Manual Clc6 Eja
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Urbanismo e Mobilidade
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Cultura, Língua e Comunicação
Urbanismo e Mobilidade
CONSTRUÇÃO E ARQUITETURA
• Atuar em contexto privado tendo em conta a terminologia específica e seus significados em situações
relacionadas com a construção e arquitetura.
COMUNICAÇÃO
Arquitetura
É a arte de planear, construir e decorar edifícios, adequando os a uma função, mas dando-lhes
uma qualidade estética. Existem parâmetros de análise de uma obra arquitectónica que de certa forma
nos podem auxiliar na sua catalogação.
Forma
Análise dos materiais e técnicas construtivas; leitura morfológica das unidades espaciais – planta e
alçado, elementos de sustentação e de cobertura; decoração; composição arquitectónica e os seus
princípios ordenadores – proporção, simetria, ritmo… o estilo.
Função
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Determinação do uso a que o edifício se destina, enquadrando-o numa tipologia – palácio, igreja,
fortificação, hospital, escola – e numa modalidade – pública, privada, religiosa, civil, militar.
Significado
Urbanismo
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Planta de Espinho Planta rodoviária da VCI
O lar
(adaptado).
Habitação é, desde os primórdios, o abrigo utilizado pelo homem como proteção das
ameaças do meio ambiente ou do seu semelhante. Definido como o lugar em que se habita, o termo
confunde-se, no uso corrente, com domicílio, residência, moradia, vivenda, casa, apartamento...
Segundo a Organização das Nações Unidas, trata-se do "meio ambiente material onde se deve
desenvolver a família, considerada unidade básica da sociedade".
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das atividades económicas, do estilo de vida e dos padrões culturais. Nas grandes construções
imperam o ferro e o cimento, o que leva ao surgimento de novas conceções arquitetónicas,
enquanto as técnicas de refrigeração e de calefação de ambientes tornam a casa, principalmente a
urbana, imune aos efeitos climáticos.
Atividade
___Uma das funções da calefação de ambientes é permitida a entrada do ar exterior nas casas.
___Nas cidades não são evidentes as diferenças arquitetónicas ligadas ao fator social.
___O contraste visual e estrutural das várias habitações urbanas realça o fosso existente entre as
várias classes sociais.
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ATIVIDADE 1: Trabalho de pesquisa:
OBJETIVOS GERAIS:
Identificar diferentes
necessidades habitacionais;
Compreender que
diferentes estilos de vida
correspondem a diferentes
necessidades habitacionais;
Caraterizar as habitações
tradicionais das várias
regiões de Portugal.
OBSERVAÇÕES:
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- Inserir imagens que ilustrem a descrição/caraterísticas das casas;
- No final, o trabalho deve ser apresentado à turma.
CULTURA
- Leia a crónica que se segue e sublinhe os diferentes marcos evolutivos e históricos de uma casa.
ANA BACALHAU
02/03/2014 | Notícias Magazine
ALEGRES CASINHAS
Procurar casa é mais do que procurar um sítio que corresponda às nossas necessidades ou expetativas,
para aí fazermos vida. É também ver como se fez a vida de muitas famílias em determinada época, em
determinada cidade. Através das suas plantas consegue-se perceber quais os valores mais importantes
e qual o equilíbrio entre a vida. […]
E, através das remodelações feitas, consegue-se perceber como é feita agora a vida de quem lá mora.
A nossa casa é, ou deveria ser, uma extensão de nós. Assim sendo, desde o início do século XX, até
aos anos 50, os prédios onde a vida se fazia em Lisboa eram feitos de chão de tábuas de madeira
corridas, que balançavam ao ritmo dos pés, ao ritmo da vida que as atravessava. A luz solar parecia
não ter muita importância na vida privada. Pelo menos, a observar pelos quartos interiores. Nestas
casas, o corredor longo ajudava a distribuir as divisões da casa em linha reta e remetia os quartos de
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dormir à escuridão sem janelas e ao consequente recatamento da vida privada que a época exigia. A
sala de estar, local de convívio, tinha grandes janelas, por onde a luz entrava, aí, já bem-vinda. Muito
poucos prédios tinham elevador, mesmo tendo 3 ou mais pisos.
A partir dos anos 1950 e do advento do betão armado, esse avanço da engenharia que permite que o
chão debaixo dos nossos pés seja mais firme e menos balançante, a forma de pensar as casas das
famílias da classe média modificou-se. Falo das casas da classe média, porque a ela se destinavam os
prédios construídos. E, a partir da segunda metade do século passado, as plantas refletiram as
exigências do conceito de modernidade de então. Junto à cozinha, o quarto da criada, com casa de
banho incluída, para estabelecer o seu perímetro de ação e a sua função na casa, de forma inequívoca.
À frente, do outro lado do corredor, a sala de estar, ligada à sala de refeições. Duas divisões juntas,
separadas por arcos, que ajudavam a organizar as funções de cada espaço. Algumas casas tinham
ainda um escritório, colado ao hall de entrada. Nas mais antigas, o escritório poderia fazer as funções
de loja, onde se recebiam os clientes. Daí a sua proximidade relativamente à porta da rua. Depois do
espaço social, os quartos, já com janela incluída. Um maior, para o casal, outro ou outros mais
pequeno(s), para as crianças.
A partir do final do século XX e início do século XXI, as casas voltaram a mudar. A sala, já sem a
separação entre a zona de refeições e a zona de estar, é a maior divisão da casa, sacrificando o espaço
reservado aos quartos, que são relegados para segundo plano na escala de valores atribuídos a cada
divisão. Podem ser mais pequenos os quartos, mas a presença de uma suite na casa torna-se
importante. Com alguma sorte, há uma zona de armários que poderá, consoante o seu tamanho e
disposição, ser um closet. Não há quarto da criada, porquanto a figura da criada interna há muito
deixou de existir na maior parte das famílias portuguesas.
Não é fácil obrigar a que o Passado sirva na perfeição o Presente. São vidas passadas, as que
habitaram as casas do antigamente. Estranhas formas de vida, para alguns. A maneira como se
transportam as diferentes visões e modelos de vida presente para cada uma destas plantas, revela muito
acerca de nós. O tipo de casa onde vivemos, a planta que escolhemos abraçar ou que pretendemos
modificar, a remodelação que fazemos, tudo ajuda a mostrar uma parte de quem somos.
Principalmente, percebe-se que os versos camonianos “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”,
se aplicam também à casa onde moramos e àquilo que consideramos ser importante ou não.
In http://www.noticiasmagazine.pt/2014/alegres-casinhas/
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- Leia a reportagem que se segue (Notícias Sábado, 26/04/2004):
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2. Explique o título da reportagem.
LÍNGUA
O principal objetivo de uma descrição é tornar presente e vivo um ser (pessoa, animal ou
coisa) que está ausente para o leitor. Para o fazer, há que seguir os seguintes passos:
1º Observar o que se pretende descrever. Primeiro temos uma impressão geral, depois uma
visão de conjunto.
Tipos de descrição
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Marcas linguísticas - Nomes – referem os objetos e as impressões. Adjetivos – indicam as
qualidades e despertam sensações. Advérbios e Preposições – situam no espaço e no tempo os
elementos descritos. Verbos – normalmente encontram-se no Presente e no Pretérito Imperfeito do
Indicativo. Tanto podem exprimir ação como ausência de movimento.
Recursos estilísticos: Metáfora: enriquece o sentido das palavras. Imagem: permite que se visualize as
várias sensações descritas. Comparação: possibilita uma ligação entre o real e o imaginário.
Personificação: dá vida aos objetos, aproximando-os do leitor.
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1. Leia o texto da obra “Os Maias” de Eça de Queirós.
O Ramalhete
A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa, no outono de 1875, era conhecida na
vizinhança da rua de S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janelas Verdes, pela casa do
Ramalhete ou simplesmente o Ramalhete. Apesar deste fresco nome de vivenda campestre, o
Ramalhete, sombrio casarão de paredes severas, com um renque de estreitas varandas de ferro no
primeiro andar, e por cima uma tímida fila de janelinhas abrigadas à beira do telhado, tinha o aspeto
tristonho de Residência Eclesiástica que competia a uma edificação do reinado da Sr.ª D. Maria I: com
uma sineta e com uma cruz no topo assimilar-se-ia a um Colégio de Jesuítas. O nome de Ramalhete
provinha decerto dum revestimento quadrado de azulejos fazendo painel no lugar heráldico do Escudo
de Armas, que nunca chegara a ser colocado, e representando um grande ramo de girassóis atado por
uma fita onde se distinguiam
Longos anos o Ramalhete permanecera desabitado, com teias de aranha pelas grades dos
postigos térreos, e cobrindo-se de tons de ruína. Em 1858 Monsenhor Bucarini, Núncio de S.
Santidade, visitara-o com ideia de instalar lá a Nunciatura, seduzido pela gravidade clerical do edifício
e pela paz dormente do bairro: e o interior do casarão agradara-lhe também, com a sua disposição
apalaçada, os tectos apainelados, as paredes cobertas de frescos onde já desmaiavam as rosas das
grinaldas e as faces dos Cupidinhos. Mas Monsenhor, com os seus hábitos de rico prelado romano,
necessitava na sua vivenda os arvoredos e as águas dum jardim de luxo: e o Ramalhete possuía apenas,
ao fundo dum terraço de tijolo, um pobre quintal
inculto, abandonado às ervas bravas, com um
cipreste, um cedro, uma cascatazinha seca, um tanque
entulhado, e uma estátua de mármore (onde
Monsenhor reconheceu logo Vénus Citérea)
enegrecendo a um canto na lenta humidade das
ramagens silvestres. Além disso, a renda que pediu o
velho Vilaça, procurador dos Maias, pareceu tão
exagerada a Monsenhor, que lhe perguntou sorrindo
se ainda julgava a Igreja nos tempos de Leão X.
Vilaça respondeu - que também a nobreza não estava
nos tempos do Sr. D. João V. E o Ramalhete,
continuou desabitado. (…)
Afonso riu muito da frase, e respondeu que aquelas razões eram excelentes - mas ele desejava
habitar sob tetos tradicionalmente seus; se eram necessárias obras, que se fizessem e largamente; e
enquanto a lendas e agoiros, bastaria abrir de par em par as janelas e deixar entrar o sol.
S. Ex.ª mandava: - e, como esse inverno ia seco, as obras começaram logo, sob a direção dum
Esteves, arquiteto, político, e compadre de Vilaça. Este artista entusiasmara o procurador com um
projeto de escada aparatosa, flanqueada por duas figuras simbolizando as conquistas da Guiné e da
Índia. (…)
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Ao fim dum ano, durante o qual Carlos viera
frequentemente a Lisboa colaborar nos trabalhos, «dar
os seus retoques estéticos» - do antigo Ramalhete só
restava a fachada tristonha, que Afonso não quisera
alterada por constituir a fisionomia da casa. (…)
salão nobre, raramente usado, todo em brocados de veludo, cor de musgo de outono, havia uma bela
tela de Constable, o retrato da sogra de Afonso, a condessa de Runa, de tricorne de plumas e vestido
escarlate de caçadora inglesa, sobre um fundo de paisagem enevoada. Uma sala mais pequena, ao
lado, onde se fazia música, tinha um ar de século XVIII com seus móveis enramelhetados de ouro, as
suas sedas de ramagens brilhantes: duas tapeçarias de Gobelins, desmaiadas, em tons cinzentos,
cobriam as paredes de pastores e de arvoredos.
Defronte era o bilhar, forrado dum couro moderno trazido por Jones Bule, onde, por entre a
desordem de ramagens verde-garrafa, esvoaçavam cegonhas prateadas. E, ao lado, achava-se o fumoir,
a sala mais cómoda do Ramalhete: as otomanas tinham a fofa vastidão de leitos; e o aconchego quente,
e um pouco sombrio dos estofos escarlates e pretos era alegrado pelas cores cantantes de velhas
faianças holandesas.
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O que desconsolara Afonso, ao princípio, fora a vista do terraço – de onde outrora, decerto, se
abrangia até ao mar. Mas as casas edificadas em redor, nos últimos anos, tinham tapado esse horizonte
esplêndido. Agora, uma estreita tira de água e monte que se avistava entre dois prédios de cinco
andares, separados por um corte de rua, formava toda a paisagem defronte do Ramalhete. E, todavia,
Afonso terminou por lhe descobrir um encanto íntimo. Era como uma tela marinha, encaixilhada em
cantarias brancas, suspensa do céu azul em face do terraço, mostrando, nas variedades infinitas de cor
e luz, os episódios fugitivos duma pacata vida de rio: às vezes uma vela de barco da Trafaria fugindo
airosamente à bolina; outras vezes uma galera toda em pano, entrando num favor da aragem, vagarosa,
no vermelho da tarde; ou
então a melancolia dum grande paquete, descendo, fechado e preparado para a vaga, entrevisto um
momento, desaparecendo logo, como já devorado pelo mar incerto; ou ainda durante dias, no pó de
ouro das sestas silenciosas, o vulto negro de um couraçado inglês... E sempre ao fundo o pedaço de
monte verde-negro, com um moinho parado no alto, e duas casas brancas ao rés da água, cheias de
expressão - ora faiscantes e despedindo raios das vidraças acesas em brasa; ora tomando aos fins de
tarde um ar pensativo, cobertas dos rosados tenros de poente, quasi semelhantes a um rubor humano; e
duma tristeza arrepiada nos dias de chuva, tão sós, tão brancas, como nuas, sob o tempo agreste.
O terraço comunicava por três portas envidraçadas com o escritório – e foi nessa bela câmara
de prelado que Afonso se acostumou logo a passar os seus dias, no recanto aconchegado que o neto
lhe preparara ternamente, ao lado do fogão.
DESCRIÇÃO DO RAMALHETE
Marcas linguísticas Espaços externos Espaços interiores
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2. Leia a reportagem relativa à adaptação cinematográfica da obra “Os Maias”:
Agência Lusa
04 de Dezembro de 2013
É nesse palácio que tem decorrido parte da rodagem de «Os Maias - Alguns episódios da vida
romântica», onde João Botelho utilizou a decoração e mobiliário da antiga casa de Veva de Lima para
recriar a residência Ramalhete. Numa pequena divisão, rodeado pela equipa técnica, João
Botelho prepara uma das cenas do filme e é rigoroso nas indicações dadas ao ator Pedro Inês, no
papel de João da Ega.
Depois de algumas repetições, num cenário escuro e com escassos focos de luz - quase como uma
pintura barroca -, João Botelho grita «perfeito» e a equipa desmonta o equipamento, arrasta
mobílias, afina holofotes e segue para a montagem de outra cena. (…)
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As cenas de interiores têm sido gravadas em palacetes e edifícios em Ponte de Lima, Cabeceiro de
Basto e agora em Lisboa, no palácio onde viveu Veva de Lima, filha de Carlos Mayer, um dos
«Vencidos da Vida», o grupo de intelectuais do qual também fez parte Eça de Queirós. Para João
Botelho, o cinema é «tentar jogar com o claro e o escuro» e filmar um ponto de vista. (…)
Dois dos protagonistas do filme são os atores Graciano Dias, como Carlos da Maia, e Pedro Inês, que
encarna a personagem João da Ega, na sua estreia no cinema português.
Do elenco fazem ainda parte João Perry, a atriz brasileira Maria Flor, Maria João Pinho, Adriano Luz,
Ana Moreira, Catarina Wallenstein, Rita Blanco, Hugo Mestre Amaro, Pedro Lacerda e o barítono
Jorge Vaz de Carvalho, que fará a voz de Eça de Queirós, o narrador.(…)
Para o ator, o texto de Eça de Queirós continua bastante atual, com personagens (boémias,
corruptas, ignorantes ou interesseiras), cujas características ainda se encontram por aí, disse.
Nas próximas semanas, a rodagem da longa-metragem transitará para um armazém gigante, onde
estão a ser instalados os telões pintados por João Queiroz. O filme, com orçamento de 1,5 milhões de
euros, tem apoio financeiro do Instituto do Cinema e Audiovisual, da RTP, da autarquia de Lisboa, do
Montepio e do Brasil, país coprodutor, estrear-se-á no circuito comercial em setembro de 2014.
Será também exibido em itinerância pelos auditórios municipais do país, com incidência junto do
público estudantil: «É serviço público. Se recebo dinheiros públicos, tenho que fazer serviço público»,
disse o realizador à Lusa.
«Os Maias» terá ainda uma versão em série televisiva, a exibir na RTP, e estreia garantida no Brasil.
VIDEO
2.1- Encontre aspetos comuns da casa adaptada para o filme ao que é descrito no texto.
http://v2.videos.sapo.pt/WDFAZBPVGm5vrEGUe3BA
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3. Agora contraste a descrição com o vídeo relativo à boutique-hotel “Palácio Ramalhete”
(Lisboa), inspirado na casa da obra “Os Maias” de Eça de Queirós:
http://fugas.publico.pt/hoteis/319189_palacio-ramalhete
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4. Faça uma analogia entre o que visionou nesta reportagem e o conceito de qualidade de vida.
A casa também esta associada ao conceito de qualidade de vida, ou seja, tudo o que envolve
o bem espiritual, físico, mental, psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais, como
família e amigos e também a saúde, educação, poder de compra, habitação, saneamento básico e
outras circunstâncias da vida.
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- Leia o texto que se segue:
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1. Identifique os espaços descritos no texto.
2. Há no texto algumas referências a situações cómicas. Identifique
duas.
3. Explique a funcionalidade do banco do piano.
4. Explique o caráter sagrado que, segundo o narrador, a saleta apresentava.
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Atividade 2: a minha casa de sonho
1- Ao construir uma casa pretendemos uma maior qualidade de vida, aliada a práticas de
lazer. Estabeleça as associações corretas.
Piscina exterior
Jardim
Lavandaria
Qualidade de vida
Casa de banho completa
Sala de leitura
Práticas de lazer
Quartos amplos e arejados
Garagem
Ginásio
Sala de bilhar
2- Pense na sua casa, o que gostaria de mudar, no sentido de melhorar a sua qualidade de
vida e as suas práticas de lazer. De seguida, faça uma descrição da sua casa ideal, com
particular atenção a um espaço interior.
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- DR2: Intervir em contextos profissionais considerando a ruralidade ou urbanidade que os envolvem e
procurando retirar daí benefícios para a integração socioprofissional
- Critérios de Evidência:
• Atuar tendo em conta o potencial de oportunidades laborais resultantes da progressiva atenção dada pelas políticas
locais à valorização do património rural e urbano enquanto fator de desenvolvimento e qualificação dos territórios.
•Atuar em contextos profissionais diferenciados regionalmente, identificando sotaques ou regionalismos, através do uso
da língua portuguesa e/ou língua estrangeira, no sentido de uma melhor integração socioprofissional.
•Atuar, comparando textos utilitários e literários recentes ou de outras épocas, em debates que reforcem o interesse pela
preservação, equilíbrio e dinamização do espaço rural e urbano, tendo em conta a evolução histórica, a situação atual e a
reflexão sobre o futuro.
CULTURA
Património e identidade
A palavra “património” designa a herança que se recebe do pai e que se transmite aos filhos. No entanto, esta
palavra também significa um bem coletivo que pertence a uma comunidade, a um povo, à humanidade. O
património pode ser arqueológico, rural e urbano, artesanal,
arquitetónico, oral, literário, etc.
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O programa foi fundado pela Convenção sobre a Proteção do Património Cultural e Natural, adotado pela
Conferência Geral da UNESCO de 16 de Novembro de 1972. Em 2011, um total de 936 sítios estavam
listados, sendo 725 culturais, 183 naturais e 28 mistos, em 153 países diferentes.
Património cultural
Quando falamos em património cultural, falamos de zonas, edifícios e outros bens naturais de determinado país
que são protegidos e valorizados pela sua importância cultural.
A noção mais abrangente e completa de património é a que compreende os elementos que persistiram de épocas
passadas, provas de formas de vida, de cultura, de sociedade e de utilização que são basilares para o Homem atual
se referenciar e encontrar a sua identidade.
de em em Conímbriga
Património cultural é o conjunto de todos os bens, materiais ou imateriais, que, pelo seu valor próprio, devem
ser considerados de interesse relevante para a permanência e a identidade da cultura de um povo.
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O património é a nossa herança do passado, com que vivemos hoje, e que passamos às gerações
vindouras.
Artigo 2º.
5- Constituem, ainda, património cultural quaisquer outros bens que como tal
sejam considerados por força de convenções internacionais que vinculem o
Estado Português, pelo menos para os efeitos previstos.
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6- Integram o património cultural não só o conjunto de bens materiais e
imateriais de interesse cultural relevante, mas também, quando for o caso
disso, os respetivos contextos que, pelo se valor de testemunho, possuam
com aqueles uma relação interpretativa e informativa.
1. Partindo do artigo 2º. da lei nº. 107/2001 citada, explique o que é o Património
Cultural.
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Património urbano
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Hoje acrescentamos à arquitetura (toda ela) e à cidade-património, a paisagem dos territórios
humanizados e o património intangível (dos saberes), no conceito abrangente de PATRIMÓNIO
CULTURAL.
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Património rural
Profissionais de turismo
A hotelaria, a gastronomia, o transporte e o lazer são áreas que empregam uma parte
significativa da população do nosso país.
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Estes técnicos devem possuir excelentes capacidades de comunicação e de convívio, falar
línguas estrangeiras, boa cultura geral e boa apresentação.
Técnico de turismo: profissional que organiza e promove a venda e a prestação de serviços turísticos.
Guia-intérprete: profissional que acompanha turistas em visitas a locais de interesse turístico (museus,
palácios, monumentos nacionais, etc.), zelando pelo seu bem-estar.
Correio de turismo: profissional que trabalha como representante das organizações que promovem
serviços turísticos. Este tem de assegurar que o programa elaborado pela agência de viagens corre
como previsto, atendendo sempre aos clientes.
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Atividade 1
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1-Identifique, no território português, algumas manifestações patrimoniais:
Património arqueológico
Património rural
Património urbano
Património artesanal
Património arquitetónico
Património linguístico
Património literário
Atividade 2:
A Nau Catrineta
Monsanto em recuperação
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2.2) Um dos textos refere-se a “aldeias históricas”. Do seu ponto de vista, qual é a importância de
manter estas aldeias?
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FADO
http://
www.candidaturadofado.com/
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1.1- Retire os argumentos apresentados que servem de base à candidatura.
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A Unesco declarou o Fado como Património Imaterial da Humanidade, este domingo, em Bali, na
Indonésia.
O Comité Internacional da UNESCO, constituído por 24 países, anunciou, este domingo, em Bali, na
Indonésia, o Fado como Património
Imaterial da Humanidade.
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A candidatura foi aprovada por unanimidade pela Câmara de Municipal de Lisboa no dia 12 de Maio
de 2010 e apresentada publicamente na Assembleia Municipal, no dia 1 de Junho, tendo sido aclamada
por todas as bancadas partidárias.
No dia 28 de Junho de 2010, foi apresentada ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e
formalizada junto da Comissão Nacional da UNESCO. Em Agosto desse ano, deu entrada na sede da
organização, em Paris.
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LÍNGUA
SOTAQUE E REGIONALISMOS
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3.2- Quais os sotaques que conseguiu identificar no vídeo?
Porquê?
3.4- Considera que tais sotaques enriquecem a língua nacional? Justifique a sua resposta.
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Leia a crónica que se segue:
De súbito, o homem do quiosque de Lisboa a quem eu pedira os meus jornais habituais interpelou-me: – O senhor é
do Norte, não é? Respondi-lhe que não, que nasci na Bairrada e resido há quase 40 anos em Coimbra. Fitou-me,
perplexo. Logo compreendi que do ponto de vista de Lisboa tudo o que fique para cima de Caneças pertence ao
Norte, uma vaga região que desce da Galiza até às portas da capital. Foi a minha vez de indagar porque me
considerava oriundo do Norte. Respondeu de pronto que era pela forma como eu falava, querendo com isso
significar, obviamente, que eu não falava a língua tal como se fala na capital, que para ele, presumivelmente, não
poderia deixar de ser a forma autorizada de falar português. Foi a primeira vez que tal me aconteceu. Julgava eu que
falava um português padrão, normalmente identificado com a forma como se fala «grosso modo» entre Coimbra e
Lisboa e cuja versão erudita foi sendo irradiada desde o século XVI pela Universidade de Coimbra, durante muitos
séculos a única universidade portuguesa. Afinal, via-me agora reduzido à patológica condição de falante de um
dialecto do Norte, um desvio algo assim como a fala madeirense ou a açoriana.
Na verdade – logo me recordei –, não é preciso ser especialista para verificar as evidentes particularidades do falar
alfacinha dominante. Por exemplo, «piscina» diz-se «pichina», «disciplina» diz-se «dichiplina». E a mesma anomalia
de pronúncia se verifica geralmente em todos os grupos «sce» ou «sci»: «crecher» em vez de «crescer», «seichentos»
em vez de «seiscentos», e assim por diante… O mesmo sucede quando uma palavra terminada em «s» é seguida de
outra começada por «si» ou «se». Por exemplo, a expressão «os sintomas» sai algo parecido com «uchintomas»,
«dois sistemas» como «doichistemas». Ainda na mesma linha, a própria pronúncia «de Lisboa» soa tipicamente a
«L'jboa». Outra divergência notória tem a ver com a pronúncia dos conjuntos «-elho» ou «-enho», que soam cada
vez mais como «-ânho» ou «-âlho», como ocorre por exemplo em «coelho», «joelho», «velho», frequentemente ditos
como «coalho», «joâlho» e «valho». Uma outra tendência cada vez mais vulgar é a de comer os sons, sobretudo a
sílaba final, que fica reduzida a uma consoante aspirada. Por exemplo: «pov» ou «continent», em vez de «povo» e
«continente». Mas essa fonofagia não se limita às sílabas finais. Se se atentar na pronúncia da palavra «Portugal», ela
soa muitas vezes como algo parecido com «P'rt'gâl». O que é mais grave é que esta forma de falar lisboeta não se
limita às classes populares, antes é compartilhada crescentemente por gente letrada e pela generalidade do mundo da
comunicação audiovisual, estando por isso a expandir-se, sob a poderosa influência da rádio e da televisão. Penso
que não se trata de um desenvolvimento linguístico digno de aplauso. Este falar português, cada vez mais cheio de
«chês» e de «jês», é francamente desagradável ao ouvido, afasta cada vez mais a pronúncia em relação à grafia das
palavras e torna o português europeu uma língua de sonoridade exótica(…). incompreensível (….
Quando deixei o meu solícito dono do quiosque lisboeta do início desta crónica, pensei dizer-lhe em jeito de
despedida, (…): – Sabe, a língua portuguesa caminhou de norte para sul... Logo desisti, porém. Achei que ele
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tomaria a observação como uma piada de mau gosto. Mas confesso que não me agrada a ideia de que, por força da
força homogeneizadora da televisão, cada vez mais portugueses sejam «colonizados» pela maneira de falar lisboeta.
(…)
1. De que forma o autor desta crónica manifesta o seu desagrado na observação feita pelo
“homem do quiosque”?
2. Quais foram os argumentos apresentados para a defesa da sua tese?
3. Que fatores apresenta para que haja um domínio da forma de falar lisboeta.
4. Compare a intervenção de Vital Moreira com o excerto do poema da música “Pronúncia do
Norte” dos GNR:
Dialeto é a «Variedade local ou regional de uma língua que apresenta particularidades fonéticas e,
eventualmente, lexicais ou outras.»
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Não se deve, portanto, confundir o termo regionalismo com dialeto: este é uma variedade
linguística, com características fonéticas, morfológicas, sintáticas, lexicais e semânticas próprias;
aquele aplica-se à palavra ou às palavras que caracterizam determinado dialeto.
1. Comente a afirmação:
A muito curto prazo, sotaque e o regionalismo têm tendência para se extinguir, diluídos no tempo. A
ditar este fenómeno a globalização: a massificação de muita e vasta informação; fácil deslocação de
pessoas a outras terras; vivências de cada um. Num futuro próximo, no nosso país, todos falarão o
mesmo padrão de língua, sem sotaque nem regionalismos. Surgirão novos vocábulos, numa mutação
normal de uma língua viva como a portuguesa. Será inevitável. Também cabe a cada um enxergar
outras dimensões de “sotaque” e regionalismo que não apenas ligadas à fonética linguística.
http://quintaisisa.blogspot.pt/2010/02/falar-de-sotaque-dialectos-e.html
http:// video.pt.msn.com/watch/video/a-
tarde-e-sua- regionalismos-girias-e-calao-de-
norte-a-sul- do-pais/295iw82zz
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http://videos.sapo.pt/vh8p9tzDthSMk3BULRQ6
4.1-No texto, há palavras cuja grafia procura reproduzir a pronúncia de uma determinada zona do
país. Sublinhe as palavras em que se verificam variações a nível fonético relativamente à
língua padrão.
4.2-Indique que tipo de variedade linguística está presente no excerto: dialeto, regionalismo ou
sotaque? Justifique a sua resposta.
41
4.3-Identifique a zona do país onde a mesma se realiza.
42
Espaço rural e espaço urbano
ATIVIDADES:
Fornecem:
Fornecem:
43
44
1.1 – Consoante o espaço em que se vive, a paisagem modifica-se e diferencia-se de modo muito
acentuado.
- Preencha o quadro em baixo, de modo a contrapor e distinguir as áreas rurais das áreas urbanas no
que respeita à paisagem.
ÁREAS URBANAS
ÁREAS RURAIS
Aspetos a ter em conta: a) o tipo de paisagem; b) arquitetura/ tipo de edifícios; c) os níveis de poluição; d)
infraestruturas rodoviárias; e) densidade populacional; etc.
45
a) a)
b) b)
c) c)
PAISAGEM
d) d)
e) e)
1.2- O modo de vida das áreas rurais e das áreas urbanas apresenta diferenças muito
significativas.
- Caracterize e distinga as áreas rurais das áreas urbanas no que respeita ao modo de vida da
população.
ÁREAS URBANAS
ÁREAS RURAIS
46
Aspetos a ter em conta: a) condições de trabalho; b) segurança; c) custo de vida; d) atividades económicas; e)
relacionamento das pessoas; f) ocupação dos tempos livres; g) acesso a infraestruturas/serviços (saneamento, hospitais,
cultura, educação, transportes…); h) ritmo de vida, etc.
a) a)
b) b)
c) c)
MODO DE VIDA
d) d)
e) e)
f) f)
g) g)
h) h)
47
ÁREA RURAL
CAMPO / ALDEIA
Leia atentamente o seguinte poema de Cesário Verde:
De Verão
I IV
48
2. Retire do texto exemplos da harmonia e educação campestre e indica qual a personagem que os
representa.
CIDADE
Podemos considerar a cidade como um grande aglomerado populacional, com uma população
muito diferente entre si (origem, profissão.,,) e com um modo de vida e paisagem característicos.
Delimitar uma cidade constitui uma tarefa complexa, pois envolve várias componentes e pode assentar
em diversos critérios:
Uma vila para ser elevada a cidade necessita de um número superior a 8000 eleitores em aglomerado
populacional contínuo e, pelo menos, metade dos seguintes equipamentos coletivos:
- Farmácias;
- Corporação de bombeiros;
- Museu e biblioteca;
- Instalações de hotelaria;
1
Importantes razões de natureza histórica, cultural e arquitetónica poderão justificar uma ponderação
diferente dos requisitos enumerados anteriormente.
CIDADE
2
A relação entre os espaços que identificou nas questões 1 e 3 é de:
a) identidade b) oposição
6. Tenha em atenção o sujeito poético e os espaços que refere. Indique o espaço ou espaços
preferido(s).
COMUNICAÇÃO
O CAMPO E A CIDADE
3
2. Identifique as afirmações verdadeiras (V) e as falsas (F):
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O PAPALAGUI
O chefe dos índios da ilha de Samoa situada na Polinésia. visitou a Europa e ficou impressionado
com o que observou. Regressado à sua terra fez vários discursos onde contou os costumes e hábitos
do Papalaguí (homem branco de uma forma muito crítica).
O Papalaguí mora, como o mexilhão do mar, dentro duma concha dura. Tem pedras a toda a volta de
lado e por cima. A sua cabana assemelha-se a um baú de pedra posto ao alto; um baú cheio de
cubículos e de buracos. É pois nestes baús que o Papalaguí passa a vida.
4
Há, na Europa, tantos homens a viverem deste modo quantas palmeiras há em Samoa, ou mesmo
muito mais. Alguns hão-de ter, por certo um desejo ardente de ver a floresta, o sol e a luz; mas isso é
geralmente tido por doença a precisar de remédio. Quando alguém se não mostra contente com aquela
vida vivida no meio das pedras, dizem: «É um indivíduo desnaturado», o que quer dizer: ignora o que
Deus destinou para o homem.
Esses baús de pedra encontram-se em grande número e muito próximos uns dos outros; nenhuma
árvore, nenhum arbusto os separa: encontram-se ombro a ombro, como homens, e em cada um deles
há tantos Papalaguis como numa aldeia de Samoa. Do outro lado, à distância de uma pedrada,
encontra-se uma outra fila de baús, igualmente ombro a ombro e habitados por homens. Entre essas
duas filas há uma estreita greta a que o Papalaguí chama «rua».
Essa greta é, às vezes, tão longa como um rio e coberta de pedras duras. Pode-se deambular dias
inteiros entre essas gretas antes de se dar com uma floresta ou um naco de céu azul.
Nunca, no meio das gretas, se vê, na realidade, a cor do céu. É que em cada cabana há pelo menos um,
e por vezes vários sítios onde se faz fogo, e assim o ar está sempre cheio de fumo e de cinza, como
acontece durante a erupção da grande cratera de Savaii. Esse ar insinua-se pelas gretas, de modo que
os baús de pedra mais altos parecem-se com os limos dos pântanos de «mangrove», e os homens
apanham com terra negra nos olhos e nos cabelos e com areia dura nos dentes.
Mas isso não impede que os homens percorram as tais gretas desde manhã até à noite.
Alguns sentem mesmo com isso um especial prazer. Em certas gretas reina a confusão: são as ruas que
comportam enormes caixas de vidro onde estão dispostas todas as coisas de que o Papalaguí necessita
para viver: panos, ornamentos para a cabeça, peles para os pés e para as mãos, provisões de comida,
carne, alimentos a sério como sejam os frutos, os legumes, e muitas coisas mais. Tudo ali está para
tentação dos homens. Mas ninguém tem o direito de tirar o que quer que seja, mesmo em caso de
extrema necessidade; para isso é preciso ter recebido uma licença especial e feito uma oferenda.
Nessas gretas, o perigo ameaça por todo o lado, pois não só os homens caminham em tropel, como
também circulam em todas as direções ou se fazem transportar em grandes baús de vidro que deslizam
sobre rampas metálicas. O barulho é enorme.
Resumindo: baús de pedra com os seus muitos homens, fundas gretas de pedra correndo para um lado
e para outro, quais mil e um rios, com seres humanos lá dentro, barulho e estrondo, poeira negra e
fumo por toda a parte, árvore alguma no horizonte e nada de céu azul, nada de ar puro ou de nuvens - a
isto chama o Papalaguí uma «cidade», criação de que muito se orgulha; quando muitos há, que ali
vivem, que nunca viram uma floresta, um céu lavado ou o Grande Espírito, face a face.
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DOCUMENTÁRIO TELEVISIVO:
A sociedade contemporânea, urbana, era ainda há pouco tempo rural. Mudou muito
depressa! Muitos portugueses emigraram, a maior parte saiu das aldeias e foi viver para as cidades e
para o litoral. O campo está despovoado. As cidades cresceram. As estradas aproximaram as regiões.
Nas áreas metropolitanas, organizou-se uma nova vida quotidiana. Há mais conforto dentro das casas,
mas as condições de vida nas cidades são difíceis.
Neste documentário o sociólogo António Barreto retrata a nossa sociedade nos anos em
que se dá uma mudança fundamental: o êxodo rural. Porém, os portugueses e o país não estavam
preparados para tal, pois, até há pouco, as suas vidas nas aldeias eram bem diferentes e a mudança
para as cidades tem também as suas consequências: os que vêm do meio rural vão confrontar-se com
novos desafios dos quais nunca tinham ouvido falar. Com esta brusca mudança até mesmo as
pequenas cidades não estavam preparadas para os acolher, havendo falta de
estruturas para tanta gente.
6
1) De que forma o conceito de qualidade de vida está presente no documentário?
2) Quais as razões da procura para os grandes centros urbanos?
3) Quais terão sido as causas do êxodo rural em Portugal? Que consequências teve nas cidades?
7
OPINIÃO
Planificação do Texto
CAMPO vs CIDADE
Introdução
Opinião pessoal
2) Argumentos/exemplos para
reforçar os aspetos positivos
8
4) Argumentos/exemplos
- DR3: Formular opiniões críticas para
mobilizando saberes vários e competências culturais,
linguísticas e comunicacionais.
reforçar os aspetos negativos
- Critérios de Evidência:
Atuar individual e/ou coletivamente entendendo a língua e sua utilização – língua portuguesa e/ou língua
Síntese
estrangeira das forma
– como ideiasde
apresentadas
intervenção cívica e social e campo de conhecimento científico.
Atuar nas sociedades contemporâneas reconhecendo o papel central dos sistemas de comunicação nas formas
de intervenção e construção da opinião pública mundial.
EQUIPAMENTOS CULTURAIS
Espaços de acolhimento e divulgação – por vezes também de criação – de práticas, bens e produtos
culturais; espaços geridos normalmente pelo governo, pelos municípios, por iniciativa privada ou
ainda por associações comunitárias ou culturais.
9
10
CULTURA
VISITAS VIRTUAIS
Espaços culturais
http://www.museudoscoches.pt/
http:// www.palaciomafra.pt/pt-PT/
conventomenu/ContentList.aspx
guia do
lazer monum
entos _ Púb lico
Longe vão os tempos em que D. João VI, o príncipe regente, se refugiava dentro das colossais paredes
do convento de Mafra, alimentando o seu gosto pela música sacra e mantendo-se assim longe dos
movimentos antimonárquicos que proliferavam pela Europa do século XIX e, dizem as más-línguas,
da sua mulher D. Carlota Joaquina. Nessa altura, Mafra era uma verdadeira cidade real. Hoje, o
gigantesco monumento barroco que alberga o Palácio Nacional, o Convento e a Basílica de Mafra já
não alberga reis, mas continua a valer como uma cidade que parece dominar toda a paisagem
envolvente. (…)
Mas a ideia original para Mafra não previa um investimento tão grandioso como o que viria a ser feito.
A obra foi encomendada por D. João V e consistia num monumento religioso para agradecer a
chegada do seu primogénito. A primeira pedra foi lançada em
1717, mas, à medida que chegavam aos cofres reais mais e mais
riquezas do Brasil, o projeto foi redesenhado, acrescentado, e não
se olhou a despesas para transformar o pequeno monumento
12
naquilo que é hoje: 40 mil metros quadrados de construção com uma fachada de 200 metros de
comprimento e uma altura que atinge os 68 metros nas duas torres; mais de cinco mil portas e cerca de
2500 janelas que escondem numerosas obras artísticas encomendadas pelo monarca à França, Flandres
(de onde chegaram os dois carrilhões de 92 sinos, cujo peso se estima em mais de 200 toneladas) ou
Itália; e uma biblioteca ricamente ornamentada com um acervo de cerca de 35 mil obras.
Não se pode dedicar apenas umas horas a conhecer o recinto - um dia será o período ideal para
descobrir e absorver cada história de cada recanto. À porta da basílica, encontramos um voluntário que
nos irá guiar pelos mistérios do monumento. Com ele as pedras ganham vida, as esculturas e os
relevos parecem mover-se. Porque cada peça carrega consigo as origens dos materiais - as madeiras
oriundas do Brasil, o bronze vindo da Flandres, a pedra comprada em Itália -, os percursos de quem
lhes deu forma, as vidas de quem as financiou.
Uma visita acompanhada dá ainda acesso a zonas reservadas. Gil Mangens, por quem a idade parece
não ter passado quando conta, com um entusiasmo contagiante, como todo aquele projeto foi possível,
está lá todas as tardes de segunda a sexta. Da parte da manhã, outro voluntário encarrega-se do papel
de anfitrião. E é com eles que vamos conhecer o corredor que poderia chamar-se "dos pecados", pelo
facto de ser ali que se encontravam os confessionários masculinos - seis ao todo, três de cada lado; no
corredor, diz-se, fazia-se fila -, que dá acesso à sacristia (as mulheres confessavam-se na basílica, no
corredor lateral). (…)
Em redor da basílica, dispõe-se o palácio, que se desenvolveu a partir dali. Aqui, pode visitar-se a
farmácia, que ainda guarda alguns recipientes de fármacos e instrumentos usados para cirurgias, e o
hospital de onde se podia assistir à missa sem sair da cama. Mas é no andar superior que estão
guardados os maiores tesouros e onde se localizavam os aposentos reais. Cada uma das salas revela os
gostos que a monarquia portuguesa alimentava com o ouro que chegava do Brasil, e depois com as
pedras preciosas que atravessavam o Atlântico.
In http://lazer.publico.pt/monumentos/121113_palacio-nacional-de-mafra
13
A LITERATURA E OS ESPAÇOS CULTURAIS
Memorial do Convento é uma recriação romanesca do ambiente histórico que se viveu à volta da
construção do Convento de Mafra, desde o voto feito por D. João V para que o Céu lhe desse um
herdeiro até à inauguração do majestoso imóvel. Toda a ação de desenrola numa dicotomia um
pouco neorrealista: dum lado, os opressores (Corte e Clero, com seus representantes) e do outro, os
oprimidos (povo e trabalhadores). Sobressai no evoluir desta ação um trio de tipos um tanto
visionários – o par amoroso Baltasar e Blimunda e uma reencarnação do Pe. Bartolomeu Lourenço
(de Gusmão), o inventor da máquina voadora. A visão da época que o romance proporciona é
basicamente materialista e maniqueísta, situando todo o mal nos rotulados opressores, cujos atos e
sentimentos, inclusive os religiosos, indiscriminadamente condena, e situando todo o bem nos
oprimidos.
LÍNGUA
[A PROMESSA]
Cap. I
D. João, quinto do nome na tabela real, irá esta noite ao quarto de sua mulher, D. Maria Ana Josefa, que chegou
há mais de dois anos da Áustria para dar infantes à coroa portuguesa e até hoje ainda não emprenhou. Já se
murmura na corte, dentro e fora do palácio, que a rainha, provavelmente, tem a madre seca, insinuação muito
resguardada de orelhas e bocas delatoras e que só entre íntimos se confia. que caiba a culpa ao rei, nem pensar,
primeiro porque a esterilidade não é mal dos homens, das mulheres sim, por isso são repudiadas tantas vezes, e
segundo, material prova, se necessária ela fosse, porque abundam no reino bastardos da real semente e ainda agora
a procissão vai na praça. (…)
Mas nem a persistência do rei, que, salvo dificultação canónica ou impedimento fisiológico, duas vezes por
semana cumpre vigorosamente o seu dever real e conjugal, nem a paciência e humildade da rainha que, a mais das
preces, se sacrifica a uma imobilidade total.
Depois de retirar-se de si e da cama o esposo, para que se não perturbem em seu gerativo acomodamento os
líquidos comuns, escassos os seus por falta de estímulo e tempo, e cristianíssima retenção moral, pródigos os do
soberano, como se espera de um homem que ainda não fez vinte e dois anos, nem isto nem aquilo fizeram inchar
até hoje a barriga de D. Maria Ana. Mas Deus é grande. (…)
Mas vem agora entrando D. Nuno da Cunha, que é o bispo inquisidor, e traz consigo um franciscano velho. (…)
Retiram-se a uma parte D. João V e o inquisidor, e este diz, Aquele que além está é frei António de S. José, a quem,
falando-lhe eu sobre a tristeza de vossa majestade por lhe não dar filhos a rainha nossa senhora, pedi que
encomendasse vossa majestade a Deus para que lhe desse sucessão, e ele me respondeu que vossa majestade terá
filhos se quiser, e então perguntei-lhe que queria ele significar com tão obscuras palavras, porquanto é sabido que
filhos quer vossa majestade ter, e ele respondeu-me, palavras enfim muito claras, que se vossa majestade
prometesse levantar um convento na vila de Mafra, Deus lhe daria sucessão, (…).
Perguntou el-rei, É verdade o que acaba de dizer-me sua eminência, que se eu prometer levantar um convento em
Mafra terei filhos, e o frade respondeu, Verdade é, senhor, porém só se o convento for franciscano, e tornou el-rei,
14
Como sabeis, e frei António disse, Sei, não sei como vim a saber, eu sou apenas a boca de que a verdade se serve
para falar, a fé não tem mais que responder, construa vossa majestade o convento e terá brevemente sucessão, não o
construa e Deus decidirá. Com um gesto mandou el-rei ao arrábido que se retirasse, e depois perguntou a D. Nuno
da Cunha, É virtuoso este frade, e o bispo respondeu, Não há outro que mais o seja na sua ordem. Então D. João, o
quinto do seu nome, assim assegurado sobre o mérito do empenho, levantou a voz para que claramente o ouvisse
quem estava e o soubessem amanhã cidade e reino, Prometo, pela minha palavra real, que farei construir um
convento de franciscanos na vila de Mafra se a rainha me der um filho no prazo de um ano a contar deste dia em
que estamos, e todos disseram, Deus ouça vossa majestade, e ninguém ali sabia quem iria ser posto à prova, se o
mesmo Deus, se a virtude de frei António, se a potência do rei, ou, finalmente, a fertilidade dificultosa da rainha.
(…)
Vestem a rainha e o rei camisas compridas, que pelo chão arrastam, a do rei somente a fímbria bordada, a da
rainha bom meio palmo mais, para que nem a ponta dos pés se veja, o dedo grande ou os outros, das impudicícias
conhecidas talvez seja esta a mais ousada. D. João V conduz D. Maria Ana ao leito, leva-a pela mão como no baile
o cavaleiro à dama, e antes de subirem os degrauzinhos, cada um de seu lado, ajoelham-se e dizem as orações
acautelantes necessárias, para que não morram no momento do ato carnal, sem confissão, para que desta nova
tentativa venha a resultar fruto, e sobre este ponto tem D. João V razões dobradas para esperar, confiança em Deus
e no seu próprio vigor,(…). Quanto a D. Maria Ana, é de crer que esteja rogando os mesmos favores, se porventura
não tem motivos particulares que os dispensem e sejam segredo do confessionário.
Já se deitaram. (…)
D. Maria Ana estende ao rei a mãozinha suada e fria, que mesmo tendo aquecido debaixo do cobertor logo
arrefece ao ar gélido do quarto, e el-rei, que já cumpriu o seu dever, e tudo espera do convencimento e criativo
esforço com que o cumpriu, beija-lha como a rainha e futura mãe, se não presumiu demasiado frei António de S.
José. (…)
Ainda que insistentemente tranquilizada pelo confessor, tem D. Maria Ana, nestas ocasiões, grandes escrúpulos
de alma. Retirados el-rei e os camaristas, deitadas já as damas que a servem e lhe protegem o sono, sempre cuida a
rainha que seria sua obrigação levantar-se para as últimas orações, mas, tendo de guardar o choco por conselho dos
médicos, contenta-se com murmurá-las infinitamente, passando cada vez mais devagar as contas do rosário, até que
adormece no meio duma ave-maria cheia de graça, ao menos com essa foi tudo tão fácil, bendito seja o fruto do
vosso ventre, e é no do seu ansiado próprio que está pensando, ao menos um filho, Senhor, ao menos um filho.
15
http://ensina.rtp.pt/artigo/memorial-do-convento-de-jose-saramago/
a) Romance histórico
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c) Romance de espaço
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[A EPOPEIA DA PEDRA]
Cap. XIX
Estava Baltasar há pouco tempo nesta sua nova vida, quando houve notícia de que era preciso ir a Pêro Pinheiro
buscar uma pedra muito grande que lá estava, destinada à varanda que ficará sobre o pórtico da igreja, tão
excessiva a tal pedra que foram calculadas em duzentas as juntas de bois necessárias para trazê-la, e muitos os
homens que tinham de ir também para as ajudas. Em Pêro Pinheiro se construíra o carro que haveria de carregar o
calhau, espécie de nau da Índia com rodas, isto dizia quem já o tinha visto em acabamentos e igualmente pusera os
olhos, alguma vez, na nau da comparação. Exagero será, decerto, melhor é julgarmos pelos nossos próprios olhos,
com todos estes homens que se estão levantando noite ainda e vão partir para Pêro Pinheiro, eles e os quatrocentos
bois, e mais de vinte carros que levam os petrechos para a condução, convém a saber, cordas e calabrês 1, cunhas2,
alavancas, rodas sobressalentes feitas pela medida das outras, eixos para o caso de se partirem alguns dos
primitivos, escoras3 de vário tamanho, martelos, torqueses, chapas de ferro, gadanhas para quando for preciso
cortar o feno dos animais, e vão também os mantimentos que os homens hão-de comer, fora o que puder ser
comprado nos lugares, um tão numeroso mundo de coisas carregando os carros, que quem julgou fazer a cavalo a
viagem para baixo, vai ter de fazê-la por seu pé, nem é muito, três léguas para lá, três para cá, é certo que os
caminhos não são bons, mas tantas vezes já fizeram os bois e os homens esta jornada com outros carregos, que só
de pôr no chão a pata e a sola logo veem que estão em terra conhecida, ainda que custosa de subir e perigosa de
descer. Daqueles homens que conhecemos no outro dia, vão na viagem João Pequeno e Baltasar, conduzindo cada
qual sua junta, e, entre o pessoal peão, só para as forças chamado, vai o de Cheleiros, aquele que lá tem a mulher e
16
os filhos, Francisco Marques é o nome dele, e também vai o Manuel Milho, o das ideias que lhe vêm e não sabe
donde. Vão outros Josés, e Franciscos, e Manuéis, e serão menos os Baltasares e haverá Joões, Álvaros, Antónios e
Joaquins, talvez Bartolomeus, mas nenhum o tal, e Pedros, e Vicentes, e Bentos, Bernardos e Caetanos, tudo quanto
é nome de homem vai aqui, tudo quanto é vida também, sobretudo se atribulada, principalmente de miserável, já
que não podemos falar-lhes das vidas, por tantas serem, ao menos deixemos os nomes escritos, é essa a nossa
obrigação, só para isso escrevemos, torná-los imortais, pois aí ficam*, se de nós depende, Alcino, Brás, Cristóvão,
Daniel, Egas, Firmino, Geraldo, Horácio, Isidro, (...), uma letra de cada um para ficarem todos representados,
porventura nem todos estes nomes serão os próprios do tempo e do lugar, menos ainda da gente, mas, enquanto não
se acabar quem trabalhe, não se acabarão os trabalhos, e alguns deste serão o futuro de alguns daqueles, à espera de
quem vier a ter o nome e a profissão. De quantos pertencem ao alfabeto da amostra e vão a Pêro Pinheiro, pese-nos
deixar ir sem vida contada aquele Brás que é ruivo e Camões do olho direito, não tardaria que se começasse a dizer
que isto é uma terra de defeituosos, um marreco, um maneta, um zarolho, e que estamos a exagerar a cor da tinta,
que para heróis se deverão escolher os belos e formosos, os esbeltos e escorreitos 4, os inteiros e completos, assim o
tínhamos querido, porém verdades são verdades, antes se nos agradeça não termos consentido que viesse à história
quanto há de belfos5, e tartamudos6, de coxos (...) que está saindo da vila de Mafra, ainda madrugada, o que vale é
que de noite todos os gatos são pardos e vultos todos os homens, se Blimunda tivesse vindo à despedida sem ter
comido o seu pão, que vontade veria em cada um, a de ser outra coisa.
1
corda grossa, cabo;
2
peça de ferro ou madeira que serve para rachar lenha, fender pedra;
3
peça que ampara ou sustém outra;
4
que não tem defeito;
5
que tem o beiço inferior mais saliente do que o superior;
6
aquele que tem dificuldade em falar, gago.
17
C.1 – Responda às questões que se seguem:
1. Comprove, através de expressões dos textos, o carácter excessivo das tarefas que os trabalhadores
vão ter que executar (texto B).
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___________________________________________________________________
2. Evidencie a intenção do narrador ao usar um nome próprio para cada letra do alfabeto (texto A).
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3. Explicite o sentido do trocadilho: “enquanto não se acabar quem trabalhe, não se acabarão os
trabalhos (texto A).”
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4. Explique as razões apontadas pelo narrador para não escolher “para heróis” “os belos e formosos, os
esbeltos e escorreitos, os inteiros e os completos.” (texto A)
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6. Explique a relação de analogia que se estabelece entre alguns homens e os animais que vão no
“cortejo” (texto B).
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18
D - Leia excertos do capítulo XXI da obra “Memorial do Convento” de José Saramago:
[A SAGRAÇÃO DO CONVENTO]
Cap. XXI
1- Refira o efeito de sentido produzido com a utilização do conector “Enfim” com que se inicia o
excerto.
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________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
3- Explique a crítica ao clero apresentada no texto, fundamentando as suas afirmações com exemplos
significativos.
19
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________________________________________________________________________
COMUNICAÇÃO
- Leia o texto sobre um dos espaços culturais mais relevantes da história da humanidade:
Responda aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que lhe são dadas.
20
1. Associe cada uma das frases que referem uma situação (coluna A) a um local da Bibliotheca
Alexandrina onde cada situação poderia acontecer (coluna B). Escreva, em cada espaço da coluna A, a
letra correspondente da coluna B, de acordo com a informação dada no texto. Cada letra da coluna B
pode ser utilizada mais do que uma vez.
Siga o exemplo.
2. Assinale com X, de 2.1. a 2.5., a única opção que completa cada frase de acordo com o sentido do
texto.
21
2.3. Na linha 8, a expressão «como, por exemplo,» introduz uma
……comparação.
……enumeração.
……metáfora.
……personificação.
……«os visitantes que não se movem por qualquer finalidade de investigação» (linha 14).
ATIVIDADE:
2) Apresente um espaço cultural que faça parte da história da sua região e justifique a sua
importância.
3) Identifique dois espaços verdes (urbanos) com relevância na sua área de residência.
22
5) Descreva detalhadamente um local ideal para viver, selecionando os equipamentos culturais
(espaços verdes, zonas de lazer e espaços culturais) que considera mais importantes.
6) Num texto cuidado, reflita sobre a importância dos equipamentos culturais que escolheu,
quer a nível pessoal quer para a sociedade em geral, salientando o seu contributo para
uma melhor qualidade de vida.
23
- DR4: Relacionar mobilidades e fluxos migratórios com a disseminação de patrimónios linguísticos e culturais e
seus impactos
- Critérios de Evidência:
• Atuar compreendendo as causas económicas, políticas e culturais dos fluxos migratórios das populações e reconhecendo a
importância do multiculturalismo para a diversidade da oferta cultural.
• Atuar individual e coletivamente na defesa do património linguístico comum da língua portuguesa e do seu papel e lugar no mundo,
compreendendo a sua importância económica, histórica e cultural, a par com outras línguas.
• Atuar no mundo global, tendo em conta que a língua é um elemento essencial do funcionamento das sociedades e das relações entre
as pessoas de diferentes origens sociais e culturais, e um fator indiscutível de integração.
CULTURA
24
2) Migração
25
MULTICULTURALISMO
Sociedade e diversidade cultural
26
Existem três grandes atitudes perante a diferença entre culturas, designadamente o etnocentrismo, o
relativismo cultural e o interculturalismo.
27
ATIVIDADE:
ETNOCENTRISMO
1) 1)
2) 2)
3) 3)
RELATIVISMO CULTURAL
1) 1)
2) 2)
3) 3)
INTERCULTURALISMO
1) 1)
2) 2)
3) 3)
28
29
COMUNICAÇÃO
30
Bibliografia:
Gramática de Português - 3º ciclo e ensino Secundário - Vasco Moreira, Hilário Pimenta, Porto
Editora
Mensagens, Português 12º ano, Célia Cameira, Ana Andrade, Salomé Raposo, Texto Editora
Plural, 11, Elisa Costa Pinto, Paula Fonseca, Vera Saraiva Baptista, Lisboa Editora
Netgrafia:
https://ec.europa.eu/regional_policy/archive/consultation/terco/pdf/4_organisation/134_1_apg_pt.pdf
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/817/6/Parte%20II.pdf
31