David Hume distingue relações de ideias e questões de fato. Ele argumenta que nosso conhecimento das relações de causa e efeito vem inteiramente da experiência, não da razão. Nossas inferências sobre eventos futurosos se baseiam no hábito de esperar que o futuro seja semelhante ao passado, não em raciocínios demonstrativos.
David Hume distingue relações de ideias e questões de fato. Ele argumenta que nosso conhecimento das relações de causa e efeito vem inteiramente da experiência, não da razão. Nossas inferências sobre eventos futurosos se baseiam no hábito de esperar que o futuro seja semelhante ao passado, não em raciocínios demonstrativos.
David Hume distingue relações de ideias e questões de fato. Ele argumenta que nosso conhecimento das relações de causa e efeito vem inteiramente da experiência, não da razão. Nossas inferências sobre eventos futurosos se baseiam no hábito de esperar que o futuro seja semelhante ao passado, não em raciocínios demonstrativos.
David Hume distingue relações de ideias e questões de fato. Ele argumenta que nosso conhecimento das relações de causa e efeito vem inteiramente da experiência, não da razão. Nossas inferências sobre eventos futurosos se baseiam no hábito de esperar que o futuro seja semelhante ao passado, não em raciocínios demonstrativos.
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DAVID HUME
Palavras-chave:
Relaes de ideias e questes de fato
Relao de causa e efeito Inferncia Hbito Crena Ceticismo
Relaes de ideias: Cincias da geometria, lgebra e aritmtica. Toda
afirmao que intuitiva ou demonstrativamente certa. As proposies podem ser descobertas pela simples operao do pensamento, independentemente do que possa existir em qualquer parte do universo. Questo de fato: Abarca proposies que no so demonstrativamente falsas. (Ex: afirmar o sol nascer amanh to concebvel quanto afirmar que no nascer amanh; nas questes de fato, o contrrio da preposio permanece sendo possvel e no implica contradio. Dizer que o sol no nascer amanh no to inconcebvel quanto dizer que 2+3 resulta em um nmero diferente de 5, ou que o tringulo tem 4 lados, por exemplo). Todos os raciocnios referentes a questes de fato parecem fundar-se na relao de causa e efeito. Se perguntssemos a um homem por que ele acredita em alguma afirmao factual acerca de algo que est ausente por exemplo, que seu amigo acha-se no interior, ou na Frana -, ele nos apresentaria alguma razo, e essa razo seria algum outro fato, como um carta recebida desse amigo ou o conhecimento de seus anteriores compromissos e resolues. Um homem que encontre um relgio ou qualquer outra mquina numa ilha deserta concluir que homens estiveram anteriormente nessa ilha. H uma conexo entre o fato presente e o fato que dele se infere. O conhecimento das relaes de causa e efeito no , em nenhum caso, alcanado por meio de raciocnios a priori; provm inteiramente da experincia. Nenhum efeito poderia ser descoberto na causa, sem uma concepo ou inveno inteiramente arbitrria. Nenhum objeto jamais revela, pelas qualidades que aparecerem aos sentidos, nem as causas que o produziram, nem os efeitos que dele proviro; e tampouco nossa razo capaz de extrair, sem auxlio da
experincia, qualquer concluso referente existncia efetiva de coisas ou
questes de fato. Mesmo aps temos experincia das operaes de causa e efeito, as concluses que retiramos dessa experincia no esto baseadas no raciocnio ou em qualquer processo do entendimento para a mesma causa, sempre pode haver outros efeitos que, para a razo, podem ser to possveis quanto o primeiro (o que nos garante, que, ao largar uma bola de uma certa altura, ela no subir em vez de cair? Em uma primeira tentativa, no poderamos conceber a possibilidade dela subir?) O que nos leva, no entanto, a inferir as mesmas consequncias (efeitos) a situaes (causas) semelhantes que experienciamos no passado? O que nos leva a acreditar que a bola cair novamente, alm do fato de que ela caiu nas ltimas vezes? Nossas concluses experimentais procedem da suposio de que o futuro estar em conformidade com o passado. Somos induzidos a esperar efeitos semelhantes. Das causas que aparecem como semelhantes, esperamos efeitos semelhantes, aps um longo curso de experincias uniformes (com os mesmos resultados). Em que passo argumentativo funda-se essa inferncia? A inferncia no intuitiva, tampouco demonstrativa. A inferncia acontece atravs do hbito. PRINCPIO DO HBITO OU COSTUME: Sempre que a repetio de algum ato ou operao particulares produz uma propenso a realizar novamente esse mesmo ato ou operao, sem que se esteja sendo impelido por nenhum raciocnio ou processo do entendimento, dizemos que essa propenso o efeito do hbito. Principio que podemos identificar em todas as concluses que tiramos da experincia. o hbito que nos faz esperar um efeito de uma causa, o hbito nos leva a uma determinada crena acerca do efeito. O hbito pode explicar porque extramos de mil casos uma inferncia que no somos capazes de extrair de um nico caso (ex: se largamos um objeto de determinada altura, e ele cai, no ligamos necessariamente os dois fatos como causa e efeito; se largamos o objeto mil vezes, e nas mil vezes ele cai, surge a inferncia de causa e efeito). Todas as inferncias da experincia so, pois, efeitos do hbito, no do raciocnio. Crena: O sentimento de crena nada mais que uma concepo mais intensa e constante do que a que acompanha as meras fices da imaginao, essa maneira de conceber provm de uma habitual conjuno do objeto com algo presente memria ou aos sentidos. A crena algo sentido pela mente. A inferncia provocada pelo hbito exige um fato presente memria ou aos sentidos. Toda crena relativa a fatos ou a existncia efetiva de coisas deriva exclusivamente de algum objeto presente memria ou aos sentidos e de uma conjuno habitual entre esse objeto e algum outro.
Tendemos a pensar que poderamos descobrir os efeitos pela mera
aplicao da nossa razo, sem recurso experincia. Imaginando que, se tivssemos sido trazidos de sbito a este mundo, poderamos ter inferido desde o incio que uma bola de bilhar iria comunicar movimento a uma outra por meio do impulso, e que no precisaramos ter aguardado o resultado para nos pronunciarmos com certeza acerca dele. Tal a influncia do hbito: quando ele mais forte, no apenas encobre nossa ignorncia, mas chega ocultar a si prprio, e parece no estar presente simplesmente porque existe no mais alto grau.