Tom Mboya
Tom Mboya | |
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Mboya (esquerda) com o secretário geral do Histadrut, Aharon Becker em Israel no ano de 1962. | |
Ministro da Justiça do Quênia | |
Período | 1963 - 5 de julho de 1969 |
Presidente | Jomo Kenyatta |
Antecessor(a) | cargo criado |
Sucessor(a) | Charles Njonjo |
Dados pessoais | |
Nascimento | 15 de agosto de 1930 Ol Donyo Sabuk, Quênia britânico |
Morte | 5 de julho de 1969 Nairobi, Quênia |
Alma mater | Ruskin College |
Cônjuge | Pamela Mboya |
Partido | União Nacional Africana do Quénia |
Thomas Joseph Odhiambo Mboya (Ol Donyo Sabuk, 15 de agosto de 1930 – Nairobi, 5 de julho de 1969) foi um sindicalista, educador, Pan-africanista, escritor, independentista, ministro de Estado e um dos pais fundadores da República do Quênia.[1] Ele encabeçou as negociações pela independência do Quênia nas Conferências Lancaster House[2] e foi um dos principais formadores do então Partido da Independência do Quênia, KANU, no qual serviu como primeiro secretário-geral.[3] Ele liderou a fundação das políticas capitalistas e de economia mista do Quênia durante a Guerra Fria e estabeleceu muitas das instituições de trabalho do país.[1]
A inteligência, o carisma e as habilidades de oratória de Mboya fizeram com que ele ganhasse admiradores por todo o mundo intelligence.[1] Ele fez discursos, debates e entrevistas por todo o mundo para favorecer a independência do Quênia do controle colonial britânico e falou em vários comícios a favor do movimento dos direitos civis que ocorria nos Estados Unidos.[4] Em 1958, aos 28 anos, Mboya foi eleito presidente da All-African People's Conference convocada por Kwame Nkrumah de Gana.[5] Ele ajudou a construir o movimento sindicalista no Quênia e em outros países da África, tais como Uganda and Tanzânia. Uma vez ele serviu como o representante africano na Confederação Internacional de Sindicatos Livres (ICFTU). Em maio de 1959, Mboya convocou uma conferência em Lagos, Nigéria para formar a primeira organização trabalhista africana da ICFTU.[4]
Ele trabalhou com o então senador dos Estados Unidos, John F. Kennedy (mais tarde presidente do país) e com Martin Luther King Jr. para fornecer oportunidades educacionais para estudantes africanos; esse esforço resultou em transportes aéreos táticos entre as décadas de 1950 e 1960, que fizeram com que estudantes africanos pudessem estudar em faculdades nos Estados Unidos. Entre os beneficiados por essa política estão Wangari Maathai, futura ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, e Barack Obama, Sr., pai do 44º Presidente dos Estados Unidos. Em 1960, Mboya foi o primeiro queniano a ser apresentado na capa da Revista Time, em uma pintura feita por Bernard Safran.[6]
Assassinato
[editar | editar código-fonte]Ele manteve a pasta como Ministro do Planejamento e Desenvolvimento Econômico até sua morte, aos 39 anos, quando foi baleado em 5 de julho de 1969 na Government Road (hoje Avenida Moi), Nairobi, após visitar a Farmácia Chaani. Nahashon Isaac Njenga Njoroge foi condenado pelo homicídio e posteriormente enforcado.[7]
Referências
- ↑ a b c «An Evening with Tom Mboya» (PDF). Kenya National Commission on Human Rights. 2006. Consultado em 3 de maio de 2019
- ↑ Goldsworthy, David (1982). Tom Mboya: The Man Kenya Wanted to Forget (em inglês). Nairobi: East African Publishers. pp. 191–195. ISBN 9789966463678
- ↑ Ochieng', William Robert (1995). Decolonization & Independence in Kenya, 1940-93 (em inglês). Londres: Ohio State University Press. p. 65. ISBN 9780821410516
- ↑ a b Musau, Nzau (27 de julho de 2015). «Uhuru praises Tom Mboya at state banquet». The Standard. Consultado em 3 de maio de 2019
- ↑ Super User. «Tom Mboya - Biography». www.tommboya.org. Tom Mboya. Consultado em 3 de maio de 2019. Cópia arquivada em 20 de fevereiro de 2012
- ↑ «TIME Magazine Cover: Tom Mboya - Mar. 7, 1960». TIME.com (em inglês). Consultado em 3 de maio de 2019
- ↑ «New revelations raise fresh questions about Tom Mboya's killing 55 years on». Nation. 6 de julho de 2024. Consultado em 12 de novembro de 2024