Drenagem Linfatica Manual e Ultra Som No Tratamento Do Fibro Edema Geloide em Regiao Glutea Um Estudo de Caso
Drenagem Linfatica Manual e Ultra Som No Tratamento Do Fibro Edema Geloide em Regiao Glutea Um Estudo de Caso
Drenagem Linfatica Manual e Ultra Som No Tratamento Do Fibro Edema Geloide em Regiao Glutea Um Estudo de Caso
CASCAVEL
2005
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CASCAVEL
2005
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Trabalho apresentado à Banca Avaliadora como requisito para obtenção do título de Bacharel
em Fisioterapia da Faculdade Assis Gurgacz – FAG.
BANCA AVALIADORA
____________________________
Profª Esp. Daniele Zanato
Orientadora
_____________________________
Prof.º Esp. Rodrigo Luiz Lima Jucá
Avaliador
________________________________
Profª Msc. Leda Paes Walker
Avaliadora
15
16
ABSTRACT
A female individual aged 41 took part in this research that aimed to determine if the use of a
protocol which included the manual lymphatic drainage associated to ultrasound - US, would
be effective in the treatment of Fibro Edema Geloide - FEG in the gluteus region. First the
patient went through a detailed anamneses and general physical exam for the analysis of
which kind and level of FEG undertaking was diagnosed. The parameters chosen as clinical
picture improvement measurement were: the abdominal, gluteus, arm and thigh region
perimetry; the measurement of thigh, abdominal, supra iliac, triceps cutaneous plicate and
pictures performed in post postures with contracted and relaxed gluteus, right and left lateral
and in ventral decumbent position. The patient was submitted to 20 sessions of 1 hour and 30
minutes, three times a week in specified place for the application, where the application of US
was done first, using neutral PH gel as the coupling product, followed by the stimulation of
the body main lymphatic ganglions and after a manual lymphatic drainage was performed in
gluteus region. It is known that FEG is the undertaking which affects a great part of female
population and that its appearance involves several factors, being necessary a general analysis
of the patient to determine the ones involved in this pathology, it is also known that US is an
important adjuvant tool in the treatment of this pathology and that, associated to manual
lymphatic drainage, there can be satisfactory effects. After the treatment, the patient was
reevaluated in all aspects to get to a conclusion of the obtained results. Through the perimetry,
it was possible to see positive alterations in some of them with a variation percentage of 1 to
2%, in the measurement of the cutaneous plicate was observed a great decrease in the
measurements of the compared plicate, decrease in the absolute fat and a small increase in the
body mass and the variation percentage was alternated from 2 to 17%, positively. The patient
increased 2.700 Kg compared to her initial weight, and the visual analysis didn't show FEG
significant results, there wasn't undertaking increase, which was predictable by the weight
increase, what makes believe that the protocol action had efficacy. It is concluded that, in this
patient, with intervening variables which occurred during the treatment, the results didn't
match the goals, which were the FEG decrease or elimination, but that the research gives way
to many other studies from this one and that they can be converted in more satisfactory
results. The patient had as a positive result the maintenance and decrease of her body
measurements and FEG aggravation.
AGRADECIMENTOS
À minha mãe, Maria José, por permanecer ao meu lado apesar das interpéries.
À minha orientadora, Profª. Daniele Zanato, pelas horas dispensadas ao meu estudo e
Às minhas inseparáveis amigas Adri, Lindo e Meiry, pelo privilégio de sua amizade
conhecimentos.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 12
CAPÍTULO 1 ......................................................................................................................... 15
CAPÍTULO 2 ......................................................................................................................... 28
CAPÍTULO 3 ......................................................................................................................... 40
CAPÍTULO 4 ......................................................................................................................... 61
CAPÍTULO 5 ......................................................................................................................... 68
CAPÍTULO 6 ......................................................................................................................... 71
6.1.1 Perimetria.........................................................................................................................71
6.1.3 Fotos.................................................................................................................................73
CAPÍTULO 7..........................................................................................................................76
7.1 DISCUSSÕES.....................................................................................................................76
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................80
21
RESUMO
Um indivíduo do sexo feminino com idade de 41 anos participou dessa pesquisa que tinha
como objetivo determinar se a utilização de um protocolo que incluía a drenagem linfática
manual associada ao Ultra-Som - US, seriam eficazes no tratamento do Fibro Edema Gelóide
- FEG em região glútea. Primeiramente, a paciente passou por uma detalhada anamnese e
exame físico geral para análise de qual tipo e grau de acometimento do FEG era
diagnosticada. Os parâmetros escolhidos como mensuração de melhora do quadro foram: a
perimetria das regiões abdominal, glútea, braço e coxa; a medida das dobras cutâneas de
tríceps, supra ilíaca, abdominal e coxa e fotos realizadas nas posturas posteriores com glúteo
relaxado e contraído, lateral esquerda e direita e em decúbito ventral. A paciente submeteu-se
a 20 atendimentos de 1 hora e 30 minutos, três vezes por semana em local específico para a
aplicação do mesmo, onde primeiramente era realizada a aplicação do US, tendo como
produto de acoplamento gel com PH neutro, seguida da estimulação dos principais gânglios
linfáticos do corpo e depois realizada a drenagem linfática manual em região glútea. Sabe-se
que o FEG é um acometimento que compromete uma grande população do sexo feminino e
que o seu aparecimento envolve diversos fatores, sendo necessário uma análise geral do
paciente para a determinação dos mesmos envolvidos nessa patologia, sabe-se também que o
US é uma ferramenta adjuvante importante no tratamento desta patologia e que, associado à
drenagem linfática manual, podem surtir efeitos satisfatórios. Após a realização do tratamento
a paciente foi reavaliada em todos os aspectos para que se chegasse a uma conclusão dos
resultados obtidos. Constatou-se através da perimetria que houve alterações positivas em
algumas delas com um percentual de variação de 1% a 2%, na mensuração das dobras
cutâneas observou-se uma diminuição acentuada nas medidas das dobras aferidas, diminuição
de gordura absoluta e um pequeno aumento no índice de massa corporal e o percentual de
variação alternou de 2% a 17% positivamente. A paciente aumentou 2,700 Kg em relação ao
seu peso inicial, e a análise visual não demonstrou os resultados significativos do FEG, mas
também não houve aumento do acometimento, o que seria previsível pelo aumento de peso, o
que nos leva a crer que a atuação do protocolo teve sua eficácia. Concluiu-se que, nessa
paciente, com as variáveis interferentes que ocorreram no decorrer do tratamento, o mesmo
não atingiu plenamente os objetivos que foram a diminuição ou eliminação do FEG, mas que
a pesquisa abre um leque para inúmeros outros estudos a partir deste e que podem converter-
se em resultados mais satisfatórios. A paciente obteve como resultado positivo a manutenção
e diminuição de suas medidas corporais e o não agravamento do FEG.
Eu não me envergonho
de corrigir os meus erros
e mudar as minhas opiniões
porque não me envergonho
de raciocinar e aprender.
Que a tua sabedoria não seja uma
humilhação para o teu próximo!
Omar khayyam
24
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
................................................................................................. 20
23
................................................................................................. 24
nódulos)................................................................. 27
30
laranja”...................................................................................35
38
38
39
................................................................ 44
45
25
51
.................................................................................53
linfonodos.....................................................................................55
fixos........................................................................................................56
56
56
58
dedos..........................................................................................59
59
fixos......................................................................................................59
......60
63
26
63
63
64
......................................................................................... 64
abdome............................................................................................65
proximal..................................................................................66
.......................................70
...................................................................... 72
.......................................73
......................................................................................... 74
27
28
INTRODUÇÃO
como um todo e faz parte do sistema neuro-sensorial, pois deriva, como este, do folheto
derme e hipoderme, sendo que esta não faz parte da pele, mas serve de apoio e permite a
mobilidade da pele em relação aos órgãos subjacentes. As principais funções da pele são a
proteção, termorregulação, percepção e secreção. Algumas vezes, a pele, esse órgão tão
O FEG é uma desordem metabólica regional com maior incidência na mulher, que
altera toda a harmonia da pele, tornando-a de aspecto rugoso e sem brilho. Tem topografia
localizada nos quadris, nádegas, membros inferiores – MMII, e em menor escala no abdome e
apresentar-se do tipo dura ou mole e nos graus I, II e III. O FEG costuma evidenciar-se com
Além dos vasos sanguíneos, o corpo humano é munido desse sistema paralelo de
vasos muito finos, chamados “Vasos Linfáticos”. Os vasos linfáticos têm uma capacidade de
29
proteínas podem passar diretamente para dentro deles juntamente com o líquido intersticial.
Em alguns pontos ao longo dos vasos linfáticos encontramos os nódulos linfáticos, que são
pequenos órgãos que filtram a linfa (líquido extravasado dos espaços teciduais). O sistema
linfática manual. A drenagem linfática manual é uma técnica que tem como principal objetivo
o aumento do volume da linfa e o aumento da velocidade de seu transporte através dos vasos
linfáticos, que indiretamente influenciam outras funções biológicas como atuar sobre a
tecidos, aumento da quantidade de líquidos excretados entre outras. É indicada para edema
usados no mercado utilizam freqüências de 1MHz e 3MHz, sendo que este último é o mais
indicado na Fisioterapia Dermato Funcional por seu efeito mais superficial e por seus efeitos
Este trabalho tem como objetivo sugerir um protocolo de tratamento, no qual associa
interfiram no tratamento.
31
CAPÍTULO 1
1.2 A PELE
2004).
O mesmo autor refere ainda que, nos vertebrados (dos peixes ao homem), existe um
tegumento externo, que recobre totalmente o corpo do animal, feito de material altamente
A pele apresenta 12% do peso seco total do corpo, com peso de aproximadamente
de vasos sangüíneos. Estima-se ainda que existam em torno de 50 receptores por 100 mm² -
sensoriais oriundas da pele que entram na medula espinhal por via de raízes posteriores é
superior a meio milhão. Ocorre acentuado declíneo no número dessas estruturas ao longo da
De acordo com Farias (2004), a pele tem como funções a proteção contra agressões
físicas, químicas e biológicas, proteção contra radiação danosa ultravioleta dos raios do sol, a
corpo de maior ou menor atrito como das palmas, plantas e polpas digitais.
proporções adequadas, associada a outras estruturas denominadas anexos da pele, que são
Segundo o mesmo autor citado acima, essa estrutura é constituída por quatro tecidos:
a) Tecido epitelial: recebe o nome de epiderme, camada contínua que se estende por
toda a superfície do corpo, com 0,1 mm de espessura média; definida como epitélio
pavimentoso estratificado com queratina, possuindo várias camadas de células, que crescem
continuamente de dentro para fora. Durante o ciclo de crescimento, as células morrem por se
impregnarem de queratina, um tipo de proteína que torna a pele resistente, mas flexível. As
células da superfície são todas mortas. Existe equilíbrio entre as células que morrem e as que
são produzidas.
logo abaixo do epitélio e outra mais profunda que se prolonga com a hipoderme, camada não
considerada como parte da pele e na qual se acumula gordura (tecido adiposo). Fica entre a
Segundo Ciporkin e Paschoal (1992), pode-se dizer que esse tecido é formado por
cinco elementos que são células, formações fibrilares, substância fundamental, vasos
estriado esquelético que, por sua vez, se ligam aos ossos. Na derme é encontrado um músculo
calor, pressão) até estruturas especializadas, como os corpúsculos de Meissner e Pacini que
De acordo com Junqueira e Carneiro (1999), a pele apresenta-se constituída por uma
embora tenha a mesma origem da derme, não faz parte da pele, apenas lhe serve de suporte e
de células epiteliais que se proliferam continuamente para que seja mantido o seu número.
camada granulosa, camada lúcida e camada córnea (FARIAS, 2004). Para Dângelo e Fattini
(1988), na epiderme, as diferentes camadas que a constitui mostram as fases pelas quais
passam as células que vão sendo substituídas continuamente, nas camadas superficiais elas
abrasão, por exemplo, pelo atrito com a roupa. As células perdidas são constantemente
substituídas por células provenientes das camadas mais profundas da epiderme. A renovação
escuro que protege a pele da ação dos raios ultravioleta do sol. Já as células de Langerhans
autor afirma ainda que as células de Merkel são considerados pela maioria dos autores como
mecanorreceptores.
b) Derme: constituída por tecido conectivo não modelado, com muitas fibras
quando tracionadas, voltando ao estado original desde que cesse a tração. A derme é
ricamente irrigada, com extensas redes capilares, vasos linfáticos e nervos (DÂNGELO e
FATTINI, 1988).
superficial, e a camada reticular, a mais profunda. Farias (2004), afirma ainda que a camada
papilar é constituída por tecido conectivo frouxo, com fibras elásticas e fibrilas de colágeno
que ajudam a fixar a derme na epiderme, e que a camada reticular constitui-se de tecido
conectivo denso com grossos feixes de fibras colágenas, fibras elásticas e reticulares, vasos
sudoríparas e sebáceas.
A arquitetura dérmica varia na pele normal de região para região, não existindo uma
média de variação entre indivíduos da mesma idade ou diferentes faixas etárias (GUIRRO,
2002).
c) Hipoderme: constituída por tecido conectivo frouxo não faz parte da pele, mas
serve de apoio, permitindo a mobilidade da pele em relação aos órgãos subjacentes. Sua
espessura varia, pois nela pode se acumular maior ou menor quantidade de gordura,
panículo adiposo, que age como isolante térmico protetor contra o frio e amortecedor,
especialmente nas palmas e plantas. O acúmulo de gordura é diferente nos dois sexos,
contribuindo para a modelagem do corpo (FARIAS, 2004). Segundo ainda Azulay e Azulay
delimitados por septos de colágenos com vasos sangüíneos, linfáticos e nervos. Esta camada
regiões do corpo. Nos indivíduos normais, algumas regiões nunca acumulam gordura, como a
regiões, ao contrário, há maior acúmulo de tecido adiposo: a porção proximal dos membros, a
acúmulo de tecido adiposo nessa região pode ser muito amplo. Uma bolsa sinovial é
encontrada nessa camada, sobre o trocânter maior. A disposição dos vasos e nervos é tal que o
A ilustração 1.1 mostra as diversas camadas que compõe a pele detalhando sua
homens e mulheres. Essa diferença de gênero também se altera com a idade. Fatores
maior nos homens do que nas mulheres, em quase toda faixa etária da vida humana. A pele
masculina apresenta afinamento gradual desde a infância até a velhice. A pele feminina
37
decrescendo com o tempo após esse período. As mulheres iniciam a vida com menor
quantidade de colágeno e por isso aparentam envelhecer mais cedo do que os homens (MAIO,
2004).
O autor afirma ainda que na fase adulta, a distribuição de gordura sobre o corpo
torna-se ainda mais diferente entre homens e mulheres. Nos homens, a gordura tende a se
acumular na região abdominal e parte superior do corpo, enquanto nas mulheres localiza-se na
dos hormônios femininos ocorrem sobre o estrato córneo e sobre as ceramidas. Esses lipídios
2004).
masculino. O maior conteúdo de oleosidade sobre a pele, no sexo masculino, promove maior
limite entre a derme e a hipoderme e outro entre as camadas papilar e reticular. Deste último
plexo partem finos ramos para as papilas dérmicas, e três plexos venosos, dois na posição
descrita para as artérias e um na região da derme. O sistema de vasos linfáticos inicia-se nas
papilas dérmicas e converge para um plexo entre as camadas papilar e reticular; daí partem
ramos para um outro plexo localizado no limite da derme com a hipoderme (GUIRRO, 1996).
38
Provavelmente há ação direta dos hormônios sexuais sobre a parede dos vasos sangüíneos,
mulheres que em homens, mas essa diferença desaparece após os 50 anos de idade. Há
telangiectasias.
os dois sistemas, como a ausência de um órgão central bombeador no sistema linfático, além
deste ser microvasculotissular. Esse importante sistema possui várias funções importantes:
(GUIRRO, 2002).
subclávia, em ambos os lados. Ao longo do trajeto dos linfáticos existem grupos compactos
e são responsáveis pela resposta imune, como mostra a ilustração 1.2 (JACOMO;
líquido desde os espaços teciduais até a circulação. Os capilares linfáticos são tão permeáveis
que até mesmo grandes partículas e moléculas de proteínas passam diretamente para seu
39
interior, junto com os líquidos dos tecidos. Portanto, o líquido que flui pelos linfáticos é o
líquido que transborda dos espaços teciduais; é chamado de linfa e tem os mesmos
particularmente onde vários linfáticos de menor calibre se juntam para formar vasos mais
calibrosos, os mesmos atravessam os gânglios linfáticos, que são pequenos órgãos que filtram
a linfa, dela extraindo todo material particulado, antes que atinja o sistema venoso.
O sistema linfático é um sistema de mão única, isto é, ele somente retorna o líquido
intersticial para a corrente circulatória e dessa forma previne a formação do edema (GUIRRO,
2002).
Segundo o mesmo autor esse sistema consiste de um sistema vascular constituído por
que servem como filtros do líquido coletado pelos vasos; e órgãos linfóides, que incluem
ossos, na medula óssea, na placenta e no bulbo do olho. Esses capilares formam os vasos
linfáticos aferentes, que diferentemente das veias, seguem de forma paralela, até alcançar a
porção cortical do linfonodo. Deste, através do seu hilo, saem os vasos linfáticos eferentes,
com calibre maior e em menor número e que se dirigem, geralmente, a um outro linfonodo.
variam o tamanho, podendo alcançar até 2,5 cm de diâmetro e quase sempre apresentam
forma ovalada ou redonda como mostra a ilustração 1.3. O linfonodo apresenta, basicamente,
duas funções: na filtração da linfa, na qual partículas estranhas podem ser retiradas durante a
passagem da linfa; e na produção celular, uma vez que as células são de dois tipos principais:
bem como em várias regiões profundas do corpo. Técnicas que visam incrementar o fluxo da
A linfa deriva do líquido intersticial que flui para os linfáticos. Dessa forma, logo
que entra nos linfáticos terminais, a linfa tem quase a mesma composição do líquido
média de cerca de 2 gramas por decilitro - g/dl, e a concentração de proteína na linfa que flui
a partir desses tecidos é próxima desse valor. Inversamente, a linfa que é formada no fígado
tem concentração de proteína que pode atingir até 6 g/dl, e a linfa formada nos intestinos tem
concentração de proteína de até 3 a 4 g/dl. Como cerca de dois terços de toda a linfa
normalmente derivam do fígado e dos intestinos, a linfa do canal torácico, que é as misturas
das linfas de todas as áreas do corpo, geralmente tem concentração de proteína de 3 a 5 g/dl
podem forçar sua passagem entre as células endoteliais dos capilares linfáticos e dessa forma
entrar na linfa. Como a linfa passa através dos linfonodos, essas partículas são removidas e
destruídas.
desempenhada pelos linfáticos é a devolução das proteínas à circulação quando vazam dos
capilares sangüíneos. Não existe nenhum outro meio para que as proteínas retornem à
(GUYTON, 1988).
Segundo o mesmo autor, sempre que a pressão do líquido intersticial aumentar até
acima do normal, o que acontece sempre que o volume desse líquido intersticial ficar muito
aumentado, o líquido flui com grande facilidade dos espaços intersticiais para os capilares
linfáticos, porque os “poros” dos capilares linfáticos estão muito abertos, bem diferente do
que acontece nos capilares sangüíneos. Portanto, quanto maior a pressão dos tecidos, maior
tempo, o fluxo de linfa varia dentro de extremos muito amplos de intensidade, mas, na pessoa
média, o fluxo total de linfa por todos os vasos, é da ordem de 100 mililítros - ml por hora, ou
até atingir os vasos sangüíneos. No membro superior os vasos superficiais e profundos fluem
sistema vascular sangüíneo através de dois grandes troncos: o ducto torácico e o ducto
linfático direito. O ducto torácico recebe a linfa proveniente dos membros inferiores, do
04). Ele se origina na cisterna do quilo, uma dilatação situada anteriormente à segunda
vértebra lombar, onde desembocam os vasos que recolhem o quilo intestinal. Já o ducto
linfático direito recolhe a linfa proveniente do membro superior direito, do hemotórax direito,
43
do pescoço e da cabeça. Este ducto é formado pela união dos troncos subclávios, jugular e
do vaso linfático, qualquer fator externo que comprima intermitentemente a vaso linfático
também pode causar bombeamento. Em ordem de importância, tais fatores são: contração dos
músculos esqueléticos circundantes; movimentos das partes do corpo; pulsação das artérias
adjacentes aos linfáticos e compressão dos tecidos por objetos fora do corpo (GUYTON e
HALL, 2002).
CAPÍTULO 2
Vários termos são designados para essa patologia, na tentativa de adequar o nome às
diversos graus, portanto comprovadamente ocorre nesta disfunção uma série de alterações
estruturais na derme, na microcirculação e nos adipócitos. Essas modificações não são apenas
exclusivamente as mulheres”, nas quais o fator hormonal influi na disposição das células
“preferencialmente” atingidas pelo FEG devido ao fato de terem duas vezes mais células
adiposas que o homem e que quanto mais avançada a idade maior poderá ser o agravamento
Os autores Borelli; Pellegrino; Mapeli (2004) colocam ainda que o FEG, além de ser
desagradável aos olhos, do ponto de vista estético, acarreta problemas álgicos nas zonas
acometidas e diminuição das atividades funcionais. É uma afecção que provoca sérias
45
complicações, podendo levar até à quase total imobilidade dos MMII, além de dores intensas
e problemas emocionais.
uma alteração do meio interno, favorecido por causas locais e gerais, em virtude dos quais as
localização.
maior incidência na mulher, com topografia localizada nos quadris, nádegas, membros
inferiores e em menor escala no abdome e face látero–posterior dos braços e que ocorre mais
ocorrência da mesma. Pode-se defini-la como uma dermatose de coxas e nádegas, antiestética,
que afeta a epiderme, a derme e a hipoderme, com mecanismos patôgenicos iguais. Já Guirro
46
(2002), coloca que o FEG pode atingir qualquer parte do corpo, exceto as palmas das mãos, as
plantas dos pés e o couro cabeludo. São atingidas, com mais freqüência a porção superior das
coxas, interna e externamente, a porção interna dos joelhos, região abdominal, região glútea
De acordo com Borelli; Pellegrino; Mapeli (2004), essa é uma afecção evolutiva,
FEG e, segundo Guirro (1996), não se pode falar em “causa”, visto que seria impossível
garantir sua verdadeira influência, não sendo possível isolar cada um desses fatores, que
Segundo Guirro (2002), de maneira geral pode-se delinear uma etiologia para o FEG,
classes:
47
fatores que são genéticos, idade, sexo e desequilíbrio hormonal, podemos ter uma
De acordo Ciporkin e Paschoal (1992), a herança genética está presente tanto nas
diferentes formas de obesidade quanto nas do FEG e que esta característica herdada
feminino, fumante, com maus hábitos alimentares e ainda com um desequilíbrio hormonal,
será alvo de fácil acesso para as infiltrações teciduais. Neste contexto pode-se citar o estresse,
Para Campos (1992), qualquer forma de stresse provoca uma alteração em nível
glandular que leva a retenção hídrica, facilitando o processo infiltrativo; o fumo provoca
surgimento do FEG.
hemodinâmicas locais que podem aumentar a pressão capilar, dificultar a reabsorção linfática
O autor ainda afirma que estes fatores provocam alterações no tecido conjuntivo,
fazendo com que ele retenha mais água, ocasionando um trânsito lento de líquidos na região,
48
Segundo Guirro (2002), tendo como base a fisiopatologia do FEG, destacam quatro
estágios de evolução:
estágio caracteriza-se por esclerose das traves conjuntivas e formação de macronódulos, pela
De acordo com Campos (1992), o tecido com FEG encontra-se com aumento em
número e volume de células adiposas. Guirro (1996), afirma que o tecido encontra-se espesso
esclerosadas realizam como que uma rede que comprime os vasos e nervos. Este quadro cria
explicada pelo aumento da compressão nos nervos. O tecido com FEG é mal-oxigenado,
49
De acordo com Guirro (2002), podemos descrever as alterações que ocorrem no nível
a) Primeira fase: não é percebida pelos pacientes, é uma fase breve, puramente
circulatória e de estase linfática. Há uma hipertrofia das células adiposas devido ao acúmulo
inundamento do tecido. Esta é a fase congestiva simples. A continuidade desta congestão leva
a uma compressão dos vasos mais importantes, que não desempenhando o seu papel normal e
são obrigados a se dilatar perante a dificuldade. A dilatação e a distensão das paredes da rede
venosa aumentam a sua permeabilidade, o que resulta no escape para o tecido conjuntivo do
conjuntivo contém todos os resíduos das diferentes células das regiões vizinhas. Esses
interlobulares, proliferação das fibras colágenas, fazendo com que o tecido tome uma
verdadeiro tecido fibroso, de malhas muito cerradas, muito densas, comprimindo todos os
e com o tempo torna-se esclerosado, isto é, um tecido duro, firme, estanque, aprisionado nas
suas malhas, sem qualquer chance de libertação, ou seja, irreversível. Com o tecido muito
denso é produzida uma irritação contínua nas terminações nervosas resultando em dores à
palpação.
densidade, em vez de permitir a permeabilidade da pele, fixam-na aos planos profundos. Tais
alterações nem sempre se fazem por igual, de maneira que a pele apresentará um aspecto
FEG são: aumento da espessura do tecido celular subcutâneo; maior consistência tecidual;
maior sensibilidade à dor e diminuição da mobilidade por aderência aos planos mais
profundos.
gerais como fadiga, astenia, sensação de peso nas pernas, tensão e às vezes dores espontâneas
difusas que aumentam de intensidade com o repouso, podendo chegar a câimbras noturnas
verificáveis por testes simples e seguros. Em certos estágios não é necessário teste algum,
51
pois o simples olhar permite identificar a patologia, onde o tecido encontra-se flácido, com
relevos e depressões.
a) Inspeção: de acordo com Guirro (2002), a inspeção deve ser efetuada com a
folicular, tonicidade muscular e dor à palpação. Ciporkin e Paschoal (1992), afirma que na
inspeção encontram-se ainda uma superfície irregular e ondulada, pele "acolchoada" com
b) Palpação: Guirro (2002), coloca que o primeiro teste para reconhecer o FEG
consiste no “teste da casca de laranja”, onde pressiona-se o tecido adiposo entre os dedos
polegar e indicador ou entre as mãos e a pele se parecerá com uma casca de laranja, com
aparência rugosa, como mostra a ilustração 2.2. De acordo com Ciporkin e Paschoal (1992), a
palpação deve ser feita por pinçamento, palpação profunda, pressão deslizante ou palpação
Para Guirro (2002) entende-se por formas clínicas do FEG o aspecto aparente, as
manifestações visíveis, condicionadas pela textura das próprias lesões. O FEG exterioriza-se e
manifesta-se sob diferentes aspectos. Embora com aspectos diferentes, a afecção primária
conseqüências.
conformação bastante regular e uniforme, não são comuns as grandes deformações (GUIRRO,
2002).
mais localizada e não muda de posição conforme a mudança de decúbito. Os nódulos parecem
duros com pouca mobilidade. É mais dolorida e o prognóstico é pior, pois é de difícil
mobilização do tecido (CAMPOS, 1992). Guirro (2002) coloca também que essa forma do
FEG é encontrada em indivíduos de peso médio ou ligeiramente elevado, que nunca tenham
quanto nas manifestações aparentes, não tem qualquer formação própria, distribui-se sem
resistência, segue a forma determinada pela posição (deitada, sentada ou em pé), e são
c) Mista: Campos (1992), afirma que podemos encontrar os dois tipos acima numa
mesma pessoa. Guirro (2002), diz que podemos encontrar o FEG firme nas coxas associado
flácido, medialmente.
d) Edematosa: Guirro (2002) observa que esse tipo forma clínica apresenta um
aspecto exterior de um edema tecidual puro e simples, encontrado quase que exclusivamente
nos MMII. A consistência pode ser variável, de muito firme à flácida, aparece em qualquer
faixa de idade ou de peso. Campos (1999), afirma ainda que vem sempre associada a um
Segundo Guirro (2002), a classificação do FEG pode ser dividida em três ou quatro
estágios, mas a classificação em apenas três graus é a mais condizente com a anamnese de
porque leva em consideração a gravidade das lesões teciduais que surgem em três estágios,
subdivididos segundo o acometimento de cada um como FEG brando (grau 1), FEG
moderado (grau 2) e FEG grave (grau 3). São consideradas as alterações macroscópicas e a
a) FEG brando (grau 1): é de aspecto visível somente à palpação ou sob contração
voluntária, neste estágio o FEG não é visível somente à inspeção e não há sensibilidade à dor
(ilustração 2.3).
54
fibroses sem predominância. É também visível quando ocorre incidência de luz lateralmente,
nesse caso as margens são facilmente delimitadas. Pode ocorrer alteração de sensibilidade
(ilustração 2.4).
c) FEG grave (grau 3): há fibrose com predominância, aspecto de "saco de nozes", a
pele fica enrugada e flácida, o paciente apresenta sensibilidade à dor aumentada e as fibras do
conjuntivo estão quase totalmente danificadas. É considerada por Ulrich (1982) como
incurável ainda que passível de melhora, enquanto que a branda é sempre curável e a média,
FEG, devendo-se abordar o paciente de modo global, começando pela anamnese, que deverá
exame físico que deve conter inspeção, palpação, perimetrias, peso, altura, alterações
posturais juntamente com a anotação dos sintomas clínicos, entre outros de acordo com a
1992).
56
CAPÍTULO 3
Para que as técnicas terapêuticas tenham resultados positivos, a paciente deve manter
uma dieta hipocalórica, hipoglicídica, hipolipídica, rica em fibras, vitaminas e sais minerais,
além de maior aporte hídrico. Deve-se incluir sempre atividade física, com o objetivo de
O tratamento do FEG envolve diversos profissionais, sendo que existe uma gama de
3.1.1 Ultra-Som
apresentar freqüência de 1,0 ou 3,0 megahertz - MHz, sendo disponível atualmente também
em 5,0 MHz. A intensidade pode variar entre 0,1 e 3,0 watts por centímetro quadrado –
Wcm². Mais recentemente, alguns equipamentos foram projetados para apresentar limites de
57
intensidades mais compatíveis com a prática clínica, as quais variam de 0,01 à 2,0 Wcm².
Estes equipamentos estão mais próximos da prática terapêutica, uma vez que raramente
para a área de dermatologia por apresentar uma pequena capacidade de penetração nos tecidos
biológicos.
apresentam-se como:
sintéticos. A liga entre chumbo, zircônio e titânio é um excelente sintético pela sua
Segundo os mesmos autores os tipos de ondas ultra-sônicas podem ser: a onda mais
da onda, e são transportadas em meios líquidos não viscosos; as ondas transversais que são
perpendicular à direção da propagação das ondas e as ondas estacionárias que podem ser
cristal. No sistema de unidades observamos que 1Hz equivale a 1 ciclo/s; 1KHz a 1000
Os autores citados acima colocam ainda que o US pode ser contínuo ou pulsado,
cujas características no modo contínuo apresentam ondas sônicas contínuas, não apresentam
modo pulsado encontramos ondas sônicas pulsadas, modulação de amplitude com freqüências
de 16Hz a 100Hz, os efeitos térmicos são minimizados, há alteração da pressão e efeitos não-
térmicos.
e houver necessidade de efeitos não térmicos. Já o US contínuo será necessário quando ambos
efeitos térmicos e não térmicos forem necessários. O grau dos efeitos térmicos são
De acordo com Young (2003), quando o US entra no corpo, pode ocorrer um efeito
absorvida, e isso leva à geração de calor dentro daquele tecido. A quantidade de absorção
medida que atravessa um meio ou diminui sua intensidade durante este trajeto
físicos que parecem estar envolvidos na produção desses efeitos não-térmicos são um ou mais
Para Fuirini e Longo (1996), dentro dos efeitos não-térmicos observa-se a agitação
no qual ficam submetidos o tecido conectivo e membranas do plasma podendo causar efeitos
3.1.3 Características do US
no ar, onde o US perde a maior parte de sua potência, por isso é aplicado sobre a pele através
de um gel ou por imersão. As ondas sônicas se propagam com maior ou menor facilidade
sônicas passam através de qualquer meio. Esta diminuição de intensidade é causada pela
difusão do som em um meio heterogêneo, pela reflexão e refração nas interfaces e pela
absorção do meio. Quanto mais alta for a freqüência, menor será o comprimento da onda e
maior será sua absorção. Cada tecido possui valores diferentes de atenuação como mostra a
ilustração 3.1. De acordo com Ibrate (2003/2004), a atenuação é um decréscimo que ocorre
com a distância e é diretamente proporcional à freqüência e também depende dos tecidos que
atravessa.
60
Pele 11,1 mm 4 mm
Cartilagem 6 mm 2 mm
Ar 2,5 mm 0,8 mm
ao tecido
ao tecido
meio irradiado. Devido a absorção a intensidade das ondas sônicas diminuem conforme
penetram nos tecidos e a absorção depende da freqüência, sendo mais alta quanto maior for a
onda de som. Reflexão em uma superfície ocorre quando a impedância acústica dos meios for
diferentes. Se dois meios possuírem a mesma impedância acústica isto não ocorrerá. A
energia refletida é sempre menor que a energia incidente. Quanto maior a diferença das
impedâncias acústicas dos meios (tecidos), maior será a quantidade de energia ultra-sônica
nas várias interfaces do tecido. A onda de som penetra no tecido ou interface a um ângulo
(ângulo de incidência) e sai destes tecidos a um ângulo diferente (ângulo de refração). O feixe
desvio maior que 15 graus, poderá provocar um ângulo de refração de maneira tal que, a onda
incidente terá parte refletida e o restante refratado em direção paralela a superfície, tornando o
tratamento ineficaz.
tecidos que em outros. Isto é determinado pela impedância acústica, característica de cada
tecido. Quando uma onda de som encontra um meio diferente do qual estava trafegando, esta
pode ser refletida, refratada ou absorvida. Quando os valores das impedâncias características
mais adequada para tratamento. Torna-se mais claro se considerarmos os fatores que limitam
LONGO, 1996).
tratados certos tecidos como: olhos, coração e útero gestante; placas epifisárias; tecido
cerebral, que Fuirini e Longo (1996) observam não existir dados sobre o tema e do porque
nestes casos a circulação pode ser incapaz de reagir de forma adequada, devido aos efeitos
melitus.
Segundo Lucena (1991) refere que são diversas as técnicas de aplicação, sendo que a
deslizamento. Neste método utilizamos uma substância cuja impedância acústica é bem
próxima a da pele, sendo substâncias em gel a mais utilizada. Esse método é usado no
63
tratamento de áreas planas, regulares, sem acidentes ósseos, e que suportem a pressão do
cabeçote ou transdutor. A pele tem que estar íntegra, cabeçote fica em contato direto com a
Fuirini e Longo (1996) observam que o paciente deva estar o mais relaxado possível,
a área deve ser limpa com sabonete ou álcool 70% para eliminar a oleosidade e permitir uma
ótima transmissão do US, se houver muitos pelos no local aconselha-se uma leve tricotomia.
Lucena (1991) sugere que se coloque o gel na região a ser tratada e no cabeçote. Se a área for
circunscrita, realiza-se movimentos circulares leves com uma certa pressão, mantendo sempre
o cabeçote numa posição plana e bem aderido à pele, para evitar "ar" entre o cabeçote e a
pele. Manter constantemente saturado com a substância para evitar reflexão e facilitar os
movimentos.
(IBRATE, 2003/2004).
produção de uma vibração mecânica de característica igual à da vibração sonora, porém com
tecidos superficiais como ocorre no FEG. O autor ainda refere que apesar da profundidade de
penetração da onda sônica ser menor nas freqüências maiores, o aquecimento do tecido é
maior.
com as afirmações anteriores citando que quanto maior a freqüência, maior será absorção nos
microfluxo, podem ser obtidos utilizando-se o regime pulsado. Por outro lado, o regime
aplica em regime pulsado, entre um impulso e outro há um tempo que facilita a dispersão do
calor, sendo, portanto, de efeito térmico menor, nesse regime temos apenas efeitos mecânicos
estética estão mais indicadas as aplicações de 3MHz, que são profundamente absorvidas por
tecidos superficiais como FEG, próteses mamárias encapsuladas, fibroses pós-cirúrgicas, pós-
Para a obtenção de resultados satisfatórios, devem ser bem analisados fatores como
devem ser mensurados. E como regra geral pode-se estabelecer o tempo de 2 minutos para
áreas próximas de 10 cm² (GUIRRO, 2002). Já Baracat (2004), coloca que a duração de uma
o número máximo de aplicações deve ser de 20, suspendendo o tratamento por 1 a 2 meses
antes de reiniciá-lo para evitar a acomodação dos tecidos, inutilizando assim os efeitos do
aparelho.
emissão e da superfície de radiação eficaz. Por isso, a dose é expressa em watts/cm². O risco
de acidente por superdosagem é mínimo, já que o paciente demonstra a sensação de dor em tal
A intensidade varia segundo o efeito desejado e o tecido a ser estimulado, sendo sua
ação tanto mais profunda quanto maior for a intensidade. Guirro (1996) afirma existir uma
íntima relação entre o tempo de aplicação e a intensidade do feixe ultra–sônico, os quais são
inversamente proporcionais.
numa pequena camada de tecido (por penetrar pouco) e muita energia seria depositada nesta
pequena camada (em virtude da alta intensidade), gerando muito calor e efeitos destrutivos
depositaria pouca energia, resultando num efeito muito pequeno do US sobre o tecido.
fatores como: estado do tecido, tipo e profundidade do mesmo; da forma de onda que será
66
intensidade maior que 2.0 W/cm², pode retardar consideravelmente o processo de cura.
Existem controvérsias entre vários autores com relação à dosimetria, mas deve-se
tomar como referência o fato de estarmos trabalhando com tecidos superficiais, no caso do
FEG, com pouca perda de atenuação, a densidade do tecido adiposo que com este
no qual é preferencialmente utilizado o pulsado para o FEG duro de terceiro e segundo graus,
e nessas condições poderemos utilizar intensidades mais altas, em torno de 1,5 à 2 Wcm²
(IBRATE, 2003/2004).
realizada via um agente de acoplamento, sendo que este deve ser suficientemente viscoso para
agir como um lubrificante entre o transdutor e a pele, estéril para se evitar qualquer forma de
feixe.
O mesmo autor coloca ainda que independentemente da área a ser tratada é essencial
e seja mantido em completo contato com o agente de acoplamento, evitando assim as cunhas
de ar (ilustração 3.3).
manter o transdutor fixo, deverão ser realizadas simples rotações contínuas com o mesmo e o
De acordo com Duarte (2004), a aplicação sobre a pele com movimentos circulares
aquecido e o movimento circular faz com que o US seja aplicado em diferentes regiões,
calor. Haverá a produção de um efeito químico denominado "ação colóido química", a qual
possibilita a transformação de colóides em estado gel para colóides em estado sol, ou seja,
estado sólido para estado gel. Esta ação tem sido eficaz no tratamento de transtornos
metabólicos, como é o caso do FEG, e doenças por desgaste que levam a perda da elasticidade
(CAMPOS, 1999).
Fonte: Da autora.
que é decorrente das vibrações mecânicas (causando a aceleração da difusão dos íons pela
ativas. Campos (1992), ainda cita outros efeitos fisiológicos, como: relaxamento (aumento da
com a mesoterapia; terapia subdérmica não invasiva; termoterapia com raios infravermelhos e
drenagem linfática manual, eletrônica ou pressórica. Recomenda-se duas ou mais sessões por
semana, com duração máxima de 20 minutos, no modo contínuo, na freqüência de 3MHz, nas
áreas acometidas, podendo-se também usar gel com princípios ativos. Após cada sessão,
por meio de manobras precisas, leves, suaves, lentas e rítmicas, que obedecem ao trajeto do
(hiperemia) e por utilizar pressões manuais extremamente suaves e lentas (ilustração 3.4).
A drenagem linfática manual foi e continua a ser aperfeiçoada, adquirindo hoje lugar
dessa forma, o equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais. Ela é também responsável pela
Fonte: Da autora.
do exercício passivo e da estimulação elétrica dos músculos sobre o fluxo linfático. Todos
eles causavam aumento do fluxo, mas a massagem era decididamente a mais eficaz.
a) Move o fluido tissular para dentro dos linfáticos iniciais (aumenta a formação da
linfa);
70
sangüíneo;
Segundo Leduc (2000), dois processos muito diferentes contribuem para a evacuação
recaptados pelos capilares. Leduc (2000) concorda com o autor citado anteriormente e
evacuação é o transporte da linfa que se encontra nos vasos e a transferência dos líquidos
no local de aplicação:
71
a) Drenagem dos linfonodos: é uma monobra realizada pelo contato direto dos dedos
indicador, médio e anelar sobre a região ganglionar em questão, exercendo leve compressão e
Fonte: Da autora.
b) Círculos fixos: são manobras que visam à captação da linfa, realizada ao longo das
a aos linfonodos regionais. Pode ser realizada uni ou bi-manual, mas a pressão sempre deve
Fonte: Da autora.
Fonte: Da autora
pele, por toda a extensão da mão (ilustração 3.8). Pode ser associada leve compressão e
descompressão.
Fonte: Da autora
73
De acordo com Fukushima (2004), são três componentes importantes e que devem
sangüínea e do fluxo linfático, iniciando-se pela região proximal e depois pela distal.
momento da massagem. Ela deverá ser suficiente para facilitar a reabsorção do líquido
intersticial e impulsioná-lo.
ainda como indicação da drenagem linfática manual em tratamentos estéticos e para pré e pós-
Apesar de ser um método leve, suave e superficial a drenagem linfática manual possui
algumas precauções e restrições quanto ao seu uso, totais em alguns casos e parciais para
Guirro (2002) acrescenta outras contra indicações que são na presença de processos
O paciente deve encontrar-se em uma posição cômoda com a pele limpa e sem
produtos. O profissional também deve encontrar-se numa posição cômoda, que lhe permita
trabalhar com calma e concentrar sua atenção sobre o estado do tecido e sobre as reações
glútea começa em nível dos gânglios inguinais, estimulando os mesmos, após segue-se a
seqüência:
Fonte: Da autora.
b) Círculos com os dedos drenam em direção à parte externa das nádegas (ilustração
3.9).
c) Da prega glútea, em direção à parte externa das nádegas realizar movimentos com
Fonte: Da autora.
Fonte: Da autora.
Fonte: Da autora.
(ilustração 3.12);
terapia;
Fonte: Da autora.
77
CAPÍTULO 4
HOWLEY, 2000).
Segundo McArdle; Katch; Katch (1998), a base lógica para as mensurações das
pregas (dobras) cutâneas com a finalidade de estimar a gordura corporal total reside no fato de
existir uma relação entre a gordura localizada nos depósitos diretamente debaixo da pele e
compasso e que por volta de 1930, utilizava-se um compasso tipo pinça pra medir com
espessura das pregas cutâneas consiste em pinçar fortemente, com o polegar e o indicador,
uma prega de pele e gordura subcutânea, afastando-a do tecido muscular subjacente, seguindo
milímetros, dentro de 2 segundos após aplicar toda a força do compasso. Essa limitação
De acordo com Benedetti; Pinho; Ramos (1999) deve-se realizar duas medidas e se
houver diferenças nos resultados, fazer uma terceira, medir sempre no hemicorpo direito,
gordura subcutânea que os homens, e os indivíduos mais velhos do mesmo sexo apresentam
Os modelos mais utilizados no Brasil são: Lange (Cambridge Scientific Instruments, USA), o
Segundo McArdle; Katch; Katch (1998), as áreas mais comuns para realizar as
mensurações das pregas cutâneas são no nível tricipital e subescapular e nos locais supra-
ilíaco, abdominal e superior de coxa. Quando as pregas cutâneas são medidas com finalidades
reproduzir os valores para o mesmo indivíduo obtidos no mesmo dia, em dias consecutivos,
seguir:
a) Tríceps: prega vertical medida na linha média da parte superior do braço, a meio
(ilustração 4.2).
79
quadril; a prega é levantada para que seja possível seguir a linha diagonal natural nesse ponto
(ilustração 4.3).
e) Coxa: prega vertical medida na linha média da coxa, a dois terços da distância
4.1.2 Perimetria
maior eixo”. A mensuração dos perímetros corporais facilita o estudo da composição corporal
de indivíduos jovens, idosos e crianças, por ser uma forma de mensuração antropométrica de
aplicação simples, rápida e mais adequada a estas populações, se comparada com outras
Outros autores como McArdle; Katch; Katch (1998) denominam ainda, esta técnica,
como mensuração das circunferências, e que devem ser realizadas com uma fita métrica de
pano ou de plástico, aplicada levemente sobre a superfície cutânea, de forma a ficar justa,
porém não apertada. Este procedimento evita a compressão cutânea que produz escores
81
inferiores aos normais. Lopes e Martins (1999) acrescentam ainda que devem ser observados:
se o dedo não fica entre a fita e a pele, medir sempre que possível com a pele nua, determinar
os pontos com lápis dermográfico e realizar a leitura da medida olhando sempre de frente e à
úmero-radial.
umbigo (ilustração 4.6). McArdle; Katch; Katch (1998), sugerem ainda essa mensuração a 2,5
cm acima do umbigo.
Fonte: Da autora.
(ilustração 4.7).
Fonte: Da autora.
expectativas quanto aos resultados obtidos. Freqüentemente, surgem dúvidas sobre qual o
fotografar corretamente todo paciente antes de todo e qualquer procedimento estético que
O mesmo autor citado acima coloca que, pela comparação dos resultados obtidos, a
refinar a técnica aplicada. Vendo o resultado obtido pode-se estar constantemente reavaliando
De acordo ainda com Leite (2004), a documentação fotográfica deve ser tecnicamente
perfeita e fiel. Os objetos importantes e seus detalhes devem estar todos em foco, nítidos.
Deve ser padronizada e reprodutível: uma imagem clara daquilo que foi visto, com qualidade
83
profissional. Só assim ela pode ser considerada um documento legal e comprobatório. Para
forem fotos destinadas a comparações do tipo “antes e depois” de algum procedimento. Se, a
cada foto, houver uma incidência diferente de luz que ressalte ou esconda as sombras, que
torne as superfícies mais planas ou mais definidas, as fotos perderão a sua credibilidade.
Assim sendo, caso se use uma certa iluminação, seja ela frontal ou lateral, ela deve ser a
tiradas utilizando as mesmas lentes fotográficas. O fundo da foto, o que aparece atrás do
paciente, também não deve chamar a atenção, deve ser neutro e de um material que não
O mesmo autor ainda ressalta que para ter valor comparativo, a foto tem de ser
CAPÍTULO 5
5.1 METODOLOGIA
aceitação do procedimento por parte da mesma foi total. Foram explicados os detalhes de
iniciar os atendimentos (apêndice A), e foram sugeridas algumas condições do que não
deveria acontecer com a mesma no decorrer do tratamento como perda de peso (dieta rígida)
ou a utilização de outros métodos para redução de medidas, as quais foram também aceitas
pela paciente. O tratamento foi realizado em uma sala equipada com divã e instrumentos
foi realizada a avaliação constando de: anamnese, coleta de dados pessoais e hábitos de vida,
propriamente dito e na terceira fase a reavaliação para coleta dos resultados obtidos. A ficha
Funcional, com estrutura mista em um dos módulos que abordavam o tema de avaliação em
FEG e foi readequada para atender os ítens necessários a uma boa avaliação da paciente em
questão.
Cada uma das etapas que constaram desse estudo será relatada a seguir:
inicial onde foram colhidos dados relativos ao bom desempenho do trabalho como sua
principal queixa, quando surgiram os primeiros sinais do FEG, como está a parte hormonal,
Em glúteo utilizou-se como ponto de referência a crista ilíaca, sobre a mesma, 5 cm,
10 cm e 15 cm abaixo, com glúteo relaxado. Foi utilizada também uma perimetria na região
abaixo. Em MMSS utilizou-se direito como ponto de referência o ponto meso-umeral, entre
acrômio e olécrano e em MMII foi realizada a perimetria logo abaixo da prega glútea, com a
utilizou o método Polock para o mesmo, com aparelho CESCORF e foram colhidos dados de
com máquina fotográfica analógica, modelo CANON – EOS 3000, com a paciente
período de 28/02/05 à 10/04/05. A paciente compareceu três vezes por semana ao local de
atendimento, onde primeiramente era realizado o US, com aparelho da marca IBRAMED,
quadrantes de mais ou menos 8 cm² cada (ilustração 5.1), dando um total de 2,9 minutos de
aplicação de US por quadrante, o que foi arredondado para 3 minutos pois o aparelho
apresentava esse como menor tempo de aplicação. O gel utilizado para acoplamento do US foi
o de nome comercial ULTRA-GEL, com pH neutro e sem álcool, cujo fabricante é a Industria
86
venoso linfático, supra e infra claviculares, cisterna do quilo e inguinais e em seguida iniciada
c) Terceira etapa: foi realizada a reavaliação na data de 15/04/05. Logo após o último
mesmo local onde realizou as primeiras fotos, com a mesma aparelhagem e a mesma
fotógrafa.
Fonte: Da autora.
87
CAPÍTULO 6
6.1 RESULTADOS
mensuração específicos que foram: a perimetria, as medidas das dobras cutâneas e as fotos.
Estes dados foram mensurados em uma paciente de 41 anos, com estatura de 1,59 m, peso no
6.1.1 Perimetria
MSD e membro superior esquerdo - MSE, abdome, glúteo, membro inferior direito - MID e
membro inferior esquerdo - MIE, sendo que em abdome e glúteo foram executadas mais que
uma medida pré-estabelecida com o intuito de uma maior precisão. Totalizaram-se então onze
medidas perimétricas, das quais quatro delas sofreram alterações. Em abdome houve um
glúteo observou-se que em crista ilíaca - C.I. houve uma diminuição de 2 cm e à 5 cm abaixo
uma variação de -1% à -2% de perda de medidas como nos mostra o quadro abaixo (ilustração
6.1).
Apresentação da paciente:
Idade: 41 anos
88
Estatura: 1,59 m
MSD 29 cm 29 cm 0%
MSE 28 cm 28 cm 0%
10 cm abaixo: 96 cm 10 cm abaixo: 96 cm 0%
15 cm abaixo: 99 cm 15 cm abaixo: 99 cm 0%
circunferência glútea: 96 cm
glútea: 96 cm
MID 63 cm 63 cm 0%
MIE 63 cm 63 cm 0%
Fonte: Da autora
responsável, as mais realizadas para este tipo de estudo que são tricipital, supra-ilíaca, coxa
medial, circunferência de quadril e de cintura e através destes dados chegou-se a outros dados
como quantidade de gordura relativa e absoluta e massa magra, totalizando dez resultados
89
primeiras medidas.
Observa-se que sendo fidedigno ao ganho de peso pela paciente, houve um aumento
TRICIPITAL 25 mm 23,1mm
-8%
SUPRA ILÍACA 27 mm 28,00 mm
4%
COXA MEDIAL 36,5 mm 30,3 mm
-17%
CIRCUNFERÊNCIA DE QUADRIL 96,5 cm 94,00 cm
-3%
CIRCUNFERÊNCIA DE CINTURA 75 cm 73,00 cm
-3%
INDICE DE MASSA CORPORAL 22,0 Kg/m² 23,0 Kg/m²
5%
RELAÇÃO CIRCUNFERÊNCIA CINTURA/QUADRIL 0,8 % 0,8 %
6.1.3 Fotos
com glúteo contraído e relaxado; em pé com a lateral esquerda e direita à mostra e deitada em
glúteos e quando relaxado essas regiões apresentam a pele com menos ondulações e com
aparência mais lisa e brilhante. Deitada em decúbito ventral há uma melhora visual em textura
da pele em região baixa de glúteo próxima aos culotes e nas posturas laterais percebe-se uma
90
linha mais harmoniosa na altura da prega glútea, como pode ser observado na ilustração 6.3
apresentada abaixo.
Glúteo contraído
Glúteo relaxado
Decúbito ventral
91
CAPÍTULO 7
7.1 DISCUSSÕES
Neste estudo, a escolha da paciente não foi aleatória, mas sim preferencialmente
escolhemos uma paciente com mais idade. Sabemos que, de acordo com alguns autores como
Borelli; Pellegrino; Mapeli (2004), Campos (1992), com o avançar da idade ocorrem
alterações da substância fundamental e uma conseqüente alteração do meio interno, como por
que levam ao FEG, e que quanto mais avançada a idade, maior poderá ser o agravamento
dessas condições. Tem-se consciência também de que o metabolismo corporal já não é tão
eficaz conforme torna-se mais velho. O que levou-nos a essa escolha são alguns fatores que
antecedem a menopausa ou mesmo em seu pico; essa paciente, supõe-se, será mais persistente
hipodérmica e Guirro (2002) que também coloca o US como fator adjuvante importante no
tratamento do FEG. Bacarat (2004) diz que na medicina estética o US de 3MHz é o mais
93
indicado, porque é melhor absorvido por tecidos superficiais como o FEG, e Guirro (2002)
diz ainda que freqüências maiores apresentam índices de atenuações maiores, sendo portanto
FEG está vinculada aos seus efeitos fisiológicos como neovascularização dos tecidos,
Optou-se pelo modo contínuo de aplicação nesse caso porque, segundo Guirro
(2002) o regime contínuo proporciona um efeito térmico mais pronunciado, Fuirini e Longo
(1996) dizem que o modo contínuo apresenta efeito de micro-massagem e que na utilização
desse modo obtemos efeitos térmicos e não térmicos associados. A geração do calor segundo
Campos (1999) produz um efeito químico denominado “ação colóido química”, a qual
possibilita a transformação de colóides em estado sólido para o estado gel, o que é eficaz para
(2004), onde enfatiza que o risco de acidente por superdosagem é mínimo, pois o paciente
2 Wcm² no modo contínuo, e que essa intensidade varia de acordo com os efeitos desejados e
o tecido a ser estimulado. Deve-se tomar como referência o fato de estarmos trabalhando com
tecidos superficiais, no caso do FEG, com pouca perda de atenuação, e a densidade deste
tecido, que é sempre acentuada com este acometimento, (IBRATE, 2003/2004), e que nesse
ou fibroses, e que esta intensidade sendo bem aceita pela paciente no modo contínuo, nos trará
os efeitos desejados.
A drenagem linfática manual é citada por vários autores como Guirro (2000), Tacani
e Cervera (2004), Leduc (2000), Fukushima (2004) como indicada para o tratamento de
94
edemas, linfedemas e FEG, por seus inúmeros efeitos fisiológicos como favorecer a
relaxamento das fibras musculares esqueléticas, entre outros. A drenagem linfática drena os
líquidos excedentes que banham as células, mantendo o equilíbrio hídrico nos espaços
consequentemente melhor nutrição das células e irrigação dos tecidos, o que atuará
diretamente nos tecidos congestionados próprios do FEG, e com a prática freqüente desta
drenagem linfática manual no tratamento do FEG, e o mesmo ainda recomenda duas ou mais
sessões por semana, com duração máxima de 20 minutos, no modo contínuo, na freqüência de
3MHZ nas áreas acometidas, e que após cada sessão realiza-se a drenagem linfática manual
obtidos não foram os esperados no que diz respeito à análise visual onde não observamos uma
textura e qualidade da pele que apresenta-se mais hidratada e mais lisa. Ou seja, não houve
95
uma eliminação do acometimento como era nosso objetivo, mas dos três parâmetros que
escolhemos para mensuração dos resultados, dois deles foram satisfatórios e um parcialmente
satisfatório.
Dentre as variáveis que com certeza interferiram em nosso tratamento foi o ganho de
peso que a paciente obteve, o estado emocional pelo qual a paciente passava no momento do
tratamento, pois, como cita Campos (1992) qualquer forma de stresse provoca uma alteração
em nível glandular que leva a retenção hídrica, facilitando o processo infiltrativo, isso pode
ter atuado de forma negativa em relação ao principal objetivo de redução do FEG local
trabalho.
96
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos concluir que apesar da importante aquisição de peso pela paciente, suas
dobras cutâneas houve acentuada diminuição de valores, com exceção do índice de massa
Analisando todos esses dados podemos dizer que a paciente não apresentou a
melhora esperada, mas não houve piora no quadro do FEG e a diminuição de medidas e
dobras cutâneas, com certeza deu-se pela aplicação regular do protocolo proposto, aplicação
Como nossa amostra foi pequena (uma paciente), não podemos afirmar a ineficácia
ou eficácia do tratamento, pois temos que levar em consideração o fato de que o mesmo
protocolo aplicado em outra paciente poderia reverter em outro tipo de resposta orgânica.
variáveis que interferiram não se manifestassem? Com a utilização de um gel com princípios
ativos os resultados seriam mais eficazes? Se como adjuvante do tratamento, além do US, a
resultados dessa pesquisa que esse protocolo é inadequado para qualquer tipo de paciente
Estes questionamentos servem de base para futuras pesquisas que tenham os mesmos
objetivos a atingir, o qual a nossa pesquisa teve, ou seja, a diminuição ou erradicação do FEG
em região glútea.
97
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMPOS, Maria Silva Mariani Pires. Fibro Edema Gelóide – Revista de Ciência e
Tecnologia (UNIMEP), Apostila, 1992.
LEDUC, A.; LEDUC, O. Drenagem Linfática: Teoria e Prática. 2.ed., São Paulo: Manole,
2000.
MAIO, M. Classificação da pele. In: MAIO, M. Tratado de Medicina Estética. São Paulo:
Roca, V. 1., cap 11, p. 219-232, 2004.
APÊNDICE A
100
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu......, RG......, declaro que fui informada sobre todos os procedimentos inerentes a
essa pesquisa e que recebi de forma clara e objetiva todas as explicações pertinentes a mesma,
Eu compreendo e aceito que neste estudo serão realizadas avaliações do meu perfil
corporal, fotos e o tratamento propriamente dito, e que essas informações servirão como base
Declaro também que fui informada que posso me retirar da pesquisa a qualquer
Assinatura ______________________________________
Cascavel ____/____/____
101
APÊNDICE B
DERMATO-FUNCIONAL
FICHA DE AVALIAÇÃO
DADOS PESSOAIS
NOME:_____________________________________________________________________
ENDEREÇO:________________________________________________________________
CIDADE:_____________________________CEP:__________________________________
TELEFONE:________________________________________________________________
DATA DE NASCIMENTO:________________IDADE:_____________________________
ESTADO CIVIL:_____________________________________________________________
RELIGIÃO:_________________________________________________________________
HEREDITARIEDADE:________________________________________________________
ANAMNESE:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
DISFUNÇÕES VASCULARES:
Varizes:____________________________________________________________________
Tratamento cirúrgico:__________________________________________________________
Safenectomia:________________________________________________________________
Varicoses:___________________________________________________________________
Esclerose:___________________________________________________________________
Edema: ____________________________________________________________________
Hematomas com facilidade:_____________________________________________________
Outras alterações:_____________________________________________________________
DISFUNÇÕES HORMONAIS
Ciclo mestrual:_______________________________________________________________
Idade da menarca:____________________________________________________________
Menopausa:_________________________________________________________________
Idade da menopausa:__________________________________________________________
TPM:______________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
102
HÁBITOS ALIMENTARES:
Nº de refeições por dia:_________________Horários:_______________________________
Alimentos mais ingeridos:______________________________________________________
___________________________________________________________________________
Ingesta líquida:_______________________________________________________________
Hábitos intestinais:____________________________________________________________
HÁBITOS DE VIDA:
Atividade física:______________________________________________________________
Outras atividades:_____________________________________________________________
Etilista:________________________________Tabagista:_____________________________
PATOLOGIAS APRESENTADAS:
HAS: _________________________________Cardiopatias:__________________________
Diabetes:______________________________Respiratórios:__________________________
Problemas de fígado:__________________________________________________________
Problemas de tireóide:_________________________________________________________
Outros:_____________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Faz uso de medicamentos? Quais?________________________________________________
PADRÃO RESPIRATÓRIO:
Toracico:_____________________Abdominal:_________________Misto:_______________
EXAME FÍSICO:
Peso:_______________________ Altura:_____________________IMC:________________
Perimetria :
MMSSd: MMSSe: MMIId: MMIIe:
Panturilha:____________________________________________
Glúteo
CI – 0 cm = __________
CI -- 5 cm = __________
CI – 10 cm = __________
Plicometria:
Tricipital_____________________
Supra ilíaca___________________
Abdome _____________________
Coxa medial__________________
EXAME POSTURAL:
Hipercifose:_________________________________________________________________
Escoliose:___________________________________________________________________
Hiperlordose:________________________________________________________________
Outros:_____________________________________________________________________
CLASSIFICAÇÃO DA FEG:
Glúteo: ____________ Grau: ________ Tipo: ___________
Coxa: _____________ Grau: ________ Tipo: ___________
Abdome: ___________ Grau: ________ Tipo: ___________
103
OBSERVAÇÕES:___________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
PROTOCOLO DE TRATAMENTO:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
ATENDIMENTOS:
1º_________________________________________________________________________
2º_________________________________________________________________________
3º_________________________________________________________________________
4º_________________________________________________________________________
5º_________________________________________________________________________
Responsável:________________________________________________________________