Direcao Ofensiva
Direcao Ofensiva
Direcao Ofensiva
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NDICE
Introduo............................................................................................................. 03
Terminologias....................................................................................................... 03
1 - Deslocamento natural - preveno ativa......................................................... 04
2 - Possveis emboscadas.................................................................................... 05
2.1 Pessoas solicitando auxlio.......................................................................... 05
2.2 Acidentes de trnsito................................................................................... 05
2.2.1 Envolvendo terceiros................................................................................ 05
2.2.2 Envolvendo a viatura sem vtimas............................................................ 06
2.2.3 Envolvendo a viatura com vtimas............................................................ 06
2.3 Blitz policial.................................................................................................. 06
3 Deparando-se com suspeitos......................................................................... 07
3.1 - Veculos........................................................................................................ 07
3.2 Pessoas....................................................................................................... 07
4 - Condutas ofensivas em combate ou emergncias.......................................... 08
4.1 Abalroamento lateral.................................................................................... 08
4.2 Abalroamento traseiro.................................................................................. 09
4.3 Entrechoque lateral traseiro......................................................................... 09
4.4 Choque frontal.............................................................................................. 10
4.5 Emprego de subterfrgio.............................................................................. 11
5 Manobras evasivas.......................................................................................... 11
5.1 Cavalo-de-pau.............................................................................................. 11
5.2 Reverse ou cavalo-de-pau de r................................................................... 13
5.3 Direo evasiva............................................................................................. 14
5.3.1 Deslizamento lateral................................................................................... 16
5.3.2 Aquaplanagem........................................................................................... 17
5.3.3 Excesso de velocidade............................................................................... 17
5.3.4 Quebra de pra-brisa................................................................................. 18
5.3.5 Esvaziamento de pneu............................................................................... 18
5.4 Tcnicas de curvas........................................................................................ 19
5.5 Parada do veculo.......................................................................................... 20
5.6 Retrovisores e pontos cegos......................................................................... 20
6 - Posicionamento do motorista............................................................................ 22
INTRODUO
As tcnicas que seguem objetivam transmitir a voc uma noo geral de como
deve ser executado o servio de segurana e transporte de executivos.
Partimos do princpio que todas as tcnicas de direo defensiva so exercitadas
diariamente; todavia, surge situaes onde h fundadas suspeitas ou na iminncia de
agresses, ser necessrio colocar os princpios da segurana ofensiva.
No emprego da segurana ofensiva necessrio priorizar a segurana do
executivo (VIP ou dignitrio); do pblico em geral (outrem); a prpria integridade do
agente (segurana ou motorista) e finalmente a do agressor. No se admite colocar a
vida do povo em risco.
TERMINOLOGIAS
Agente = segurana; guarda-costa; motorista; etc.
Central de operaes = local ou pessoal que presta auxlio nas emergncias (polcia,
famlia, equipe de segurana, empresa de segurana, etc.)
Equipe = agentes que participam de uma proteo de executivo.
Executivo = VIP; dignitrio; principal; autoridade; etc.
Viatura = Veculo utilizado para transportar o executivo e os agentes. Geralmente um
veculo especial com pra-choques reforados, blindagem, motor potente, ar
condicionado, insulfilm, pneus especiais, etc.
2 - POSSVEIS EMBOSCADAS
Sabemos que um atentado contra um executivo, principalmente se tiver uma
equipe de segurana, sempre ser antecedido por aes de espionagem. Isto estabelece
a necessidade de ateno ininterrupta para poder detectar a ao criminosa em sua fase
preliminar (espionagem).
Logo, os criminosos trabalham em torno de informaes conquistadas atravs de
corrupo, espionagem, furtos, roubos, seqestros, ameaas, vazamento de informaes
de forma culposa ou dolosa (voluntria ou involuntria), envolvimento de pessoas
conhecidas, etc.
Com a posse de informaes vitais para perpetrar a ao hostil, os marginais
fazem o possvel para que o local do crime parea natural como de costume at o incio
do ataque, mas alguns truques j so mais conhecidos que o conto-do-vigrio. A equipe
deve ter discernimento, reflexo e sabedoria para agir em situaes anormais. Nos itens
subseqentes alguns exemplos.
2.1 PESSOAS SOLICITANDO AUXLIO
Uma pessoa fardada passa credibilidade a muitas outras. natural estar
efetuando a segurana e ser surpreendido por algum pedindo informaes. Sempre
lembrar que marginais podem usar este artifcio para colocar a equipe em xeque-mate.
Sabendo disso, convm que o agente de segurana no deixe pessoas chegarem perto
de si, orientando-as a pedir auxlio outra pessoa, sem arrogncia ou estupidez.
Lembre-se de estar sempre pronto para uma resposta ofensiva, se necessrio.
Pessoas aparentando terem sido vtimas de atropelamento, agresso ou at
mesmo segurando crianas nestas situaes podem aparecer pedindo socorro.
Desembarcar da viatura ou parar para socorrer expondo o executivo no meio do trajeto
negligncia com a segurana; entretanto, omitir socorro infringir o Art. 135 do Cdigo
Penal. O que fazer?
responsabilidade do chefe-de-equipe sanar este problema com sabedoria,
informando a central de operaes da ocorrncia para que a mesma solicite auxlio da
autoridade competente, ou solicitar o auxlio da autoridade pblica diretamente, como
prev a Lei.
2.2 ACIDENTES DE TRNSITO
Acontecem com freqncia, tanto em rodovias como em centros urbanos, nestas
situaes algumas medidas de segurana devem ser adotadas:
2.2.1 ENVOLVENDO TERCEIROS
A equipe deve manter distncia de todo tipo de aglomerao, se a passagem pelo
local do acidente for inevitvel, avisar a central de operaes da ocorrncia e manter o
contato durante todo tempo em que estiver passando pela rea de risco. Se o local for
altamente suspeito, abortar a misso, evacuar-se do local imediatamente, ficando em
alerta mximo, avisar a central. Diante da impossibilidade de abortar a misso, escolher
itinerrio alternativo.
3.2 PESSOAS
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Caso ele tente endireitar o veculo, girando o volante para a direita, o veculo
jogar a traseira para o outro lado (pndulo). Neste momento a viatura repete a
operao, ou seja, d mais uma batida; mas agora do outro lado do veculo. Isso ser
suficiente para ele perder o controle.
Agora a viatura deve frear para evitar outra coliso, pois o veculo agressor
comear a rodopiar. Conforme as condies do piso, ele poder capotar.
No caso de bloqueio de via por dois veculos, o motorista da viatura deve analisar
se o choque no acertar as duas rodas dianteiras ou traseiras do veculo bloqueio.
Como explicado enteriormente, o choque s poder ocorrer nas extremidades dos
veculos.
SEQNCIA
prxima de onde foi necessrio executar a manobra (para no precisar andar longa
distncia na contramo, pois isso pode causar acidentes gravssimos).
O efeito do cavalo-de-pau a inverso do sentido de trfego da viatura, ou seja, a
viatura trafega em um sentido, seu condutor executa tal manobra para iniciar o trfego
em sentido oposto, isto : girar a viatura 180 de uma forma muito rpida (em uma s
manobra.
Para executar o cavalo-de-pau, pela esquerda, proceda da seguinte forma:
1. Desenvolva uma velocidade adequada, 60 km/h (pode ser mais ou menos, depende
das condies da via; todavia 60 km/h um referencial que pode ser executado com
segurana na maioria das situaes);
1 Motorista
para a viatura
1 Veculo
bloqueio
1 Motorista
desloca-se em
marcha r na maior
velocidade possvel.
Pronto. A viatura dar um giro de 180, conforme seqncia ilustrativa que segue:
Viatura detectou
suspeito
9 A fuga deve ter destino certo (posto policial, delegacia, quartel militar, empresa de
segurana, batalho militar, ou qualquer outro local capaz de oferecer algum tipo
de segurana e proteo); no h sentido entrar em fuga sem saber onde est
indo, andar em um local sem saber o nome/localizao, percorrer uma rodovia
sem saber seu nome e quilmetro atual;
9 Durante a evaso do local, a viatura pode ziquezaguear (para no ser imobilizado
por tiros no motorista, pneus, tanque de combustvel, etc.);
Sentido da via.
2. Se ele tentar acertar a derrapagem girando o volante para a esquerda, ele tambm
bater na barra de proteo e ficar na contra-mo de direo; pois, no haver
tempo para corrigir a derrapagem. Caso no houvesse barra de proteo, mas um
acostamento seguido de um canteiro, esta seria a manobra mais indicada.
3. O condutor no poder pisar no freio;
4. Se o carro for trao dianteira ele poder pisar levemente no acelerador mantendo a
direo do volante no sentido do trfego; se for trao traseira, no acelerar;
5. Se o condutor puxar o freio de mo, pisar na embreagem e girar o volante para a
direita o carro dar um cavalo-de-pau e provavelmente ficar de frente para o sentido
em que ele trafegava at o momento.
5.3.2 AQUAPLANAGEM
Aquaplanagem ou hidroplanagem a perca de contato dos pneus com o solo
devido uma determinada quantidade de gua na pista. Logo, os trs principais fatores
que contribuem para a ocorrncia da aquaplanagem so:
1. Excesso de gua na pista;
2. Excesso de velocidade, ou velocidade acima de 50 km/h;
3. Pneus com profundidade dos sulcos abaixo de 1,6mm
Durante uma aquaplanagem o carro fica desgovernado ele comea a deslizar
sobre a gua; a direo fica levssima e o veculo no responde nenhum tipo de
manobra que se deseja executar.
Sendo assim, a sada :
1. Tirar o p do acelerador;
2. No frear;
3. Segurar o volante em linha reta, pois se as rodas estiverem viradas quando o
pneu retomar o contato com o solo, o motorista poder no conseguir controlar o
carro.
5.3.3 EXCESSO DE VELOCIDADE
Durante a direo evasiva torna-se comum e necessrio ultrapassar os limites de
velocidades estabelecidos para a via. Portanto, se o condutor no tiver um bom reflexo
ou se ele no tiver o treinamento adequado, recomendvel no se atrever nesta
modalidade de direo, pois poder causar acidentes fatais. As principais
recomendaes so:
1. Olhar para a frente concentrar-se nos pontos bons, ou seja, nos locais por onde a
viatura passar. Olhar sempre as condies do trfego a curta, mdia e longa
distncia; desta forma poders prever as manobras com segurana e rapidez;
2. Olhar constantemente nos retrovisores (a cada 30 segundos) e ininterruptamente
para a pista. Nunca perder tempo olhando horas, rdio, partes internas do veculo,
propagandas, paisagens ou acontecimentos extra pista;
3. Procurar sempre ter total viso de tudo que acontece em sua frente; no permanecer
atrs de veculos maiores que o seu tipo furgo;
4. Trafegar sempre com os faris acesos; se necessrio e preciso, acionar sirene, piscaalerta, buzina ou alarmes para solitar passagem;
5. Manter a rotao do motor elevada; trabalhar com o motor entre 2.500 e 5.000 giros
(rpm);
6. Transitar com os vidros fechados e ar condicionado desligado;
7. No executar esta modalidade de direo se a presso psicolgica dos agressores
afetarem sua capacidade ou habilidade para desencadear as manobras evasivas;
8. Preventivamente, deve-se: calibrar corretamente os pneus; revisar a viatura
periodicamente; manter o tanque de combustvel sempre com mais de de sua
capacidade; usar cinto de segurana; nunca transitar com peso ou carga
desnecessria; nunca transitar sem condies fsicas (de sade); evitar transitar onde
haja condies adversas para o trnsito. Treinar periodicamente a direo evasiva
(em local adequado autdromo ou outro local permitido pelas autoridades); os
exerccios podem ser: slalom, estacionamento rpido, desvio de bloqueios,
passagem por locais estreitos, frenagens em pistas secas e molhadas, desvios de
objetos em curvas, etc.
5.3.4 QUEBRA DE PRA-BRISA
Quando o pra-brisa for atingido por algum objeto, a ponto de quebrar, duas
situaes podero ocorrer:
1. Se ele for temperado haver o estilhaamento em centenas de pedaos pequenos. O
motorista perder completamente a visibilidade. Para recupera-la, dever ser aberto
um buraco no vidro atravs de um impacto (pode ser um soco). Parar a viatura em
seguida para remover o pra-brisas por completo. Para dirigir sem o pra-brisa, ou
com ele quebrado, feche todos os vidros. Isso cria um colcho de ar dentro do carro,
reduzindo o efeito do vento.
2. Se ele for laminado haver apenas rachaduras, sem desprendimento de estilhaos.
No haver perca da visibilidade. Entretanto, torna-se necessrio a substituio do
pra-brisa o mais breve possvel.
5.3.5 ESVAZIAMENTO DE PNEU
Para evitar que um pneu estoure ou fure na hora em que voc mais precisa do
carro, importante manter todos os pneus em boas condies.
Contudo, se um pneu esvaziar durante um deslocamento o motorista no poder
frear bruscamente. Dever manter o carro em linha reta (ele tender a virar para o lado
do pneu afetado); a velocidade dever ser reduza gradativamente.
Providenciar o estacionamento do veculo; no esquecer de sinalizar a manobra
de estacionamento e o pisca alerta do veculo.
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Porm existem outros detalhes para serem observados:
9 Reduzir a velocidade antes de entrar na curva. Engrenar a marcha adequada a
velocidade reduzida, de forma que o carro retome a velocidade facilmente ao pisar
no acelerador;
9 Deve-se evitar pisar no freio no meio de curvas. Entretanto, se o condutor
perceber que a velocidade para aquela curva est excessiva, pisar no freio
levemente e uniformemente;
9 Caso o condutor perceba que a velocidade para aquela curva est baixa, ele
poder acelerar levemente;
9 Ao passar pelo interior da curva (climax), iniciar a acelerao (posio 3).
6 - POSICIONAMENTO DO MOTORISTA
O motorista dever atentar para a posio das mos e do corpo em relao ao
volante e aos pedais de comando, pois o posicionamento de extrema importncia para
a segurana, eficincia, conforto e reduo da fadiga do condutor.
O primeiro passo ajustar a posio do corpo em relao ao volante. Os braos
no podero permanecer nem muito esticados, nem muito dobrados; mas descontrados,
extendidos e confortveis de maneira que o ante-brao e o brao formem um ngulo de
45 e o cotovelo faa um ngulo de 90. O condutor deve estar perto do volante o
necessrio para conseguir girar o volante 360. sem ter que desencostar a omoplata do
banco. Outra dica esticar os braos sobre o volante, de forma que o punho encoste no
volante e os ombros permaneam encostados no banco, conforme figura abaixo:
Tambm h outras posies 15-3 (quinze para s trs); 20-4 (vinte para s
quatro); direo espalmada (girar o volante com apenas uma mo nas curvas com baixa
velocidade; entretanto no convm abordar os detalhes de cada posio, pois h
diversos fatores positivos e negativos (de cada posio) a serem considerados.
Em segurana de executivos a viatura utilizada como dispositivo preventivo, de
proteo e ofensivo. Os agentes devem conhecer as tticas de uso deste dispositivo;
recomendo a leitura da apostila de Tcnicas de Interveno Policial, principalmente os
tpicos referentes ao Uso Ttico da Viatura; Proteo Oferecida por um Veculo; Erros no
Uso de Veculo como Abrigo e Posicionamento da Viatura durante a Abordagem.