Apostila Oficina Paleografia I

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MATERIAL REFERENTE PRIMEIRA OFICINA DE PALEOGRAFIA OFERECIDA PELO PET- HISTRIA

Oficina Ministrada Pelo Professor Nelson Henrique Moreira de Oliveira

Ementa: O estudo dos escritos antigos: origens e fundamentos. A tcnica paleogrfica: metodologia de trabalho, manuseio de documentos, leitura e transcrio (in litteri, parcialmente atualizada e atualizada). A paleografia como tcnica de pesquisa (fins e meios). Tecnologia paleografia, microfilmagem e digitalizao: preservao das fontes, perenidade dos contedos e acessibilidade de informaes. Laboratrio: fonte catalogao higienizao microfilmagem / digitalizao tratamento de imagens armazenamento de suportes e contedos transcrio.

Objetivos: - Conhecer a origem, fundamentos e novas perspectivas para a paleografia; - Entender a tcnica paleogrfica e sua aplicao, conjugada com a microfilmagem, a digitalizao e o tratamento de imagens; - Aprender como lidar com os suportes fsicos, suas propriedades materiais e contedos textuais; - Compreender o processo de funcionamento de um laboratrio tcnico que englobe os trabalhos de levantamento, catalogao, higienizao, transcrio paleogrfica, microfilmagem, digitalizao, tratamento de imagens e preservao de fontes; - Desenvolver as aes de leitura e transcrio de acordo com a metodologia e as normas de trabalho; - Preservar o contedo textual e as fontes dentro das desenvolvidas tcnicas e suportes atuais.

Contedo: - Introduo paleografia: paleografia e diplomtica origens e usos; - O estudo das escritas antigas: as diversas especialidades e a paleografia latina; - Os tipos caligrficos: identificao e datao de textos; - Manuseio de documentos manuscritos; - A transcrio a partir de outros suportes: fotocpias, microfilmes, imagens digitalizadas; - Normas e tcnicas para a transcrio de documentos para edio; - Transcrio de textos 1: peculiaridades da escrita mo, dos suportes, instrumentos e tintas; - Transcrio de textos 2: leitura, transcrio e formatao dos documentos; - Transcrio de textos 3: os tipos documentais; - Identificao de abreviaturas, termos, smbolos e sinais grficos: colees.

Nelson Henrique Moreira de Oliveira1 PPHR / UFRRJ

Paleografia, Microfilmagem, Digitalizao e Preservao de Documentos Manuscritos.

Paleografia deriva do grego; a partcula paleo significando antigo, e a partcula graphein significando representao, logo, a escrita, que nada mais que a tentativa de representao grfica da realidade. A Paleografia pode ser definida mais apropriadamente como o estudo que tem como objeto os escritos antigos, e o palegrafo como o tcnico que tem como funo a identificao, a compreenso e a traduo, para uma forma atualizada de escrita, dos caracteres originais e ininteligveis. Como tcnica, a Paleografia est longe de ser algo ligado apenas ao passado; seu objeto, sim, antigo, mas a Paleografia deixou de ser uma disciplina arcaica, ligada s fontes manuscritas, antigas ou nem tanto assim. Nas ltimas dcadas, a Paleografia tem estado em permanente troca com outras tcnicas e tecnologias, como a informatizao voltada para a digitalizao de imagens, proporcionando o desenvolvimento de novas tcnicas de higienizao, restaurao, acondicionamento, preservao e tratamento dos suportes fsicos das fontes, assim como novas formas de decifrar, interpretar, processar e guardar os contedos textuais das mesmas. Dessa forma, os objetivos bsicos da Paleografia so a compreenso, a leitura e a transcrio de textos manuscritos, alm de proporcionar a preservao de informaes (textuais) e documentos (fontes / suportes: livros, mapas, certides etc). O palegrafo torna acessvel o contedo textual das fontes a diversos estudiosos e suas pesquisas, traduzindo e/ou atualizando grafia, pontuao, acentuao, ortografia, desenvolvendo abreviaturas e encontrando equivalentes atuais para vocbulos antigos, elaborando glossrios e colees de abreviaturas e termos. Assim, transforma uma forma ininteligvel de grafia para uma grafia e forma compreensveis ao maior nmero de pessoas, contribuindo com a preservao dos suportes fsicos, as fontes: livros, mapas, certides e todo e qualquer suporte onde haja grafia manuscrita. Seu objeto no precisa ser necessariamente antigo; pode ser de alguns anos, mas tem de ser necessariamente manuscrito, ou impresso, porm com grafia arcaica. A contribuio da Paleografia se faz com todas as disciplinas acadmicas que necessitem das informaes contidas nos documentos manuscritos ou impressos com grafias antigas: Histria, Antropologia, Sociologia, Psicologia, Literatura, Filosofia, Filologia, Geografia e outras. A preservao dos documentos manuscritos um benefcio proporcionado pela Paleografia, uma vez que as informaes transcritas passam a estar disponveis em outras formas e suportes a um maior nmero de pessoas e de forma
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Mestrando do Programa de Ps-Graduao em Histria da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro UFRRJ e Bolsista da Fundao Carlos Chagas Filho de Apoio Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ).

2 perene: fichas, documentos digitados, CD-ROM, PDF, imagens digitalizadas em DVD, disponveis nas instituies e/ou via Internet. A leitura e a transcrio paleogrficas exigem duas importantes habilidades principais: atravs da comparao de parciais, conseguir transpor os caracteres do documento original para formas atualizadas de escrita; alm disso, saber identificar as abreviaturas, termos e grafias utilizadas no texto original, assim como interpretar os sinais de pontuao usados, separar ou unir palavras que no foram separadas ou unidas no texto original, ler e transcrever nmeros, identificar erros no texto original e, finalmente, obter, atravs de tudo isso, o significado do texto, sempre levando em conta que os indivduos escreviam da maneira que imaginavam correta, sem o suporte de uma gramtica estabelecida, dando margens a uma infinidade de variaes na escrita, alm da prpria caligrafia pessoal. Por isso, o palegrafo, dependendo da necessidade e das circunstncias, procede uma atualizao da grafia, uma determinada traduo para a grafia atual, o que para alguns pesquisadores mais interessante. Para outros, a manuteno da grafia original mais importante, uma vez que determinada abreviatura ou forma de grafar um nome, por exemplo, remete a uma hierarquia ou significado guardado naquela forma de graf-lo. A prtica da tcnica paleogrfica baseia-se na comparao entre caracteres e estilos de escrita, o que permite reunir, de acordo com o perodo da produo do documento, a escrita em grupos ou estilos de uma poca, de uma regio, de um estilo de grupo, de uma ou outra instituio, como o Estado (com documentos jurdicos) e a Igreja (com documentos paroquiais). Alm disso, leva em conta o estilo pessoal e a erudio do redator, dentro de todas estas variveis. Os estilos de escrita variam de poca para poca, de pas a pas e entre os diferentes tipos de documentos. No entanto, uma vez que tenham sido identificadas as caractersticas particulares de um determinado estilo, possvel, atravs de uma catalogao das particularidades do mesmo, a leitura de outros documentos da mesma poca, estilo, regio, instituio e finalidade. Outras variantes so extrnsecas ao texto: os borres do papel, o esmaecimento da tinta, a deteriorao do suporte, a m caligrafia e outros, que comprometem a compreenso da grafia e, por vezes, por lacunas e falhas, do sentido do texto. Uma das inovaes tecnolgicas das ltimas dcadas que tm contribudo enormemente para as pesquisas, especialmente histricas, a digitalizao de imagens de documentos manuscritos. Essa contribuio permite um maior acesso dos palegrafos e pesquisadores a documentos manuscritos, causando um incremento no volume das pesquisas, em virtude da acessibilidade a um maior numero de fontes, em especial as seriadas, assim como tem permitido a preservao de documentos em estado delicado de conservao, cujo acesso restrito ou impossibilitado. A digitalizao, sob certo aspecto, uma evoluo da microfilmagem e, gradualmente, a est substituindo como forma de preservar documentos raros. Alm da digitalizao direta, a partir dos documentos originais, os prprios microfilmes esto sendo digitalizados. Um dos melhores incentivos digitalizao, em detrimento dos processos de microfilmagem, a gama de possibilidades em termos de melhor captao e otimizao da imagem. Enquanto a imagem do microfilme a mesma que se capta atravs da fotografia, a imagem digitalizada, seja do documento original ou de um

3 microfilme, melhorada atravs de vrios e desenvolvidos programas de tratamento de imagem, melhorando o contraste, a luz e as cores, proporcionando uma melhor leitura do documento. Outro ponto positivo a rapidez da reproduo das mdias (suportes) e a possibilidade de acessar os arquivos a milhares de quilmetros de distncia, atravs da Internet. Alm disso, a qualidade da reproduo evita o contato excessivo de consulentes aos documentos originais, proporcionando o aumento da vida til do material e, conseqentemente, das informaes contidas nas fontes. A digitalizao tem como produto final de seu processo de produo, arquivos durveis de imagens de alta resoluo, cuja reproduo rpida sempre isenta de rudo e de perda de informao, ao contrrio dos suportes em pelcula (microfilmes), que podem ser danificados, ainda que tenham cpia de segurana. Embora os suportes digitais (CDs, CD-ROMs, DVDs etc) tenham uma durabilidade muito inferior ao de alguns tipos de pelcula de microfilme, o baixo custo, a velocidade e a capacidade de reproduo em grande volume simultaneamente so considerados uma incomensurvel vantagem da digitalizao sobre a microfilmagem, ainda que para esta haja respaldo na legislao brasileira como cpia legal vlida; no entanto j h projetos de lei tramitando no Congresso Nacional em prol da legalizao das reprodues digitais. Os custos da digitalizao valem o investimento na preservao dos documentos nos acervos dos arquivos, museus e bibliotecas e j so hoje inferiores e mais simples, tanto na produo, quanto na preservao dos suportes, aos da microfilmagem. O processo de produo de um arquivo digital praticamente o mesmo da produo da imagem microfilmada: a captao da imagem de um documento atravs de uma fotografia, utilizando iluminao e outras condies adequadas, embora com equipamentos diferentes. Uma nica equipe, com um laboratrio bsico e bem aparelhado, com computadores, scanners, cmeras digitais e programas avanados de tratamento de imagens, pode dar conta da reproduo de todo um acervo, com milhares de documentos, em pouco tempo. Se, aliada a esta equipe de digitalizao, a instituio possuir outra equipe voltada higienizao, catalogao e correta aclimatao e acondicionamento dos documentos, bem como manuteno das cpias de microfilmes ou arquivos digitais, estar prestando um grande servio comunidade cientfica, preservando seu acervo para futuras pesquisas, sem prejuzo dos documentos originais e democratizando o acesso s informaes contidas nas fontes a um numero maior de pesquisadores, em diversas localidades, mais rpida e eficientemente.

Microfilmagem e Digitalizao de Documentos Manuscritos e Iconogrficos

1 O que a microfilmagem? A microfilmagem a preservao de documentos, no caso, de suas imagens e, portanto, seus contedos, atravs de fotogramas em pelculas (o microfilme), que so fotos em tamanho reduzido. Uma vez captada a imagem do documento, o original pode ser guardado ou descartado, conforme for o caso, e o microfilme fica guardado para perpetuao da informao contida e para consulta e reproduo quando necessrio. Alguns tipos de pelcula podem durar at 500 anos, portanto, o microfilme um dos meios mais durveis de preservao (quando preservado e manuseado de forma adequada), mais ainda que o papel dos documentos originais. Quando a pelcula chegar ao fim de sua vida til, um outro poder ser feito a partir do primeiro. Uma grande quantidade de documentos pode ser guardada em um nico rolo de microfilme; h, portanto, uma economia no espao fsico, se essa for a necessidade. Evita-se, tambm, o manuseio excessivo nos documentos originais que vo sendo danificados ao longo dos anos pelo uso; o microfilme, se guardado e utilizado da maneira adequada no apresenta esse problema. A microfilmagem, at o momento, a nica tcnica de guarda de imagem legalmente reconhecida no Brasil.

2 O que a digitalizao? A digitalizao , a exemplo do microfilme, a captao da imagem do documento. No entanto, enquanto o microfilme funciona com a armazenagem da imagem num rolo de filme, a digitalizao, a partir de uma fotografia digital ou escaneamento, armazena a imagem em suportes eletrnicos de computadores, CDs, DVDs etc. Da mesma forma que em microfilme, as imagens armazenadas digitalmente podem ser acessadas e reproduzidas sem prejuzo na qualidade da informao e da prpria imagem. H ainda a vantagem de, no processo digital, trabalhar-se a qualidade da imagem captada; no processo do microfilme esta propriedade evolui mais lentamente. Quanto durabilidade dos suportes (mdias) digitais, estes so muito menos durveis que o microfilme, entretanto, a sua reproduo em novas tecnologias e suportes mais modernos, ou mesmo para mdias iguais, to mais fcil e rpida que compensa esta pequena imperfeio, que, em breve, poder ser superada. A preservao digital ainda no tem respaldo legal, mas h projetos de lei nesse sentido tramitando no Congresso Nacional e, em breve, o meio digital ter o mesmo status que o microfilme.

3 As vantagens da microfilmagem/digitalizao (sua importncia e utilidade). a. Preservao material da documentao original, poupada do manuseio excessivo e danoso e, em caso de incndio ou outro evento, as cpias de segurana guardadas em diversos locais garantem que o acervo nunca se perder (perpetuao do acervo institucional).

5 b. Preservao do contedo (importncia empresarial, institucional, histrica, sociolgica etc). c. Consultas, reprodues rpidas e vendas de exemplares em papel, em suporte digital ou pela Internet, sob demanda (gerao de lucro e custeamento para permanente preservao; economia de tempo e encargos com atendimento demorado a consulentes).

4 Como se d o andamento do projeto? a. Levantamento do acervo a ser microfilmado/digitalizado. b. Seleo e definio dos documentos a serem microfilmados/digitalizados (delimitao temporal, importncia etc). c. Recolhimento, catalogao e preparao da documentao selecionada para o laboratrio de microfilmagem/digitalizao caso o mesmo no seja instalado na sede da empresa. d. Preparao dos documentos, higienizao (quando necessrio), microfilmagem, digitalizao, tratamento das imagens e testes tcnicos de qualidade de utilizao, reproduo e preservao. e. Reproduo das cpias de segurana. f. Transferncia e reproduo das imagens para os suportes (mdias). g. Devoluo da documentao original. h. Entrega das matrizes (microfilme/digital) e das cpias de segurana devidamente catalogadas para a acessibilidade e reproduo de cpias.

5 Prazo estimado para a realizao e concluso do projeto, alm da montagem da equipe de trabalho.

6 Custo estimado para a realizao do projeto (recursos humanos e materiais).

6 Origem e Evoluo dos Estudos Paleogrficos


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O nascimento da Paleografia deu-se no sculo XVII. Na Idade Mdia e Renascimento aparece razovel nmero de trabalhos de carter paleogrfico (transcries, tradues, colees de alfabetos etc), mas sem pretenses de tratados crticos e no se preocupando em estabelecer uma classificao cientfica ou a determinao da antigidade das escritas. A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) vem provocar um intenso labor em terreno da disciplina, devido a uma verdadeira avalanche de documentos falsificados que exigem de juzes e tribunais um exaustivo trabalho de crtica. Controvrsias e polmicas ocorreram na Alemanha, Itlia, Frana e Inglaterra sobre direitos feudais e eclesisticos, cujos documentos depositados em arquivos particulares e nos mosteiros foram qualificados de falsos. Foi o que se denominou de guerra diplomtica. A Paleografia em si surgiria logo aps, como veremos. A sua histria pode ser dividida em dois perodos: o de formao (fins do sculo XVII e primeiro quartel do sculo XVIII) e o de afirmao (da at nossos dias).

Primeiro Perodo Logo no incio a Paleografia confunde-se com a Diplomtica. Elas vo desabrochar graas a uma polmica entre religiosos. Assim que os padres da Companhia de Jesus haviam formado em Anturpia um grupo encarregado da publicao de uma fundamental coleo sobre a vida de santos: os Acta Sanctorum. Os planos iniciais foram do padre Heribert Rosweyde (1569-1629), cabendo ao jesuta belga Jean Bolland (1596-1665) a iniciativa da publicao dos primeiros volumes, dando, tambm, nome ao grupo que se dedicava grande tarefa de bollandistas. Foi seu colaborador e sucessor o padre holands Daniele Van Papenbroek (1628-1714), que esteve em Roma, em 1661, apresentando ao Papa Alexandre VII os seus planos. Em uma viagem, tendo de permanecer em Trveris (Alemanha), visitou arquivos de mosteiros e igrejas, constatando a existncia de alguns documentos falsos. Prosseguindo em suas pesquisas, publicou, em 1675, o Propylaeum antiquarium circa ver ac falsi discrimen in vetustis membranis (Princpios introdutrios para a discriminao entre o verdadeiro e o falso nos documentos antigos), como prefcio ao segundo volume dos Acta Sanctorum. Tratava-se de uma rigorosa crtica diplomtica que impugnava a validez de boa parte dos documentos conservados nos arquivos dos mosteiros beneditinos franceses, especialmente os da Abadia de SaintGermain-des-Prs, prxima a Paris e habitada pelos monges da Congregao de So Mauro. Assim, esta obra tambm dava as normas da crtica diplomtica. A secular tradio beneditina ficava, portanto, abalada em seus fundamentos. Um de seus membros, D. Jean Mabillon (1632-1707), durante seis anos preparou a defesa, publicada em 1681, sob o ttulo De re diplomtica libr VI. A obra refuta a de Papenbroek e foi recebida com grande admirao pelo prprio opositor, assinalando o nascimento da Diplomtica e da Paleografia. Baseado em grande acervo de manuscritos e diplomas, estabelece o autor os princpios bsicos
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Reproduzido de BERWANGER, Ana Regina; Leal, Joo Eurpedes Franklin. Noes de Paleografia e diplomtica. 2. ed. Santa Maria: Editora da UFSM, 1995. pp. 1215.

7 da Diplomtica. Nos quatro ltimos captulos encontra-se assunto realmente paleogrfico: matria base da escrita antiga e, sobretudo, uma classificao sistemtica das escritas. O trabalho considerado o primeiro tratado de Paleografia, muito embora sofresse vrias contestaes de contemporneos, por exemplo, as do Pe. Bartolomeu Germon (1663-1718) e Jean Hardouin (1646-1729), sem que, todavia, fosse afetado o seu imenso valor. Na obra de Mabillon ainda no aparece o termo paleografia, cabendo a Bernard Montfaucon (1655-1741), tambm maurino, a honra de introduzi-lo por ocasio da publicao de seu livro Paleographia Graeca sive de ortu et progressu Litterarum (1708). Mabillon considerado o pai da Diplomtica Moderna e tambm da Paleografia. A obra de Mabillon despertou interesse em outros pases, provocando o aparecimento de livros semelhantes, como o de Jos Perez (1688) na Espanha, o de Thomas Madox (1702) na Inglaterra e o de Johan Georg Gotftied Bessel (1732) na Alemanha. Na Espanha, alm de Jos Perez, destacam-se Jesus Muoz y Rivero, Augustin Millares Carlo e Zacarias Garcia Villada. Na Itlia, a Cincia toma novos rumos com Scipione Maffei (1675-1755). Ele descobriu na Biblioteca de Verona velhos cdices com escritos de vrias pocas, e em seu livro Istria Diplomtica che serve dintroduzione all arte critica en tal matria (Mantua, 1727), lana as bases de nova classificao, dando como origem de todas as escritas a romana, sob trs formas: maiscula, minscula e cursiva. Desta forma, abriram-se novos horizontes para a Paleografia. As obras de Mabillon e Maffei foram, posteriormente, revistas e completadas pelos maurinos Charles Franois Toustain (1700-1754) e Ren Prosper Tassin (1697-1777), que desenvolveram as teses de Mabillon, terminando com as discusses e controvrsias.

Segundo Perodo Na segunda metade do sculo XVIII, os estudos paleogrficos tomaram vulto e passaram a constituir ctedras universitrias. Na Alemanha, em Gottingen (1765), foram organizados os seminare dirigidos pelo professor Johann Christophe Gatterer (1727-1799), que procurou classificar as escritas segundo as leis de Lineu (regna, classes, ordines, series, partitiones, genera, species). L, tambm, entre os seus sucessores, Carl Traugott Gottlob Schonemann (1765-1802) proclamou a Paleografia e a Diplomtica independentes, apresentando, ainda, nova classificao para a escrita latina (maiscula e minscula). Na Itlia, apareceram as famosas Escolas Superiores de Paleografia em Bolonha, Florena e Milo, que datam de 1765. Destacam-se em tais centros os estudiosos: Adimari, Fumagali, Signorelli, Schiaparelli etc. A iniciativa na Frana, em 1821, da famosa cole (Royale) des Chartes, que dar notvel incremento a tais estudos. Nesta escola grandes estudiosos vo pontificar, inclusive Maurice Prou.

8 A Escuela Superior de Paleografia y Diplomtica surgiu na Espanha em 1838. A ustria, em 1854, fundou o seu Instituto de Paleografia enquanto a Inglaterra, s em 1873, criava a sua Paleographical Society. Finalmente de se ressaltar trs fatos importantes que caracterizam o novo perodo na histria da Paleografia, isto , o perodo moderno iniciado em fins do sculo XVIII e desenvolvido no comeo do sculo XIX: a) a Paleografia latina afirma-se como cincia distinta das outras; b) aplicada a fotografia na reproduo dos fac-smiles; c) novos materiais paleogrficos so descobertos, inclusive palimpsestos.

Aps o final da primeira metade do sculo XX, a Paleografia passou a ser vista como uma tcnica, com fins mais pragmticos e objetivos, cada vez mais incorporada aos currculos universitrios, deixando de ser uso exclusivo e domnio de poucos.

Fonte: BERWANGER, op. cit. p 43.

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Fonte: BERWANGER, op. cit. p 44.

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Fonte: BERWANGER, op. cit. p 45.

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Fonte: BERWANGER, op. cit. p 46.

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Fonte: BERWANGER, op. cit. p 47.

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Fonte: BERWANGER, op. cit. p 48.

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Fonte: BERWANGER, op. cit. p 49.

16 Alguns Problemas no Exerccio da Paleografia


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Em seus trabalhos, Yedda Dias Lima discorre sobre a funo do palegrafo e coloca que, embora caiba a este profissional a leitura e a transcrio do documento [paleo + graf (o) + ia = estudo da escrita antiga], h estudiosos que atribuem ao palegrafo a responsabilidade de datar, estabelecer origem e procedncia dos textos e tambm fazer a crtica sua autenticidade. Outra questo que Yedda Dias Lima rebate a associao direta entre paleografia e antiguidade, como se as duas palavras fossem sinnimas. So duas reas distintas, e a discusso contempornea j transcendeu esses limites: manuscritos literrios ou documentais que apresentam dificuldades de leitura passveis de algum tipo de interpretao so objetos da Paleografia; e a interpretao est ligada s dificuldades que o documento apresenta. Em seus estudos, Mendes dedica-se a analisar os problemas com papel, tinta, vocabulrio, abreviaturas, caligrafia, tentativas de adulterao ou falsificao (MENDES, 1952, p. 4). Essas so as questes que trataremos a seguir. Em relao ao papel, a dificuldade est ligada absorvncia do material. A absoro da tinta no momento da escrita ou posterior a ela, pela questo da umidade, torna a leitura difcil. Isso ocorre porque o papel absorve a tinta, esparrama-a no tracejado das letras e o que sobra um borro. O estado do papel o segundo problema. A ao nociva das traas, conforme o dano causado, torna impossvel a recuperao do documento. O papel ainda pode apresentar folhas grudadas. Isso s vezes acontece devido umidade do ar e tambm pela ao do tempo. Descolar as folhas e executar o tratamento necessrio um trabalho de extrema pacincia e de aplicao de tcnicas que exige a interveno de profissionais da rea de conservao e restauro. No que se refere tinta, os problemas relacionam-se com a sua qualidade e o seu estado. preciso ateno com o grau de corroso, tanto no seu aspecto natural quanto nas possveis misturas a que foi submetido o papel, como, por exemplo, com o uso de inseticida. Em relao ao estado da tinta, ela pode apresentar-se de forma descorada. Para a tinta descorada pela luz ou umidade que os palegrafos antigos usavam processos qumicos de revivescncia. Com esse procedimento, a tinta apresentava novo vigor, mas o processo trazia a complicao de manchar o papel e impossibilitava a leitura para os palegrafos contemporneos. O Arquivo Pblico do Estado de So Paulo, para resolver esse problema, foi o primeiro a usar o ultravioleta. Essa luz tem uma incrvel peculiaridade: consegue fazer o papel, como substncia orgnica, tornar-se fluorescente, exceto nos pontos onde h depsitos metlicos. A tinta, em regra geral, deixa sedimentos de ferro e, portanto, o papel no se torna fluorescente nesses lugares. Fica ento o papel todo claro com as letras em traos escuros. Assim, algumas vezes consegue-se ler documentos que esto absolutamente em branco somente com a ajuda de luz comum. Com a aplicao da luz ultravioleta, a folha fica fluorescente, e o tracejado da tinta, j bastante apagada, em negro (MENDES, 1952, p. 11).

Reproduzido da apostila da Oficina de Leitura Paleogrfica de Documentos I, do Arquivo Pblico do Estado de So Paulo. So Paulo: APESP / Associao dos Amigos do Arquivo, 2008. pp. 06-08.

17 Ubirajara Mendes tambm nos alerta que, em relao ao desconhecimento do vocabulrio da poca em que foi escrito o documento, preciso conhecer a terminologia ento vigente mesmo que a caligrafia seja explcita, pois podemos nos deparar com palavras nunca ouvidas, ou ainda com sentido desconhecido. A grafia tambm um problema. Palavras com escrita de outra poca, como por exemplo phtysica, foy, titollo e as abreviaturas; tambm apresentam algumas peculiaridades. H abreviaturas conhecidas atualmente, pois se mantiveram, como: PP (papa) e A.D. (Annus Domini). No entanto, h outras absolutamente irreconhecveis para a maioria das pessoas, como: lia ou lissa (licena); va (vila); Irmo (Jernimo ou Hyeronimo), XP. (Cristo); etc. Outro exemplo mais distante no tempo seriam as palavras com letras dobradas, como Lluis, Llobo, alm de outras com T, como Justtia, quittao. O emprego do R (maisculo) particularmente interessante. Era utilizado no princpio de palavras Rris, Rrol , para reforar a tonicidade dessa consoante. No caso da caligrafia, os problemas vo desde a falta de pingos nos is at a ausncia de pontuao, que algo relativamente recente na histria da humanidade, a Grcia Antiga, por exemplo, no a usou. H tambm a possibilidade de encontrar as frases com todas as palavras ligadas. O Prof. Dr. Antnio Paulino de Almeida coloca em um de seus textos que as frases podem aparecer como desenhos ou ainda como a ligao de palavras ou de partes de uma palavra com a seguinte. H muitos casos em que somente uma palavra dividida em trs partes, das quais a primeira e a ltima slabas ficam unidas s palavras anterior e posterior, enquanto que a parte do meio fica isolada (ALMEIDA, 1952, p. 19). A extenso um outro elemento a ser considerado. Por exemplo, num texto longo, voc pode encontrar uma letra, primeira vista, indecifrvel, que se repete numa frase posterior, e num esforo de comparao conseguir decifr-la; j num pequeno bilhete essa estratgia de comparao no apresenta a mesma eficcia. Um caso muito comum o aparecimento de palavras desconhecidas. Nos inventrios dos sculos XVI e XVII surgem palavras de origem afro-ndicas, como chapim (antigo calado de sola alta); barregana (espcie de tecido); pereoleira (vasilha de barro para conservar azeitonas) etc. Tambm podemos nos deparar com sobrenomes de mulheres no feminino como esposa de Joo Leito, Maria Leitoa; Pedrosa em vez de Pedroso e Cardosa em vez de Cardoso so bastante comuns. Outro problema para o palegrafo a tentativa de adulterao ou falsificao do documento. Em relao aos documentos, as falsificaes mais comuns so os chamados grilos, ou seja, alterao de limites de terra, de recibos de venda de propriedade ou ainda apresentao de documentao forjada. A origem da expresso controversa. A mais razovel parece estar relacionada com o prprio inseto. Os grilos atacam tudo, alimentam-se inclusive de papis. Diz a lenda que, no interior, falsificadores escreviam num papel limites falsos de terrenos e punham o papel entre tijolos no quintal. Sobre as bordas que sobravam do meio dos tijolos, jogava-se acar, o que atraa o grilo. Depois de comido, o papel ficava com um aspecto de bichado.

18 Alguns cuidados podem ajudar a reconhecer um documento falso. A escrita feita com pena metlica, por exemplo. No Brasil, essas penas s Chegariam em fins do XIX. Portanto, documentos de 1824-1825 no poderiam ter sido escritos com esse material. O envelhecimento do papel ainda uma das falsificaes mais comuns e simples: coloca-se o papel sob o sol por algumas horas; ele amarelece e, num primeiro olhar, parecer um papel antigo; no entanto, colocado entre papis realmente velhos, haver diferena na colorao. Os verdadeiros documentos velhos sofrem um processo qumico natural cujos resultados so um amarelamento e um envelhecimento diferentes daqueles obtidos pela ao do sol. Em relao falsificao de documentos, existem ainda aspectos mais tcnicos da questo. No entanto, optamos por apontar somente alguns dos problemas enfrentados pelos palegrafos, pois dessa forma poderemos tornar a prtica da Paleografia mais familiar para o pblico em geral.

19 Normas Tcnicas Para Transcrio e Edio de Documentos Manuscritos


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Objetivo: Esta norma fixa diretrizes e convenes para a transcrio e edio de documentos manuscritos. Destina-se a unificar os critrios das edies paleogrficas, possibilitando uma apresentao racional e uniforme.

1. Grafia Quanto grafia seguir-se-o os seguintes critrios: 1.1 Sero separadas as palavras grafadas unidas indevidamente e sero unidas as slabas ou letras grafadas separadamente, mas de forma indevida. Excetuam-se as unies dos pronomes proclticos (mad, selhed), mesoclticos e enclticos s formas verbais de que dependem (meteremselhe, procurase). 1.2 As letras sero grafadas na forma usual, independente de seu valor fontico. 1.3 O s caudado duplo ser transcrito como ss e o simples como s. 1.4 O R e S maisculos, com som de rr e ss sero transcritos R e S maisculos, respectivamente. 1.5 As letras ramistas b, v, u, i, j sero mantidas como no manuscrito. 1.6 Os nmeros romanos sero reproduzidos de acordo com a forma da poca. 1.7 Aos enganos, omisses, repeties e truncamentos, que comprometam a compreenso do texto, recomenda-se o uso da palavra latina [sic] entre colchetes e grifada. 1.8 As abreviaturas no correntes devero ser desenvolvidas com os acrscimos em grifo. 1.9 As abreviaturas ainda usuais na atualidade, ou de fcil reconhecimento, podero ser mantidas. 1.10 Os sinais especiais de origem latina e os smbolos e palavras monogramticas sero desdobrados, por exemplo, &r = etc.; IHR = Christus. 1.11 Os sinais de restos de taquigrafia e notas tironianas sero vertidos para a forma que representam, grifados. 1.12 O sinal de nasalizao ou til, quando com valor de m ou n, ser mantido. 1.13 Quando a leitura paleogrfica de uma palavra for duvidosa, colocar-se- uma interrogao entre colchetes depois da mesma: [?]. 1.14 A acentuao ser conforme o original. 1.15 A pontuao original ser mantida. 1.16 As maisculas e minsculas sero mantidas.
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Disponvel In: <http://www.arquivonacional.gov.br/normas.htm>

20 1.17 A ortografia ser mantida na ntegra, no se efetuando nenhuma correo gramatical.

2. Convenes Para indicar acidentes no manuscrito original, como escrita ilegvel ou danificada, sero utilizadas as seguintes convenes: 2.1 As palavras que se apresentam parcial ou totalmente ilegveis, mas cujo sentido textual permita a sua reconstituio, sero impressas entre colchetes. 2.2 As palavras ilegveis para o transcritor sero indicadas com a palavra ilegvel entre colchetes e grifada: [ilegvel]. 2.3 As linhas ou palavras danificadas por corroso de tinta, umidade, rasgaduras ou corrodas por insetos ou animais sero indicadas, por exemplo, pela expresso corrodo entre colchetes e grifada e com a meno aproximada de seu nmero: [corrodas 6 linhas]. 2.4 Os elementos textuais interlineares ou marginais autgrafos que completam o escrito sero inseridos no texto entre os sinais <...>. 2.5 Quando no forem autgrafos, sero indicados em nota de rodap. 2.6 As notas marginais, no inserveis no texto, sero mantidas em seu lugar ou em seqncia ao texto principal com a indicao: margem direita ou margem esquerda. 2.7 As notas de mo alheia sero transcritas em rodap.

3. Assinaturas e Sinais Pblicos 3.1 As assinaturas em raso ou rubricas sero transcritas em grifo. 3.2 Os sinais pblicos sero indicados entre colchetes e em grifo: [sinal pblico].

4. Documentos Mistos 4.1 Os caracteres impressos que aparecem em documentos mistos recentes sero transcritos em tipos diferentes. Incluem-se aqui os formulrios, timbres, fichas-padro, carimbos, siglas etc.

5. Selos, Estampilhas etc. 5.1 Os selos, sinetes, lacres, chancelas, estampilhas, papis selados e desenhos sero indicados de acordo com a sua natureza entre colchetes e grifado: [estampilha]. 5.2 Os dizeres impressos e o valor das estampilhas sero transcritos dentro de colchetes e em grifo: [estampilhas].

21 6. Referncias 6.1 Recomenda-se o uso de um sumrio, antecedendo cada texto, composto de datao e resumo de contedo. 6.2 Ser sempre indicada a notao ou cota do documento para fins de localizao no acervo da instituio. 6.3 Sempre se indicar se o documento original, apgrafo, 2 via etc.

7. Apresentao Grfica 7.1 A transcrio dos documentos poder ser linha por linha ou de forma corrida. 7.2 Ser respeitada a diviso paragrfica do original. 7.3 As pginas sero numeradas de acordo com o documento original, indicando sempre a mudana de cada uma, entre colchetes e no meio do texto, incluindo-se o verso: [fl. 3], [fl. 3v]. 7.4 Se o original no for numerado caber ao transcritor numer-las. Os nmeros acrescentados sero impressos entre colchetes e em grifo: [fl. 4], [fl. 4v]. 7.5 As folhas em branco sero indicadas entre colchetes e em grifo: [fl. 13, em branco].

8. Observaes 8.1 Toda edio dever ser precedida de um texto preliminar em que se indicar o objetivo da publicao, remetendo-a, quanto aos critrios e convenes, para Normas Tcnicas para Transcrio e Edio de Documentos Manuscritos. 8.2 recomendvel a utilizao de ndice remissivo.

Comisso de Sistematizao e Redao do I Encontro Nacional de Normatizao Paleogrfica: (So Paulo: 28 e 29 de novembro de 1990) Antonio Houaiss - Academia Brasileira de Letras Heloisa Liberalli Bellotto - Instituto de Estudos Brasileiros/USP Jaime Antunes da Silva - Arquivo Nacional - Universidade do Estado do Rio de Janeiro Joo Eurpedes Franklin Leal - Universidade do Rio de Janeiro UNIRIO Maria Helena Ochi Flexor - Universidade Federal da Bahia Roseli Santaella Stella - Faculdade Cruzeiro do Sul (SP) Yedda Dias Lima - Instituto de Estudos Brasileiros/USP

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23 ndice dos Documentos

1. Avisos Cartas Rgias Patentes, Arquivo Pblico do Estado de So Paulo, ordem C00421, (1802). 2. Minas de Ouros e Ferro Casa de Fundio Almoxarifado, Arquivo Pblico do Estado de So Paulo, ordem C00347, (1721-1815). 3. Idem. 4. Documentos Avulsos de 1775, Arquivo Pblico do Estado de So Paulo. 5. Idem 6. Mao de Populao de It, Arquivo Pblico do Estado de So Paulo. 7. Autos Cveis, Arquivo Pblico do Estado de So Paulo, ordem C003307. 8. Inventrio Jernimo de Crasto Guimares, Arquivo Pblico do Estado de So Paulo, ordem C003287. 9. Autos Cveis, Arquivo Pblico do Estado de So Paulo, ordem C003308. 10. Idem. 11. Registros Paroquiais de Conceio dos Guarulhos. Arquivo do Estado de So Paulo, livro 156, (1856).

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34 Bibliografia ACIOLI, Vera Lcia Costa. A Escrita no Brasil Colnia: Um Guia para Leitura de Documentos Manuscritos. Recife: Fundao Joaquim Nabuco / Massangana, 1994. ALMEIDA, Antnio Paulino de. Deteriorao da Escrita e Leitura Paleogrfica. Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de So Paulo, 10:107-126, fev. 1953 (So Paulo). ALMEIDA, Manoel Mourivaldo Santiago. Documentos Brasileiros do Sculo XVIII para Estudo Lingustico. Estudos Lingusticos, (29):315-320, 2000. (Grupo de Estudos Lingusticos do Estado de So Paulo; Assis, Unesp). ARRUDA, Jos Jobson de Andrade (coord.); Bellotto, Helosa Liberalli; Reis, Gilson Srgio Matos (orgs.). Documentos Manuscritos Avulsos da Capitania de So Paulo (1644-1830): Catlogo l. Bauru, Edusc, 2000. Documentos Manuscritos Avulsos da Capitania de So Paulo (1644-1830): CD 1/4. Bauru/So Paulo, Edusc/Imprensa Oficial, 2000. __________. Documentos Manuscritos Avulsos da Capitania de So Paulo (1618-1823): Catlogo 2. Bauru, Edusc, 2002. Documentos Manuscritos Avulsos da Capitania de So Paulo (1618-1823): CD 1/7. Bauru, Edusc, 2002. BELLOTTO, Helosa Liberalli. Glossrio das Espcies Documentais. In: ARRUDA, Jos Jobson de Andrade (coord.); Bellotto, Helosa Liberalli; Reis, Gilson Srgio Matos (orgs.). Documentos Manuscritos Avulsos da Capitania de So Paulo (1644-1830): Catlogo 1. Bauru, Edusc, 2000. BERWANGER, Ana Regina; Leal, Joo Eurpedes Franklin. Noes de Paleografia e Diplomtica. Santa Maria, Centro de Cincias Sociais e Humanas-UFSM, 1991. BLANCHE-BENVENISTE, Claire. Les units: langue crite, langue orale. In: PONTECORVO, Clotilde; Blanche-Benveniste, Claire (eds.). Proceeding of the Workskop on Orality versus Literaracy: Concepts, Methods and Data. Siena Italy: Estrasburgo: European Science Foundation, 1992, pp. 133-194. BRICEO PEROZO, Mrio. Vademecum de Archivologa. Caracas: Archivo General de la Nacin, 1979. BRITO, Francisco Tavares de. Itinerario geografico com a verdadeira descripo dos caminhos da cidade de S. Sebastio do Rio de Janeiro at as minas do ouro / composto por Francisco Tavares de Brito - 1723. Sevilha: Na Officina de Antonio da Sylva, 1732. CAETANO, Marcelo. O Conselho Ultramarino: esboo da sua histria. Lisboa: Agncia Geral do Ultramar. 1967. CAMBRAIA, Csar Nardelli; Cunha, Antnio Geraldo da; Megalle, Heitor. A Carta de Pro Vaz de Caminha. So Paulo, Humanitas, 1999 (Diachronica, 1). CAMBRAIA, Csar Nardelli. Introduo crtica textual. So Paulo: Martins Fontes, 2005. CASTRO, Ivo. O Retorno Filologia. In: PEREIRA, Cilene da Cunha; Pereira, Paulo Roberto Dias (orgs.). Miscelnea de Estudos Lingusticos, Filolgicos e Literrios in memoriam Celso Cunha. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1995, pp. 511-520. COHEN, Marcel. A escrita. Lisboa: Europa-Americana, 1961. CONSEJO SUPERIOR DE INVESTIGACIONES CIENTIFICAS. Normas de transcripcin y edicin de textos y documentos. Madrid: 1944.

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