de 2021. Consultado em 11 de fevereiro de 2021
- ↑ Rouvenat, Fernanda; Falcão, Márcio; Vivas, Fernanda; Rodrigues, Mateus (16 de fevereiro de 2021). «Moraes manda, e PF prende em flagrante deputado que defendeu AI-5 e fechamento do STF». Hora 1. TV Globo. Consultado em 20 de fevereiro de 2021 – via G1
- ↑ Losekann, Marcos; D'Agostino, Rosanne (17 de fevereiro de 2021). «Por unanimidade, STF mantém prisão por crime inafiançável do deputado Daniel Silveira». Jornal Nacional. TV Globo. Consultado em 20 de fevereiro de 2021 – via G1
- ↑ Mosquéra, Júlio; Calgaro, Fernanda; Garcia, Gustavo; Clavery, Elisa (19 de fevereiro de 2021). «Por 364 votos a 130, Câmara decide manter na prisão o deputado Daniel Silveira». Jornal Nacional. TV Globo. Consultado em 20 de fevereiro de 2021 – via G1
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com nome "gazeta" definido em <references>
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