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Válber Roel de Oliveira

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Válber
Informações pessoais
Nome completo Válber Roel de Oliveira
Data de nasc. 31 de maio de 1967 (57 anos)
Local de nasc. Rio de Janeiro, Guanabara, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Altura 1,78 m
canhoto
Informações profissionais
Clube atual aposentado
Posição ex-zagueiro, lateral
volante e meio-campista
Clubes de juventude
Tomazinho
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1987
1988–1989
1990–1991
1991–1992
1992–1994
1995–1996
1996–1997
1997–1998
1999
1999
2000
2000–2001
2001
2001
2002
2003–2004
2005
2006–2008
Tomazinho
São Cristóvão
Fluminense
Botafogo
São Paulo
Flamengo
São Paulo
Vasco da Gama
Botafogo
Fluminense
Vasco da Gama
Coritiba
Santos
Fluminense
Inter de Limeira
Barretos
Guanabara
America-RJ
0037 0000(1)
0059 0000(3)
0548 000(39)
Seleção nacional
1992–1993 Brasil 0012 0000(0)
Times/clubes que treinou
2014– Audax Rio

Válber Roel de Oliveira, ou simplesmente Válber (Rio de Janeiro, 31 de maio de 1967), é um treinador e ex-futebolista brasileiro que atuava como zagueiro.[1] Atualmente, dirige o Audax Rio.

Ele é conhecido no futebol carioca por ser um dos poucos jogadores que defenderam os quatro grandes clubes do Rio de Janeiro.[2]

Muito habilidoso[3], Válber é um dos jogadores que defenderam os cinco grandes clubes do Rio de Janeiro. Começou a carreira, em 1987, defendendo o Tomazinho. Passou no ano seguinte para o São Cristóvão, ficando dois anos. Foi para o Fluminense, em 1990, e lá disputou os Campeonatos Brasileiros de 1990 e 1991, sem grande destaque na zaga do time. Com o contrato vencido,[4] foi para o Botafogo, que relutou em mantê-lo na zaga. Nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro de 1992, atuou no meio-campo e volante, até agradar como lateral-esquerdo.[5] Foi fixado na posição na campanha do vice-campeonato e jogou tão bem que ganhou a Bola de Prata daquela posição.

Foi com essa fama que chegou ao São Paulo, para o Campeonato Paulista, mas isso não foi o bastante para assumir a vaga de titular, embora o técnico Telê Santana dissesse que ele tinha mais potencial que o zagueiro italiano Franco Baresi.[6] Estreou no jogo do título do Troféu Ramón de Carranza, uma goleada por 4 a 0 sobre o Real Madrid, em 29 de agosto de 1992, entrando no lugar de Ronaldão.[7] Fez parte do elenco que foi ao Japão para a disputa da Copa Europeia/Sul-Americana de 1992, mas não entrou em campo na vitória sobre o Barcelona. Já nas duas partidas das finais do Paulistão entrou em campo no segundo tempo, substituindo o lateral-direito Vítor em ambas.[8]

Nos primeiros quatro jogos de 1993, assumiu a vaga de titular, mas na partida seguinte foi colocado na zaga-central, e por lá ficou. Com Válber nessa posição, o São Paulo foi campeão da Libertadores e Copa Europeia/Sul-Americana de 1993 pelo segundo ano consecutivo, além de conquistar a Supercopa Libertadores. No começo do ano seguinte, não apareceu na reapresentação dos jogadores após as férias, aproveitando-se que Telê estava licenciado, deixando o auxiliar Muricy Ramalho em seu lugar.[9] Começou a perder espaço no time após a derrota na final da Taça Libertadores da América de 1994, perdida para o Club Atlético Vélez Sársfield em pleno Morumbi. Disputou apenas uma partida pelo Campeonato Brasileiro de 1994. Ele sumiu mais uma vez em outubro, supostamente para evitar contato com Telê, mas a diretoria o perdoou, apesar das restrições do treinador, que decidiu-se por não escalar mais o zagueiro.[10]

Foi para o Flamengo em 1995, mas ficou na reserva durante os Campeonatos Cariocas de 1995 e 1996 e o Campeonato Brasileiro de 1995. Foi vice-campeão carioca em 1995 e campeão em 1996, e marcou quatro gols em 37 jogos pelo Flamengo.[11] Voltou ao São Paulo para o Campeonato Brasileiro como uma incógnita,[12] tanto é que só voltou ao time titular na reta final do campeonato, em que o tricolor fez má campanha. O Campeonato Paulista de 1997 foi o último torneio disputado por Válber com a camisa do São Paulo: para o Campeonato Brasileiro de 1997, ele foi contratado pelo Vasco.

Em São Januário, conquistou o Brasileiro de 1997, o Campeonato Carioca de 1998 e a Taça Libertadores da América de 1998, mas seu comportamento fora de campo continuou sendo um problema.[13] Disputou o Campeonato Carioca de 1999 pelo Botafogo, mas para o Campeonato Brasileiro foi reforço do Fluminense, que disputou a Série C e saiu com o título. Voltou ao Vasco no ano seguinte para o Mundial da FIFA, sendo dispensado pelos constantes sumiços aliados a contusões,[14] e teve ainda uma passagem pelo Coritiba. Depois de ficar sem clube durante o primeiro semestre de 2001,[15] foi contratado pelo Santos para o Campeonato Brasileiro de 2001. Disputou oito partidas ao longo do torneio e não se esperava que ele ficasse depois do fim de seu contrato, em dezembro.[16]

Acabou no Fluminense pela terceira vez, embora em janeiro de 2002 ele ainda mantivesse uma reclamação trabalhista contra o clube na Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro.[17] Pelo Campeonato Brasileiro de 2002, disputou apenas quatro partidas e deixou o clube no fim do ano,[18] indo para a Internacional de Limeira, que acabou rebaixada no Campeonato Paulista de 2003. Passou depois por Barretos e Guanabara antes de passar a jogar partidas de exibição ao lado de jogadores que conquistaram o tetracampeonato na Copa do Mundo de 1994,[3] mas voltou ao futebol profissional ao aceitar o convite do America, em 2006, sendo apresentado junto com Robert e quatro jogadores estrangeiros. Com Válber como um dos líderes do time,[19] o America fez boa campanha no Campeonato Carioca e chegou a disputar a final da Taça Guanabara, perdida para o Botafogo. Válber deixou o clube no final do ano, mas voltou para disputar a Série C do Brasileiro de 2007.[20] Em 2008, ficou no clube para o Campeonato Carioca, contando com a confiança do presidente Reginaldo Matias. "Admito que estava cheio de desconfiança quando recebemos o Válber aqui", disse Matias à revista Placar em janeiro de 2008. "Mas nesses [dois] anos ele mostrou o profissional que é e tornou-se um exemplo para todos no clube, especialmente para os mais jovens."[21] Válber aposentou-se ao fim do primeiro turno do estadual, após o America marcar apenas um ponto em sete partidas. No fim do torneio, o clube foi rebaixado pela primeira vez em sua história.

Seleção Brasileira

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Em treze partidas pela Seleção Brasileira, incluindo a Copa América de 1993, não marcou gols.[22] Sua primeira partida foi em 1 de agosto de 1992, vitória por 5 a 0 sobre o México, e a última em 17 de novembro de 1993, derrota por 2 a 1 para a Alemanha.[23] Não teve mais chances principalmente por causa de seus sumiços e mau comportamento fora de campo.[24]

Jogo Data Local Adversário Placar Resultado Competição Status Clube
1 31-07-1992 Memorial Coliseum México 5–0 Vitória Friendship Cup 14 - Reserva Botafogo
2 23-09-1992 Estádio Rubens Felipe Costa Rica 4–2 Vitória Amistoso 3 - Titular São Paulo
3 25-11-1992 Estádio Ernâni Sátiro Uruguai 1–2 Derrota Amistoso 3 - Titular São Paulo
4 17-03-1993 Estádio Santa Cruz Polônia 2–2 Empate Amistoso 4 - Titular São Paulo
5 13-06-1993 Estádio RFK Grã-Bretanha 1–1 Empate 1993 U.S. Cup 22 - Titular São Paulo
6 18-06-1993 Estádio Alejandro Serrano Aguilar Peru 0–0 Empate 1993 Copa América 4 - Titular São Paulo
7 21-06-1993 Estádio Alejandro Serrano Aguilar Chile 2–3 Derrota 1993 Copa América 4 - Titular São Paulo
8 24-06-1993 Estádio Alejandro Serrano Aguilar Paraguai 3–0 Vitória 1993 Copa América 4 - Titular São Paulo
9 27-06-1993 Estádio Monumental Argentina 1x1 Derrota (Pênaltis: 6–5) 1993 Copa América 4 - Titular São Paulo
10 14-07-1993 Estádio de São Januário Paraguai 2–0 Vitória Amistoso 14 - Reserva São Paulo
11 18-07-1993 Estádio Monumental Equador 0–0 Empate 1994 World Cup Qualifying 3 - Titular São Paulo
12 25-07-1993 Estadio Hernando Siles Bolívia 0–2 Derrota 1994 World Cup Qualifying 4 - Titular São Paulo

Como treinador

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Após pendurar as chuteiras, Válber atuou como auxiliar técnico do America. mas em 2014, terá sua primeira oportunidade, como treinador. no comando do Audax Rio[25].

Fluminense
São Paulo
Flamengo
Vasco da Gama

Referências

  1. «Que fim levou? VÁLBER... Ex-zagueiro do São Paulo e técnico». Terceiro Tempo. Consultado em 17 de junho de 2024 
  2. torcedores.com/ Veja quem são os 17 jogadores que defenderam os 4 grandes clubes dos Rio de Janeiro
  3. a b Alexandre da Costa, Almanaque do São Paulo Placar, Editora Abril, 2005, pág. 447
  4. "A doce ilusão de ser timinho", Placar número 1.061, julho de 1991, Editora Abril, pág. 21
  5. "Mudou para vencer", Placar número 1.074, agosto de 1992, Editora Abril, pág. 22
  6. Conrado Giacomini, São Paulo — Dentre os Grandes, És o Primeiro, Ediouro, 2005, pág. 241
  7. Alexandre da Costa, Almanaque do São Paulo Placar, Editora Abril, 2005, pág. 268
  8. Alexandre da Costa, Almanaque do São Paulo Placar, Editora Abril, 2005, pág. 270
  9. "São Paulo: Máquina inaugura o Disque-Telê", Placar número 1.091, fevereiro de 1994, Editora Abril, pág. 10
  10. "Da glória ao fracasso", Placar número 1.100, janeiro de 1995, Editora Abril, pág. 47
  11. «Cópia arquivada». Consultado em 11 de maio de 2008. Arquivado do original em 14 de junho de 2009 
  12. "São Paulo", Placar número 1.118-A, agosto de 1996, Guia do Brasileiro, Editora Abril, pág. 12
  13. "O bi de presente", Placar Especial número 7, agosto de 1998, O Melhor Guia do Brasileiro 98, Editora Abril, pág. 99
  14. "Os campeões de 1997"[ligação inativa], Jornal do Brasil, 14/1/2001
  15. "Mercado da bola", Placar número 1.190, 31/7/2001, Editora Abril, pág. 33
  16. "As torneiras fecharam", Placar número 1.210, 21/12/2001, Editora Abril, pág. 41
  17. "Os clubes do Rio no pau", Placar número 1.213, 18/1/2001, Editora Abril, pág. 7
  18. "A dívida de Romário", Placar número 1.255, fevereiro de 2003, Guia 2003, Editora Abril, pág. 29
  19. "Válber diz que America não tem motivos para temer o Botafogo", Mariana Canedo, Yahoo! Esportes, 11/2/2006
  20. "Confira onde andam os 32 campeões da Libertadores em 1998", Netvasco, 27/8/2007
  21. "Maior quantidade, mesma qualidade", Placar número 1.314-B, janeiro de 2008, Editora Abril, pág. 54
  22. "Complete seu guia do Brasileiro", Placar número 1.192, 14/8/2001, pág. 10
  23. "A história em seus pés", Placar número 1.094, maio de 1994, Editora Abril, pág. 104
  24. Enciclopédia do Futebol Brasileiro Lance!, Areté Editorial, 2001, pág. 363
  25. Globoesporte.com (22 de novembro de 2013). «A convite de Vampeta, Válber vai treinar o Audax no Carioca de 2014». 17h32. Consultado em 22 de novembro de 2013 
  26. «São Paulo: Torcedores relembram bicampeonato paulista de 1992». R7.com. 3 de abril de 2022. Consultado em 29 de março de 2024