Função Renal e Marcadores Bioquímicos
Função Renal e Marcadores Bioquímicos
Função Renal e Marcadores Bioquímicos
Formação da Urina
• Filtração do plasma
• Ultrafiltrado < 15.000 PM
• 170 a 200 L
• Reabsorção pelos túbulos
• 0,4 a 2 L de urina
• Certas substâncias são secretadas pelo túbulo proximal
Ex.creatinina aumentada
ADH – hormônio antidiurético
B) Excreção de Proteínas
1. URÉIA
ORIGEM SÍNTESE: fígado
EXCREÇÃO:
Renal: Filtrada livremente nos glomérulos
~40% é reabsorvida por difusão passiva
APLICAÇÃO CLÍNICA
Método de acompanhamento na avaliação da função renal
“ Parâmetro muito sensível de função renal, seu níveis alteram antes da creatinina”
PRÉ-RENAL
não ocorre creatinina
• Glomerulonefrites
• Insuficiência renal
• Necrose tubular aguda
• Pielonefrite
• Rim policístico
PÓS-RENAL
níveis mais uréia que creatinina
Obstrução na saída da bexiga
(cálculos, carcinoma, coágulos, estenose uretral)
• Obstrução uretral
(cálculos, coágulos, tumores da bexiga)
HIPOUREMIA OU HIPOAZOTEMIA
• Hepatopatia grave
• Gravidez (fisiológico)
• Regime protéico
• Redução do catabolismo protéico
DETERMINAÇÃO LABORATORIAL
Variáveis pré-analíticas: ausência de jejum, ingestão excessiva de proteínas, medicamentos, amostras
antigas ou mal conservadas.
EXCREÇÃO:
• Filtração glomerular
• Secreção tubular distal
(teores elevados)
IMPORTÂNCIA CLÍNICA
Avaliação da função renal
Marcador mais específico
Velocidade de formação e excreção cte
Excreção é proporcional à massa muscular
Relativa independência a certos fatores: dieta, hidratação
VALORES DE REFERÊNCIA
Homens: 0,7 a 1,2 mg/dL ou 62 a 106 mmol/L
Mulheres: 0,6 a 1,1 mg/dL ou 53 a 97 mmol/L
Crianças: 0,4 a 1,0mg/dL ou 36 a 88 mmol/L
Marcador ideal:
Não deve ser reabsorvido nem excretado pelo túbulo renal.
Não deve sofrer eliminação extra renal.
DEPURAÇÃO OU CLEARENCE DE CREATININA
Método mais utilizado
Formação e excreção constante
Limitações:
Variáveis laboratoriais
Não depende do fluxo urinário mas uma pequena fração é secretada pelos túbulos ativamente
Consumo de tempo e dificuldade na interpretação.
Determinação Laboratorial
Variáveis pré-analíticas: variação biológica (20-25%), coleta inadequada da amostra de urina, idade.
Procedimento:
1- Hidratação: pelo menos 600 mL de água/dia, além da ingesta habitual, durante o período de colheita da
urina.
2- Evitar café, chá e drogas.
3- Esvaziar a bexiga completamente e anotar o horário.
4- Coletar toda a urina durante um período determinado (pelo médico – 4 a 24 h) – e hidratar o paciente.
5- Anotar o volume de urina em mL/min
6- Determinar a concentração da creatinina urinária.
7- Determinação a concentração da creatinina plasmática. O soro deve ser obtido em qualquer momento
da coleta da urina.
RECOMENDAÇÕES AO PACIENTE:
• Interrupção medicamentos interferentes.
• Bom estado de hidratação
• Dieta isenta de carne.
• Evitar chá, café e drogas antes do teste.
• Amostra de urina de 24 hs: refrigerador
CÁLCULO:
U x V x 1,73
--------------- = ml/min/1,73m2
PxA
INFLUÊNCIAS ENDÓGENAS: sexo, idade, gravidez, exercícios físicos, massa muscular, ingestão de
alimentos.
Hipoxantina-guanina
Fosforribosiltransferase >>>Nucleotídeos
OCORRÊNCIA:
EXCREÇÃO:
TGI: ~200mg/dia (enzimas bacterianas – uricase, outras)
RINS: ~500mg/dia
~10% eliminado na urina
APLICAÇÃO CLÍNICA:
Diagnóstico e acompanhamento do tratamento da Gota
Determinação Laboratorial
Variação pré-analítica: jejum muito prolongado, exercícios intensos, gravidez, falta de jejum, hemólise,
medicamentos.
VALORES DE REFERÊNCIA
Soro: Homens: 2,5 a 7,0 mg/dL
Mulheres: 1,5 a 6,0 mg/dL
Urina: 250 a 750mg/24 h
2)Perda exagerada de AU
- Reabsorção tubular de urato diminuída ou ausente (Síndrome de Fanconi e doença de Wilson; carcinoma
do pulmão, leucemia mielóide aguda, uso de tetraciclina vencida, neoplasias).
- Secreção tubular de urato aumentada – deficiência de ADH, uso de drogas
3) Uso de drogas uricosúricas (alopurinol, 6-mercaptopurina ou azatioprina)
HIPERURICEMIA
1)Aumento na síntese do AU:
• Alterações enzimáticas específicas
- Diminuição das enzimas que atuam na reutilização das purinas
- Aumento das enzimas que atuam na formação do AU
Secundariamente:
• Drogas: reduzem excreção urinária (diuréticos tiazídicos, furosemida, salicilatos em doses
reduzidas).
• Cetoacidose (ác. b-hidroxibutírico) ou acidose láctica: suprimem secreção tubular do urato/
competição.
3) Outros fatores
Hiperuricemia
UROLITÍASE
Gota
GOTA
FASES:
1. Hiperuricemia
2. Crises recorrentes de artrite aguda característica – líquido sinovial: cristais de urato monossádico
monohidratado intraleucocitário
3. Depósito de uratos (tofos) em torno das articulações causando deformidades
Primária – hereditária
Secundária
Idiopáticas
OCORRÊNCIA:
EXAMES LABORATORIAIS
TRATAMENTO
• Redução purinas na alimentação
• Evitar bebidas alcoólicas
• Aumento da ingestão de líquidos
• Antiinflamatórios (indometacina) e analgésicos
• Medicamentos que ↓ produção AU: ALOPURINOL– inibe xantina oxidase
• COLCHICINA – bloqueia a fagocitose dos cristais de urato
• Probenicida ou outros uricosúricos – diminuem a reabsorção dos uratos no túbulo renal
CONSIDERAÇÕES:
MENTIRAS
-Pessoas que suam muito ou são muito coradas têm excesso de AU.
-Uma boa dieta para emagrecer, acompanhada de chás, resolve o problema de excesso de AU.
VERDADES
-Toda pessoa com gota pode ter problemas associados, como aumento de colesterol, Diabetes e pressão
alta.
-A Gota pode ser controlada.
-A Gota ocorre geralmente em pessoas obesas.
Aplicação clínica:
Distinguir os tipos e as causas de uma proteinúria, permitindo
uma avaliação mais segura da gravidade da lesão renal.
Valor de Referência = 20 a 150mg/dia
/|
20-50% albumina
Proteínas de Tamm Horsfal (cél tubulares)
Proteínas secreção vaginal, prostática, seminal
PROTEINÚRIA GLOMERULAR
〉 permeabilidade glomerular
- IgG (150.000Da)
- Albumina (66.000Da) *
- Transferrina (80.000Da)
PROTEINÚRIA TUBULAR
Túbulos: ι capacidade de reabsorção de proteínas de ι PM.
b2-microglobulina , a1-microglobulina
marcador
PROTEINÚRIA BENIGNA:
PROTEINÚRIA TRANSITÓRIA:
Febre alta, exercícios rigorosos, gravidez, exposição ao frio
PROTEINÚRIA ORTOSTÁTICA
posição de pé, adolescentes altos e magros (lordose)
DETERMINAÇÃO LABORATORIAL
Eletroforese
Tiras reativas
Outros
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO GLOMERULAR
1. Creatinina
2. Uréia
3. Depuração da Creatinina
4. Cistatina C
5. Proteinúria: Albumina
4.Glicosúria
• Diabetes mellitus
• Reabsorção tubular deficiente – glicosúria sem hiperglicemia (Síndrome de Fanconi, Nefropatia
tubular avançada)
• Outros
5. Cálculos renais
Causa de obstrução do trato urinário.
Aplicação: Investigação da etiologia.
Tipos:
• Fosfato de cálcio: hiperparatiroidismo primário, acidose tubular renal
• Magnésio, amônia e fosfato: infecções trato urinário
• Oxalato: hiperoxalúria
• Ácido úrico: hiperuricemia
• Cistina: distúrbio genético- Cistinúria
6. Aminoacidúrias
Normal: os aminoácidos do filtrado são reabsorvidos.
7. Urinálise
Glomerulonefrite Aguda
Oligúria
Forte hematúria Piúria, sem bacteriúria
Forte Proteinúria (<3g/dia)
Cilindros hemáticos, hialinos, granulosos e leucocitários.
Retenção de sódio e água – edema
Elevação de uréia, creatinina e potássio.
Dosagem ASO: pode ser positiva (infecções estreptocócicas).
Hemograma: leucocitose com neutrofilia e linfopenia
Glomerulonefrite Crônica
Distúrbios que produzem lesões recidivantes ou permanentes nos glomérulos- perda progressiva.
Evolução longa.
Causas: distúrbios circulatórios que afetam a pressão e o fluxo de sangue para os rins; doença glomerular
primária; doenças sistêmicas (diabete melito, LES)
Uréia 〉 〉
Creatinina 〉 〉
Acidose metabólica: incapacidade de excretar H+.
〉 Ca+ : ∫ taxa filtração glomerular
Osmolalidade 〉
CONTROLE:
Monitoramento: Creatinina, sódio (soro, urina), potássio (soro, urina), bicarbonato, osmolalidade.
Diálise
CONSEQUÊNCIAS
Sódio: geralmente ∫ (retém capacidade de reabsorver)
Água: sobrecarregados ou depletados
Acidose metabólica: ∫ reabsorção bicarbonato e secreção de H+
∫ Cálcio e 〉 Fosfato: ∫ 1,25 diidroxicolecalciferol
Anemia: deficiência de eritropoietina
Síndrome Urêmica
Neurológica Central
• Sonolência, coma
• Diver. ativ. cognitiva
• Perda memória
• Tremores, miolomas
• Convulsão
• desorientação, confusão
• Apnéia do sono
Cardiovascular
• Aterosclerose acelerada
• Miocardiopatia
• Pericardite
Hematológica
• Anemia
• Quimiotaxia neutrofílica
• Alt. função linfócitos
• Diátesis hemorrágica
• Disfunção plaquetária
Neurológica Periférica
• Neuropatia sensomotora
• Disestesias
• Soluço
• Pernas inquietas
• Fadiga muscular
Dermatológica
• Prurido
• Calcificação distrófica
• Alt. pigmentação
• Cabelo seco, quebradiço
Oftámica
• Calcificações conjuntival
• Calcificações corneal
Endocrinológica
• Hiperparatireoidismo secundário
• Intolerância aos carbohidratos
• Resistência insulínica
• Dislipemias
• Metab. tirocino periférico alterado
• Atrofia testicular
• Disfunção ovariana
• Amenorréia, dismenorréia
Pulmonar
• Edema pulmonar
• Pneumonite
• Pleurite fibrinosa
Gastrintestinal
• Anorexia, náuseas e vômitos
• Estomatite, gengivite
• Parotidite
• Gastrite, duodenite, úlcera pética