Rua Grande (São Luís)
Rua Grande | |
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São Luís, Maranhão, Brasil | |
Extensão | 800 m |
Início | Avenida Alexandre de Moura |
Interseções | Rua Urbano Santos, Rua do Outeiro, Rua do Passeio, Rua de Santaninha, rua de Santa Rita, Rua das Mangueiras, Rua de São Pantaleão, Rua dos Craveiros, Rua das Flores, Rua São João, Rua Antônio Rayol, Rua Sete de Setembro, Travessa da Passagem, Rua Godofredo Viana |
Estado | Maranhão |
Cidade | São Luís (Maranhão) |
Bairro(s) | Centro de São Luís |
Fim | Avenida Magalhães de Almeida |
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A Rua Grande é um dos logradouros mais importantes do município de São Luís, no Maranhão Está localizada no Centro Histórico da cidade. Considerada um importante centro comercial, a rua guarda uma longa história.
Histórico
[editar | editar código-fonte]Em meados do século XVII, já possuía quatro quadras, mas tem seus primeiros registros em mapas a partir de 1698. De acordo com os historiadores, a rua seria o caminho mais fácil de acesso ao interior da ilha. Em 1665, o caminho foi transformado em rua, facilitando a passagem de carros de boi, levando cargas até o Cutim.[1][2][3]
Em 1743, foi construída a Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Mulatos (sede paroquial a partir de 1805).[1]
Em 1844, a rua se estendia até a rua do Outeiro, sendo conhecida então como Caminho Grande. Outros nomes pela qual ficou conhecida foram “Estrada Real” e “ Rua Larga”.[1]
Entre 1852 e 1855, a rua passou por uma reestruturação, recebendo o primeiro calçamento. Novo calçamento foi feito em 1867 e em 1877.[1]
Nesse período, personalidades como Ana Jansen e Cândido Ribeiro (importante industrial do Maranhão) moraram na rua Grande.
Em 1912, foi instalada uma linha de bonde na rua Grande em sua extensão, indo até o Anil, além de outro linha que ia do Largo dos Remédios até a Quinta do Matadouro (atual São Pantaleão), passando pelas Ruas Rio Branco, do Passeio e a atual Rua do Norte. Entretanto, só a partir de 1924 o transporte por bonde elétrico passa a ser efetivo.[3]
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Mulatos foi demolida em 1939, sendo construído, no seu lugar, o Edifício Caiçara, primeiro arranha-céu de São Luís. Essa medida ocorreu no contexto do projeto de modernização urbanista de São Luís, durante o governo do interventor Paulo Ramos (1936-1945). [1]
Na esquina com a Rua do Passeio, fica localizado o Palacete Gentil Braga. O antigo cinema Éden ficava no início da rua.[3]
Ao longo das décadas seguintes, a via sofre modificações que a descaracterizam, como a retirada dos trilhos dos bondes, a substituição do calçamento tradicional por camadas de asfalto, demolição de prédios, transformação das residências em pontos comerciai.[1]
Em 1979, tornou-se proibido o transido de veículos motorizados, transformando a rua Grande em um espaço exclusivo para pedestres.[1]
Em 1986, ocorreu o tombamento estadual do Centro Histórico, abrangendo a Rua Grande.[1]
Reformas
[editar | editar código-fonte]Em 1990, foi executada uma reforma pela Prefeitura, que incluiu o alargamento das calçadas, mantendo-se a pista com paralelepípedos.[3]
Em 2018, foi feita nova reforma pela Prefeitura e IPHAN, que incluiu obras de drenagem, calçamento e pavimentação em concreto intertravado, instalação elétrica subterrânea, novo posteamento de iluminação pública e colocação de bancos em madeira e aço.[4]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b c d e f g h «Rua grande: A história por trás do maior centro comercial de São Luís». O Imparcial. 8 de setembro de 2019. Consultado em 10 de outubro de 2019
- ↑ O Estado do Maranhão. «Rua Grande» (PDF). Imirante
- ↑ a b c d «Rua Grande - Centro - São Luís - Kamaleao.com». kamaleao.com. Consultado em 10 de outubro de 2019
- ↑ «Apesar de chuvas, obras da Rua Grande têm entrega confirmada para agosto». Jornal O Estado do Maranhão. 19 de julho de 2019. Consultado em 10 de outubro de 2019