Geometria Plana e Espacial Completa2 - Cópia2
Geometria Plana e Espacial Completa2 - Cópia2
Geometria Plana e Espacial Completa2 - Cópia2
D I S C I P L I N A
aula
01
Governo Federal
Presidente da Repblica
Luiz Incio Lula da Silva
Ilustradora
Carolina Costa
Ministro da Educao
Fernando Haddad
Secretrio de Educao a Distncia SEED
Ronaldo Motta
Editorao de Imagens
Adauto Harley
Carolina Costa
Diagramadores
Bruno Cruz de Oliveira
Maurcio da Silva Oliveira Jnior
Thaisa Maria Simplcio Lemos
Reitor
Jos Ivonildo do Rego
Vice-Reitor
Nilsen Carvalho Fernandes de Oliveira Filho
Secretria de Educao a Distncia
Vera Lcia do Amaral
Imagens Utilizadas
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2005/48
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CDU 514.12
Copyright 2007 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorizao expressa da
UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Apresentao
esta aula, pretendemos situ-lo quanto aos aspectos histricos que cercam o
desenvolvimento da geometria enquanto conhecimento matemtico abordado
na escola bsica. Para isso, consideramos as origens das prticas de medio
(geometrias prticas dos egpcios e babilnios) e sua axiomatizao com os gregos e,
mais especificamente, com Euclides (cerca de 300 a.C.) em sua obra principal intitulada
Os Elementos. A referida obra uma sistematizao de grande parte do conhecimento
matemtico da poca e uma das primeiras obras matemticas a serem escritas usando
o mtodo axiomtico. Apesar dos vrios defeitos lgicos da poca, trata-se de um modelo
exemplar de exposio matemtica atravs dos sculos.
Para que possamos alcanar nossos objetivos, faamos uma pequena incurso
histrica ao mundo da geometria de modo a ver, nesse mundo, os aspectos ligados base
estrutural desse saber e suas relaes com o conhecimento disseminado pela sociedade e
pela cultura escolar hoje. Vejamos, portanto, um pouco de histria das medies da Terra e
outras medidas.
Objetivos
Axiomatizao
A axiomatizao
considerada um processo
pelo qual passam os
saberes praticados
de maneira informal,
quando levados a um
nvel de sistematizao
formal, considerando um
conjunto de princpios
previamente estabelecidos.
Nesse sentido, um
axioma uma proposio
indemonstrvel porque
evidente e admitida como
ponto de partida de um
raciocnio, em particular
na Matemtica.
1
2
2 Edio
Escola platnica
Escola filosfica criada
por Plato, baseada nas
idias sofistas de Scrates
e no pitagorismo. Seu
principal objetivo consistia
em treinar as mentes dos
homens a pensarem por si
luz da razo.
Geometrias
no-euclidianas
Geometrias construdas a
partir do estabelecimento
de refutaes a alguns
postulados da geometria
euclidiana. Como exemplo,
temos a geometria criada
pelos matemticos
Lobatchevski (1792
1856), Riemann
(1826 1866), dentre
outros matemticos
da era moderna e
contempornea.
A civilizao
babilnica
A civilizao babilnica
engloba um conjunto de
povos que viveram na
Mesopotmia em um
perodo que vai desde 5000
a.C. at, aproximadamente
o inicio da era crist.
Um aps o outro, esses
povos sumrios,
acdios, caldeus,
assrios, babilnicos e
outros, contriburam
para estabelecer as
caractersticas da
civilizao babilnica.
2 Edio
Atividade 1
1
2 Edio
Pitagricos
Os pitagricos eram
assim chamados por
serem membros da escola
pitagrica, fundada por
Pitgoras, cujos princpios
filosficos bsicos se
apoiava no orfismo,
adicionando a ela uma
forte mstica dos nmeros.
Essa escola deu origem
a uma tradio cientfica
e mais especificamente
matemtica. Os
pitagricos formavam
uma ordem religiosa que
acreditava na doutrina
da metem-psicose ou
transmigrao das almas
e consideravam que os
nmeros constituam o
caminho para explicar o
universo. O pitagorismo
baseava-se no princpio
de que os nmeros
explicavam todos os
fatos naturais, sociais,
polticos e msticos da vida
humana.
Figura 3
Figura 4
a) Na Figura 3, determinamos a rea do retngulo a partir da relao dada acima, do seguinte
modo:
A = 1/4(a+c)(b+d); como a = c e b = d, teremos ento:
A = 1/4(a+a)(b+b); ou seja A = 1/4(2a)(2b). Da tem-se que A = 1/4(4ab).
Logo: A = ab, a relao que determina a rea do retngulo.
2 Edio
conclumos que houve um erro na utilizao da mesma relao para os dois casos. Tente
determinar esse erro calculando a rea da Figura 4.
Erros dessa natureza so comumente cometidos quando se trabalha experimentalmente
ou empiricamente com processos geomtricos que envolvem medio ou determinao
de rea de regies planas, como no caso das medies de terra pelos agricultores, da
determinao de reas praticadas por operrios da construo civil, do processo de elaborao
geomtrica das rendeiras e outros profissionais que praticam o exerccio da medio sem o
estabelecimento de uma relao matemtica formalizada.
Em todos esses casos, h sempre um risco de ocorrerem erros, mesmo que em margens
s vezes desprezveis para a grandeza que est sendo medida. Eis aqui um bom desafio para
que voc se aventure nos caminhos da construo do pensamento geomtrico.
Atividade 2
Possivelmente, em sua comunidade, tambm existam mestres(as)
gemetras como no antigo Egito e na Babilnia, cujos processos de medio e
construo geomtrica, muitas vezes, apresentavam determinadas margens de
erros, mas que continham, na sua essncia, fundamentos geomtricos muito
evidentes, embora difceis de serem comprovados formalmente.
3
2 Edio
Raciocnio dedutivo
Raciocnio baseado
em princpios lgicos,
segundo os quais toda
proposio (pensamento
elaborado) est baseada
em trs etapas: hiptese,
deduo e tese.
Com base nas informaes histricas existentes, possvel admitirmos que foi
atravs dos gemetras gregos, comeando com Tales de Mileto (cerca de 624 - 547 a.C.),
que a geometria se estabeleceu como uma teoria dedutiva. A teoria dedutiva a que nos
referimos, compe-se de trs aspectos bsicos iniciais: a intuio, a descoberta emprica
e a experimentao. A teoria se completa com a deduo, praticada atravs da utilizao
de hipteses conhecidas e do raciocnio dedutivo, elemento essencial para se chegar
verdade matemtica imaginada ou desejada.
A intuio refere-se ao aspecto imaginativo da Matemtica, a capacidade ou habilidade
de pensar, imaginar e supor resultados a partir dessa imaginao. A descoberta emprica, por
sua vez, refere-se s concluses obtidas a partir das prticas realizadas aleatoriamente, sem
a preocupao prvia com o que aconteceria. A experimentao corresponde ao processo
de obteno de resultados atravs das prticas continuadas, realizadas inmeras vezes, com
resultados sempre se repetindo, embora, com certa margem de erro, mas que so sempre
resultados previamente esperados.
Todos esses aspectos citados tm a sua importncia no desenvolvimento do
conhecimento geomtrico (e matemtico em geral), mas o raciocnio dedutivo, a
demonstrao ou deduo a partir de hipteses conhecidas ou admitidas, que estabelece
a veracidade das proposies geomtricas. O trabalho de sistematizao em geometria
iniciado por Tales foi continuado nos sculos posteriores, pelos pitagricos e, depois, por
outros matemticos como Euclides, Descartes e outros.
Pitgoras, nascido em Samos (cerca de 572497 a.C.), aps longas viagens pelo
Oriente, Babilnia e Egito, estabeleceu-se em Crotona, cidade grega no sul da Itlia, por volta
de 530 a.C., onde fundou um culto religioso e filosfico que cultivava a purificao do esprito
atravs da msica e da matemtica. So mais conhecidas as descobertas e atribuies da
escola pitagrica relacionadas com os nmeros, nomeadamente, com a descoberta dos
incomensurveis (a diagonal de um quadrado incomensurvel com o lado, o que quer
dizer que a razo entre o comprimento da diagonal e o comprimento do lado no se exprime
como uma frao de inteiros positivos).
d2 = 2
d
1
Figura 5
2 Edio
situaes, mas, apenas, que esses aspectos so, de certo modo, estranhos aos requisitos
e critrios matemticos intrnsecos.
Essa concepo exemplarmente desenvolvida por Euclides (cerca de 323285 a.C.), no
seu tratado Os Elementos, em treze volumes ou livros, publicado por volta de 300 a.C.. Euclides
baseia-se nos seus predecessores gregos que desenvolveram estudos sobre geometria
baseados nas prticas existentes e na imaginao matemtica, bem como na necessidade
de explicao dos processos naturais, aos quais a vida social e astronmica estava ligada.
Dentre esses gregos, podemos citar os pitagricos, nos livros I IV, VII e IX, Arquitas no livro
VIII, Eudxio nos livros V, VI e XII e Taeteto nos livros X e XIII. Mas Euclides no se limitou
a expor as teorias desses mestres. No que diz respeito geometria, Euclides organizou as
matrias de um modo sistemtico a partir de primeiros princpios e definies, procedendo
ao desenvolvimento por via dedutiva. Inaugurou, assim, de maneira brilhante, o que dominou
o mundo matemtico durante mais de vinte sculos, o chamado mtodo axiomtico.
Preparando-se
para a atividade...
Atividade 3
2
1.
2 Edio
sua resposta
sua resposta
2.
A geometria de Euclides
omo a maioria dos treze livros que compem Os Elementos, o Livro I comea
com uma lista de definies (23, ao todo) sem qualquer comentrio. Na realidade,
as primeiras definies da lista so simplesmente explicaes ou descries para
benefcio do leitor, as quais no chegam a ser utilizadas posteriormente. Euclides utiliza o
termo linha no sentido englobante de linha curva (de comprimento finito), e linha reta para
o que denominamos segmento. Algumas outras diferenas podem ser assinaladas como: o
que Euclides considera tringulo, denominamos, atualmente, regio triangular; quando ele
define crculo, refere-se circunferncia (linha que limita um crculo), sem ter dado a sua
definio etc.
Chamamos a ateno, tambm, para o fato de a geometria proposta por Euclides nOs
Elementos, ser uma geometria sinttica, ou seja, sem nmeros. Isso significa que toda a sua
formulao terica est baseada em um processo de construo sistemtica do pensamento
geomtrico atravs de um princpio lgico-dedutivo, j explicitado nas etapas anteriores desta
aula. Vejamos, a seguir, algumas definies, apresentadas por Euclides em seus Elementos,
extradas do livro O primeiro livro dos Elementos de Euclides, traduo brasileira de Irineu
Bicudo e publicado em 2001 (ver referncias e sugestes de leituras complementares):
2 Edio
uma linha reta a que jaz, por igual, com seus pontos sobre si mesma;
num
ne
caso as linhas contendo o ngulo sejam retas, o ngulo chamado retilneo (reto);
ncaso
uma reta, tendo sido alteada sobre uma reta, faam os ngulos adjacentes iguais,
um ao outro, cada um dos ngulos iguais reto, e a reta que foi alteada chamada
perpendicular quela sobre quese alteou;
num
crculo uma figura plana contida por uma linha (que chamada circunferncia) em
relao a que todas as retas que caem sobre ela (a circunferncia do circulo) a partir de
um ponto, dos jazentes no interior da figura, so iguais entre si;
num
nparalelas
Atividade 4
Consulte alguns livros de matemtica de 5 a 8 sries do Ensino Fundamental e
do Ensino Mdio e verifique como as definies dOs Elementos, de Euclides, so
reelaboradas nos livros consultados. Faa o mesmo para os cinco postulados
apresentados.
10
2 Edio
Leituras Complementares
Para possveis aprofundamentos sobre o tema apresentado nesta aula indicamos a
referncia a seguir.
O PRIMEIRO livro dos Elementos de Euclides. Traduo Irineu Bicudo. Editor geral
John A. Fossa. Natal: SBHMat, 2001. (Srie textos de histria da matemtica, 1).
Neste livro, seu tradutor apresenta os aspectos tericos bsicos ligados construo
da geometria euclidiana. Trata-se da primeira traduo brasileira do livro I dOs Elementos,
de Euclides. O livro est dividido em quatro partes: as definies, os postulados, as noes
comuns e os elementos.
Nas definies, so enunciadas 23 proposies, tomadas como verdades iniciais, nas
quais est apoiada a geometria euclidiana. Nos postulados, so enunciadas 5 proposies
formuladas a partir de algumas definies iniciais. Os postulados so considerados como
verdades a serem aceitas por qualquer leitor dos elementos, pois so indemonstrveis. As
noes comuns so enunciadas atravs de 9 proposies consideradas como verdades
estabelecidas a partir das definies anteriores. A ltima parte contm 48 elementos,
configurados como situaes problemticas que envolvem os aspectos iniciais apresentados
no livro. So explicados de forma demonstrativa, para que seja possvel a sua utilizao na
demonstrao de outras situaes problemticas ligadas geometria euclidiana.
11
Resumo
Nesta aula, voc teve a oportunidade de interpretar alguns aspectos histricos que
cercam o desenvolvimento da geometria enquanto conhecimento matemtico
abordado na escola bsica. Compreendeu, tambm, as origens das prticas de
medio representadas pelas geometrias dos egpcios e babilnios e iniciou
o seu processo de insero na geometria axiomtica proposta por Euclides,
atravs da sua obra principal intitulada Os Elementos. Percebeu, ainda, que a
incurso histrica no mundo da geometria lhe fez ver os aspectos ligados base
estrutural do conhecimento geomtrico e suas relaes com o conhecimento
disseminado pela sociedade e pela cultura escolar hoje. Alm disso, teve a
oportunidade de investigar o desenvolvimento do pensamento geomtrico em
diferentes contextos profissionais existentes na sua comunidade, de modo a
relacionar as prticas investigadas com a geometria aprendida por voc.
12
2 Edio
Auto-avaliao
Com base na leitura do texto e nas atividades desenvolvidas por voc, faa uma anlise
dos principais aspectos mencionados nesta aula.
Que relaes podem ser estabelecidas com a geometria que voc conhece e com
as prticas de medio desenvolvidas em sua comunidade?
Referncias
BARBOSA, Joo Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 6.ed. Rio de Janeiro:
SBM, 2004.
CIRINO, Hlio. Matemtica e gregos. Campinas: tomo, 1986.
DUROZOI, Gerard; ROUSSEL, Andr. Dicionrio de filosofia. Traduo Marina Appenzeller.
3.ed. Campinas: Papirus, 1993.
EVES, Howard. Histria da geometria. Traduo Hygino H. Domingues. So Paulo: Atual,
1992. (Srie tpicos de histria da matemtica para uso em sala de aula, 3).
LOFF, Dina Maria Santos. Algumas actividades didcticas para a introduo da geometria
euclidiana. Coimbra: Universidade de Coimbra, 1993. (Publicaes de histria e metodologia
da matemtica).
LOUREIRO, Cristina et al. Geometria. Lisboa: Ministrio da Educao, 1998.
NEUGEBAUER, Otto. The exact sciences in antiquity. 2.ed. New York: Dover Publications, 1969.
2 Edio
13
14
2 Edio
Anotaes
2 Edio
15
Anotaes
16
2 Edio
2 Edio
D I S C I P L I N A
aula
02
Governo Federal
Presidente da Repblica
Luiz Incio Lula da Silva
Ilustradora
Carolina Costa
Ministro da Educao
Fernando Haddad
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Ronaldo Motta
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Bruno Cruz de Oliveira
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Apresentao
Objetivos
As atividades propostas nesta aula pretendem contribuir para que
voc possa:
1
2
3
2 Edio
Observaes do dia-a-dia
Observe, em seu ambiente de estudo, na sua casa, nos prdios em geral, no trabalho,
na natureza etc.:
n
as estrelas no cu;
o risco feito com o auxlio de uma rgua numa folha de papel sobre uma mesa lisa;
2 Edio
Atividade 1
1
2
3
4.
2 Edio
sua resposta
5.
Uma vez que voc entendeu as idias de ponto, reta e plano, vamos praticar novas atividades,
que nos levem a enunciar alguns fatos novos, envolvendo esses trs elementos bsicos da
geometria. De antemo, acreditamos que j possvel, para voc, assumir que um plano
formado por infinitos pontos e que as retas so subconjuntos especiais de pontos do plano.
Atividade 2
1
2
Usando rgua e lpis ou caneta, tente traar todas as retas que passam
pelo ponto A.
possvel traar todas as retas que passam pelo ponto A? Por qu?
4
5
6
7
8
2 Edio
sua resposta
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Nessa atividade, conclumos que por um ponto dado passam infinitas retas e
Axioma 1 Por dois pontos distintos passa uma nica reta.
Como frisamos na aula 1, os axiomas constituem o alicerce de uma teoria. Daqui para
frente, observe que tudo o que formos deduzir (ou introduzir) ser respaldado por fatos ou
resultados j estabelecidos.
2 Edio
Posio de pontos no
pertencentes a uma reta
Imagine um rio em poca de cheias. As pessoas gostam de ver e viver aquele perodo.
Ficam nas margens do rio, umas de um lado e outras do outro, no verdade? Pois bem,
o mesmo acontece com uma reta. Existem pontos num mesmo lado e pontos em lados
opostos.
Na figura a seguir, A e B esto de um mesmo lado da reta m, enquanto A e C esto em
lados opostos, tudo no mesmo plano.
Figura 1
Posio de pontos
pertencentes a uma reta
Observe os postes de iluminao pblica de sua cidade. comum se dizer que determinado
poste est entre outros dois, no ? A mesma coisa acontece com os pontos de uma reta.
Na figura a seguir, o ponto B est localizado entre A e C, enquanto o ponto C est entre
B e D. Podemos dizer que B est entre A e D?
Figura 2
2 Edio
Voc deve ter respondido, em relao ltima pergunta, que B est entre A e D. Alm
disso, voc tambm percebeu que:
Axioma 2 Dada uma reta, existem pontos que pertencem e pontos que no pertencem a
essa reta.
Axioma 3 Dados trs pontos distintos numa reta, um, e apenas um deles, localiza-se entre
os outros dois.
Axioma 4 Dados dois pontos distintos A e B, numa mesma reta, sempre existe um ponto
C entre A e B e, um ponto D, tal que B est entre A e D.
Reflita bem a respeito dessas trs afirmaes. So novos axiomas e, como os que j
foram inseridos e outros que iremos introduzir neste texto, dispensam prova por serem
suficientemente claros e evidentes.
Desafio
justifique, com base no axioma 4, as afirmaes seguintes.
b)
2 Edio
sua resposta
O conjunto formado pelos pontos distintos A e B sobre uma reta e todos os pontos que
esto entre A e B chamado de segmento de reta AB (ou simplesmente segmento AB).
segmento AB
Figura 3
O conjunto formado pelo segmento AB e por todos os pontos X, tais que B est entre A
e X chamado de semi-reta SAB.
B
semi-reta SAB
Figura 4
J dissemos que dada uma reta m, existem pontos de ambos os lados da reta. Como
decidir se esto em um mesmo lado ou em lados opostos? Veja a figura a seguir e observe
o que ocorre com os segmentos AB e CD em relao reta m.
Figura 5
Atividade 3
Com base nas consideraes apresentadas at agora e na Figura 5, complete
as lacunas vazias das afirmaes seguintes.
a) Dizemos que dois pontos A e B esto de um mesmo lado de uma reta m se
o segmento AB_________________________________
b) Dizemos que dois pontos C e D esto em lados opostos de uma reta m se
o segmento CD ________________________________
c) Os pontos A e E esto ________________________ da reta m.
d) Os pontos B e D esto ________________________ da reta m.
e) Os pontos E e D esto _________________________da reta m.
2 Edio
Na figura a seguir temos, num mesmo plano, uma reta m e um ponto A que no
pertence reta.
Figura 6
Existe uma infinidade de pontos no mesmo lado de A (em relao reta m) e uma
infinidade de pontos que esto no lado oposto.
Pois bem! O conjunto de pontos de m e mais os pontos que esto no mesmo lado de A
chamado de semi-plano determinado por m, contendo A. Esse conjunto representado por PmA.
Reflita sobre o axioma a seguir.
Axioma 5 Uma reta m num plano determina exatamente dois semi-planos distintos, cuja
interseo a reta m.
Antes de passarmos para os axiomas de medio, faremos algumas atividades, com
o objetivo de fixar melhor os conceitos introduzidos nesta etapa, de modo a contribuir para
que voc alcance uma compreenso ampla dos significados desses conceitos.
Atividade 4
Tente desenhar duas retas distintas que se interceptem em dois pontos. No
possvel, voc concorda? _______.
Se elas tivessem dois pontos em comum, coincidiriam, j que por dois pontos
distintos passa uma nica reta. Qual axioma garante isso? _______________
_________________________________.
Concluso: duas retas distintas ou no se interceptam ou se interceptam em um
nico ponto.
Reflita sobre a concluso acima para verificar que com relao posio relativa de
duas retas h trs possibilidades:
n
2 Edio
Atividade 5
Marque, numa folha de papel, dois pontos A e B. Trace (com canetas de cores
diferentes, se possvel) as semi-retas SAB e SBA. Agora responda:
SAB
SAB
Figura 7
Figura 8
10
2 Edio
Correspondncia
biunvoca
o mesmo que
correspondncia um
a um, isto , a cada
elemento de um conjunto
corresponde um nico
elemento do outro e,
reciprocamente.
Atividade 6
Desenhe uma semi-reta SAB e, sobre ela, marque um ponto C, tal que d(A,C)
< d(A,B). Verifique (visualmente) que C est entre A e B. Agora, responda,
justificando.
2 Edio
11
Obs.: note que, nessa atividade, voc tinha trs possibilidades: A entre B e C; B entre
A e C; e C entre A e B. Voc verificou que as duas primeiras no podem ocorrer. Logo, a
terceira tem que ocorrer.
A noo que vamos introduzir agora muito importante e til em nosso cotidiano. a
noo de ngulo, que est relacionada com a idia de declividade e de inclinao, a qual voc
certamente conhece. Reflita um pouco.
Para medir ngulos, vamos usar o grau, mas existem outras unidades, como o grado
e o radiano. O grau foi inventado pelos Babilnios, que usavam um sistema de numerao
sexagesimal, isto , de base 60, que foi sem dvida, uma das maiores contribuies cientficas
dessa civilizao.
Assim como a rgua numerada usada para medir segmentos, o instrumento para
medir ngulos o transferidor.
Para voc ter uma idia da importncia do ngulo, pergunte a um mestre de obras ou
a um marceneiro o que um ngulo de 900, de 450 ou de 300. Veja tambm os telhados dos
prdios e as numeraes contidas nos meridianos do globo terrestre.
ngulo uma figura formada por duas semi-retas com mesma origem. Veja a Figura 9.
Figura 9
Figura 10
12
Figura 11
2 Edio
Figura 12
Figura 13
Figura 14
A Figura 15 mostra dois tipos de transferidores e a medio de dois ngulos. Note que a
posio dos vrtices dos ngulos deve coincidir com a origem (centro) do transferidor, mas
os lados dos ngulos podem ficar em qualquer posio, desde que ambos coincidam com
marcas do transferidor.
Figura 15
Figura 16
2 Edio
13
Figura 17
Sejam SOA, SOB e SOC semi-retas distintas de mesma origem O e A, B e C, pontos distintos. Se
o segmento AB interceptar SOC, dizemos que SOC divide o ngulo AB. Vide ilustrao a seguir:
Figura 18
0
Figura 19
14
2 Edio
Atividade 7
Faa um desenho que corresponda ao axioma 11. Pegue um transferidor e
mea os ngulos AC e CB. Some os valores encontrados. O resultado foi
______________________________.
A medida do ngulo formado por duas semi-retas coincidentes __________
__________________________________________.
Quando duas retas se interceptam num ponto O ficam determinados quatro ngulos,
conforme mostra a Figura 20. O menor desses ngulos definido como o ngulo entre essas
duas retas.
Os pares de ngulos AB e DC, AD e BC so ditos opostos pelo vrtice.
Note que AB + BC = 180, BC + CD = 180 e CD + AD = 180. Confira com um
transferidor!
Figura 20
Atividade 8
1
2 Edio
15
sua resposta
1.
Bravo! Voc acabou de provar que ngulos opostos pelo vrtice tm mesma medida.
2.
Verifique que, se um dos quatro ngulos da Figura 20 (anterior) for reto, os outros trs
tambm sero. Por qu? Quando isso ocorre, dizemos que as duas retas so perpendiculares.
16
2 Edio
Atividade 9
1
Resumo
Nesta aula, apresentamos as noes primitivas de ponto, reta e plano.
Introduzimos os 11 axiomas que relacionam pontos e retas, medio de
segmentos e medio de ngulos. Apresentamos alguns conceitos importantes
e orientamos voc na resoluo de atividades que resultaram em fatos
relevantes da geometria, assim como na prtica de fazer demonstraes, que
fundamental em Matemtica.
2 Edio
17
Auto-avaliao
Responda s seguintes questes, respaldando-se no resumo acima e, quando for o
caso, no detalhamento da aula.
18
Qual o ngulo formado pelos ponteiros das horas e dos minutos de um relgio
quando so 12 horas e 30 minutos?
2 Edio
Referncias
BARBOSA, Joo Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 6.ed. Rio de Janeiro:
SBM, 2004.
O PRIMEIRO livro dos Elementos de Euclides. Traduo Irineu Bicudo. Editor geral John A.
Fossa. Natal: SBHMat, 2001. (Srie textos de histria da matemtica, 1).
LOFF, Dina Maria Santos. Algumas actividades didcticas para a introduo da geometria
euclidiana. Coimbra: Universidade de Coimbra, 1993. (Publicaes de histria e metodologia
da matemtica).
LOUREIRO, Cristina et al. Geometria. Lisboa: Ministrio da Educao, 1998.
OLIVEIRA, A. J. Franco de. Geometria euclidiana. Lisboa: Universidade Aberta, 1995.
RESENDE, Eliane Quelho; QUEIROZ, Maria Lcia Boutorim de. Geometria euclidiana plana
e construes geomtricas. Campinas: Editora da UNICAMP, 2000. (Coleo livro-texto).
2 Edio
19
Anotaes
20
2 Edio
D I S C I P L I N A
aula
03
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Thaisa Maria Simplcio Lemos
Reitor
Jos Ivonildo do Rego
Vice-Reitor
Nilsen Carvalho Fernandes de Oliveira Filho
Secretria de Educao a Distncia
Vera Lcia do Amaral
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East, San Rafael, CA 94901,USA.
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Apresentao
sta aula visa ampliar seu conhecimento acerca dos contedos j abordados nas aulas
anteriores, de modo a familiariz-lo com os conceitos e as construes geomtricas.
Nesse sentido, proporemos experincias prticas envolvendo a noo de ngulo e
sua medio, bem como a compreenso da noo de congruncia entre segmentos de reta,
ngulos e tringulos.
As atividades propostas aqui tomam como referncias algumas atividades desenvolvidas
at a nossa ltima aula. Sempre que for necessrio, recorra ao material anterior.
Objetivos
Esperamos que ao nal desta aula voc possa:
1
2
3
Observando o seu plano (agora com o desenho das duas retas que se cruzaram
no ponto A), diga em quantas partes ele cou dividido aps a dobra e o traado
das duas retas. ___________________ Pinte cada regio desse plano com
cores diferentes.
Na aula anterior, denimos ngulo como uma gura formada por duas semi-retas que
possuem a mesma origem. Na gura seguinte, podemos perceber que o par de semi-retas
representado por AB e AC, ambas de mesma origem A, determina um ngulo entre 0 e 180.
Figura 1
Atividade 2
Nessa atividade, ser necessrio o uso de materiais como: rgua, compasso,
transferidor, lpis ou caneta.
Voc pode construir mais de um tringulo com esses dados? Por qu?
sua resposta
2.
4.
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Atividade 3
3
4
sua resposta
1.
2.
3.
4.
qualquer polgono que tem ngulos internos congruentes entre si dominado eqingulo;
Na aula anterior, voc viu que um ngulo que mede 90 dito um ngulo reto e que as
semi-retas que formam esse ngulo so perpendiculares. Viu, tambm, que um ngulo raso
formado por duas semi-retas opostas e mede 180. H, entretanto, outras caractersticas
que denotam algumas especicaes para os ngulos. Vejamos algumas delas:
se tomarmos o ngulo reto como referncia de medida, teremos, ento, dois grupos de
ngulos: os de medidas menores (agudos) e os de medidas maiores que 90 (obtusos);
ngulo agudo
< 90
Figura 5
ngulo obtuso
> 90
Figura 6
se a soma da medida de dois ngulos adjacentes totalizar 90, esses ngulos sero
ditos complementares;
se a soma da medida de dois ngulos for 180 (ngulo raso ou de meia volta), esses
ngulos sero denominados suplementares.
+ = 90
+ = 180
e so ngulos complementares
e adjacentes
e so ngulos suplementares
e adjacentes
Figura 7
Figura 8
Atividade 4
1
6
7
b)
d)
c)
7
6
8
9
10
10
11
7. a) __________;
b) ___________;
c) ____________;
sua resposta
6.
d) ____________
8.
Podemos denir que o tringulo que possui trs ngulos internos agudos chamado
tringulo acutngulo. O tringulo que possui um ngulo reto denominado de tringulo
retngulo e se tiver um ngulo obtuso denominado de tringulo obtusngulo.
Tringulo acutngulo
Tringulo retngulo
Tringulo obtusngulo
Figura 9
11
Atividade 5
1
5
6
12
sua resposta
1.
2.
3.
4.
se um tringulo tiver um ngulo reto, os outros dois devem ser, obrigatoriamente, agudos;
se um tringulo retngulo for issceles, o ngulo reto formado pelos dois lados
congruentes, e o terceiro lado no pode ser congruente aos outros dois;
13
AC = DF
A
Figura 10
=
=
E
D
Figura 11
C
E
D
Figura 12
14
Desao
Tente demonstrar os casos de congruncia 1 e 2.
Leituras Complementares
BARBOSA, Joo Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 6.ed. Rio de Janeiro:
SBM, 2004.
RESENDE, Eliane Quelho; QUEIROZ, Maria Lcia Boutorim de. Geometria euclidiana plana
e construes geomtricas. Campinas: Editora da UNICAMP, 2000. (Coleo livro-texto).
Resumo
Nesta aula, voc ampliou os conceitos geomtricos j aprendidos anteriormente,
desenvolvendo suas habilidades de construo geomtrica. Realizou
experincias prticas, envolvendo a noo de ngulo, medio angular e a
noo de congruncia entre segmentos de reta, ngulos e, conseqentemente,
entre tringulos. Para tanto, deniu ngulo e inferiu as relaes de congruncia
envolvendo lados e/ou ngulos, implicando a igualdade geomtrica de dois
tringulos. Por m, caracterizou as propriedades de congruncia de ngulos e
de tringulos (critrios de congruncia).
Auto-avaliao
A partir de uma reexo sobre tudo o que vimos nesta aula, analise os principais aspectos
abordados nesta etapa do nosso estudo. As questes a seguir nortearo suas reexes.
Aps o desenvolvimento das atividades propostas nesta aula, como voc conceitua
ngulo, tomando como base as noes intuitivas de ponto e reta, j aprendidas
anteriormente?
Aula 03 Geometria Plana e Espacial
15
De que modo voc consegue denir ngulo a partir dos conceitos construdos?
Referncias
BARBOSA, Joo Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 6.ed. Rio de Janeiro:
SBM, 2004.
LOFF, Dina Maria Santos. Algumas actividades didcticas para a introduo da geometria
euclidiana. Coimbra: Universidade de Coimbra, 1993. (Publicaes de histria e metodologia
da matemtica).
LOUREIRO, Cristina et al. Geometria. Lisboa: Ministrio da Educao, 1998.
OLIVEIRA, A. J. Franco de. Geometria euclidiana. Lisboa: Universidade Aberta, 1995.
O PRIMEIRO livro dos Elementos de Euclides. Traduo Irineu Bicudo. Editor geral John A.
Fossa. Natal: SBHMat, 2001. (Srie textos de histria da matemtica, 1).
RESENDE, Eliane Quelho; QUEIROZ, Maria Lcia Boutorim de. Geometria euclidiana plana
e construes geomtricas. Campinas: Editora da UNICAMP, 2000. (Coleo livro-texto).
16
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Apresentao
esta aula, abordaremos o Teorema do ngulo Externo, mostrando a relao entre
ngulos internos e externos de um tringulo, suas conseqncias e aplicaes.
Introduziremos a noo de Desigualdade Triangular, que uma condio
fundamental para a construo de tringulos, como tambm outras relaes envolvendo
ngulos e lados.
Objetivos
A partir do material apresentado nesta aula, esperamos que voc
possa:
1
2
3
Figura 1
Usando o transferidor, voc constata que um ngulo externo sempre maior que
qualquer dos ngulos internos no adjacentes. Verique!
Esse resultado, no entanto, pode ser demonstrado sem o auxlio do transferidor e
conhecido por Teorema do ngulo Externo.
Figura 2
Figura 3
Corolrio um resultado
mais simples que decorre
de uma proposio ou
teorema.
ngulo agudo
aquele cuja medida
inferior a 90.
B
Figura 4
Figura 5
Atividade 1
1
2
Tringulo Retngulo
aquele que possui um
ngulo reto.
Atividade 2
Reita um pouco e responda s questes abaixo.
a)
b)
sua resposta
c)
Figura 6
Atividade 3
1
5
6
sua resposta
5.
6.
Obs1: A reta que voc acabou de traar nica, pois se voc conseguisse traar duas, como
sugere a Figura 7 a seguir, obteria um tringulo com dois ngulos retos. Justique por que
tal tringulo no existe (vide corolrio 2 da proposio 1).
Figura 7
Figura 8
Use um transferidor para medir os ngulos e uma rgua para medir os lados. Lembrese de que as medies feitas com esses instrumentos so aproximadas.
Proposio 3 Se dois lados de um tringulo no so congruentes, ento seus ngulos
opostos no so congruentes e o maior ngulo ope-se ao maior lado.
Proposio 4 Se dois ngulos de um tringulo no so congruentes, ento seus lados
opostos no so congruentes e o maior lado ope-se ao maior ngulo.
A prova da primeira parte das proposies 3 e 4 ca como exerccio (vide auto-avaliao
da aula 3). A Figura 9 a seguir ilustra a prova da segunda parte da proposio 3.
Figura 9
Atividade 4
Como BC > AC, podemos marcar D em BC de modo que CD = AC.
1.
2.
sua resposta
Considerando
Figura
9: e isso voc far na atividade a seguir.
Falta
provar queaCB
> ABC
3.
4.
Atividade 5
sua resposta
1.
2.
3.
Figura 10
10
Atividade 6
Com base na Figura 10, responda ao que se pede.
1.
2.
3.
4.
11
Desigualdade triangular
Dados trs pontos distintos A, B e C no plano, segue que AC d AB + BC e a igualdade
ocorre se, e somente se, B pertencer ao segmento AC. Analogamente, AB d BC + AC e
BC d AB + AC.
Convidamos voc para reetir sobre a igualdade dessa proposio, j que a desigualdade
conseqncia da proposio 5.
Vejamos agora como construir um tringulo, dadas as medidas dos seus lados, ou, o
que equivalente, dados os segmentos que formam seus lados.
Segmento 1
Segmento 2
Segmento 3
a
b
c
Construo do tringulo
1. Trace uma reta auxiliar (tracejada) e, sobre ela, ponha (trace) o segmento 1. Marque,
nas extremidades desse segmento, os pontos A e B.
Ponta seca
Os compassos possuem
uma ponta de metal,
chamada ponta seca, e
outra onde ca o grate.
Figura 11
12
Atividade 7
Em uma folha em branco:
B
Figura 12
Figura 13
13
sua resposta
Atividade 8
1
1.
2.
Em Fsica, existe um princpio que diz o seguinte: quando um raio de luz incide num
espelho, o ngulo de incidncia igual ao ngulo de reexo. Reita sobre esse fato e
relacione-o com o problema anterior.
Converse com o professor de fsica sobre esse princpio e relacione-o com o problema
anterior (caso 2). Ainda sobre o problema anterior podemos imaginar que os pontos A e B
so duas casas e que uma pessoa sai da casa A para apanhar gua no rio e levar para a casa
B. A Soluo apresentada para o problema seria o caminho mais curto que essa pessoa
poderia percorrer.
Na aula 3, apresentamos os trs primeiros casos de congruncia de tringulos, LLL
(lado, lado, lado), LAL (lado, ngulo, lado) e ALA (ngulo, lado, ngulo). A partir dos estudos
desenvolvidos na presente aula, podemos apresentar o quarto caso, LAA (lado, ngulo, ngulo).
Caso LAA Sejam ABC e DEF dois tringulos com AB = DE, B = E e C = F. Ento, ABC = DEF.
Prova
Se BC = EF, teramos ABC = DEF, pelo caso LAL.
Se BC > EF, tome X na semi-reta SBC com BX = EF, conforme gura a seguir.
14
Figura 14
Pelo caso LAL, temos que ABX = DEF. Conseqentemente, AXB = DFE (I).
Por outro lado, AXB ngulo externo do tringulo AXC, do qual ACX ngulo no
adjacente. Assim, pelo Teorema do ngulo Externo, AXB > ACX e, portanto, AXB > DFE,
contradizendo (I). Ento, a suposio BC > EF est descartada.
Da mesma forma, admitindo BC < EF, chegaremos a uma contradio.
Concluso: BC = EF e, portanto, ABC = DEF.
Atividade 9
2.
sua resposta
1.
15
Para concluir esta aula, vamos apresentar os casos de congruncia especcos para
tringulos retngulos.
LLA no , em geral, caso de congruncia de tringulos, conforme mostra a gura a
seguir, onde a AD = AC.
Figura 15
Figura 16
Figura 17
16
Atividade 10
1
5
6
1.
2.
sua resposta
3.
17
4.
Desao
Demonstre a proposio 8.
Resumo
Nesta aula, voc tomou conhecimento do Teorema do ngulo Externo e suas
principais conseqncias, destacando-se a Desigualdade Triangular e as relaes
entre lados e ngulos opostos de um tringulo. Percebeu sua importncia na
resoluo de problemas do cotidiano e na obteno de novos resultados. Alm
disso, teve a oportunidade de participar, ativamente, de algumas demonstraes
(provas), desenvolvendo uma habilidade fundamental, que o raciocnio lgico
dedutivo.
18
Auto-avaliao
1
Prove que todo tringulo retngulo possui dois ngulos externos obtusos.
Diga por que num tringulo retngulo os catetos so menores que a hipotenusa.
Ilustrativamente
Figura 18
19
Referncias
BARBOSA, Joo Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 6.ed. Rio de Janeiro:
SBM, 2004.
O PRIMEIRO Livro dos Elementos de Euclides. Traduo Irineu Bicudo. Editor geral John A.
Fossa. Natal: SBHMat, 2001. (Srie textos de histria da matemtica, 1).
LOFF, Dina Maria Santos. Algumas actividades didcticas para a introduo da
geometria euclidiana. Coimbra: Universidade de Coimbra, 1993. (Publicaes de histria
e metodologia da matemtica).
LOUREIRO, Cristina et al. Geometria. Lisboa: Ministrio da Educao, 1998.
OLIVEIRA, A. J. Franco de. Geometria Euclidiana. Lisboa: Universidade Aberta, 1995.
RESENDE, Eliane Quelho; QUEIROZ, Maria Lcia Boutorim de. Geometria euclidiana plana
e construes geomtricas. Campinas: Editora da UNICAMP, 2000. (Coleo livro-texto).
20
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aula
05
Governo Federal
Presidente da Repblica
Luiz Incio Lula da Silva
Ilustradora
Carolina Costa
Ministro da Educao
Fernando Haddad
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- Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Apresentao
esta aula, abordaremos as retas paralelas, cuja existncia conseqncia dos
postulados introduzidos na aula 4. Apresentaremos um mtodo para desenhar esse
tipo de retas e o fato fundamental de que duas retas paralelas a uma terceira e com
um ponto em comum so coincidentes. Alm de outros resultados importantes, destacamos
o valor da soma das medidas dos ngulos internos de um tringulo e o axioma das paralelas,
que caracteriza a Geometria Euclidiana.
Objetivos
Ao nal desta aula, esperamos que voc seja capaz de:
1
2
3
4
alternos,
r
t
s
Figura 1
Figura 2
1
2
r
s
t
Figura 3
Proposio 2 Se os ngulos e
paralelas.
A atividade a seguir a demonstrao dessa Proposio
Atividade 1
Suponha que as retas r e s da gura 3 se interceptam num ponto do semi-plano
direita da reta t. Nesse caso, teramos trs pontos: um da interseco de r com
s e dois da interseco de r e s com t.
Os segmentos que ligam esses pontos formam um _____________.
O ngulo 1 ngulo externo desse tringulo, enquanto o ngulo 2 ngulo
interno no adjacente. Portanto, ______________________.
Como sabemos, por hiptese, o ngulo 1 congruente ao ngulo 2. Logo,
conclumos que ___________________________________.
Atividade 2
Na Figura 4 temos duas retas paralelas r e s, uma reta transversal t e oito
ngulos:
t
Figura 4
B
Figura 5
+ + = 180.
Atividade 3
Justique todas as armaes feitas na demonstrao da proposio 3.
sua resposta
1.
A proposio 3 gera uma srie de resultados que voc concluir na atividade 4, a seguir.
Atividade 4
Prove que:
1
2
4
6
sua resposta
1.
2.
3.
4.
d(P,r)=PQ
r
Q
Figura 6
A distncia entre duas retas paralelas a distncia de um ponto de uma das retas a
outra. A proposio 4 diz que a distncia entre duas retas no depende da escolha do ponto
tomado sobre uma delas. Um paralelogramo um quadriltero cujo os lados opostos so
paralelos.
Aula 05 Geometria Plana e Espacial
C
r
Figura 7
= .
C
Figura 8
Atividade 5
1
Maravilha!
Voc acabou de provar que as diagonais
de um paralelogramo se interceptam em
seus pontos mdios.
C
Figura 9
B
Figura 10
Figura 11
10
Figura 12
Figura 13
11
Atividade 6
sua resposta
1.
12
XB
YD
X
B
A
Y
C
Figura 14
Proposio 10 Se uma reta paralela a um dos lados de um tringulo corta os outros dois
lados, ento ela os divide na mesma razo.
A
B
Figura 15
AD
AE
DC EB
Para encerrar esta aula, apresentamos uma conseqncia desse resultado, de grande
importncia e utilidade em nosso cotidiano: o Teorema de Tales.
Teorema de Tales
Se duas retas so transversais a trs ou mais retas paralelas, ento a razo entre
os comprimentos de dois segmentos quaisquer de uma delas igual a razo entre os
comprimentos dos segmentos correspondentes da outra.
13
Atividade 7
Faa guras considerando na mesma reta transversal razes 1 1 etc e com
2 3
a rgua, mea os correspondentes segmentos na outra transversal para que
voc se convena desse resultado.
Desao
Dado um segmento AB qualquer, encontre um procedimento para dividi-lo em
cinco partes iguais. Seu procedimento vlido para a diviso em sete partes
iguais? vlido para qualquer nmero de partes?
Resumo
Nesta aula, voc tomou conhecimento do axioma das paralelas e de uma
srie de resultados decorrentes. Percebeu que por um ponto fora de uma reta
passa uma nica paralela reta dada, que a soma dos ngulos internos de um
tringulo 180 e estudou as caractersticas dos diversos tipos de quadrilteros.
Compreendeu, tambm, o teorema fundamental da proporcionalidade e o
Teorema de Tales, alm de algumas aplicaes interessantes.
Auto-avaliao
Releia a aula, reita sobre tudo o que zemos e tente responder s questes que seguem.
1
14
Se um tringulo retngulo possui um ngulo que mede 30, mostre que o cateto
oposto a esse ngulo mede a metade da hipotenusa.
5
6
7
Referncias
BARBOSA, Joo Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 6.ed. Rio de Janeiro:
SBM, 2004.
BARBOSA, Joo Lucas Marques. Geometria hiperblica. Rio de Janeiro: SBM, 2004.
O PRIMEIRO Livro dos Elementos de Euclides. Traduo Irineu Bicudo. Editor geral John A.
Fossa. Natal: SBHMat, 2001. (Srie textos de histria da matemtica, 1).
LOFF, Dina Maria Santos. Algumas actividades didcticas para a introduo da
geometria euclidiana. Coimbra: Universidade de Coimbra, 1993. (Publicaes de histria
e metodologia da matemtica).
LOUREIRO, Cristina et al. Geometria. Lisboa: Ministrio da Educao, 1998.
OLIVEIRA, A. J. Franco de. Geometria euclidiana. Lisboa: Universidade Aberta, 1995.
RESENDE, Eliane Quelho; QUEIROZ, Maria Lcia Boutorim de. Geometria euclidiana plana
e construes geomtricas. Campinas: Editora da UNICAMP, 2000. (Coleo livro-texto).
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Anotaes
D I S C I P L I N A
aula
06
Governo Federal
Presidente da Repblica
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Apresentao
as aulas anteriores, voc explorou alguns elementos geomtricos que lhe ajudaram
a compreender as formas do mundo que nos rodeia. Dentre eles, h aqueles que so
fundamentais para esta aula: ngulos, tringulos e congruncia. Das exploraes
estabelecidas, uma delas relaciona-se aos critrios para a vericao da igualdade geomtrica
entre dois tringulos e ser de suma importncia para o desenvolvimento das atividades
propostas: a semelhana.
Nesse sentido, voc ampliar seu conhecimento acerca da geometria dos tringulos,
estabelecendo especicamente relaes comparativas entre os mesmos. Para tanto, observe
e analise as diversas situaes cotidianas em que se faz necessrio um exerccio da sua
imaginao geomtrica e da comparao visual entre os objetos do mundo.
partindo dessas relaes comparativas que voc estabelecer semelhanas e diferenas
entre as formas geomtricas do mundo, principalmente em se tratando dos tringulos: uma
das formas bastante exploradas por toda a geometria, em todos os tempos.
Objetivos
Esperamos que, ao nal desta aula, voc possa:
1
2
3
Noo de semelhana
entre as formas do mundo
m nosso contexto dirio, comum nos depararmos com situaes nas quais
necessrio exercitarmos o nosso pensamento comparativo para estabelecer relaes
entre as formas geomtricas que vemos e construmos. Tais relaes so efetivadas
medida que exploramos nosso sentido comparativo, buscando estabelecer diferenas e
semelhanas entre os distintos objetos geomtricos observados. Dessa atividade, surge a
noo de semelhana entre as formas do mundo.
Voc j deve ter passado por alguma situao embaraosa, como a que narraremos a
seguir.
H algum tempo, vem aumentando o nmero de conjuntos residenciais nos bairros
afastados, em zonas perifricas das cidades. Notamos, entretanto, que as casas possuem
o mesmo formato, a mesma cor e o mesmo tamanho do terreno em que esto localizadas,
diferenciando-se apenas na localizao e, portanto, na numerao de cada uma delas. Em
casos como esse, se voc no se orientar de forma correta, certamente confundir as casas.
Por que isso acontece? Podemos admitir que devido serem aparentemente iguais e o nmero
de cmodos ser, tambm, o mesmo, nos confundiremos se no nos orientarmos por outros
meios de referncia, alm da caracterstica fsica dessas residncias.
Nesse caso, podemos dizer que as casas so semelhantes umas s outras. A idia de
semelhana, portanto, nos leva a concluir que duas guras passam a ser semelhantes, uma
outra, sempre que tm a mesma forma, os mesmos elementos caractersticos, mas no,
necessariamente, o mesmo tamanho. Dessa maneira, podemos observar algumas guras e
vericar se so ou no semelhantes.
Atividade 1
1
a)
Figura 1
Figura 2
b)
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
Figura 7
sua resposta
1.
Atividade 2
1
Planta 1
Planta 2
Figura 8
Figura 9
lados
opostos
aos
ngulos
congruentes
so
proporcionais?
1. a)
2. b)
sua resposta
_____________________________________.
Denio
Dois tringulos so ditos semelhantes, se cada ngulo de um deles congruente a um
ngulo do outro e os respectivos lados so proporcionais.
Os lados opostos aos ngulos congruentes, nos respectivos tringulos, so ditos lados
homlogos.
O item 2 da atividade 2 nos leva a concluir que os lados homlogos de tringulos
semelhantes so proporcionais.
Observao
Se dois tringulos ABC e DEF so semelhantes, simbolizamos esse fato da seguinte
maneira: ABC DEF.
Vejamos, a seguir, alguns casos de semelhana entre dois tringulos, levando em
considerao as relaes entre seus lados e seus ngulos.
1. Dois ngulos congruentes
Dois tringulos so considerados semelhantes, se dois ngulos de um so congruentes
a dois ngulos do outro.
Figura 10
Se = e = , ento + = + .
No primeiro tringulo, temos que + + = 180. Logo, + = 180 - . Analogamente,
no segundo tringulo, + + = 180. Assim, + = 180 - . Podemos perceber, portanto,
que = . Nessas condies, conclumos nalmente que ABC DEF.
2. Dois lados Proporcionais
Dois tringulos so semelhantes, se possuem dois pares de lados correspondentes
proporcionais, e os ngulos formados por esses lados so congruentes.
Figura 11
Como
e AB = BC = 2, ento, ABC
EF
FG
Se =
EFG
Exemplo
Na gura a seguir, observe que os dois tringulos so semelhantes. Conseqentemente,
o valor de x igual a 8 e pode ser determinado a partir de uma relao de proporcionalidade
estabelecida entre os lados homlogos.
B
6
D
x
C
3
A
Figura 12
Nesse caso, perceba que, ao comparar os dois tringulos, voc notar imediatamente
que h correlaes entre os lados BC e AD, assim como entre DE e EC (homlogos). Como
BC = 6; AD = 3; DE = 4 e EC = x, estabelecemos uma relao de proporcionalidade entre os
lados homlogos. Assim:
Figura 13
Nos tringulos anteriores, voc pde observar que h uma relao de proporcionalidade
entre os lados, dada por
AC = BC = AB = 2
RT
ST
RS
e uma relao de congruncia entre os ngulos, na qual
= ; = e = .
Atividade 3
1
2
Figura 14
Figura 15
Figura 14
Figura 16
sua resposta
1.
2.
Atividade 4
Utilizando rgua, compasso e transferidor, faa as seguintes atividades.
Observe a gura abaixo e construa um tringulo ABC a partir das seguintes
orientaes.
M
90
60
30
Figura 17
c) Trace
Aplicaes de semelhana
entre dois tringulos
Os casos de semelhana mencionados nesta aula podem ser muito teis para o
desenvolvimento de outras propriedades geomtricas dos tringulos retngulos. Vejamos
algumas aplicaes desses casos e suas implicaes.
Seja ABC um tringulo, retngulo em A. Seja AH a altura desde A hipotenusa BC. Com
isso, mostraremos que:
ABC
ACH
ABC
ABH
ACH
ABH
Figura 18
10
Considerando os ngulos, , , , , ,
algumas relaes:
como o ngulo reto (90), temos que + = 90 e + = 90. Dessas duas relaes,
podemos concluir que = ;
como um ngulo comum aos tringulos ABC e ACH, ento, esses tringulos so
semelhantes.
De modo anlogo, mostra-se que ABC
ABH.
11
Atividade 5
A forma triangular aparece em diversas estruturas, como portes, telhados, entre
outras. Os telhados que possuem essa forma, conforme o tipo de telha utilizada,
necessitam do uso de vigotas, vigas, caibros ou ripas. Dependendo do tamanho
da casa, haver, pelo menos, trs dessas armaes (tesouras). As Figuras 19 e
20 representam alguns casos de telhados que utilizam a forma de tringulos em
sua estrutura.
Figura 19
Figura 20
sua resposta
12
a)
b)
Leituras Complementares
BARBOSA, Joo Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 6.ed. Rio de Janeiro:
SBM, 2004.
O livro de Joo Lucas Barbosa apresenta um aprofundamento sobre o tema aqui
abordado e tem como principal caracterstica a formalizao dos conceitos e propriedades
desenvolvidas nesta aula. Os exerccios presentes no livro so de fundamental importncia
para o aprimoramento do formalismo geomtrico do professor em formao.
RESENDE, Eliane Quelho; QUEIROZ, Maria Lcia Boutorim de. Geometria euclidiana plana
e construes geomtricas. Campinas: Editora da UNICAMP, 2000. (Coleo livro-texto).
O livro apresenta uma viso da geometria euclidiana plana com construes geomtricas,
de modo que estas possam ser utilizadas como apoio para complementar e auxiliar o
aprendizado desse assunto. O contedo est distribudo em 14 captulos, dos quais a metade
refere-se s conceituaes, relaes e propriedades geomtricas no plano. A outra metade
traz uma srie de atividades voltadas ao uso dos instrumentos de desenho geomtrico, tendo
em vista dar suporte para a compreenso dos conceitos estabelecidos teoricamente.
ROSA NETO, Ernesto. Sada pelo tringulo. Semelhana de tringulos. So Paulo: tica,
1988. (Srie A descoberta da matemtica).
O livro de Ernesto Rosa Neto constitui-se em um material de carter paradidtico a
ser utilizado nas aulas de Matemtica em nvel de Ensino Fundamental (especicamente no
4 ciclo). Todavia, apresenta uma possibilidade construtiva muito ampla para aqueles que
tm diculdade em compreender conceitualmente os aspectos ligados aos estudos sobre
semelhana entre guras geomtricas, principalmente sobre tringulos.
Resumo
No desenvolvimento desta aula, exploramos aspectos lgicos que nos fazem
estabelecer comparaes entre as formas geomtricas, de modo a relacionar
as diferenas e semelhanas entre duas ou mais guras. Experimentalmente,
abordamos mais especicamente as formas triangulares. Nesse sentido,
estabelecemos critrios de semelhana entre dois tringulos, bem como
oferecemos subsdios matemticos para que fosse possvel determinar a sua
razo de semelhana.
13
Auto-avaliao
A partir da explorao do texto e do desenvolvimento das atividades experimentais
realizadas nesta aula, como voc avalia o seu aprendizado? Considere os seguintes
questionamentos bsicos.
Referncias
BARBOSA, Joo Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 6.ed. Rio de Janeiro:
SBM, 2004.
LIMA, Elon Lages. Medida e forma em geometria. Rio de Janeiro: SBM, 1991.
LOFF, Dina Maria Santos. Algumas actividades didcticas para a introduo da geometria
euclidiana. Coimbra: Universidade de Coimbra, 1993. (Publicaes de histria e metodologia
da matemtica).
LOUREIRO, Cristina et al. Geometria. Lisboa: Ministrio da Educao, 1998.
OLIVEIRA, A. J. Franco de. Geometria Euclidiana. Lisboa: Universidade Aberta, 1995.
RESENDE, Eliane Quelho; QUEIROZ, Maria Lcia Boutorim de. Geometria euclidiana plana
e construes geomtricas. Campinas: Editora da UNICAMP, 2000. (Coleo livro-texto).
ROSA NETO, Ernesto. Sada pelo tringulo. Semelhana de tringulos. So Paulo: tica,
1988. (Srie A descoberta da matemtica).
14
Anotaes
15
Anotaes
16
D I S C I P L I N A
aula
07
Governo Federal
Presidente da Repblica
Luiz Incio Lula da Silva
Ilustradora
Carolina Costa
Ministro da Educao
Fernando Haddad
Secretrio de Educao a Distncia SEED
Ronaldo Motta
Editorao de Imagens
Adauto Harley
Carolina Costa
Diagramadores
Bruno Cruz de Oliveira
Maurcio da Silva Oliveira Jnior
Thaisa Maria Simplcio Lemos
Reitor
Jos Ivonildo do Rego
Vice-Reitor
Nilsen Carvalho Fernandes de Oliveira Filho
Secretria de Educao a Distncia
Vera Lcia do Amaral
Imagens Utilizadas
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East, San Rafael, CA 94901,USA.
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Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorizao expressa da UFRN
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Apresentao
Objetivos
Esperamos que, ao nal desta aula, voc possa:
1
2
3
4
Para construirmos um cubo semelhante ao anterior (Figura 1), podemos partir de uma
forma plana (Figura 2), como a apresentada a seguir.
Observe: ao abrirmos o cubo, planicando-o, percebemos que foram gerados seis quadrados
correspondentes s seis faces da Figura 1. Isso mostra que cada gura espacial composta
da combinao de vrias formas planas, conforme a gura. Assim, podemos dizer que o tipo
de face e o modo como cada uma delas distribuda determinam o tipo de forma slida a
ser construda.
Como podemos, ento, saber quando um poliedro regular ou no? Como j dissemos
anteriormente, um poliedro regular quando possui todas as faces iguais, ou seja,
congruentes, e em todos os vrtices concorrem o mesmo nmero de arestas. o caso do
cubo, j citado.
Outro exemplo muito conhecido a pirmide de base triangular, cujas faces iguais tm a
forma de um tringulo eqiltero. Essa pirmide tambm chamada de tetraedro regular.
Alm das guras mencionadas anteriormente, h outras que so geradas a partir de algumas
alteraes nas medidas horizontais ou verticais de suas faces. Vejamos algumas delas.
a
a
Figura 5
b
a
a
Figura 6
Atividade 1
1
Figura
N de
faces
N de
arestas
N de faces
quadradas
N de faces
retangulares
N de faces
triangulares
Fig. 1
Fig. 3
Fig. 6
2
3
Observao: nas construes com cartolina deixamos pequenas abas para que
o modelo possa ser colado.
sua resposta
1.
o hexaedro possui seis faces representadas por quadrados, como j vimos, tambm,
nesta aula;
Atividade 2
1
1.
sua resposta
2.
3.
Figura 7 Prismas retos de bases triangular (a), pentagonal (b), hexagonal (c) e octogonal (d)
Na Figura 7, voc pode observar que cada prisma denominado conforme o polgono
que compe as suas bases, ou seja, tringulo, pentgono, hexgono e octgono. Nas Figuras
5 e 6, porm, as bases de cada um dos prismas um retngulo ou quadrado. Nesse caso,
recebem o nome de paraleleppedos, por terem como bases paralelogramos.
Alm dos prismas retos, podemos encontrar guras slidas sob a forma de prismas
oblquos, ou seja, aqueles em que a base no perpendicular a cada face lateral. Nesses
prismas nem todas as faces laterais so retangulares. Vejamos alguns exemplos:
a) aquelas que lembram as latas de leite em p, os barris de carregar gua, alguns lates de
tinta, entre outros, so chamadas de cilindro;
Figura 9 Cilindros
b) aquelas que lembram algumas lamparinas do interior, alguns chapus de palhao, tendas
de circo, um funil, entre outros objetos do seu cotidiano. So os chamados cones;
Figura 10 Cones
c) aquelas que lembram a bola de futebol, o globo terrestre, frutos como a laranja, as bolas
de gude, entre outros objetos de manuseio dirio. a chamada esfera, a qual se apia
apenas em um ponto que tangencia (toca) a sua base horizontal de apoio.
Figura 11 Esfera
Atividade 3
1
3
4
L
O
J
A
LOJA
10
sua resposta
1.
2.
3.
4.
11
sua resposta
5.
6.
Atividade 4
Foi construda uma estufa, no sentido de desenvolver algumas espcies de
vegetais, para plantao em larga escala. A referida estufa tem o formato similar
gura a seguir.
12
1
2
2.
sua resposta
1.
13
Leituras Complementares
BRITO, Arlete de Jesus; CARVALHO, Dione Lucchesi de. Geometria e outras metrias. Natal:
Editora da SBHMat, 2001. Editor geral John A. Fossa. (Srie textos de histria da matemtica, 2).
O livro aborda a geometria em trs aspectos: conceitos e procedimentos; representaes
geomtricas e mtodos. Cada um desses aspectos est apoiado por blocos de atividades a
serem desenvolvidas pelos interessados no ensino e na aprendizagem da Geometria.
KALEFF, Ana Maria; REI, Dulce Monteiro. Varetas, canudos arestas e slidos geomtricos. Revista
do Professor de Matemtica, Rio de Janeiro, n. 28, p. 29-36, 2 quadrimestre de 1995.
Sugerimos que voc consulte essa revista, publicada pela Sociedade Brasileira de
Matemtica, pois h um artigo sobre as prticas e a construo de slidos geomtricos
atravs do uso de canudinhos, barbante ou arame.
MARANHO, Maria Cristina S. de A. Matemtica. So Paulo: Cortez, 1991. (Coleo
magistrio 2 grau. Srie formao geral).
Nesse livro, voc obter outras orientaes sobre a construo de slidos geomtricos
atravs do uso de cartolina, de modo a explorar todos os elementos estruturais que envolvem
essas construes. Nessas atividades, voc compreender, de forma prtica, as relaes
plano-espao e espao-plano que envolvem as construes geomtricas.
MACHADO, Nilson Jos. Os poliedros de Plato e os dedos da mo. 2.ed. So Paulo:
Scipione, 1990. (Coleo vivendo a matemtica).
Trata-se de um pequeno livro paradidtico, indicado aos estudantes do 3 e 4 ciclos
do Ensino Fundamental (5 a 8 sries). Nele, so abordados aspectos bsicos referentes
construo de poliedros a partir de formas geomtricas planas.
Resumo
Nesta aula, voc reconheceu as formas geomtricas espaciais a partir da
explorao do seu ambiente; estabeleceu relaes espao-plano e planoespao entre essas formas; construiu as formas geomtricas planas a partir das
relaes estabelecidas e identicou as caractersticas das guras geomtricas
planas a partir, tambm, das relaes estabelecidas.
14
Auto-avaliao
1
de que maneira possvel estabelecer as relaes espao-plano e planoespao entre as formas geomtricas observadas em seu contexto?
Referncias
BARBOSA, Joo Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 6.ed. Rio de Janeiro:
BM, 2004.
BRITO, Arlete de Jesus; CARVALHO, Dione Lucchesi de. Geometria e outras metrias. Natal:
Editora da SBHMat, 2001. Editor geral John A. Fossa. (Srie textos de histria da matemtica, 2).
KALEFF, Ana Maria; REI, Dulce Monteiro. Varetas, canudos arestas e slidos geomtricos. Revista
do Professor de Matemtica, Rio de Janeiro, n. 28, p. 29-36, 2 quadrimestre de 1995.
LOUREIRO, Cristina et al. Geometria. Lisboa: Ministrio da Educao, 1998.
MACHADO, Nilson Jos. Os poliedros de Plato e os dedos da mo. 2.ed. So Paulo:
Scipione, 1990. (Coleo vivendo a matemtica).
MARANHO, Maria Cristina S. de A. Matemtica. So Paulo, Cortez, 1991. (Coleo
magistrio 2 grau. Srie formao geral).
OLIVEIRA, A. J. Franco de. Geometria Euclidiana. Lisboa: Universidade Aberta, 1995.
RESENDE, Eliane Quelho; QUEIROZ, Maria Lcia Boutorim de. Geometria euclidiana plana
e construes geomtricas. Campinas: Editora da UNICAMP, 2000. (Coleo livro-texto).
15
Anotaes
16
D I S C I P L I N A
Explorando a trigonometria
nas formas geomtricas
Autores
Iran Abreu Mendes
Jos Querginaldo Bezerra
aula
08
Governo Federal
Presidente da Repblica
Luiz Incio Lula da Silva
Ilustradora
Carolina Costa
Ministro da Educao
Fernando Haddad
Secretrio de Educao a Distncia SEED
Ronaldo Motta
Editorao de Imagens
Adauto Harley
Carolina Costa
Diagramadores
Bruno Cruz de Oliveira
Maurcio da Silva Oliveira Jnior
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Reitor
Jos Ivonildo do Rego
Vice-Reitor
Nilsen Carvalho Fernandes de Oliveira Filho
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Apresentao
explorao do mundo das formas geomtricas realizada at agora contribuiu para
a formulao de uma srie de princpios lgicos que explicam as propriedades
caractersticas da geometria euclidiana. As relaes entre ngulos e suas medidas,
j exploradas em aulas anteriores, so de fundamental relevncia para a ampliao do
conhecimento geomtrico a ser construdo por voc.
Objetivos
Ao nal desta aula, voc dever:
1
2
3
Noes de trigonometria
e sua histria
s homens, desde o incio dos tempos, questionam-se sobre o quanto a Geometria
pode ser explorada no mundo. A Geometria grega, por exemplo, foi aplicada medida
dos Cus, o que resultou na criao da Trigonometria (medidas de tringulos). A
explorao do tamanho da Terra e da distncia da Terra em relao ao Sol ou Lua foram
efetuadas, dando incio era das medies celestiais, envolvendo nmeros e formas, alm
daqueles manipulados cotidianamente pela sociedade.
Os antigos babilnios e egpcios conheciam e usavam alguns fatos sobre razes entre
os lados de tringulos semelhantes, mas no dominavam teoricamente o assunto. J os
gregos, iniciaram um processo de sistematizao desse conhecimento com a elaborao da
Trigonometria.
No se sabe bem quando o uso sistemtico da circunferncia foi concretizado na
matemtica, mas isso parece dever-se em grande parte a Hiparco (cerca de 180 - 125 a.
C.), que construiu sua tabela de cordas, inuenciada pela astronomia babilnica, a partir do
sistema de numerao sexagesimal.
Os termos seno e coseno surgiram a partir das necessidades de resoluo de certos
problemas inseridos no contexto da astronomia, atravs da funo corda (segmento de reta
que une os dois pontos extremos de um arco de circunferncia), ou seja, a corda do ngulo
(simbolizada como Crd ), estudada por alguns gregos antes da era crist (gura a seguir).
A
r
O
T
2
r
C
Figura 1
Crd
Crd T = AP = 2
2r
r
OA
O seno era chamado Jya, uma das vrias graas para a palavra corda em hindu. Ao
ser lida incorretamente como Jayb (bolso, golfo, seio), os rabes transliteraram para jyb.
Quando traduzida para o latim por Gerardo de Cremona (cerca de 1150), tornou-se Sinus e
foi traduzido para a lngua portuguesa como o vocbulo seno. Somente por volta do sculo
XVII, introduz-se na Matemtica o termo co-sinus signicando o seno complementar de um
ngulo, ou seja, o coseno.
Do tringulo APO, temos que
Crd T
2 = Sen T ; logo
Sen T = Crd T
r
2
2r
2
Na gura anterior, o Cos T determinado a partir da relao de semelhana entre os
2
tringulos ABC e APO. Vejamos:
como ABC
APO, ento
BC = OP . Logo
r
2r
Cos T = OP
2
r
Atividade 1
1
3
4
sua resposta
1.
2.
3.
4.
A
Figura 2
Atividade 2
Com base na Figura 2, use rgua e transferidor e responda s questes a
seguir.
Determine as razes AB ; AC ; AB
BC BC AC
sua resposta
1.
2.
3.
4.
5.
BC AC
2, recebem, respectivamente, o nome de seno (Sen), Coseno (Cos) e tangente (Tg) do ngulo
(Figura 2).
Observe a Figura 3 a seguir e compare com a Figura 2.
B
B
Figura 3
Voc pode notar que os tringulos ABC; ABC e ABC so semelhantes. Podemos
concluir, portanto, que o seno do ngulo representado sempre pela razo entre o cateto
oposto a e a hipotenusa do tringulo, seja ele ABC; ABC ou ABC. Do mesmo, modo voc
pode concluir para o coseno como a razo entro o cateto oposto a e a hipotenusa, bem
como a tangente, como a razo entre o cateto oposto e o cateto adjacente a .
Atividade 3
1.
sua resposta
A identidade fundamental
da trigonometria
Na atividade 3, voc escreveu o teorema de Pitgoras em funo das razes
trigonomtricas seno e coseno, resultando na seguinte relao:
Sen2 + Cos2 = 1.
Faamos esses clculos mais uma vez tomando como referncia a gura 4
B
D
b
Figura 4
= 90 -
Sendo Sen
e Cos
teremos
b = a. Sen (90 - ) e c = a . Cos (90 - ), ( II ). Comparando ( I ) e ( II ), obtemos
Sen = Cos (90 - ) e Cos = Sen (90 - ).
Em decorrncia da identidade fundamental da trigonometria e das relaes estabelecidas,
veremos, agora, uma situao em que o tringulo no retngulo e possui um ngulo
> 90 (obtuso) e outro agudo. A esse respeito, abordaremos, a seguir, duas relaes
envolvendo tringulos que no possuem nenhum ngulo interno de 90 ou aqueles que
possuem um ngulo interno maior que 90 (e menor que 180). Trata-se das leis dos senos
e dos cosenos.
. Ento, c = 2r . Sen
C
b
D
a
O
A
Figura 5
Como o ngulo e o ngulo tm o mesmo arco capaz AB, teremos, ento que = .
Desse modo, podemos armar que:
c = 2r .Sen , donde conclui-se que
c = 2r.
Sen
Analogamente, teremos
a = 2r e b
Sen
Sen
a
Sen
b
Sen
= 2r. Logo:
c
Sen
C
a
h = b sen
d = b cos
c
Figura 6
C
h = b sen CD
d = b cos CD
B
c
Figura 7
10
d D
Atividade 4
1
2
sua resposta
1.
11
sua resposta
2.
3.
4.
12
Atividade 5
1
Figura 8
13
Razes trigonomtricas
ngulo (grau)
Seno
Coseno
Tangente
0
30
45
60
90
30
60
Figura 9
a 2
45
C
a
Figura 10
14
3.
sua resposta
2.
4.
5.
15
Leituras Complementares
Para um maior aprofundamento acerca do tema abordado nesta aula, sugerimos as
referncias a seguir.
BARBOSA, Joo Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 6.ed. Rio de Janeiro:
SBM, 2004.
Esse livro possui um captulo especco sobre trigonometria, uma vez que seu autor a
considera necessria para o desenvolvimento de alguns aspectos da Geometria abordados ao
longo da sua obra. Barbosa trata da trigonometria de maneira bastante formal, contemplando
seus principais aspectos.
CARMO, Manfredo Perdigo do et al. Trigonometria e nmeros complexos. Rio de Janeiro:
SBM, 2004.
Esse livro apresenta elementos de trigonometria e nmeros complexos, destacando
as relaes naturais entre os dois tpicos. Todavia, a trigonometria tratada de maneira
independente, de modo a adequar o texto aos programas atuais de Ensino Mdio. Inclui, tambm,
um apndice de notas histricas, elaborado por Joo Bosco Pitombeira de Carvalho.
GUELLI, O. Dando corda na trigonometria. So Paulo: tica, 1993. (Srie contando a histria
da matemtica)
O livro tem como nalidade utilizar a histria da Matemtica como meio de conduzir
o ensino-aprendizagem das noes bsicas de trigonometria. composto de seis captulos
que contextualizam todo um percurso histrico das idias bsicas da trigonometria, desde
a noo de razo at as primeiras representaes do seno de um ngulo agudo como razo
entre dois segmentos.
Resumo
Nesta aula, voc compreendeu o signicado numrico das razes estabelecidas
entre as medidas dos lados e ngulos de um tringulo retngulo. Exercitou o
clculo do valor do seno, do coseno e da tangente de um ngulo a partir da
corda da circunferncia e representou gracamente as razes trigonomtricas
determinadas numericamente, usando, para isso, um sistema de coordenadas
no plano. Com base nos conceitos formulados, estabeleceu relaes entre os
valores do seno, do coseno e da tangente de um ngulo.
16
Auto-avaliao
Aps a leitura e reexo dos contedos aqui apresentados e com base nas atividades
desenvolvidas nesta aula, sugerimos que voc avalie o seu desempenho na aprendizagem do
assunto proposto a partir dos seguintes questionamentos.
Referncias
BARBOSA, Joo Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 6.ed. Rio de Janeiro:
SBM, 2004.
GUELLI, O. Dando corda na trigonometria. So Paulo: tica, 1993. (Srie contando a histria
da matemtica)
LOUREIRO, Cristina et al. Geometria 11 ano. Lisboa: Ministrio da Educao, 1998.
MENDES, Iran Abreu. Ensino da matemtica por atividades: uma aliana entre o
construtivismo e a histria da matemtica. Natal, 2001. (Tese de Doutorado em Educao
- Centro de Cincias Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte).
NEVES, Jos M. Sena; NEVES, Maria do Carmo S. Matemtica 11 ano. Lisboa: Didctica
Editora, 1998.
NEVES, Jos M. Sena; NEVES, Maria do Carmo S. Trigonometria e nmeros complexos 12
ano. Lisboa: Didctica Editora, 1999.
RESENDE, Eliane Quelho; QUEIROZ, Maria Lcia Boutorim de. Geometria euclidiana plana
e construes geomtricas. Campinas: Editora da UNICAMP, 2000. (Coleo livro-texto).
17
Anotaes
18
Anotaes
19
Anotaes
20
D I S C I P L I N A
aula
09
Governo Federal
Presidente da Repblica
Luiz Incio Lula da Silva
Ilustradora
Carolina Costa
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Apresentao
esta aula, introduziremos as noes de rea e permetro das principais guras
planas. Essas noes, como veremos, so importantssimas no nosso dia-a-dia
para compreendermos as dimenses de nossos terrenos e dos compartimentos
de nossas casas, das distncias entre as cidades, da altura de um poste, de uma rvore ou
de uma torre etc. Com esse conhecimento, teremos condies de avaliar a quantidade de
rvores que podemos plantar num determinado terreno, a quantidade de paraleleppedos
(pedras) para calar uma rua ou de tinta para pintar um prdio, s para citar algumas das
questes cotidianas que poderemos resolver.
Objetivo
Ao nal desta aula, voc dever:
Compreender as noes de permetro e rea de um polgono, aplicando
esse conhecimento para calcular e interpretar essas medidas nas
principais guras geomtricas.
Um pouco de histria
Figura 1
Figura 2
Figura 3
As relaes entre essas medidas, estabelecidas na Inglaterra por volta do sculo XVIII,
eram as seguintes:
1 p = 12 polegadas
1 jarda = 3 ps
1 milha terrestre = 1760 jardas
Medindo e dimensionando
as formas
ual a distncia de sua cidade at a cidade vizinha mais prxima? Qual a altura do
prdio mais alto de sua cidade? Quantas polegadas tem a televiso de sua casa?
Quantos metros quadrados mede a sua casa? Qual a sua altura? Quais as dimenses
ociais de uma quadra de futebol de salo? Quantos metros quadrados tem um hectare de
terra? Qual a rea de uma granja retangular, com 100 metros de frente por 300 metros de
fundos?
J falamos, em aulas anteriores, de tringulos, quadrados, retngulos, losangos,
paralelogramos, enm, de guras geomtricas formadas por segmentos de retas, com certas
caractersticas. Essas guras so casos particulares de uma famlia denominada polgonos.
Um polgono de n lados a gura geomtrica obtida ligando-se n pontos distintos A1, A2,
A3, ..., An chamados vrtices atravs dos segmentos A1A2, A2A3, A3A4,..., AnA1 chamados
lados de modo que:
(i) trs pontos consecutivos no sejam colineares;
(ii) a nica interseco possvel entre dois lados um vrtice.
Nas guras abaixo, apenas uma um polgono. Releia a denio acima e decida qual
delas corresponde s caractersticas explicitadas.
Figura 4
Figura 5
Figura 6
Figura 7
Figura 8
A palavra polgono derivada do grego e signica muitos ngulos, pois poli quer dizer
muitos e gono quer dizer ngulo. No entanto, os nomes dos polgonos esto relacionados
com a quantidade de lados, conforme nos mostra o quadro a seguir:
3 lados
tringulo
4 lados
quadriltero
5 lados
pentgono
6 lados
hexgono
7 lados
heptgono
8 lados
octgono
10 lados
decgono
12 lados
dodecgono
20 lados
isodecgono
B
Figura 9
1.
POLGONO
sua resposta
Atividade 1
2.
Figura 10
Figura 11
Veja que toda reta que passe por P intercepta o polgono (ponto interior) e pelo menos
uma reta passa por Q e no intercepta o polgono (ponto exterior).
A gura seguinte mostra por que a denio de ponto interior, acima, no se aplica
polgonos no convexos.
D
A
B
Figura 12
Note que o ponto P est no exterior do polgono e, no entanto, toda reta, passando por
P, o intercepta.
6
A regio formada por um polgono convexo e seu interior chamada de regio poligonal.
Os quatro axiomas a seguir constituem o alicerce para introduzir a noo de rea de
uma regio poligonal.
Axioma 1 A toda regio poligonal corresponde um nmero real maior que zero, chamado
rea da regio.
Axioma 2 Se uma regio poligonal for dividida em duas ou mais regies poligonais sem
pontos interiores comuns, ento sua rea a soma das reas das novas regies.
Axioma 3 Se dois tringulos so congruentes, ento suas regies triangulares tm a
mesma rea.
Axioma 4 Se ABCD um retngulo, ento sua rea o produto AB x CD.
Daqui em diante nos referiremos rea do tringulo em vez de a rea da regio
triangular. Essa conveno tambm se aplica a qualquer outro polgono.
Agora, vamos determinar a rea de alguns polgonos.
Proposio 1 A rea de um paralelogramo o produto do comprimento de um dos seus
lados pelo comprimento da altura relativa a esse lado.
A prova dessa proposio baseia-se na gura abaixo.
Figura 13
Devemos provar que a rea do paralelogramo ABCD ch. Para isso, admita que os
segmentos DE e CF so perpendiculares reta que contem A e B. Da, EFCD um retngulo
e, pelo axioma 4, sua rea EF x FC . Note que os tringulos AED e BFC so congruentes e,
pelo axioma 3, tm a mesma rea.
Assim, rea(ABCD) = rea(AED) + rea(EBCD) = rea(EBCD) + rea(BFC).
Mas, rea(EBCD) + rea(BFC) = rea(EFCD) = EFxFC = ch
Portanto, rea(ABCD) = ch
Para simplicar a notao, usaremos a expresso S(ABCD) no lugar de rea(ABCD).
Proposio 2 A rea de um tringulo a metade do produto do comprimento de qualquer
lado pela altura relativa a esse lado.
B
Figura 14
Como os tringulos ABD e CDB so congruentes, segue, pelo axioma 3, que S(ABD) =
S(CDB).
Por outro lado, S(ABCD) = S(ABD) + S(CDB) = 2xS(ABD).
Assim, S(ABD) =
S(ABCD) =
com relao base AB, que tambm a altura do tringulo ABD, relativa ao lado AB.
Atividade 2
sua resposta
1.
B
Figura 15
DC.h =
(AB + DC).h
)].
A3
A4
A2
h
A1
Figura 16
, h = Rsen(3600/n) e OA1 = R.
[nR2sen(3600/n)] .
Atividade 3
1
sua resposta
10
1.
2.
Figura 17
Figura 18
Figura 19
Figura 20
Figura 21
Figura 22
11
Atividade 4
1
sua resposta
2.
12
Resumo
Nesta aula, voc aprendeu duas coisas importantes para o seu dia-a-dia: medir
comprimentos e reas das guras planas mais comuns. Compreendeu, atravs
dos axiomas, a noo de rea. Vericou que, para regies no poligonais, o
clculo da rea obtido a partir de aproximaes. Alm disso, teve oportunidade
de conhecer um pouco da histria das unidades de medidas usadas por povos
de outras pocas e sua evoluo ao longo dos tempos.
Auto-avaliao
Com base na leitura do texto e nas atividades desenvolvidas, responda s questes 1, 2 e 3.
Quantos hectares tem uma granja, de formato retangular, com 200 m de frente por
600 m de fundos?
Um terreno foi registrado num cartrio como tendo 1000 m2 de rea. Sua forma
e suas medidas esto especicadas na planta abaixo. Qual , aproximadamente,
a rea real do terreno? Que forma deveria ter o terreno para que a rea registrada
estivesse correta?
Figura 23
Compare a frmula Sn = (n-2) 180, que representa a soma Sn dos ngulos internos
de um polgono de n lados, com a que voc determinou na atividade 1 desta aula.
13
Referncias
BARBOSA, Joo Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 6.ed. Rio de Janeiro:
SBM, 2004.
O PRIMEIRO Livro dos Elementos. Traduo Irineu Bicudo. Editor geral John A. Fossa. Natal:
SBHMat, 2001. (Srie textos de histria da matemtica, 1).
LOFF, Dina Maria Santos. Algumas actividades didcticas para a introduo da geometria
euclidiana. Coimbra: Universidade de Coimbra, 1993. (Publicaes de histria e metodologia
da matemtica).
LOUREIRO, Cristina et al. Geometria. Lisboa: Ministrio da Educao, 1998.
MACHADO, N. J. Medindo comprimentos. So Paulo: Editora Scipione, 1988.
OLIVEIRA, A. J. Franco de. Geometria euclidiana. Lisboa: Universidade Aberta, 1995.
RESENDE, Eliane Quelho; QUEIROZ, Maria Lcia Boutorim de. Geometria euclidiana plana
e construes geomtricas. Campinas: Editora da UNICAMP, 2000. (Coleo livro-texto).
14
Anotaes
15
Anotaes
16
D I S C I P L I N A
aula
10
Governo Federal
Presidente da Repblica
Luiz Incio Lula da Silva
Ilustradora
Carolina Costa
Ministro da Educao
Fernando Haddad
Secretrio de Educao a Distncia SEED
Ronaldo Motta
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Diagramadores
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Vice-Reitor
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- Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Apresentao
pesar da existncia de softwares computacionais para os vrios tipos de desenho,
importante o estudo das construes geomtricas com rgua e compasso. Alis,
esse tema foi marcante em vrios momentos da histria da Matemtica desde a
Grcia, por volta do ano 300 a.C, at a Europa, no nal do sculo XVIII e incio do XIX d.C.
Objetivos
Ao nal desta aula, voc dever:
Fazer, com o auxlio da rgua e do compasso, as principais
construes geomtricas elementares, assim como utilizar
guras para compreenso e estabelecimento de estratgias para
resoluo de problemas.
Construes geomtricas
elementares
Figura 1
Figura 2
Figura 3
A
O
Figura 4
Conforme a gura sugere, colocamos a ponta seca do compasso sobre o ponto O e, com
abertura AB, traamos o arco que intercepta a semi-reta SOC no ponto D. bvio que AB e OC
so congruentes.
Transportar um ngulo A C, de modo que um de seus lados que sobre uma semi-reta SOD
e seu vrtice B coincida com o ponto O, signica construir o ngulo GH congruente a A C. Tal
procedimento est ilustrado na Figura 5.
C
E
B
F
O
A
Figura 5
Com a ponta seca do compasso sobre o ponto B, traa-se um arco que interceptar AB
em F e BC em E.
Com essa mesma abertura, traa-se um arco com a ponta seca em O, interceptando
SOD em G.
Com a ponta seca do compasso em F e abertura FE, traa-se um arco com centro em
G, interceptando o arco anterior em H.
Traando-se a semi-reta SOH, obtemos o ngulo GH, congruente ao ngulo A C.
Atividade 1
1.
sua resposta
Figura 6
Paralelas e perpendiculares
ara traar uma reta perpendicular a uma outra reta, passando por um ponto dado,
temos que considerar dois casos: o ponto no pertencer reta e o ponto pertencer
reta.
As guras a seguir ilustram as duas situaes.
s
M
P
P
N
Figura 7: P
Figura 8: P
Atividade 2
Na Figura 7, trace os segmentos PB, BP, PA e AP para obter quatro
tringulos.
Na Figura 8, trace os segmentos MC, CN, ND e DM, observando os quatro
tringulos formados.
1.
sua resposta
Veremos, agora, como traar uma reta s paralela a uma reta r dada passando por um
ponto P determinado no pertencente a r. A Figura 9 ilustra o procedimento adotado.
AB = PC
Figura 9
Atividade 3
Segunda construo
1
2
Figura 10
r
s
Q
B
Figura 11
Atividade 4
As posies de P e Q na Figura 11 no atendem exigncia do problema em
questo. Como a construtora deve determinar a localizao correta desses
pontos?
Siga as instrues seguintes.
mnima.
a) Com a ponta seca do compasso no ponto O e uma abertura qualquer, trace um arco
que intercepte os dois lados do ngulo nos pontos C e D.
b) Com mesma abertura, ou um pouco maior, se necessrio, construa dois arcos com
centros em C e D que se interceptem no interior do ngulo em E.
A semi-reta SOE a bissetriz do ngulo AB.
Observe a Figura 12 para compreender os passos do procedimento.
B
D
o
C
A
Figura 12
Atividade 5
1
tri-seco
Tri-seco de um ngulo
consiste em dividi-lo em
trs ngulos congruentes
entre si.
Desao
Trace a bissetriz de um ngulo cujo vrtice est fora da folha de papel, conforme
sugere a gura a seguir.
Figura 13
O arco capaz
ados dois pontos A e B sobre uma circunferncia e um ponto M sobre um dos arcos
determinados por A e B, sabemos que o ngulo A B = constante, qualquer que
seja a posio de M (exceto A ou B).
Veja a Figura 14 para compreender que um observador, movendo-se sobre o arco AMB,
ver o segmento AB sempre sob o mesmo ngulo, no caso .
M
B
M
A
Figura 14
Note que se um ponto N pertence ao outro arco determinado por A e B, ento A B tambm
constante e, nesse caso, ANB o arco capaz do ngulo 180 sobre o segmento AB.
Note tambm que se AB o dimetro da circunferncia, AMB reto e, portanto, cada
semi-circunferncia um arco capaz de 90 sobre AB.
Para construir o arco capaz de um ngulo dado sobre um segmento AB, dado AB e
procedemos da seguinte maneira:
a) Constroe-se o ngulo
Figura 15.
Figura 15
10
, em A e em B, at a interseo em C, obtm-se
considerando que o tringulo ABC isceles e que 2 + = 180. Segue-se que = ,
conforme Figura 16.
Figura 16
Figura 17
Diviso de um segmento
em partes iguais
Essa construo muito fcil de fazer e de grande utilidade prtica. Sua justicativa
tambm bastante simples.
Para dividir o segmento AB da Figura 18 em cinco partes iguais, procedemos da
seguinte forma.
11
a) Construmos uma semi-reta auxiliar AX e sobre ela construmos, com abertura conveniente
no compasso, os segmentos congruentes AA1, A1A2, A2A3, A3A4 e A4A5.
b) Traamos o segmento BA5 e suas paralelas passando por A1, A2, A3 e A4.
c) Marcamos, nas intersees das paralelas anteriores com AB, os pontos P1, P2, P3 e P4.
d) Os segmentos AP1, P1P2, P2P3, P3P4 e P4B possuem o mesmo comprimento, ou seja, AB
cou dividido em cinco partes iguais.
Visualize na Figura 18 o procedimento que utilizamos para dividir AB.
A5
A4
A3
A2
A1
A
P1
P2
P3
P4
Figura 18
Construo de tringulos
Um tringulo, como sabemos, tem trs ngulos e trs lados. No entanto, para
constru-lo, no precisamos conhecer todos esses elementos, como veremos na resoluo
dos problemas a seguir.
Problema 1 Construir um tringulo, conhecendo as medidas a, b e c dos seus lados.
A gura seguinte mostra os lados dados e o tringulo construdo.
a
B
a
Figura 19
12
Atividade 7
sua resposta
1.
Note que, pelo caso de congruncia LLL, qualquer outro tringulo obtido com essas
medidas congruente ao construdo anteriormente.
Problema 2 Construir um tringulo, conhecendo as medidas a e b de dois dos seus lados
e o ngulo por eles formado.
A Figura 18 mostra os dados do problema e o tringulo construdo.
Y
a
b
A
b
X
C
a
Figura 20
13
Atividade 8
sua resposta
1.
a
b
b
A
b
B
a
Figura 21
14
Atividade 9
1
1.
2.
sua resposta
15
Desao
Independentemente de conhecer os procedimentos para as construes
anteriores, veja se voc descobre quantas situaes existem em cada um dos
casos citados. As guras a seguir ilustram uma situao de cada caso.
Caso 1
Caso 2
Caso 3
O
O
O
O
P
r
Figura 22
Figura 23
Figura 24
16
Figura 25
Figura 26
Atividade 10
Desenhe duas circunferncias com centros O e O e raios R e R, de modo que
a distncia entre seus centros seja maior que a soma do comprimento dos seus
raios.
17
7) Trace
8) Conclua
Obs.: com relao atividade 9 anterior, existem mais duas outras retas tangentes s
circunferncias dadas. Tente tra-las.
Para encerrar esta aula, vamos construir uma circunferncia que seja tangente uma
reta r num ponto A e tambm tangente a outra circunferncia dada. A gura seguinte ilustra
essa situao, sendo as partes pontilhadas correspondentes aos passos da construo.
Note que os tringulos POQ e AOQ so issceles e semelhantes. Note tambm que
o ponto O fundamental para nossa construo e resulta da interseo de SOQ com a reta
perpendicular r, passando por A.
18
O
M
Q
O
r
A
Figura 27
1. Trace uma reta perpendicular reta r passando por O e outra passando por A.
2. Determine o ponto P de interseo da reta que passa por O com a circunferncia dada.
3. Construa o segmento PA e sua interseo Q com a circunferncia dada.
4. Trace a semi-reta SOQ e sua interseo O com a perpendicular que passa por A.
5.Construa a circunferncia de centro em O e raio AO.
Resumo
Nesta aula, abordamos a construo de algumas das guras geomtricas mais
comuns do ponto de vista prtico. Muitas dessas construes so feitas por
pessoas simples, sem escolaridade, que usam apenas o conhecimento cultural
que lhe foi transmitido. Efetivamente, essas pessoas sabem o como mas
no sabem o porqu. Nesse sentido, procuramos estabelecer as razes que
garantem a possibilidade, ou no, de tais construes, ressaltando o clssico
problema da tri-seco de um ngulo.
19
Auto-avaliao
Para vericar sua aprendizagem nesta aula, resolva as questes seguintes.
Referncias
BARBOSA, Joo Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 6.ed. Rio de Janeiro:
SBM, 2004.
O PRIMEIRO Livro dos Elementos. Trad. Irineu Bicudo. Editor geral John A. Fossa. Natal:
SBHMat, 2001. (Srie textos de histria da matemtica, 1).
LOFF, Dina Maria Santos. Algumas actividades didcticas para a introduo da geometria
euclidiana. Coimbra: Universidade de Coimbra, 1993. (Publicaes de histria e metodologia
da matemtica).
LOUREIRO, Cristina et al. Geometria. Lisboa: Ministrio da Educao, 1998.
MACHADO, Nilson Jos. Medindo comprimentos. So Paulo: Editora Scipione, 1988.
OLIVEIRA, A. J. Franco de. Geometria euclidiana. Lisboa: Universidade Aberta, 1995.
RESENDE, E. Q. F; QUEIROZ, M. L. B. Geometria euclidiana plana e construes geomtricas.
Campinas: Editora da UNICAMP, 2000. (Coleo livro-texto).
WAGNER, Eduardo. Construes geomtricas. Rio de Janeiro: SBM, 1993.
20
D I S C I P L I N A
aula
11
Governo Federal
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Luiz Incio Lula da Silva
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Apresentao
esta aula, voc convidado a olhar o mundo com outros olhos, percebendo, ao
redor, as diversas formas e suas combinaes harmnicas, dispostas de maneira
padronizadas ou no, repetitivas ou no, proporcionais ou no, mas que certamente
relacionam-se aos aspectos do mundo natural e cultural. Convidamos voc, tambm a
fazer observaes, investigaes e exploraes do jeito mais criativo possvel, at que seja
possvel estabelecer formulaes generalizadoras do seu prprio modo de ver o mundo
atravs do olhar geomtrico.
A explorao das formas geomtricas planas do mundo lhe dar, sobretudo, uma
oportunidade mpar de compreender a sua diversidade no contexto social e de que maneira
se manifestam nas atividades cotidianas, seja em situaes de trabalho, de arte ou de leitura
do mundo.
Objetivos
Objetivos esperados:
1
2
As formas geomtricas do
mundo medidas no plano
A geometria se constitui em uma das diversas manifestaes do conhecimento humano
desde a infncia, principalmente, se considerarmos as situaes exploratrias e investigativas
nas quais as atividades geomtricas esto apoiadas desde essa fase.
A explorao do pensamento geomtrico, atravs de experincias prticas, contribui
para a compreenso de fatos e relaes que nos levam a questionar o modo como os objetos
esto organizados no mundo. a partir dessa compreenso que concretizamos a realidade
observada ou imaginada por ns. Algumas prticas deixam evidentes as caractersticas
geomtricas, como o caso da explorao e organizao das formas planas.
Figura 1- A construo de uma parede: os princpios geomtricos no trabalho do pedreiro. Imagem extrada de
Rosa Neto (1991, p. 25)
Figura 2 - Detalhe de um cesto em palha em fase de construo. Imagem extrada de Gerdes (1991, p. 29)
Os agricultores e os mtodos
usados para medir a terra
rata-se de um aspecto geomtrico relacionado medio de permetros e reas
de terra plantada em diferentes unidades de medida e sua transformao para a
unidade padro. Nesse sentido, necessrio explorar as diversas maneiras de medir
comprimento, largura e superfcie das terras (considerando os diferentes mtodos) utilizadas
pelos agricultores de cada regio para a quanticao de tais medidas.
Carpinteiros e pedreiros
medindo e construindo casas
Para a construo de uma casa so necessrios: terreno, mo-de-obra (engenheiro,
pedreiro, eletricista, encanador etc), material (tijolos, cimento, areia, brita etc), desenhos
(plantas da casa), entre outros elementos.
As paredes devem formar ngulos retos entre si. Na linguagem dos construtores,
elas devem estar no esquadro. Para conseguir colocar as paredes perpendiculares
entre si, o pedreiro estica um o entre duas estacas (A e B) cravadas no cho. Em
seguida, amarra outro o em uma das estacas (B) e prende sua extremidade a uma terceira
estaca (C), ainda sem crav-la na terra, procurando manter o o esticado.
A
Figura 5
Atividade 1
sua resposta
1.
Atividade 2
Voc deve conhecer revestimentos cermicos (azulejos, mozaicos e pastilhas)
com peas quadradas e hexagonais. possvel revestir uma parede com
cermicas de formato pentagonal? Justique sua resposta.
sua resposta
1.
As costureiras e a geometria
nas suas atividades prossionais
Atividade 3
1
Figura 6 - Detalhe do fundo de um cesto em palha. Imagem extrada de Gerdes (1989, p. 29)
Figura 9 - Detalhe de uma faixa decorativa de ornamentos cermicos (Gallo, 1996, p. 55)
Figura 10 - Detalhe de uma faixa decorativa de ornamentos cermicos (Gallo, 1996, p. 86)
Atividade 4
1
3
4
10
Leituras Complementares
Para que voc possa ampliar seu conhecimento acerca da utilizao dos conceitos e
propriedades geomtricas no plano, sugerimos algumas leituras que, certamente, favorecero
o desenvolvimento dos seus estudos.
ALVES, Srgio; DALCIN, Mrio. Mosaicos no plano. Revista do professor de matemtica,
Rio de Janeiro, n. 40, p. 3-12, 2 quadrimestre, 1999.
Neste artigo, os autores abordam as possibilidades de explorao dos polgonos
regulares e organizao de mosaicos planos, trazendo uma contribuio importante para a
compreenso dos aspectos artsticos que envolvem os estudos sobre ngulos, polgonos,
permetros e reas de guras planas, principalmente para se interpretar matematicamente as
produes de ornamentos geomtricos.
BIEMBENGUT, Maria Salett. Modelagem matemtica & implicaes no ensino-aprendizagem
da matemtica. Blumenau: Fundao Universidade Regional de Blumenau, 1999.
O livro apresenta as principais idias acerca do que a modelagem matemtica e sua
utilizao na descrio matemtica das diversas situaes-problema do mundo, dentre
as quais a geometria. Alm disso, sua autora d uma nfase maior ao estudo sobre esse
tipo de modelagem na construo civil, mostrando os aspectos aritmticos e geomtricos
envolvidos nas atividades dos trabalhadores dessa rea. Todo o trabalho est apoiado nos
conceitos geomtricos estudados em aulas anteriores.
BIEMBENGUT, Maria Salett; HEIN, Nelson. Modelagem matemtica no ensino. So Paulo:
Contexto, 2000.
Neste livro, os autores apresentam a modelagem matemtica como estratgia de ensinoaprendizagem, focalizando o uso de modelos matemticos como forma de concretizao
da matemtica produzida nos diversos contextos problemticos da sociedade. Apresentam
modelos norteadores para o ensino dos seguintes temas: embalagens, construo de casas,
arte de construir e analisar ornamentos, razo urea, abelhas, cubagem de madeira e criao de
perus, utilizando, para tanto, contedos de Matemtica do Ensino Fundamental ao Superior.
GERDES, Paulus. Cultura e despertar do pensamento geomtrico. Maputo: Instituto
Superior Pedaggico, 1991.
Neste livro, o autor aborda o desenvolvimento do pensamento geomtrico a partir das
prticas rotineiras de comunidades tradicionais, como os povos africanos, os indgenas da
Amrica do Sul e algumas populaes da Indonsia e Oceania. Trata-se de uma anlise do
pensamento geomtrico na vida de caadores; coletores de sementes, frutos e ervas da
oresta; artesos e alguns construtores de casas tpicas dessas populaes.
11
Auto-avaliao
Para que voc amplie suas experincias e reita sobre elas, propomos as seguintes
questes.
1
2
12
Como voc explorou o mundo das formas e medidas no plano na sua comunidade?
Qual o nvel de contribuio dessa prtica para a sua aprendizagem?
Resumo
Nesta aula, voc explorou o mundo das formas e medidas no plano atravs dos
exemplos extrados da sua prpria realidade. Investigou aspectos geomtricos
relacionados aos objetos e s situaes cotidianas, com nfase na geometria
plana estudada em aulas anteriores. Relacionou, tambm, as diversas atividades
prossionais da sua comunidade as quais envolvem a formulao e utilizao
de princpios e conceitos geomtricos referentes geometria plana.
Referncias
ALVES, Srgio; DALCIN, Mrio. Mosaicos no plano. Revista do professor de Matemtica,
Rio de Janeiro, n. 40, p. 3-12, 2 quadrimestre, 1999.
BIEMBENGUT, Maria Salett. Modelagem matemtica & implicaes no ensino-aprendizagem
da matemtica. Blumenau: Fundao Universidade Regional de Blumenau, 1999.
BIEMBENGUT, Maria Salett; HEIN, Nelson. Modelagem matemtica no ensino. So Paulo:
Contexto, 2000.
GALLO, Giovanni. Motivos ornamentais da cermica marajoara: modelos para o artesanato
de hoje. 2.ed. Cachoeira do Arari: Edies O Museu do Maraj, 1996.
GERDES, Paulus. Cultura e despertar do pensamento geomtrico. Maputo: Instituto
Superior Pedaggico, 1991.
13
14
Anotaes
15
Anotaes
16
D I S C I P L I N A
aula
12
Governo Federal
Presidente da Repblica
Luiz Incio Lula da Silva
Ilustradora
Carolina Costa
Ministro da Educao
Fernando Haddad
Secretrio de Educao a Distncia SEED
Ronaldo Motta
Editorao de Imagens
Adauto Harley
Carolina Costa
Diagramadores
Bruno Cruz de Oliveira
Maurcio da Silva Oliveira Jnior
Thaisa Maria Simplcio Lemos
Reitor
Jos Ivonildo do Rego
Vice-Reitor
Nilsen Carvalho Fernandes de Oliveira Filho
Secretria de Educao a Distncia
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2005/48
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CDU 514.12
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorizao expressa da UFRN
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Apresentao
estudo das questes relacionadas com as formas tridimensionais e suas relaes
fundamental para o entendimento de fenmenos do nosso cotidiano e para o
exerccio das mais diversas prosses, como a engenharia, a arquitetura e a pintura,
dentre outras. Procuraremos desenvolver as habilidades necessrias para a compreenso
dos objetos espaciais atravs de suas representaes, explorando as projees em trs
planos perpendiculares, como tambm sua planicao.
Objetivos
Ao nal desta aula, esperamos que voc esteja apto a perceber,
no espao, as noes de paralelismo e perpendicularismo, ngulo
de viso, forma e posio dos objetos e, ainda, interpretar suas
representaes.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Atividade 1
Tente observar a Figura 3 a partir de vrios ngulos e diga quais das guras
geomtricas planas, a seguir, podem ser vistas, dependendo do ngulo que
voc visualize.
Figura 5
Figura 6
Figura 7
Figura 8
sua resposta
Figura 4
1.
Pontos colineares
Pontos colineares so
pontos pertencentes a
uma mesma reta.
Queremos deixar claro, nesse incio de aula, que, para uma construo axiomtica
rigorosa do assunto que estamos introduzindo, seriam necessrios outros axiomas, mas
vamos evitar explicit-los enquanto for possvel, para no justicar todos os fatos que
utilizaremos, deixando que nossa intuio e experincia se encarreguem disso.
Proposio 1 Dados uma reta r e um ponto P no pertencente a ela, existe um nico plano
que contm r e P.
Para demonstrar essa proposio, tomemos dois pontos distintos Q e R sobre a reta r.
Como P, Q e R no so colineares, o axioma 2 garante que por eles passa um nico plano.
Se o plano contm Q e R, ento pelo axioma 3, ele contm r. Mostramos, portanto, que
existe um plano contendo r e P. Como esse o nico plano que contm P, Q e R, segue que
o nico que contm r e P.
Da mesma forma que para retas num mesmo plano, duas retas distintas no espao podem
ter no mximo um ponto em comum. Isso est assegurado pelo axioma 1. Assim, duas retas
com mais de um ponto em comum so coincidentes (mesma reta). Quando elas tm apenas
um ponto em comum, so chamadas de retas concorrentes e determinam um nico plano.
Atividade 2
Sejam r e t duas retas que concorrem num ponto P.
Parabns!
Voc acabou de mostrar que duas retas concorrentes determinam um nico plano.
A Figura 9 refere-se atividade 2 acima e representa um plano com duas retas r e t,
concorrentes em P, e dois pontos A e B, pertencentes a r e t, respectivamente.
r
t
A
B
P
Figura 9
Desao
Como vericar se duas retas no espao so paralelas?
Para compreender melhor a idia de retas reversas faa a seguinte experincia: pegue
dois palitos (que iro representar duas retas). Ponha-os sobre uma mesa em qualquer
posio, desde que no se toquem, e levante uma extremidade de um deles. Voc ter
observado que no existe um plano que contm esses palitos nessa posio. Isso diz que as
retas que contm tais palitos so reversas.
r
D
t
A
B
Figura 10
Atividade 3
Observe a Figura 10, reita um pouco e responda.
b)
sua resposta
a)
c)
d)
e)
Figura 11
Agora, faa um vinco em cada lado do quadrado, para facilitar a dobradura de todos os
tringulos em suas bases, de modo a poder juntar seus lados, colando-os com ta gomada,
por exemplo.
Veja como se juntam os tringulos para formar a pirmide na Figura 12.
Figura 12
Figura 13
Figura 14
Figura 15
O cubo possui seis faces quadradas, todas congruentes, enquanto o paraleleppedo tem seis
faces retangulares, sendo as opostas congruentes. Note que as arestas resultam da interseo
de duas faces adjacentes e que faces opostas no se interceptam, mesmo que prolongadas
indenidamente. Observe tambm que algumas arestas se interceptam e outras no, existindo,
portanto, arestas paralelas, concorrentes e reversas, alm das perpendiculares.
Das posies relativas entre duas retas no espao, citadas anteriormente, apenas o
perpendicularismo ainda no foi introduzido. Quando elas so concorrentes, esto num
mesmo plano e sero perpendiculares se formarem quatro ngulos retos. Se so retas
reversas, sero perpendiculares se uma delas interceptar uma reta paralela a outra, formando
quatro ngulos retos.
Veja a ilustrao seguinte, na qual as retas r e s so reversas, t paralela r, e lembrese de que as trs retas no esto num mesmo plano.
Figura 16
Atividade 4
Tente observar a gura de um cubo, sob vrios ngulos, e diga quais das
guras geomtricas planas, a seguir, podem ser vistas, dependendo do ngulo
do observador.
Figura 17
Figura 18
Figura 19
Figura 20
Figura 21
Quando voc conseguir responder, mentalmente, a esse tipo de questo, sem recorrer
ao objeto concreto, pode comemorar, pois muitas pessoas tm enormes diculdades para
resolver questes dessa natureza.
Vejamos agora as posies relativas entre retas e planos. Observe mais uma vez a
gura do paraleleppedo, introduzida anteriormente. Note que a aresta de uma face sempre
paralela s arestas das faces opostas. Isso sugere a seguinte denio.
10
Caso a reta tenha pontos em comum com um plano, temos duas possibilidades:
Se uma reta secante a um plano num ponto P, forma ngulos com cada reta do plano
que contm P. Se ela formar ngulos retos com pelo menos duas retas distintas do plano que
passam por P, dizemos que essa reta perpendicular ao plano. Caso contrrio, isto , se ela
formar ngulo reto com, no mximo, uma reta do plano, dizemos que oblqua.
Atividade 5
1.
sua resposta
Justique por que as varetas usadas para medir o nvel da gua nas barragens
perpendicular superfcie da gua.
11
Atividade 6
1
sua resposta
1.
2.
Para concluir nossa aula, vamos introduzir as noes sobre as posies relativas de
dois planos. J vimos, na aula 2, que as retas so subconjuntos especiais dos planos. Na
presente aula, vimos que duas retas podem no possuir pontos em comum retas paralelas
, podem ter um nico ponto em comum retas concorrentes e podem ter dois pontos em
comum retas coincidentes.
Situaes semelhantes ocorrem no espao com uma reta e um plano. Faa um exerccio
mental e tente imaginar o que acontece com dois planos. possvel que no tenham pontos
comuns? Podem se interceptar em um nico ponto? Podem possuir apenas dois pontos
comuns?
12
Figura 22
Figura 23
Figura 24
Figura 25
13
Atividade 7
1
6
7
14
Desao
Explique como construir uma reta perpendicular a um plano, passando por um
de seus pontos, inspirando-se na gura a seguir, composta por um plano e dois
tringulos retngulos.
Figura 26
sua resposta
1.
15
D
Q
P
Figura 27
PP
e PQ = PQ
Figura 28
16
Releia a atividade 1 e veja sua relao com o conceito de projeo ortogonal. Note
que o que ns vemos, quando olhamos para uma gura que est afastada (quanto mais,
melhor), praticamente uma projeo ortogonal. por isso que em desenho tcnico os
termos frontal, perl e topo correspondem a trs posies especcas do observador
ou, equivalentemente, trs posies do objeto. A vista frontal mostra como um observador
situado frente do objeto e bem distante o veria. Na vista de perl, o observador ca situada
ao lado do objeto e, na de topo, sobre o objeto. No caso de poliedros, os desenhos dessas
vistas correspondem s suas arestas.
As guras a seguir correspondem a um slido e suas trs vistas. Observe-as com
ateno para compreender o signicado dos termos frontal, perl e topo. Para que voc
entenda o formato desse slido, imagine uma barra de sabo, dessas que encontramos
nos supermercados e mercearias, em que de um de seus cantos retiramos um pedao com
aparncia de um cubo.
Figura 29
Figura 30
Figura 31
Figura 32
Resumo
Nesta aula, estudamos todas as situaes referentes posio relativa entre
retas, retas e planos e entre planos. Discutimos, ainda, uma srie de questes
decorrentes dessas situaes, inclusive construes e aplicaes. Estudamos,
tambm, a forma de algumas guras tridimensionais e suas planicaes,
destacando a viso espacial como habilidade importante na compreenso das
propriedades desses objetos.
17
Auto-avaliao
A teoria apresentada nesta aula, juntamente com as atividades desenvolvidas,
possibilitam a compreenso e resoluo dos seguintes problemas.
Prove que uma reta paralela a um plano, se, e somente se, for paralela a uma
reta do plano.
Tente desenhar a gura espacial, cujas vistas frontal (frente), perl (lateral) e topo
(superior) so mostradas nas guras que seguem.
Figura 33
Figura 34
Figura 36
18
Figura 35
Referncias
BARBOSA, Joo Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 6.ed. Rio de Janeiro:
SBM, 2004.
O PRIMEIRO Livro dos Elementos de Euclides. Traduo Irineu Bicudo. Editor geral John A.
Fossa. Natal: SBHMat, 2001. (Srie textos de histria da matemtica, 1).
LIMA, Elon Lages et al. A matemtica do ensino mdio. Rio de Janeiro: SBM, 1999. v. 2.
LOFF, Dina Maria Santos. Algumas actividades didcticas para a introduo da geometria
euclidiana. Coimbra: Universidade de Coimbra, 1993. (Publicaes de histria e metodologia
da matemtica).
LOUREIRO, Cristina et al. Geometria. Lisboa: Ministrio da Educao, 1998.
MACHADO, Nilson Jos. Medindo comprimentos. So Paulo: Editora Scipione, 1988.
OLIVEIRA, A. J. Franco de. Geometria euclidiana. Lisboa: Universidade Aberta, 1995.
RESENDE, E. Q. F; QUEIROZ, M. L. B. Geometria euclidiana plana e construes geomtricas.
Campinas: Editora da UNICAMP, 2000. (Coleo livro-texto).
19
Anotaes
20
D I S C I P L I N A
reas de superfcies
Autores
Iran Abreu Mendes
Jos Querginaldo Bezerra
aula
13
Governo Federal
Presidente da Repblica
Luiz Incio Lula da Silva
Ilustradora
Carolina Costa
Ministro da Educao
Fernando Haddad
Secretrio de Educao a Distncia SEED
Ronaldo Motta
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Adauto Harley
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- Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Apresentao
esta aula, abordaremos a forma de calcular reas de superfcies de guras espaciais,
como zemos na aula 9 com as guras planas. Agora, o problema exige um certo
grau de engenhosidade, como no caso da esfera, cuja rea ser obtida sem uma
demonstrao rigorosa, mas com argumentao bastante convincente. No contexto dos
poliedros, o clculo bem simples, pois corresponde rea das faces, que so guras
planas. E quando tratamos do cilindro e do cone, o problema se resolve atravs da sua
planicao. Como o tema desta aula muito importante para nossas necessidades dirias,
faremos algumas aplicaes prticas e outras sero discutidas na aula 15.
Objetivos
Esperamos que, ao nal desta aula, voc tenha compreendido
os conceitos apresentados e seja capaz de calcular a rea das
superfcies dos principais slidos, como tambm tenha adquirido
habilidades para aplicar esses conhecimentos na resoluo e
interpretao de problemas tericos e prticos.
Superfcie de um slido
Imagine um tomate como se fosse um slido. Sua superfcie seria a pele que o reveste.
Essa idia, no momento, suciente, mas ser apresentada com maior rigor nas disciplinas
de clculo que voc ir cursar posteriormente.
Em relao aos poliedros, j citados na apresentao, a superfcie constituda pelas
suas faces, assim como no cilindro e no cone, cujas superfcies so as partes planas que
obtemos com a sua planicao.
Esperamos que os exemplos anteriores sejam sucientes para voc compreender o que
a superfcie de uma esfera e at de guras mais complexas, mesmo que no constituam
objeto de estudo desta disciplina.
3m
4m
6m
Figura 1
A superfcie desse slido composta por suas seis faces. As opostas so congruentes
e por isso possuem mesma rea.
A rea da face frontal 6 m x 3 m, da base 6 m x 4 m e da lateral 4 m x 3 m. Logo, a
rea da superfcie desse slido igual a 2 x 18 m2 + 2 x 24 m2 + 2 x 12 m2, ou seja, 108 m2.
5m
4m
Figura 2
Atividade 1
2
1.
2.
sua resposta
Atividade 2
sua resposta
1.
Vejamos agora como calcular a rea da superfcie de um cilindro. Como voc viu na
aula 7, a gura seguinte mostra a planicao de um cilindro reto.
Figura 3
Atividade 3
1.
sua resposta
2 r
Figura 4
Figura 5
Figura 6
Figura 7
R2
AL
Atividade 4
Para determinar a rea de um cone reto de raio r= 3m e altura h=4m, siga as
instrues abaixo.
1.
sua resposta
2.
3.
4.
Desao
O que acontece com a rea da superfcie de um cone, quando dobramos o seu
raio e sua geratriz?
Atividade 5
sua resposta
Voc j viu que a planicao de um cone resulta numa regio plana chamada
setor circular. Faa um esboo da regio que se obtm da planicao de um
tronco de cone, destacando as partes que correspondem aos raios do tronco e
sua geratriz.
1.
A maioria dos baldes que usamos no dia-a-dia tm o formato da Figura 8, que chamamos
tronco de cone. No caso dos baldes (Figura 9), eles tm fundo mas no tm tampa.
Figura 8
Figura 9
Atividade 6
Suponha que o tronco de cone anterior tenha o raio da base inferior igual a
10 cm, o raio da base superior igual a 12 cm e a altura seja a 30 cm. Assim,
determine a rea de sua superfcie, seguindo os passos de 1 a 3.
1
2
3
sua resposta
Figura 10
10
1.
sua resposta
2.
3.
Figura 11
Por analogia Figura 11, a prxima corresponde a uma esfera com vrios meridianos
e paralelos. Note que as guras que obtemos na sua superfcie, entre pares consecutivos
desses elementos, conforme destacamos, parecem paralelogramos e essa aparncia se
acentua medida que aumentamos sua quantidade. claro que as reas dessas guras so
diferentes das reas dos paralelogramos correspondentes de mesmos vrtices.
Aula 13 Geometria Plana e Espacial
11
Figura 12
Para um nmero muito grande de meridianos e paralelos, as reas de cada uma dessas
regies so aproximadamente iguais s dos respectivos paralelogramos. Somando-se os
volumes das pirmides com bases nessas regies e vrtice no centro da esfera, obtemos
seu o volume.
Usaremos o fato anterior para calcular a rea da superfcie da esfera, mas, para isso,
precisamos antecipar dois resultados que sero provados na aula 14: os volumes da esfera
e da pirmide:
volume da esfera de raio R =
R3
Voltando esfera representada na Figura 12, suponha que temos n regies de reas A1,
A2, A3, . . . , An na sua superfcie e que, para cada regio, temos uma pirmide com base no
respectivo paralelogramo e vrtice no centro da esfera. Na gura a seguir, desenhamos uma
dessas n pirmides e lembramos que sua altura R.
Figura 13
Para concluir nossa argumentao, lembre-se de que a soma dos volumes das n pirmides igual ao volume da esfera, ou seja,
como
cancelamos nos dois membros da identidade (*), obtendo
Dessa forma, se A a rea da superfcie da esfera, e
portanto, .
12
Atividade 7
sua resposta
1.
Se sua resposta foi 1256 cm2, timo! Caso contrrio, refaa os clculos e use a frmula
correta.
Atividade 8
Explique por que a quantidade de tinta necessria para se pintar uma esfera
de raio R a mesma para pintar a superfcie lateral de um cilindro de raio R e
altura 2R
13
sua resposta
1.
Resumo
Nesta aula, voc aprendeu a calcular as reas de superfcies de alguns slidos,
inclusive da esfera. Percebeu a importncia da planicao de guras espaciais
e da capacidade de enxergar objetos tridimensionais. Observou, tambm, a
importncia do assunto abordado e as inmeras possibilidades de sua aplicao
em situaes prticas.
Auto-avaliao
Para ter certeza de sua aprendizagem nesta aula, resolva as questes seguintes.
1
14
Quanto se gasta de plstico para fazer um copo com 7 cm de altura, base inferior
com 4 cm de dimetro e base superior medindo 6,5 cm de dimetro? (despreze as
perdas dos cortes)
2
3
Referncias
LOUREIRO, Cristina et al. Geometria. Lisboa: Ministrio da Educao, 1998.
LIMA, Elon Lages. Medida e forma em geometria. Rio de Janeiro: SBM, 1991.
LIMA, Elon Lages et al. A matemtica do ensino mdio. Rio de Janeiro:
SBM, 1999. v. 2.
15
Anotaes
16
D I S C I P L I N A
aula
14
Governo Federal
Presidente da Repblica
Luiz Incio Lula da Silva
Ilustradora
Carolina Costa
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Fernando Haddad
Secretrio de Educao a Distncia SEED
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Reitor
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Vice-Reitor
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Apresentao
Objetivos
Ao nal desta aula, esperamos que voc compreenda o signicado
do conceito de volume e saiba calcular os volumes das principais
guras espaciais. Esperamos, tambm, que voc seja capaz de
utilizar os resultados e atividades desenvolvidas para resolver e
interpretar outros problemas e situaes do cotidiano.
Compreendendo o
conceito de volume
uponha que para encher um pequeno balde, precisamos de 15 copos de gua. Nesse
caso, dizemos que o seu volume igual a 15 copos. Se 3 copos equivalem a 1 litro
de gua, os 15 correspondem a 5 litros. Dessa forma, o volume do balde igual
a 5 litros. Assim, o volume de um slido um nmero que obtemos em comparao a
outro, considerado como unidade de medida. Na experincia acima, as unidades de medida
utilizadas foram o copo e o litro.
Figura 1
G
F
D
A
B
Figura 2
O Princpio de Cavalieri
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Assim, fatias correspondentes tero mesmo volume e a soma destes sero os volumes
dos respectivos slidos.
A associao que zemos com um pacote de po de forma pode ser feita, tambm, com
uma resma de papel (500 folhas) ou com uma pilha de discos. Reita!
Nas ilustraes seguintes, h exemplos de alguns prismas. A base do primeiro
triangular, do segundo quadrada e do terceiro hexagonal.
Figura 6
Figura 7
Figura 8
Atividade 1
1
sua resposta
1.
sua resposta
2.
Proposio 1 O volume de um prisma igual ao produto da rea A de sua base pela sua
altura h.
Vejamos a prova! Seja o plano que contm a base do prisma. Construindo ao seu lado um
paraleleppedo com rea da base igual a A e altura h, notamos que as reas das seces obtidas
no prisma e no paraleleppedo por planos paralelos a so iguais s das bases dos respectivos
poliedros, conforme vimos na atividade 1. Pelo princpio de Cavalieri, os dois slidos tm o
mesmo volume. Como o volume do paraleleppedo Ah, o do prisma tambm Ah.
Proposio 2 O volume de uma pirmide igual a um tero do produto da rea da base
pela altura.
Provaremos esse resultado, primeiramente, para pirmides de base triangular. Antes,
porm, observe a Figura 9 e resolva a atividade proposta.
D
h
G
Q
E
B
A
Figura 9
O tringulo EFG resultou da interseo da pirmide com um plano paralelo sua base
ABC. H a distncia do vrtice D ao plano determinado por ABC e h, a distncia de D ao plano
determinado por EFG.
Atividade 2
Justique as armaes seguintes.
1
2
Os pares de tringulos ABC e EFG, DQF e DPB, DEF e DAB, DGE e DCA
da Figura 9, so semelhantes.
sua resposta
1.
2.
3.
.
e