DNS e WINS

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Enoque Américo Chitsumba

Licenciatura em Engenharia Informática e Tecnologias

Serviços de Rede Domain Name System  (DNS) e Windows Internet


Name Service (WINS)

Universidade Metodista Unida de Moçambique

Cambine, Agosto de 2023


Enoque Américo Chitsumba

Administração de sistemas Informáticos

Serviços de Rede Domain Name System  (DNS) e Windows Internet


Name Service (WINS)

Trabalho investigativo a ser apresentado


na faculdade de Engenharia Informática
na cadeira de Administração de
Sistemas com fins avaliativos.

Docente: Jean Marie

Universidade Metodista Unida de Moçambique

Cambine, Agosto de 2023


Índice
1. Introdução...................................................................................3

2. Serviços de Rede Domain Name System (DNS) e Windows Internet Name Service
(WINS).............................................................................................4

2.1. DNS.........................................................................................4

2.1.1. Fundamentos do DNS............................................................4

2.1.2. Tipos de serviço DNS.............................................................5

2.1.3. Hierarquia dos Servidores DNS.................................................5

2.1.4. Métodos de resolução: iterativo e recursivo.................................7

2.2. WINS (Windows Internet Name Service)..............................................8

2.2.1. Características básicas do WINS.....................................................8

2.3. Considerações Finais...................................................................10

3. Bibliografia.................................................................................11
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1. Introdução

A humanidade pode ser identificada de diversas maneiras, por exemplo, pelo nome
número de BI registado na identificação civil. A Autoridade Tributária identifica os
indivíduos por meio do NUIT que é um número único de identificação tributária. A
instituição financeira (banco) pelo número da conta e assim por diante. Assim da
mesma forma os hostsname (hospedeiros) e os dispositivos (computadores,
roteadores, etc) na internet são identificados por meio do número de IP (Internet
Protocol), melhor elucidado no decorrer deste artigo. Toda a comunicação na rede
é feita por endereço IP. Ao digitar o endereço IP do site no browser do navegador,
no lugar do nome de domínio do site o acesso é efectuado normalmente. O uso de
nome de páginas para aceder a internet é uma das facilidades proporcionadas pelo
DNS, protocolo que traduz os nomes digitados para números IP, sem a necessidade
de decorar os endereços IP das páginas.

No ambiente de redes, existem alguns recursos que são utilizados e facilitam muito
a nossa vida, mas nem os percebemos. Um deles é o protocolo DHCP, do inglês
Dynamic Host Configuration Protocol (que ficaria, em português, algo como
Protocolo de Configuração Dinâmica de Endereços de Rede), é um protocolo
utilizado em redes de computadores que permite às máquinas obterem um
endereço IP automaticamente.

Este protocolo começou a ganhar terreno aproximadamente em Outubro de 1993,


sendo o sucessor do BOOTP que, embora seja mais simples, tornou-se muito
limitado para as exigências atuais.

O presente trabalho irá debruçar sobre o Servidor de nomes de domínios (DNS) e o


Dynamic Host Configuration Protocol (DHCP), onde irá se falar das suas
características e sua implementação num servidor assim como seu funcionamento.
Este foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica, que embasa teórica e
empiricamente o estudo, autores renomados e conceituados da área de tecnologia
da informação e fontes de meio electrónico, para dar embasamento teórico à
pesquisa foram consultados.
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2. Serviços de Rede Domain Name System (DNS) e Windows Internet Name

Service (WINS)

2.1. DNS

O DNS é formado por um sistema aprimorado que determina através de um


protocolo da camada de aplicação dos modelos Open Systems Interconnection (OSI)
e Transmission Control Protocol (TCP), a responsabilidade de administrar nomes de
máquinas e endereços IP na rede e na internet. Ele é um exemplo de sistemas
distribuídos de dimensões mundiais, pois é sobre a sua plataforma de resolução de
nomes que toda a internet atua (Carissim etal., 2009).

O protocolo DNS é uma aplicação que associa o nome simbólico www de um site ao
seu endereço IP de forma a encaminhar os dados para ele. Essa aplicação é
processada em servidores, ao digitar o nome de um site que deseja aceder, esta
aplicação converte por meio de tabelas o nome para endereço IP correspondente e
encaminha os dados para esse endereço. O servidor DNS é um banco de dados
(tabelas), com os nomes dos sites e os seus respectivos endereços IP (Costa, 2006).

2.1.1. Fundamentos do DNS


Todos os computadores da internet, abrangendo de smartphones ou laptops a
servidores que distribuem conteúdo para grandes websites do comércio, se
encontram e se comunicam entre si usando números. Esses números são conhecidos
como endereços IP. Ao abrir um navegador e aceder um site, não se precisará
lembrar-se de um longo número nem digitá-lo. Em vez disso, poderá se informar
um nome de domínio, como exemplo.com, e ainda assim encontrar o que deseja.

Um serviço DNS, como o Amazon Route 53, é um serviço globalmente distribuído


que converte nomes legíveis por humanos, como www.exemplo.com, em endereços
IP numéricos, como 192.0.2.1, usados pelos computadores para se conectarem
entre si. O sistema DNS da internet funciona praticamente como uma agenda de
telefone ao gerenciar o mapeamento entre nomes e números. Os servidores DNS
convertem solicitações de nomes em endereços IP, controlando qual servidor um
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usuário final alcançará quando digitar um nome de domínio no navegador da web.


Essas solicitações são chamadas consultas.

De acordo com a RFC 1034 (1987), o DNS é um sistema de domínio expansível,


continuamente desenvolvido, implementado, acrescentado de novos dados, tipos
de consultas, funções, classes, etc, entretanto o protocolo original mantém-se
inalterável, todas as alterações criadas são extensões do DNS em outras RFCs.
Basicamente o DNS pode ser visto como um resolvedor de nomes, que serve para
mapear os nomes em endereços IP e vice-versa.

2.1.2. Tipos de serviço DNS


DNS autoritário: um DNS autoritário disponibiliza um mecanismo de actualização
que os desenvolvedores usam para gerenciar seus nomes DNS públicos. Em seguida,
ele responde a consultas do DNS, convertendo nomes de domínio em endereço IP
de forma que os computadores possam se comunicar entre si. O DNS autoritário
tem a autoridade final sobre o domínio, além de ser o responsável pela
disponibilização de respostas para os servidores DNS recursivos com informações de
endereço IP.

DNS recursivo: geralmente, os clientes não fazem consultas directamente para os


serviços DNS autoritários. Em vez disso, eles se conectam de modo geral a outro
tipo de serviço DNS conhecido como resolvedor ou serviço DNS recursivo. Um
serviço DNS recursivo age como o concierge de um hotel: embora não tenha
nenhum registro DNS, ele atua como um intermediário que pode obter informações
de DNS por você. Se um DNS recursivo tiver a referência do DNS armazena em
cache, ou armazenada durante um período, ele responderá a consulta do DNS ao
disponibilizar as informações sobre a origem ou o IP. Caso contrário, ele
encaminhará a consulta para um ou mais servidores DNS autoritários para encontrar
as informações.

2.1.3. Hierarquia dos Servidores DNS


Nas palavras de Kurose (2010), o DNS é denominado descentralizado e distribuído
porque suas tabelas de mapeamento de nomes são distribuídas por diversos
servidores, espalhados pelo mundo, cada um contendo uma parte da tabela. Estes
servidores possuem réplicas distribuídas para evitar uma pane geral na internet
caso um deles venha a falhar. Os servidores são distribuídos hierarquicamente em
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três classes: servidores de nome raiz, servidores DNS de domínio de alto nível (top-
level domain –TLD) e servidores DNS com autoridade, discriminados a seguir e
mostrados na Figura 01 (Kurose, 2010).

Figura 1 Hierarquia de domínios

Fonte: Kurose (2010).

Servidores de nomes raiz- são 13 servidores principais no mundo, sendo que


dez deles estão localizados nos Estados Unidos, dois na Europa e um na Ásia,
com centenas de réplicas espalhadas pelo mundo, inclusive no Brasil. Esses
servidores possuem a referência para todos os outros tipos e são
responsáveis por iniciar a hierarquia (Kurose, 2010);
Servidores de domínio de alto nível (TLD) - são os responsáveis pelos
domínios de alto nível como: org, net, edu e gov. E composto por domínios
de países (Kurose, 2010);
Servidores DNS com autoridade – São servidores gerenciados principalmente
por universidades e grandes empresas ou corporações que preferem a opção
de montar seu próprio servidor DNS para acolher seus registros e adquirir
registros de algum servidor de autoridade ou serviço (Kurose, 2010);
Servidor DNS local- não pertence a hierarquia de servidores, é mantido por
ISP’S e funciona como um Proxy DNS (Kurose, 2010).

Os servidores são organizados hierarquicamente, de forma que cada um deles


tenha como ascendente um servidor raiz. As informações do espaço de nomes são
distribuídas entre os servidores, cada um tem jurisdição da sua zona. Um servidor
principal, cria, mantém e actualiza suas informações, enquanto o secundário
recebe informações do principal. O servidor raiz é o responsável pelo serviço
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principal de resolução de nomes e o servidor primário fica responsável pela


resolução de domínios solicitada dentro da hierarquia (Forouzan, 2011).

2.1.4. Métodos de resolução: iterativo e recursivo


Com as três classes de servidores DNS, já é possível resolver qualquer requisição
DNS. Basta fazer uma requisição a um servidor raiz, e esse retornará o endereço do
servidor de topo responsável. Então repete-se a requisição para o servidor de topo,
que retornará o endereço do servidor autoritário ou algum intermediário. Repete-
se a requisição aos servidores intermediários (se houver) até obter o endereço do
servidor autoritário, que finalmente retornará o endereço IP do domínio desejado
(RFC 1034, 1987).

Repare que essa solução não resolve um dos problemas de escalabilidade


completamente: os servidores raiz tem que ser acedidos uma vez para cada
requisição que for feita em toda a internet. Esses servidores também podem estar
muito longe do cliente que faz a consulta. Além disso, para resolver cada
requisição, são precisas várias consultas, uma para cada servidor na hierarquia
entre a raiz e o autoritário.

Esta forma de resolver consultas é chamada de iterativa ou não-recursiva: cada


servidor retorna ao cliente (ou ao servidor local requisitante, como explicado
adiante) o endereço do próximo servidor no caminho para o autoritário, e o cliente
ou servidor local fica encarregado de fazer as próximas requisições.

Há também o método recursivo: o servidor pode se responsabilizar por fazer a


requisição ao próximo servidor, que fará a requisição ao próximo, até chegar ao
autoritário, que retornará o endereço desejado, e esse endereço será retornado
para cada servidor no caminho até chegar ao cliente. Esse método faz com que o
cliente realize apenas uma consulta e receba directamente o endereço desejado,
porém aumenta a carga dos servidores no caminho. Por isso, servidores podem se
recusar a resolver requisições recursivas.
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2.2. WINS (Windows Internet Name Service)

O termo "WINS" pode ter diferentes significados em contextos diversos, mas


comumente está relacionado ao protocolo de resolução de nomes NetBIOS
(Network Basic Input/Output System). O protocolo WINS (Windows Internet Name
Service) é usado para mapear nomes NetBIOS em endereços IP em redes locais
(Microsoft, 2023). Este protocolo é uma extensão do NetBIOS e foi desenvolvido
pela Microsoft. Ele permite que dispositivos em uma rede local sejam identificados
por nomes NetBIOS em vez de endereços IP. O WINS é usado principalmente em
redes Windows mais antigas para facilitar a resolução de nomes.

2.2.1. Características básicas do WINS

De acordo com o site oficial da Microsoft, o WINS possui várias características


principais, que o tornam relevante em determinados contextos, especialmente em
redes legadas ou ambientes onde ainda se faz uso do protocolo NetBIOS. Assim,
podemos destacar algumas:

 Resolução de Nomes NetBIOS – O WINS é usado para resolver nomes NetBIOS


em endereços IP. Ele permite que dispositivos em uma rede local sejam
identificados por nomes NetBIOS, em vez de endereços IP, facilitando a
comunicação em redes Windows.

 Suporte a Redes Locais - O WINS é projetado para ser usado em redes locais,
como LANs (Local Area Networks). Ele não é uma tecnologia projetada para
uso na internet, pois é mais adequado para identificar dispositivos em uma
rede local.

 Compatibilidade com NetBIOS - O WINS é uma extensão do protocolo NetBIOS


e é usado para resolver nomes NetBIOS em redes Windows. Isso é
especialmente relevante em ambientes mais antigos ou redes legadas que
ainda dependem do NetBIOS para a comunicação.

 Armazenamento de Registros - O WINS mantém um banco de dados de


registros que mapeiam nomes NetBIOS para endereços IP. Essa base de dados
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é atualizada à medida que novos dispositivos se juntam à rede ou alteram


seus endereços IP.

 Redução de Tráfego Broadcast - Uma das principais vantagens do WINS é a


redução do tráfego de broadcast na rede. O NetBIOS usa broadcast para
resolver nomes, o que pode causar tráfego excessivo em redes maiores. O
WINS oferece uma solução mais eficiente, substituindo os broadcasts pelo
uso de consultas e respostas direcionadas.

 Suporte à Migração - O WINS permite que as redes migrem gradualmente de


sistemas legados para sistemas mais modernos de resolução de nomes, como
o DNS. Isso é útil em ambientes onde a transição completa para o DNS pode
ser demorada.

 Administração Centralizada - O WINS é administrado centralmente, o que


facilita o gerenciamento das resoluções de nomes na rede.
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2.3. Considerações Finais

A utilização do Protocolo DNS é fundamental para o funcionamento da internet e


das redes locais. Desde sua implementação tem sido divulgadas extensões RFCs,
que complementam e tornam este protocolo completo. O DNS é um banco de dados
distribuído e hierárquico estruturado de forma que a sua expansão seja ilimitada e
que a adição de novos servidores não degrade e nem comprometa seu
funcionamento. O DNS possui segurança vulnerável, mas para melhorar a sua
segurança, garantir a integridade e autenticidade dos dados, já foram criadas
extensões seguras como o DNSSEC.

Por outro lado, O serviço WINS é um serviço herdado de registro e resolução de


nomes de computadores que mapeia nomes NetBIOS de computadores para
endereços IP.
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3. Bibliografia

Costa, Daniel Gouveia. DNS: Um Guia Para Administradores De Rede. Rio De


Janeiro: Brasport, 2006.

Forouzan, Behrouz A. Protocolo TCP/IP.Trad. De João Eduardo Nóbrega Tortello. 3.


Ed. Porto Alegre: Amgii. 2010.

Kurose, James, F. Redes De Computadores E A Internet: Uma Abordagem Top-


Down. Kurose. Trad. De Opportunity Translations. 5. Ed. São Paulo: Addison
Wesley, 2010.

Microsoft. (09 de Março de 2023). Serviço de Cadastramento na Internet do


Windows (WINS). Fonte: Microsoft: https://learn.microsoft.com/pt-br/windows-
server/networking/technologies/wins/wins-top

Olsen, Diogo, Roberto. Redes De Computadores. Curitiba: Editora Do Livro


Técnico, 2010.

RFC 1034. Domain Names – Concepts End Facilities. Network Working Group, P.
Mockapetris.1987.

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