Psicopedagogia catequética: Reflexões e vivências para a catequese conforme as idades -Vol. 2 - Adolescentes e jovens
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Psicopedagogia catequética - Eduardo Calandro
CAPÍTULO I
O UNIVERSO DA ADOLESCÊNCIA E DA JUVENTUDE
Para início de conversa
Outro dia, participando de um debate sobre o tema Adolescências e juventudes
, Catarina, de 14 anos, pediu a palavra e, questionando as pessoas presentes na reunião, disse mais ou menos o seguinte: Eu não gosto quando os adultos usam o termo ‘adolescências’ para se referir a nós, porque com isso desaparece aquilo que estamos sentindo, passando nesta fase da vida, as dificuldades que vivemos, as habilidades que temos, e muitos olham para nós como alguém em crise somente, e até nos chamam de ‘aborrecentes’. Não gosto quando falam de nós como pessoas que não assumem compromissos, que não contribuem com o hoje e com o futuro. Eu odeio isso
.
Essa adolescente fazia referência à compreensão mais ou menos universal da adolescência como uma etapa, uma fase da vida do indivíduo, intermediária entre a infância e o mundo adulto, que, necessariamente, será ultrapassada e que é vista com certo descrédito ou com depreciação daquilo que está sendo vivenciado. As emoções, sensações e experiências vividas pelos adolescentes teriam algo de provisório, algo de transitório em direção ao comportamento mais estável e previsível quando amadurecerem
um pouco mais.
Sabemos que existem ainda presentes muitos rótulos e preconceitos com relação à adolescência e à juventude. Muitas vezes, observam-se os adolescentes e jovens como pessoas rebeldes sem responsabilidades, sem compromisso. Vejamos alguns desses preconceitos, com atenção ao ano em que foram pronunciados.
Em 470-399 a.C., Sócrates dizia: Nossa juventude (…) é mal-educada, zomba da autoridade e não tem nenhuma espécie de respeito para com os mais velhos. Nossas crianças de hoje (…) não se levantam quando um ancião entra numa sala, respondem a seus pais e tagarelam em lugar de trabalhar. São simplesmente más
.
Em 720 a.C., Hesíodo afirmava: Não tenho nenhuma esperança para o futuro de nosso país, se a juventude de hoje lhe assumir o comando amanhã, porque essa juventude é insuportável, sem compostura, simplesmente terrível
.
Um sacerdote egípcio, em 2000 a.C., dizia: Este mundo atingiu um estágio crítico. As crianças não escutam mais seus pais. O fim do mundo não pode estar longe
.
E um escrito num jarro de argila nas ruínas de Babilônia de mais ou menos 3000 a.C. afirmava que a juventude está corrompida até o mais profundo do coração. Os jovens são malfeitores e preguiçosos. Não serão nunca como a juventude de antigamente. Os de hoje não serão capazes de manter nossa cultura
.
Acreditamos que, ao ler essas afirmações preconceituosas acima, você chegou ao riso espontâneo. Perceba que não mudaram muito as formulações de rótulos para com os nossos adolescentes e nossa juventude. Cabe a nós que abraçamos a evangelização dessa faixa etária investir na conscientização para superar as discriminações sociais.
No entanto, para aprofundarmos o universo da adolescência e da juventude, necessitamos compreendê-las dentro das dimensões cognitivas, sociais, culturais, psicológicas e espirituais. Precisamos estar inseridos no contexto da atual sociedade em que nossa adolescência e juventude foram geradas.
1. Definindo os termos adolescência
e juventude
Ao nos referirmos à adolescência e à juventude, é necessário ter presentes as mudanças no domínio biológico, cognitivo, psicológico-afetivo, social e espiritual que ocorrem nessa fase da vida, que devem ser consideradas separadamente, embora tudo ocorra de forma integral. Contudo, é preciso ter presente o papel predominante que cada dimensão exerce em determinado período da vida.
Os limites cronológicos da adolescência e da juventude variam e, se é fácil definir biologicamente o início da adolescência com a puberdade, já é mais complicado situar seu término, pois este se baseia em critérios mais sociais e culturais do que psicobiológicos e, como tal, mais variáveis. Assim, não se pode definir rigorosamente qual é a duração da adolescência, que varia de pessoa para pessoa. Faremos uma tentativa de delimitação cronológica com base nas políticas