Minas do Sul: Espaço e Política no Século XIX
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Minas do Sul - Pérola Maria Goldfeder Borges de Castro
APRESENTAÇÃO
Este livro foi originalmente apresentado como dissertação de mestrado no Departamento de História do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Ouro Preto, em novembro de 2012. Na sua publicação como livro, optamos por manter a estrutura de capítulos e as discussões teórico-metodológicas mais próximas do texto original, não obstante algumas alterações e adendos que passamos a explicar.
Primeiramente, no que diz respeito a um dos conceitos-chave do estudo: o espaço. Na versão original desse trabalho, analisamos esse elemento sob a égide do paradigma corográfico, termo de origem grega empregado no século XIX para designar a descrição pormenorizada de um objeto espacial. Como esse termo caiu hoje em desuso, podendo se prestar a equívocos e incompreensões, decidimos substituí-lo pela denominação mais genérica de representações espaciais. Também evitamos aprofundar discussões relativas às diferenças conceituais entre as diversas modalidades de representação do espaço, tais como corografia, topografia e geografia, presentes no texto original.
Outra alteração digna de nota foi a inserção, no terceiro capítulo, de dados relativos à composição social dos peticionários que assinaram as representações enviadas ao governo provincial paulista entre 1853 e 1854, em favor da anexação da comarca do Sapucaí ao território de São Paulo. A análise desses dados foi originalmente desenvolvida em um artigo que apresentamos para o cumprimento de créditos na disciplina Revoluções, revoltas, motins e estratégias de sobrevivência: homens livres pobres, libertos e escravos no Império do Brasil
, ministrada pela Professora Mônica Duarte Dantas no Programa de Pós-Graduação em História Social da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, no primeiro semestre de 2014. Embora reconheçamos o caráter inacabado desse exercício, optamos por inseri-lo no corpo do livro por acreditarmos que ele possa sinalizar novas sendas de análise que restam ser exploradas no âmbito da história regional.
Nesse momento, convém apontar o que consideramos uma lacuna significativa nesse estudo: a ausência de uma análise bem fundamentada sobre a relação entre representatividade política regional, projetos de provincialização e finanças públicas municipais. A importância desse último aspecto nos foi apresentada pela Professora Luciana Suarez Lopes no âmbito da disciplina Fiscalidade no Brasil: Colônia e Império
, por ela ministrada no Programa de Pós-Graduação em História Econômica da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, no segundo semestre de 2015. Com base nas reflexões provocadas por essa professora, podemos estimar, hoje, como as ações representativas da municipalidade campanhense podem ter sido motivadas por questões de ordem fiscal, tais como necessidade de maior fonte de renda para cumprir com as despesas públicas básicas e perspectiva de arrecadar impostos, caso se tornasse a capital administrativa da província sul-mineira. Como a confirmação dessas hipóteses demandaria pesquisa e tratamento sistemático dos dados presentes nos balanços financeiros municipais, atividades que não estavam no plano original da obra, optamos por reservar para momento mais oportuno a revisão de tais questões.
Algumas perspectivas instigantes nos foram abertas por este estudo: cremos que as relações intermunicipais entre Campanha, as sedes das outras comarcas sul-mineiras (Pouso Alegre e Três Pontas) e Lavras restam ser melhor esquadrinhadas, visto que podem revelar novos conflitos e emulações, mas também alianças políticas inusitadas. A maneira como os projetos de provincialização reverberaram em outras instâncias de poder, como o Senado Imperial e a Assembleia Legislativa de São Paulo, também é um aspecto da pesquisa que buscaremos desenvolver em estudos posteriores.
Outra senda de pesquisa que nos parece promissora são as políticas municipais de gestão dos terrenos em que foram descobertas fontes de águas minerais, mais especificamente nos distritos de Lambarí (atual Jesuânia), Águas Virtuosas (atual Lambarí) e Cambuquira. Ao que tudo indica, a preocupação da Câmara de Campanha com a manutenção das estâncias balneárias e a incorporação desses novos espaços ao termo municipal foi um dos motivos que levou essa municipalidade a reivindicar veementemente a provincialização. Vale observar que esse tema encontra-se diretamente relacionado à questão das finanças municipais, pois, o que estava em jogo, naquele momento, era o repasse de verbas provinciais para esse empreendimento que tanto custava aos cofres públicos campanhenses.
Resta-nos dizer que os manuscritos e impressos de época citados no texto foram, todos, atualizados de acordo com a norma ortográfica vigente, respeitando-se, todavia, o emprego de maiúsculas, sinais gráficos e termos estrangeiros quando esses apareciam nos textos originais. Pequenas frases em latim ou em francês, citadas nos periódicos analisados, foram traduzidas para a língua portuguesa em notas de rodapé. Ademais, buscou-se eliminar, tanto quanto possível, o excesso dessas notas que, necessárias para as formalidades do trabalho acadêmico, poderiam tornar a leitura cansativa.
Gostaríamos, por fim, de reiterar o agradecimento a tantos colegas e professores que cooperaram na publicação deste livro e esclarecer que os erros e omissões são de inteira responsabilidade da autora.
Pérola Maria Goldfeder Borges de Castro
Sorocaba, 3 de julho de 2016.
PREFÁCIO
Política e identidade na construção do território sul-mineiro
Entre os meses de janeiro e março de 1892 um movimento separatista oriundo da cidade de Campanha decretou a constituição de um novo estado, o Minas do Sul, na recém-proclamada República brasileira. O movimento que estava sediado naquela cidade, em 31 de janeiro de 1892, convocou a população campanhense para comparecer à Praça 13 de Maio, junto ao Largo das Dores, para o ato oficial de fundação do estado. Entre as lideranças do movimento estavam Martiniano da Fonseca Reis Brandão, engenheiro natural da cidade, e Fernando Lobo Leite Pereira, Ministro do Exterior de Floriano Peixoto e responsável pela publicação do jornal Minas Livre. A constituição do novo estado, entretanto, foi abortada e esquecida pela História. Mas, apesar de uma existência efêmera, a proposição de um governo autônomo requeria das elites locais sul-mineiras um sentimento de identidade que somente poderia ser efetivada por meio da criação de uma história regional que a legitimasse.
A dissertação de mestrado de Pérola, defendida em 2012 no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Ouro Preto e agora publicada pela Paco Editorial, cumpre com o papel de encontrar o percurso identitário da elite sul-mineira durante o século XIX: por meio de uma completa revisão, de um lado, das obras cartográficas, compêndios geográficos e demais representações do espaço brasileiro, e de outro lado dos projetos políticos-regionais oitocentistas, a autora faz uma reconstrução do processo de edificação da região sul-mineira por parte da elite política e intelectual de Campanha. A construção da imagem do sul de Minas como unidade autônoma teve origem, ainda na primeira metade do século XIX, com a reivindicação de que a comarca do Sapucaí se transformasse numa nova província, divorciando-se de Minas Gerais. Tal projeto foi apresentado para o Senado Imperial já em 1843: Minas do Sul, como se consolidou o nome do que seria nova província, cumpriria com o papel de se contrapor ao sistema de divisão territorial formulado pelo Império – vitorioso no processo de centralização política, após a repressão ao movimento liberal de 1842. Representava, portanto, um projeto dessa elite regional em busca de maior autonomia e que se legitimaria a partir de uma narrativa própria, reiterada em outros tantos projetos de emancipação tratados pela autora, tais como os de 1854, 1862, 1868 e 1884.
Se a historiografia deu pouca atenção para esse sentimento separatista e para os projetos de emancipação do sul de Minas, tal conclusão não pode ser tomada para a importância da região dentro da História política e econômica brasileira. Não é de hoje que o sul de Minas Gerais oitocentista se apresenta como uma região historicamente rica em experiências econômicas, políticas e culturais. Sua dinâmica comercial foi usada como contraprova ao argumento de uma decadência mineira na primeira metade do século XIX; sua elite escravista, fundada na produção de gêneros de abastecimento, as tropas da moderação, teria decisiva expressão na política imperial antes da ascensão dos saquaremas ao poder; assim como, a posição estratégica da região na comunicação das províncias do Rio de Janeiro e São Paulo e da área central de Minas Gerais, permitiu o desenvolvimento de uma dinâmica econômica entre a economia exportadora cafeeira e o comércio de abastecimento ao longo da segunda metade do século XIX.
O centro político e intelectual desse território em disputa, na primeira metade do século XIX, era a cidade de Campanha. Como bem retratada por Marcos Ferreira Andrade em sua obra Elites regionais e a formação do Estado imperial brasileiro: Minas Gerais – Campanha da Princesa (1799-1850), a cidade era a expressão da elite escravista e desse novo e poderoso grupo econômico, com relevante articulação política com a corte. Pérola reforça essa imagem, considerando Campanha o núcleo civilizador de uma vasta e rica região, que assumia crescente expressão econômica e política na sociedade imperial nas primeiras décadas do século XIX.
A reivindicação separatista dessa elite regional sul-mineira tornava Minas Gerais um microcosmo do ambiente político nacional. Assim como o vasto e diverso território do Império brasileiro, vale recuperar a imagem de João Guimarães Rosa para aquele território marcado por diferentes dinâmicas econômicas e com articulações comerciais voltadas mais da fronteira para fora do que para dentro da província: em síntese, Minas são muitas
. Assim, a emancipação do sul de Minas faria parte de um jogo de construção da carta política do Império na década de 1850, quando seriam criadas as províncias do Amazonas (1850) e do Paraná (1853), sendo que esta última como desmembramento de São Paulo e com participação dos políticos mineiros. Mas a separação da região sul da província de Minas Gerais aparecia também como instrumento de um revanchismo paulista. Os paulistas buscariam a anexação da comarca do Rio Sapucaí à província de São Paulo, tendo como justificativa velada a compensação da fragmentação do território paulista com a constituição do Paraná, e como pretexto oficial a suposta identidade entre as duas regiões separadas pelas serras da Mantiqueira.
Nesse sentido, a questão da unidade-identidade da província de Minas Gerais foi, ao longo do século XIX, representada pelos compêndios geográficos do Brasil e de Minas Gerais por meio da dicotomia do coração de ouro
, como um órgão vital do corpo político do Império, e do colosso de barro
, que esmagava as identidades regionais por conta de sua paradoxal grandeza e fragilidade. O risco de fragilizar o colosso de barro, em prol dos sentimentos liberais, seria a própria unidade nacional. Conforme as palavras de Pérola: Centralidade, extensão e diversidade eram, portanto, características que faziam de Minas uma síntese da nação e, também, representavam riscos para a unidade
. Portanto, os rumos da unidade mineira não representavam um dilema apenas para os habitantes e políticos da província, mas era objeto de interesse nacional.
Para os defensores da unidade mineira, conforme o trabalho de pesquisa recuperado por Pérola de maneira bastante elucidativa, duas imagens são recorrentes entre as obras corográficas: em primeiro lugar, de uma Minas Gerais que cumpria como um núcleo irradiador de vigor patriótico. Basta lembrar-se do papel de heróis nacionais como Tiradentes e do sentimento nativista tramado nas campanhas de independência a partir das cidades mineiras; por outro lado, outra imagem comum é a de Minas como cimento da unidade nacional, tanto por identidade e valores, mas da própria capacidade de ser o elo de integração das diferentes regiões brasileiras. Por isso, as obras analisadas por Pérola, de personagens como Raimundo José da Cunha Matos, José Saturnino da Costa Pereira e Joaquim Manoel de Macedo, representavam, no limite, verdadeiros instrumentos de representação política
, legitimando imagens do Brasil, sedimentando o arranjo institucional imperial e o papel das elites regionais na construção do Estado nacional brasileiro.
Quando a vitória do projeto de unidade da província de Minas Gerais pareceria evidente entre os políticos do Império, isto é, que o coração de ouro deveria ser preservado em prol da própria unidade e da estabilidade da própria nação, uma nova ofensiva em defesa da autonomia do sul de Minas, por parte da elite campanhense, seria observada. A imagem do discurso estaria na publicação do jornal O Monitor Sul-Mineiro e nas duas versões do Almanach Sul Mineiro (1874 e 1884), empreendimento conduzido nas últimas décadas daquele século por Bernardo Saturnino da Veiga. Em seu discurso, a busca por um passado de prestígio daquela Campanha da Princesa das décadas de 1830 e 1850 tentava ser reconstruído. Todavia, aquele município agora fracionado pela emancipação de suas freguesias e composto por uma elite escravista, que com os estertores da escravidão perdia sua notoriedade, já não tinha muito mais o respaldo material de outrora.
O livro de Pérola Maria Goldfeder Borges de Castro, Minas do Sul: Espaço e Política no século XIX, é um convite para mergulhar na construção do regionalismo sul-mineiro oitocentista, mediante a perspectiva dos autores contemporâneos sobre as identidades regionais e os projetos políticos dessa elite oriunda da cidade de Campanha. A pesquisa realizada a partir de obras preocupadas com as representações do espaço brasileiro e das reivindicações separatistas no desejo de constituição da província Minas do Sul é mais do que um trabalho de uma História regional, trata-se de uma obra que revela a centralidade de Minas Gerais no projeto de estabilidade e unidade imperial brasileiro.
Alexandre Macchione Saes
Universidade de São Paulo – USP
São Paulo, 24 de junho de 2016
INTRODUÇÃO
O século XIX constituiu-se, por muito tempo, em um hiato na historiografia sobre Minas Gerais. Os aspectos econômicos, políticos e sociais dessa província, característicos de uma conjuntura de Estado nacional em formação, foram por muito tempo ofuscados por dois marcos bastante caros à história e à memória dos mineiros: o período de auge da economia aurífera no século XVIII e a política do Café com Leite
das primeiras décadas da República.
O pouco interesse dos historiadores pelo período em questão era corroborado pelo que se convencionou chamar teoria da decadência
, paradigma interpretativo de raízes profundas na historiografia brasileira que se perpetuou até meados do século XX.¹ Sua versão mais conhecida argumenta que a rápida regressão dos empreendimentos escravistas a uma simples economia de subsistência teria levado ao atrofiamento dos núcleos urbanos e à dispersão populacional.
A explicação da realidade mineira oitocentista por meio dessa chave de análise constituía-se num problema de difícil solução. O declínio da atividade mineradora, a partir das últimas décadas do século XVIII, era fato irrefutável, porém havia dúvidas quanto à extensão desse processo. Como afirma Maria Yedda Linhares:
A decadência está aí presente sem dúvida. É óbvio que houve esgotamento dos veios. Terá sido ela tão súbita e inexorável como nos afirmam os economistas? Ou terá sido matizada e diferenciada pelos bons e maus frutos
cujas sementes a economia mineradora plantou? Em outras palavras, a decadência teria sido tão inexorável e definitiva no Sul de Minas como no nordeste da Capitania? Como podemos sabê-lo, enquanto nos faltarem pesquisas básicas pormenorizadas?²
Essa problematização deu o tom aos estudos historiográficos desenvolvidos a partir da década 1980. Esses estudos buscavam refutar a explicação de que o declínio da mineração teria desarticulado a sociedade mineira e minado suas relações comerciais com outras regiões do Império. Nessa perspectiva, surge As tropas da moderação (1979), um dos primeiros trabalhos de História regional relativos ao sul de Minas.
Neste livro, Alcir Lenharo analisa a formação socioeconômica da região sul-mineira a partir da vinda da Família Real para o Brasil, em 1808. Sua tese é a de que esse episódio teria contribuído para a dinamização da economia mineira, sendo que o sul de Minas se converteu em verdadeiro celeiro de abastecimento da Corte.³ O autor propõe, inclusive, que os episódios do Movimento Liberal de 1842 teriam marcado o surgimento de uma elite política composta por proprietários e comerciantes oriundos dos principais polos urbanos da região, com expressiva atuação no cenário político imperial.
Na senda aberta por Lenharo, a historiografia contemporânea busca conhecer melhor os aspectos sociais, demográficos e econômicos que contribuíram para que o sul de Minas despontasse como uma das principais regiões produtoras de gêneros agropecuários na primeira metade do século XIX. Também fazem parte desse campo de investigações estudos acerca da ingerência política da elite sul-mineira no processo de construção do Estado nacional.⁴
Um dos esforços coletivos mais recentes, nesse sentido, constituiu-se na coletânea Sul de Minas em transição (2012) e Sul de Minas em urbanização (2016), organizada por Alexandre Macchione Saes, Marcos Lobato Martins e Thiago Fontelas Rosado Gambi em parceria com diversos estudantes de pós-graduação que têm a região sul-mineira como objeto de pesquisa em comum e partilham da seguinte perspectiva:
As características da região sul-mineira não podem ser consideradas apenas como resultado direto das influências externas motivadas pelas economias tanto do Rio de Janeiro como de São Paulo, mas também como suscetíveis aos elementos internos de sua sociedade que engendraram uma conformação socioeconômica e cultural peculiar.⁵
Partindo do pressuposto de que as unidades regionais são espaços socialmente construídos a partir da representação e da materialização de relações sociais, os autores envolvidos no projeto da coletânea buscaram, em seus artigos, resolver a seguinte questão: afinal, o que é o sul de Minas?
Este livro almeja ser mais uma contribuição à continuidade desse questionamento, ao analisar as representações políticas e territoriais dessa região que, antes de ser redescoberta
pelos historiadores, na atualidade, foi imaginada por seus próprios habitantes, no século XIX. Nosso intento, nesse sentido, é observar como os políticos e homens de letras do Oitocentos representavam a região sul-mineira, planejando inseri-la no arranjo institucional do Império.
Refletir sobre como as representações do sul de Minas foram politicamente operacionalizadas é, necessariamente, se debruçar sobre questões concernentes ao domínio do espaço e sua institucionalização. Longe de ser apenas uma realidade geográfica, o espaço é uma construção historicamente determinada, fruto de relações de poder e de construções culturais. Sua identidade é definida, entre outros fatores, pelo debate entre os liames naturais e culturais que o compõem.
Toda pesquisa histórica incide sobre a história das apropriações, transformações e representações que as sociedades fazem do espaço ao longo dos séculos. Sendo assim, pensar o sul de Minas como projeto político e construção identitária implica considerar essa região sob a ótica de uma tríade de dimensões complementares: espaço concebido
(elaborado por cientistas e autoridades governamentais), espaço percebido
(resultado dos percursos e deslocamentos cotidianos) e espaço vivido
(imagens e símbolos veiculados por habitantes, mas também por artistas, viajantes, entre outros).⁶
Região, espaço e território, contudo, não são categoriais de análise