Velhas Virgens
Velhas Virgens | |
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Paulão de Carvalho e Roy Carlini, em 2011 | |
Informações gerais | |
Origem | São Paulo, SP |
País | Brasil |
Gênero(s) | Rock cômico, blues-rock, hard rock, punk rock, rock alternativo, pop rock |
Período em atividade | 1986 - atualmente |
Gravadora(s) |
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Integrantes | Paulão de Carvalho Tuca Paiva Alexandre "Cavalo" Dias Filipe Cirilo Simon Brow Ana Pessoa |
Ex-integrantes | Celso de Carvalho Mário Sérgio Freire Eduardo Lucena Fabiano Pimenta Caio Andrade Cláudia Lino Roberta Schwantes Liliany Takara Roy Carlini Juliana Kosso |
Página oficial | www.VelhasVirgens.com.br |
Velhas Virgens é uma banda brasileira independente de rock que tem como característica letras irreverentes, geralmente com assuntos sexuais e alcoólicos.[1][2][3]
Proveniente de São Paulo, o grupo tem quinze discos lançados e tem seu espaço no cenário alternativo nacional, mesmo sem tocar em rádios ou aparecerem em programas de TV ao longo de seus 35 anos de história.[3]
História
[editar | editar código-fonte]Em 1986, "Paulão" de Carvalho, que já tinha tocado na banda "Beba Cerveja E Seus Copos Quebrados", que era o esboço do que se tornaria a atual Velhas Virgens, conheceu Alexandre "Cavalo" Dias. Inicialmente, Paulão tocava baixo e Cavalo guitarra. Chamaram os amigos Rick para assumir a bateria e Celso - irmão do Paulão - para os vocais. Até o final da década de 1980, tocaram em vários lugares, mudando diversas vezes de baterista durante esses anos.
Na virada da década, o vocalista Celso deixa a banda, só restando os fundadores, mas logo apareceu Mário Sérgio "Lips Like Sugar" para assumir definitivamente o comando da bateria. Paulão assume os vocais, a gaita e continua com o baixo, enquanto o recém-chegado Fabiano assume o posto de guitarrista. Com essa mudança de formação, a banda passou a flertar mais com o blues. Gravaram algumas demos e fizeram diversas apresentações.
O ano de 1993 marca a saída de Fabiano. Quem assume seu lugar na guitarra é Caio "The Kid" Andrade. É gravado em 1994 e lançado no ano seguinte o primeiro álbum, intitulado de Foi Bom Pra Você?. Já neste primeiro trabalho está contida uma característica que surgiu na banda a partir de 1990: as letras escrachadas falando basicamente de mulheres, cerveja e rock and roll. Outra marca do grupo foi chamar artistas consagrados para participar de algumas canções. Na estreia encontram-se as presenças de Pit Passarell do Viper, Oswaldo Vecchione do Made in Brazil, Eduardo Araújo e Marcelo Nova do Camisa de Vênus. Um disco de estreia bem aceito pelos fãs, com sonoridade voltada para o rock and roll clássico e blues e músicas como "Minha Vida é o Rock 'n Roll" (cover do Made in Brazil), "Cerveja na Veia", "Só Para Te Comer", "Excesso de Quorum" e "De Bar em Bar Pela Noite", essa com a participação de Marcelo Nova. Nesse mesmo ano a dançarina Cláudia Lino passa a acompanhar a banda nas apresentações.
Em 1996, as Velhas Virgens assinam com a gravadora Velas, da qual o cantor Ivan Lins é um dos sócios. Também em 1996, a entrada do baixista Edu Gago faz com que Paulão se dedique somente aos vocais e a gaita. O segundo disco Vocês Não Sabem Como é Bom Aqui Dentro é lançado ainda em 1996, trazendo mais convidados ilustres como Roger do Ultraje a Rigor, que canta com Paulão a sádica "Mulher do Diabo", que conta ainda com a presença do baixista ex-Ultraje Serginho Petroni. Rita Lee, que já havia escrito a apresentação do primeiro disco, aparece aqui para cantar a saga noturna de bebedeiras na "Beijos de Corpo". O guitarrista Sérgio Hinds da banda O Terço deixa sua marca em "Pão Com Cerveja". Destacam-se ainda as canções "Já Dizia o Raul", "Vocês Não Sabem Como é Bom Aqui Dentro", a balada Blues "Não Vale Nada", entre outras.
Em 1997, a banda faz mais de 50 concertos pelos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Até que Lips sofre um acidente de moto e Paulão se machuca jogando bola, o que causa uma parada de dois meses na banda.
Em 1998, sai Edu para a entrada de Tuca "Pés-de-Arara" no baixo, completando a formação atual. Neste mesmo ano, iniciaram a produção do terceiro disco, porém com o cenário nacional de Rock em baixa, optaram por uma produção independente, dado a dificuldade de contratos com grandes gravadoras. Cavalo abre sua gravadora, a Gabaju Records, e exatamente em agosto de 1999 é lançado $r. $uce$$o, o terceiro disco. Com participações como Adriana Lessa, Célso Viáfora, Luís Carlini, Mário Ribeiro, Neto Botelho, o disco vem um pouco mais recheado de baladas e canções críticas. A canção que dá título ao disco, $r. $uce$$o, é bem recebida pelos fãs, fazendo uma critica direta ao mercado fonográfico, quanto ao seu lado mercantilista e comercial. Destacam-se ainda "A Minhoca Que Acendia o Rabo", a bem humorada "Domingo na Praia", "Essa Tal Tequila" e "O Verdadeiro Amor".
A chegada dos anos 2000 e o advento da internet foi um marco na história das Velhas, e em 2001 dois CD's foram lançados, Reveillon-2001 que vem com mais de 200 fotos do grupo e de Cláudia Lino "A Mulher Diabo", mais 6 videoclipes da banda, conta com as cifras de todos os álbuns anteriores, além de 9 músicas nunca antes lançadas e Abre essas pernas – Ao Vivo que contém alguns sucessos da banda, como “Madrugada e Meia”, “De Bar em Bar” e “Safadeza pura” gravado no Teatro Mars, em São Paulo nos dias 8 e 9 de junho do ano 2001.
No ano seguinte, Claudia Lino se despede da banda e Roberta "Guti" Schwantes se torna a nova integrante, fazendo parte do grupo até o fim da turnê do álbum Com a Cabeça no Lugar, e logo dando lugar para Lili, que entrou no período do novo projeto, Carnavelhas, aonde a banda utilizava marchinhas autorais da banda e os clássicos das marchinhas carnavalescas.
Lili seguiu no grupo até 2008, dando lugar à Juliana "Juju" Kosso, ex-integrante da última formação do conjunto vocal A Patotinha e também da banda Coyote, além de ter um projeto solo[4].
Em 2012, a banda lança uma linha exclusiva de cerveja, produzida em Ribeirão Preto, em comemoração aos 25 anos de carreira. A receita é do baixista Tuca Paiva.[5]
Em 2016, a banda sai em turnê comemorativa aos 30 anos, que culmina em um show gravado ao vivo em outubro daquele ano em São Paulo[6], lançado no ano seguinte em CD e DVD, chamado Velhas Virgens 30 anos – Ao vivo no Love Story.[2]
Em 21 de junho de 2019 é lançado nas plataformas de áudio o single "O bar me chama".[2] No ano seguinte, é lançado o álbum do mesmo nome[7][8], que faz homenagem ao rock dos anos 1970.[9] No Carnaval de 2021, é lançado o single "Marcha da vacina".[10] Mais tarde no mesmo ano, o álbum é indicado ao Grammy Latino de melhor álbum de rock ou música alternativa em língua portuguesa.[11]
Em 2023, a cantora Juliana Kosso tomou a decisão de deixar o grupo devido a questões pessoais e a banda promoveu um concurso para encontrar uma nova vocalista.[12][13] Após cerca de um mês do concurso, a banda escolheu a amazonense Ana Paula “Ony” Pessoa para o posto.[14][15]
Discografia
[editar | editar código-fonte]- Álbuns de estúdio
- Foi Bom pra Você? (1995)
- Vocês Não Sabem Como é Bom Aqui Dentro!! (1997)
- Sr. Sucesso (1999)
- Com a Cabeça no Lugar (2003)
- Cubanajarra (2005)
- Ninguém Beija como as Lésbicas (2009)
- Todos os Dias a Cerveja Salva a Minha Vida! (2014)
- O Bar Me Chama (2020)
- Álbuns de Carnaval
- Carnavelhas (2004)
- Carnavelhas 2: Do Love Story até a Av. São João (2011)
- Carnavelhas III: Bebadoriso (2013)
- Álbuns ao vivo
- Abre Essas Pernas Ao Vivo (2001)
- Nós Somos as Velhas Virgens! 21 Anos (2008)
- Rockin Beer Tour - 25 Anos de Velhas Virgens (2011)
- 30 Anos: Ao Vivo no Love Story (2017)
- Coletâneas
- Reveillon (2001)
- Pirataria Autorizada (2006)
- Pirataria Autorizada 2 (2006)
- Garçons do Inferno (2015)
- Correndo pra Encontrar o Meu Amor (2018)
- DVD's
- Abre Essas Pernas Ao Vivo (2001)
- Do Arco das Velhas - 1986-2006 (2006)
- Nós Somos as Velhas Virgens! 21 Anos (2008)
- Velhas Virgens: Atrás de Cerveja e Mulher (documentário) (2008)
- Rockin Beer Tour - 25 Anos de Velhas Virgens (2011)
- Ninguém Beija Como as Lésbicas (Ao Vivo em Curitiba) (2015)
- 30 Anos - Ao Vivo no Love Story (2017)
Integrantes
[editar | editar código-fonte]Formação atual
[editar | editar código-fonte]- Paulão de Carvalho - vocal, gaita e sax[1] (1986-presente); baixo (1986-1995)
- Alexandre "Cavalo" Dias - guitarra e backing vocal (1986-presente)
- Carlos "Tuca Pés-de-Arara" Paiva - baixo (1998-presente) e backing vocal (2005-presente)
- Simon Brow - bateria (2006-presente)
- Filipe Cirilo - guitarra e slide (2015-presente)
- Ana "Ony" Pessoa - vocal e performer (2023-presente)
Ex-integrantes
[editar | editar código-fonte]- Celso de Carvalho - vocal (1986-1990, falecido)
- Rick - bateria (1986-1990)
- Fabiano Pimenta - guitarra (1990-1993)
- Mário Sérgio "Lips Like Sugar" Freire - bateria (1990-2006)
- Eduardo "Gago" Lucena - baixo (1993-1997)
- Caio "The Kid" Andrade - guitarra e lap steel (1993-2008)
- Cláudia Lino - vocal e performer (1994-2002)
- Roberta "Guti" Schwantes - vocal e performer (2002-2003)
- Liliany "Lili" Takara - vocal e performer (2005-2008)
- Roy Carlini - guitarra, lap steel e backing vocal (2008-2014)
- Juliana "Juju" Kosso - vocal e performer (2008-2023)
Referências
- ↑ a b Carlota Cafiero (22 de junho de 2018). «Rock'n'Roll, liberdade e cerveja com Velhas Virgens». Consultado em 31 de agosto de 2018
- ↑ a b c «Banda Velhas Virgens preserva o alto teor etílico do repertório no blues-rock 'O bar me chama'». G1. Consultado em 13 de julho de 2021
- ↑ a b BA, Gabriel OliveiraDo G1 (20 de setembro de 2013). «'O que seria do Rock sem os gays?', indaga vocalista do Velhas Virgens». Bahia. Consultado em 13 de julho de 2021
- ↑ «Ela pode ter sido a melhor coisa que já aconteceu para as Velhas Virgens». 16 de setembro de 2015. Consultado em 18 de setembro de 2024
- ↑ Franca, Rodolfo TiengoDo G1 Ribeirão e (8 de março de 2012). «Banda Velhas Virgens produz cerveja em Ribeirão para comemorar 25 anos». Ribeirão e Franca. Consultado em 13 de julho de 2021
- ↑ «Banda Velhas Virgens se apresentam na Love Story para o Show de Gravação do DVD 30 anos da banda». BaresSP. Consultado em 13 de julho de 2021
- ↑ LeiaJá. «Velhas Virgens lança álbum 'O Bar me Chama'». LeiaJá. Consultado em 13 de julho de 2021
- ↑ TEMPO, O. (8 de dezembro de 2020). «Velhas Virgens lançam disco maduro sobre bebedeira, lesbianismo, sexo e amizade». Diversao. Consultado em 13 de julho de 2021
- ↑ «Velhas Virgens lançam disco maduro sobre bebedeira, lesbianismo, sexo e amizade». Folha de S.Paulo. 8 de dezembro de 2020. Consultado em 13 de julho de 2021
- ↑ Entretenimento, Portal Uai; Entretenimento, Portal Uai (14 de fevereiro de 2021). «Jota Quest e Velhas Virgens enfrentam a pandemia com singles alto-astral». Portal Uai Entretenimento. Consultado em 13 de julho de 2021
- ↑ Hussey, Allison; Bloom, Madison (18 de novembro de 2021). «Latin Grammy 2021 Winners: See the Full List Here». Pitchfork. Condé Nast. Consultado em 30 de dezembro de 2021
- ↑ Redação (24 de agosto de 2023). «Velhas Virgens promove concurso para selecionar nova vocalista». Rolling Stone Brasil. Consultado em 18 de setembro de 2024
- ↑ Macedo, Alessandro (25 de agosto de 2023). «Notícias de Franca - Velhas Virgens transforma seleção de nova vocalista em 'Big Brother' musical». Notícias de Franca. Consultado em 18 de setembro de 2024
- ↑ Manhã, Diario da (15 de outubro de 2023). «Gamer é escolhida vocalista da banda Velhas Virgens | Diario da Manhã». Diário da Manhã. Consultado em 18 de setembro de 2024
- ↑ BinaSul, Turbinado,. «VELHAS VIRGENS ELEGE SUA NOVA VOCALISTA APÓS REALITY ROQUEIRO EM PLENO PALCO DO CARIOCA CLUB». Turbinado a força da imagem. Consultado em 18 de setembro de 2024