Kularnava Tantra - em - Português
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कुलार्वण तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
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कुलार्वण तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
ॐ
ु नमः
ॐ गरवे
Oṁ Gurave Namaḥ
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Traduzido para o Português por:
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कुलार्णव तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
“Do modo como Você desejou ser a metade do Meu corpo, deixe-o sempre ser assim; Eu também serei a
metade do Seu corpo, do modo como Você desejou.”
45:155 – Kālikāpurāṇa.
Karen de Witt
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कुलार्णव तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
ÍNDICE
As formas de Śiva, características das Criaturas e suas condições – As quatro espécies de Criaturas – A superioridade do corpo humano –
A Preservação do Corpo – Perecibilidade dos Deuses como Brahmā etc. – Causas da decadência na expectativa de vida – Frutos das ações
de uma vida colhidos em outra – Os sofrimentos Devido aos próprios pecados – Não-apego é Liberação – Males do mundo – Sem
conhecimento discriminativo não há liberação mesmo através da emancipação do corpo – Omissão das Práticas Ritualísticas – Não há
Liberação a partir do estudo dos Śāstras sozinho sem o Conhecimento Espiritual – A Verdade inerente no eu – A Liberação somente
através do Conhecimento Real – A instrução do Guru sozinho pode dar a Liberação – Dois tipos de conhecimento – Escritural e Raciocínio
Mental – Nenhum conhecimento Espiritual sem controle dos Sentidos e bondade do Guru.
A Superioridade do Kula-dharma – Ordem de Superioridade – O Kaula desfruta tanto de Bhoga quanto de Yoga – Os Deuses também
aderem ao Kuladharma – A disciplina submetida em vidas anteriores proporciona o Conhecimento do Kuladharma – O Conhecimento do
Kuladharma desponta sobre uma mente purificada pelo Mantra e Japa – Elegibilidade para o Conhecimento – Pecados da transmissão do
Kuladharma a quem não merece – Glória do Kula-dharma – Culto do Kula (Śaktidevī) providencia o Estado de Bem-Aventurança – O
ignorante do Kuladharma vive como um animal – Somente é um homem quem segue o Kuladharma – Os sábios do Veda mas ignorantes do
Kula são inferiores até mesmo aos Cāṇdālas – O adorador de Śakti, por si só, é um Verdadeiro Kula – Os seis sistemas de filosofias são os
Membros de Śiva e os Vedas-Śāstras estão plenos do Kuladharma – Autenticidade do Kula-śāstra inerente em seu fornecimento de frutos
imediatos – O Conhecimento do Kula não é para pecadores – Os Paśuśāstras propagados para seduzir os espíritos do mal – A condição
do Kuladharma nas mãos de pessoas com falso conhecimento – A bebida condenada pelos Vedas – Onze tipos de vinhos proibidos para os
Dvijas – Penitências sobre o parecer etc., do vinho – Penitências de assassinato sem sentido – Oito tipos de assassinos de animais – Três
tipos de matança – Os cinco M’s devem ser recorridos somente na forma prescrita – Comprovação Védica em favor do Kuladharma.
Urdhvāmnāya é Purṇa Brahman – A origem dos cinco Āmnāyas a partir das Cinco Faces de Śiva – Superioridade do Urdhvāmnāya – A
origem dos Āmnāyas a partir das porções dos Deuses, Śakti e Śiva – O Urdhvāmnāya pode ser conhecido somente da boca do Guru – As
bases do conhecimento do Urdhvāmnāya – Superioridade do Urdhvāmnāya – Significado do Urdhvāmnāya – Frutos do conhecimento dos
Āmnāyas – O conhecedor do Urdhvāmnāya é abençoado e Liberado desta vida mundana – Elogio ao conhecedor do Urdhvāmnāya – A
distinção dos Āmnās baseado na Criação etc. – A distinção dos Āmnās nas bases dos Caminhos – Distinção dos Āmnās na base do número
dos Princípios – No Urdhvāmnāya existe a ausência de tudo acima – Glória de Śrī-prāsāda-parā Mantra na Forma de Śiva-Śakti – O
mundo inteiro é inerente neste prāsāda Mantra – Mantras sem o acompanhamento do prāsāda-parā Mantra são ineficazes – Até mesmo os
Deuses e os Sábios recitam o prāsāda-parā Mantra – Os homens de menor classe, se eles conhecerem o Śrī-prāsāda-parā Mantra, podem
instalar um Ídolo de um Devatā – O Conhecedor do prāsāda-parā Mantra tem o conhecimento de tudo, de Śiva, de Mantras etc – O
Prāsāda-parā Mantra é o melhor de todos os Frutos – Prāsāda-parā Mantra é a Unidade de todas as Formas – Louvor ao Śrī-prāsāda-
parā Mantra – Método de recitação do Śrī-prāsāda-parā Mantra – O Śrī-prāsāda-parā Mantra concede tanto Desfrute quanto
Emancipação.
O Śrī-prāsāda-parā Mantra – Significado da palavra do Prāsāda Mantra – Esboço dos Deveres precedentes ao Nyāsa – O Rṣyādi-nyāsa
de Śrī-prāsāda-parā Mantra – Alpa Ṣoḍhā-nyāsa – O processo inteiro deve ser como se segue – Māha-ṣoḍā-nyāsa – Prapañca Nyāsa –
Bhuvana Nyāsa – Mantra Nyāsa – Devatā Nyāsa – Mātṛkā Nyāsa – Ardha-Nārīśvara Dhyāna – Contemplação nas formas Puṁ, Strī e
Niṣkala – Exibição das Mudrās – Contemplação de Śrī Gurudeva – Frutos do Mahāṣoḍhā Nyāsa.
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Questões relacionadas aos vasos básicos etc – Necessidade dos vasos básicos – Metais para a construção dos vasos – Tipos de vasos de
acordo com os desejos a serem preenchidos – Nome dos Kula-dravyas– Nome dos onze tipos de vinho – Décimo segundo vinho, Surā: suas
espécies e qualidades – Qualidades dos bons vinhos – Desejo, etc, poderes (Śaktis) no Surā – Métodos de tomar o vinho – Três tipos de
carne – Frutos de ver a carne – Não há pecado em matar por causa dos Pitras– Existência de Brahmā etc., Deuses em vários ingredientes
da carne – Coisas a serem oferecidas na ausência de carne – Inter-relação de Matsya, Māṁsa e Madya – Pecados da não realização da
adoração Kula – Deveres daqueles incapazes de realizar o Kulapūjā – Madya-māṁsa necessário em todos as seitas Śaivas, Vaiṣṇavas etc –
Kula dravyas necessários no Japa e nos Sacrifícios – Superioridade daquelas realizações no Sacrifício Interno – Frutos da co-
pariticipação do Kula-dravya – Sintomas da emancipação – Momento de beber pela classe dos Brāhmaṇas etc – Vinho etc., não deve ser
tomado exceto na ocasião do Sacrifício – Inutilidade de se beber o que é proibido mesmo para um Vīrasādhaka – Ignorante de um
Kaulikācāra (Meios de um Kaulika) – Tomando os draviyas sem um direito encontra expulsão em todas as religiões – Os cinco M’s
impuros são proibidos – Aderindo ao Paśvācāra, até mesmo um Kaula vai para o inferno – Viciado em vinho encontra sua queda – A
bebida Verdadeira do Sūdha – O Māṁsa e o Madya Verdadeiros – A Realidade do Maithuna.
Sintomas dos adoradores – Local e assento para o Kula-Pūjā– Necessidade das cinco purificações – Necessidade dos Maṇḍalas no culto –
Sāmānya etc cinco vasos – Determinação dos dravyas para as libações – O surā não cultivado é proibido – Os 16 desejos preenchidos nas
fases da Lua (Candra Kalā) originando dos Svaras – As 12 riquezas dadas pelos Kalās de Sūrya iniciando de Ka-Bha e terminando em
Ṭha-Ḍa – Os 10 Agni-kalās das letras de Ya a Kṣa, o qual dá mérito religioso – Os nomes dos Kalās de Auṁkāra – Os 10 Sthiti-kalās
originados de U-kāra e nascidos de Viṣṇu – Os 10 saṁhāra-kalās originados de Ma-kāra e nascidos de Rudra – Os 5 Tirodhāna-kalās
originados de Bindu e nascidos de Īśvara – Os 16 Anugraha-kalās originados de Nāda e nascidos de Sadāśiva – Mantra para a purificação
dos elementos – Amṛteśī Mantra – Método para a purificação do vaso – Mantra para a purificação do vaso – A linhagem de Gurus
chamada Divyaugha, Siddhaugha e Mānavaugha – Mantra para a invocação da Devi – Imaginação da Forma de Brahmana – Dez locais
para a adoração da Devi – Razões para a adoração de um símbolo – Importância de aderir às regras – Unidade do Devatā Mantra e do
Yantra – Etimologia da palavra Yantra – Método de adoração do Yantra – Método de oferecimento de libações de água para a Divindade
– Determinação dos dedos para oferecimento das libações sobre as bases dos desejos a serem realizados – Meditação sobre a linhagem
dos Gurus.
Mantras de oblações para Baṭuka – Mantra de oblação para Yoginī – Mantra de Oblações para Sarvabhūtapatiḥ – Mantra de oblação
para Kṣetrapāla – Mantra de oblação para Rāja-Rājeśvara – Locais de oferecimento de oblações para os Baṭukas – Determinação dos
dedos nas oblações dos Baṭukas – Mantra e sintomas do Kula-Pūjā – Depois bebendo pela Śaktī, bebendo pelo Sādhaka – Kulāṣṭaka: as
oito Kula-Śaktīs – As oito não-Kula-Śaktīs – Sāhaja Śaktī – Na ausência de Śaktī, a imaginação de Sua Forma – Śaktis com boas
características e aquelas que devem ser excluídas – Mantras para oferecimento de adoração à Devi – Iniciando o pardon – Mantra para
Seśikā – Explicação dos três elementos pelo Guru aos seus discípulos – Purificação do corpo do Śiṣya – Distinção de Ātma etc., Tattva-
traya e frutos de seu conhecimento – Bebendo diante do Guru etc., é proibido – Bebendo sem o conhecimento das distinções de Prāṇas e
Mantras é proibido – Método de beber – Os três tipos de como beber – Métodos de beber para aqueles que são totalmente iniciados.
Sete alegrias e suas características –Regras para as substituições dos draviyas – Regras relacionadas à repartição da bebida dos restos
das libações no Cakra – Método de oferecimento das libações para Ucchisṭa-Bhairava – Comportamento dos Sādhakas no Cakra – Sem
perversidade mental é Devatā Bhāva – Pecado de mostrar desrespeito ao Kaulika – Frutos de mostrar respeito ao Kaulika – Unmanollāsa,
o Estado de equilíbrio e Śambhavi Mudrā – Todos os 8 Avasthās e as 8 Realizações inerentes no Sétimo Ullāsa – Nenhuma discriminação
no Bhairavī-Cakra – Pecado na discriminação das castas em um Cakra – Método dos homens e mulheres se sentarem em um Cakra – O
Mundo na forma de Śiva e de Śakti – Samādhi, forma de união de Śiva e de Śakti – Voluptuosidades proibidas.
Brahmajñāna – Marcas de um Yogī – Características de Samādhi – Características de liberação em vida – Características de uma pessoa
em Samādhi – Nenhuma diferença entre Jīvātmā e Paramātmā – Características de Dhyāna – Frutos do conhecimento da Suprema
Realidade – Características do yoga – Os 4 Estados de um Sādhaka – Método de adoração do conhecedor da Verdade – Forma de Jīva e
de Paramātmā – Local do Devatā com base na diferença de Elegibilidade – Características de um Yogī que conhece a Suprema Verdade –
Características dos Kula Yogīs – Nenhuma proibição processual para um Kaulika – Comportamento de um Kula Yogī – Características de
um Kaulika Superior – Gloria de um Kaulika – Fruto da Adoração Kaulika – Efeitos adversos de negligenciar o conhecedor do Kula –
Procedimento de caridade para um Kula-Yogī – Seguindo as práticas do Varṇāśrama e o objetivo do Karma – Elegibilidade para o Karma
Yoga – Renúncia das ações para o não elegível é proibido – Somente um Brahmajñānī e o conhecedor da Verdade é livre do Karma.
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Os 3 tipos de adoração – Recorrendo aos 5 M’s pelos desejos pessoais é pecado – Ocasiões para adoração – Cakra adoração pelo
Sādhaka ou Ācārya – Adoração das Yoginīs para a pacificação das doenças – Características do Śrī Cakra – Adoração das 9 virgens e
seus frutos – Tāmasa Dhyāna e seus frutos – Método de adoração das 9 jovens – Método de adoração da Śakti nas sextas – Adoração dos
9 Mithuna – Adoração do Iṣṭa Devatā no mês de Vaiśākha – Adoração do Iṣṭa Devatā no mês de Māgha – Adoração do Iṣṭa Devatā em
Kārtika – Adoração do Aṣṭāṣṭaka – Adoração do Śrīkaṇṭha etc., 50 pares – Adoração de Keśava etc., pares – Adoração das Dākinīs –
Frutos de Dūtī-yāgna – Frutos do adoração Trika – Nenhuma adequação no Cakra sem a adoração Kula – Louvor da Kula Pūjā – Seis
Favores – O Mantra para esta Adoração.
No evento da chegada de um Kaulika desconhecido –Momento de adoração – Deveres relacionados à adoração – Solicitação para o
néctar na casa de um Kulācārya – Regras relacionados à bebida do Kula dravya – Comportamentos proibidos no Cakra – Perda pelo
contato de um Paśu – Deveres de um Sādhaka – 5 tipos de esposas do Guru – Mulheres Proibidas – Mulheres veneráveis – Coisas a serem
veneradas quando vistas – Ações proibidas – Todas as mulheres são como mães – Sobre as Kula-Vṛkṣas – 5 ações e 5 pecados proibidos
para os Kaulikas – Especialidade dos Kaulas – Ações pecaminosas – Nenhum pecado em matar quem descrê o Kula – Assuntos do Śrī
Cakra são secretos – Erros que trazem a queda dos Kaulikas – A importância da boa conduta – Penitência para o Sādhaka culpado –
Ācāras a serem instruídos três vezes pelo Guru – Responsabilidade do Guru para os pecados dos discípulos.
Gloria do Pādukā – Identidade do Guru e de Īśvara – Condenação de alguém desprovido de devoção ao Guru – Fruto de devoção ao Guru
– Guru não está relacionado a um mero mortal – Pecado de se abandonar o Guru e o Mantra – Comportamento adequado em relação ao
Guru – Regras relacionadas às Saudações ao Guru.
Características de Śiṣyas que devem ser rejeitados – Características de Śiṣyas aceitáveis – Características do Guru – Embora sem formas
os Gurus têm a forma de Śiva – Brahmā, Viṣṇu Śivatva de Śrī Guru – Nenhuma diferença entre a Divindade, o Mantra e o Guru –
Características de um Guru superior – O conhecedor da verdade sozinho é o Guru verdadeiro – Tipos de Guru.
चतदु श
ण उल्लासः – caturdaśa ullāsaḥ – Décimo-Quarto Ullāsa
Nenhuma liberação sem Iniciação e nenhuma Iniciação sem Ācārya – Iniciação significa a união com Śiva e a liberação depois da morte –
Sem o teste apropriado, a instrução do Guru e o recebimento do discípulo ambos cometem erros – Instrução depois da iniciação – Método
de testar o discípulo – Teste do Guru pelo Discípulo – Três tipos de Śiṣyas – Três tipos de instruções – Três tipos de Iniciações sem rituais
– Sete tipos de Iniciação que dá a liberação – Seis condições de Vedha – Kaulikī Iniciação – Método e Glória do Siddhābhiṣeka – Louvor
daqueles plenamente consagrados – Dois tipos de iniciação e glória da iniciação – Método de Iniciação para os Śūdras e para as
mulheres.
Superioridade do Japa – Cinco membros do Puraścaraṇa – Japa de um Mantra conjunto com Bhūta-lipi – Mantras recebidos
impropriamente são injuriosos – Locais agradáveis e proibidos para o Puraścarana – Adoração do Senhor da Luz é necessário – Assentos
aceitáveis e rejeitáveis – Método de Prāṇāyāma e seus frutos – Mantra-Japa somente com Nyāsa – Dois tipos de Akṣamālās e o fruto do
Japa neles – Regras para o uso dos dedos no Japa – Três tipos de Mantra-Japa – Mantra livre de duas impurezas por si só dá frutos – Os
Mantras são infrutíferos sem o conhecimento de seus significados – Os Mantras desprovidos de sua potencia são infrutíferos – 60 defeitos
dos Mantras – 10 ritos purificatórios dos Mantras – Regras relacionadas aos alimentos etc., durante o período do Puraścaraṇa –
Características de Siddha etc., Cakras – Mantras para os quais a consideração de Siddha etc., não são necessárias – Fatores que obstruem
o sucesso no Japa – Condições condutivas para o sucesso no Japa.
Frutos do Japa e do Homa – Sādhaka com um Siddha Mantra obtém sucesso nos 6 rituais – Nenhuma liberação para um Sādhaka dos 6
rituais – Pacificação das faltas e dos experimentos com Cakra pūjā – Coisas a serem conhecidas antes de recorrer aos experimentos – As 6
diferenciações dos Mantras – Diferenças dos Mantras com base nos fins desejados – Dhyāna para vários rituais – Pureza (Sāttvika) Rājasa
Dhyāna e seus frutos – Método de Havana na pacificação, cativação e atração etc., dos 6 rituais – O conhecedor do Parā-prāsāda Mantra
é liberado nesta mesma vida – Método de causar inimizade, aversão e morte etc., nos 6 rituais – Contemplação das cores branca, etc., nos
rituais de pacificação etc., nos 6 rituais – Método de destruir aqueles que causam injuria.
Oração ao Gurudeva – Contemplação do Guru etc., nomes – Proibição de manter livros na casa de um Paśu – Adoração diária do livro –
Frutos de ler ou ouvir a gloria do Ūrdhvāmnāya.
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कुलार्णव तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
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प्रथम उल्लासः
prathama ullāsaḥ
Primeiro Ullāsa
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1:1 – Śrī Devī Pārvatī perguntou deste modo ao Todo bem-aventurado, Senhor Supremo, Deus dos Deuses, Pai
do Mundo, Śiva, quando Ele estava sentado no cume do Monte Kailāsa.
1:2-5 – Oh Senhor, Deus dos Deuses, criador das práticas sagradas, Onisciente, Atingível com devoção,
Libertador daqueles que buscam refúgio, Senhor do Kula, Supremo Senhor, Oceano do néctar de compaixão!
Infinitos números de criaturas em milhares de formas corporificadas estão envolvidos em ciclos infindáveis de
sofrimentos de nascimento e morte, e não há redenção para eles. Absortos em completa dor, eles nunca
desfrutam da felicidade. Oh Senhor! Diga-me, portanto, como eles podem obter a Liberação.
O Senhor disse:
1:6 – Ouça, Oh Devi, a resposta que você me pediu; até mesmo pelo simples ouvir, os homens obtém a
Salvação.
1:7 – Há uma Verdade, que é Śiva, o Parabrahmā, Inexpressivo, Onisciente, Onipotente, Soberano de tudo,
Imaculável e sem um igual.
1:8-9a – O Auto luminoso, sem um início e um fim, desprovido de todos os atributos, imutável, mais elevado
dos elevados, desprovido de qualidades, Ele é Saccidānanda. Todos os milhares de seres viventes são somente
uma porção Dele, mas Devido à eterna ignorância, separaram-se Dele como centelhas que embora emerjam do
fogo, separam-se dele.
1:9b-11 – Devido ao fato de carregarem o epíteto de ‘nascidos’ e suas ações iniciais, eles permanecem
separados de Śiva e são regulados pela felicidade de suas virtudes e dores de seus pecados. De acordo com
suas ações obtém formas corporais, idades e destinos das espécies respectivas, estas criaturas ignorantes
continuam infinitamente passando de nascimento a nascimento.
1:12-13a – Os vários tipos de Jīvas nascem sobre esta terra mil vezes, respectivamente, em vários graus, ou
seja, Udbhij ou nascidos imóveis fora do sol; Svedaja ou nascidos móveis sem suor, tais como os insetos etc.;
Aṇdaja, ou aqueles nascidos dos ovos, tais como os pássaros etc.; e Farāyaj, ou os nascidos do útero, tais como
os animais, os homens em diferentes estágios de desenvolvimento, os Deuses e os Seres Liberados.
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1:13b-15 – Das 84,00,000 formas corporais, o corpo humano é o mais importante, pois é nesta forma que se
obtém o conhecimento da Essência. Este conhecimento da Essência não pode ser alcançado em qualquer outra
forma que não a humana. Mesmo em centenas de milhares de nascimentos, Oh Pārvati! Quando devido ao
acúmulo de ações virtuosas, um ser humano com esforço obtém o conhecimento da Essência, ele se torna um
Liberado.
1:16 – Dotado com a forma humana como uma escada para Emancipação se alguém não libertar seu Ātma,
então ele pode ser mais pecador do que ele.
1:17 – Obtendo um nascimento superior e melhor, com um belo aparelho motor e órgãos sensoriais, aquele que
não entende o melhor de seu empenho é como um suicida.
1:18 – Nenhuma criatura em qualquer outra forma corporal, além daquela humana, pode buscar os mais
elevados objetivos da vida. Portanto, dotado com a preciosa riqueza do corpo humano, deve-se favorecer em
ações virtuosas.
A Preservação do Corpo
1:19 – Com todos os esforços, deve-se preservar seu Eu. O eu é a causa eficiente de todas as coisas. Portanto,
com todo cuidado, deve-se preservar seu Eu.
1:20 – Terras da aldeia, dinheiro e casa, poderiam ser obtidos repetidamente; mas o corpo humano não pode
ser obtido novamente.
1:21 – Os homens devem fazer esforços persistentes para a preservação de seus corpos. Não é apropriado
deixar o corpo morrer por aflições de doenças como lepra etc.
1:22 – Assim, enquanto o corpo existir deve-se viver de acordo com as leis do Dharma. O Dharma conduz ao
conhecimento; o conhecimento conduz à Dhyāna e ao Yoga, que embora secreto leva à Liberação.
1:23 – Se a própria pessoa não encontrar os meios para a Liberação de seu Eu, quem mais providenciará os
meios favoráveis para esta Liberação?
1:24 – Quem não tenta curar-se de doenças neste mundo (em que vive), o que ele poderá fazer por sua doença
quando ele for para um local onde nenhum tratamento é útil?
1:25- É um tolo quem começa a cavar um poço quando sua casa já está em chamas. Portanto, enquanto este
corpo existe, deve-se seriamente devotar-se para a investigação da Verdade Última.
1:26-27 – A velhice perambula como um tigre; a idade diminui como a água em pote quebrado; a doença ataca
como um inimigo. Portanto, tome o auspicioso caminho bem antes que seus membros percam aquela vitalidade
e as adversidades se acumulem sobre você.
1:28 – Nos vários propósitos mundanos o tempo voa despercebido. Envolvido em seus prazeres e dores Jīva
permanece inconsciente de seu auto interesse.
1:29-30 – Apaixonado pelo vinho da ignorância ele não teme nem mesmo quando ele vê no mundo os seres
entorpecidos, aflitos, mortos, a calamidade e a miséria extrema. Ele não se dá conta de que a prosperidade é
como um sonho, a juventude como uma flor perecível, a expectativa de vida momentânea como um relâmpago,
e permanece satisfeito de si mesmo.
1:31 – Mesmo uma vida de cem anos também é pouca, pois a metade dela é gasta em sono e a outra metade é
feita infrutífera pela infância, doença, miséria, velhice e outras coisas a mais.
1:32 – Falta-lhe diligência onde ele deveria estar ativo; ele dorme quando deveria estar desperto; permanece
seguro onde deveria estar apreensivo – então, por que a morte não deveria infringi-lo?
1:33 – O corpo tem curta vida como uma bolha de água. Residindo nele como um pássaro, como Jīva pode
permanecer sem medo em um mundo desagradável e perecível?
1:34 – Jīva considera favorável o que não é favorável; considera permanente o que é transitório; considera útil
o que é inútil; e não vê sua própria morte.
1:35 – Oh Devī! Iludido por Māyā, ele não enxerga o que ele vê, nem compreende o que ouve; e nem segue o
que lê.
1:36 – Este mundo estando mergulhado em insondáveis oceanos, o Jīva aqui não reconhece os crocodilos da
morte, doença e velhice à espreita.
1:37 – Ele falha em ver que conforme o tempo passa, seu corpo decai; não percebe que igual a um pote de
barro mal cozido na água seu corpo é gradualmente destruído.
1:38 – Fazendo um recinto pode-se evitar o vento ou se abrigar do céu, e pela construção de uma barreira as
ondas podem ser obstruídas; mas a passagem da vida não pode ser interrompida por qualquer meio.
1:39 – Oh Devī! A terra chamusca, o monte Meru quebra, a água do oceano seca, então o que dizer do corpo –
ou seja, o corpo deveria também perecer inevitavelmente.
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1:40-41 – O homem continua tagarelando acerca de “meus filhos”, “minha esposa”, “minha riqueza”, “minha
relação”! A morte o engole quando ele está até pensando o que está feito, e o que está a meio caminho andado.
1:42 – Portanto, faça hoje o que é necessário ser feito amanhã; faça na parte da manhã o que deve ser feito à
tarde, por que a morte não percebe o que é feito ou não feito.
1:43 – Homem sábio, você não vê rondando a sua volta a Morte, armada com uma hoste de doenças terríveis?
1:44 – Atravessado pela lança do desejo, umedecido no lubrificante do desfrute dos sentidos, cozido no fogo
dos gostos e desgostos, o homem é um banquete da Morte.
1:45 – A morte devora todos os fetos, as crianças, os jovens e os velhos. Esta é a regra que prevalece no
mundo.
1:46 – Deuses como Brahmā, Viṣṇu, Maheśa e os vários Seres Elementais são também perecíveis. Portanto,
deve-se sempre se esforçar pelo seu bem-estar.
1:47 – A falta de fidelidade aos deveres da própria classe, esforços por ganhos ilícitos, desejo pela esposa e a
riqueza dos outros, tudo isso leva à decadência dos anos dos homens.
1:48 – Aversão às práticas dos preceitos védicos, infidelidade para com os Gurus, e falta de restrição aos
desejos sensuais também diminuem a expectativa de vida.
1:49 – Independentemente dos meios destinados para a vida terminar, seja por doença, calamidade, veneno,
arma, serpente ou animais como leões etc., cumpra seu destino daquela maneira.
1:50 – Como uma palha de grama na água, Jīva com seu corpo causal vai de um corpo para outro, como se
ocupando uma nova casa ele deixa a anterior.
1:51 – Assim como em um corpo Jīva muda da infância para a juventude, da juventude para a velhice, assim
ele passa para outro: de uma casa para outra.
1:52-53 – Os homens submetem-se a prazeres e dores conforme às ações que eles realizaram. Aqueles
ignorantes, que não têm nenhum conhecimento do outro mundo, giram do nascimento à morte e novamente da
morte ao nascimento. Qualquer que seja a ação realizada, ele colhe seus frutos igualmente no próximo mundo,
assim como uma árvore que é regada nas raízes mostra os frutos em seus ramos.
1:54 – Pobreza, dor, doença, escravidão, vícios são os frutos das árvores de seus próprios pecados, os quais os
homens têm de carregar.
Não-apego é Liberação
1:55 – Não-apego é o único caminho para a Liberação; todos os males nascem do apego. Portanto, a rejeição
ao apego e a devoção ao verdadeiro conhecimento por si só faz a felicidade. Mesmo os esclarecidos são
movidos pelo apego, então o que dizer dos seres inferiores?
1:56 – Portanto, desista do apego completamente. Se você não puder fazer, recorra à companhia dos Bons,
porque a companhia dos Bons e os Santos agem como um remédio.
1:57 – A companhia de pessoas santas e o conhecimento discreto são dois olhos limpos e afiados. Quem é
desprovido de um ou de outro é, de fato, como um cego. Como ele pode então falhar e tomar o caminho
errado?
1:58 – Enquanto Jīva mantém sua mente apegada aos relacionamentos mundanos, assim também seu coração
permanece em sofrimento.
1:59 – Oh Kuleśvarī! Deixando este corpo quando Jīva vai embora, então qual é a utilidade do relacionamento
estável como esposa, mãe, pai ou filho?
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Males do mundo
1:60 – Este mundo é a raiz de todos os males. Quem está aqui está sofrendo. Portanto, quem renuncia ao
mundo desfruta de felicidade. Oh Minha Amada! Não existe outro meio.
1:61 – Oh Minha Amada! Este mundo é um local que dá nascimento a todos os sofrimentos, todas as
calamidades e é um repositório de todos os pecados. Portanto, é apropriado que se deva renuncia-lo.
1:62 – Quem é apegado ao mundo permanece atado mesmo sem uma corda. Pois seu forte veneno é misturado
em sua vida e, Oh Devī!, ele é cortado em pedaços sem qualquer arma.
1:63 – Para ele no início, meio e fim da vida o sofrimento existe em qualquer lugar. Portanto, renuncie ao
mundo e busque a Verdade para a felicidade.
1:64 – Mesmo quem está preso firmemente em correntes espinhosas pode se tornar livre, mas alguém apegado
a mulher e riqueza não pode ser livre.
1:65 – Para quem está sempre absorto em seu relacionamento familiar, as qualidades como a erudição e o bom
caráter são como um pote de barro mal cozido na água.
1:66 – Situado no corpo os órgãos dos sentidos, alimentando-se dos objetos dos sentidos, são como
contrabandistas, constantemente causando a destruição dos homens com desejos insaciáveis.
1:67 – Assim como o ávido por carne um peixe não vê a isca de ferro, assim uma pessoa ávida de (mundana)
felicidade não vê a interferência de Yama, que é a morte.
1:68 – Minha Amada! Quem está inconsciente de suas perdas e ganhos, quem está sempre trilhando o caminho
errado, quem está engajado somente nos sentimentos do estômago, não sabe o que é o inferno.
1:69 – Oh Amada! Dormir, copular, comer e outras funções são comuns a todos os animais. Somente o homem
é dotado de conhecimento. Quem é desprovido disto é um animal.
1:70 – Os homens são incomodados pelas fezes e urina pela manhã, fome e sede ao meio-dia, e sexo e sono à
noite.
1:71 – Todos os Jīvas, constantemente engajados nas necessidades de seus próprios corpos e aquelas de suas
esposas, iludidos pela ignorância, sofrem repetidamente o ciclo de nascimentos e mortes.
1:72 – Engajados incessantemente na realização de suas respectivas classes de deveres e pouco mais, os
homens não vêm a Suprema Verdade; e, Oh Pārvatī!, os tolos perecem por esse meio.
1:73 – Alguns estão absortos em rituais; alguns realizam adoração e sacrifícios; mas absortos em profunda
ignorância tais pessoas enganam a si e aos outros.
1:74 – Contente somente com nome, estes homens deleitam-se nos rituais, são iludidos pela repetição de
Mantras, Homa e sacrifícios elaborados.
1:75 – Iludidos por sua Māyā, estes tolos esperam se realizar no mais elevado por austeridades e emancipação
de seus corpos.
1:76 – Se o ignorante pudesse alcançar a liberdade somente pela tortura de seus corpos, a serpente estaria
morta, Oh Devī!, quando o formigueiro é atingido.
1:77 – Acautelar-se desses pseudo-gurus, com a intenção de acumular riqueza, vestindo-se disfarçadamente,
que vagueiam em todos os lugares como Jñānīs e lançam os outros em ilusão.
1:78 – Apegados aos prazeres do mundo eles ainda proclamam “eu conheço Brahma”. Caídos tanto das ações
quanto do conhecimento, tais pessoas devem ser evitadas.
1:79 – Não existem burros e semelhantes a quem casa e floresta são semelhantes e que vagueiam nus sem
vergonha? Eles todos se tornam Yogīs por isso?
1:80 – Se os homens pudessem se tornar liberados por mancharem-se com poeiras e cinzas, todos os
camponeses que vivem em meio à poeira e às cinzas se tornariam liberados?
1:81 – Os habitantes das florestas como o veado e outros animais vivem de grama e água. Então, Oh Devī!,
eles se tornam Yogīs por isso?
1:82 – Sapos e peixes vivem todos nos rios, tal como o Ganges; eles adquirem mérito especial por isso?
1:83 – Oh Devī!, papagaios e mynās recitam diante das pessoas as palavras sagradas com prazer; eles são
considerados grandes eruditos por conta de suas recitações?
1:84 – Pombos comem nada senão caroços; Cātakas (o pássaro Cucculus Melanoleucus) não bebem lama; são
estes também Yogins?
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1:85 – Animais, como porcos, aguentam o inverno frio e o verão quente e para eles o alimento próprio ou
impróprio é parecido; são eles Yogins por isso?
1:86 – De fato, tais privações e auto negações são, Oh Kuleśvarī, somente para enganar o mundo enquanto o
imediato Conhecimento da Verdade por si só é o meio para a Liberação.
1:87-88 – Oh Minha Amada!, as pessoas caem no fundo do poço dos Seis Sistemas de Filosofias, mas
controlados pelos laços carnais são inábeis para alcançar o conhecimento espiritual. Lutando no profundo
oceano dos Vedas e dos Śāstras, eles são apanhados pelas terríveis ondas e os crocodilos que residem lá na
forma de discussões filosóficas e dos debates.
1:89-91 – Eles leem os Vedas, Āgamas e Purāṇas, e ainda assim não conhecem a Mais Elevada Verdade do
Divino – o verdadeiro objetivo da vida – como um engano, grasnando como uma vaca. Com suas costas
voltadas para Verdade Real a ser conhecida, eles ponderam sobre livros incessantemente, ansiosamente
dizendo “isto deve ser conhecido”, “este é o conhecimento” e assim por diante. Embelezado com tal
conhecimento de estilo, sintaxe, poesia e ornamentos retóricos do sentido do som, estes tolos ficam confusos e
apreensivos.
1:92 – A Verdade Real é uma e o que eles entendem é muito diferente; o significado das escrituras é um e o
que eles interpretam é outro.
1:93-94 – Eles falam de consciência sem ego (Unmanī-avasthā) mas não experimentam este estado. Alguns
são vítimas do egoísmo e alguns permanecem desprovidos de instruções. Eles cantam os Vedas e disputam
entre eles, mas como a concha que não conhece o gosto do melado que ela segura, eles não conhecem a
Verdade.
A Verdade inerente no eu
1:95 – A cabeça pode usar as flores, mas é o nariz que pode sentir sua fragrância. Assim, eles pode ser pessoas
que cantam os Vedas e as Escrituras, mas raros são os que ser tornam um com seu espírito.
1:96 – Esquecendo que a Verdade Divina está dentro de si mesmo, eles buscam por Ela nos livros, como o
pastor que busca a cabra quando ela já está no rebanho.
1:97-98 – O conhecimento verbal não é proveitoso para a destruição da ilusão do mundo; assim como a
escuridão não é dissipada por meramente falar da lanterna. O estudo de uma pessoa sem sabedoria é como um
cego se olhando em um espelho. É somente os homens de sabedoria desperta que podem se beneficiar dos
Śāstras.
1:99-100 – Homens famosos por suas qualidades como erudição, filantropia e valentia estão discutindo por
todos os lados e meios que a Verdade Divina é de um tipo ou de outro; mas se eles não percebem aquela
Verdade diretamente, qual o sentido de falar Dela? Aqueles que estão tolamente envolvidos assim nos Śāstras
estão, inquestionavelmente, longe da Verdade.
1:101 – Em todos os lugares eles parecem ouvir coisas tais como “este é o conhecimento e isto é que deve ser
adquirido”; mas, Oh Devī!, pode-se gastar milhares de anos ouvindo o conhecimento dos Śāstras e ainda nunca
alcançar o seu fim.
1:102 – Intermináveis são os Vedas, os Śāstras etc., e milhões de obstáculos como expectativa de vida limitada.
Portanto, é sábio ir direto à essência das Escrituras como o cisne bebericando leiro fora da água.
1:103 – Praticando todos os Śāstras e conhecendo a sua Verdade essencial, o inteligente deve deixa-los como
os catadores de grãos deixam as cascas de lado.
1:104 – Como alguém que tem se saciado com a bebida do néctar não precisa nem de comida, assim, Oh Devī!,
quem conhece a Essência da Verdade não precisa de nenhum conhecimento dos Śāstras.
1:105 – A Liberação não é obtida quer pela recitação dos Vedas ou pelo estudo dos Śāstras. Oh Vīravandite!,
Jñāna, ou o Conhecimento Real por si só pode dar a Liberação, nada mais do que isso.
1:106-107 – Nem Āśramas (os quatro estágios da vida), nem filosofias ou Ciências podem providenciar os
meios para a Liberação; somente o Jñāna de todos os Śāstras pode dá-la. E este Jñāna pode ser recebido através
das palavras de um Guru. Todos os outros meios são enganosos, opressivos; o conhecimento da Verdade
sozinho é vivificante.
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1:108 – O Supremo Conhecimento Daquele declarado por Śiva, livre de ritual e austeridade, deve ser recebido
da boca do Guru.
1:109 – O conhecimento é de dois tipos: um derivado das Escrituras e o outro nascido do raciocínio mental. O
conhecimento derivado das Escrituras está na forma de Śabda-Brahma, e o nascido do raciocínio está na forma
de Parabrahmā.
1:110 – Alguns preferem o Não-dualismo, e outros o dualismo; mas nenhum nem outro conhece Minha
Verdade que está acima tanto do dualismo quanto do não-dualismo.
1:111 – “Meu” e “não meu” transmitem prisão e liberação. “Meu” é o termo que age para a prisão, e “não
meu” significa Liberação.
1:112 – A ação verdadeira é aquela que não ata, o Conhecimento Verdadeiro é o que dá a Liberação. Outras
ações são causas de dor; outros conhecimentos faz apenas para a arte.
1:113 – Enquanto houver desejo sexual, enquanto houver apego ao mundanismo e enquanto houver atividade
dos sentidos, como pode haver algum comentário sobre Propósito Elevado?
1:114 – Enquanto houver agitação de esforço, enquanto houver atividade de pensamento, enquanto não houver
estabilidade da mente, como pode haver algum comentário sobre Propósito Elevado?
1:115 – Enquanto houver identificação com o corpo, enquanto houver identificação com o ego e enquanto não
houver nenhuma Graça do Guru, como pode haver algum comentário sobre Propósito Elevado?
1:116 – Austeridades, observâncias, peregrinações, Japa, Homa, Adoração, Vedas, Āgamas e Śāstras – tudo
isto deve ser buscado somente enquanto a Verdade Suprema não for alcançada.
1:117 – Portanto, Oh Devī!, se alguém desejar sua Liberação, ele deve estar atento à Divina Verdade, sempre,
com todos os seus esforços e em todas as condições.
1:118 – Afligido com quem está com triplas angústias, ele deve buscar a sombra da Árvore da Liberação em
cujos ramos o Dharma e Jñāna florescem e cujo fruto é o Mundo da Bem-Aventurança.
1:119 – Por que falar tanto? Em uma palavra, Oh Pārvatī! Ouça o segredo. De fato, e sem dúvida, é o Kula-
dharma que Libera.
1:120 – Assim, Oh Devī! Falei a Verdade para você; o qual depois de conhecer da boca do Guru, os homens
sem esforço livram-se da escravidão do mundo.
1:121 – Oh Minha Amada! Declarei assim em resumo as condições dos Jīvas. Agora, Oh Kuleśvarī! O que
mais você quer ouvir?
Kulārn
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कुलार्णव तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
________________________________________________________
द्वितीय उल्लासः
dvitīya ullāsaḥ
Segundo Ullāsa
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2:1 – Misericórdia de todos os Jīvas, Oh Kuleśa! Você mencionou o Kuladharma, mas não o esclareceu. Oh
Deva! Eu quero ouvir sobre ele.
2:2 – Se você tem alguma bondade por mim, diga-me amavelmente, Oh Senhor Parameśāna!, sobre a Glória
daquele melhor dos Dharmas e também sobre os princípios do Urdhvāmnāya.
2:3 – Ouça, Oh Devī! Estou falando o que me perguntou; apenas de ouvir alguém se torna amado das yoginīs.
2:4 – Nos dias de outrora, Eu não falei nem mesmo a Brahmā, Viṣṇu e Guha (Kārtikeya). Mas por amor a
você, estou falando. Por favor, ouça com mente concentrada.
2:5 – Contido em minhas cinco bocas e transmitida pela tradição, esta doutrina não é contada, mas estou
dizendo a você para benefício dos outros.
A Superioridade do Kula-dharma
2:6 – Você tem de mantê-lo em segredo e não comunicar a ninguém mesmo, exceto a um devoto e a um
discípulo. Se for dado a qualquer outra pessoa vai trazer seu desastre.
Ordem de Superioridade
2:7-8 – O Veda é superior a tudo; o Vaiṣṇava é superior ao Veda; o Śaiva é superior ao Vaiṣṇava; Dakṣiṇa é
superior ao Śaiva; Vāma é superior ao Dakṣiṇa; Siddhānta é superior ao Vāma; o Kaula é superior ao
Siddhānta; e não há nada superior ao Kaula.
2:9 – Oh Devī! O Kula (ou Kulācāra) é o mais secreto de todos os segredos; a essência de todas as essências; o
melhor dentre os melhores; transmitido de ouvido a ouvido (ou seja, da tradição verbal de Guru-Śiṣya) e o
revelador verdadeiro é Śiva.
2:10 – Do oceano dos Vedas e dos Āgamas, com a vara de agitação de Jñāna (conhecimento), tenho extraído
esta essência do Kula-dharma.
2:11 – Minha Amada! Se por um lado de um equilíbrio são mantidas todas as religiões, os lugares sagrados e
as práticas, e por outro está colocado o Kula-dharma, este último prova ser mais forte do que tudo.
2:12 – Como os rios seguindo uma longa distância em um curso zig-zag e que por fim entram no mar, assim os
vários Dharmas entram no Kula-dharma.
2:13 – Assim como as pegadas de todos os animais se perdem na pegada do elefante, assim Minha Amada!,
todas as filosofias são absorvidas na doutrina do Kula.
2:14 – Assim como o ferro nunca pode ser comparado com o ouro, assim nenhuma outra doutrina pode ser
comparada com o Kula-dharma.
2:15 – Assim como os outros rios nunca podem ser como o Ganges, assim as outras doutrinas não podem ser
como o Kula-dharma.
2:16 – Assim como existem diferenças entre o Monte meru e a semente de mostarda, ou entre o Sol e um vaga-
lume, assim existe uma grande diferença entre o Kula e as outras doutrinas.
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2:17 – Mesmo que haja uma mulher como você e um homem como Eu, ainda assim não pode nunca haver um
Dharma como o Kula-dharma.
2:18 – Se uma pessoa maliciosa de ignorância considera os outros Dharmas como igual ao Kuladharma, ele
permanece atado com os laços mundanos e é amado somente pelos intocáveis.
2:19 – Minha Amada! Da ignorância a pessoa que fala dos outros Dharmas como superior ao Kuladharma, sem
dúvida comete um pecado maior do que um assassino de um Brâhmane.
2:20 – Andando na carruagem do Kula-dharma, o melhor dos homens cruzam este mundo e vão ao paraíso e
obtém a Joia da Liberação.
2:21 – Somente através de uma longa prática das outras filosofias os homens podem obter a Liberação, mas
através da prática do Kula eles são imediatamente Liberados – não há dúvida disto.
2:22 – Ouça, Minha Amada da Vida, Oh Kulanāyike! Por falar muito, eu juro por você que não há nada
semelhante o Kuladharma.
2:23 – Minha Amada! Em outros sistemas um Yogī pode tomar os prazeres do mundo (ou seja, ele não pode
ser um Bhogī); nem um Bhogī que está no meio dos prazeres mundanos pode ser um Yogī (ou um aspirante
ativo para o Divino). Mas no caminho do Kaula, tanto Yoga e Bhoga – união com o Divino e a participação em
Sua manifestação – tem uma união feliz.
2:24 – Oh Kuleśvarī! Kuladharma é Bhoga e também Yoga; o que aparentemente é um pecado aqui é
transformado em uma força para Deus; e o Samsāra se torna um meio para a Liberação.
2:25 – Até mesmo os Deuses como Brahmā, Indra, Viṣṇu e Rudra e os veneráveis Munis seguem o caminho do
Kuladharma. Oh Devī! Então o que dizer dos homens?
2:26 – Assim, deve alguém que aspira o Cumprimento, ele deve abandonar todos os outros Dharmas, credos de
todos os outros Professores e conhecer somente o Kula-dharma.
2:27 – Assim como das experiências de um sonho surge o conhecimento sem instruções, assim os estudos e as
disciplinas da Sādhanā de vidas anteriores trazem o Conhecimento do Kuladharma.
2:28 – A maturidade e o desenvolvimento da mente que ocorre em milhares de nascimentos anteriores, por si
só produz o conhecimento sem quaisquer instruções.
O Conhecimento do Kuladharma desponta sobre uma mente purificada pelo Mantra e Japa
2:29 – O Conhecimento do Kula-dharma desponta sobre uma mente purificada pelos Mantras e pelo Japa de
qualquer origem, seja Śaiva, Vaiṣṇava, Śākta, Gāṇapatya ou Saura.
2:30 – Oh Devī! Os seguidores de outros Dharmas voltam ao mundo novamente mas um adepto do Kula-
dharma volta livre de tudo isto.
2:31 – O Kulajñāna desperta uma pessoa cujo corpo e mente está livre dos elementos deformantes da
ignorância e do ego como um resultado de austeridade, caridade, sacrifícios, peregrinações, Japa e
observâncias sagradas submetidas no passado.
2:32 – Oh Devī, Benfeitora de tudo! O Kula-jñāna desperta uma pessoa com quem tanto você e eu estamos
satisfeitos e que tem fé no Devatā e no Guru.
2:33 – Kula-jñāna desperta uma pessoa que é puro na mente, calmo, diligente, servidor de seu Guru,
intensamente devotado ao Senhor e um Sādhaka secreto.
2:34 – Oh Kulāśraye! Kulajñāna desperta uma pessoa que é firmemente devotado ao Guru, ao Kulaśāstra e ao
Kaulika.
2:35 – Kula-jñāna é obtido por uma pessoa que é crente, obediente, alegre, dedicado à vida de observâncias
severas e boa conduta e obediente aos comandos do Guru.
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2:36 – O Kulajñāna não é obtido por quem não merece nem fica com eles. Portanto, o Kulajñāna deve ser
transmitido somente depois de um teste minucioso de elegibilidade da pessoa.
2:37 – O Kuladharma e o Kulaśāstra não devem ser dados a uma pessoa sem mérito. Quem desafia esta ordem
deve receber a maldição de Deus.
2:38 – Se um adorador do Samayācāra [1] comunica o Kula-jñāna a alguém, então o Guru (Comunicador) e
aquele Śiṣya (beneficiário) ambos são destruídos pelas Yoginīs.
Glória do Kula-dharma
2:39-40 – Se o Guru desperta mentalmente o Śiṣya primeiramente e, em seguida, revela a ele este mais elevado
conhecimento do Kula, então ambos (o Guru e o Śiṣya) desfrutam do companheirismo direto da Yoginī e do
Vīra (ou seja, Śakti e Śiva) e igualmente atravessam este oceano mundano sem esforço. Aqueles que assim
conhecem o Kuladharma são, sem dúvida, emancipados.
2:41 – Trilhando sobre o mais elevado caminho do Kuladharma eles prosseguem para a morada da
Emancipação que é, sem dúvida, eterna. Portanto, abrigue-se no Kuladharma.
2:42 – Oh Pārvatī! Negligenciando o Kulaśāstra, quem pratica o Paśuśāstra é como alguém que deixando o
arroz e o leite de sua própria casa, mendiga por esmola em outro lugar.
2:43 – Deixando o Kuladharma, quem se torna um adepto de outro Dharma é como uma pessoa que, deixando
a joia de sua mão, busca um distante pedaço de vidro.
2:44 – Deixando o Kula-mantra, quem repete (realização de Japa) um Paśu-mantra é como uma pessoa que
deixando a pilha de grãos deseja pela pilha da casca.
2:45 – Deixando a família do Kula, quem deseja por outra família, é como uma pessoa que embora com sede,
deixando o tanque de água límpida, busca a ilusão da água em um deserto.
2:46 – Assim como a ilusão criou, por uma providência mágica somente um prazer momentâneo, assim Oh
Kulanāyike!, todos os Dharmas, que não o do Kula, providenciam somente um alívio momentâneo.
_________________________________________________
1. Bhāskararāya em seu Saubhāgyabhāskara fala de três seitas de adoradores de Śrīvidyā, ou seja, Samaya-mata, Kaulamata e
Miśramata. O Ācāra seguido pelos adeptos do Samaya-mata é o Samayācāra. Veja também o comentário de Lakṣmīdhara no Śloka 31 do
Saundarya-Laharī para outra explicação do Samayācāra.
(*) Bhāskararāya Makhin (1690-1785) é considerado uma autoridade em todas as questões pertinentes ao culto da Divina Mãe no
Hinduísmo. Três de seus livros são considerados uma tríade sagrada de culto à Divina Mãe, a saber:
Varivasya Rahasya – um comentário científico sobre Śrī Vidya mantra e culto; contém 167 ślokas.
Setubandha – é um tratado técnico sobre a prática tântrica. É um comentário sobre uma porção do Vāmakeśvara-tantra, que lida com o
culto externo e interno de Śrī Tripurasundarī.
Lalitāsahasranāmabhāsya – é um comentário (vhāsya) sobre o Lalita Sahasranama, ou os Cem Nomes de Lalita.
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2:47 – Quem deseja cruzar o oceano do mundo sem um conhecimento do Kula Dharma, é como uma pessoa
que tenta cruzar o insondável oceano somente nadando com suas mãos.
2:48 – Quem busca emancipação através de outras filosofias, é como quem quer se tornar rico da riqueza
recebida em um sonho.
2:49 – Assim como existe uma ilusão de prata no brilho de uma concha, assim também, Oh Pārvatī!, realização
e emancipação brilham nas outras ordens (Dharma).
2:50 – Oh Kuleśāni! Sozinho, por si só, sem a companhia de rituais e observâncias dos Āśramas (Estados da
Vida) o Kuladharma é capaz de levar à Liberação final.
2:51 – Mesmo se na ausência de total conhecimento desta doutrina do Kula, sua mera fé e dedicação a ela é
suficiente para libertá-lo; então, o que falar de seus adeptos?
2:52 – Oh Minha Amada! Quebre o Kuladharma e irá quebrar você; guarde-o e irá guardar você; adore-o,
reverencie-o, e ele irá, imediatamente, mostrar a você a mesma consideração.
2:53-55 – A atitude correta para o buscador da Verdade desta sublime fé é: “Deixe meu povo olhar de soslaio;
deixe minha esposa e filhos me abandonarem; deixe os homens ridicularizarem; deixe o Rei punir; mas eu
estarei firme, Oh Suprema Divindade, eu servirei e sempre servir-Te-ei. Com mente, discurso, corpo e ações eu
nunca deixarei Tua lei”. Um homem cuja fé e devoção são inabaláveis mesmo no meio de toda a adversidade, é
verdadeiramente adorado pelos Deuses e lá ele ser tornará Śiva.
2:56 – Oh Śive! Embora constantemente aflito por doença, pobreza e miséria, o homem que aguarda em você,
a Divina Mãe, com ardor, alcança o mais elevado Estado.
2:57 – Quer alguém receba elogio ou culpa, quer a riqueza esteja com ele ou não, quer a morte venha hoje ou
no fim da Era (Yuga), ele não deve nunca deixar o Kula.
2:58 – Nunca se deve deixar o Kula sob qualquer circunstância, quer Devido à ganância, raiva, inimizade
maledicente, sensualidade ou medo.
2:59 – Tomando o abrigo do Kula-dharma, quem não adora você, a Divina Mãe, é torturado logo que nascido
pelos inimigos do Eu na forma de seres elementais.
2:60 – Aqueles que são avessos ao Kaula, são como um grão vazio dentre os grãos, uma mariposa entre os
Jīvas, ou uma bolha na água.
2:61 – As árvores vivem, os pássaros e os animais também vivem; mas somente aquele, cuja mente está
estabelecida nas leis do Kula, vive significativamente.
2:62 – Para quem está longe do Kula-dharma, os dias vêm e passam; como o fole de um ferreiro ele suspira
mas não vive.
2:63 – Oh Kuleśvarī! Um homem que não conhece o Kula, ele, embora em movimento, sentado, andando ou
dormindo, gasta sua vida como um animal.
2:64-65 – Quer ele seja um sábio erudito ou um tolo, quer um religioso ou não religioso, quer um adepto à
Observâncias ou não, se ele for avesso ao Kula, ele toma somente nascimento no mundo mais nenhum
ancoradouro. Sua existência é como aquela de um jumento preso à porta. Somente as pessoas que seguem o
Kuladharma vivem uma vida piedosa.
2:66 – Somente aquelas pessoas piedosas merecem ser chamadas de um homem que segue o Kuladharma. As
outras são meros esqueletos cobertas com pele.
2:67 – Mesmo os sábios de todos os quatro Vedas, mas ignorantes do Kula, são inferiores a um Cāṇdāla. Por
outro lado, se um Cāṇdāla conhece o Kula, ele se torna superior a um Brahmin.
2:68 – Concedido com a Graça do Guru, tosado de seu legado maléfico por meio da iniciação, deleitando-se no
culto de Śakti, ele é o verdadeiro Kula, ninguém mais pode ser.
2:69 – O Kaulika que não busca o Kulaśakti, não reconhece o Kula Śakti, não adora Śakti, é condenado. Sua
vida é como aquela de um corvo.
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2:70 – Oh Devī! Em cuja mente afortunadamente o conhecimento do Kula brilha, são louváveis, eles são
piedosos, eles são santos e eles são Yogīs.
2:71 – Em cuja mente o conhecimento do Kula, como anunciado por Mim, brilha, aquela grande alma
venerável, melhor dos homens, alcança a realização.
2:72 – Darśana de todas as Deidades, peregrinações e realizações de todos os vários sacrifícios, misturam-se no
Kula-dharma.
2:73 – Os homens de ações piedosas que entram nos portais do Kuladharma, não entram no útero de uma mãe
em outro nascimento.
2:74- Oh Devī! Quem se mantém repetindo ‘Kula-Kula’ mesmo acidentalmente, ele, por essa repetida
pronuncia de Kula, torna-se purificado por Sua Graça. Oh Kuleśāni! Não precisa de outra religião para quem
conhece o Kuladharma.
2:75 –Oh Kuleśi! No fim da vida daquela grande alma, um Kaulika, que é dedicado ao Kula, Eu pessoalmente
comunico o Supremo Conhecimento, não há dúvida disto.
2:76 – Pessoas gostam de credos que proporcionam um pequeno fruto depois de longos esforços. Mas quem
deixaria o Kuladharma que facilmente proporciona todos os frutos?
2:77 – Mesmo sem um conhecimento dos Vedas e dos Śāstras, um Kulajña (quem conhece o Kula) é todo
conhecedor; enquanto um erudito dos Vedas, Śāstras e Āgamas, mas ignorante do Kula, não conhece nada.
2:78 – Oh Devī! Somente seus devotos conhecem a glória do Kula, não outros; assim como só o Cakora (um
pássaro que se diz que se alimenta de feijões da lua) conhece o gosto de feijões da lua, não de outros.
2:79 – Somente um Kulajña obtém felicidade de ouvir a história do Kula; assim como só o mar, e não os rios,
mostram grandes marés ao luar.
2:80 – Os Kaulikas, que conhecem a essência, não dão atenção a outras religiões; assim como a grande abelha
preta é mais atraída para as flores da árvore coral do que outras flores.
2:81 – A lua é mantida elevada sobre Sua fronte por Śiva, mas a mesma lua é devorada por Rāhu (um
demônio). Semelhantemente, os Conhecedores da Essência, por si só, cuidam do Kula-dharma, não outros.
2:82 – Somente estes que são Jñānis (homens do conhecimento) conhecem e entendem a filosofia do Kula, não
os ignorantes; assim como só os cisnes conhecem a técnica de beber leite misturado na água e não a garça.
2:83 – Este mundo é constituído tanto de Śiva quanto de Śakti; e estabelecido neste mundo está o Kuladharma.
Daí este Kuladharma é o mais elevado de tudo.
2:84 – Estes seis Darśanas (filosofias) são Meus seis membros – Minhas duas mãos, Meus dois pés, estômago
e cabeça. Portanto, quem os diferencia atravessa meu corpo.
2:85 – Semelhantemente, Oh Minha Amada! Estes seis Darśanas (derivando do Veda) constituem os seis
membros do Kula. Portanto, conheça os Śāstras do Kula como nenhum outro Śāstras do Veda.
2:86 – O mesmo é Divino, o qual mantém o fruto nas diversas filosofias; e é o mesmo Divino que dá felicidade
e liberação no Kula, bem como.
2:87 – Os Siddha Yogīs são amados por Iśvara. Mesmo sendo contrária ao Dharma popular, a autenticidade do
Kula é inerente no fruto imediato que ele produz.
2:88 – A comprovação direta é amada por todos os Jīvas. Os falsos raciocinadores têm, por tanto, encontrado
seu destino por causa dos frutos imediatos que o Kula produz.
2:89 – Quem conhece o que está além ou o que irá acontecer a quem? Por tanto, aquela que dá fruto imediato é
a mais elevada filosofia.
2:90 – Conhecendo o Kula assim todos os homens deveriam ser emancipados. Daí, mantendo isto na mente, Eu
condeno o Kula.
2:91-92 – O conhecimento do Kuladharma é condenado para aqueles que são privados de Sua Bondade, ou
quem são os oponentes do Kula. O conhecimento do Kula está fora do âmbito de homens paśus no caminho
comum. Nem é para aqueles cujas ações em nascimentos passados forjaram fortes laços de pecado. Para estes
não há Graça do Guru do Conhecimento do Kula.
2:93 – Assim como um cego não percebe o Sol todo iluminador, assim o homem iludido por Sua Māyā não vê
o Kula.
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2:94 – Embora as pessoas sempre adorem as filosofias tais como Śaiva, Vaiṣṇava, Saura etc., todavia seus
esforços são inúteis e eles não obtém os frutos desejados fora deles.
2:95 – O Veda, Śāstra e Āgama falam dos mesmos meios de Bhoga (desfrute) e Mokṣa (Emancipação); mas ai
de Mim! Os tolos condenam, Minha Amada, sua Filosofia.
2:96 – Oh Devi! Eu tenho percorrido todos os milhões de Śāstras dos Paśus, mas eles não contêm o
Kuladharma e são cheios de falso orgulho do conhecimento.
2:97-98 – No propósito de enganar estes tolos, Eu mesmo, assumindo outra forma, expus todos os Paśuśāstras
para a realização de seus desejos. Contudo, envolvido em grandes pecados como eles estão, os homens são
incapazes de alcançar o estado de Deus mesmo em milhares de Kalpas.
2:99 – Apesar da persuasão do espírito maléfico, eles não tomam o Kuladharma; apesar da persuasão dos
almas piedosas, não abandonam o Kuladharma.
2:100 – A partir do Kuladharma os Deuses alcançaram suas Divindades e os Sábios e os grandes Yogīs
alcançaram o Supremo Estado.
2:101 – Aos hipócritas, que permanecem envolvidos nas observâncias dos Paśus (homens no caminho
comum), somente este mundo é acessível; contudo, para aqueles que servem o Kuladharma, alcançam a
grandeza raramente acessível.
2:102 – Os homens que conhecem a falsa realidade são muitos, mas Oh Maheśāni!, os Conhecedores da
Realidade do Kuladharma são raros.
2:103-105 – Kulanāyike! Assim como os homens, sofrendo de doenças, dificilmente tomam o Divino
Medicamento capaz de destruir as maiores doenças, e desejam alimentos e falsos medicamentos que só
aumentam as doenças, assim os homens desprovidos de Sua bondade, do nascimento à morte eles sempre
buscam ações mundanas e não adoram o Kuladharma que dá a Liberação dos laços do mundo.
2:106-108 – Assim como os homens iludidos tiram proveito do merceeiro desejando somente as pimentas
selvagens pretas maiores e ninguém pede a joia valiosa; assim, Oh Kulanāyike!, iludido por sua Māyā, os tolos
desejam pelos Paśuśāstras que os levam somente aos laços nos frutos das ações e não pedem pelo Kuladharma
que proporciona tanto a fruição quanto a Emancipação.
2:109-110 – Assim como os perversos não aceitam a realidade das coisas colocadas em suas mãos, e assim
chamam de almíscar a lama, cânfora de sal, açúcar como cascalho e joia como vidro; semelhantemente,
desprovido de Sua Bem-Aventurança, eles não conhecem o Kuladharma.
2:111 – Oh, qual é a glória da ilusão confirmada em Sua Māyā! Oh Devī, ela ilude até mesmo os imortais
(Deuses), então, o que dizer dos ignorantes?
2:112-113 – ‘Bebendo vinho, comendo carne, e buscando a face da amada’, estes comportamentos não são
condutivos para a realização do Estado Supremo. Exceto a bondade do Guru, nada leva à realização do Kula.
Nenhum outro que não aqueles Seus devotos sabem que este Kula sozinho providenciaria tanto a fruição
quanto a Liberação.
2:114 – Desprovido das instruções do Guru e mais do iludido em si mesmo, tais pessoas iludem as outras
também.
2:115 – Envolvido em más ações, certamente os perversos tomam a pregação. Como pode um professor ser tão
inútil e como pode seu discípulo estar livre de seu mal.
2:116 – Enganado pelo falso conhecimento assim propagado por certas pessoas, desprovido da Tradição Guru-
Śiṣya imagina a natureza do Kuladharma de acordo com seu próprio intelecto.
2:117 – Se meramente beber vinho, os homens alcançassem a realização, todos os bebedores perversos
alcançariam a perfeição.
2:118 – Se meramente partilhar de carne fosse levar ao mais elevado estado, todo carnívoro no mundo se
tornaria elegível para imenso mérito.
2:119 – Se a liberação fosse assegurada pela mera cópula com mulher, todas as criaturas se tornariam liberadas
pela companhia de uma mulher.
2:120 – Oh Mahādevi! Não é o caminho do Kula que deve ser condenado. Por outro lado, aqueles desprovidos
de seus Ācāras devem ser condenados, não outros.
2:121 – Um é Ācāra (modo) que foi previsto por Mim para o Kuladharma, e o silêncio é outro modo, Oh Devī,
seguido pelos tolos que consideram a si mesmos como sábios.
2:122 – Um caminha na borda afiada de uma espada; um pode segurar o pescoço de um tigre; um pode até
colocar uma serpente sobre seu corpo; mas para seguir o caminho do Kula corretamente, isso é considerado
difícil.
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2:123 – Oh Deveśi! Vain é a bebida – bebendo vinho como dito. É um grande pecado proibido para os homens
pelos Vedas.
2:124 – Participar de carne, bebida de vinho, mesmo seu cheiro, toque e visão é proibido para o Sādhaka do
Paśu-bhāva. Contudo, para um Kaulika estes são os outorgantes dos maiores frutos.
2:125-126 – Para o Dvijas existem onze tipos de vinhos impróprios para o sacrifício; o décimo segundo é o
grande vinho melhor de todos os outros e ainda e consequentemente o Dvijas pode toma-lo. Percebendo as
impurezas da textura dos vinhos que são as raízes de todos os pecados e merece ser odiado. Portanto, os
Brahmins, Kṣatriyas e Vaiṣyas não devem beber vinho.
2:127-129 – De igual modo a visão do vinho é pecado que para se livrar se deve ver o Sol. Para remover o
pecado de cheirar o vinho, deve-se realizar três Prāṇāyāmas, entrar em águas profundas de joelhos e jejuar por
um dia. Para se libertar do pecado de tocar vinho, deve-se, por três noites, entrar até o umbigo em água e jejuar
por um dia. Se alguém deliberadamente bebe vinho, então ele pode se libertar do pecado somente ao queimar
sua língua. Isto deve ser conhecido como os métodos de penitencias para os pecados de tocar etc., o vinho.
2:130-131 – Minha Amada! Quem por razões egoístas matar animais de uma forma ilegítima, viverá no inferno
por tantos dias quantos forem os pelos do corpo do animal assassinado; e em sua morte aquela pessoa perversa
nasce na forma de um animal.
2:132 – Anumanatā (quem decide sobre o animal a ser morto), Viṣvasitā (quem toma o animal em confiança),
Nihantā (assassino), Kraya-Vikrayī (comprador e vendedor), Saṁskartā (aparador), Upahartā (o que traz o
animal) e Khāditā (o que come a carne do animal) – são os oito tipos de assassinos.
2:133 – Vendendo um animal por dinheiro, trazendo a carne para seu consumo e abatendo o animal amarrado
são os três tipos de matança.
2:134 – Vendo carne deve-se realizar uma penitência prescrita para os que vêm vinho. Daí Māṁsa (carne) e
Madya (vinho) deve ser recorrido somente de acordo com as regras abaixo.
2:135 – Compartilhando isto de acordo com as regras prescritas Você, Oh Devi, é agradada. Indo contra isto,
Oh Varāne, perde-se seu Próprio conhecimento.
2:136 – Não se deve quebrar nem mesmo uma lâmina de grama inapropriadamente. Por outro lado, não há
pecado em matar um touro ou um Brahmin se matar de acordo com as provisões dos Śāstras.
2:137-138 – Por que dizem muito, Oh Minha Amada! Ouça uma conclusão fundamental. O método de
Liberação da vida está oculto no Kula-śāstra, o qual é como fragrância em ouro e o fruto final para aqueles
desejosos de Emancipação. Mesmo dentre os Conhecedores do Kula, o conhecimento daqueles é superior a
quem é famoso como Urdhvāmnāya.
2:139 – Oh Pārvatī! Eu mesmo transmiti todos os Kulaśāstras, daí eles mesmos são, irrefutavelmente,
comprovados por sua autenticidade. Portanto, eles não devem ser contraditos pelo raciocínio.
2:140 – O vinho quando oferecido a Deus e aos Pais (Pitṛs) se torna como néctar. É muito revigorante e de
bom gosto como o arroz cozido no leito e na manteiga.
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2:141 – Depois do sacrifício do animal macho, sua carne é colocada em um vaso dourado e recebido de acordo
com os procedimentos Védicos como presente dos Deuses, ele imediatamente destrói todos os pecados e
outorga o Conhecimento da Essência.
2:142 – Oh Ambike! Tenho descrito a você, em brevidade, a glória do Kula. Oh Kuleśāni! Agora o que mais
você quer ouvir?
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कुलार्णव तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
________________________________________________________
ततु ीय उल्लासः
Tutīya ullāsaḥ
Terceiro Ullāsa
________________________________________________________
3:1 – Oh Kuleśa! Eu quero ouvir sobre o melhor de todos os Dharmas, o Urdhvāmnāya, seu Mantra e sua
glória. Oh Meu Senhor! Descreva-o para mim.
3:2 – Ouça, Oh Devī, o que Me perguntou; por simplesmente ouvir a resposta, os Deuses são agradados.
3:3 – Eu nunca disse sobre isso a ninguém anteriormente, mas, Oh Kuleśvarī, devido ao amor que tenho por
Você Estou lhe falando do Urdhvāmnāya que desejou ouvir.
3:4-5a – Oh Kuleśvarī! Os Vedas, Śāstras e Puraṇas são exposições de valor, mas todos os Āgamas Śaiva e
Śākta foram declarados como secretos; e os Kulaśāstras, Oh Pārvatī, são os segredos dos segredos.
3:5b-6 – Oh Ambike! Esta essência do Urdhvāmnāya é extremamente secreta de todos os Segredos porque ele
é a Essência Suprema na forma de Purṇa Brahman. Eu o tenho mantido guardado cautelosamente, mas agora
Eu estou dizendo a Você.
3:7 – Eu produzi os Cinco Āmnāyas (as Grandes Tradições) a partir das Minhas Cinco Faces de Śiva, ou seja,
Purva (leste) – āmnāya; Paścima (oeste) – āmnāya; Dakṣiṇa (sul) – āmnāya; Uttara (norte) – āmnāya; e
Urdhva (para cima ou olhando para o alto) – āmnāya. Estes são os Cinco Āmnāyas e todos os cinco são
famosos como os caminhos de Emancipação.
Superioridade do Urdhvāmnāya
3:8 – Os Āmnāyas são muitos, mas nenhum se iguala ao Urdhvāmnāya. Oh Varārohe, esta é a verdade e não
existe outro pensamento sobre ele.
3:9 – Oh Kulanāyike! Muitos pensamentos Āmnāyas nasceram dos 4 Āmnāyas. Neste Tantra, primeiramente
darei seu resumo.
A origem dos Āmnāyas a partir das porções dos Deuses, Śakti e Śiva
3:10 – Oh Kāmini! Existem muitos eruditos dos Quatro Āmnāyas, mas Oh Viravandite! Raros são os eruditos
sobre o Urdhvāmnāya.
3:11 – Os Mantras principais para Fruição e Emancipação de um ou de outros Āmnāyas devem ser repetidos
tantas vezes quanto as partículas de poeiras sobre a terra.
3:12 – Semelhantemente, existem infinitos Mantras secundários de todos os Āmnāyas, os quais Eu mesmo
comuniquei para o benefício do Mundo.
3:13 – Oh Senhora de sorriso belo! Os Devatās de todos estes Mantras emanaram de Nós e eles todos outorgam
resultados definitivos.
3:14 – Somente Eu conheço todos os Mantras, ninguém mais. Dos dez milhões de homens, devido a Minha
bondade dificilmente uns poucos os conhecem.
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3:15 – Quem conhece até mesmo um dos Āmnāyas se torna, sem dúvida, Emancipado. O que dizer sobre quem
conhece os quatro Āmnāyas e que se torna o próprio Śiva.
3:16 – Mas, mais elevado do que o Conhecimento de todos os quatro Āmnāyas juntos está o Conhecimento do
Urdhvāmnāya, o qual deve, portanto, ser conhecido por aqueles desejoso de Auto realização.
Significado do Urdhvāmnāya
3:17 – Devido a sua Altura (Urdhva) dentre todos os Dharmas, o Urdhvāmnāya é superior a tudo. porque ele
levanta (para cima) quem está abaixo, portanto, ele é chamado assim (ou seja, Urdhva).
3:18 – Oh Kuleśāni! Sua essência é elevada, ele destrói o oceano do mundo e os mundos mais elevados
aguardam em seu serviço, daí ele é chamado de Urdhvāmnāya.
Superioridade do Urdhvāmnāya
3:19 – Oh Deveśi! Conheça o Urdhvāmnāya como o único meio direto para a Emancipação produzindo um
Fruto maior do que todos os outros e melhor do que o melhor deles.
3:20 – Assim como todos os mundos e pessoas Me adoram acima de tudo, semelhantemente Oh Śive!, o
Urdhvāmnāya deve ser querido acima de todos os outros Āmnāyas.
3:21-25 – Assim como Viṣṇu dentre os Deuses, Bhāskara (Sol) dentre as luminárias, Kāśi dentre os Tīrthas
(lugares de peregrinação), o Ganges dentre os rios, Meru dentre as montanhas, a árvore de Sândalo dentre as
árvores, Aśvamedha dentre os sacrifícios, a Joia dentre as pedras, o doce dentre os paladares, o ouro dentre os
metais, a vaca dentre os quadrúpedes, o cisne dentre os pássaros, Sanyāsa dentre os Āśramas, Brāhmaṇa dentre
as classes, o Rei dentre os homens, a cabeça dentre os membros, o Almíscar dentre as fragrâncias, e Kāñcī
dentre as cidades são superiores, assim, Oh Minha Amada!, o Urdhvāmnāya é o mais excelente dentre todos os
Dharmas.
3:26 – Como resultado dos méritos adquiridos em diversos nascimentos, Oh Vīravandite, surge o
conhecimento do Urdhvāmnāya. Não é possível de outro modo.
3:27 – É louvável uma pessoa que conhece o Kuladarśana (filosofia do Kula) e de milhões destas pessoas
dificilmente existe quem conheça o Urdhvāmnāya.
3:28-29 – Nem através dos Vedas, Āgamas, Śāstras e Purāṇas, contudo, exaustivamente eles podem ser, nem
através de sacrifícios, austeridades e visita a milhões de lugares sagrados, nem mesmo através de Mantras e
ervas, pode-se conhecer sobre o Urdhvāmnāya. Ele pode ser conhecido somente através da boca do Guru.
3:30 – Portanto, busque por aquele compassivo e onisciente Guru, dotado com todos os sinais auspiciosos, que
pode ser conhecido a Verdade do Urdhvāmnāya. Dele, Oh Devī Kuleśvari, deve-se receber o conhecimento do
Urdhvāmnāya.
3:31 – Oh Devī! Quem conhece os Āmnāyas em sua Essência obtém as realizações desejadas. Ou seja, Oh
Varāne, realmente a verdade.
3:32 – Quem obtém o conhecimento apropriado do Urdhvāmnāya da boca do Guru obtém a liberação nesta
mesma vida de acordo com o modo das Escrituras.
3:33-36 – Quem conhece assim os Āmnāyas em Essência, ele, Oh Devī, é venerável, um Sadguru, adorável,
conhecedor das Divindades e dos Mantras, merece serviço e obediência. Ele é considerado valoroso, um
adorador, erudito de todas as ciências dos Vedas, Āgamas e Śāstras, um Ācārya e um Kaulika. Ele é realizador
de sacrifícios, purificado no eu, recitador de Mantras e um Sādhaka. Ele é um Yogī, uma pessoa satisfeita, um
Vīra e o melhor. Ele é piedoso, onisciente, emancipado e o próprio Śiva.
3:37 – Sua família é sagrada, sua mãe, Oh Devī, é abençoada; seu pai recebe a realização de todos seus desejos
e os antepassados são todos liberados; até mesmo sua linhagem inteira, fraternidade e seus amigos são todos
purificados.
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3:38-39 – Por que dizem muito, quem se lembra, sinais de elogios, louvores, vê e conversa com o conhecedor
do Urdhvāmnāya obtém maiores frutos do que a realização de um sacrifício Rājasuya. Contudo, tal pessoa
vive, onde reside a Deusa Lakṣmī e a vitória. Aquele lugar, livre de todas as doenças, torna-se cheio de grãos,
recebe boa chuva, é livre de perturbações e a paz reina lá.
3:40 – Portanto, o melhor dos homens, aquele que conhece o Urdhvāmnāya pela Graça do Guru, torna-se, Oh
Devī, Meu favorito.
3:41 – A Verdade Central do Purvāmnāya é Srṣṭi (Criação) do Dakṣiṇa é a manutenção (Sthiti), do Paścima é a
Destruição (Saṁhāra), e daquele Uttara é a Compaixão (Anugraha).
3:42 – O Caminho de Purva é o Mantra Yoga, de Dakṣiṇa é Bhakti Yoga, de Paścima é o Karma Yoga e de
Uttara é o Jñāna Yoga.
3:43-44 – Os princípios do Purva-āmnāya são vinte e quatro (24), de Dakṣiṇa são vinte e cinco (25), de
Paścima-āmnāya são trinta e dois (32), e aquele do Uttara-āmnāya é conhecido como sendo trinta e seis (36).
3:45 – Oh Kulanāyike! Não existe nenhum destes no Urdhvāmnāya. Sendo diretamente da Forma de Śiva, não
há existência de Karmas deixados nele.
3:46-47a – Oh Varānane! A Glória do Urdhvāmnāya é conhecida somente por Mim e ninguém mais. De Meu
amor por Você verdadeiramente Você conhece. Assim eu disse a Glória do Urdhvāmnāya.
3:47b-48 – Oh Kuleśāni! Estou agora falando a Você sobre o Grande Mantra. Oh Pārvatī! Eu nunca antes o
disse a ninguém. Agora, Oh Amada da Minha Vida, estou dizendo somente por amor, o qual agrada ouvir.
3:49 – O Śrī-prāsāda-parā (ou seja, Haṁsa Mantra) [1] é o Mantra que preside sobre o Urdhvāmnāya. Este
Mantra é a forma completa de Nós dois. Quem o conhece assim é o Próprio Śiva.
______________________________________________
1. Neste Mantra o Ha suporta Śiva, o Puruṣa, ou Princípio Masculino; o Sa suporta Śakti, a Prakṛti, ou o Princípio Feminino. Os dois
juntos fazem a criação e estão assim presentes em cada forma na criação. A respiração que sai, a expiração, fala Ha e a respiração que
entra, a inspiração, fala Sa. Esta automática repetição de Ha-Sa durante o contínuo movimento da respiração dos Jīvas é chamado de
Ajapa japa, ou seja, Japa ou repetição sem esforço. É dito que o Mantra é 21.600. Cf. “Haṁkāreṇa bahiryāti saḥāreṇa viśet punaḥ. Haṁśeti
paramaṁ mantraṁ jīvo japati sarvadā”. Niruttar, um Tantra iv. 20., também Cf. Dhyānabindupaniṣad, 61-64.
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3:50 – De Śiva a um Krimi (ínfimo verme) todos os organismo continuamente repetem este Mantra na forma
da Expiração e Inspiração da respiração.
3:51 – Assim como as nuvens não permanecem no céu sem vento, assim este mundo não existe sem este Śrī-
prāsāda-parā Mantra.
3:52-55 – A criação inteira, móvel e imóvel, é permeada pelo Śrī-prāsāda-parā Mantra. Essencialmente os dois
são inseparáveis. Assim como o ar em um ventilador, o broto na semente, o óleo no gergelim, calor no fogo,
luz no Sol, luar na lua, fogo na madeira, fragrância na flor, umidade na água, significado na palavra, Śakti em
Śiva, manteiga clarificada no leite, gosto na fruta, doce no açúcar, frio na cânfora, limitação e benefício no
Mantra, Devatā no ídolo, reflexo no espelho e movimento no vento; assim também toda atividade desta criação
está situada no Śrī-prāsāda-parā Mantra.
3:56 – Assim como a grande árvore existe em uma forma sutil no Baṭassed (semente da figueira da Índia, Ficus
Indica), semelhantemente o universo inteiro existe no Prāsāda-parā Mantra.
3:57-58 – Oh Kuleśvarī! Assim como excelentemente cozido e suculentas coisas sem são não são sentidas no
paladar por quem os come, assim os Mantras que não são unidos com este grande Mantra não produz fruto
porque assim ele se torna desprovido de sua própria potência.
3:59 – Este Śrī-prāsāda-parā Mantra deve, com esforço, ser mantido em segredo.
3:60 – Eu conheço todos os significados dos Purāṇas, dos Mantras e dos vários Śāstras que originam dos
diferentes Darśanāmnāyas.
3:61-62 – Aturdido por Sua Māyā os tolos e até mesmo o Sahasrākṣa (Indra) etc., os Devatās vagueiam no
labirinto dos variados Śāstras e no meio das dores do mundo eles repetidamente nascem e morrem; ainda, Oh
Kuleśāni, eles não cantam o Śrī-prāsāda-parā Mantra. Assim, iludidos por Sua Māyā, eles não obtêm a
Emancipação.
3:63 – Quem tem fé firme e devoção em um Guru que é Minha própria forma, conhecendo o Śrī-prāsāda-parā
Mantra, alcança a Emancipação.
3:64-65 – Em centenas de nascimentos anteriores permanecendo pelo Śaiva etc., os Dharmas e com o comando
do Guru, quem adora os Mantras dos quatro Āmnāyas, somente ele, libertando a si mesmo da capa dos
pecados, torna-se puro na Alma, ganha o favor de seu Guru, conhece o Śrī-prāsāda-parā Mantra dele, ninguém
mais.
3:66-68 – Oh Pārvatī! Brahmā, Viṣṇu, Rudra e Śakra etc., Devas superiores, Vasus, Rudrārka, Dikpālas, Manu,
Lua etc., Mārkaṇḍeya e Vasiṣṭha etc., sábios, Sanaka etc., pessoas liberadas e Yakṣas, Kinnaras, Gandharvas,
Siddhas, Vidyādharas – todos estes que obtêm eficácia e frutos infinitamente no Śrī-prāsāda-parā Mantra,
recitam-no até hoje.
3:69-70 – Para quem recita o Śrī-prāsāda-parā Mantra alcança capacidade, reverencia, conhecimento,
esplendor, felicidade, liberdade de doença, reinado, paraíso e liberação. Ele obtém um lugar mais elevado do
que Brahmā, Indra, Rudra e Viṣṇu. embora desprovido de todos os rituais, ainda assim se ele fizer este
prāsāda-parā Mantra, ele toma um caminho feliz o qual nenhum dos seguidores de outros Dharmas podem
esperar.
3:71 – Na casa do recitador do recitador do prāsāda-parā Mantra reside Cintāmaṇi (a joia que dá alívio de todos
as preocupações), Kāmadhenu (a Vaca Divina), Kalpataru (a árvore divina que realiza todos os desejos), e ele é
servido até mesmo pelo próprio Kubera.
3:72 – Assim como com um toque da Joia Divina até mesmo o ferro se torna ouro, assim também pela
repetição do prāsāda-parā o paśu se torna o Senhor dos Paśus (Śiva).
3:73 – Quem conhece a Verdade do Śrī-prāsāda-parā Mantra, obtém o conhecimento de Mim e de Você e se
torna Nosso favorito.
3:74 – Mesmo se o conhecedor do prāsāda-parā Mantra for de uma classe inferior ele obtém o direito de
instalar um Ídolo de um Devatā, não há dúvida disto.
3:75 – Um Cāṇḍāla também, que conhece somente um mantra chamado prāsāda-parā, torna-se liberado, então
o que dizer sobre uma pessoa que conhece o ritual completo deste Mantra?
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3:76 – O que quer que um conhecedor do prāsāda-parā Mantra faça, deseje ou fale, Oh Maheśāni, torna-se
austeridade, concentração e recitação.
3:77 – Contudo, Oh Maheśāni, quem conhece o prāsāda-parā Mantra carregado com tradições e recebido
através de iniciação, sem dúvida se torna como a Mim mesmo.
3:78 – Todas estas catorze mundos com toda a sua população, móvel e imóvel, permanece sempre posicionado
no corpo do Conhecedor do prāsāda-parā Mantra.
3:79 – Onde quer que o Conhecedor do prāsāda-parā Mantra more, aquele lugar e todos os lugares ao redor até
uma distância de dez Yojanas (medida de distância na Índia) são considerados áreas sagradas.
3:80 – Oh Kulanāyike! Até mesmo os Deuses e os Demônios, ambos, adoram o conhecedor do Verdadeiro
Significado do prāsāda-parā Mantra, então o que dizer dos homens?
3:81 – Oh Pārvatī! Onde quer que o Conhecedor do prāsāda-parā Mantra resida, aquele lugar é considerado
pelos Sábios e Deuses como Meu local Siddha.
3:82 – O Conhecedor do prāsāda-parā Mantra conhece todo o Śaiva, Vaiṣṇava, Śākta, Saura, Gāṇapatya e
Cāndra Mantras.
3:83 – Aquele em cuja ponta da língua reside o Śrī-prāsāda-parā Mantra, sua mera visão libera até mesmo as
pessoas das classes inferiores.
3:84 – Seja um Brāhmin ou um intocável, seja puro ou impuro, todos são liberados pela recitação do Prāsāda-
parā.
3:85 – Quer este Prāsāda-parā Mantra seja recitado enquanto andando, sentado, acordado ou dormindo, Oh
Deveśi! Ele nunca é infrutífero.
3:86 – Cada um dos milhares de Mantras conhecidos concede somente um fruto depois de um considerável
tempo, mas, Oh Kuleśi! Este Rei dos Mantras rapidamente providencia todos os Frutos.
3:87 – Este prāsāda-parā Mantra é o melhor dentre todos os Mantras. Se ele for recitado com total
conhecimento, ou mesmo sem conhecimento, este Mantra sempre concede os Frutos desejados.
3:88-90 – Śacī-Indra, Rohiṇi e Candra, Svāhā e Agni, Prabhā (luz) e Sol. Lakṣmī e Nārāyaṇa (Viṣṇu), Vāṇī
(Deusa Sarasvatī) e Dhātā (Brahmā), Noite e Dia, Agni e Soma, Bindu e Nāda, Prakṛti e Puruṣa, Suporte e
Suportado, Desfrute (Bhoga) e Emancipação (Mokṣa), Prāṇa e Apāna (os dois maiores ares vitais), Palavra e
Significado, Injunção e Proibição, Felicidade e Miséria, todas estas manifestações que são vistas e ouvidas no
mundo em pares são, Oh Kuleśvarī! Representações de Nossa Forma Dual, não há dúvida disto. Todas as
formas Masculina e Feminina são emanações de Nossa (Śiva-Śakti) própria porção.
3:97-101 – Qual é o objetivo de tanto falar? Ouça, Oh Minha Amada!, a Essência de tudo. Não há Mantra igual
ao Śrī-prāsāda-parā Mantra. Este é o Supremo Conhecimento, esta é a Suprema Austeridade, esta é a Suprema
Concentração, este é o Supremo Culto, esta é a Suprema Iniciação, esta é a Suprema Recitação (Japa), esta é a
Suprema Verdade, esta é a Suprema Observância (Vrata), este é o Supremo Sacrifício, este é o Supremo Além,
esta é a Suprema Bem Aventurança; este é o Supremo Fruto, este é o Supremo Brahman, é o Supremo
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Objetivo, é o Supremo Mistério, indubitavelmente a Verdade das Verdades. Conhecendo-o os homens devem
sempre permanecer dedicados a ele.
3:102 – Seguindo o método previsto pelos Āgamas, e iniciando com a forma prescrita de adoração, deve-se
recitar este Śrī-prāsāda-parā Mantra cento e oito (108) vezes. Isto concede a liberação dos cinco grandes
pecados, incluindo o de Brahmanicida, etc.
3:103-105 – Quem recita este Mantra duzentas vezes, torna-se liberado de todos os grupos de pecados, quer
cometido pela mente, pela ação ou pelo discurso, quer advertidamente ou inadvertidamente na infância,
juventude ou velhice; durante o estado de vigília, o sono e sonhos de todos os anteriores nascimentos nas
84,00,000 espécies. Oh Varānane! Não há dúvida disto.
3:106-107 – Quem o recita trezentas vezes obtém todos os méritos de todos os tipos de sacrifícios, frutos de
todos os tipos de caridade, mérito de todos os Vratas e frutos de todos os locais sagrados. Aquele que recebe
tudo isto é verdadeiro e não há razão para um segundo pensamento sobre ele.
3:108-110 – Quem recita o Śrī-prāsāda-parā Mantra por quatrocentas vezes então na porta de sua casa todos os
oito Aṇimā etc., as Realizações junto com todas as outras Realizações sempre estão aguardando. Não deve
haver dúvidas sobre isto. Qualquer um dos desejos deles é sem dúvida preenchido. O Dharma, Artha, Kāma e
Mokṣa (os quatro objetivos da vida normal de um Hindu) são colocados em sum ao e ele obtém Sālokya (o
mundo de Śiva) etc., os quatro tipos de Emancipações. Oh Kulanāyike! Isto é realmente verdade para um
Sādhaka.
3:111 – Oh Kulanāyike! Ele está além do Meu poder para descrever os frutos recebidos por quem recita o Śrī-
prāsāda-parā Mantra quinhentas vezes.
3:112 – Portanto, no propósito de obter Emancipação, deve-se com todos os seus esforços, em todas as
condições, e sempre, recitar o Śrī-prāsāda-parā Mantra.
3:113-114 – Não há Verdade mais elevada do que o Guru; não há Devatā maior do que Śiva; não há ciência
maior do que o Veda; não há filosofia igual ao Kaula; nem conhecimento maior do que o Kula; nem felicidade
maior do que o Conhecimento; nem culto maior do que o Aṣṭāṇga; e nem fruto maior do que a Emancipação.
Esta é a Verdade, a única Verdade, a Verdade sem qualquer dúvida.
3:115 – Eu não posso descrever, Oh Varārohe! A glória do Śrī-prāsāda-parā Mantra mesmo em centenas de
milhões de Kalpas.
3:116 – Contudo, tanto quanto a mostarda pode dar uma ideia distante da montanha ou uma partícula de areia
pode dar uma ideia distante do oceano, eu falei a Você da Glória deste Mantra
3:117 – Assim descrevi a Você, Oh Devī! O Śrī-prāsāda-parā Mantra e o Urdhvāmnāya. Agora, o que mais
Você quer ouvir?
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कुलार्णव तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
________________________________________________________
चतथु ण उल्लासः
caturtha ullāsaḥ
Quarto Ullāsa
________________________________________________________
4:1 – Oh Īśāna! Eu quero ouvir sobre o Śrī-prāsāda-parā Mantra. Amavelmente Me fale sobre aquele Rei dos
Mantras junto com seu Nyāsa e Dhyāna.
4:2 – Ouça, Oh Devī! Estou falando o que você pediu. Por meramente ouvir isto uma pessoa se torna como
Śiva.
4:3 – Eu nunca disse sobre esse Mantra a ninguém antes deste momento. Por Meu amor por Você, agora Eu
estou dizendo. Oh Amada da Minha vida, ouça.
O Śrī-prāsāda-parā Mantra
4:4 – Ananta Candra é Nāda-Bindu [ँ], Bhuvana é Aukāra [ँ ँ], Bindu é Hakāra [ह] e Bindu Yuga é Sakāra
[स]. Assim, o Śrī-prāsāda-parā Mantra é Hsauṁ [हसौं]. Ele é o melhor tanto do Desfrute quanto da
Emancipação. Oh Kuleśvarī! O prāsāda-parā Mantra inicia com Sa, ou seja, ele é Shauṁ [स्हौं].
Nāda-bindu – o símbolo de Candra com um bindu; Aukāra – a última vogal (au) junto com bindu;
Hakāra – a última sílaba das guturais (ha); e Sakāra – a última sílaba das dentais (sa).
4:5-6 – Sendo da forma do Prakāśānda (Bem aventurança da Luz), devido a assegurar diretamente os Frutos,
sendo cativado pela mente agradável, devido às explicações dos famosos significados, devido à pacificação dos
pecados anteriores, devido à destruição das dores daqueles que recorrem a ele, e sendo satisfeito rapidamente,
este Mantra foi chamado de Prāsāda.
4:7-8 – Sendo da forma da Verdade Fora de Alcance, devido a lançar luz sobre o Eu Fora de Alcance, devido a
providenciar Bem Aventurança Fora de Alcance, devido à exposição do Dharma Fora de Alcance, devido à
providenciar Frutos Fora de Alcance, sendo a causa da Abundância Fora de Alcance, e sendo Fora de Alcance
em comparação com os outros Mantras, ele foi chamado de Parā (Fora de Alcance) Mantra. Este é o Kula
Dharma. Agora ouça o seu Nyāsa.
4:9-11 – Primeiro de tudo, levantando-se de manhã, deve-se concentrar sobre o Guru. Em seguida, depois de
lembrar o Kula-Mantra, deve-se libertar-se dos chamados naturais etc (as necessidades filosóficas). Em
seguida, lavando a boca, banhando-se, fazendo as orações matinais, as libações das águas devem ser feitas.
Portanto, realizando a adoração inicial (de entrada) de uma forma isolada e afugentando os três obstáculos
(Daivika, atmosférica e terrestre), deve-se entra no local de adoração e ocupar o assento próprio.
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4:12 – Em seguida, Oh Īśvarī! O Sādhaka deve se concentrar na casa de adoração da Devī, submeter orações a
Śiva e ao Guru, purificar o Assento e orar a Gaṇapati e a Kṣetrapālas.
4:13 – Portanto, Oh Amada! Lembrando o Guru-pādukā-mantra e adorando o Dina-nātha (Sol), deve-se
purificar suas mãos e corpo, e, em seguida, devotando sua mente ao Brahmarandhra (Sahasrara Cakra), realizar
Prāṇāyāma.
4:14 – Depois do Digbandha (fechamento dos quadrantes), os dois Aṅga-nyāsas (kara e hṛdi nyāsas dos bījas
da divindade a quem está sendo oferecida a adoração), dez Mātṛkā- nyāsas: [1. Antra-mātṛkā- Nyāsa; 2-4. Os
três Bahir-mātṛkā- nyāsas, ou seja, o Nyāsa de Sṛṣṭi, Sthiti e Saṁhāra; 5. Kalā-mātṛikā; 6. Srīkaṇṭha-mātṛkā; 7.
Keśava-mātṛkā; 8. Lajjā bīja-mātṛkā; 9. Ramābīja-mātṛkā; e 10. Kāma Bīja-mātṛkā Nyāsas] devem ser
realizados. Depois disto o Rṣi etc., Nyāsa do Śrī-prāsāda-parā Mantra deve ser realizado.
4:15-16 – Oh Pārvatī! O Rṣi deste Mantra é o Para-Śambhu, Chanda é Avyaktā, o Devatā é Sarva-mantreśvarī
Parā, Bīja, Śakti e Kīkala são Mula Bījas com três longos Svaras, ou seja, Bīja: Hsaṁ; Śakti: Hsīṁ Shīṁ;
Kīlaka; Hsuṁ Shuṁ. Portanto, Ṣaḍaṅga-nyāsa deve ser realizado com o Mūla Bījas com longos Svaras (vogais
longas).
ṛṣyādinyāsa
Karanyāsa
Ṣaḍaṅganyāsa
Alpa Ṣoḍhā-nyāsa
4:17-18 – Oh Ambika! Nyāsa com os cincos dedos deve ser realizado por Īśāna, Tatpuruṣa, Aghora,
Sadyojāta e Ātmā. Semelhantemente o Nyāsa deve ser respectivamente realizado na Murdhā, no Mukha,
Hṛdaya, Guhya e pada-deśa com os cinco dedos iniciando com o polegar. Estes Nyāsas devem começar com
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Ādhāra-Śakti e terminar com o Pīṭha-Mantra (falando dos bījas). Assim, Oh Kuleśāni! Deve-se realizar o
Alpa-ṣoḍhā-nyāsa.
Mūrtinyāsa:
Oṁ aiṁ hrīṃ śrīṁ haṁsauṁ shauṁ hoṁ īśānāya namaḥ – aṅguṣṭhayoḥ | (Īśāna)
Heṁ tatparuṣāya namaḥ – tarjanyoḥ | (Tatpuruṣa)
Huṁ aghorāya namaḥ – madhyamayo | (Aghora)
Hiṁ vāmadevāya namaḥ – anāmikayo | (Vāmadeva) – aqui o texto cita Vāmadeva ao invés de Sadyojāta.
Haṁ sadyojātāya namaḥ – kaniṣṭhakayoḥ | (Sadyojāta) – aqui o texto cita Sadyojāta ao invés de Ātmā.
Semelhantemente deve-se realizar Nyāsa no Murdhā, Mukha, Hṛdaya, Guhya e Pādadeśa também,
com o polegar e outros dedos. Portanto, na mesma ordem, o Nyāsa deve ser realizado com Urdhva, Prāk,
Dakṣiṇa, Udīcya e Paścima com o polegar e outros dedos.
Depois deste Ṣaḍaṅga Nyāsa, deve-se realizar com Hsāṁ, Hsīṁ, etc., e em seguida com Shāṁ, Shīṁ
etc.
Em seguida, o Ṣaḍaṅga Nyāsa deve ser realizado com Hsāṁ Hsīṁ etc e, então com Shāṁ, Shīṁ etc.
1. (Oṁ aiṁ hrīṁ śrīṁ hasauṁ shauṁ) sarvajñāya namaḥ - aṅguṣṭhayoḥ | (ājñā cakra)
2. (Oṁ - 6) Amṛte tejomālini nitya – tṛaptāya namaḥ tarjanyoḥ | (monte meru)
3. (Oṁ - 6) Brahma – śirase svāhā jvalita – śikhi śikhāyānādi – bodhāya namaḥ madhyamayoḥ | (topo da
cabeça e o tufo atrás)
4. (Oṁ - 6) Vajriṇe vajrahastāya svatantrāya namaḥ anāmikayoḥ | (arma para a mão)
5. (Oṁ - 6) Sauṁ vauṁ hauṁ nityamaluptaśaktaye namaḥ kaniṣṭhikayoḥ |
6. (Oṁ - 6) Śrīṁ ślīṁ paśuṁ huṁ phaṭ yityamanantaśktaye namaḥ karatalayoḥ |
Na mesma ordem o Nyāsa deve ser realizado no Hṛdaya, nos seis órgãos, etc. Agora o Nyāsa para as
quarenta e oito (48) Kalās deve ser realizado colocando Auṁ antes de cada Mantra.
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Māha-ṣoḍā-nyāsa
4:19-20 – Agora para o Siddhi do Devatā-bhāva deve-se realizar de acordo com as regras o Māha-ṣoḍā-nyāsa.
Este Nyāsa não deve ser dito a qualquer pessoa. Estou dizendo a Você por Meu amor por Você. Este Nyāsa
deve ser realizado com relação a 1. Prapañca; 2. Bhuvana; 3. Murti; 4. Mantra; 5. Daivata; e 6. Mātṛkā.
Relacionado a estes, este Māha-ṣoḍā-nyāsa é o melhor de todos os Nyāsas.
Prapañca Nyāsa
4:21-24 – Oh Parameśāni! Primeiro de tudo estou dizendo a Você sobre o Prapañca Nyāsa, o qual deve ser
realizado para Śrī, Māyā, Kamalā-Viṣṇuvallabhā, Padma-dhāriṇī, Samudra-tanayā, Loka-mātā, Kamalā-
vāsinī, Indirā, Māyā, Ramā, Padmā, Nārāyaṇapriyā, Siddha-Lakṣmī, Rāja-Lakṣmī e Mahā-Lakṣmī,
respectivamente nas formas do Prapañca, Dvīpa, Jaladhi, Giri, Pattana, Pīṭha, Kṣetra, Vana, Āśrama,
Guhā, Nadī, Gahvara, Udbhija, Svedaja, Aṇḍaja e Jarāyuja. Estas Śaktis são as Divindades que presidem
os Svaras (vogais) no Prapañca Nyāsa.
Oṁ aiṁ hrīṁ śrīṁ hasauṁ [ॐ ऐ ह्रीं श्रीं हसौं] e no final de cada um shauṁ śrīṁ hrīṁ aiṁ Oṁ [स्हौं श्रीं ह्रीं ऐ ॐ]
deve ser, invariavelmente, adicionados.
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4:25-30 – O Nyāsa nas diferentes partes do corpo deve ser realizado com as consoantes de ka [क] a ma [म].
Aqui as deidades que presidem são 1. Āryā, 2. Umā, 3. Caṇḍikā, 4. Durgā, 5. Śivā, 6. Aparṇā, 7. Ambikā, 8.
Satī, 9. Īśvarī, 10. Śāmbhavī, 11. Īśānī, 12. Pārvatī, 13. Sarvamaṅgalā, 14. Dākṣāyaṇī, 15. Mahāmāyā, 16.
Maheśvarī, 17. Mṛḍaṇī, 18. Rudrāṇī, 19. Sarvāṇī, 20. Parameśvarī, 21. Kālī, 22. Kātyāyanī, 23. Gaurī e 24.
Bhavānī nas formas de 1. Lava, 2. Truṭi, 3. Kalā, 4. Kāṣthā, 5. Nimeṣa, 6. Śvāsa, 7. Ghaṭikā, 8. Muhūrta,
9. Prahara, 10. Divasa, 11. Sandhyā, 12. Rātri, 13. Tithi, 14. Vāra, 15. Nakṣatra, 16. Yoga, 17. Karaṇa,
18. Pakṣa, 19. Māsa, 20. Rāśi, 21. Ṛtu, 22. Ayana, 23. Vatsara, 24. Yuga e 25. Pralaya, respectivamente.
Estas são vinte e cinco (25) em número. Seus Nyāsas devem ser realizados de acordo com as regras, a partir do
Dakṣa-bahū-mula até o Hṛdaya.
1. kaṁ lavarūpayai āryāyai namaḥ dakṣa-bāhu-mūle | (bāhu, braço – dakṣa, direito – mūle, inicial)
2. khaṁ truṭirūpāyai umāyai namaḥ dakṣa-kūrpare | (kūrpa, o espaço entre a sobrancelha – dakṣa, direito)
3. gaṁ kalārūpāyai caṇḍikāyai namaḥ dakṣa-maṇi-bandhe | (maṇa, aqui se referindo à tireoide como um
grão de Candra)
4. ghaṁ kāṣṭhā-rūpāyai durgāyai namaḥ dakṣāṁguli-mūle | (aṅgula, polegar – dakṣa, direito)
5. ṅaṁ nimeṣa-rūpāyai śivāyai namaḥ dakṣāṅgulyagre | (aṅgulyagra, a ponta do dedo – dakṣa, direito)
6. caṁ śvāsa-rūpāyai aparṇāyai namaḥ vāma-bāhū-mūle | (braço esquerdo, inicial)
7. chaṁ gaṭikā-rūpāyai ambikāyai namaḥ vāma-kūrpare | (sobrancelha esquerda)
8. jaṁ muhūrta-rūpāyai satyai namaḥ vāma-maṇi-bandhe | (maṇa, aqui se referindo à tireoide novamente, à
esquerda)
9. jhaṁ prahara-rūpāyai īśvryai namaḥ vāmaṁguli-mūle |(aṅgula, polegar – vāma, esquerdo)
10. ñaṁ divasa-rūpāyai śāmbhavyai namaḥ vāmāgulyagre | (aṅgulyagra, a ponta do dedo – vāma, esquerdo)
11. ṭaṁ sandhyā-rūpāyai īśānyai namaḥ dakṣa-pāda-mūle | (pé direito)
12. ṭhaṁ rātri-rūpāyai pārvatyai namaḥ dakṣa-jaṅghāyāṃ | (jaṅgha, do tornozelo ao joelho – dakṣa, direita)
13. ḍaṁ tithi-rūpāyai sarva-maḍgalāyai namaḥ dakṣa-gulphe | (gulpha, tornozelo – dakṣa, direito)
14. ḍhaṁ vāra-rūpāyai dakṣāyaṇyai namaḥ dakṣa-pādāṁguli-mūle | (o polegar do dedo do pé direito)
15. ṇaṁ nakṣatra-rūpāyai hai avatyai namaḥ dakṣapādāṁgulyagre | (a ponta dos dedos do pé direito)
16. taṁ yogarūpāyai mahāmāyāyai namaḥ vāma-pāda-mūle | (pé esquerdo)
17. thaṁ karaṇarūpāyai maheśvaryaī namaḥ vāma-jaṅghāyāṃ| (jaṅgha, do tornozelo ao joelho – vāma,
esquerda)
18. daṁ pakṣarūpāyai mṛḍānyai namaḥ vāma-gulphe | (gulpha, tornozelo – vāma, esquerdo)
19. dhaṁ māsarūpāyai rudrāṇyai namaḥ vāma-pādaṁguli-mūle | (o polegar do dedo do pé esquerdo)
20. naṁ rāśi-rūpāyai śarvāṇyai namaḥ vāmapādāṁgulyagre | (a ponta dos dedos do pé esquerdo)
21. paṁ ṛtu-rūpāyai parameśvaryai namaḥ dakṣa-kukṣau | (kukṣa, barriga ao lado direito)
22. phaṁ ayana-rūpāyai kālyai namaḥ vāmakukṣau | (kukṣa, barriga ao lado esquerdo)
23. baṁ vatsara-rūpāyai kātyāyanyai namaḥ pṛṣṭha-vaṁśe | (pṛṣṭha, a parte de trás; pṛṣṭhavaṁśa, a coluna
cervical)
24. bhaṁ yuga-rūpāyai gauryai namaḥ nābhau | (nābhā, umbigo, ponto central)
25. maṁ Pralaya-rūpāyai bhavānyai namaḥ hṛdaye | (hṛd, coração)
4:31-35 – Agora o Nyāsa deve ser realizado com relação a Brāhmī, Bāgīśvarī (Vāgīśvarī), Vāṇī, Sāvitrī,
Sarasvatī, Gāyatrī, Vākpradā, Śāradā, Bhāratī, Vidyātmikā, que são as Deidades Presidente dos Cinco
Elementos e em outras partes compreensivamente. Para este Nyāsa os Bījas de Vāgbhava, Bhuvaneśi, Lākṣmi,
Tritāraka e todos os Mulābījas juntos, ou seja, Ya, Ra, La, Va, Śa, Ṣa, Śa, Ha, La, Kṣa e de A a Kṣa devem ser
tomados.
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Bhuvana Nyāsa:
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14. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) laṁ kṣaṁ satya loka nilaya śata koṭi mahā gupta yoginī mūla devatā yuta yākinī
śaktyambā devyai namaḥ brahmarandhre | (brahmarandhra, a abertura no topo da cabeça por onde a
alma escapa durante a morte)
15. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) aṁ .............. kṣaṁ caturdaśa bhuvanādhipāye śrīparāmbā devyai namaḥ sarvāṅge
vyāpakaṁ |
Murti Nyāsa
4:52-63 – Depois de realizar o Bhuvana Nyāsa na forma acima citada, deve-se realizar o Murti Nyāsa. A
fórmula de cada um dos Nyāsas e as partes do corpo onde o Nyāsa deve ser realizado é como se segue. Aqui
também, Aiṁ, Hrīṁ Śrīṁ Hsauḥ devem ser prefixados em cada um dos Mantras.
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29. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) yaṁ brahmā yakṣiṇībhyāṁ namaḥ mūlādhāre | (no mūlādhāra cakra)
30. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) raṁ prajāpati raṁjinībhyāṁ namaḥ svādhiṣṭhāne | (no svādhiṣṭhāna cakra)
31. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) laṁ vedhāḥ lakṣmībhyāṁ namaḥ maṇīpūre | (no maṇīpūra cakra)
32. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) vaṁ parameṣṭhi vajriṇībhyāṁ namaḥ anāhate | (no anāhata cakra)
33. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) śaṁ pitāmaha śaśi dhāriṇībhyāṁ namaḥ viśuddhau | (no viśuddha cakra)
34. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) ṣaṁ vidhātṛ ṣaḍādhārābhyāṁ namaḥ ājñāyām | (no ājñā cakra)
35. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) saṁ viriñci sarva nāyikābhyāṁ namaḥ indrau | (na alma)
36. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) haṁ sraṣṭu hasitānanābhyāṁ namaḥ bindau | (no bindu)
37. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) laṁ caturānana lalitābhyāṁ namaḥ nāde | (no nāda)
38. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) kṣaṁ hiraṇyagarbha kṣanābhyāṁ namaḥ nādānte |
39. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) aṁ ........ kṣaṁ hari hara brahmākhya trimūrtyātmikāyau parāmbā devyai namaḥ
sarvāṅge vyāpakaṁ |
Mantra Nyāsa
4:64-77 – Depois do Murti Nyāsa, o Mantra Nyāsa deve ser realizado da seguinte forma. Aqui também Aiṁ
Hrīṁ Śrīṁ Hsauḥ deve ser prefixado a cada Mantra.
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akhila mantrādhi devatāyai sakala phala pradāyai dvādaśa kūṭeśvaryambā devyai namaḥ unmanyām | (o
vazio)
13. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ)
phaṁ baṁ bhaṁ trayodaśa lakṣa koṭi bheda lakṣmyādi trayodaśākṣarātmikāyai namaḥ
akhila mantrādhi devatāyai sakala phala pradāyai trayodaśa kūṭeśvaryambā devyai namaḥ śirovṛtte | (śira +
vṛtti, veias, nadīs)
14. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ)
maṁ yaṁ raṁ caturdaśa lakṣa koṭi bheda gauryādi caturdaśākṣarātmikāyai namaḥ
akhila mantrādhi devatāyai sakala phala pradāyai caturdaśa kūṭeśvaryambā devyai namaḥ nāde | (nāda, o
som)
15. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ)
laṁ vaṁ śaṁ ṣaṁ pañcadaśa lakṣa koṭi bheda durgādi pañcadaśākṣarātmikāyai namaḥ
akhila mantrādhi devatāyai sakala phala pradāyai pañcadaśa kūṭeśvaryambā devyai namaḥ nādāṁte |
16. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ)
saṁ haṁ laṁ kṣaṁ ṣoḍaṣa lakṣa koṭi bheda tripurādi ṣoḍaṣākṣarātmikāyai namaḥ
akhila mantrādhi devatāyai sakala phala pradāyai ṣoḍaṣa kūṭeśvaryambā devyai namaḥ brahmā randhre |
17. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ)
aṁ ... kṣaṁ sarva mantratmikāyai parāmbā devyai namaḥ sarvaṅge vyāpakaṁ |
Devatā Nyāsa:
4:78-93 – Depois de realizar o Mantra Nyāsa, o Devatā Nyāsa deve ser realizado da seguinte maneira. Aqui
também o mūla mantra aiṁ śrīṁ hrīṁ hsauḥ deve ser prefixado antes de cada mantra:
1. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) aṁ āṁ sahastra koṭi yoginī kula sevitāyai nivṛttyambā devyai namaḥ
dakṣiṇapādāṁguṣṭhe | (polegares)
2. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) iṁ īṁ sahastra koṭi yoginī kula sevitāyai pratiṣṭhāmbā devyai namaḥ dakṣagulphe |
(tornozelo)
3. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) uṁ ūṁ sahastra koṭi tapasvi kula sevitāyai vidyāmbā devyai namaḥ dakṣa-
jaṅghāyām | (perna inferior)
4. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) ṛṁ ṝṁ sahastra koṭi ṛṣi kula sevitāyai śāntyambā devyai namaḥ dakṣa-jānuni |
(joelho)
5. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) lṛṁ lṝṁ sahastra koṭi muni kula sevitāyai śāntyatītāmbā devyai namaḥ dakṣorau |
(peito)
6. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) eṁ aiṁ sahastra koṭi deva kula sevitāyai hṛllekhāmbā devyai namaḥ dakṣa kaṭyāṁ
| (orifícios)
7. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) oṁ auṁ sahastra koṭi rakṣasa kula sevitāyai gaganāmbā devyai namaḥ dakṣa
parśve | (costelas)
8. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) aṁ aḥ sahastra koṭi vidyādara kula sevitāyai raktambā devyai namaḥ dakṣa stane |
(mamilo)
9. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) kaṁ khaṁ sahastra koṭi siddhi kula sevitāyai mahocchruṣmāmbā devyai namaḥ
dakṣa kakṣe | (axila)
10. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) gaṁ ghaṁ sahastra koṭi sādhya kula sevitāyai karālāmbā devyai namaḥ dakṣa kare
| (mão)
11. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) ṅaṁ caṁ sahastra koṭi apsara kula sevitāyai jayāmbā devyai namaḥ dakṣa skaṅdhe
| (ombro)
12. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) chaṁ jaṁ sahastra koṭi gandharva kula sevitāyai vijayāmbā devyai namaḥ dakṣa
karṇe | (orelha)
13. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) jhaṁ ñaṁ sahastra koṭi guhyaka kula sevitāyai ajitāmbā devyai namaḥ dakṣa śirasi
| (topo cabeça)
14. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) ṭaṁ ṭhaṁ sahastra koṭi yakṣa kula sevitāyai aparājitāmbā devyai namaḥ vāma
śirasi |
15. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) ḍam ḍhaṁ sahastra koṭi kinnare kula sevitāyai vāmāmbā devyai namaḥ vāma
karṇe |
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16. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) ṇaṁ taṁ sahastra koṭi pannaga kula sevitāyai jyeṣṭhāmbā devyai namaḥ vāma
skaṅdhe |
17. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) thaṁ daṁ sahastra koṭi pitṛ kula sevitāyai raudrāmbā devyai namaḥ vāma kare |
18. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) dhaṁ naṁ sahastra koṭi gaṇeśa kula sevitāyai māyāmbā devyai namaḥ vāma kakṣe
|
19. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) paṁ phaṁ sahastra koṭi bhairava kula sevitāyai kuṇḍalinyambā devyai namaḥ
vāma stane |
20. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) baṁ bhaṁ sahastra koṭi baṭuka kula sevitāyai kālyambā devyai namaḥ vāma
parśve |
21. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) maṁ yaṁ sahastra koṭi kśetrapāla kula sevitāyai kāla kāla rātryambā devyai
namaḥ vāma kaṭyāṁ |
22. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) raṁ laṁ sahastra koṭi prathama kula sevitāyai bhagavatyambā devyai namaḥ
vāmorau|
23. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) vaṁ śaṁ sahastra koṭi brahma kula sevitāyai sarvaśvaryambā devyai namaḥ vāma
jānuni |
24. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) ṣaṁ saṁ sahastra koṭi viṣṇu kula sevitāyai sarvajñāmbā devyai namaḥ vāma
jaṅghāyām |
25. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) haṁ laṁ sahastra koṭi rudra kula sevitāyai sarva kartryambā devyai namaḥ vāma
gulphe |
26. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) kṣaṁ sahastra koṭi carācara kula sevitāyai kula śaktyambā devyai namaḥ vāma
pādāṁguṣṭhe |
27. (aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ) aṁ āṁ ... kṣaṁ sarvadevatātmikāyai parā śaktyambā devyai namaḥ sarvāṅge
vyāpakaṁ |
Mātṛkā Nyāsa
4:94-106 – Depois do Devatā Nyāsa, deve-se fazer o Mātṛkā Nyāsa da seguinte forma, adicionando o mūla
mantra aiṁ hrīṁ śrīṁ hsauḥ invariavelmente antes de cada mantra.
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Ardha-Nāriśvara Dhyāna:
4:107-113 – Oh Maheśāni! Depois de realizar com mente concentrada o Mātṛkā Nyāsa como descrito acima,
Dhyāna de Ardha Nāriśvara deve ser realizado. Deve-se em seu (do devoto) Lótus do Coração, primeiro
contemplar Ardha Nārīśvara Senhor Śiva da seguinte maneira:
“No meio do oceano de néctar embelezado, existe uma Ilha. Nela, no bosque de Kalpa Vṛkṣas, existe um belo
Maṇḍapa (dossel, cobertura) feito de nove rubis. Naquele Maṇḍapa existe um trono embelezado com nove
joias. Naquele trono de um assento triangular, no pericarpo do Lotus, está sentado o Senhor Śiva decorado com
a Lua e o Sol, e a Devi Ambikā formando metade de Seu corpo. Os respectivos ornamentos de ambos estão
resplandecentes em seus corpos, separadamente. Belos como dez milhões de Kāma Devas e sempre jovens
como de dezesseis anos de idade, a face de Lótus do Senhor Ardha Nārīśvara está sorrindo levemente. Ele tem
três olhos e a Lua decora seu cabelo. Ele está vestido com roupas Divinas, ornamentos e guirlandas de flores, e
Seu corpo está besuntado com pasta de sândalo. Três de suas mãos, de suas quatro, estão portando o pāna-
pātra, o triśula e o pustaka, e a quarta está fazendo o cinmudrā. Acompanhado por Vidyā e Siddhis, Ele é
sempre bem aventurado. Inumeráveis Deuses mencionados acima no Mahāṣodhā estão esperando em Seu
serviço. Deve-se contemplar sobre tal forma de Ardha Nārīśvara Senhor Śiva em seu (do devoto) coração de
lótus.”
4:114-115 – Deve-se contemplar sobre Ardha Nārīśvara quer de uma forma masculina ou de uma forma
feminina, ou ainda em Saccidānanada, a Forma sem atributos o qual é pleno de toda a radiancia e contém toda
a criação animada e inanimada.
Exibição de mudrās:
4:116 – Portanto, deve-se exibir as mudrās chamadas yoni, liṅga, surabhi, heti, vanamāla, mahāmudrā e
nabhomudrā, e, em seguida, de acordo com sua capacidade, realizar japa do mūla mantra e do śrī pādukā
mantra.
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4:117-119 – Depois de exibir as mudrās, deve-se contemplar em sua mūrdhā (cabeça) a forma de Śrī Gurudeva
na forma de Śiva da seguinte forma:
Sahasradalapaṅkaje Sakalaśītaraśmiprabham |
Varābhayakarāmbujaṁ vimalagandhapuṣpāmbaram |
Prasannavadanekṣaṇaṁ sakaladevatāriṇam ||
4:120 – Oh Pārvati ! Quem realiza nyāsa na maneira supracitada, torna-se como o próprio Para-Śiva. Um
sādhaka que realiza este mahāṣoḍhā todos os dias, obtém a capacidade tanto de contenção e bondade; todos os
Devas o saúdam, e verdadeiramente eu também o saúdo.
4:121 – Onde quer que este mahāṣoḍhā nyāsa seja realizado, aquele local e tudo a sua volta, até uma distancia
de dez yojanas, é considerado uma área divina.
4:122 – Oh Devī ! Depois de realizar este nyāsa, onde quer que o sādhaka vá ele obtém vitória, benefícios,
honra e esplendor.
4:123 – Oh Śive ! Quem realiza o mahāṣoḍhā nyāsa como um ladrão, louvando Śiva, em seis meses encontra
sua decadência (morte) ainda que o próprio Senhor Śiva seja o seu protetor. É por isto que ele é chamado de
Vajrapañjara nyāsa.
4:124-125 – Quem realiza este nyāsa, por medo todos os Bhūtas ferozes, Vetālas, Devas, Rākṣasas e Grahas
que residem nos Lokas Divinos, na atmosfera, na terra e nas montanhas, na água e nas florestas. Todos estes,
Oh Kuleśvarī!, temem seu olhar.
4:126 – Até mesmo Brahmā, Viṣṇu e Śiva etc., os Devatās, os Ṛṣis e os Munis, todos saúdam a quem realiza o
mahāṣoḍhā nyāsa.
4:127 – Por que dizer mais, Oh Devi! Este nyāsa é o mais amado por Mim. Exceto um filho, ele não deve ser
dado a ninguém; e exceto a um discípulo, ele não deve ser explicado a ninguém.
4:128 – Quem realiza este nyāsa obtém o Ājñā-siddhi, ou seja, tudo o que ele ordena se realiza. O nyāsa deve
ser protegido com supremo cuidado. Não há outro nyāsa neste mundo melhor do que este para o Siddhi do
Devatā-bhāva. Isto é a Verdade, Oh Varānane!
4:129 – Entrada em Urdhvāmnāya, Contemplação sobre o Parāprāsāda e o Conhecimento do Mahā-ṣoḍhā não
são frutos de fácil austeridade.
4:130 – Oh Minha Amada! Assim eu disse a Você, em breves palavras, a revelação etc., do Mantra. Agora, Oh
Kueleśāni! O que mais Você quer ouvir de mim?
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कुलार्णव तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
________________________________________________________
पञ्चम उल्लासः
Pañcama ullāsaḥ
Quinto Ullāsa
________________________________________________________
5:1-2 – Oh Kuleśa ! Quero ouvir sobre as características dos vasos e da carne; os métodos de confeccionar os
kula-dravyas, suas variedades e glória; os pecados que surge de fazer coisas impropriamente e os frutos por
faze-las apropriadamente. Oh Karuṇānidhe ! diga-me sobre tudo isto.
Īśvara disse:
5:3 – Ouça, Devī ! Estou falando o que Você me perguntou. Por meramente ouvir isto, a pessoa se torna como
os Deuses.
5:4 – A ausência dos vasos é considerada uma falha e as Mães não aceitam isto. Portanto, Oh Kulanāyik !
deve-se preparar os vasos de acordo com as regras.
5:5 – Oh Devī ! os vasos devem ser feitos bonitos. Eles podem ter três, quatro ou seis lados, ou podem ser
circulares.
5:6 – Os vasos feitos de ouro, prata, pedra, casco de uma tartaruga, crânio, cabaça, terra (barro), côco, concha,
cobre, pérola, concha de ostra. Vasos muito grandes ou muito pequenos e quebrados ou destruídos não devem
ser usados.
5:8-10 – Ouro, prata e cobre providenciam todos os frutos. Em rituais 1 de Pacificação e de Imobilização, vasos
de pedra são úteis. Vasos de côco em Imobilização (subjugação), de casco de tartaruga em Cativação, e de
conchas em trabalhos que providenciam conhecimento são considerados bons. Os vasos de pérolas concedem o
amor da Devi. Vasos de crânio e de cabaça providenciam Yoga-siddhi, e aqueles feitos de árvores sagradas,
destroem todos os pecados. Oh Devi! Deve-se selecionar seus vãos de qualquer um desses materiais.
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5:11-12 – Agora estou lhe falando sobre os Kula-dravyas. Ouça sobre eles com mente concentrada. Doze
prasthas de água, metade de um prastha de Takra, quatro prasthas de arroz, dois prasthas de manteiga
clarificada (ghee), tudo isto e um maço de brotos de gramas (um feixe, ou pacote, que pode ser acomodado
dentro de uma mão fechada) devem ser colocados em um vaso de barro grande.
5:13: Este vaso deve ser colocado, por dois dias, em um local ao abrigo do frio. Portanto, ele deve ser colocado
no fogo e cozido até que todos os materiais misturados se tornem uma pasta grossa.
5:14: Em seguida ele deve ser removido do fogo e esfriar. Em seguida, um quarto de um prastha deste material
bem feito deve ser bem misturado por uma pessoa.
5:15 – Na pasta acima, metade de um prastha de arroz deve ser misturado e guardado por um dia. Em seguida,
depois de moer a pasta inteira, misturar Takra com ela e fazer uma pasta refinada. Isto é famoso pelo nome de
Paiṣṭī e é adorada tanto por Deuses quanto por Demônios.
5:16-20 – Oh Kuleśāni ! tome dez prasthas de casca, tanto de Acácia branca quanto de Eugenia Jambolana bem
lavada em água. Em seguida adicione a isto um prastha de flor, quer de grislea tomentosa ou de Cocos
Nucifera, oito Niṣkas cada de Harītaki (terminalia chebula) e de Bṛhatī (Solanum Indicum), um Niṣka cada de
casca de limão e de casca de Trikaṭu (três ervas amargas, ou seja, gingiber officinale/gengibre, piper
longum/pimenta longa, e piper nigrum/pimenta preta) e oito Niṣkas de Guḍa (melaço). Misture tudo isto e
coloque em um vaso de barro. Em seguida, com a mão movendo para frente e para trás (segurando o pote),
deve-se misturar todos os Dravyas no vaso. Isto deve ser feito consecutivamente por três entardecer e, em
seguida, deixar repousar por doze dias. No 13º dia ele deve ser filtrado. O licor (assim obtido) é chamado
Gauḍī e ele permite ao Sādhaka obter a companhia de Śiva.
5:21 – Coloque mel em um vaso e o dobro de sua quantidade de água. Deixe por 12 dias. O restante do
procedimento é como antes. Isto é chamado Mādhvī e concede o amor dos Deuses.
5:22-23 – Uma parte de Śuṇṭhī (gengibre), duas partes de casca de limão, três partes de pimenta preta, quatro
partes de grislea tormentosa, cinco partes de flores, seis partes de mel e oito partes de Guḍa (melaço) devem
ser misturados juntos. O restante do procedimento é como antes. Este é um licor agradável considerado bom
para beber pelas Yoginīs.
5:24-28 – Oito Tolās de coalhada (Dadhi), um de prastha de manteiga clarificada (ghee) de búfala, cem Kadalī
verdes (mosa sapiensum) tudo junto faz um vinho agradável. Isto deve ser muito bem misturado e colocado na
cavidade de um pedaço de bambu grosso. Portanto, o pedaço de bambu deve ser colocado por catorze dias para
madurar em um poço cheio de flores de lótus. Em seguida, ele deve ser colocado para secar muito bem sob os
raios do sol. Quando ele endurecer, então o Sādhaka deve colocar um Rattī dele em um tubo, misture uma
quantidade desejada de água e beba o licor que dá supremo prazer. Oh Minha Amada ! este dravya é amado
por todos os Deuses. Todos estes vinhos são básicos, os quais vários outros tipos de vinhos são preparados.
5:29 – Pānasa, Drākṣā, Mādha, Khārjūra, Tāla, Aikṣaṇa, Madhu, Ucchiṣṭa, Mādhvīka, Maireya e Nārikela são
os onze tipos de vinho os quais dão prazer e emancipação.
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5:37 – Deve preencher seu copo com vinho de acordo com a satisfação de seu coração com o propósito de
aumentar seu prazer supremo. Oh Minha Amada ! tais Dravyas de entretenimentos são amados por todos os
Deuses.
5:38 – Pela mera visão de Surā, todos os pecados são destruídos. O odor (do vinho) concede os frutos de cem
sacrifícios.
5:39 – O toque do vinho confere frutos equivalentes à visitação de milhões de Tīrthas (locais de peregrinação)
e, Oh Devī ! por beber (o vinho) diretamente se obtém os quatro tipos de Emancipação.
5:40 – No odor do vinho está o poder inerente da vontade; em seu rāsa está o poder inerente da ação; em seu
gosto está o poder inerente do conhecimento, e em sua alegra está o poder inerente do outro mundo (parā-
śakti).
5:41 – Vinho é o Brahmagā e o purificador da mente. Portanto, os vinhos acima mencionados devem ser
trazido para os rituais de adoração.
5:42-43a – Madya (vinho), Māṁsa (carne) e Vijayā (uma bebida intoxicante) devem ser bem misturados com
Aṣṭa-gandha (oito variedades de fragrância de acordo com a Divindade). Para a Śakti estes são: Candana,
Agaru, Karpūra, Cora, Kumkum, Rocanā, Jaṭāmāṁsī e Kapi) e tudo bem junto em uma pasta. Desta pasta o
Sādhaka deve fazer comprimidos. Na ausência de vinho ele deve então oferecer libações com água misturada
com estas pílulas. Ou ele deve realizar o ritual com coalhada misturada com melaço, ou ainda com mel
misturado com Sauvīra (um mingau azedo). Em nenhum caso se deve permitir falhas no ritual. Se, por acaso,
houver uma falha no ritual, então o Sādhaka se torna uma vítima da curse da Divindade.
5:43b-44a – Carne foi declara como sendo de três tipos, ou seja, Khecara (de criaturas voadoras), Bhūcara
(criaturas que vivem na terra) e Jalacara (criaturas que vivem na água). Tanto quanto possível, deve-se tomar a
carne de qualquer um destes para libações.
5:45 – Nos sacrifícios para os Pitras e Devatās, deve-se matar (os animais do sacrifício) de acordo com as
regras prescritas. Contudo, Oh Minha Amada ! nunca se deve matar uma criatura para si mesmo.
5:46 – Nem mesmo uma palha de grama deve ser perfurada sem uma causa digna. Não há pecado em matar se
isto é feito por causa de um Deus ou de um Brahmaṇe.
5:47 – Sem Me considerar, mesmo se um trabalho meritório for feito, ele se torna um pecado. E mesmo se um
pecada por Minha causa (for cometido), Oh Śāmbhavī, ele se converte em ato meritório.
5:48 – Coisas que podem ser a causa de queda também podem ser a causa de meios de se obter Realização
(Siddhis). Isto foi exposto pelo Filosofia Kula e também pelo Grande Bhairava.
5:49 – Se pela realização de uma ação houver um lapso daquela ação, então aquela ação é realizada por sete
milhões de Sábios superiores.
5:50 – Deve-se adorar o animal com fragrâncias, flores e grãos de arroz. Portanto, santificando (o animal) pelo
seguinte Mantra (Śloka 51) ele deve ser sacrificado
5:51 – “Seu corpo está sendo cortado por Śiva; daí você obterá Śivatva. Oh animal ! você deve saber disto.
Para mim você é Śiva, como Śiva é para você.”
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5:52 – Lá reside Brahmā na água da carne; Viṣṇu no odor da carne; Rudra no Rāsa da carne, e o Supremo
Espírito no prazer da carne. Daí, Oh Minha Amada ! vale a pena tomar (comer a carne).
5:53 – Na ausência de carne, deve-se adorar a Devi com alho ou gengibre, caso contrário a adoração se torna
infrutífera.
5:54 – Sem Māṁsa (carne) e Matsya (peixe), não se deve oferecer libações com Madya (vinho) sozinho
semelhantemente, sem Madya não se deve realizar adoração com Matsya e Māṁsa sozinho.
5:55 – Pelo oferecimento de libações com Māṁsa igual até mesmo um Tila (sesamum Indicum) e uma gota de
vinho igual a metade de um tila, obtém-se o fruto de todos os sacrifícios.
5:56 – Nos três mundos não há mérito igual ao Kulapūjā. Daí, quem realiza esta adoração com devoção obtem
tanto Prazer quanto Emancipação.
5:57 – Mesmo se um analfabeto ou um ignorante dos Śāstras realiza o Kulapūjā com devoção ao Guru, e com
firme determinação, ele é o mais amado por Mim.
5:58 – Oh Īśvarī ! sendo adorada por todos os homens, mulheres e pessoas do terceiro gênero das quatro
classes e dos quatro Āśramas, Você concede os frutos desejados deles.
5:59-60 – Se adorada, Você como uma boa senhora, concede os frutos desejados, e se não adorada, Você
atormenta como uma senhora má. Uma pessoa de mau espírito que sem Kulapūjā se comporta assim (ou seja,
ignora sua adoração), vai para o Inferno com seus vinte e um ancestrais.
5:61 – Daí, com todos os seus esforços, deve a pessoa se devotar ao Kulapūjā. Assim, sem dúvida, ele alcança
todos os Siddhis.
5:62 – Quem for incapaz de realizar o Kulapūjā, deve oferecer outros artigos relacionados ao Kulapūjā. Quem
for incapaz de dar até mesmo estes artigos, deve testemunhar a pūjā onde ela estiver sendo realizada.
5:63 – O fruto que se obtém pela realização de cem sacrifícios, obtém-se pela realização apropriada até mesmo
de um Kulapūjā.
5:64 – Os frutos obtidos por dezesseis grandes caridades são obtidos por meramente ver o Śrī Cakra.
5:65 – Os frutos obtidos por se banhar em 35 milhões de Tīrthas sagrados, são obtidos por somente realizar o
Kulapūjā.
5:66 – O que mais dizer, Oh Devi? Quem providencia o Kula-dravyas ao Kulācārya, realmente é o conhecedor
de tal mérito religioso.
5:67-68 – Em todas as seitas Śaiva, Vaiṣṇava, Śākta, Saura, Bauddha, Pāśupat, Sāṁkhya, Dakṣiṇa, Vāma,
Siddhānta, Vedica etc., a adoração sem Madya e Māṁsa se torna infrutífera.
5:69 – Todo Japa, Yajña, Tapa, Vrata etc., tornam-se infrutíferos sem os Kula dravyas, assim como o
oferecimento de oblações em cinzas é infrutífero.
5:70 – Assim como os empregados pessoais (ou íntimos) são amados mais por um Rei do que os empregados
comuns, assim, Oh Devī ! os realizadores do Sacrifício Interno são amados por Você mais do que outros.
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5:71 – Oh Devī ! Quem, com devoção, oferece a ambos de Nós carne e vinho, produz prazer em nós. Tal
pessoa amada mais por Nós é um verdadeiro Kaulika.
5:72 – Marcado por Saccidānanada, Nossa Forma Inteira se manifesta somente pelo prazer do Kula dravya, e
não o contrário.
5:73 – Oh Minha Amada ! A alegria interna está acima da descrição. Ela se manifesta somente pela alegria dos
Kula dravyas e não por qualquer coisa mais.
5:74 – Pelo prazer os Kula dravyas vem o conhecimento do Kula tattva. Ele incute o sentimento de Bhairava
no Sādhaka que assim desenvolve uma visão equilibrada para com todas as coisas.
5:75 – Assim como uma casa envolvida pela escuridão se torna visível na luz de uma lanterna, assim depois de
beber o vinho Ātmā coberto com Māyā se torna visível.
5:76 – Oh Minha Amada ! Quem bebe os Kula dravyas purificados pelos Mantras e oferece ao Guru e ao
Devatā, para ele não há bebida do peito de uma mãe (ou seja, ele nunca nasce de novo).
5:77 – Madya é uma forma de Bhairava Deva; Madya é chamado Śakti, Oh ! Quem bebe Madya (vinho) atrai
até mesmo os Devatās.
5:78 – Quem não perde o equilíbrio depois de beber Maireya (um tipo de vinho), e se torna incisivamente
concentrado, é um Kaulika.
Sintomas da emancipação
5:79 – Surā é Śakti e Māṁsa é Śiva. Quem toma ambos destes é o Próprio Bhairava. O prazer surgindo da
união dos dois é chamado Emancipação.
5:80 – O prazer é uma Forma de Brahman e existe no corpo. Madya é seu manifestador e daí os Yogīs bebem
Madya.
5:81 – Ele vê Kamaṇḍalu (pote de água usado pelos ascetas), a concha e o crânio cheios de vinho. Ele não vê
neste Loka Brahmā, Viṣṇu e Maheśvara (quem, respectivamente, segura/detém estas coisas)?
5:82 – Um Vīra Sādhaka sem medo, sem pudor, com curiosidade, sem qualquer ansiedade e hesitação e
apoiado pelos Vedas e Śāstras bebe a benção proporcionando Vāruṇī.
5:83 – Oh Pārvati ! O Divino sentimento, o qual dá Emancipação dos laços do mundo, surge do néctar da
bebida purificada pelos Mantras.
5:84 – Os Brāhmaṇas podem beber este néctar todos os momentos; os Kṣatriyas podem tomar no momento de
um impedimento de guerra; os Vaiśyas podem tomar no momento de um sacrifício; e os Śudras podem tomar
quando eles forem realizar os últimos ritos.
5:85 – Não há pecado em beber vinho e comer carne se estes forem tomados do modo prescrito e depois de
adorar os Deuses e Pitras, lembrando o Gurudeva.
5:86 – Deve-se tomar Madya e comer Maṁsa para a satisfação dos Deuses e dos Pitras, e para a concentração
da mente na essência de Brahman. Contudo, quem toma isto por sua própria sede e fome, é um pecador.
5:87 – Para a iluminação do significado de um Mantra, para a estabilidade da Mente e para obter alívio dos
laços do mundo, deve-se beber vinho.
5:88 – Quem bebe vinho para seu próprio prazer é um pecador. Desprovido de seu próprio desejo, deve-se
tomar (o vinho) verdadeiramente para o prazer dos Deuses.
5:89 – Oh Minha Amada ! Tomando intoxicantes como Peixe, Carne e Vinho etc., a qualquer tempo que não a
da ocasião de um Sacrifício é um pecado.
5:90 – Assim como existe uma provisão para os Brāhmaṇas para beber Soma na ocasião de um Sacrifício, da
mesma forma para o consumo do vinho etc., em ocasiões prescritas ambos conferem Prazer e Emancipação.
5:91 – Somente depois de entender bem o proposito dos Kula Śāstras de um Guru, deve-se consumir as Cinco
Mudrās (Madya, Māṁsa, Matsya, Maithuna e Mudrā); caso contrário, a pessoa encontra sua queda.
5:92 – Sem a adoração da linhagem de Gurus e do Baṭuka, de Deuses etc., se um Vīra Sādhaka inutilmente
bebe vinho, então ele recebe a maldição dos Deuses
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5:93 – Sem a adoração de Bhairava e sem o oferecimento de libações aos Deuses, se um Vīra Sādhaka bebe
vinho com Paśu Bhāva, ele vai para o Inferno.
5:94 – Sem o conhecimento das práticas Kaulikas e sem a adoração das sandálias (pés de lótus) do Guru, se
alguém entra neste Śāstra, então Você definitivamente o atormenta (a pessoa sofre tormentos de Devi).
5:95 – Quem desfruta dos Dravyas sem ter no coração o conhecimento do Kaula, é considerado um grande
pecador e é expulso de todas as religiões.
5:96 – Uma pessoa má intencionada do Samayācāra e guiada por suas próprias paixões nunca obtém Siddhis.
Por outro lado, ele cai do Kula e não merece estar em companhia.
5:97 – Depois de aprender as regras dos Śāstras, quem se comporta por sua própria vontade arbitrariamente,
nunca obtém Siddhis neste mundo nem encontra um destino superior no outro mundo.
5:98 – Desprovido de ritos Iniciáticos, quem leva uma vida arbitrária, não obtém Emancipação mesmo fazendo
Austeridades, Peregrinações ou Observâncias.
5:99 – Quem bebe Dravyas impuros, toma Māṁsa somente pra satisfação de seu paladar, e comete estupro, vai
para o Raurava (inferno).
Aderindo ao Paśvācāra (caminho de um homem comum), até mesmo um Kaula vai para o inferno
5:100 – Se um Kaula toma o caminho dos homens comuns, então ele é ridicularizado tanto pelo Kaulācāra
quanto pelo Paśvācāra, e vive no Raurava (inferno) por um longo período, tanto quanto forem os cabelos de
seu corpo.
5:101 – Quem pertence a outras fés e se refugia no Kula Dravyas, toma tantos nascimentos nas Bhūta-yonis
quanto forem os cabelos de seu corpo.
5:102-103 – Quem, cujo Ātmā está ocultado devido ao vinho, não possui conhecimento de Contemplação,
Austeridade, Adoração, Religião, Boas ações, Deus, Guru ou seu próprio Ātmā. Ele não é um Kaulika, mas um
viciado em seu próprio prazer sensual. Tal pessoa, indubitavelmente, encontra a sua queda.
5:104 – Desprovido dos ensinamentos do Kaula, quem permanece viciado ao vinho, mulher e carne, vive
perpetuamente no inferno.
5:105 – Oh Kuleśi ! Até mesmo quem está absorto em Brahmā, refugia-se nos Cinco Ingredientes sem os
rituais, ele permanece condenado.
5:106 – Então, um Yogī que conhece os três Liṅgas (Svayaṁbhūliṅga, Bāṇaliṅga, e Itaraliṅga), e penetrou nos
Seis Cakras, deve vir para o Pīṭha Sthāna e vagar na floresta do Grande Lótus (Sahasrāra Cakra).
5:107-108 – A partir do Mūlādhāra, na base, indo repetidas vezes para o Brahmarandhra, experimentando a
Bem-aventurança que surge deste encontro de Kuṇḍalinī Śakti e a Lua da Pura Consciência, e bebendo o vinho
a partir deste Lótus no Supremo Éter acima, este é “o verdadeiro vinho” (Sudhā-pāna). Aquele que é bebido,
caso contrário é somente licor.
5:109-110 – Matando o animal da forma do mérito e demérito com a espada do Conhecimento que emerge de
seu Citta no Supremo Espírito, é a real partilha de Māṁsa. O controle dos órgãos dos sentidos por seu Manasa
quem os julga com o Ātmā, é a pessoa que realmente come o Peixe (Matsya). Outros são somente assassinos
de criaturas.
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A Realidade do Maithuna
5:111-112 – A Śakti dos homens comuns com sentimentos animais permanece dormindo, mas a Śakti de um
Kaula está grandemente desperta. Quem serve este Śakti (a Śakti que está desperta) é o verdadeiro servidor da
Śakti. Quem experimenta a Bem-aventurança que surge da união da Suprema Śakti e de seu próprio Ātmā é o
real conhecedor da Copulação. Os outros são simples desfrutadores de mulheres.
5:113 – Oh Kulanāyike ! Conhecendo o propósito das Cinco Mudrās (os Cinco M’s, ou seja, Madya, Māṁsa,
Matsya, Maithuna e Mudrā) a partir da boca do guru, quem se devota à Sādhanā, torna-se Liberado.
5:114 – Oh Devī ! Descrevi assim os sintomas dos Kula Dravyas etc., brevemente. Agora, o que mais Você
quer ouvir?
_____________________________________________
1. Esses rituais são os Ṣaḍkarmas (seis ações), a saber Śānti (pacificação), Vaśyam (cativação), Sthambam (imobilização), Vidvesan
(dissensão), Ucchatan (aversão) e Maran (erradicação)
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कुलार्णव तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
________________________________________________________
षष्ठ उल्लासः
ṣaṣṭha ullāsaḥ
Sexto Ullāsa
________________________________________________________
6:1 – Oh Kuleśa ! Eu quero ouvir os sintomas de um adorador. Oh Meu Senhor ! Também me diga o método
de Purificação e de Adoração dos Kula Dravyas.
Īśvara disse:
6:2 – Ouça Oh Devī ! Estou falando para Você o que me perguntou. Meramente por ouvir isto, a pessoa recebe
louvores dos Deuses e dos Demônios.
6:3 – Somente os homens livres de pecados, devotados a ações meritórias, enriquecidos com o conhecimento
do Kula, e com firme Observâncias devem adorar Você.
6:4 – Somente um Sādhaka com total Consagração, Conhecimento da Essência dos Vedas, Śāstras e Devatās, e
contido em seu Eu deve, Oh Minha Amada ! engajar-se em adoração.
6:5 – O Kulanāyike ! Desejosos de adorar a Divindade, um conhecedor dos mistérios dos Kulāgamas, e dotado
com os ensinamentos de um Guru, deve-se engajar em adoração.
6:6 – Puro de coração, desprovido de raiva e ganância, soberbamente alegre, adverso às observâncias inferiores
dos homens comuns, com semblante alegre, um Sādhaka deve se engajar em adoração.
6:7-8 – Depois de longo tempo, quando, devido à Minha Graça, Amor e, duradoura Devoção surgir em um
Sādhaka, então, Oh Minha Amada ! ele deve oferecer à Divindade libações dos Kula Dravyas prescritos por
Bhairava, de acordo com as instruções de um Guru. Caso contrário, ele encontrará sua própria queda.
6:9 – Oh Devī ! Ele deve adorar o Śrī Cakra com o Mantra Yoga. Somente então, acompanhado por Você, Eu
aceito aquela adoração com distinção.
6:10 – Eu Sou este Bhairava (Bhairavo’hamiti), com esta realização e equipado com as qualidades como
conhecimento de tudo, um superior Yogī deve engajar-se na Kula Pūjā.
6:11 – Possuindo as qualidades acima e seguindo as regras prescritas, quando um Kaulika adora Você, Oh
Devī ! somente então ele se torna capaz para o prazer e a emancipação.
6:12 – O adorador deve se sentar em uma posição confortável, o qual dá estabilidade, e olhar para o Norte ou
Leste, em um local isolado, ou em uma floresta, ou em um local livre de perturbações.
6:13-15 – Ele deve, em seguida, contemplar que lá está uma Ilha de joias no centro do Mar de Néctar. Sobre
aquela Ilha, sob o Kalpavṛkṣas (nome do bosque) existe um reluzente Dossel decorado com rubis e rodeado por
paredes cobertas de joias. Aquele dossel está decorado com guirlandas de flores, belas e transparentes cortinas,
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iluminado com lamparinas de cânfora e perfumado com vários tipos de incenso. Contemplando-se como
sentado sob aquele dossel, com mente não agitada, o Sādhaka deve, Oh Devī ! realizar a Kula Pūjā de acordo
com as instruções de seu Guru.
6:16 – A Purificação do Eu, a Purificação do Local, a Purificação do Mantra, a Purificação dos Materiais
(Dravyas), e a Purificação do Devatā são as cinco purificações. A menos que elas sejam realizadas, como pode
haver uma adoração da Divindade?
6:17 – A Purificação do próprio Eu é realizado através do banho (abluções, mantra snana), da purificação dos
elementos (bhūta-śuddhi), de prāṇāyāma e de ṣaḍaṅga nyāsa
6:18 – A limpeza, a sagração do local de adoração, de modo que ele brilhe como um espelho, e em seguida a
decoração do local com flores, guirlandas, incenso, canfora, luzes e as cinco cores, é chamada de purificação
do local de adoração.
6:19 – Vincular o Mūla Mantra com as letras do alfabeto uma vez na frente e, em seguida, na ordem inversa, é
chamada de purificação do mantra (mantra śuddhi).
6:20 – A purificação dos materiais de adoração (dravya śuddhi) é feito aspergindo água sobre eles com o Mūla
Phaṭ mantra e, em seguida, mostrando o Dhenu Mudrā.
6:21 – Invocando vida na Divindade sobre o Pīṭha (assento), imaginando a Divindade em Sua totalidade (com
todos os membros, órgãos etc.), o Sādhaka com eu iluminado, asperge sobre a Divindade três vezes a água dos
Dravyas (que foi santificado pelo nyāsa etc.) com o acompanhamento do Mūla Mantra. Isto é chamado deva
śuddhi (purificação da divindade).
6:22 – Depois de realizar as cinco purificações como descrito, o Sādhaka deve começar sua adoração sozinho.
Somente adoração semelhante frutifica, caso contrário ela não frutifica.
6:23 – Oh Minha Amada ! A adoração é sem frutos sem os Maṇḍalas. Portanto, os Maṇḍalas devem ser
apropriadamente desenhados e a adoração realizada neles.
6:24 – Permeando o Universo existe a forma intacta do Maṇḍala, o Maṇḍala o qual circunscreve os três
mundos é da Forma de Sadā-Śiva.
6:25 - Uḍḍīyāna-pīṭha é (a forma) de quatro lados; Kāmarūpa-pīṭha é circular; Jālandhara-pīṭha é
semicircular; e Pūrṇagiri-pīṭha é triangular. Depois de adorar tal Maṇḍala, os locais apropriados devem ser
estabelecidos em suas ordens respectivas.
6:26 – Sāmānya arghya pātra (vaso para oferecimento de água), Śrī pātra, Guru pātra, Bhoga pātra e Bali pātra
são os cinco vasos.
6:27-28 – Não se deve colocar dois vasos, ou três vasos, ou um vaso. Arranjando os vasos a partir da (do
devoto) direita para a esquerda, o Sādhaka deve adorá-los e preenche-los com Āsava (licor alcoólico) para o
acompanhamento do Mūla Mantra. Em seguida, coloque neles pedaços de um Māṣa cada de Matsya e de
Māṁsa.
6:29 – Destruído, velho, usado pelos outros, com mau cheiro ou sem cheiro, tais materiais são excluídos. A
libação de materiais (Hetu, Madya/vinho) contido no vaso de outros também se tornam infrutíferos.
6:30 – Oh Kuleśvarī ! os vasos não devem ser preenchidos com tais materiais desagradáveis. Materiais de bom
gosto, fragrâncias e outros agradáveis se tornam frutíferos.
6:31 – O Surā (vinho) não cultivado é pecado e traz conflito, doença e dor. Ela também destrói a expectativa de
vida, a riqueza, a fama, a fortuna e a propriedade.
6:32 – Portanto, o Kula Dravya deve ser bem cultivado antes de ser usado para adoração, caso contrário a
pessoa que oferece e aquela que participa, ambos, dos Dravyas não cultivados, vão para o inferno. Não há
dúvida disto.
6:33 – Sem a consagração apropriada dos Dravyas, não se deve nem realizar Japa e nem Dhyāna. Oh Minha
Amada ! aqueles que assim fazem sofrem dores em cada passo.
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6:34 – Sem Āsava (licor alcoólico) o Mantra não é Mantra, e sem Mantra o Āsava é inútil. Como pode haver
uma adoração quando existe mutua contradição? Se houver qualquer dúvida sobre esta relação, esta deve ser
esclarecida (diretamente) da boca de um Guru.
6:35 – Dravyas purificados por Vīkṣaṇa, Prokṣaṇa, Dhyāna, Mantra e Mudrā são aptos para oferecimento
de libações porque tais Dravyas agradam as Divindades.
6:36 – Com os vinte e quatro (24) Mantras de Agni, Sūrya, Īndu (Candra), Brahmā, Indra, Viṣṇu, rudra e
Sadāśiva, Madya (vinho) se torna o Supremo Néctar.
6:37-38 – 1. Amṛṭā; 2. Mānadā; 3. Pūṣā; 4. Tuṣṭi; 5. Puṣṭī; 6. Rati; 7. Dhṛti; 8. Śaśinī; 9. Candrikā; 10. Kānti;
11. Jyotisnā; 12. Śrī; 13. Prīti; 14. Aṅgadā; 15. Pūrṇā; e 16.Pūrṇāmṛtā são os 16 Kalās de Candramā que se
originam do 16 Svaras.
6:39 – 1. Tāpini –2. Tāpini – 3. Dhūmrā – 4. Marīci – 5. Jvālinī – 6. Rucī – 7. Suṣumnā – 8. Bhogadā – 9.
Viśvā – 10. Rodhinī – 11. Dhāriṇī – 12. Kṣamā são as 12 riquezas dadas por Saura Kalās, o qual inicia com
Ka-Bha e termina com Ṭha-Ḍa.
6:41 –1. Sṛṣṭi – 2. Ṛddhi – 3. Smṛti – 4. Medhā – 5. Kānti – 6. Lakṣmī – 7. Dyuti – 8. Sthirā – 9. Sthiti – 10.
Siddhi são os dez Sṛṣṭi Kalās de Ka a Ca que se originam de A-kāra e nascem de Brahmā.
Os 10 Sthiti-kalās originados
de U-kāra e nascidos de Viṣṇu
6:42 – 1. Jarā – 2. Pālini – 3. Śānti – 4. Īśvarī – 5. Rati – 6. Kāmikā – 7. Varadā – 8. Hlādinī – 9. Prīti – 10.
Dīrghā são os dez Sthiti Kalās de Ta a Ta que se originam de U-kāra e nascem de Viṣṇu.
Os 10 saṁhāra-kalās originados
de Ma-kāra e nascidos de Rudra
6:43 – 1. Tīkṣṇā – 2. Raudrī – 3. Bhayā – 4. Nidrā – 5. Tandrā – 6. Kṣut – 7. Krodhinī – 8. Kriyā – 9. Utkārī –
10. Mṛtyu são os dez Saṁhāra Kalās das letras Pa a Ya e originados de Ma-kāra, nascidos de Rudra.
Os 5 Tirodhāna-kalās originados
de Bindu e nascidos de Īśvara
6:44 – 1. Pitā – 2. Śveta – 3. Aruṇā – 4. Asitā são os quatro Tirodhāna Kalās das letras Ṣa que se originam de
Bindu e são nascidos de Īśvara.
Os 16 Anugraha-kalās originados
de Nāda e nascidos de Sadāśiva
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6:47-48 – Depois da adoração de Brahmā Kalā com Haṁ-saḥ etc.; depois da adoração de Viṣṇu Kalā com
Pratadviṣṇu etc., depois da adoração de Rudra Kalā com Tryambakaṁ etc.; depois da adoração de Īśvara com
Tad Vṣṇoḥ etc.; depois da adoração de Sadāśiva Kalās com Viṣṇuryoni etc., Mantra deve ser realizado. Pela
adoração com estes 94 Mantras Siddhis (94 Kalās) de Mantra, Ātmā e Devatā-bhāva são obtidos.
6:49 – Oh Kulanāyike ! Os supracitados são os Cinco Mantras. Depois de Japa destes Mantras, deve-se
convidar o Primeiro Elemento com o seguinte Mantra (Ślokas 50-52):
Akhaṇḍaikarasānandākare parasudhātmani |
Svacchandasphuraṇāmatra nidhehyakularūpiṇi ||50||
Akulasthāmṛtākāre siddhijñānakare pare |
Amṛtatvaṁ vidhehyasmin vastuni klinnarūpiṇi ||51||
Tadūpeṇaikarasyañca kṛtvārghyaṁ tatsvarūpiṇi |
Bhūtvā parāmṛtākāraṁ mayi citsphuraṇaṁ kuru ||52||
Amṛteśī Mantra
6:53-55 – Agora Japa do Mantra de 35 letras chamado Amṛteśī deve ser realizado. A forma deste Mantra é:
6:56-58 – Depois disto o Japa de 37 letras chamado Dīpanī deve ser realizado, o qual providencia todos os
Siddhis. A forma do Mantra é:
6:59-60 – Agora os Mantras de (1) Kalā; (2) Mātṛkā; (3) Akhaṇḍaika; (4) Amṛteśi; (5) Dīpanī e (6) Mūla
Mantra devem ser lembrados, respectivamente, uma vez, duas, três, quatro, cinco e oito vezes. Depois disto, a
adoração dos vasos deve ser realizada e a Dhenu Mudrā deve ser mostrada a eles.
6:61 – Os vasos devem ser purificados com este Mantra (Śloka 61):
ब्रहमाण्डखण्डसम्भलतमशेषरससम्भलतम।्
आपलद्वरत महापात्र पीयलषरसमावह ॥६१॥
Brahmāṇḍakhaṇḍasambhūtamaśeṣarasasambhūtam |
Āpūritaṁ mahāpātraṁ pīyūṣarasamāvaha ||61||
6:62 – Portanto, Oh Minha Amada ! com os Dravyas purificados da forma citada, com incenso, flores e arroz
(Akṣata), e também como todos os Mantras do Nyāsa, o devoto deve adorar a si mesmo. A linhagem inteira de
Gurus deve ser adorada na cabeça, e a de Śrī Pādukā deve ser adorada no Mūlādhāra.
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6:63-64 –1-2. Ādinātha e Sua Śakti; 3-4; Sadāśiva e Sua Esposa; 5-6. Īśvara e Sua Bhāryā; 7-8. Rudra e Sua
Vādhū; 9-10. Viṣṇu e Sua Amada; 11-12. Brahmā e Sua Esposa, são os 12 Divyaugha Gurus.
6:65-66 – 1. Sanaka; 2. Sanandana; 3. Sanātana; 4. Sanatkumāra; 5. Sanatsujāta; 6. Ṛbhukṣaja; 7. Dattātreya; 8.
Raivataka; 9. Vāmadeva; 10. Vyāsa; e 11. Śuka são os 11 Siddhaugha Gurus.
6:67 – 1. Nṛsiṁha; 2. Maheśa; 3. Bhāskara; 4. Mahendra; 5. Mādhava; e 6. Viṣṇu são os 6 Mānavaugha
Gurus.
6:68 – Deve-se sempre adicionar Namaḥ e Parama Śiva no final de cada nome dos Divyaugha Gurus; Namaḥ e
Mahāśiva no final de cada nome dos Siddhaugha Gurus; e Namaḥ e Sadāśiva no final de cada nome dos
Mānavaugha Gurus.
Por exemplo:
“Sarasvatī Brahmābhyāṁ Namaḥ Parama Śiva” – no caso da classe dos Divyaugha, com suas Consortes, e
assim por diante com cada classe de linhagem dos Gurus, com ou sem a Esposa, conforme claramente o texto
explica, fazendo as devidas saudações com os mantras.
6:69-70 – Em seguida, depois da adoração do Pīṭha (assento), deve-se invocar a Devi com este Mantra (Śloka
69-70):
महापद्मवनान्तःस्थे करर्ानन्दद्ववग्रहे ।
ल द्वहते मातरेह्यद्वे ह परमेश्वद्वर॥५८॥
सवणभत
ु सवणवरर्सयतु े ।
देवद्वे श भद्विसलभे
यावत्त्ा पलजयामीह तावत्त् सद्वु स्थरा भव ॥७०॥
Mahāpadmavanāntaḥsthe karaṇānandavigrahe |
Sarvabhūtahite mātarehyehi parameśvari ||69||
Deveśi bhaktisulabhe sarvavaraṇasaṁyute |
Yāvattvāṁ pūjayāmīha tāvattvaṁ susthirā bhava ||70||
6:71 – Invocando a Devi com o Mantra acima, deve-se comtemplá-La, mostrar a Mudrā e adorá-La com
incenso, flores e Akṣata (arroz) etc.
6:72 – Embora sem corpo (nirguṇa), consistindo de pura Inteligência, Imensurável e sem Atributos, ainda a
Forma de Brahmana tem de ser imaginada (meditada) para o benefício dos Sādhakas.
6:73-74 – Liṅga (símbolo), Sthaṇḍila (altar), Vahni (fogo), Jala (água), Vastra (vestuário), Sūrpa (abanar em
círculos), Maṇḍala (círculos/e formas ritualísticas), Phalaka (assoalho), Mūrfhni (cabeça), e Hṛdaya (coração)
são os dez locais onde, imaginando a Forma do Sem-Forma, um Sādhaka absorto nas práticas ritualísticas deve
adorar Parama Śiva.
6:75 – Assim como o leite permeia o corpo inteiro de uma vaca, mas flui somente através de suas tetas, da
mesma forma a Divindade, embora a tudo permeie, somente existe na Imagem e semelhantes.
6:76 – Da adoração de uma Forma Divina em uma Imagem e da profunda fé do Sādhaka, obtém-se a
proximidade do Devatā.
6:77 – A manteiga clarificada (Ghṛta) não nutre nenhuma parte do corpo conforme ela permanece no corpo de
uma vaca, mas quando ela é colhida e dado o devido tratamento, ela produz nutrição.
6:78 – Assim como o Ghṛta no corpo de uma vaca, assim também Parameśvara, embora permeando todos os
corpos, não rende frutos aos homens sem a adoração apropriada.
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6:79 – Quando todos os Membros da Divindade são convocados juntos, quando os Prāṇas e Indriyas são
animados (na Divindade), e quando a Divindade é consagrada com Vida, somente então uma Divindade Viva
deve ser adorada; caso contrário a adoração é infrutífera.
6:80 – Existem muitos defeitos do Mantra, defeitos de ritual, defeitos de procedimento etc., contudo, deve-se,
pelo início do pardon da Divindade, corrigir todos estes defeitos dos estágios e dos procedimentos.
6:81 – Qualquer ação realizada contra as regras não carregam frutos devido a tais defeitos.
6:82 – Excesso ou poucas ações nunca dão frutos. Boas ações, como as prescritas, por si só dão frutos.
6:83 – Japa, Homa e Adoração, quando feitos de acordo com as regras prescritas para eles, agradam a
Divindade e asseguram frutos na forma de Prazer e Emancipação.
6:84 – Qualquer adoração realizada sem o conhecimento de imanência do Devatā, Mantra e Yantra, torna-se,
Oh Śāmbhavī ! infrutífero.
6:85 – Yantras são Mantramaya (da forma de Mantras) e a Divindade é da forma do Mantra (devatā
mantrarūpiṇī). Portanto, Oh Devī ! Adorada no Yantra Ela é, de fato, agradada instantaneamente.
6:86 – Devido ao fato dele ser o controlador de todas as dores que surgem do desejo, da raiva e de outras
falhas, ele é chamado Yantra. A Divindade se agrada quando adorado no Yantra.
6:87 – Assim como o corpo é para o Jīva, e um óleo ou Ghṛta (manteiga clarificada) é para uma lâmpada,
assim o Yantra consagrado é um Assento para todas as Divindades.
6:88 – Portanto, desenhando um Yantra, meditando sobre Śiva em Sua Própria Forma, e conhecendo tudo do
Guru, deve-se apropriadamente realizar a adoração.
6:89 – Se alguém realiza a adoração dos diferentes Devatās no mesmo Pīṭha (assento) sem seus respectivos
Yantras, então, devido a esta falta da personificação e do personificado, aquele Sādhaka provoca a curse das
Divindades.
6:90 – Daí, no mesmo Pīṭha, a adoração de diferentes Divindades deve ser realizada separadamente em seus
respectivos Yantras, de acordo com seus respectivos procedimentos e revestimentos.
6:91 – Invocando uma Divindade em particular, se alguém adora outra Divindade (da invocada), então aquele
Sādhaka de mente instável recebe a curse de ambas as Divindades.
6:92-94 – Oh Minha Amada ! conhecendo todas estas regras de seu Gurudeva, se um Sādhaka realiza adoração
da Divindade com dezesseis Upacāras em Sua Forma e Revestimentos abençoados, então ele agrada a
Divindade. Deve-se adorar com Mūla Mantra, incenso, flores e Akṣata (arroz) etc., todas as que foram
mencionadas no Mahāṣoḍhā, colocando Praṇava (Auṁ) no início e Namaḥ no final de cada nome.
6:95-96 – Oh Kulanāyike ! deve-se oferecer libações com Ali-bindu (gotas de vinho). Juntando as pontas de
Anāmikā (terceiro dedo, anelar) e o polegar, deve-se aspergir sobre os dravyas a partir de seu próprio vaso.
Assim, realizando Japa de Mūla Mantra e do Pādukā, e despertando sua força interior (śakti), ofereça libações à
Divindade.
6:97 – Oh Minha Amada ! Aṅguṣṭhā (polegar) é a forma de Bhairava e Anāmikā (anelar) é a forma de
Caṇḍikā. Daí, unindo Aṅguṣṭhā e Anāmikā, deve-se oferecer libações para a família inteira da Śakti (Kula-
santatiḥ)
6:98 – Oh Minha Amada ! Em rituais de Cativação (Vaśyam), o polegar e o anelar; em Feitiços (Abhicāra), o
polegar e o primeiro dedo; e em Imobilização (Sthambana), o polegar e o dedo mínimo devem ser usados
juntos para o oferecimento de libações.
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6:99 – Assim, oferecendo libações dos Kula Dravyas, conforme às regras, deve-se, depois de conhecer bem as
três linhagens dos Gurus anteriormente citados, e após o entendimento dos Devatās, adorar a todos eles.
6:100 – Deve-se meditar sobre a Linhagem dos Gurus com estas linhas (Śloka 100)
6:101 – Realizando meditações assim um Sādhaka deve oferecer incensos, luzes, comestíveis, licores e vários
alimentos com Māṁsa, frutos e folhas de betel etc.
6:102 – Assim eu falei a Você os sintomas do Kulācāra, dos Dravyas, suas culturas, purificação e semelhantes.
Agora o que mais, Oh Devī ! Você quer ouvir?
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कुलार्णव तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
________________________________________________________
सप्तम उल्लासः
saptama ullāsaḥ
Sétimo Ullāsa
________________________________________________________
7:1 – Oh Kuleśa ! diga-me gentilmente sobre os sacrifícios para o Baṭuka etc., e os sintomas da Śakti. Oh
Oceano de Gentileza ! também me fale sobre a aceitação destas coisas.
Īśvara disse:
7:2 – Ouça, Oh Devī ! estou falando o que Você me perguntou. Por meramente ouvir isto o Conhecimento
Espiritual é revelado.
7:3 – A não ser que oblações sejam dadas ao Baṭuka, nenhum Devatā pode ficar satisfeito mesmo pela
concentração e adoração.
7:4 – Daí, deve-se assegurar a satisfação dos Deuses pela adoração em conformidade com os Mantras e as
regras dos Baṭukas etc., com incenso, flores, licor e Māṁsa.
7:5 – Sejam quais forem os Dravyas que sejam trazidos para a adoração e oferecidos eles devem, Oh Kuleśvarī
! ser oferecidos com devoção aos Kṣetrapālas.
7:6 – Estou falando sobre os Mantra do Baṭuka, Oh Kulanāyike, o qual agrada, ouça ! Por meramente adorar
com estes Mantras, todas as perturbações são destruídas.
7:7-9 – Este é o Baṭuka Mantra de quarenta e quatro letras, o qual se deve recitar enquanto se oferece oblações
com este outro:
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ल भ्य
ॐ ॐ ॐ सवणयोद्वगनीभ्य सवणभत े ः
ल ाद्विवद्वततण ाभ्यः डाद्वकनीभ्यः
सवणभत
शाद्वकनीभ्यः त्रैलोक्यवाद्वसनीभ्यः
इमा पलजा बद्वल गृह्ण- गृह्ण स्वाहा ।
Oṁ oṁ oṁ sarvayoginībhyāṁ sarvabhūtebhyaḥ
sarvabhūtādhivarttitābhyaḥ ḍākinībhyaḥ
śākinībhyaḥ trailokyavāsinībhyaḥ
imāṁ pūjāṁ baliṁ gṛhṇa-gṛhṇa svāhā |
7:13 – Enquanto se oferece Bali (oblação) com o Yoginī Mantra, deve-se dizer este Mantra:
ल भ्य
ॐ ॐ ॐ सवणभत ल पद्वतभ्यो स्वाहा ।
े ः सवणभत
Oṁ oṁ oṁ sarvabhūtebhyaḥ sarvabhūtapatibhyo svāhā |
7:15-16 – Enquanto oferece oblações com o Mantra acima, deve-se dizer estas palavras:
7:17-18 – O Mantra de sessenta e quatro letras, o qual concede todos os Siddhis, é como se segue:
ु बटुकनाथाय उद्विष्टहाद्वरर्े
ॐ ॐ ॐ देद्वह देद्वह देवीपत्राय
सवणद्ववघ्नात नाशय नाशय गृह्ण गृह्ण रुरु क्षेत्रपाल सवोपचारसद्वहताद्वममा
पलजा बद्वल गृह्ण गृह्ण स्वाहा ।
Oṁ oṁ oṁ dehi-dehi devīputrāya baṭukanāthāya ucchiṣṭahāriṇe
sarvavighnāt nāśaya-nāśaya gṛhṇa-gṛhṇa ruru
kṣetrapāla sarvopacārasahitāmimāṁ
pūjāṁ baliṁ gṛhṇa-gṛhṇa svāhā |
7:19 – Enquanto oferece oblações com o Mantra acima, deve-se dizer estas palavras:
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7:28 – Depois de oferecer oblações com o Mantra de 160 letras acima, deve-se oferecer oblação ao Rāja-
Rājeśvara e à família do Baṭuka, todos integrados. O Mantra de 28 letras para este objetivo é como se segue:
ॐ ॐ ॐ अमकु क्षेत्रपाल राज राजेश्वर इमा पलजा बद्वल गृह्ण गृह्ण स्वाहा ।
Oṁ oṁ oṁ amuka kṣetrapāla rāja rājeśvara imāṁ pūjāṁ baliṁ gṛhṇa-gṛhṇa svāhā |
7:29 – Enquanto se oferece oblações com os Mantras acima, deve-se dizer estas palavras (Śloka 29):
7:30 – Adoração do Baṭuka é no Oeste; da Yoginī é no Norte; dos Sarvabhūtas é no Leste; e dos Kṣetrapālas no
Sul. Deve-se, Oh Kulanāyike ! adorar o Rāja-Rājeśvara no Centro.
7:31-32 – Deve-se oferecer oblações ao Baṭuka com o polegar (Aṅguṣṭhā) e o anelar (Anāmikā); para a Yoginī
com o polegar (Aṅguṣṭhā), o indicador (Tarjanā), o mediano (Madhyamā) e o anelar (Anāmikā); para os
Sarvabhūtas com todos os dedos (Aṅguṣṭhā, Tarjanā, Madhyamā, Anāmikā e Kaniṣṭhikā); para os Kṣetrapālas
com o polegar e o indicador; e para o Rāja-Rājeśvara com o polegar e o mediano.
7:33-35 – Depois da adoração do Baṭuka etc., deve-se mostrar o Kuladīpa. Deve-se amassar uma farinha
vermelha clara muito bem e preparar nove, sete ou cinco dīpakas (uma espécie de lamparina) triangulares, da
forma de um grande Damarū (um pequeno tambor). Os dīpakas devem ser do tamanho suficiente para conter
Karṣa de Ghṛta neles. Portanto, unindo a luz externa com a luz interior, deve-se girar por três vezes sobre a
Devī os dīpakas de infinito brilho, submetendo a Ela com o Mantra (Śloka 36):
7:37 – Depois de mostrar o Kuladīpaka, o Sādhaka deve adorar a Śakti. Depois de oferecer a bebida a sua
Śakti ou a sua Vīra-Śakti (do Sādhaka), ou especialmente a Śakti iniciada, o Sādhaka deve beber ele próprio.
Esta é a regra dos Śāstras.
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7:38 – Oh Ambike ! o Sādhaka deve imediatamente purificar uma senhora não-iniciada. Ela deve ser purificada
de acordo com as regras do Mantra da iniciação, não o contrário.
7:39 – Portanto, admitindo uma Śakti com boas características como um Devatā, deve-se adorá-la com
incenso, flores e Akṣata e oferecer a ela o vaso cheio de oferecimentos.
7:40 – Portanto, admitindo belas virgens e senhoras com as formas do Devatā, adore-as e providencie
separadamente vasos para cada uma.
7:41 – A adoração de um Sādhaka que desfruta dos Kula Dravyas sem primeiro oferece-los à Śakti se torna
infrutífera e o Devatā nunca fica agradado com isto.
7:42 – Caṇḍālī, Carmakārī, Mātaṅgī, Pukkasī, Śvapacī, Khaṭṭakī, Kaivartī e Viśva-Yoṣitā são as oito Kula
Śaktis (Kulāṣṭaka)
As oito não-Kula-Śaktīs
7:43 – Depois de enumerar as Kulāṣṭakas, as Akulāṣṭaka Śaktis são agora enumeradas: Kandukī, Śauṇḍikī,
Śastrajīvī, Rañjakī, Gāyakī, Rajakī, Śilpī e a oitava é a Kaulikī.
Sāhaja Śaktī
7:44-45 – Conhecedora do Tantra e Mantra, virgem ou devotada às Observâncias, uma Yoginī-śakti, que pode
ser uma adepta do Samayācāra se ela mesmo vem no momento da adoração é designada como uma Sahajā-
Śakti.
7:46a – Na ausência de qualquer uma das Śaktis acima, deve-se adorar uma senhora de qualquer uma das
quatro classes.
7:46b-48 – Ela é chamada de uma Śakti de boas características quem pode ser bela de aparência, jovem, séria,
seguidora do Kulācāra, piedosa, desprovida de desconfiança, devotada, adepta do Śāstra, livre de ganância, de
um sorriso prazeroso em seu rosto, de fala mansa, devotada ao Guru e ao Devatā, de bons pensamentos,
amante dos Kaulikas, livre de ciúmes e inveja, bem versada, interessada na adoração do Devatā, agradável em
personalidade e de bom caráter.
7:49-51 – Śaktis que podem ser doentes, ásperas, cruéis, miseráveis e que provocam miséria ao Kula, de mau
caráter, desprezíveis, medrosas, gananciosas, apaixonada por alguém, inquieta, preguiçosas, interessada em
dormir, de espírito perverso, desprovida de algum órgão, doente, que exala mau odor, feia, tola, velha, insana,
irracional, de espírito imundo, sem pudor, briguenta, deformada em aparência, mesquinha, que anda por maus
caminhos, muda, coxa ou cega, não são aptas para serem associadas com a adoração e o sacrifício, mês se elas
forem iniciadas com Mantras.
7:52-55 – Portanto, Oh Minha Amada ! toda adoração etc., deve, com água consagrada, ser submetida à Devi
com o Mantra de setenta letras:
्
ॐ ॐ ॐ इतः पलवं प्रार् बद्वु द्ध देह िमाणद्विकार जाग्रत स्वप्न सषु द्वु प्तष ु मनसा
चेतसा वाचा कमणर्ा हस्ताभ्या पद्भ्यामदु रेर् द्वशश्ना च यत ्
् गरवे
िृत यत्कृ त यदुि तत सवण ् पतण मस्त ु स्वाहा ।
ु मत समद्व
oṁ oṁ oṁ itaḥ pūrvaṁ prāṇa buddhi deha dharmādhikāra jāgrat svapna suṣuptiṣu manasā
cetasā vācā karmaṇā hastābhyāṁ padmyāmudareṇa śiśnā ca yat
smṛtaṁ yaktṛtaṁ yaduktaṁ tat sarva gurave mat samarpitamastu svāhā |
Iniciando o pardon
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7:56-57 – Deve-se louvar com (Śloka 56). Louvando assim o Sādhaka deve, oferecendo obediência com
devoção, adorar toda a família dos membros no Ídolo da Divindade Presidente. Em seguida, com contemplação
sobre a Devi em seu coração de lótus (no coração do devoto), e oferecendo Śeṣikā (a sobra), purificar a si
mesmo com o Mūla Mantra. O mantra do Pardon é como abaixo:
7:58-61 – Este Mantra é de vinte e uma letras, com o qual a guirlanda deve ser oferecida à Śeṣikā. Portanto, o
Sādhaka deve contemplar sobre Trailokyamohinī Devi Ucchiṣṭa Mātaṅgī da seguinte forma:
Vīṇāvādyavinodagītanirataṁ nīlāṁśukollasinīṁ
bimboṣṭhiṁ navayāvakārdracaraṇāmākīrṇakeśālakām |
Mṛdvaṅgīṁ siṁtaśaṅkhakuṇḍaladharāṁ māṇikyabhūṣojjvalāṁ
mātaṅgīṁ praṇato’smi susmitamukhīṁ devīṁ śukaśyāmalām ||61||
7:62-63 – Portanto, levantando o vaso com ambas as mãos (karabhyāṁ, Śloka 62), o Sādhaka deve oferecer a
Śrī Gurudeva da Forma de Paraśiva o Segundo Elemento. Em seguida, com ou outros Vīra-sādhakas de seu
próprio kula, ele deve adorar Gurudeva. Portanto, fazendo saudações entre si todos os Sādhakas, com a
permissão do Guru, bebem sua cota.
7:64 – Levantando o vaso com a mão direita e mostrando a Mudrā com a mão esquerda, recebendo-o junto
com o Segundo Elemento, e cantando apropriadamente os Mantras próprios.
7:65 – Tomando um Māṣa de Māṁsa e uma mão cheia de Dravyas, ele deve três vezes purificar seu triplo
corpo (grosso, sutil e transcendental/ātmadehatrayaṁ).
7:66 – Para este objetivo, o Gurudeva, com exuberância juvenil e alegre, e com um gesto amável deve chamar
os Śiṣyas e oferecer a eles os três elementos.
7:67-69 – Oh Minha Amada ! O Śiṣya deve, com um coração puro e evitando qualquer presunção monetária,
tomar as flores etc., presentes de acordo com sua capacidade e oferece-las ao Guru da Forma de Śiva, e com
devoção oferecer Aṣṭāṅga-praṇāma (Saudação oferecida com mãos, pés, coxas, peito, testa, olhos, discurso e
mente). Portanto, sentado no chão sobre seus joelhos, entrelaçando os polegares de ambas as mãos e
estendendo o primeiro dedo para frente, ele deve oferecer Pañcāṅga Praṇāma (Saudação oferecida com mãos,
duas coxas, testa, olhos e discurso).
7:70-72 – Oh Minha Amada ! Portanto, com sua cabeça um pouco curvada, o Gurudeva deve, com o polegar e
o terceiro dedo de sua mão esquerda, tocar o mão direita estendida de seu Śiṣya, e com um coração puro,
purificar seu corpo físico com os vinte e quatro Tattvas, de Prakṛti a Pṛthivī, e com os Svaras contendo o
Vāgbhava bīja (aiṁ), com seu Ātma-tattva (seu Guru).
7:73 – Portanto, como todo mais puro do mais puro dos Tattvas, aquele de Māyā a Puruṣa, e com o Karāja-bīja
(klīṁ), unido com Sparśa-varṇas, o Guru, com Vidyā-tattva, purifica o corpo Sutil do Śiṣya.
7:74 – Em seguida, com todos os trinta e seis Tattvas e com Mālinī Bālā, ele deve purificar o Bīja
corporificando todos os Bījas com todos os Tattvas.
7:75-77 – Depois disto o Guru, providenciando ao Śiṣya o Ali (vinho) com o segundo, deve proferir a palavra
“Śodhaya”. O Śiṣya se curvando um pouco deve, em seguida, e com devoção, sem fazer qualquer som, beber o
Cullū (cavidade formada pela junção de ambas as palmas) de Ali providenciado pelo Guru e proferir a palavra
“Sarva Tattvaṁ Śodhayāmi”. Em seguida, tocando seu corpo com as mãos, ele deve sentir que todo o seu
corpo, da cabeça aos pés, foi purificado.
7:78 – Ātma-tattva está confinado no corpo físico; vidyā-tattva é perceptível até no corpo sutil; enquanto que
Śiva-tattva se estende até o corpo transcendental (Para-śarīra). O mundo inteiro é da forma dos três Tattvas.
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7:79 – Quem realiza ações depois de conhecer os três Tattvas assim a partir da boca do Guru, torna-se
Emancipado mesmo nesta vida. Assim é ordenado pelos Śāstras.
7:80 – Em seguida, depois de tomar os Dravyas, o Guru deve oferecer o restante deles aos Śiṣyas, que devem
então beber aquele Āsava como segundo Tattva.
7:81 – Não se deve beber vinho diante do Gurudeva e outros veneráveis e Sādhakas mais velhos. Esta é a
ordem dos Śāstras.
7:82-83 – Quem realiza ações sem o conhecimento sobre a partilha resultante de um entendimento das
distinções dos prāṇas e das situações e características da Saudação, encontra perturbações. Deve-se beber com
o Mantra somente, caso contrário, aquele que bebe, terá de se submeter a penitências. Portanto, deve-se sempre
beber de acordo com as regras dos Mantras dados como abaixo:
7:87 – Proferindo o mantra acima (ślokas 84-86) e o Mūla Mantra, deve-se tomar Ali (vinho) gradualmente
com mente composta.
7:88 – Deve-se oferecer as Libações dos Dravyas com o seguinte mantra (Śloka 89) na Pura Inteligência da
forma de Kuṇḍalinī, o qual é resplandecente com milhões de Sóis e que está situada no Triânguo de seu
próprio Mūlādhāra.
7:89 – Este é o Mantra para o oferecimento de Libações do Dravyas:
Mahantāpatrabharitamidantāparamāmṛtam
Parāhantāmaye vahnai homasvīkāralakṣaṇan ||89||
Método de beber
7:90 – Assumindo a unidade do Guru, Devatā e Mantra, deve continuar bebendo Madhu (vinho) até a
satisfação ser obtida.
7:91 – Diz-se que bebendo um Cullū (cavidade formada pela junção de ambas as palmas das mãos), outorga
Siddhis, e beber até a iluminação outorga conhecimento. A pessoa alcança Supremo Estado da bebida. Estas
três Realizações foram estabelecidos no sistema do Kula.
7:92 – Beber ao final das refeições é veneno. Semelhantemente, comer no final da bebida é também veneno.
Qualquer comida que é ingerida junto com a bebida Surā, deve ser conhecido como Amṛtā.
7:93 – Oh Minha Amada ! Beber junto com a comida é Amṛtā, e beber sem comer somente aumenta o veneno.
7:94-95 – Divya, Vīra e Paśu, respectivamente, são os três tipos de modo de beber. Bebendo em frente da Devi
é chamado Divya; bebendo com Mudrā e Āsana é Vīra; e bebendo arbitrariamente de acordo com o próprio
desejo é chamado de Paśu.
7:96-97 – O fruto de beber em Divya é tanto Prazer quanto Emancipação, o de Vīra é somente Prazer, e o de
Paśu é inferno.
7:98 – Enquanto as ilusões visuais, mentais, vocais não surgirem, deve-se continuar bebendo. Excedendo este
limite, é chamado de modo Paśu (de beber).
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Métodos de beber para aqueles que são totalmente iniciados (Pūrnābh iṣikta)
7:99 – Oh Devī ! Agora exponho o método de beber para aqueles que são totalmente iniciados. Pegando o vaso
com ambas as mãos, o Sādhaka deve lembrar o Mūla Mantra e o Pādukā. Bebendo até a garganta depois ele se
torna liberado, sem dúvida.
7:100 – Ele deve beber e beber, e novamente beber até cair no chão. Então ele se levanta novamente, e se ele
beber novamente, então não há renascimento para ele.
7:101 – Devi está satisfeita pela alegria; Bhairava, em Si mesmo, está satisfeito pelo desmaio, e todos os
Devatās estão satisfeitos pelo vômito.
7:102 – Daí, deve-se satisfazer todas as três classes (citadas acima). O prazer derivado pelo Kula Yogīs a partir
da indulgência em se beber os Dravyas não é acessível nem mesmo aos Imperadores.
7:103 – O prazer de repartir os Kula Dravyas derivados por aqueles devotados ao Sistema Kula é, em
realidade, a Emancipação. Oh Varānane ! Esta é a Verdade.
7: 104 – Oh Kuleśāni ! Assim eu descrevi a você brevemente a Adoração do Baṭuka e das Śaktis etc. Agora, o
que mais Você quer ouvir?
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कुलार्णव तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
________________________________________________________
अष्टम उल्लासः
aṣṭama ullāsaḥ
Oitavo Ullāsa
________________________________________________________
8:1-2: Oh Kuleśa, Oh Oceano de Néctar de Gentilezas ! eu quero ouvir sobre a distinção do Ullāsa. Oh
Parameśvara ! diga-me sobre a Troca dos Dravyas e dos Vasos, do Rati (copulação), do Udvāsana Kāla
(momento de abandono), da situação do Śrī Cakra e das ações das Kauliśaktis.
8:3 – Ouça, Oh Devī ! estou falando o que Você me perguntou. Por meramente ouvir, surge o Sentimento
Divino.
8:4 – Ullāsas (alegria) são sete – 1. Ārambha (iniciando); 2. Taruṇa (juvenil); 3. Yauvana (jovem); 4. Prauḍha
(maduro); 5. Prauḍhānta (depois da maturidade); 6. Unmanā (excitado); e 7. Manollāsa (alegria calorosa).
8:5 – Oh Kulanāyike ! Ārambha-ullāsa é provocada pelo surgimento de três Tattvas. Oh Ambike ! Taruṇollāsa
é quando o prazer juvenil surge.
8:6 – Oh Minha Amada ! A condição da própria alegria mental é chamada de Yauvanollāsa; e quando existe
hesitação da visão, mente e discurso, isto é Prauḍhollāsa.
8:7 – No caso da alegria no Cakra, se alguém deseja trocar os vasos, então ele deve fazer somente de acordo
com a regra de mudança da direita.
8:8 – Aquelas pessoas não iniciadas de má conduta, não experientes nos Tantras, desprovidos de Iṣṭa Devatā,
com culpa na consciência, afastados do Samayācāra, não devem trocar os Dravyas.
8:9 – Aqueles ignorantes, vaidosos, traiçoeiros, cheios de Paśu Bhāva, de espírito inferior, não devem trocar os
Dravyas.
8:10 – Mulheres odiosas, amaldiçoadas por Gurus, desprovidas de devoção, de espírito mau, desprovido de
preceitos do Kuladharma, não devem trocar os Dravyas.
8:11 – Mesmo se uma pessoa for possuidora do conhecimento da Gramática, da Lógica, dos Vedas e dos
Dharmaśāstras, se esta pessoa for ignorante do Kuladharma, ele deve ser evitado na troca dos Dravyas.
8:12 – Mesmo se alguém nasce em uma boa família, ou se possui um bom caráter, se ele for contrário à Sua
adoração, sua companhia deve ser evitada.
8:13 – Oh Pārvatī, ouça ! qualquer um como esposa íntima, filhos, amigos ou irmãos, se eles não conhecerem o
Kulācāra, suas companhias devem ser evitadas.
8:14 – Não se deve trocar os Dravyas com pessoas desconhecidas de outro país a menos que haja harmonia
através dos sinais.
8:15 – Mesmo se o próprio Kuleśvara estiver lá, não se deve participar dos Dravyas a partir do mesmo vaso. Se
alguém faz isto, então seus Mantas devem se voltarão contra ele e ele encontrará dificuldades em cada passo.
8: 16 – Não se deve oferecer Hetu (vinho) de seu próprio vaso para Bhairava. Se alguém age assim, Oh
Kuleśāni ! ele receberá a curse dos Deuses.
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8: 17 – Não se deve oferecer seu próprio assento, alimento, vaso, roupas e cama para pessoas desconhecidas.
Nem se deve recorrer à companhia de tais pessoas.
8:18 –Um Kaulika deve trocar os vasos de acordo com as distinções dos Āmnāyas. Há uma conformidade entre
Leste e Sul, e entre Norte e Oeste nos Āmnāyas.
8:19 – Portanto, os respectivos Sādhakas destes quatro Āmnāyas devem trocar com os Vīra Sādhakas de suas
próprias classes e com mulheres.
8:20 – Oh Minha Amada ! preenchendo os vaso providenciados pelos Yogīs e pelas Yoginīs, deve-se beber
com a recitação do Pādukā do próprio Mātṛkā e do Mūla Mantra.
8:21 – Se, pela graça de Deus, obtém-se um Ali-pātra (vaso cheio de vinho), ele deve aceita-lo com devoção e
lembrar seu Guru ao beber (o vinho) com a recitação dos Mantras acima mencionados.
8:22 – Oh Pārvatī ! Deve-se comer os restos somente da Guru Śakti, filhos do Guru e dos mais experientes, não
de outros.
8:23 – Deve-se beber os restos dos Dravyas da Śakti e comer os restos dos comestíveis de um Vīra. Nem se
deve oferecer seus próprios restos aos outros nem participar daqueles dos outros.
8:24 – Os restos das mulheres podem ser comidos, mas, Oh Deveśi ! não se deve dar os seus próprios restos
mesmo no Cakra. Se alguém age assim ele encontra sua própria queda.
8:25-26 – Oh Ambike ! Deve-se oferecer os restos somente a seus próprios Śiṣyas mais jovens. Contudo, sem
amor, com ganância ou medo, oferecer ou tomar dos outros os restos do Āsava (licor) ou do vaso, a pessoa
recebe a curse dos Deuses e cai em dificuldades.
8:27 – Oh Kuleśāni ! No caso do Prauḍhollāsa, deve-se fazer um triângulo quer dentro ou fora da casa de
adoração e, em seguida, adora-lo com incenso, flores e Akṣata (arroz) e então contemplar o Ucchiṣṭa Bhairava
com o seguinte (Śloka 28):
8:28 – Este é o Śloka para a contemplação de Ucchiṣṭa Bhairava:
8:29 – Portanto, ofereça Libações com o seguinte Mantra como citado abaixo:
8:30 – Depois disto, deve-se recitar o seguinte Śanti-stava (Śloka 31-54) e oferecer libações de gotas de Ali
(vinho):
Yoginīcakramadhyasthaṁ mātṛmaṇḍalaveṣṭitam |
Namāmi śirasā nāthaṁ bhairavaṁ bhairavīpriyam ||32||
Anāndighorasaṁsāradhvāntaikadhvaṁsakārine |
Namaḥ śrīnāthavaidyāya kulauṣadhividhāyine ||33||
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śivādyavaniparyanta brahmādistambasaṁyutam |
kālāgnyādiśivāntañca jagad yañjena tṛpyatu ||53||
dvārasthā maṇimaṇḍapasya paritaḥ śrīnandane
kānane śūnyāgāravihārakandaramaṭhe vīma (vyomni) śmaśāne sthitāḥ |
kūpasthānagatāścatuṣpathagatāḥ sandeśasaṁsthāśca ye |
paṅkārthāvahaketumānakusumāt gṛhṇantu te pāntu ca ||54||
8:55 – Oh Minha Amada ! Depois de recitar o Śānti-Pāṭha, o Guru deve levantar o vaso de adoração e em
seguida, Oh Kulanāyike ! distribuir a Prasāda para os seus Śiṣyas.
8:56-58 – A realização de suas ações desejadas pelos Sādhakas participantes do Cakra é chamada de
Prauḍhānta ullāsa. Oh Devī ! quando o Prauḍhānta ullāsa é alcançado, então naquele estado de êxtase existe
um prazer desonroso entre os grupos de Yogīs e Yoginīs. Em tal atmosfera de alegria não existe conceito de
propriedade entre os Vīras. Oh Parameśvari ! Neste estado, o desejo por si só é a riqueza prescrita pelos
Śāstras. Então, neste estado, quer ele seja auspicioso ou inauspicioso, as ações são realizadas são, Oh Divina
Beleza, consideradas com meios de prazer do Devatā.
8:59-61 – Neste estado a conversação é o fruto do Japa, a sonolência é o Samādhi, as ações são o culto, a união
com Śakti é a Emancipação, a partilha dos Dravyas é como se tomadas por Bhairava e a oração, Oh Devi !, é
considerada como o cantar de um Stotra (hinos de louvor). O contato dos corpos físicos é o Nyāsa, partilha da
comida é o derramar das oblações no fogo, Darśana é Dhyāna e o sono é como a adoração. Desta forma,
qualquer ação realizada neste ullāsa, são consideradas auspiciosas. Contudo, considere suas adequações ou do
contrário é um pecador.
8:62 – Os Vīras participantes de um Cakra são Yogīs exaltados em quem os homens devem ver a forma do
próprio Bhairava.
8:63-64 – Exuberância, suprema Bem-aventurança, aumento de conhecimento, o tocar da flauta e da Vīṇā (um
instrumento musical de corda), a poesia, o choro, a oração, o cair e o se levantar, bocejo e andar – todas estas
ações, Oh Devī ! são adotadas como praticas Yogicas.
8:65 – Neste Cakra os Yogīs e Yoginīs Vīras, em seus estados estáticos de comportamento, Oh Devi, estão
conforme a alegria de seus mentes.
8:66 – Esquecendo os seus próprios pensamentos, eles perguntam lentamente dos outros Sādhakas sentados ao
lado, e seguram o vaso em suas bocas em silencio.
8:67 – Excitados pela paixão, tratando os outros homens como suas próprias amadas, as senhoras tomam seus
abrigos. Os homens também, alegres em Prauḍhānta ullāsa, comportam-se semelhantemente.
8:68-69 – Intoxicados, homens abraçam homens. As senhoras aturdidas perguntam aos seus próprios maridos
perguntais tais como “quem é você, quem sou eu, quem são estas pessoas a nossa volta, por que estamos aqui,
por que estamos sentados aqui, é um jardim ou nossa própria casa?”
8:70 – Oh Śāmbhavī ! os Yogīs comem cada um dos vasos dos outros e colocam a bebida em potes sobre suas
cabeças e dançam ao redor.
8:71 – Enchendo suas bocas com vinhos eles fazem as senhoras beberem de suas próprias bocas. Colocando
coisas picantes em suas bocas, eles transferem para a boca de suas amadas.
8:72 – As Kula Śaktis, sem qualquer entendimento, aplaudem, cantam canções cujas palavras são indistintas e,
cambaleantes, dançam ao redor.
8:73-74 – Yogīs alegres caem sobre as senhoras, e Yoginīs intoxicadas caem sobre os homens. Oh Kulanāyike
! Assim preenchendo seus desejos mútuos eles realizam estas diversas ações.
8:75 – Desprovido de perversões mentais, quando existe alegria, então um Yogī superior obtém o Devatā
bhāva.
8:76 – Um tolo que se aproxima de um Kaulika em sua forma Bhairava é, Oh Kulanāyike !, destruído, sem
dúvida, pelas Yoginīs.
8:77 – Não se deve nem censurar e nem rir dos Sādhakas que estiverem em êxtase em intoxicação em um
Cakra; e nunca se deve divulgar os incidentes do Cakra.
8:78 – Não se devem nem se revoltar contra os Yogīs de um Cakra, nem os ferir de qualquer forma. De outra
forma, honrá-los com devoção e também manter seus segredos.
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8:79 – Vendo os Sādhakas intoxicados em um Cakra, quem desenvolve um sentimento de reverencia para com
eles e os louvam com devoção, obtém o status das Yoginīs.
8:80 – Um Kaulika que vê o Cakra com devoção obtém, Oh Minha Amada ! os frutos de milhões de
Observâncias, Austeridades, Caridades e Sacrifícios.
8:81-83 – No estado do sexto Ullāsa, chamado Unmanā, as ações como cair e levantar, e repetidamente
desmaiar, ocorre. Associado com o desejo de conhecer Parā Brahmā, estas duas ações acontecendo por um
tempo indefinido, induz a um estado de equilíbrio além do corpo e dos sentidos o qual, Oh Kulanāyike ! cai
dentro do domínio do sétimo ullāsa.
8:84 – Assumindo a forma do Parā Mantra, ele obtém o Parā Mūrchanā, devido a sua proximidade em
Mūrchanā o qual é chamado de a raiz de Mukti (Liberação).
8:85 – A visão externa livre de Nimeṣa (fechado) e de Unmeṣa (aberto), o real se torna introvertido. Este é o
Śāmbhavī Mudrā, o qual é mantido secreto em todos os Tantras.
8:86 – Esta Mudrā é a melhor de todas, sempre benfeitora e providenciando equilíbrio de gosto e forma.
Alegres por isto um Vīra Sādhaka é verdadeiramente Śiva. Não há dúvida disto.
8:87-90 – Como pode pessoas absortas no estudo do Eu conhecer o indescritível e supremo prazer derivado
neste Estado? Assim como o prazer de beber leite misturado com açúcar pode ser encontrado por uma pessoa
que bebe isto, da mesma forma o prazer deste estado está além da descrição e só pode ser experimentado (para
ser conhecido). O êxtase que é visível neste estado é chamado do Brahmadhyāna. O Supremo prazer do
Impulso Divino experimentado neste estado não pode ser descrito nem mesmo por pessoas inteligentes através
da concentração. Absorto na Suprema Bem-aventurança de Brahmā Dhyāna, estão os homens de elevadas
ações meritórias. Eles se tornam aturdidos e tristes até mesmo por uma interrupção momentânea neste Dhyāna.
Tal é o grande fruto do prazer derivado por Seus devotos nesta sétima forma de ullāsa.
8:91-93 – Neste sétimo ullāsa, está inerente os oito Pratyayas (o significado aqui não é certo, provavelmente
significando Guru, Devatā, Mantra, Āgama, Paramparā ou Sampradāya, Bhāva e Ācāra), os oito Avasthās
(Kampana ou tremular; Romāñca, ou arrepio de alegria; Sphuraṇa, ou pulsação nas partes do corpo;
Premāśru, ou lágrimas de amor; Sveda, ou transpiração; Hāsya, ou riso; Lāsya ou dança; e Gāyana ou
cantar) que surgem do conhecimento dos três tempos (passado, presente e futuro). Não dúvida disto. Por que
falar tanto, todos os oito Aṇimā etc., todas as Realizações (Aṇimā, Laghimā, Prāpti, Prakāmya, Mahimā Iśitva,
Vaśitva e Kāmāvasāyit) se tornam escravas residindo na casa do Sādhaka e servem a ele. Todas as qualidades
que existem no corpo de Parameśvara de cinco Faces vem para o conhecedor do Kula Tattva e do Tattva Jñāna.
8:94-95 – Ārambha, Taruṇa, Yauvana, Prauḍha e Praśānta são os cinco ullāsas do estado de vigília; o sexto
ullāsa é sonho; o sétimo ullāsa é o Anvasthā Ullāsa é o sono que contém todos os três estados. Quem conhece o
sétimo ullāsa é liberado e é um Kaulika.
8:96 – Todas as castas que participam de um Bhairavī Cakra são consideradas o de duas vezes nascidos (dvijā).
Não existe discriminação de castas aqui. No final do Cakra, obviamente, todas as castas se tornam separadas
novamente, ou seja, a ordem social das castas se tornam efetivas novamente.
8:97 – Se uma mulher ou um homem, um Cāṇḍāla ou um mais elevado dvijā, não há, absolutamente, qualquer
discriminação no Cakra. Todo mundo aqui é considerado como Śiva.
8:98 – Assim como as águas de vários fluxos depois de imergir no Ganges obtêm a mesma qualidade (a
qualidade das águas do Ganges), da mesma forma no Śrī Cakra todo mundo obtém o mesmo status.
8:99 – Assim como a água misturada com leite também se torna como leite, da mesma forma não existe
discriminação de casta no Śrī Cakra.
8:100 – Assim como no Svarga etc., nos mundos piedosos não vivem lá senão Deuses, da mesma forma no
meio de um Cakra todos os homens são como Deuses.
8:101 – Não existe discriminação de casta no Cakra e todo mundo é considerado como Śiva. Nos Vedas
também todos os homens em tais situações são declarados como iguais a Brahman.
8:102 – Oh Kuleśvarī ! Por que falar muito? No meio de um Cakra todos os homens se tornam como a Mim e
todas as mulheres se tornam como Você.
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8:103 – O tolo que faz discriminação de casta no meio de um Cakra, Oh Kulanāyike ! é devorado pelas
Yoginīs e amaldiçoado por Você.
8:104 – Em um Cakra homens e mulheres podem se sentar quer separadamente ou se misturando em pares em
uma fileira ou em círculo.
8:105 – Oh Minha Amada ! Quer eles estejam sentados em fileira ou em um círculo no meio de um Cakra,
todos eles devem ser adorados como a forma de Śiva e de Śakti.
8:106 – Assim como Nós somos indivisíveis, assim como Lakṣmī e Nārāyaṇa, ou Brahmā e Sarasvatī são
indivisíveis, assim também é a condição de um Vīra com sua Śakti.
8:107 – Sem néctar de Bhaga e Liṅgam Eu não estou satisfeito nem mesmo por milhares de vasos de vinho e
de centenas de montes de carne.
8:108 – Este mundo não suporta nem um símbolo do Cakra nem um símbolo do Lótus ou de um raio. De fato,
ele suporta o símbolo do Liṅgam e do Bhaga. Daí, o mundo é da forma de Śiva e de Śakti.
8:109 – O momento quando ocorre a união de Śiva e Śakti, que é o entardecer (samāyoga) de um Sādhaka
devotado ao Kula Dharma, quando ele experimenta a condição de Samādhi.
Voluptuosidades proibidas
8:110 – Não se deve ir entre as senhoras não iniciadas em um estado de excitamento sexual. Ele pode somente
ir entre as senhoras que foram purificadas pelos rituais.
8:111 – Assim Eu descrevi a Você os três Tattvas, Ullāsas e as bebidas distintas etc. Agora, Oh Kuleśāni ! o
que mais você quer ouvir?
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कुलार्णव तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
________________________________________________________
नवम उल्लासः
navama ullāsaḥ
Nono Ullāsa
________________________________________________________
9:1 – Oh Kuleśa ! Eu quero ouvira as características do Yoga, Yogīs e os frutos da adoração dos devotos do
Kula.
Īśvara disse:
9:2 – Oh Devī ! ouça, Estou falando para Você o que me perguntou. Meramente por ouvir o Yoga brilha.
9:3 – Dhyāna (meditação) é de dois tipos, ou seja, a forma grosseira e sutil. A meditação sobre uma Forma é a
forma grosseira de Dhyāna, enquanto que a meditação sem qualquer objeto de forma, é a meditação sutil.
9:4 – O tipo de meditação grosseira (com forma) é utilizada para a estabilidade da mente. A mente se torna
estável e meditação grosseira e também pela meditação sutil, os quais são, ambas, tipos de Dhyānas e que
promovem o mesmo objetivo, a estabilidade da mente.
9:5-6 – Deve-se meditar sobre o Todo luminoso, o Saccidānanda, o Parameśvara sem membros, tal como
desprovido de mãos, pés, estomago e ossos. Ele não está nem em cima e nem em baixo (ou não é nem elevado
e nem estabelecido), nem cheio e nem minguante. Ele brilha por Si mesmo e também ilumina outros sem
esforço.
Brahmajñāna
9:7 – Aquela Forma Infinita, Sem Estado, não perceptível, e ainda simplesmente existente, quando
experimentado mentalmente, então aquele Conhecimento é chamado Brahmajñāna.
Marcas de um Yogī
9:8 – Suspensa a respiração, tornando-se estabelecido (duro) como uma pedra e conhecendo o Supremo Eu e a
Morada, ele é chamado um Yogī que conhece o Yoga.
Características de Samādhi
9:9 – Aquela condição de Dhyāna onde não existe nenhuma consciência, o qual pode ser como um mar calmo,
onde há uma ausência de Forma, aquele Dhyāna é chamado Samādhi.
9:10 – Quando a Realidade brilha por si só e não por qualquer pensamento mental; e quando tal Realidade
brilha em por ela mesma, deve-se imediatamente se tornar absorto nela.
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9:11 – Quem parece como se adormecido quer sonhando ou em estado de vigília, quem nem inala e nem exala
e se torna imóvel, ele é verdadeiramente Livre.
9:12 – Mantendo os seus órgãos dos sentidos inativo, a pessoa imerge sua mente em seu Eu e parecendo como
se estivesse morto, é chamado um verdadeiro Jīvanamukta.
9:13-14 – Ele não ouve e nem sente cheiro, não toca e nem vê; não conhece os prazeres e as dores e nem
mesmo exercita a sua mente. Como uma tora de madeira ele não conhece nada nem está consciente de nada.
Quem está assim absorto somente em Śiva, por si só está em Samādhi.
9:15 – Assim como não existe diferença quando a água é lançada na água, o leite no leite, o Ghee no Ghee,
semelhantemente não há diferença entre Jīvātmā e Paramātmā.
9:16 – Até mesmo como um inseto se torna uma abelha pela força da concentração, assim também um homem
se torna Brahmā pela força do Samādhi.
9:17 – Assim como o Ghee extraído do leite não se mistura com o mesmo leite novamente em sua forma
original, semelhantemente uma vez que o Eu se separa dos Guṇas ele nunca é o mesmo novamente.
9:18 – Assim como na escuridão densa não se vê nada, assim de fato um Yogī não vê nada do mundo objetivo,
o qual não está sob sua atenção.
Características de Dhyāna
9:19 – Não se vê o mundo dos objetos quando os olhos estão fechados. Contudo, não vendo o mundo mesmo
quando os olhos estão abertos, é a verdadeira característica do Dhyāna.
9:20 – Assim como os homens experimentam até mesmo coceira em seus corpos, da mesma forma um
Sādhaka que alcançou Param Brahmā conhece as atividades do mundo objetivo.
9:21 – Todos os Mantras com suas Divindades Presidentes se tornam serviçais de um Sādhaka que conhece a
Suprema Realidade além das letras do alfabeto.
9:22 – Dele que está fundamentado na única Consciência do Eu, cada movimento é adoração, cada palavra
verdadeiramente é um Mantra, e cada olhar é uma Meditação.
9:23-24 – Quando Paramātmā é conhecido, a consciência do corpo termina junto; e onde quer que tal Sādhaka
vá, ele obtém Samādhi lá. O nó de seu coração é cortado em pedaços e todas as suas dúvidas são removidas.
Porque ele viu Paramātmā, todas as suas ações diminuem.
9:25 – Em comparação ao Supremo Estado obtido pelo Mestre dos Yogīs, até mesmo os Estados dos Devas e
dos Asuras não vale a pena aceitar.
9:26 – Quem vê o Onipresente, Pacífico, Bem aventurado e o Imperecível, para esse nada mais resta a ser
alcançado ou conhecido.
9:27 – Quando o conhecimento e o superconhecimento são alcançados, quando aquele o qual deve ser
conhecido está vivo lá no coração, e quando o estado de Paz é alcançado, então nem Yoga e nem Dhāraṇā ou
Concentração são mais necessários.
9:28 – Todas as regras cessam quando alguém conhece Parā Brahmā. Quando os ventos do Monte Malaya
sopram, qual a utilidade que tem o abanador de palmeira?
9:29 – Para quem vê a si mesmo como Auṁ, ou como o Eu, então não há nem controle de respiração nem o
fechamento das narinas, nem Yama e nem Niyama, nem Yoga baseado em Padmāsana, nem o fixar do olhar na
ponta do nariz.
Características do yoga
9:30-31 – Yoga é a união de Jīvātmā e de Ātmā, assim declaram os adeptos no Yoga. E quando este Supremo
(estado) é alcançado e meditado, até mesmo por um momento com fé, o grande bem, o qual sucede, não pode
ser mensurado.
9:32 – A deliberação, até mesmo por um momento, sobre a Verdade que é “Eu sou Brahmā” limpa todos os
pecados, assim como o nascer do Sol dissipa toda a escuridão.
9:33 – O conhecedor da Verdade colhe milhões de vezes o fruto que é prometido pelas Observâncias, os
Sacrifícios, as Peregrinações e a adoração de Deuses etc.
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Os 4 Estados de um Sādhaka
9:34 – Sahajāvasthā é o melhor; Dhyāna-aṇāvasthā é mediano; Japa e Stuti é inferior; e Homa-pūjā são mais
inferiores do que o último.
9:35 – A deliberação da Verdade é o melhor, a preocupação com Japa é mediana, o estudo dos Śāstras é
inferior; e mais inferior do que este é a ocupação com assuntos do mundo.
9:36 – Um bilhão de Pūjā é igual a um Stotra, um bilhão de Stotra é igual a um Japa, um bilhão de Japa é igual
a um Dhyāna, e um bilhão de Dhyāna é igual a uma absorção (Laya).
9:37 – Nem mais elevado do que Dhyāna é o Mantra, nem mais elevado do que o Eu é Deus, nem mais elevado
do que o propósito interno é a Pūjā, e nem mais elevado do que o contentamento é qualquer fruto.
9:38 – Livre de rituais é a adoração mais elevada, o silêncio é o Japa mais elevado, a ausência de pensamentos
é o mais elevado Dhyāna, e a ausência de desejo é o fruto Supremo.
9:39 – Os Yogīs devem sempre realizar Sandhyā sem Mantra ou água, Tapas sem Pūjā e Homa e Pūjā sem
cerimônias.
9:40 – Livre de apegos, indiferente, além de Vāsanā e de associação, absorto na verdadeira natureza do próprio
Eu, o Yogī conhece a Suprema Verdade.
9:41 – Oh Devī ! o próprio corpo é o templo. O próprio Jīva é Deus Sadāśiva. Livre-se das flores desbotadas da
ignorância e adore com a consciência do “Eu sou Ele” (So’haṁ).
9:42 – Jīva é Śiva, Śiva é Jīva, Jīva é somente Śiva. Quando no cativeiro ele é chamado de Jīva, quando livre
do cativeiro ele é chamado Sadāśiva.
9:43 – Encerrado na casca é arroz (que não se pode utilizar na culinária ainda); livre da casca é arroz (pronto
para ser utilizado). Encerrado no Karma é Jīva; livre do Karma é Sadāśiva.
9:44 – Deuses dos Brahmanes vivem no fogo; dos intelectuais no coração, das pessoas de menos inteligência,
nos ídolos, e dos Conhecedores do Eu em todos os lugares.
9:45 – Quem mantém seu equilíbrio na censura e no prazer, no frio e no calor, no prazer a na dor, entre amigos
e inimigos, ele é o mestre Yogī, aquele que é desprovido quer de exuberância ou abatimento.
9:46 – O Yogī que conhece a Suprema Verdade é desprovido de desejos, sempre contente, tem igual atitude
para todas as coisas, mestre de seus sentidos, habitante no corpo como o viajante.
9:47 – É um Yogī que conhece a Suprema Verdade aquele que é sem desejo, sem dúvida, sem mácula de
associação ou impressão e absorto sempre na Verdade de sua própria Realidade.
9:48 – Oh Kuleśāni ! Um Yogī que é o conhecedor da Verdade vive como o coxo, o cego, o surdo, o
impotente, o ébrio e o estúpido.
9:49 – Quem confia na Suprema Bem aventurança que surge da adoração das Cinco Mudrās (os cinco M’s, ou
seja, Madya, Māṁsa, Maithuna, Matsya e Mudrā) é o Yogī superior contemplando o Eu em si mesmo.
9:50: Oh Minha Amada ! O prazer derivado de Ali (vinho), Māṁsa e Maithuna é auspicioso para aqueles que
são os conhecedores da Verdade, mas ele é pecado para os ignorantes.
9:51 – Vivendo no êxtase de Madya e de Māṁsa, sempre absorto no pensamento da Suprema Verdade, e
sempre permanecendo livre de dúvidas, ele é chamado de Kula Yogī.
9:52 – Bebendo vinho, comendo carne, sempre seguindo os Ācāras de sua própria seita, ponderando sobre a
unidade do “você” e “ele”, um Yogī sempre vive contente em conforto.
9:53 – Aquela boca que é desprovida de odor do vinho e da carne tem de realizar penitencias. Tal pessoa é
como um animal e indubitavelmente merece ser evitado.
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9:54 – Enquanto existir o cheiro do vinho o Sādhaka (Paśu) é um real Paśupati, e sem o cheiro do vinho e da
carne, até mesmo um Paśupati é como um Paśu.
9:55 – Acalentando aqui o que é rejeitado no mundo ordinário, e rejeitando aqui o que é valorizado lá, isto foi
declarado pelo Senhor Bhairava como sendo o Kula Mārga (caminho do Kula).
9:56 – Oh Kuleśvarī ! a conduta imprópria é a conduta apropriada. O que não deve ser feito é feito. Até mesmo
a falsidade é Verdade para os Kaulikas.
9:57 – Oh Kuleśvarī ! para um Kaulika aquilo que não deve ser bebido é uma bebida, o que não deve ser
comido é o que vale a pena comer, e aquilo que não deve ser utilizado é que vale a pena ser utilizado.
9:58 – Oh Kuleśvarī ! para um Kaulika não existe nem injunção (prescrição) nem a rejeição, nem mérito e nem
demérito, nem paraíso e nem inferno.
9:59-60 – Oh Kulanāyike ! neste Caminho o ignorante se torna sábio; o pobre se torna rico, o decadente
progride, os inimigos se tornam amigos e os verdadeiros reis se tornam os atendentes. Oh Kuleśvarī ! tudo
favorece um Kaulika.
9:61 – Oh Kuleśvarī ! aqueles que se afastaram voltam para cumprimentar, e o orgulhoso se curva a um
Kaulika. Até mesmo os obstrutores se tornam seus aliados.
9:62 – Oh Kuleśvarī ! as más qualidades se tornam boas, o que não é parente se torna parente, e o que é
contrario ao Dharma se torna Dharma para um Kaulika.
9:63 – Oh Kuleśvarī ! para um Kaulika a morte verdadeira se torna uma ajuda médica, a casa se torna o
verdadeiro paraíso. Até mesmo a companhia das mulheres são ações meritórias para um Kaulika.
9:64 – Por que dizer muito, Oh Minha Amada ! todos os desejos dos Kula Yogīśvaras frutificam. Não há lugar
para duvidar disto.
9:65 – Um Kula Yogī pode morar em qualquer lugar, disfarçar-se em qualquer forma e permanecer
despercebido por todos. Oh Kuleśvarī ! Em qualquer Āśrama ele está, ele é um Kula Yogī.
9:66 – Os Yogīs em diversos disfarces, concentrados no bem estar dos homens, caminham sobre a terra
irreconhecido pelos outros.
9:67 – Oh Kuleśvarī ! eles não gastam seu auto conhecimento imediatamente. No meio dos homens eles vivem
como se intoxicados, estúpidos e burros.
9:68 – O modo dos Yogīs não é facilmente percebido, assim como as estrelas e os planetas do céu na presença
do Sol ou da Lua.
9:69 – Oh Devī ! o modo dos Yogīs não é visto como o movimento dos pássaros nos céus e dos seres aquáticos
na água.
9:70 – Oh Minha Amada ! os adeptos no Kula Yoga falam de modo não cortês, comportam-se como se fossem
ignorantes e como o humilde.
9:71 – Eles fazem isto com o propósito de que os homens os ignorem e não se reúnam a eles. Eles não falam
nada.
9:72 – Oh Maheśani ! Embora Liberado, ainda assim os Kula Yogīs brincam como uma criança, podem
conduzir a si mesmos como cretinos e falar como aqueles intoxicados.
9:73 – Tal Yogī vive de um modo que os homens do mundo podem rir, sentir desgosto, ultraje, e evitam sua
presença, deixando-os viverem sozinhos.
9:74 – Ele vai sob diferentes disfarces, às vezes como alguém digno, outras como um decadente, e às vezes
como um fantasma ou um demônio.
9:75 – O Yogī aceita coisas da vida somente para o bem do mundo e não por seu próprio desejo. Por
compaixão por todos os homens ele brinca sobre a terra.
9:76 – Como o Sol que seca todas as coisas, como Agni que consome tudo, o Yogī toma tudo para si mesmo
mas não contaminado por qualquer pecado.
9:77 – Como o Vento que toca todas as coisas, como o céu que se espalha por todos os lugares, como tudo que
banha nos rios, o Yogī é sempre puro.
9:78 – Assim como a água do povoado se torna pura quando ela alcança o rio, assim também as coisas
inferiores se tornam puras uma vez que elas alcançam as mãos dos Yogīs.
9:79 – Oh Devī ! para o sábio que vê seu bem maior, os caminhos dos adeptos no Kaula Conhecimento são
verdadeiramente honrados.
9:80 – Aquele sobre o qual os mestres do Yoga caminham, é o Supremo Caminho, assim como onde o Sol
surge no Leste.
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9:81 – Assim como onde um elefante pisa se torna caminho, assim, Oh Kuleśvarī ! onde um Kula Yogī pisa
existe um caminho.
9: 82 – Quem pode esperar tornar reto o curso sinuoso de um rio ou deter o seu fluxo? Semelhantemente, quem
pode deter o homem que caminha em paz e brinca conforme a sua vontade?
9:83 – Assim como o encantador fortificado por Mantras não é picado por serpentes e brinca com elas, assim
também os Jñānins brincam com a serpente dos sentidos e não são feridos.
9: 84 – Longe de misérias, contente, desprovido de dualidades, livre de ciúme, devotado ao Kula Jñana, os
pacíficos Kaulas são sempre devotados a Você.
9:85 – Sem atrevimento, raiva, exibição, desejo e ego, verdadeiro no discurso, não escravizados pelos sentidos,
mestres do Caminho-Kula, eles não são instáveis.
9:86 – Quando o Kula é enaltecido, os cabelos ficam em pé (de assombro), cujas vozes tremem com emoção e
lágrimas de alegria caem, eles são os melhores Kaulikas.
9:87 – Aqueles que têm a convicção de que o Kula Dharma nasce de Śiva é superior a todos os outros, são os
melhores dentre os Kaulikas.
9:88 – Quem conhece a Verdade do Kula, que é proficiente na ciência do Kula, que é engajado na adoração do
Kula, ele sozinho é um Kaulika; ninguém mais.
9:89 – Quem está muito satisfeito em encontrar devotos do Kula, conhecedores do Kula, tradições e
observâncias do Kula, é o Kaulika querido a Śiva.
9:90 – Pela iniciação deve ser um Kaulika, conhecedor dos três Tattvas, os Pés supremo e o significado do
Mūla Mantra, devotado à Divindade e ao Guru.
9:91 – Oh Minha Amada ! O professor do Kula Dharma é raro no Mundo. Ele é obtido somente por um feliz
amadurecimento de prévios méritos, não o contrário.
Gloria de um Kaulika
9:92 – Por meramente uma pessoa lembrar, louvar, ver, reverenciar ou conversar, a prática intensiva do Kula
Dharma purifica imediatamente até mesmo um Cāṇḍāla.
9:93 – Quer ele seja um bem versado ou um tolo, quer ele seja o melhor ou um inferior, se ele for um
conhecedor do Kula, onde ele estiver Eu estou com Você (Devi).
9:94 – Eu não habito no Kailāsa, nem no Meru e nem em Mandara; Eu habito, Oh Minha Querida ! onde
habitam os conhecedores do Kula.
9:95 – Até mesmo se tais homens do Senhor (de Śiva) estiverem distantes, eles devem ser vistos com esforço
porque lá, de fato, Eu estou.
9:96 – O professor do Kula deve ser encontrado até mesmo se ele estiver muito distante, mas não o Paśu
(homem comum) até mesmo se ele estiver muito próximo.
9:97 – Onde o conhecedor do Kula vive, aquele lugar é santificado. Por sua mera visão e por sua adoração, três
vezes sete gerações são elevadas.
9:98 – Quando eles veem um Kula Jñānī em sua descendência, os ancestrais regozijam-se dizendo
“alcançaremos o Supremo Estado”.
9:99 – Assim como os lavradores desejam por chuvas em abundância, os ancestrais sempre esperam por um
Kaulika em suas famílias, quer como filho, quer como um neto.
9:100 – Ele, de fato, é abençoado neste mundo livre de pecado a quem o mestre do Kula se aproxima com
prazer.
9:101 – Quando o mestre do Kaulika está ao alcance, Yogīs e Yoginīs se reúnem felizes para a sua casa.
9:102 – Entrar entre os Kula Yogīndras os verdadeiros ancestrais aguardam neles. Portanto, os adeptos no
conhecimento do Kula devem ser adorados com devoção.
9:103 – Se depois da adoração a Ti, Oh Devi !, seus devotos não forem adorados, os pecadores que assim
fazem, não se qualificam por Tua Graça.
9:104 – Oh Olhos de Lótus ! quando os oferecimentos são colocados diante de Ti, Tu os aceitas por meramente
olhar enquanto Eu tomo suas seivas da língua dos devotos.
9:105 – A adoração dos Teus devotos é a minha adoração; portanto, quem busca meu favor deve adorar Teus
devotos.
9:106 – O que é feito para aqueles devotados ao Kula é feito para os Deuses. Surā (vinho) é a amada do Kula,
portanto, deve-se adorar Kaulika com isto.
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9:107 – Oh Pārvati ! Em lugar nenhum eu sou agradado pela adoração dos devotos como lá onde o mestre do
Kula é adorado.
9:108 – O fruto que é obtido pela adoração de um Rei Kaulika não pode ser obtido por peregrinações, Tapas,
Caridade ou Observâncias.
Efeitos adversos de negligenciar o conhecedor do Kula
9:109 – Oh Ambike ! desrespeitar o Conhecedor do Kula, seja o que for dado, doado e os sacrifícios, ou se
pode fazer penitências, adoração ou Japa, todas estas coisas são inúteis.
9:110 – Quem entra no Kuladharma e ainda assim não conhece os caminhos do Kula, sua casa é
verdadeiramente chão crematório e ele é um pecador como um Cāṇḍāla.
9:111-112 – Ignorando os Kulaniṣṭhas, quem dá caridade aos outros, aquela caridade é infrutífera e o doador
vai para o Inferno. Tal presente é como água em jarra quebrada, semente semeada em rocha, e Ghee derramado
nas cinzas.
9:113 – Seja o que for doado de acordo com a capacidade de uma pessoa aos Kula Yogīs, com amor em dias
especiais, é soberbamente frutífero.
9:114-115 – Oh Devī ! quando o sábio no Kula é chamado em dias auspiciosos, adorado com reverencia
piedosa, flores e as cinco Mudrās (Cinco M’s), então todos os Deuses ficam agradados e Eu também fico
agradado.
9:116 – Oh Deveśi ! Quem oferece sua irmão, filha ou esposa para um Kula Yogī intoxicado, os méritos
obtidos daí para ele não podem ser mensurados.
9:117 – O Madhu dado com esforços no Vīra Cakra automaticamente facilita o caminho para o outro mundo.
9:118 – Madhu associado com ações pecaminosas e rejeitado pelo mundo quando dado aos mestres Yogīs de
um Kula, torna-se Kula Dravya.
9:119 – Em um país onde vive um Vīra absorto em Kula adoração, aquele país se torna purificado. Qual maior
glória pode haver para um local de residência.
9:120 – Pela repartição do alimento por um Kaulikendra, o mérito daí é aumentado em milhões de vezes;
então, se ele toma o alimento uma e outra vez, o mérito daí não pode ser contado.
9:121 – Portanto, com todos os esforços, em todas as condições, sempre seja devotado ao Kula Dharma e
adoração daqueles que são os conhecedores do Kula.
9:122-123 – Quer você seja instruído ou não, contanto que você conserve o corpo, o caminho previsto para a
sua estação na vida deve ser trabalhado para liberação dos Karmas. Quando a ignorância é assim destruída pela
ação prescrita, você alcança, através do conhecimento, o estado de Śiva e em Śiva você obtém a Liberação.
Portanto, tome as ações prescritas.
9:124 – Faça ações que estejam livres de máculas; faça trabalhos que sejam intimadas para as realizações
diárias. A Liberação por tais ações, aspirando por felicidade, devotado ao trabalho, vive feliz.
9:125 – Não é possível para uma pessoa que sustenta o corpo desistir de todas as atividades. Portanto, quem
abandona o fruto das ações é chamado um verdadeiro recluso.
9:126 – Os órgão físicos se empenham em suas funções; o entendimento disto deixa de lado o sentimento de
ego. As ações assim feitas não maculam.
9:127 – As ações feitas depois de alcançar o Conhecimento não tocam o realizador das ações assim como a
água se mantém longe das folhas de um lótus.
9:128 – De um estabelecido naquele Conhecimento todas as ações de mérito ou de demérito definham, eles não
são maculados; nem fazem aqueles que são feitos novamente.
9:129 – Oh Minha Amada ! uma alegria natural é obtida por quem está absorvido no propósito do
Conhecimento da Verdade. Tal pessoa sábia deixa todos os desejos e todas as ações.
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9:130 – Os tolos que deixam o Karmakāṇḍa inutilmente são impostores e tais homens de presunção vão para o
inferno.
9:131 – Assim como depois de obter os frutos a árvores jogam fora as flores indiferentemente, assim também
os Yogīs obtendo a Verdade, desistem dos rituais dos trabalhos.
9:132 – Naqueles corações reside o Brahman, eles não estão nem envolvidos nos frutos de milhares de
Aśvamedha sacrifícios, nem maculados pelos pecados do Brahmanicida.
9:133 – Quem renunciou às ações, qual relação ele tem com as ações associadas neste mundo com a língua e
com os órgãos da procriação?
9:134 – Assim eu descrevi a Você algumas das características relacionadas com o Yoga e os mestres do Yoga.
Agora, Oh Kuleśānī ! O que mais Você quer ouvir?
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कुलार्णव तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
________________________________________________________
दशम उल्लासः
daśama ullāsaḥ
Décimo Ullāsa
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10:1 – Oh Kuleśa ! Eu quero ouvir sobre os dias especiais de adoração. Oh Parameśvara ! também Me diga
sobre o fruto de tais adorações.
Īśvara disse:
10:2 – Ouça, Oh Devī ! estou falando sobre o que Me perguntou. Por meramente ouvir isto, obtém-se a
Liberação dos pecados.
Os 3 tipos de adoração
10:3 – A adoração diária é a melhor; a adoração em ocasiões especiais é mediana; e a adoração mensalmente é
a mais inferior. Se um Sādhaka gasta mais do que um mês sem adorar, ele se torna um Paśu.
10:4 – Se um Paśu-sādhaka quer participar de uma adoração realizada depois do intervalo de um mês com os
cinco M’s prescritos, então ele deve ser iniciado novamente.
10:5 – Madya, Māṁsa, Matsya, Mudrā e Maithuna são os Cinco Makāras (cinco M’s) o qual, Oh Devī ! ,
agradam o Devatā.
10:6 – Deve-se recorrer aos Cinco M’s na forma prescrita para o prazer da Divindade. Se alguém lança mão
deles para seu desejo pessoal, então ele comete pecado.
10:7 – O 8º (Āṣṭamī), 14º (Caturdaśī) e 15º (Amāvasyā) dia da quinzena escura (Kṛṣṇa Pakṣa), o dia da lua
cheia (Pūrṇima) e os dias de transferência do Sol de um signo zodiacal para o outro (Saṁkrāntīs) são as cinco
ocasiões auspiciosas para adoração.
10:8 – O nascimento do Guru, do Parama Guru, Parāpara Guru, Mānavaugha etc. Os Gurus e o próprio
nascimento são os dias auspiciosos para adoração.
10:9-10 – No recebimento de alguma propriedade ou de algum ganho, em celebrações associadas com
Austeridades, Iniciação e outras Observâncias, em alguma ida a um Pīṭha, no Vīrapīṭha, ao se encontrar com
algum parente querido, no recebimento de deśika, ao ver algum local sagrado ou Devatā, estas são as ocasiões
especiais quando Deveśi deve ser adorada.
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10:11 – Em tais ocasiões e em datas especiais, deve-se adorar conforme seus recursos monetários, sua própria
fé, a espécie de Dravya disponível, e também considerando a propriedade, demanda de tempo e local para a
determinação da natureza da Pūjā.
10:12-13 – A adoração de um Cakra deve ser realizada na forma prescrita pelo Ācārya; ou a intenção na Bindu
adoração pode em si mesmo realizar o culto no Cakra. Quem faz assim obtém o mundo da Verdade e se torna
livre dos ciclos de renascimentos. Estando iludido, um Kaulika que não realiza este culto, é amaldiçoado pelos
Devatās.
10:14-15 – Uma vez em um mês, três meses, seis meses ou até mesmo um ano, deve-se adorar seu Guru com
devoção. Se o Guru não está disponível, então a sua esposa ou filhos devem ser adorados. Se estes também não
estão disponíveis, então os discípulos do Guru que são os conhecedores do Kula, ou os Kula Yogīs devem ser
adorados conforme as regras prescritas da Kula Pūjā e satisfeitos com os Kula Dravyas.
10:16 – Para a pacificação das doenças, aversão de calamidades, situações difíceis e seus maus efeitos, deve-se,
Oh Devī ! adorar o grupo das Yoginīs.
10:17-19 – Onde quer que estejam o Kulācārya conhecedor da Verdade dos Āmnāyas, três, quatro ou cinco
Kaulikas e Śaktis, lá, Oh Devī ! deve-se, quer individualmente ou em forma intercalada (de homens e
mulheres), adorá-los com fragrância, flores e Akṣata etc., e também os satisfazer com carne etc., materiais
comestíveis cheios dos seis sabores. Se todos eles vivem lá, associados com Prauḍhollāsa, então isto é
chamado um Śrī Cakra.
10:20 – No mês de Āśvina (7º mês do Calendário Hindu, Āśvayuja, aqui no Brasil aproximado em Outubro-
Novembro) deve-se adorar as nove virgens. O Sādhaka com mente pura e com devoção estende o convite a
elas pela manhã.
10:21 – No primeiro dia da quinzena, banhando uma bela menina de um ano de idade, de sinais auspiciosos, o
Sādhaka deve, Oh Devi !, adorar a criança apropriadamente e com o coração puro.
10:22-23 – Purificado pelo banho, óleos etc., aquela garota deve ser levada na morada da adoração e sentada ao
lado da Divindade. Em seguida, ela deve ser adorada com fragrâncias, flores, lamparinas, incenso e Kula
Dīpaka. Portanto, ela deve ser satisfeita com leite, ghee, mel, carne, alimentos, bebidas, banana, côco, frutas
etc.
10:24-25 – Oh Devī ! portanto, junto com a Śakti o Sādhaka induzindo Prauḍhāntollāsa e olhando aquela
garota charmosa, devem lembrar seu próprio Iṣṭa Devatā realizar Japa do Mantra de acordo com sua
capacidade. Em seguida, desenvolvendo um sentimento de uma Divindade para com a garota ela deve ser
saudada e convidada a se retirar.
10:26 – No segundo dia da quinzena, uma garota de dois anos de idade e também a garota de um ano do dia
anterior devem ser adoradas como antes.
10:27 – Na mesma ordem e até o nono dia da quinzena, as garotas de um a nove anos, respectivamente, devem
ser adoradas como o habitual. Estas nove garotas são chamadas, respectivamente, de: 1. Bālā; 2. Śuddhā; 3.
Lalitā; 4. Mālinī; 5. Vasundharā; 6. Sarasvatī; 7. Ramā; 9. Gaurī; e 9. Durgā.
10:28 – Os Mantras para a adoração destas nove garotas devem ser prefixados com três Auṁ e Namaḥ no final
e entre o nome da Devī respectiva e a palavra Devatā na forma Caturthā (a declinação do 4º caso, a forma
dativa do nome). Assim os nove Mantras para as nove Devīs devem ser como se segue:
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10:29 – Junto com estas meninas, um menino de cinco anos de idade, na forma de Baṭuka, e outro de nove
anos de idade, na forma de Gaṇeśvara, devem também ser adorados apropriadamente conforme a capacidade,
com fragrância, flores e roupas.
10:30 – Considerando todas estas crianças como Divindades, e sem economia, deve-se, para a frutificação de
todos seus próprios desejos, adorar e satisfaze-las com vários materiais.
10:31 – Assim, no Navarātra (os 9 dias sagrados de adoração da Devī, começando na quinzena clara do
primeiro e do sétimo mês do Calendário Hindu), deve-se realizar Japa e aumentar uma Divindade a cada dia,
então, Oh Devī ! ofereça a adoração do Navarātra à Devī.
10:32-33 – Oferecendo folhas de betel e presentes, deve-se se despedir das ditas virgens. Quem assim realiza a
adoração das nove virgens a cada ano, aquele Sādhaka virtuoso obtém a benção do Devatā e preenchendo os
desejos de seu coração, ele obtém residência em Sua proximidade.
10:34 – Ou, Oh Pārvati ! se as nove belas jovens senhoras estão facilmente disponíveis, então nos Navarātras o
conhecedor de Mantras deve adorá-las com devoção.
10:35 – Adorando, respectivamente, com os nomes: 1. Hṛllekhā; 2. Gaganā; 3. Raktā; 4. Mahocchuṣmā; 5.
Karālikā; 6. Icchā; 7. Jñānā; 8. Kriyā; e 9. Durgā, deve-se também adorar dois garotos nas formas de Baṭuka e
de Gaṇeśvara e satisfazer a todos com Madya etc., os materiais como citado anteriormente.
10:36 – Associando com Prauḍhānta ullāsa, se o Sādhaka for capaz de satisfazer as Divindades acima citadas,
então ele reside junto a Você.
10:37-38 – Oh Minha Amada ! Quem a cada ano, ou a casa seis meses, ou a cada três meses, ou a cada mês,
adora três, cinco, ou sete jovens senhoras, ou garotas, tratando-as como Devatās, obtém todos os esplendores e
também se torna um favorito entre Nós.
10:39-41 – Oh Kuleśānī ! Nas Sextas-feiras (Bṛguvāras), deve-se respeitosamente convidar qualquer das belas
jovens senhoras dispostas e que possuem todos os auspiciosos sinais e na flor da idade do Kulāṣṭaka (Cāṇḍālī,
Carmakārī, Māgadhī, Pukkasī, Śvapacī, Khaṭṭakī, Kaivartī e Vīśvayoṣit são as oito Kulāṣṭakas), purificar seu
corpo com um bom banho, senta-las apropriadamente e embeleza-las com fragrância, flores e belas roupas.
Portanto, Oh Kuleśvarī ! O Sādhaka também deve adorar a si mesmo com fragrância e com flores.
10:42-43 – Em seguida, invocando a Divindade na senhora, deve-se adorá-la com incenso e lamparina na
ordem do Nyāsa, mostrar seu Kula Dīpaka e, devotadamente, satisfazê-la com Māṁsa etc., comestíveis e
bebidas plenas dos seis sabores.
10:44 – Associado com o Prauḍhānta ullāsa e olhando para a jovem, realize Japa do Mantra. O Sādhaka deve
também desenvolver a exuberância da juventude (Yauvanollāsa) e continuamente se concentrar sobre a jovem.
10:45 – Assim, mantendo sua mente livre das impurezas, ele deve realizar 1008 (mil e oito) Japas. Em seguida,
oferecendo o Japa, empregue as nove noites com ela.
10:46-47 – Em seguida, Oh Minha Amada ! em três, cinco ou sete Sextas-feiras, se ele adorar de acordo com
as regras prescritas na mesma forma, então o mérito que ele obtém assim não pode ser mesurado. Ele também
obtém o fruto da adoração de todos os quatro Pīṭhas e qualquer desejo que ele tenha é, sem dúvida, realizado.
10:48 – Ou adorando sobre o nono dia de acordo com o mesmo procedimento, se um Sādhaka louva com um
Stotra, então ele obtém todos os grandes esplendores.
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10:49 – Ou, Oh Minha Amada ! deve-se adorar os pares nos dias de transferência do Sol em Karka, Makara,
Tulā, Meṣa ou em todos os Saṁkrāntīs.
10:50-51 – 1. Gaurī-Śiva; 2. Ramā-Viṣṇu; 3. Vāṇī-Brahmā; 4. Śacī-Indra; 5. Rohiṇī-Candramā; 6. Svāhā-Agni;
7. Prabhā-Ravi; 8. Kālī-Vīrabhadra; e 9. Bhairavī-Bhairava são os 9 pares o qual devem ser adorados como
pelos procedimentos já descritos.
10:52 – Um conhecedor dos procedimentos, deve colocar três Tāras (três auṁs) no início de cada nome,
Namaḥ no final, e entre os nomes dos pares e adorá-los com fragrância, flores e também satisfaze-los com
Mady etc.
10:53 – Portanto, associado com Prauḍhānta ullāsa, lembre as Divindades em suas formas de pares. Oh Devī !
pela adoração assim, os pares de Devatās ficam satisfeitos, mostram compaixão e, sem dúvida, realizam os
desejos do Sādhaka.
10:54 – Quem adora os pares com devoção a cada ano, possuindo todos os esplendores, reside em Seu mundo.
10:55-56 – Oh Īśvarī ! Levantando-se de madrugada no primeiro dia da quinzena clara (Śukla Pratipat) do mês
de Vaiśākha (entre e maio-junho no Brasil), deve-se, depois dos banhos purificatórios e Sandhyā etc., adorar a
si mesmo com fragrâncias e flores como prescrito, sentar-se em um local quieto e olhar para o Leste.
10:57-58 – Então, realizando os Nyāsas como descrito anteriormente, absorver-se no sentimento do Devatā.
Quando o Sol começar a surgir ele deve, Oh Minha Amada ! adorar seu Iṣṭa Devatā com Coberturas conforme
os 16 Upacāras associados com o Cakra Pūjā.
10:59-60 – Portanto, ele deve mostrar o Kula Dīpaka e oferecer Māṁsa etc., comestíveis, bebidas e outras
variedades de materiais a Śiva na Forma do Guru. Juntamente com Śakti associada com a exuberância da
juventude (Yauvanollāsa) receba o restante dos oferecimentos e beba com a mente livre de impurezas.
10:61 – Concentrando sobre o Stana Maṇḍala (seios) da Devī, realize 108 Japas. Em seguida, oferecendo os
frutos do Japa, adore a divindade e se despeça Dela.
10:62 – Oh Ambike ! desta forma, começando no primeiro dia da quinzena clara, realize Japa diariamente e
adoração até o 14º dia da quinzena escura.
10:63 – Em seguida, no 15º dia (Amāvasyā), Oh Devī ! adore três, cinco, sete ou nove Śaktis e os Kaulikas
ricamente, sem qualquer reserva monetária.
10:64 – Se um Sādhaka realiza este culto no nascer do Sol por um mês, então os Devatās, sendo agradados
com ele, realizam seus desejos.
10:65 – Oh Minha Amada ! Da mesma forma a adoração pode ser realizada ao meio-dia ou ao entardecer.
Estas adorações também providenciam semelhantes frutos e o Sādhaka se torna um favorito das Yoginīs.
10:66 – Um Sādhaka que assim realiza a adoração por um mês, regularmente e da forma prescrita nos três
pontos de junção (ao nascer do sol, ao meio dia, ao entardecer), obtém os frutos e vaga sobre a Terra como um
Devatā.
10:67 – Jejum no primeiro dia da quinzena clara do mês de Māgha (entre fevereiro-março no Brasil) e se
vestindo com roupas brancas depois dos banhos purificatórios, deve-se adorar no entardecer.
10:68 – Em seguida, equipado com todos os Dravyas mencionados previamente, em conexão com a adoração
do Sol, e se associando com Yauvanollāsa, medite no Devatā situado na Lua (na mente).
10:69 – O Sādhaka deve, com a mente concentrada, realizar Japa até que a Lua se ponha. Ele deve,
regularmente, realizar esta adoração até o 14º dia da quinzena brilhante (deste mês).
10:70-71 – Na Lua cheia (Pūrṇima) ele deve, conforme a sua capacidade, adorar as Śaktis e os Kaulikas. Seja o
que for devotadamente realizado neste culto da quinzena clara (śukla pakṣa), liberta de todos os pecados,
purifica a si mesmo e obtém todos os esplendores. Ele é adorado por todo mundo e reside junto a Śiva.
10:72 – A adoração na quinzena escura (kṛṣṇa pakṣa) também dá seus frutos como aquela da quinzena clara.
Portanto, quem realiza isto apropriadamente, obtém a realização de todos os seus desejos.
10:73 – Desfrutando de todos os confortos e prazeres deste mundo, ele se torna belo como um Devatā e recebe,
sem dúvida, o prazer da união da Yoginī e do Vīra.
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10:74 – Oh Īśvarī ! depois do banho purificatório e da adoração no 1º dia da quinzena brilhante do mês de
Kārtika (entre novembro-dezembro no Brasil), deve-se realizar Nyāsas como mencionado anteriormente.
10:75 – Quando todo mundo foi dormir, ele deve, naquela grande noite, alegremente e equipado com todos os
Dravyas mencionados anteriormente para a adoração.
10:76 – Oh Pārvati ! então ele deve acender um pavio da grossura do terceiro dedo em ghee e com cinco cores
fazer um belo lótus de oito pétalas.
10:77 – Então colocar sobre aquele lótus um belo pote de bronze cheio de Madhu, e colocar diante de si
mesmo uma lâmpada com ghee. O Sādhaka deve se sentar olhando para o Norte, diante do Pote.
10:78 – Meditando na lâmpada na Devī, com todas as suas Coberturas, adore-A. Em seguida, associando com
exuberância de Jovialidade (Yauvanollāsa), lembre o Devatā como situado na lâmpada.
10:79 – Com a mente concentrada, realize Japa por 1008 (mil e oito) vezes. Desta forma ele deve,
regularmente, adorar até o 14º dia da quinzena escura.
10:80-81 – No 15º dia (Amāvasyā) adore as Śaktis e os Kaulikas. Oh Kuleśānī ! por fazer isto a pessoa se torna
a favorita dos Devatās. Tornando-se associados com todos os esplendores, tal Sādhaka é respeitado por todo
mundo.
Adoração do Aṣṭāṣṭaka
10:82-83 – Se capaz, deve-se adorar o Aṣṭāṣṭaka em um dia. Caso contrário, Oh Devī ! ele deve conseguir em
8, 16, 32 ou 64 dias por um Guru que pode ser familiar com a ordem de adoração. Se o Sādhaka conhece a
ordem de adoração ele pode, sem qualquer economia, fazer ele mesmo a adoração.
10:84 – Oh Minha Amada ! Brāhmī etc., as 8 Mātṛkās e Asitāṅga etc., os 8 Bhairavas, junto com seus
auspiciosos pares, são chamados de Mulāṣṭakas.
As 8 Mātṛkās são – 1. Brāhmī; 2. Nārāyaṇī; 3. Maheśvarī; 4. Cāmuṇḍā; 5. Kaumarī; 6. Aparājitā; 7. Vārāhī; e 8. Nārasiṁhī (Esta ordem
pelo Bṛhat Tantrasāra, 10ª edição, pg.531). Contudo, em outro lugar, existe uma pequena diferença na enumeração dos nomes, ou seja –
1. Brāhmī; 2. Maheśvarī; 3. Kaumarī; 4. Vaiṣṇavī; 5. Vārāhī; 6. Aindrī; 7. Cāmuṇḍā; e 8. Mahālakṣmī são mencionadas (Vāmakeśvara
Tantrāntargata Nityāṣoḍasikārṇava I, pg. 169-171). Os 8 Bhairavas são – 1. Asitāṅga; 2. Ruru; 3. Caṇḍa; 4. Krodha; 5. Unmatta
Bhairava; 6. Kapāli; 7. Bhīṣaṇa; e 8. Saṁhāra (Puraścaryārṇava, volume II, pg. 473)
10:85 – Originando do Mula-Aṣṭakas são Akṣobhya etc., 64 Pares famosos nos Kula Āgamas, eles devem
todos ser adorados.
10:86 – Deve-se adorá-Los então de acordo com o procedimento mencionado anteriormente. Para a realização
do desejo, não deve haver falha na ordem do procedimento.
10:87 – Oh Devī ! os Pares devem ser satisfeitos com extrema devoção com fragrância, flores, Akṣata, Madya,
Māṁsa etc., comestíveis e bebidas cheios dos seis sabores.
10:88-89 – Oh Ambike ! deve-se adorar o Śrī Cakra até Prauḍhānta ullāsa ser alcançado. Desta forma quem até
mesmo uma vez adora os Aṣṭāṣṭakas ele é adorado pelos Deuses como Brahmā, Viṣṇu e Maheśa; então, o que
dizer dos homens? De fato tal Sādhaka se torna o verdadeiro Śiva.
10:90 – Por esta adoração o Sādhaka recebe o louvor das 64 Yoginīs, tornando-se Livre do ciclo de
renascimentos e reside junto a Você.
10:91 – Oh Parameśvarī ! todos os Devatās são agradados com esta adoração; daí não há adoração superior a
esta. Esta é, sem dúvida, a verdade.
10:92 – Oh Minha Amada ! quem vê um Aṣṭāṣṭaka Cakra com devoção, recebe os frutos de bilhões de
sacrifícios, caridades, austeridades, peregrinações e Observâncias.
10:93 – Oh Devī ! se um Rei, devotadamente, realiza este Aṣṭāṣṭaka culto, ele governa, sem dúvida, sobre a
terra inteira com seus quatro Oceanos.
10:94 – Oh Kuleśvarī ! o conhecedor dos procedimentos devem adorar Śrīkaṇṭha etc., os 50 Pares de acordo
com os procedimentos mencionados acima.
10:95 – Com o propósito de obter a realização de seus desejos, deve-se deixar a economia de lado e adorar
estes Pares induzindo em si mesmo o Prauḍhānta ullāsa.
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10:96 – Quando satisfeitos eles (os Pares) providenciam os frutos para o Sādhaka. Tal Sādhaka é adorado em
todos os lugares como um Devatā e, recebendo louvores dos Deuses como Brahmā etc., ele reside, Oh Devī !
em Seu mundo.
10:97 – Assim como Śrīkaṇṭha etc., os Pares, do culto de Keśava etc., Gaṇeśa etc., e Kāma etc., tais Pares
devem invariavelmente providenciar semelhantes frutos.
10:98-100 – A cada mês, ano ou em seu próprio nascimento, um Sādhaka que adora as Dākinīs de acordo com
os procedimentos mencionados anteriormente, e se satisfaz até seu Prauḍhānta ullāsa, agrada, Oh Devī ! os
Devatās e recebe seus favores. Tornando-se livre de todas as adversidades, tal Sādhaka recebe todos os
esplendores da vida.
10:101 – Louvado por todo mundo, o Sādhaka vive por cem anos, e depois da morte, sem dúvida, ele obtém a
Sua morada.
Frutos de Dūtī-yāgna
10:102-103 – Oh Minha Amada ! Associando com 9 Śaktis e com a mente livre de todas as impurezas, quem
realiza o sacrifício Dūtī de acordo com os procedimentos mencionados anteriormente, recebe a cada ano o
fruto da adoração dos 64 Pīṭhas. Além disso, ele obtém o Siddhi da Ordem (ou seja, o que ele ordenar
acontece) e se torna o favorito dos Devatās.
10:104-105 – Quem realiza a adoração Trika (tríade) na forma de Vontade, Conhecimento e Ações, conforme
os procedimentos dos Āgamas, e satisfaz essas três todas-Outorgantes Divindades de acordo com sua
capacidade, com vários materiais, sem dúvida obtém, Oh Deveśi ! todos os frutos desejados.
10:106 – Quem realiza a adoração dos Devatās acima mencionados de acordo com os procedimentos
estabelecidos nos Śāstras, torna-se o favorito de Nós dois.
10:107 – Um Kaulika que, embora sendo capaz, não realiza a adoração do Śrī Cakra em dias especiais devido à
própria presunção, torna-se um Paśu das Yoginīs.
10:108 – Sem Kula Pūjā ninguém tem o direito no Cakra. Somente quem realiza Kula Pūjā regularmente pode
ser chamado Kaulika.
10:109 – As Divindades não são agradadas com adoração sem Yantra. Quem realiza Kula Pūjā
apropriadamente é um Kaulika e, Oh Kuleśi ! sempre desfruta do prazer da união da Yoginī e Vīra.
10:110 – Mesmo as pessoas inferiores, uma vez que elas realizam a Kula Pūjā com devoção, elas obtêm um
destino superior; então, o que dizer dos duas vezes nascidos?
10:111 – Portanto, em todas as condições, como todos os esforços, e sempre, deve-se realizar a adoração Kula
devido à realização de todos os desejos.
10:112-117 – Não há maior Sacrifício do que a Kula Pūjā, nem maior Observância do que a Kula Pūjā, nem
maior Austeridade do que a Kula Pūjā, nem maior Caridade do que a Kula Pūjā, nem maior Ritual do que a
Kula Pūjā, nem maior Conhecimento do que a Kula Pūjā, nem maior Conforto do que a Kula Pūjā, nem maior
Dharma do que a Kula Pūjā, nem maior Fruto do que a Kula Pūjā, nem maior Dhyāna do que a Kula Pūjā, nem
maior Teja (Brilho) do que a Kula Pūjā, nem maior Yoga do que a Kula Pūjā, nem maior Estado do que a Kula
Pūjā, nem maior Destino do que a Kula Pūjā, nem maior Adoração do que a Kula Pūjā. Oh Kulanāyike ! eu
juro por Você que não há nada, nada e novamente nada maior do que a Kula Pūjā. Por que falar mais? Ouça,
Oh Pārvati, sobre este segredo: Saiba que eu sento junto de quem realiza a Kula Pūjā de acordo com os
procedimentos prescritos nos Vedas e nos Śāstras. Eu não vivo em outro lugar. Esta é a verdade, a verdadeira
verdade, e novamente verdade, não há dúvida disto.
10:118-119 – Para a proteção do Kula, Oh Devī ! eu apontei cem bilhões de Yoginīs e o mesmo número de
Bhairavas que constantemente rondam nos céus, sobre a Terra, nos Quadrantes e nas Águas, nas montanhas e
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nas florestas. Oh Pārvati ! todos estes, sendo agradáveis ao Sādhaka, diariamente com um desejo de serem
adorados.
10:120-122 – Quando não adorados eles destroem aqueles infiéis, os déspotas mal educados e aqueles que
divulgam os segredos do Dharma. Quando adorados eles protegem os devotos do Guru, os de bom caráter e
guardadores dos segredos do Dharma. Daí, quem não lembra as Yoginīs e os Bhairavas em um Śrī Cakra,
aquele tolo se torna um Paśu das Yoginīs. Portanto, deve-se sempre lembrar todos os Devatās em um Śrī
Cakra. Não há dúvida de que as Yoginīs mostram gentileza para com o Sādhaka.
Seis Favores
10:123 – Oh Devī ! Ouça ! Estou descrevendo a natureza dos Favores em suas ordens apropriadas.
10:124 – Em seu próprio favor e para o favor de outros, deve-se, junto com o Cakra Pūjā, com puros Dravyas,
dar presentes e vasos para as oblações individualmente para cada pessoa. Então, adore a Śakti residente no
Varṇa (Bīja) e enfeite com todos os tipos de ornamentos. Sempre esteja alegre e todos os outros também
ficarão alegres.
10:125 – Devotadamente adore Gaṇeśa com fragrância e flores e também ofereça comestíveis consistindo de
arroz cozido em leite adoçado, ghee e arroz.
हसख फ्रें हेसौं (ह्सौं) डा डीं डमलवरयल श्रीं पाडु का हेसौं (ह्सौं) हसख फ्रें
10:126-127 – hasakha phreṁ hsauṁ ḍāṁ dīṁ ḍamalavarayūṁ śrī pāḍukāṁ hasauṁ hasakha phreṁ | (*) ou
“hesauṁ”.
10:128-129 – Mentalmente deliberando sobre o objetivo desejado, deve-se adorar individualmente todo mundo
com fragrância, flores e três tipos de doce (mel, açúcar e manteiga clarificada). Em seguida o Sādhaka deve
orar para a realização de seus desejos. Oh Senhor da Face de Lótus ! assim todos os desejos de um Sādhaka são
realizados.
10:130-132 – Para a sua própria segurança e para a proteção dos outros, para a destruição das doenças, para
obtenção de filhos, para a cativação dos outros, para o bem estar e para a frutificação de Dharma, Artha e
Kāma, deve-se adorar por uma semana ou por catorze dias. Ou outro, os desejos são realizados depois de 21
dias.
10:133-134 – Em um Maṇḍala associado com Kulāṣṭaka e junto com 64 Divindades, deve-se oferecer
separadamente roupas e ornamentos. Em seguida, por uma adoração cuidadosa, vários tipos de desejos são
realizados. Se um Sādhaka quer a realização de seus próprios desejos, ele deve ser um perdulário (no sentido
de dar o melhor durante esta Pūjā).
10:135 – Assim foram descritos os seis tipos de favores. Os Sādhakas, para a realização de seus desejos, devem
realizar esta adoração com cuidado.
10:136 – Com meditação adore as Dākinīs etc. Depois da adoração ele deve novamente adorar Saptamī Devī
da seguinte forma para todas as realizações.
10:137 – Com este Mantra (segue abaixo) ele deve oferecer a guirlanda. As Dākinīs devem ser meditadas com
os seguintes stanzas (segue abaixo).
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10:144 – Estes são os Stanzas para a meditação das Dākinīs. Oh Kuleśānī ! Assim eu descrevi a Você o
procedimento de adoração nas ocasiões especiais. Agora, o que mais Você quer saber?
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कुलार्णव तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
________________________________________________________
एकादश उल्लासः
ekādaśa ullāsaḥ
Décimo-Primeiro Ullāsa
________________________________________________________
11:1 – Oh Kuleśa ! Eu quero ouvir sobre a Ordem do Kulācāra, o qual é adorado por todo mundo. Oh Meu
Senhor ! Oh Oceano de Compaixão ! amavelmente me fale sobre isso.
11:2 – Ouça, Oh Devī ! Estou falando sobre o que Você me perguntou. Por meramente ouvir isto a pessoa se
torna Livre da escravidão animal.
11:3 – Se um iniciado e pessoa antiga é excluída da Kula Pūjā, então a pessoa mais nova, se ele conhecer a
Ordem, deve realizar a Kula Pūjā.
11:4 – Aproximando-se de tal pessoa, deve-se saudá-lo com um Guru, oferecer a ele tudo e tomar o restante.
11:5-6 – No meio da adoração de um Guru, um mais velho, ou uma pessoa venerável vem, então o Sādhaka
deve completar as formalidades de Saudações etc., e, obtendo sua permissão, prosseguir. Quando os mais
velhos e os mais jovens (em experiência) se reúnem, a formalidade entre eles, Oh Kulanāyike ! é estabelecida
assim.
11:7 – No momento em que chega um Kaulika desconhecido, deve-se observar as formalidades tradicionais e
lembrar seu Gurudeva oferecendo libações de água de acordo com a própria prática.
Momento de adoração
11:8 – A adoração diária deve ser realizada durante o dia, enquanto que as ocasionais se deve realizar de noite.
Ambas são rituais desejáveis – assim foi declarado pelos Śāstras.
11:9 – Sem banho, sem sentar em um assento apropriado, ou depois de comer, ou enquanto fala, ou sem adorar
a si mesmo com roupas apropriadas, ou sem realizar nyāsas no corpo, não se deve fazer a Kula Pūjā.
11:10 – Oh Minha Amada ! a Pūjā sem Mantra, Tarpaṇa, sem Māṁsa e sem bebida, sem Śaktis, diz-se que é
sem frutos.
11:11 – Não se deve realizar a adoração de Śrī Cakra sozinho nem adorar no mesmo vaso, nem adorar com
uma mão, nem beber com outra.
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11:12 – A adoração com Matsya, Māṁsa e Āsava não deve ser feita junto a um Paśu. O Sādhaka deve entra no
Cakra somente depois das Saudações e sair somente depois das Saudações.
11:13 – Oh Minha Amada ! No Śrī Cakra não se deve se sentar e nem se manter parado na postura Vīrāsana.
Oh Devī ! a visão do próprio Śrī Cakra destrói todos os pecados. Se um Kaulika é incapaz de ver o Śrī Cakra,
então seus dois olhos não são olhos e se tornam como duas feridas.
11:14 – Até mesmo o comportamento das Śaktis e dos Kaulikas sentados em um Cakra se tornam apropriados.
Oh Devī ! eles devem ser tratados como Gaurī e Śiva, e não devem ser desrespeitados.
11:15 – Se alguém for para a casa de um Kulācārya, ele deve então, com o propósito de se livrar dos pecados,
devotamente solicitar por néctar e nesta ausência de bebida, somente água.
11:16 – Saudando o vaso oferecido pelo Kulācārya, deve-se receber o vaso com devoção, caso contrário ele vai
para o inferno.
11:17 – Quem se refugia no Kuladravya sem banho, sem devoção ou por ganância, ele, Oh Kuleśvarī ! cai em
pobreza.
11:18 – Usando um turbante ou vestuários adaptados, ou quem está nu, ou quem está com os cabelos
desgrenhados, quem está em companhia de outras pessoas, ou está discutindo, inquieto, ou com raiva, não deve
beber o Kulāmṛta.
11:19 – Quem une vinho de um vaso cheio de vinho, o qual passa por muitas mãos ou que contém os restos de
vinho, ou do qual foi bebido através da sucção, recebe a curse dos Devas.
11:20 – Oh Minha Amada ! todos aqueles que se sentam no mesmo assento, que comem do mesmo vaso, e que
bebem Dravyas do mesmo pote, vão para o inferno.
11:21 – Oh Maheśāni ! Se o Guru, ou seu filho, ou seus descendentes, vivem no mesmo vilarejo ou povoação
onde o Sādhaka também vive, então tal Sādhaka deve repartir os Kula Dravyas somente depois de sua
permissão. Caso contrário o Sādhaka irá para o inferno.
11:22 – Oh Pārvati ! em um Kula não se deve tocar os Kula Dravyas com mãos sujas. Somente depois de lavar
suas mãos fora do Cakra se deve dar os Kula Dravyas aos outros.
11:23 – Oh Minha Amada ! um Sādhaka não preenche o vaso pelo levantamento do recipiente do vinho e
nunca deve derramar o vaso que ele está bebendo naquele recipiente.
11:24 – Com o objetivo de se limpar, quem lava suas mãos etc., no meio do Cakra, aquele tolo é alcançado por
calamidades.
11:25 – Quem se alivia, urina ou solta gases no meio do Cakra se torna um Paśu das Yoginīs.
11:26 – Oh Minha Amada ! para pacificar os pecados incorridos no evento de quebrar um pote ou de seu
derramamento no chão, ou de apagar uma lamparina no meio de um Cakra, o Śrī Cakra deve ser adorado
novamente.
11:27-28 – Oh Minha Amada ! o sábio no Cakra realiza Japa e Dhyāna, recita Stotras, saúda, prega, mostra
curiosidade e se delicia. Por outro lado, Oh Minha Amada ! os ignorantes ficam intoxicados, vagam e rugem,
riem e brigam, choram, desejam por senhoras e falam mal dos outros.
11:29 – Brincadeiras, inúteis e excessivas conversações, sofrimento, medo e raiva, são proibidos em um Cakra.
11:30 – Oh Mahādevi ! não se deve andar no Cakra com um pote de bebida nas mãos. Oh Minha amada !
mantendo o vaso cheio de vinho em suas mãos, não se deve ficar sentado indefinidamente.
11:31 – Oh Ambike ! enquanto se mantém o vaso de bebida em suas mãos, não se deve indulgirá em
conversações inúteis. O recipiente do vinho não deve ser nem quebrado e nem tocado pelos pés, nem gotas de
vinho devem ser derramados no chão.
11:32 – O recipiente de vinho não deve ser oferecido com uma mão ou sem Mudrā. O vaso não deve ser nem
removido de seu local nem misturado com outros.
11:33 – Nem se deve produzir um som enquanto se bebe o vinho e nem produzir qualquer som enquanto se
enche. O vaso não deve ser nem colocado com outros nem derramado.
11:34 – O pote não deve nem ser levantado junto com seu suporte e nem mantido separado de seu suporte. Oh
Minha Amada ! o pote não deve ser completamente esvaziado e nem girado.
11:35 – Oh Minha Amada ! não se deve nem saltar sobre o pote e nem levantá-lo. Deve-se esconde-lo muito
bem depois de limpo. Oh Parameśvari ! esta é a prescrição.
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Deveres de um Sādhaka
11:39 – No meio de um Cakra não se deve entrar em controvérsia até mesmo com um inimigo; ao contrário,
deve-se trata-lo como um pai ou mãe até mesmo suportando suas palavras difíceis.
11:40 – Aquele prazer que decorre de se ver os membros de sua própria família, ou seus amigos, se decorrido
por uma pessoa que vê um Kaulika, então aquela pessoa se torna um favorito das Yoginīs.
11:41 – Quem tem tal atitude definida como “De Brahmā à base, todo mundo é, para mim, como a prole de
meu Guru e eu sou um discípulo de todo mundo; quem sobre a terra não é favorável a mim”, ele se torna um
favorito de Nós dois.
11:42 – Quem se orgulha em pensamento “eu sou um Guru, eu sou um mais antigo, eu sou o conhecedor da
Verdade”, nunca pode ser um Kaulika.
11:43 – Oh Devi ! com devoção, prefixando a palavra Śrī antes do nome do Guru, os Kulaśāstras e os locais de
adoração, deve-se saudar estes e falar sobre suas glórias.
11:44 – Oh Minha Amada ! exceto durante o Japa, não se deve pronunciar o nome de seu Guru e descreve-lo
com exclamações como Śrīnātha, Deva, Svāmī etc.
11:45 – Oh Deveśi ! exceto ao próprio discípulo, o Śrī Guru Pādukā, o Mūla Mantras e o seu próprio Pādukā
não devem ser revelados a ninguém.
11:46 – A Tradição, Āgama, Āmnāya e Mantrācāra etc., são efetivos somente quando obtidos da boca de um
Guru, não o contrário.
11:47 – Oh Minha Amada ! o livro original que comporta o Śrī-Śāstra não deve ser dado aos outros. Tal Livro
também deve ser adorado com devoção e nunca passado aos Paśus.
11:48 – Oh Pārvati ! deve-se servir ao Kulaśāstra como se fosse sua própria esposa e evitar os Paśuśāstras
como se fossem as esposas de outras pessoas.
11:49 – Assim como o leite contido dentro do próprio corpo é intragável para um Dvija (o duas vezes nascido),
semelhantemente as religiões predicantes da boca do Paśu não valem a pena serem ouvidas por um Kaulika.
11:50 – Aqueles que ouvem o Kulācāra e falam de acordo com os Śāstras alcançam a proximidade de Yoginī-
Vīra.
11:51 – Oh Kuleśvarī ! aqueles que não têm fé neste Kula Dharma são incapazes de se livrarem do inferno até
mesmo no final da dissolução.
11:52 – Ūḍhā (casada), Dhṛtā (guardada), Krītā (comprada), Samahṛtā (vinculada por laços de amor) e
Kāmaratā (apegada através do desejo sexual), são os cinco tipos de esposas de um Guru. Como o próprio Guru
todas estas são invioláveis e veneráveis.
Mulheres Proibidas
11:53 – Não se deve desejar para Guru-śakti, Vīra-patnī (esposa de um Vīra), Kumārī (virgem), Vrata-dhāriṇī
(devotada às Observâncias e aos Votos), Vyaṅgāṅgī (desprovida de algum membro), Vikṛtāṅgī (deformada) e
Kubjikā (corcunda).
11:54 – Filha, irmã, neta, nora e a amada esposa não devem ser mostradas ao Guru.
Mulheres veneráveis
11:55 – Kṛṣṇāṁśukā, Kṛṣṇavarṇā, Manoharā e jovens virgens devem ser adoradas como Divindades.
11:56 – A Kula Yoginī não deve ser injuriada forçosamente. Em um Cakra, Oh Kula Sundarī, deve-se desejar
somente aqueles que são auto agitados.
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11:57-58 – Carne crua, Surā (vinho), Kumbha (pote), elefante no calor, alguém trazendo símbolos de
Realizações, a árvore Aśoka, virgens em oração, campo de cremação, grupo de senhoras, mulher usando
roupas vermelhas – todos estes quando vistos devem ser adorados com devoção.
Ações proibidas
11:59-62 – A Śakti do Guru, o filho do Guru, os Kula Sādhakas mais antigos e mais jovens, os Śāstras da
Filosofia Kula, os Kula Dravyas, inspiradores, indicadores, representativos, videntes, professores e oradores
dos Kaulas, pessoas Yogīs e Yoginīs Siddhas, garotas, virgens, mulheres nuas ou insanas – nenhum destes
devem ser nem condenados, nem ridicularizados ou desrespeitados, nem deve se dirigir a tais pessoas de forma
rude ou falar inverdades. A Kula Strī (Senhora do Kula) não deve nunca ser chamada de feia ou negra.
11:63 – Ações cometidas ou não feitas pelos Vīras devotadas nunca devem ser examinadas e nunca se deve ver
nudeza, insanidade ou os seios nus de uma mulher. Nunca coabite com uma mulher durante o dia e nunca veja
sua vagina.
11:64-65 – Qualquer que seja a mulher ela deve ser trada como mãe. Ultrajar a pureza das mulheres irrita as
Yoginīs. Se uma mulher comete cem crimes ela não deve, ainda assim, ser atingida nem mesmo por uma flor.
As falhas das senhoras não devem nunca ser contadas e suas qualidades sempre devem ser divulgadas.
Sobre as Kula-Vṛkṣas
11:66 – As Kula Yoginīs sempre moram nas Kula Vṛkṣas (árvores do Kula). Portanto, não se deve comer sobre
as folhas de tais árvores e elas devem ser adoradas especialmente.
11:67 – Não se deve nem dormir sob as Kula Vṛkṣas e nem criar qualquer perturbação sob elas. De outra
forma, vendo ou ouvindo sobre tais árvores, deve-se saudá-las com devoção e nunca cortá-las.
11:68 – Śleṣmātaka (Cordia Latifolia), Karañja (Pongamia Glabra), Nimb ou Nīma (Azadirachta Indica),
Aśvattha (Ficus Religiosa), Kadamba (Nauclea Cadamba), Bilva (Aegle Marmelos), Vaṭa (Ficus Indica),
Uḍumbara (Ficus Glomerata), Tintidi (Tamarinda) sãos as 9 Kula Vṛkṣas
11:69 – Prāyaścita (penitência), Bhṛgupāta (cometer suicídio se jogando de um precipício), Sanyāsa (renúncia),
Vrata-dhārana (se ocupar com as observâncias), e Tīrthayātrā (peregrinações) são as cinco ações proibidas para
um Kaula.
11:70 – Vīrahatyā (assassinato de um Vīra), Vṛthā-pāna (beber em vão), copulação com a esposa de um Vīra,
roubar os Vīra Dravyas e associação com os Vīra Dravyas são os cinco pecados para um Kaulika
Ações pecaminosas
11:72 – Quem ridiculariza o Devatā, o Guru, o Siddhācāra dos Śāstras, quem rouba fatos científicos e é
inimigo do Guru se torna um Brahma Rākṣasa (o fantasma de um Brahmaṇe que levou uma vida profana).
11:73 – Oh Minha Amada ! Aqueles que distorcem as palavras de um Guru, que desrespeitam os Vīras, que
usam palavras duras contra o Guru, que derrotam um Vīra em briga, e que diminuem os Kula Śāstras, também
se tornam um Brahma Rākṣasa.
11:74 – Quem desafia o Guru que dá o Ekākṣara (Mantra), vaga em centenas de espécies e por último ele se
torna um Cāṇḍāla.
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11:75 – Aqueles que condenam a mãe dos outros, o pai, a esposa, irmão, parentes, filhos e família, devem ser
mortos sem um segundo pensamento.
11:76-77 – Oh Kuleśvarī ! para a proteção do Guru, Devatā, Kaulika, Kulāgama e Kuladharma, quem morre
depois de matar um difamador, imerge em Parama Śiva.
11:78 – Onde existe bem estar de muitos pela morte de uma má pessoa, o assassinato de tal má pessoa é
considerada uma ação meritória.
11:79 – Quer sejam auspiciosos ou inauspiciosos, os assuntos do Śrī Cakra não devem ser revelados. Oh
Parameśvari ! assim foi ordenado.
11:80 – Oh Minha Amada ! o assunto do Kula Dharma nunca deve ser discutido com Paśus, assim como os
Vedas não devem ser recitados diante de um Śūdras.
11:81 – Pīṭha-kṣetra, Āgama, Āmnāya, suas ciências e praticas, a descrição dos Kaulikas e dos Kula Dravyas,
não deve ser dado aos Paśus
11:82 – Oh Minha Amada ! assim como alguém protege sua riqueza e bens materiais de ladrões etc., assim se o
Kula Dharma deve ser protegido dos Paśus.
11:83 – Kaula pelo coração, na aparência um Śaiva, e um Vaiṣṇava no meio de homens comuns, desta forma,
Oh Devi ! como a água no côco, um Kula deve ser mantido em segredo.
11:84 – Oh Devī ! o Kula Dharma deve ser mantido em segredo em todas as condições, sempre e em todos os
lugares, como uma mulher que mantém em segredo a sua concepção de seu amor.
11:85 – Os Vedas, Śāstras e Purāṇas são claros como as prostitutas, mas esta Śāmbhavīvidyā (ciência sobre
Śiva) é secreta como uma nora.
11:86 – O Devatā mostra gentileza e concede os Siddhis desejados para os bem ocultos Kaulikācāra, mas
destrói aqueles que os divulgam.
11:87 – Oh Kuleśi ! os conhecedores do Kulaśāstra e os devotados à Kula Pūjā, que servem a Você
silenciosamente, obtêm residência junto a Você.
11:88 – O sábio deve divulgar o Guru e com esforço manter o Mantra em segredo. Revelando o que não deve
ser revelado, ele destrói tanto a riqueza quando a duração da vida.
11:89 – O degradado de outros Ācāras pode tomar abrigo do Kulācāra; mas aqueles degradados do Kulācāra
vão para o inferno chamado Raurava.
11:90 – Os caminhos de elevação dos grandes pecadores estão prescritos nos Śāstras, mas os caminhos de
elevação dos degradantes do Kula não são visíveis em nenhum lugar.
11:91-94 – Tomando abrigo no Kula Dharma, se alguém não segue suas práticas, então tal pessoa, um grande
pecador de comportamento imprudente, é atormentado por calamidades, pecado, doenças, pobreza, conflitos e
medo da raiva das Yoginīs a cada passo. Atormentado e ridicularizado por todo mundo, tal pessoa, rejeitado
por todos, vaga de país em país. Todas estas ações trazem perda para ele e aqui também as Śākinīs, que são as
protetoras do Caminho do Kula, o devoram, porque Eu mesmo peço para elas fazerem isto.
11:95 – Portanto, Oh Devī ! pessoas de boa conduta, por si sós, tornam-se as favoritas das Yoginīs, e aquelas
que não seguem as práticas dos quatro Vedas são destruídos por elas.
11:96 – Quem trata o Pādukā por si só como a essência é controlado por boa conduta. Somente pela boa
conduta se pode obter o encontro de Yoginī-Vīra. Por fazer qualquer coisa contrária, um Kaulika renasce no
mundo animal.
11:97 – Isto é comprovado pelas regras prescritas que o Kaulika é destruído por sua má conduta, enquanto que
aderindo ao bem ele obtém Ājñā Siddhi. Esta é a verdade.
11:98 – Oh Kuleśvarī ! nem a consagração de Mantras, nem as ações virtuosas como a leitura dos Śāstras são
as bases do Kula Dharma.
11:99 – Oh Śāmbhavī ! ele sozinho é um Kaulika e devotado ao Samayācāra aquele que conhece o significado
de Parā Śrī Pādukā, as três Verdades e os Ācāras etc.
11:100 – A menos que um Sādhaka siga o Samayācāra, ele não pode se tornar um Kaulika. Se ele segue o
Samayācāra, então, em sua morte, ele obtém a emancipação.
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11:101 – A falta de Saṁskāras, o desrespeito às palavras do Guru e a desgraça dos Ācāras trazem a queda de
um Kaulika.
11:102-103 – A não existência de rituais diários e ocasionais, Dravyas, Mantra e Yantra, companhia de Paśus
não elegíveis, mistura de Mantras, divulgação deliberada e inadvertida de segredos são as faltas, Oh Minha
Amada ! cujos pecados trazem a queda.
11:104 – Considerando o momento, local, idade e capacidade monetária, o Guru deve dizer a penitência para
um discípulo pecador para a purificação de todos os seus pecados.
11:105 – O discípulo deve também se submeter às penitências prescritas pelo Guru. Ou então, Japa do nome do
Guru também é uma penitência para todos os pecados.
11:106 – Assim como Agni (fogo) purifica diretamente todas as impurezas do ouro, da mesma forma se deve
queimar todas as impurezas de suas más ações no fogo da Penitência.
11:107 – Por que dizer muito, Oh Pārvati ! Ouça este segredo: os Ācāras do Varṇāśrama são, por si sós,
capazes de conceder bons resultados.
11:108 – Oh Kuleśvarī ! O Guru deve instruir sobre os Ācāras por, no mínimo, três vezes. E se ainda assim o
discípulo não os seguir, então o Guru não permanece um pecador.
11:109 – Assim como o Rei carrega as faltas de seus Ministros, ou um marido carrega as faltas se sua esposa,
assim o Guru carrega os pecados de um Sādhaka. Não há dúvida disto.
11:110 – Oh Kuleśvarī ! assim Eu descrevi a Você, em brevidade, os métodos do Kulācāra. Agora, o que mais,
Oh Devī ! Você quer ouvir?
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कुलार्णव तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
________________________________________________________
िादश उल्लासः
dvādaśa ullāsaḥ
Décimo-Segundo Ullāsa
________________________________________________________
12:1 – Oh Kuleśa ! Eu quero ouvir sobre as características da devoção ao Pādukā e aos Ācāras associados com
ele. Oh Oceano de Compaixão ! Amavelmente, fale-me sobre isso.
Īśvara disse:
12:2 – Oh Devi ! Ouça, Estou falando o que Você me perguntou. Por meramente ouvir isto, a devoção surge
imediatamente.
Gloria do Pādukā
12:3 – Assim como no Mūlādhāra estão situados os Sūtras nascidos do Discurso, semelhantemente no Oceano
do Kula, o Conhecimento está fundamentado no Pādukā.
12:4 – Lembre deste Pādukā que rende infinitamente maiores méritos do que bilhões e bilhões de caridades,
bilhões e bilhões de grandes sacrifícios e bilhões e bilhões de grandes Observâncias.
12:5 – Oh Devi ! lembre deste Pādukā que rende infinitamente maiores méritos do que bilhões e bilhões de
Japa de Mantras, bilhões e bilhões de peregrinações e bilhões e bilhões de adorações.
12:6 – Se lembrado este Pādukā providencia proteção contra grandes doenças, grandes perturbações, grandes
males, grandes medos, grandes calamidades e grandes pecados.
12:7 – Se lembrado este Pādukā providencia proteção contra a má conduta, más conversações, más
companhias, mau alimento e maus pensamentos.
12:8 – Daí o Pādukā deve ser lembrado e conhecido. Quem lembra dele na ponta da língua e adora este Pādukā
obtém todos os seus desejos.
12:9 – Oh Devi ! quem adora este Pādukā com devoção, ele, obtendo liberação de todos os seus pecados,
obtém o último Estado.
12:10 – Quer ele mesmo seja puro ou impuro, aquele que, devotadamente, lembra o Pādukā, obtém sem
esforço os méritos, desejos e a Emancipação.
12:11 – Deve-se olhar diariamente na direção onde os Pés de Lótus do Guru está, e se curvar todos os dias com
devoção.
12:12 – Não há Mantra mais elevado do que o Pādukā, nem Deus mais elevado do que o Guru, nem Iniciação
mais elevada do que o Śākta e nem Mérito mais elevado do que o culto Kula.
12:13 – Na raiz de Dhyāna está a Forma do Guru, na raiz da Pūjā está os Pés do Guru, na raiz do Mantra está a
Palavra do Guru, e na raiz da Liberação está a Graça do Guru.
12:14 – Oh Kulanāyike ! neste mundo todas as ações sagradas são enraizadas no Guru. Portanto, o Guru deve
ser constantemente servido com devoção para todas as realizações.
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12:15 – Todos os medos de aflições, dor, avareza, ilusão, desorientação, existem somente conforme não se
obtém a proteção do Guru.
12:16 – Oh Deveśi ! todas as errâncias neste mundo, cheios de dor e de impureza, duram tanto tempo enquanto
não se tem devoção por um santo Guru.
12:17 – A beleza do Mantra carregado com todos os Siddhis (Realizações), o qual purifica e leva à Suprema
Verdade, está enraizada na Graça do Guru.
12:18 – Quando satisfeito e agradado, o Guru dá o Mantra; portanto, deve-se tentar agradá-lo com devoção,
riqueza, e até mesmo com sua própria vida.
12:19 – De fato, é somente quando o grande Guru dá seu próprio eu para o seu discípulo que ele se torna
liberado e livre de renascimentos.
12:20 – O discípulo deve adorar o Guru até ele ser agradado; pois uma vez que o Guru é agradado, todos os
pecados do discípulo são imediatamente destruídos.
12:21 – Até mesmo os frutos que as pessoas não esperavam em seu coração, até mesmo eles são realizados
pela Graça de um amável Senhor.
12:22 – Quando o Guru está satisfeito, então os Deuses como Brahmā, Viṣṇu, Maheśa, os sábios Yogīs,
também, sem dúvida, concedem suas Graças.
12:23 – Orientado pelo Guru compassivo que está agradado com devoção, o discípulo alcança a liberação dos
Karmas e se torna capaz de obter tanto a liberdade e a realização (de seus desejos).
12:24-25 – Oh Deveśi ! o discípulo deve, a partir de sua mente, de seu corpo, discurso e ações, agradar o Guru.
Oh Minha Amada ! se o Guru assim agradado diz “você está livre” então, de fato, o discípulo alcança a
Liberação.
12:26 – Ou de seu estado transcendente o Senhor na Forma de Guru liberta a pessoa do laço animal.
12:27 – Um Caturvedī não é Minha favorita. Se um Svapace (um intocável) for meu devoto, ele é Meu favorito
e, portanto, pode haver um dar e receber relação com ele porque ele é um venerável como Eu sou.
12:28 – Um Brahmaṇe possuindo as seis qualidades, se não devotado a Mim, não merece elogios. Por outro
lado, até mesmo um Mleccha desprovido de todas as qualidades, se devotado, ele é chamado de um discípulo.
12:29 – A austeridade, o aprendizado, o status da família e as observâncias de uma pessoa desprovida de
devoção ao Guru, são todos destruídos e parecem somente como que decorações que agradam somente aos
olhos do mundo.
12:30 – Um Cāṇḍāla, cujos pecados como os maus pensamentos etc., são queimados no fogo da devoção ao
Guru, deve ser considerado superior e venerável, mas um ateu não é uma pessoa sábia.
12:31 – Quem tem completa, estável e constante devoção no Guru, por que deve ele se preocupar sobre o
Dharma, Artha e Kāma? Até mesmo Mokṣa está na palma de sua mão.
12:32 – Para quem devotadamente lembra ‘Meu Guru é o Próprio Śiva que concede a liberação e o desfrute’,
para ele a realização não está distante.
12:33 – Oh Kuleśvarī ! todos os objetivos frutificam em quem tem suprema devoção para o Senhor e assim
como para o Senhor, assim também para o Guru.
12:34 – Assim para Nārāyaṇa, para Mahādeva, para a sua própria mãe e pai e para o Rei, assim é a devoção
para com seu próprio Guru.
12:35 – O Guru e sua esposa devem ser considerados como seus próprios pais, assim como também o
verdadeiro Nārāyaṇa e Lakṣmī, assim como Brahmā e Sarasvatī, assim como Śiva e Girijā são considerados
como seus parentes.
12:36 – Oh Minha Amada ! da forma como todos os Siddhis são obtidos pela devoção ao Guru, eles não
podem ser obtidos através de sacrifícios, caridade, austeridade, peregrinações e observâncias
12:37 – Oh Kulanāyike ! conforme a firme devoção para o Guru cresce, assim cresce o próprio conhecimento.
12:38 – Qual a utilidade em se passar pelas dores de longas peregrinações? Oh Deveśi ! a devoção a um santo
Guru é um serviço pelo qual nenhum premio pode pagar.
12:39 – Todos os frutos antecipados de austeridades que envolvem as dores físicas podem ser facilmente
obtidas pelo serviço desinteressado ao Guru.
12:40 – Os Śrutis declaram que, para aqueles que buscam por realizações e pela liberação, que aspiram
alcançar Brahmā, Viṣṇu e Īśa, a devoção ao Guru é somente o Caminho, e não outro.
12:41 – Como o fogo consumindo a pilha inteira de algodão, esta devoção queima em um momento todos os
Karmas inauspiciosos e os grandes pecados.
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12:42 – Saudações para aquela fé no Guru, o doador de todas as realizações, pelo qual até mesmo a lama, a
madeira e a pedra também produzem fruto sem falhas.
12:43 – Nem mesmo Yoga e nem Tapas, e nem mesmo o ritual de adoração frutificam; aqui neste Caminho do
Kula, livre de Māyā, somente a devoção se notabiliza.
12:44 – Quando o Universo inteiro é considerado como permeado pelo Guru, qual Mantra pode falhar em
frutos naquele campo do devotado?
12:45 – Vai para o inferno quem relaciona o Guru como um humano, o Mantra como meras letras e a imagem
como uma pedra.
12:46 – O Guru não deve ser tratado como um mortal. Se assim for feito, então nem Mantra e nem a Adoração
de uma Divindade terá sucesso.
12:47 – Quem associa o sagrado Guru com uma pessoa comum, quer em suas lembranças, quer em
conversações, todas as suas boas ações que são feita se tornam em más ações.
12:48 – Os pais, de fato, devem ser adorados com todos os esforços porque eles são a causa do nascimento.
Mas o Guru é que deve ser adorado de forma especial, pois é quem mostra o que é o Dharma e o que não é.
12:49 – De fato o Guru é o Pai, o Guru é a Mãe, o Guru é o próprio Deus Maheśvara. Quando Deus Śiva está
com raiva, o Guru é o salvador; mas quando o próprio Guru está com raiva, então não há salvação.
12:50 – Pela mente, pelo corpo, discurso e ação, faça o que é útil ao Guru. Se alguém faz alguma coisa
contrária para o seu bem estar, então, Oh Devī ! ele, nascendo como um inseto, vive em excrementos.
12:51 – Aqueles que traem o Guru com o corpo, dinheiro e vida são, sem dúvida, nascidos como germes,
insetos e moscas etc.
12:52 – Vem a morte em se abandonar o Mantra, pobreza ao se abandonar o Guru e o inferno Raurava em se
abandonar ambos, o Guru e o Mantra.
12:53 – Proteger o corpo para a segurança do Guru; adquirir riqueza para a segurança do Guru; esforçar-se para
o Guru mesmo sacrificando a própria vida.
12:54 – Palavras ásperas recebidas de um Guru devem ser recebidas como bençãos; até mesmo uma surra dele
deve ser tomada como um presente.
12:55 – Quaisquer que sejam os objetivos de satisfação e de comida que possa haver, eles devem, primeiro,
serem oferecidos ao Guru e, Oh Kuleśvarī ! sua sobras devem ser aceitas como presente.
12:56 – Na presença do Guru não se deve realizar nenhuma austeridade, nem jejuns, nem observâncias, nem
peregrinações e nem mesmo banhos purificatórios.
12:57 – Sendo um Śiṣya não se deve nem comandar o Guru e nem se dirigir a ele no particular. Nem negócios
como dar e tomar ou vender e trocar devem ser feitos com o Guru.
12:58 – Oh Īśvarī ! não se deve entrar em discussão com um ateu que deve ser evitado à distância; nem mesmo
se deve sentar em sua companhia.
12:59 – Oh Ambike ! quem adora os outros na presença do Guru vai para o terrível inferno e sua adoração
também se torna infrutífera.
12:60 – Quem mantém os pés de lótus do Guru sobre sua cabeça não deve sustentar qualquer outro fardo e
sempre agir de acordo com seu comando, pois o Guru é, de fato, o comando.
12:61 – Seja o que for difícil sobre Mantras e Āgamas deve ser reportado ao Guru e aceitar somente o que for
aprovado por ele. O restante deve ser rejeitado.
12:62 – Não se deve rejeitar os mistérios de seu próprio Śāstra aos outros. Quem assim faz, sem dúvida, se
torna um degradado do Samayācāra.
12:63 – Sinta-se um com o Guru e não com outro. Oh Kuleśvarī ! faça o bem a todos assim como a si próprio.
12:64 – Servir por si mesmo, servir por servir, servir por honra e servir pelo sentimento de felicidade são os
quatro tipos de serviços ao Guru. Oh Devi ! o Guru deve ser agradado com a mente dedicada ao seu serviço.
12:65 – Quem se dedica ao serviço do Guru, Devatā e Mahātmās obtém, sem dúvida, a cada passo, o fruto do
sacrifício Aśvamedha.
12:66 – Oh Minha Amada ! somente pelo serviço ao Guru se pode obter Sua Graça. Se o serviço for
acompanhado pela feliz devoção, ele realiza todos os desejos.
12:67 – Oh Minha Amada ! o serviço ao Guru destrói todos os pecados, aumenta os méritos e frutifica todas as
ações.
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12:68 – Qualquer coisa amada, deve-se primeiro ser oferecida ao Guru. Quem adora seu Guru, então os
méritos obtidos não podem ser contados.
12:69 – O Serviço feito com devoção de acordo com os meios da pessoa, tem o mesmo mérito quer seja pouco
ou muito, quer feito pelo rico ou pelo pobre.
12:70 – O Śiṣya que dá sua riqueza inteira para o Guru, mas sem devoção, não obtém frutos daí, pois, de fato, a
devoção é a única causa.
12:71 – Se o Guru deseja nenhuma riqueza, então não se deve participar dela. Se tal partilha for necessária,
deve-se sempre ser com sua permissão.
12:72 – Se alguém precisa utilizar uma quantidade igual à metade ou até mesmo de um quarto de gergelim
daquele que pertence ao Guru, é nada senão ganancia ou ilusão que resulta em uma vida de vinte e um anos no
inferno.
12:73 – Quem se apropria até mesmo de uma fração daquilo que pertence ao Guru, a menos que ele mesmo o
tenha dado, nasce no mundo animal onde os devoradores de carniça o devoram.
12:74 – Desejosos de coisas pertencentes ao Guru, e que intentam desejando a esposa do Guru, são
desgraçados e para eles não há penitência.
12:75 – Desobedecendo as ordens do Guru, a discrição sobre sua riqueza, indulgindo e comportamentos
desagradáveis – tudo isto é traição ao Guru. Quem assim faz é um pecador.
12:76 – Deve-se utilizar até mesmo a sua riqueza somente depois de oferecê-la ao Guru. Quem dela se utiliza
sem assim oferecer é como o pecador do Brahmanicida.
12:77 – Quem prejudica a posição do Guru, sua Tradição e seu Dharma, deve ser esquecido pelos Gurus e
receber punição até mesmo da morte.
12:78 – A ruina se segue à raiva ao Guru; o pecado à traição ao Guru; a má morte à crítica ao Guru, e a
catástrofe ao desprazer ao Guru.
12:79 – Pode ser possível para um homem que entrou no fogo permanecer vivo; possível também para ele
permanecer vivo depois de beber veneno, ou até mesmo quando ele é capturado pelas mãos da morte; mas não
é possível se ele ofendeu o Guru.
12:80 – Oh Ambike ! não se deve emprestar seu ouvido para qualquer censura contra o Guru. Quando tal
crítica acontece, deve-se fechar seus ouvidos, sair de lá e lembrar o nome do Guru em reação a ele.
12:81 – Amigos, parentes, empregados e empregadas do Guru não devem ser desrespeitados; as tradições dos
Gurus, quer baseadas nos Vedas, escrituras ou Āgamas, não devem ser criticadas.
12:82 – As sagradas sandálias do Guru (Śrī Pādukā) são ornamentos; a lembrança de seu nome é Japa;
obedecer seus comandos é dever, e o serviço a ele é adoração.
12:83 – Ao entrar na casa do Guru, deve-se ser calmo em mente e devotado ao extremo. Deixe do lado de fora
seu veículo pessoal, sandálias, guarda-chuva, abanador, betel, colírio, maquiagem etc., e entre na casa do Guru
lentamente.
12:84 – Vendo as sandálias do Guru, seu assento, roupas, veículos, guarda-chuva e abanador etc., deve-se se
curvar a eles e não os desejar para si mesmo.
12:85-88 – Oh Ambike ! na presença do Guru, dos Yogīs, dos grandes centros de Realização, Peregrinações e
Āśramas, deve-se evitar a lavagem dos pés, banhos, unção com óleo, limpeza dos dentes, micção, vômito,
barbear, dormir, sexo, atrair a atenção, discurso áspero, ordenação, risada, choro, soltar o cabelo, o turbante ou
o manto, nudez, esticar as pernas, debate, rudeza, lançar culpas, contorção do corpo, produção de notas
musicais do corpo, batidas de mãos, jogar dados, entretenimentos, lutas e danças semelhantes. Se estas coisas
forem feitas, elas trazem a curse da Divindade.
12:89 – Em frente do Guru se deve se sentar com a devida forma; não se deve ir diante dele com algum desejo
especial; servir olhando seu rosto e fazer o que ele diz.
12:90 – Oh Minha Amada ! em serviço ao Guru – quer manifestado ou não pela pessoa – não se deve
descuidar. Deve-se honrar de coração e obedecer sem questionar.
12:91 – O Guru é a causa de todas as restrições e todas as sanções. O que vem de sua boca é escritura.
12:92 – Oh Minha Amada ! intensamente devotado ao Guru, não se deve delegar a outros o seu trabalho se ele
mesmo puder fazê-lo, mesmo se ele tiver empregados.
12:93 – Quer andando ou parado, dormindo ou desperto, fazendo Japa ou oferecendo oblações e adorando,
cumprir somente as injunções do Guru com seu ser interior morando nele.
12:94 – O Śiṣya não deve se orgulhar por conta de sua classe, aprendizado ou riqueza. Ele deve sempre estar
em serviço do Guru, sempre em sua presença.
12:95 – Desistir do desejo, da raiva, sendo humilde e devotado, louvando em espírito, sente no chão e faça o
seu trabalho.
12:96 – Quer engajado em seu trabalho pessoal ou em trabalho dos outros, o Śiṣya, conhecendo a mente do
Guru, seja, por sua vez, humilde e alegre de semblante.
12:97 – Se alguém faz atém mesmo coisas comuns na presença do Guru, o qual pode ter sido proibido por ele,
então o pecado por tais ações aumentam em bilhões de vezes.
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12:98 – Sem desrespeito, quem ouve com o rosto voltado contra o que o Guru diz, se benéfico ou o contrário,
vai para o inferno Raurava.
12:99 – Falar mentiras diante do Guru é cometer o mesmo pecado daquele de matar uma vaca ou um
Brahmaṇe.
12:100 – Oh Minha Amada ! Quem está longe do Guru, em perturbações, em qualquer lugar que vá, não deve
se afastar de suas orientações.
12:101 – Quando o Guru está sentado, não se deve sentar no mesmo nível o andar na frente dele, ou sentar
enquanto ele estiver de pé.
12:102 – A sombra da Śakti, a sombra de Deus e a sombra do Guru não devem ser cruzadas; nem se deve
deixar sua própria sombra cair sobre eles.
12:103 – Não se deve falar, ler, cantar, comer ou dormir sem a ordem do Guru ou sem se curvar para ele.
12:104 – Em obediência às ordens do Guru, pode-se até mesmo cometer centenas de Brahmanicidas. O Śiṣya
não deve acreditar em ninguém sem o comando do Guru.
12:105 – Oh Minha Amada ! todas as coisas devem ser feitas somente pelos comandos do Guru e sua esposa
nunca deve ser criticada. Oh Minha Amada ! com as mãos juntas se deve, devotadamente, curvar-se diante
dele.
12:106 – Depois de se curvar ao Guru, deve-se sair de sua casa com passos para trás, não se deve nunca se
sentar no mesmo assento no qual o Guru está sentado junto com seus colegas.
12:107 – Oh Devi ! Não se deve se sentar na presença da Divindade e do Guru. O mais elevado assento deve
ser dado ao Guru e os bons assentos aos mais velhos. Aos mais jovens devem ser dados assentos atribuídos e
aos outros o mesmo como a si mesmo.
12:108 – Quer a pessoa seja dotada com classe, aprendizado ou riqueza ele deve, ao ver o Guru à distância,
prostrar-se com alegria e então contorna-lo três vezes.
12:109 – Oh Minha Amada ! Portanto, de acordo com a ordem do Guru e o Param Guru, deve-se prestar
obediência três vezes, seis vezes ou doze vezes. Ele deve, em seguida, observar as devidas prioridades do Guru
e do Guru do Guru no oferecimento de obediência.
12:110 – Portanto, o Śiṣya deve se curvar ao seu próprio Guru e não deve considerar as ordens do Guru, neste
contexto (ou seja, mesmo se o Guru impeça o Śiṣya de prestar sua obediência, ele deve, ainda assim, observar
tais formalidades).
12:111 – Deve-se se curvar a tudo, desde o Devatā até a uma palha de grama, assim como para o Guru, mas
não se deve se curvar como para Deus aos ídolos feitos de ferro ou de barro.
12:112 – Deve-se saudar o Guru três vezes e uma vez para os mais velhos. Então, juntando as palmas das mãos
ao homenageado, deve-se cumprimentar os outros verbalmente.
12:113 – Oh Kulanāyike ! deve-se se curvar aos Deuses, ao Guru, aos Professores do Kula, aos mais velhos em
Conhecimento, ao rico em Tapas, ao mais elevado erudito e para aqueles que são firmes em seus Dharmas.
12:114 – Não se deve se curvar às mulheres inimigas, amaldiçoadas pelo Guru, ao erudito herege, ao ignorante,
ao praticante de coisas erradas, ao ingrato e ao transgressor dos objetivos dos estágios da vida.
12:115 – Enquanto permanecendo no mesmo local, se alguém come comida sem oferece-la ao Guru, então
aquela comida se torna impura e o próprio participante se torna um porco depois da morte.
12:116 – Vivendo no mesmo local, o Śiṣya deve se prostrar diante do Guru nas três junções do dia (manhã,
meio dia e entardecer). Um Śiṣya vivendo em um Krośa (duas milhas) sempre deve Saudar ao Guru
diariamente.
12:117-119 – O Śiṣya vivendo a cerca de um Yojana (uma antiga medida de distância) deve Saudar seu Guru
nos cinco dias Parva (dias cerimoniais). Oh Minha Amada ! Śiṣyas vivendo a doze Yojanas devem Saudar seu
Guru depois de tantos dias ou meses conforme forem os Yojanas. Um Śiṣya vivendo distante deve vir para o
seu Guru e devotadamente Saudá-lo depois de tantos meses, iguais ao número de Yojanas. Um Śiṣya que mora
tão distante, pode saudar seu Guru conforme sua conveniência.
12:120 – Não se deve se aproximar da realeza, da Divindade ou do Guru de mãos vazias. Deve-se oferecer
frutas, flores, roupas e semelhantes conforme a sua capacidade. Quem não age assim se torna um Brahma
Rākṣasa.
12:121 – A Śakti do Guru, filho do Guru e os irmãos mais velhos do Guru devem todos estar relacionados
como o próprio Guru.
12:122 – O conhecedor do Eu deve olhar para os mais jovens como seus próprios filhos. Oh Deveśi ! Os
parentes mais antigos e os mais jovens do Kulācārya devem ser Saudados como se fossem o próprio Guru.
12:123 – Mais velho no sacrifício, mais velho na ordem, mais velho no Kula, mais velho dos filhos do Guru,
estes são os quatro mais velhos.
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12:124 – Deve-se prestar obediência ao mais velho no sacrifício. Os restantes da ordem devem ser respeitados
com oito tipo de Yoga. O Guru e os Kula-vṛkṣas devem ser venerados da forma como pode ser prescrita.
12:125 – Para os mais velhos como o pai, a mãe e outros parentes dignos, deve-se expressar seus sentimentos
por se levantar, prostrar e assim por diante. É falha não agir assim.
12:126 – Mas, se alguém se mostra como o próprio Professor, então estas formalidades de se levantar e se
prostrar etc., tornam-se falhas em si mesmas.
12:127 – Alcançado o status de Senhor (Pati), quem saúda um Paśu é chamado de um grande animal e recebe a
curse dos Deuses.
12:128 – Quem alcança o status de um Guru por meditação no Pādukā deve ser, Oh Minha Amada ! estimado
dentre os mais antigos e os filhos como o próprio Guru.
12:129 – Assim eu falei a Você em breves palavras as características da devoção ao Pādukā. Agora, Oh
Kuleśānī ! o que mais Você quer ouvir?
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कुलार्णव तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
________________________________________________________
त्रयोदश उल्लासः
trayodaśa ullāsaḥ
Décimo-Terceiro Ullāsa
________________________________________________________
13:1 – Oh Kuleśa, Oceano de Néctar de Compaixão, Oh Deveśa ! amavelmente me fale das características do
Guru e do Śiṣya.
Īśvara disse:
13:2 – Oh Devi ! Ouça, Estou falando o que Você me perguntou. A devoção ao Guru surge por meramente
ouvir isto:
13:3-22 – Oh Kuleśvarī ! o Guru deve desistir de ter por discípulo quem descende de ímpios; quem é mau;
desprovido de boas qualidades; feio; o discípulo de outro; um herege; ineficaz; fantasia-se como instruído; com
o corpo mais ou menos, ou com os membros deformados; coxo; cego; surdo; sujo; abatido por doença;
excomungado; de boca suja; usando qualquer roupa que ele goste; de membros mal formados, movimentos,
andar, discurso e olhar; sonolento; apático; preguiçoso; apegado a vícios como jogos de azar; sempre se
escondendo por trás de armários, paredes ou pilares; inferior; desprovido de sinais externos de devoção,
embora com devoção interna; dado ao exagero do discurso; seco; exilado; que apenas provoca os outros;
astuto; impuro em relação à riqueza e à esposa; dado à realização do que é proibido e negligenciando o que
deve ser realizado; divulgando segredos; destruindo o que deve ser realizado; como um gatuno; vacilante,
decepcionante; sempre procurando falhas nos outros; conhecedor de magia; ingrato; escondendo o que está ao
alcance; traiçoeiro; desleal aos seu mestre; pecaminoso; desconfiado; sempre em dúvida; não aspirando por
realização; criminoso; querendo levar vantagem; raivoso; dando falso testemunho; enganador; orgulhoso de
que ele é o melhor de todos; não verdadeiro; cruel; indecente no discurso; tagarela; de objetivo errado; de
raciocínio errado; amante de briga; repreendendo outros sem razão; tolo; instável; aborrecido; caluniando
pessoas por trás e falando bem pela frente; falando como um Brahmaṇe (embora sem aquele conhecimento);
plagiador; laudatório; invejoso de boas qualidades; injurioso; perturbado; passional; tagarela; dado a más
companhias; condenado de tudo; áspero; irritando os outros; transgredindo os costumes; falando os males de si
mesmo; traidor de seu mestre; enganador de si mesmo; glutão e sensual; ladrão; dado a um modo animal;
odiando, rindo, sofrendo, dado a raiva sem qualquer motivo; rindo excessivamente; inativo; satírico;
libidinoso; despudorado; incitação a atividades falsas e más; dado ao ciúme, à intoxicação, à inveja, ostentação,
egoísmo, com a mente em ciúme, áspera, cruel, mesquinha e raivosa; instável; miserável; covarde; fraco;
entorpecido; aflito; adormecido em inteligência; estúpido; perplexo; dominado por atenção; um amante;
desejoso e ganancioso; miserável; descontente; implorando por qualquer coisa; comendo em profusão;
vagando; criando confusão; desonesto; desprovido de devoção, de fé, de compaixão, de paz e de conduta
correta; fazendo brincadeira das palavras de seus pais, de seu Guru e dos sábios e santos; criando aversão em
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torno dos ingredientes da adoração do Kula e também soberbo de servir ao Guru; raiva de mulheres; falhando
com a tradição; amaldiçoado por um Guru. Tais Śiṣyas devem ser rejeitados.
13:23-30 – Oh Kuleśani ! o discípulo escolhido deve ser alguém dotado com auspiciosas características; dado à
Sādhanā que leva ao Samādhi; de boas qualidades e cultura; limpo de corpo e de aparência; sábio; devotado ao
Dharma; puro de mente; firme nas observâncias; de práticas verdadeira; dotado com fé e devoção; diligente;
comendo esparsamente; de pensamento profundo; servindo sem motivo; investigativo; heroico; livre de
pobreza de mente; habilidoso em todas as ações; limpo; agradecido a todos; crente em Deus; liberal; engajado
no bem a todas as criaturas. Ele deve ser alguém que tem fé em modéstia; que não é dado ao engano em
questões de riqueza, corpo, etc.; alcança o impossível; é bravo; entusiástico e forte; engajado em atividades
favoráveis; não intoxicado; hábil; caridoso; verdadeiro; limitado e sorridente em discurso; não dado a culpar os
outros; que compreende o que é dito uma única vez; inteligente; expansivo em inteligência; avesso a ouvir
louvores de si mesmo e simpático em ouvir as críticas dos outros para com ele; mestre de seus sentidos;
contido; inteligente; celibato; livre de preocupações, de doença, de inconstância, de aflição, de ilusão e de
dúvida.
Características do Guru
13:31-37 – Ele deve ser alguém apaixonado em meditação, em louvor e em falar do Guru, adoração e
prostração à Divindade; bem devotado ao Devatā Guru; adorador da Śakti; sempre na proximidade do Guru;
agradando o Guru; constantemente bem engajado em sua frequência por mente, discurso, corpo; adotando
comando do Guru; espalhando a Glória do Guru; conhecendo a autoridade da palavra do Guru; ocupado no
serviço ao Guru; segundo a mente do Guru; funcionando como um empregado; livre de orgulho de classe,
honra, riqueza na presença do Guru; não modificando a riqueza do Guru; aspirando por seus favores; afeiçoado
pela narrativa do Kuladharma dos Yogīs e das Yoginīs e um praticante do Caminho Kaula; engajado no culto
Kaula e semelhantes; não afugentado em desgosto dos ingredientes do culto Kula; engajado em Japa, Dhyāna
etc., aspirando pelo Caminho de Mokṣa; amante das Escrituras Kaulas; avesso as textos da classe paśu. O Guru
deve adotar Śiṣyas que possuem estas qualidades.
Características do Guru
13:51-52 – Oh Minha Amada ! Śiva é realmente onipresente, sutil, acima da mente, sem características,
imperecível, da forma do éter, eterno, infinito; como pode então ser adorado? Isto é porque, compassivo por
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todas as criaturas Śiva toma a forma do Guru, e quando assim adorado com devoção, Oh Devi ! concede a
liberação e a realização.
13:53-56 – Śiva não tem forma, Śiva não é percebido pelos olhos humanos; portanto, Ele protege o discípulo
conforme o Dharma na forma do Guru. O Guru é ninguém mais do que o supremo Śiva revestido em uma pele
humana; ele anda sobre a terra ocultado para conceder graça sobre os seus discípulos. Embora sem forma, Śiva,
o reservatório de compaixão, toma uma forma para a proteção dos bons devotos e age no mundo como se ele
fosse um chefe de família. Ele esconde seu olho sobre a testa, sua lua crescente e suas duas mãos e funciona na
forma do Guru sobre a terra.
13:57-63 – O Guru não é outro além de Śiva sem Seus três olhos, Viṣṇu sem Seus quatro braços, Brahmā sem
Seus quatro rostos. Para ele que está carregado com Karma pecaminoso, o Guru parece como um ser humano;
mas para quem cujo Karma é duvidoso, meritório, o Guru parece como Śiva. O menos afortunado não
reconhece o Guru, corporificação da Suprema Verdade, mesmo quando o vê face a face, assim como o cego
diante do Sol nascente. Verdadeiramente, o Guru não é ninguém mais do que Sadāśiva; que é a verdade; não há
dúvida disto. O próprio Śiva é o Guru; caso contrário que é que dá a realização e a liberação? Não há diferença
entre Deus Sadāśiva e o Guru; é pecado fazer qualquer distinção. Ele é o Guru porque tomando a forma do
Preceptor, ele corta à parte todos os laços do paśu e o leva ao supremo estado. Reservatório de compaixão,
Īśvara, sendo a fonte de toda a Graça, toma a forma do Guru e liberta o ‘animal’ por sua Iniciação.
13:64-66 – Assim como um vaso, cântaro, jarro (ghaṭa, kalaśa, kumbha), todos designam a mesma coisa,
semelhantemente o Devatā, o Mantra e o Guru, tudo designa o mesmo assunto. O Devatā, na verdade, é igual
ao Mantra; o Mantra, na verdade, é igual ao Guru. O fruto de adoração do Devatā, do Mantra e do Guru é o
mesmo. “Tomando a forma de Śiva, Oh Pārvati ! Eu aceito a adoração assumindo a forma do Guru Eu separo
os laços do nascimento”.
13:67 – Ele é quem faz conhecer: “Eu sou o conhecedor da essência de toda Filosofia, Eu sou o núcleo, que é
inseparável (de Brahman) e que sempre agradado no coração” – ele é o Guru.
13:68 – Quem deixa de lado a sequencia dos Āśramas (estágios da vida) e dos Varṇas (classe social) e habita
sempre em seu próprio eu, a quem a própria Suprema Luz é tanto Āśrama e Varṇa, de modo que o Yogī é o
Guru.
13:69 – Oh Minha Amada ! quem conhece a organização dos seis Adhvān (ou seja, o Varṇa ou Mantra; Pada,
Yantra, Kalā, Tattva e Bhuvana), dos seis Cakras/Ādhāras (ou seja, Mūlādhāra, Svādhiṣṭhāna, Maṇipura,
Anāhata, Viśuddha, Ājñā) e dos dezesseis Ādhāras (ou seja, Mūlādhāra, Svādhiṣṭhāna, Maṇipura, Anāhata,
Viśuddha, Ājñā, Bindu, Kalā, Nibodhikā, Ardhendu, Nāda, Nādānta, Unmanī, Viṣṇucakra, Dhruvamaṇḍala e
Śiva) em sua ordem apropriada é o Guru.
13:70-71 – Cuja visão é estável mesmo sem visão, cuja mente é estável mesmo sem seu objeto, e cujo Prāṇa ( -
Vāyu) é estável sem esforço, que conhece a Verdade que é nascida da pura Consciência, nascida da Suprema
Bem-aventurança – ele, Oh Kulanāyike ! é o Guru.
13:72 – Aquele que conhece o passado, o futuro, o Tantra e o Mantra, que conhece as Doutrinas do Śākta e de
Śāmbhu, e também os seis Vedhas (Aṇava, Śākta e Śāmbhava. Cada um desses subdivididos em dois, ou seja,
Bāhya e Ābhyantara) ele é o Guru que perfura o sutil.
13:73 – Aquele que pode purificar os seis Adhvāns conhecido como Pada, Varṇa ou Mantra, Kalā, Yantra,
Tattva e Bhuvana, ele, Oh Minha amada ! é chamado Guru.
13:74 – Aquele que conhece bem o Vedha (perfuramento), o Pada (ghaṭa ou o objeto), Virodha (Nirodha ou
obstrução), Grahaṇa (amarra) e Mokṣaṇa (liberação), ele, Oh Minha Amada ! é chamado Guru.
13:75 – Oh Devi ! quem conhece os cinco Estados de Desperto, Sonhando, Sono Profundo, o Quarto Turīya e
o Quinto Turīyātīta (além de Turīya), ele é chamado Guru.
13:76 – Oh Minha Amada ! quem conhece bem estes Quatro – Piṇḍa, Pada, Rūpa e Rūpātīta, ele é chamado
Guru.
13:77 – Quem conhece os quatro tipos de discurso – Parā, Paśyantī, Madhyamā e Vaikharī, ele é chamado
Guru.
13:78 – Quem conhece os quatro tipos de Verdade na forma de Ātma, Vidyā, Śiva e Sarva, ele é, Oh
Parameśāni ! o Guru; ninguém mais, Oh Minha Amada !
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13:79 – Quem conhece os três tipos de operação de remover os laços, da Iniciação pelo Vedha, e do que
mantém o Paśu é o supremo Guru.
13:80 – Quem conhece o significado místico de Pada (estação), Pāśa (laço) e Paśu (animal), ele é chamado, O
Varārohe ! o Guru.
13:81 – Quem conhece o triplo simbolismo do Cakra, do Mantra e da Pūjā, ele, Oh Minha Amada !, é o Guru.
13:82 – Quem conhece a verdadeira posição dos três Liṅgas chamados Bāṇa, Itara e Svayambhu, ele, Oh
Minha Amada, é chamado um Guru.
13:83 – Quem é capaz de purificação dos três Malas (Impurezas) conhecidos como Āṇava (originando do eu),
Kārmaṇa (originando dos Karmas) e Māyīka (originando de Māyā), ele é o supremo Guru.
13:84 – Oh Mahādevi ! quem conhece os três Vāsanās (impressões habituais) conhecido como Rakta, Śukla e
Miśra (Kṛṣṇa), ele é o Supremo Guru.
13:85 – Quem conhece o Mahā Mudrā, o Nabho Mudrā, Uḍḍīyāna, Jalandhara e Mūla Bandha, ele é o
Supremo Guru.
13:86 – Quem conhece em essência a correta classificação dos trinta e seis Tattvas, de Śiva a Pṛthivī, na
Criação, ele é o Supremo Guru.
13:87 – Oh Minha Amada ! quem conhece os Yāgas internos e externos, o Kāla-Jñāna-Sthiti e a técnica de
fazer belos Yantras, ele é um Guru.
13:88 – Quem verdadeiramente conhece o estado de unidade entre o micro e o macrocosmos, a constituição da
cabeça, dos ossos e número de cabelos etc., ele é, Oh Minha Amada ! um Guru; ninguém mais.
13:89 – Quem tem um conhecimento experiente de Padmāsana etc., dos oitenta e quatro Āsanas e dos Oito
tipos de Yoga, ele é o supremo Guru.
13:90-91 – Ódio, dúvida, medo, vergonha, desgosto, disposição da família e casta, estes são os oito laços –
enlaçado por estes laços é o Paśu. Livre destes laços é Śiva. O supremo Guru é aquele que remove esses laços.
13:92 – O Guru é aquele que conhece o selo do Yoni Mudrā, a revelação do poder consciente do Mantra, a
forma real do Yantra e do Mantra.
13:93 – Quem conhece as quatro condições da mente; dispersada, movendo-se e saltando de um lado para
outro, perturbada, passiva e gentil, ele, Oh Minha amada, é o Guru.
13:94 – Quem conhece o fruto do movimento de Jīva nas pétalas dos sete Lótus, de Mūlādhāra ao
Brahmarandhra, ele, Oh Minha Amada ! é o Guru; ninguém mais.
13:95 – Quem recebeu o conhecimento da multidão de Tattvas, de Śiva e Guru, em sua ordem sucessiva, ele,
Oh Minha Amada ! é o Guru; ninguém mais.
13:96 – Quando ele mostra a Verdade, o discípulo instantaneamente se torna Aquele e se considera Liberado –
tal é o Guru, Oh Minha Amada ! ninguém mais.
13:97 – Eles são servidos como Gurus que dão uma alegria espontânea e remove os prazeres dos sentidos. Os
outros são impostores que devem ser abandonados pelos Śiṣyas.
13:98 – É um Guru aquele que, com consideração, orienta o discípulo com medo do medo do Saṁsāra por
meio das observâncias, jejuns e regras etc.
13:99 – Difícil é obter um Guru que, quando agradado, dá em uma fração de segundo a riqueza da Liberação e
atraindo, o Śiṣya cruza o oceano do Saṁsāra.
13:100-101 – Difícil é obter um Guru Piedoso que dá ao discípulo sua própria capacidade em um momento
sem qualquer cerimonia ou esforço; que dá instruções no conhecimento, o qual, instantaneamente, promove a
fé, é fácil e dá felicidade ao Eu.
13:102 – Oh Devi ! o Guru é aquele que continua dando o conhecimento com facilidade, sem práticas
esforçadas e semelhantes, assim como se mudando de ilha em ilha.
13:103 – Difícil é obter o Guru cuja mera instrução faz o conhecimento surgir, exatamente como alimento que
dá instantâneo contentamento ao faminto.
13:104 – Muitos são os Gurus como lâmpadas em cada casa; mas raro é o Guru que ilumina tudo como o Sol.
13:105 – Muitos são os Gurus que são proficientes às máximas nos Vedas e nos Śāstras; mas raro é um Guru
que alcançou a Suprema Verdade.
13:106 – Muitos são os Gurus sobre a terra que dão outras coisas que não o Eu; mas raro é o Guru no mundo
que traz a luz de Ātman.
13:107 – Muitos são os Gurus que conhecem Mantras insignificantes e os medicamentos; mas raro é o Guru
que conhece os Mantras proferidos pelos Nigamas, Āgamas e Śāstras.
13:108 – Muitos são os Gurus que roubam a riqueza de seus discípulos; mas raro é o Guru que remove as
aflições dos discípulos.
13:109 – Muitos são eles que são dados à disciplina e conduta de acordo com o Varṇa (classe), o Āśrama
(estágios da vida) e ao Kula (família); mas quem é desprovido de toda a vontade é o Guru raro de se encontrar.
13:110 – O Guru é aquele cujo mero contato permite fluir o supremo Ānanda; a inteligência do homem deve
escolher tal pessoa como o Guru, e não outro.
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13:111 – Pela mera visão dele, cuja inteligência é ativa, somente até o advento da experiência, adquire-se a
liberação, não há dúvida disto.
13:112 – Raro é o Guru que devorou a Dúvida, o qual submergiu nos três mundos com tudo o que se move e o
que não se move.
13:113 – Assim como na vizinhança do fogo a manteiga derrete, assim também na proximidade do santo Guru
todos os pecados se dissolvem.
13:114 – Assim como a luz do fogo queima toda a madeira, quer ela esteja seca ou úmida, assim também o
olhar do Guru queima, em um movimento, os pecados dos discípulos.
13:115 – Assim como uma pilha de algodão soprada por uma grande tempestade se dispersa em todas as dez
direções, assim também a pila de pecados é levada embora pela compaixão do Guru.
13:116 – Assim como a escuridão é destruída pela mera visão de lâmpadas, assim também a ignorância é
destruída pela mesma visão do santo Guru.
13:117 – É de fato o Guru aquele é que dotado com todas as características, conhece o caminho dos Vedas e
dos Śāstras, conhece o procedimento de todos os meios e conhece a Verdade.
13:118 – Para aquele que é desprovido da Verdade, todo o conhecimento de adoração, Homa, Āśrama,
conduta, ascese, peregrinações, observâncias, Mantra e Āgama é infrutífero.
13:119 – O estável se torna conhecido em si mesmo na suprema Verdade que deve ser realizada em si mesma.
Se alguém não obteve a sua própria realização, como pode ajudar os outros a alcançar qualquer coisa?
13:120 – Quem conhece, não a realidade de Brahman na forma da Mente, situado em seu próprio corpo, como
pode dar a Liberação a outro?
13:121 – Quem conhece a Verdade é o Guru mesmo embora ele seja desprovido de todas as características. O
conhecedor da Verdade, por si só, é o Liberado e também o Liberador.
13:122 – O conhecedor da Verdade faz até mesmo o Paśu entender a Verdade. Mas quem é desprovido do
conhecimento, como é possível para ele receber a Verdade do Eu?
13:123 – Aqueles que são instruídos pelos Conhecedores da Verdade se tornam, sem dúvida, conhecedores da
Verdade em si mesmos. Oh Devi ! Aqueles que são instruídos por Paśus são, verdadeiramente, Paśus.
13:124 – É somente quem é perfurado em si mesmo que pode perfurar os outros; quem não é perfurado,
dificilmente pode ser o perfurador. Somente o liberado pode liberar; como, de fato, pode o não-liberado ser o
liberador?
13:125 – Somente o proficiente em conhecimento pode elevar o tolo; como, de fato, pode o tolo elevar o tolo?
Somente o barco pode transportar as pedras; certamente uma pedra não pode transportar uma pedra.
13:126 – Por obter um Guru absorto somente nos assuntos do mundo e não conhecendo a Verdade, não se
obtém nenhum fruto nem aqui nem no outro mundo.
Tipos de Guru
13:127 – Três são os Gurus entre os Śaivas; cinco dentre os Vaiṣṇavas; centenas nos Vedas e Śāstras; mas no
Kula existe somente um Guru.
13:128 – Gurus são de seis tipos: 1. Preraka (impulsor); 2. Sūcaka (indicador); 3. Vācaka (explicador); 4.
Darśaka (mostrador); 5. Śikṣaka (professor); 6. Bodhaka (iluminador).
13:129 – Destes, o primeiro dos cinco são, por assim dizer, os efeitos do último, o Bodhaka, assim como a
Causa. A despeito dos muito Gurus, o Guru que dá a Iniciação plena, somente seu Pādukā, Oh Maheśanī ! é o
venerado. Não há dúvida sobre isto.
13:130 – Tendo uma vez obtido um Guru que é dotado com características, que dissipa todas as dúvidas e dá o
excelente conhecimento, não se deve escolher outro.
13:131 – Mas se a pessoa tem um Guru que não possui o conhecimento e sempre cria dúvida, não há problema
em escolher outro Guru.
13:132 – Como a abelha ávida de mel vai de flor em flor, o discípulo ansioso por conhecimento vai de Guru a
Guru.
13:133 – Assim eu descrevi a Você, em brevidade, as características do Guru e dos Śiṣyas. Agora, Oh Kuleśāni
! o que mais Você quer ouvir?
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कुलार्णव तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
________________________________________________________
चतदु श
ण उल्लासः
caturdaśa ullāsaḥ
Décimo-Quarto Ullāsa
________________________________________________________
14:1 – Oh Kuleśa ! Eu quero ouvir sobre os Testes do Guru e do Śiṣya. Oh Meu Senhor ! também Me fale
sobre a Ordem das Instruções e os tipos de Iniciações.
Īśvara disse:
14:2 – Ouça, Oh Devi ! Eu estou falando o que Você me pediu. Por meramente ouvir isto, a mente é purificada.
14:3 – Foi estabelecido pelo Senhor Śiva que não pode haver Liberação sem Iniciação e esta Iniciação não
pode acontecer sem um Ācārya Tradicional.
14:4 – Portanto, depois de conhecer os princípios através da Tradição e semelhantes, deve-se obter um Guru
capaz de dar as instruções internas; caso contrário os Mantras se tornam infrutíferos.
14:5 – Os Devatās providenciam proteção somente para aqueles Gurus que são promotores da Tradição, que
conhecem os Mantras, os Āgamas e seguem o Samayācāra.
14:6 – Embora em si mesmo desapegado, o Guru, depois de compreender as atribuições do discípulo por
algum tempo, no comando do Senhor Śiva, o investe com autoridade.
14:7 – Para quem é assim investido com autoridade, existe a verdadeira união com Para Śiva e no fim de sua
vida corporal, existe a Liberação eterna – assim foi declarado pelo Senhor Śiva.
14:8 – Portanto, Oh Minha Amada ! deve-se buscar com todos os esforços ter um Guru de Tradição não
rompida, originada do Próprio Para Śiva.
14:9 – Depois de testar bem o discípulo da forma prescrita para a fruição da Śakti e para um sucesso feliz, o
Guru deve comunicar a ele o Mantra; caso contrário, ele será infrutífero.
14:10 – Se alguém faz o contrário a este requerimento e se alguém receber o contrário disto, tanto o que dá
quanto o que recebe subsistirá, Oh Devi, amaldiçoado por gerações.
Sem o teste apropriado, a instrução do Guru e o recebimento do discípulo ambos cometem erros
14:11 – Se, por ilusão, o Guru e o discípulo dá e recebe a instrução sem o teste mútuo, todos os dois se tornam
Goblins.
14:12 – Assim também, se a instrução é contrária às escrituras, tanto quem dá quanto quem recebe, viverão por
muitos anos em inferno horrível.
14:13 – Quem transmite uma instrução que não é santificada é um pecador; seu Mantra é perdido como
sementes de arroz na areia.
14:14 – O conhecimento do Mantra nunca é mantido nos indignos; isto é porque se deve proceder depois dos
devidos testes, caso contrário ele se torna infrutífero.
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14:15 – Iniciando de acordo com a Tradição, dando seu Pādukā (Mantra), estabelecendo o discípulo perto de si
mesmo, o Guru deve proferir o Mantra, não o contrário.
14:16 – O conhecimento que é transmitido ao bom discípulo, excelentemente devotado, deve ser de acordo
com a escritura e deve ser comunicado em sua inteireza; ou seja, sem fragmentações.
14:17 – Quer o conhecimento seja transmitido ao mau e não devotado discípulo, ele se torna impuro como o
leite da vaca quando misturado com o do ghṛta (manteiga clarificada) de cães.
14:18 – A iniciação dada a quem é inapto, por desejo de dinheiro ou outros ganhos, ou devido ao medo, ou
ganância, torna-se infrutífera e o doador recebe a curse da Divindade.
14:19 – No conhecimento e na ação, o Guru deve testar o discípulo com esforço pelo período de um ano ou
metade de um ano, ou um quarto dele.
14:20 – Trazer o alto para baixo, o baixo para o alto, em questões relativas a vida, dinheiro, prostração,
comandos e o inverso.
14:21-22 – O discípulo não deve sofrer por conta de tais acontecimentos cruéis e enganadores, palavras
correspondentes a estes acontecimentos, frequentes parcialidades, indiferenças, severas e repetidas, quer
puxada ou batida, e sempre toma-las como a Graça do Guru.
14:23-24 – Eles que excitam com alegria, tremor, arrepio e mudança na voz, olhos etc., na lembrança do Guru,
em seu louvor, em sua audiência, em prostração a ele, em seu serviço, chamando e lhe expulsando – eles são
aptos a serem induzidos na purificação para a iniciação.
14:25-26 – O discípulo deve se tornar um Śiṣya somente depois de reconhecer o Guru através de sua
proficiência em Japa, Stotra, Dhyāna, Homa, Pūjā e assim por diante. Depois de conhecer suas capacidades
para a transmissão do conhecimento, a perfeição na ciência do Mantra, a habilidade para fazer o impacto sutil,
deve-se se tornar seu discípulo; não o contrário.
14:27 – Existem aqueles que são competentes no início, aqueles que são competentes no meio, e aqueles que
são competentes no fim, devido a transmissão da Śakti do Guru; estes discípulos são chamados de inferiores,
os medianos e os melhores, respectivamente.
14:28 – Aqueles em quem existe devoção no início quando eles recebem a Iniciação, mas aqueles cujo
entusiasmo esfriam rápido, são os Śiṣyas chamados competentes no início (Ādiyogya).
14:29 – Aqueles que alcançam quando o momento da Iniciação está às mãos e não têm nenhum especial
conhecimento, são os competente no meio (Madhyayogya).
14:30a – Aqueles que não têm nem devoção no início, que têm devoção no meio e cuja devoção é plenamente
crescente no final, são os Śiṣyas chamados competentes no final (Antayogya) e conhecidos como os melhores
Jñānīs.
14:30b – Oh Minha Amada ! a instrução (upadeśa) é de três tipos – aquela do Karma, do Dharma e de Jñāna.
14:31 – Destas, a instrução do Karma procede vagarosamente como a formiga que anda muito para alcançar o
fruto no topo da árvore, caminhando lenta e lentamente.
14:32 – Oh Minha Amada ! o caminho do Dharma é como o passo do macaco que tenciona, salta de ramo em
ramo e alcança o fruto.
14:33 – Oh Kulanāyike ! a instrução de Jñāna é como aquela do pássaro que voa direto e repousa sobre o fruto
rapidamente.
14:34 – A iniciação é de três tipos – iniciação pelo toque(Sparśa), iniciação pela visão (Dṛksaṁjñā) e
iniciação pelo pensamento (Mānasa) – todas estas três são feitas sem Rituais e sem esforço.
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14:35 – Oh Minha Amada ! a iniciação e a instrução pelo toque é semelhante à lenta nutrição de seu filho pelo
pássaro com o calor de suas asas.
14:36 – Oh Parameśvari ! a iniciação e a instrução pelo visão é como a nutrição de seu filho pelo peixe através
de sua visão somente.
14:37 – A iniciação e a instrução pelo pensamento é como a nutrição de seu filho pela tartaruga por somente
pensar nele.
14:38 – O discípulo recebe o Guru conforme o impacto da Śakti (Śaktipāta); onde não há impacto de Śakti não
há realização.
14:39 – Oh Devi ! as iniciações que dão Liberação são de sete tipos – 1. Iniciação através de ritual; 2. Através
da letra; 3. Através de especial emanação (Kalā); 4. Através do toque; 5. Através do discurso; 6. Através da
visão; e 7. Através do pensamento.
14:40 – Os nomes especiais de Iniciações descritas nos Ślokas anteriores são – 1. Samayā; 2. Sādhikā; 3.
Putrikā; 4. Vedhakā; 5. Pūrṇā; 6. Caryā; e 7. Nirvāṇa, respectivamente.
14:41 – A iniciação Ritualística associada com Kuṇḍa (fogueira), Maṇḍapa (dossel) e Kalaśa (jarro), deve ser
realizado pelo Guru, Oh Deveśi ! adotando os meios prescritos para a purificação do corpo.
14:42 – A iniciação pelas letras (Varṇa-Dīkṣā) é de três tipos dependendo das letras sendo 42, 50 ou 62.
14:43 – Oh Minha Amada ! as letras devem ser colocadas sobre o corpo do discípulo e retiradas na ordem
inversa, juntando sua consciência ao Supremo Eu.
14:44-45 – Depois de retirá-las, as letras são estabelecidas novamente sobre a pessoa do discípulo na ordem da
criação e conforme prescrito, assim também devem ser exercida a Consciência. O estado de Divindade pleno
de deleite nasce na criança (do Guru). Esta é a Varṇamayīdīkṣā o qual, Oh Minha Amada ! remove todos os
laços.
14:46-48 – Oh Minha Amada ! a Kalā-Dīkṣā é também de três tipos para ser feito como prescrito. Iniciando da
base dos pés até os joelhos, chama-se Nivṛtti-Kalā; dos joelhos até o umbigo é Pratiṣṭhā-Kalā; do umbigo até
o pescoço é Vidyā-Kalā; do pescoço até a testa é Śānti; daí até a cabeça é Śāntyātīta. Esta é a classificação de
Kalā-Dīkṣā.
14:49-52 – Oh Minha Amada ! seguindo a ordem de retirada, o conhecedor da sequência, junta de lugar a lugar
até a cabeça. Oh Kuleśāni ! isto induz a um divino sentimento no discípulo. Ou ainda mais com 38 ou 50 Kalās
na ordem do Tattva-nyāsa e com a ordem de retirar e a criação conhecida da boca do Guru se deve centrar e
impingir sobre o discípulo. Isto dá nascimento do estado de Divindade e o encontro com as Yoginīs e os Vīras.
Esta é a Kalā-Dīkṣā que destrói os laços dos Paśus.
14:53 – Invocando o Senhor Śiva na mão, fazendo Japa de Mūlāṅga-mālinī, o Guru deve tocar o discípulo;
esta é a Sparśa-Dīkṣā (iniciação pelo toque).
14:54 – Mantendo a mente na Verdade, o Guru deve proferir o corpo de Mantras os quais são expansões da
Suprema Verdade; esta é a Vāg-Dīkṣā (iniciação verbal).
14:55 – Cerrando ambos os olhos e meditando na Suprema Verdade, com uma mente feliz, o Guru deve
contemplar bem o discípulo, esta é Dṛk-Dīkṣā (iniciação ocular).
14:56 – Quando por mero olhar ou discurso ou toque do Guru, existe um instantâneo conhecimento, isto é
Śāmbhavī-Dīkṣā.
14:57a – Mano-Dīkṣā é de dois tipos – Tīvra-Dīkṣā e Tīvratara-Dīkṣā.
14:57b-58 – Oh Ambike ! conhecendo os seis tipos de Adhvāns, deve-se formar no corpo do discípulo o
Bhuvana, Tattva, Kalā, Varṇa, Pada e Mantra – a partir do joelho, umbigo, coração, pescoço, palato ao topo da
cabeça.
14:59 – O sábio deve então efetuar os Vedhas seguindo o método recebido do Guru. Em um momento o
discípulo irá obter a liberação dos laços. Isto é intensivo, Tīvra-Dīkṣā Oh Kuleśvarī, produzindo Liberação.
14:60 – Oh Devi ! meramente pela lembrança da parte do Guru, proficiente no Vedha, o discípulo teu seus
pecados decepados; isto é ainda mais intenso, a Tīvratara-Dīkṣā.
14:61-62 – Oh Śāmbhavī ! livre da atividade externa, o Śiṣya cai no chão instantaneamente; um estado piedoso
surge nele e ele vem a conhecer todas as coisas. Tudo o que existe naquele momento do impacto que ele
experiencia em si mesmo, ao acordar, Oh Īśvarī, ele é incapaz de falar daquela felicidade.
14:63 – Atingido com tal impacto, verdadeiramente ele é Śiva. Ele não mais renasce; esta é a Tīvratara-Dīkṣā
que libera dos laços do nascimento e concede o verdadeiro estado de Śiva. Oh Kulanāyike ! Eu juro por Você
esta consequência.
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14:64 – Ānanda (alegria), Kampa (tremor), Udbhava (novo nascimento), Ghūrṇā (cambalear), Nidrā (sono),
Mūrchā (desmaio), estes, Oh Kuleśvarī ! são as seis condições de Vedha.
14:65 – Oh Kuleśvarī ! estas seis características são vistas no momento do impacto do Vedha. Onde quer que a
pessoa é atingida, então ela é liberada, não há dúvida disto.
14:66 – Oh Minha Amada ! difícil é obter um Guru tal que possa iniciar através do sutil impacto do Vedha;
difícil também é o discípulo apto para ele; é somente pela conjunção feliz do mérito que ele é obtido. Mas esta
iniciação não deve ser dada a qualquer pessoa. Oh Parameśvari ! assim é a ordem.
14:67 – A adoração devida do círculo do Kula com ingredientes apropriados da adoração do Kula, o Guru deve
mostrar isto ao discípulo. Isto, Oh Devi ! é conhecido como Kaulikī-Dīkṣā.
14:68 – Preenchendo a boca com a substância para adoração misturado com os cinco produtos néctares da vaca
(Pañca-gavya) o Guru deve banhar o discípulo com isso. Esta é chamada de Gaṇḍūṣa-Dīkṣā.
14:69 – Oh Minha Amada ! em seguida, o Guru deve realizar a iniciação externa com Surā contendo Mīna, ou
um Śaṁkha, ou jarro cheio de Paṅcāmṛta (os cinco néctares).
14:70 – Mīna aqui é Lambikā (língua); Kalaśa (jarro) é dito ser a Boca. Assim, Oh Devi ! o guru deve
consagrar o Śiṣya com a boca cheia de Pañca-gavyāmṛta (Kṣīraṁ Dadhi tathā ca ājyaṁ mūtraṁ gomayameva
ca pañcagavyaṁ). Isto é chamado de Siddhābhiṣeka, Oh Pārvati ! desejável também para o Ācārya.
14:71-73 – Oh Minha Amada ! limpando os dentes e oferecendo um Añjali de flores (cavidade formada pela
junção das duas palmas é chamado de añjali) nas três noites (as junções do crepúsculo; trikalāṁ), Kalā-nyāsa
com a água em uma concha (1), e o conhecimento daí (1) – estes são os oito rituais. Do Sādhaka com
Puṣpāñjali, do filho com água da concha, do Bodhaka com Vedha, do Ācārya com Pūrṇābhiṣeka – estes são as
cinco condições para a Consagração (Abhiṣeka).
14:74 – Absorto somente nas formas do Kula, o Guru devotado, firme em observâncias e purificado pelo
Pūrṇābhiṣeka – todos estes são liberados em suas presentes vidas.
14:75-76 – Oh Kulanāyike ! aqueles purificados por Pūrṇābhiṣeka que estão mortes, obtêm um nascimento
superior na forma de Śiva e, sendo purificado por Pūrṇābhiṣeka, são liberados. Oh Śāmbhavī ! esta é a
afirmação de Śaṅkara.
14:77 – Um Kaulika que morre sem ter experimentado o Pūrṇābhiṣeka é condenado a permanecer como um
espírito até o fim da dissolução.
14:78 – A iniciação é, novamente, de dois tipos, dependendo sobre se é externa (Bāhya) ou interna (Antara). A
externa é chamada Kriyā-Dīkṣā (iniciação ritualística) e a outra interna é chamada de Vedha-Dīkṣā (iniciação
pelo sutil impacto).
14:79 – A purificação é dupla – interna e externa. A interna é feita através de rituais apropriados, e a externa é
por meio da Dīkṣā.
14:80 – Por meio da Dīkṣā a luz da liberação, até mesmo o inferior nascido se torna liberado. Sem estes dois,
até mesmo o Kaulika, Oh Kuleśānī ! não se torna liberado.
14:81 – O corpo, como tal, não pode ser purificado; nem o Karma. É o ser interior que deve ser tratado através
da Dīkṣā da eterna Śakti, que é a Kuṇḍalinī.
14:82 – Embora os rituais sejam os mesmos, estas Dīkṣās dão diferentes resultados no encontro do Guru com o
digno discípulo.
14:83 – Assim como o poder do veneno é morto pelo Mantra, ou por remédios, assim também faz o
conhecedor do Mantra cortando em um instante os laços do Paśu através da Dīkṣā.
14:84 – A partir desta extensiva escravidão, Dīkṣā por si mesma libera por indicar a Suprema Estação e levar à
antiga e divina Morada.
14:85 – Oh Deveśi ! Dīkṣā dado de acordo com o modo prescrito queima em um instante milhões de pecados
comuns e bilhões de grandes pecados.
14:86 – Oh Devi ! é pela Dīkṣā que os Paśus (animais, homens) têm seus olhos abertos e se tornam Śivas, o
qual libera dos laços de Paśus.
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14:87 – Oh Minha Amada ! é isto que gera fé instantânea e a convicção é conhecida como a Dīkṣā dando
liberação; o resto é somente prazer para a multidão.
14:88 – Aquela Dīkṣā sem o qual não há realização até mesmo com centenas de adorações, deve ser obtida
com esforço de um santo Guru para o sucesso do Mantra.
14:89 – Oh Minha Amada ! Assim como o ferro atingido pelo mercúrio se torna ouro, assim também a alma
atingida pela Dīkṣā alcança o estado de Śiva.
14:90 – Com todos os Karmas queimados pela Dīkṣā, todos os laços de Māyā decepados, alcançando o
supremo Jñāna, sem sementes, a pessoa se torna Śiva.
14:91 – O estado de Śūdra de um Śūdra, o estado de Brahmā de um Brahmaṇe, tudo desaparece. Não existe
qualquer distinção de casta quando o ritual da Dīkṣā é realizada.
14:92 – Assim como é pecado ver o Liṅga como uma pedra, assim também ver o passado de quem foi iniciado
é pecaminoso.
14:93 – Assim como a madeira, a pedra, o ferro, a terra e a joia se tornam Liṅga quando consagrados, assim
também todas as classes são purificadas quando iniciadas.
14:94 – De Brahman a Bhuvana tudo se torna adorado de cada forma quando adorado pela iniciação. Não há
dúvida disto.
14:95 – Para quem é iniciado não há nada a ser alcançado por tapas, regras e observâncias, peregrinações e
controles sobre o corpo.
14:96 – Oh Minha Amada ! mas todo o Japa, a Pūjā e semelhantes atividades por aqueles que não são iniciados
são infrutíferos como a semente lançada sobre a rocha.
14:97 – Oh Devi ! para alguém sem Dīkṣā não há nem realização nem um destino feliz. Portanto, com todos os
esforços se deve obter iniciação de um Guru.
14:98 – Se um Brahmaṇe é iniciado mais tarde e um inferior nascido é iniciado primeiro, então o Brahmaṇe é
novato e o outro é mais antigo. Este é o veredito dos Śāstras.
14:99 – Mas se uma pessoa é iniciada anteriormente pela Śakti e o filho do Guru, o mais recente é ainda
adorado como Guru e não desrespeitado.
14:100 – Se o Guru morre e o discípulo é assim iniciado, ele se torna como se o único filho e conduz o ritual
inteiro.
14:101 – Oh Minha Amada ! quem é iniciado apropriadamente em todas as filosofias pelo Guru pleno de
conhecimento, torna-se livre e não outro.
14:102 – Antes das preliminares e do Cakra-pūjā, um discípulo deve ser purificado por meio da Dīkṣā; caso
contrário, isto será infrutífero.
14:103 – A purificação primária é ordenada para os Śūdras e as castas misturadas. A pessoa se torna livre de
pecado pelo uso da água pelo qual os Pés do Guru foram lavados e por dádiva etc.
14:104 – Um Brahmaṇe adquire competência dentro de um ano; um Kṣatriya dentro de dois anos; o Vaiṣya
dentro de três anos e o Śūdra dentro de quatro anos.
14:105 – A competência da viúva para a iniciação está sujeita ao consentimento do filho; da filha pelo pai; da
esposa pelo marido; uma mulher não tem o direito por si mesma para obter iniciação.
14:106 – Oh Minha Amada ! Assim como os Śūdras não têm competência para estudar o Veda,
semelhantemente, Oh Kuleśvarī ! quem não é iniciado não é competente.
14:107 – O iniciado deve sempre agradar ao Guru, a esposa do Guru, o filho do Guru, adeptos do Caminho
Kaula da Śakti, na medida de seus recursos.
14:108 – Assim Eu descrevi em brevidade a Você, Oh Devi ! o teste para o Guru e para o Śiṣya, e também
sobre os vários tipos de Iniciações. Agora, o que mais Você quer ouvir?
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कुलार्णव तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
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पञ्चदश उल्लासः
pañcadaśa ullāsaḥ
Décimo-Quinto Ullāsa
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15:1 – Oh Kuleśa ! Eu quero ouvir sobre as características do Puraścaraṇa. Oh Parameśvara ! também Me fale
sobre as diferenças dos locais e dos alimentos.
Īśvara disse:
15:2 – Ouça, Oh Devi ! Estou falando o que Você me perguntou. Por meramente ouvir isto a Verdade dos
Mantras brilha adiante.
Superioridade do Japa
15:3 – Não há Yajña mais elevado do que Japa-Yajña neste mundo; portanto, deve-se alcançar a frutificação do
Dharma, Artha, Kāma e Mokṣa através de Japa.
15:4 – Deixando todos os outros meios, deve-se buscar refúgio no Japa do Mantra. Se nesse refúgio não existir
mácula, certamente ele produzirá sucesso; mas se ele for maculado pelas faltas, então seus frutos serão
inauspiciosos.
15:5 – Japa é um doador auspicioso de alegria, salvação e auto realização desejada. Portanto, Oh Devi ! Yoga
de Japa e Dhyāna devem ser praticados.
15:6 – Oh Minha Amada ! todas as máculas devidas às transgressões das regras, de Jīva a Brahman,
conhecidas ou desconhecidas, são limpas por meio do Japa.
15:7 – Deve-se desejar a realização neste mundo carregado de infelicidades fazendo Japa do Mantra de acordo
com os Cinco Membros da Upāsanā e isto proporcionará as devidas felicidades.
15:8 – Diariamente a Pūjā nas três horas prescritas – de manhã, ao meio dia e ao entardecer (as três junções);
Japa regular, Tarpaṇa (oferecimento de água nas libações), Homa e alimentação dos Brahmaṇes são os cinco
tipos da Upāsanā chamado de Puraścaraṇa.
15:9-10 – Se qualquer um desses membros são perdidos, deve-se fazer para eles, sem dúvida, um número de
japas como prescrito. No caso de fraquezas da parte do Sādhaka, ele deve, para a realização destes membros,
realizar com devoção o dobro, o triplo, o quádruplo ou até mesmo o quíntuplo número de membros que faltou;
porque devido à falta desses membros, os frutos desejados não são alcançados.
15:11 – Caso contrário, se os Brahmaṇes estiverem bem alimentados com arroz dos quatro tipos e outros itens
cheios dos cinco néctares, tudo será realizado.
15:12 – Oh Kuleśvarī ! se por Sua Graça o sucesso é realizado mesmo um Mantra através dos cinco membros
da Upāsanā, então todos os Mantras produzirão seus frutos.
15:13 – Os Mantras frutificam com base na potencia da Instrução, da Graça de Śrī Guru e da fé do devoto na
frutificação do poder do Mantra em si mesmo.
15:14 – Sucesso é realizado rapidamente através do Mantra recebido de um perfeito Guru, ou devido à sua
prática em vidas passadas.
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15:15 – Oh Kuleśānī ! o Mantra que é recebido na forma prescrita de uma Tradição, através de iniciação, torna-
se indubitavelmente pleno de sucesso.
15:16 – Realizando mil Japas na ordem direta e inversa de um Mantra, em conjunto com as letras do alfabeto,
ele frutifica.
15:17 – Juntando um Mantra com as sessenta e três Mātṛkā-Varṇas e, em seguida, realizando seu Japa,
iniciando com 108 e, gradualmente, aumentando este número para 1.000 (mil) Japas, o Mantra frutifica
rapidamente.
15:18 – Por meramente fazer o Japa da Mātṛkā, Japa de milhões e milhões de Mantras é automaticamente
realizado, porque todos os Mantras têm sua origem a partir das Mātṛkās. Não há dúvida sobre isto.
15:19 – Inumeráveis sãos os Mantras que agitam a mente; mas somente aquele Mantra dá a realização que é
recebida através da graça do Guru.
15:20 – Japa de um Mantra ouvido por chance ou visto por engano ou escolhido de uma folha de papel
somente pode levar ao desastre.
15:21 – Aqueles que, vendo Mantras escritos em livros, praticam seus Japas, cometem pecado equivalente a de
um Brahmanicida, resultando em doença e miséria.
15:22-24 – Locais Sagrados, bancos de um rio, caverna, o pico de uma montanha, local de peregrinação,
afluência de rios, florestas sagradas, jardins vazios, raiz de uma árvore Bilva (Agle Marmelos), o declive de
uma montanha, templo de uma divindade, a costa do mar e a própria casa da pessoa – estes são os locais
louvados para a Sādhanā de um Mantra. Ou se deve escolher outro lugar onde se sente contente.
15:25 – O Japa é mais frutificante quando realizado nas proximidades do Sol, do fogo, do Guru, da Lua, da
lâmpada, água, vaca, de uma família de Brahmaṇes, ou de uma árvore.
15:26 – O fruto do Japa é cem vezes quando realizado na própria casa, um milhão de vezes quando realizado
em uma habitação de vaca; um bilhão de vezes quando realizado em um templo de uma divindade; e infinito
quando realizado na imediata presença de Śiva.
15:27-28 – Deve-se realizar Japa em um local livre de bárbaros, maldades, feras, suspeição da existência de
serpentes etc., e medo; mas o qual pode ser solitário, santo, livre de sofismas, religioso, em si mesmo, correto,
opulento, charmosos, não perturbado e onde habita outros ascetas.
15:29-30 – O conhecedor do Mantra não deve residir onde os reis se movem, os ministros, os oficiais e nobres.
Nem deve viver em locais de templos em ruinas, jardins, casas, árvores, rios, tanques, poços e cavidades de
terra.
15:31 – Se alguém realiza Japa ou Pūjā sem primeiro oferecer ao Guru, que detém a Luz, então ele rouba o
fruto e todos os esforços do Sādhaka são em vão.
15:32 – O sábio deve rejeitar o assento feito de bambu, pedra, terra, madeira, grama ou brotos; tais assentos
trazem pobreza, doença e miséria.
15:33 – Um assento feito de algodão, lã, tecido, pele de leão, tigre ou veado traz boa fortuna.
15:34 – Sentando em Padmāsana, Svastikāsana ou Vīrāsana, o Sādhaka deve realizar seu Japa e Pūjā; caso
contrario, seus esforços serão infrutíferos.
15:35 – Realizando mentalmente doze vezes o Japa do Praṇava (Oṁ) de três Mātrās, deve-se exalar o ar
através da narina direita (Piṅgalā) – isto é chamado Recaka (exalação).
15:36 – Repetindo dezesseis vezes o Tāra (Oṁ, Praṇava), deve-se inalar através da narina esquerda (Iḍā) – isto
é chamado de Pūraka (inalação).
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15:37 – Em seguida, repetindo o Praṇava doze vezes, o ar deve ser retido – isto é chamado Kumbhaka
(retenção). Então, ele deve secar o corpo com o Vāyu-Bīja Yaṁ. Esta é a retirada das impurezas do corpo.
15:38 – Novamente, da mesma forma, ele deve exalar, inalar e realizar Kumbhaka; em seguida, queimar o
corpo com o Agni-Bīja Raṁ. Isto é chamado de queimar as impurezas do corpo.
15:39 – Em seguida, novamente ele exala o ar, inala e realiza Kumbhaka. Portanto, ele deve banhar o corpo
dos pés à cabeça com o néctar produzido da união de Kuṇḍalinī e Śiva. Isto é chamado banho (Plāvana) do
corpo.
15:40 – Um Prāṇāyāma desprovido de Japa e Dhyāna é chamado de Agarbha (estéril) e ele é oposto a Sagarbha
(com fruto). Em comparação ao Prāṇāyāma Agarbha e Sagarbha, este último é cem vezes mais frutífero.
15:41 – Austeridades, peregrinações, sacrifícios, caridades, observâncias não são meritórios nem mesmo por
uma fração de um décimo sexto do que é um Prāṇāyāma.
15:42 – Oh Śive ! todos os pecados, quer sejam os mentais, verbais ou físicos, são rapidamente queimados
somente em três Prāṇāyāmas.
15:43 – Assim como a impureza do metal é retirado quando ele é aquecido, assim também os pecados dos
sentidos são queimados pelo controle do Prāṇa.
15:44 – Quer as ações tenham sido realizadas por quem é purificado pelo Prāṇāyāma, elas todas frutificam,
sem dúvida, mesmo se feitas sem esforço.
15:45 – Quem faz esta prática regularmente, conforme as direções no Āgama, alcança o estado da Divindade e
adquire perfeição no Mantra.
15:46 – Oh Minha Amada ! vendo quem realiza Japa do Mantra como prescrito com Nyāsa, Kavaca e
Chandas, as obstruções fogem como elefantes quando avistam um leão.
15:47 – Mas se algum tolo faz o Mantra-Japa sem tomar as precauções de Nyāsa etc., ele é assediado por todas
as obstruções como um jovem veado é pelo tigre.
15:48 – Akṣa-Mālās são de dois tipos – 1. Imaginado; e 2. Não imaginado. O imaginado é feito de joias e o não
imaginado é feito de Mātṛkās.
15:49 – Sendo constituído dos alfabetos de A a Kṣa, ele é chamado de Akṣa-Mālā. O conhecedor do Mantra
deve contar o número de Japas tanto na ordem direta quanto na ordem inversa.
15:50 – Contando o número de Japas nos dedos, isso produz fruto somente uma vez; contando pelas linhas
desenhadas, produz frutos dez vezes; contando pelas joias, produz frutos centenas de milhares de vezes; e
contando em Māṇikya, produz frutos infinitos números de vezes.
15:51 – Com um rosário de 30 peças, obtém-se riqueza; com aquele de 27 peças, obtém-se saúde; com aquele
de 24 peças; obtém-se a Liberação; e com aquele de 15 peças, alcança-se a frutificação de encantos. E, Oh
Kuleśāni ! com um rosário de 50 peças, obtém-se todas as frutificações.
15:52 – A Liberação é obtida ao se usar o polegar; a destruição do inimigo, usando o primeiro dedo
(indicador); a riqueza, usando o dedo mediano; o sucesso nos rituais de pacificação, com o terceiro dedo
(anelar); a imobilização pelo dedo mínimo; e a atração pelo uso de todos os dedos.
15:53 – Tomando o voto de realizar um número determinado de Japa, o conhecedor de Mantras deve se sentar
em um assento estável e realizar Japa. Em seguida, ele deve oferecer o fruto do Japa com água para a Devi.
15:54 – Japa feito em voz alta é o mais inferior; Japa feito em tons baixos (Upāṁśu) é o mediano; e, Oh Devi !
o Japa feito mentalmente (Mānasa) é o melhor. Assim os Japas são de três tipos.
15:55 – Se a repetição é também cortada, isso causa doença; se também demorada, isto causa decadência de
tapas; e quando as letras são pronunciadas indistintamente e difíceis em cada Mantra, ele não frutifica
totalmente.
15:56 – A lembrança mental do Stotra e a repetição do Mantra verbalmente são ambos inúteis assim como a
água em um vaso quebrado.
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15:57 – Um Mantra em seu início implica na impureza do nascimento e no final na impureza da morte.
Associado com estas duas impurezas um Mantra não frutifica.
15:58 – Portanto, deve-se remover estas impurezas do Mantra antes de realizar seu Japa porque ao retirar suas
impurezas antes de fazer seu Japa e repetido mentalmente o Mantra se torna plenamente frutífero.
15:59 – Se alguém não conhece o significado do Mantra, a Consciência do Mantra e a Yoni-Mudrā, então
mesmo com centenas de crores (1 crore é equivalente a dez milhões) de seu Japa não leva ao sucesso.
15:60 – Mantras cuja potência está adormecida não produz qualquer fruto. Mantras vivos com seus poderes
conscientes por si só são plenamente frutíferos.
15:61 – Abandonado de sua Consciência, o Mantra permanece como uma mera coleção de letras. Até mesmo
milhões de repetições de tais Mantras não produzem frutos.
15:62 – A Verdade que se manifesta quando o Mantra é assim articulado apropriadamente é que vale a pena o
fruto de centenas, milhares, milhões e bilhões de repetições.
15:63-64 – Quando um Mantra vivo com Consciência é articulado (pronunciado) até mesmo uma vez, os nós
do coração e da garganta estouram, todos os membros crescem, lágrimas de alegria rolam dos olhos, ocorre
arrepios, o corpo é intoxicado e o discurso se torna trêmulo. Quando tais sinais surgem, pode estar certo de que
o Mantra foi transmitido por Tradição.
15:71-72 – Oh Minha Amada ! existem dez processos para a erradicação dos defeitos dos Mantras como são
descritos – 1. Janana (dando nascimento; 2. Jīvana (dando vida); 3. Tāḍana (para causar impressão, presença
etc); 4. Bodhana (tornando consciente); 5. Abhiṣeka (consagração); 6. Vimalīkaraṇa (limpeza das impurezas);
7. Āpyāyana (satisfazendo); 8. Tarpaṇa (libação); 9. Dīpana (iluminando); e 10. Gupti (cobrindo com
proteção). Estes são, Oh Kulanāyike ! os rituais de purificação.
15:73 – Assim como as armas friccionadas sobre a pedra ficam afiadas, assim os Mantras submetidos a estes
dez processos adquirem potência.
15:74 – Os Mantras Sādhakas devem comer somente vegetais, frutos, raízes, cevadas e oferecimentos como
prescritos.
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15:75 – Se um Sādhaka nutre o seu corpo por alimento e bebidas de outra pessoa, então metade do mérito
adquirido por ele vai para o doador do alimento. Não há dúvida disto.
15:76 – Portanto, uma pessoa inteligente deve, como todos os seus esforços, desprover-se da comida de outras
pessoas durante o período de realização de rituais para resultados desejados.
15:77 – Por isso se diz que a língua é queimada pelo alimento de outros; a mão é queimada pela aceitação (de
alimento) de outros; a mente é queimada pelo pensamento de outra mulher; como então pode haver sucesso no
esforço?
1. Akathaha Cakra 1
15:78-80 – Estes Ślokas são escritos em um código de linguagem e indicam o Akathaha Cakra usado para a
determinação da qualidade do Mantra que irá frutificar para um Sādhaka em específico. Os nomes Indra etc.,
dados nos Ślokas, na verdade indicam os números a serem colocados nas várias casas do Cakra. Por exemplo –
Indra (1); Agni (3); Rudra (11); Graha (9); Dṛk (2); Veda (4); Arka (12); Dik (10); Śaḍa (6); Aṣṭa (8); Ṣoḍaṣa
(16); Manu (140; Bāna (5); Abdhi (7); Tithi (15), Trayodaśa (13). Estes números devem ser colocados, cada
um, nas dezesseis casas do Cakra. Em seguida, todas as letras do alfabeto devem também ser colocados nas
várias casas como mostrado no Cakra a partir do qual deve ser determinado a categoria do Mantra, quer ele
seja Siddha, Sādhya, Susiddha; ou Ari.
15:81-85 – Sidha-Sidha Mantra providencia a frutificação do Japa; Siddha-Sādhya providencia a frutificação
do Japa após dobrar o número usualmente requerido; Siddha-Susiddha providencia a frutificação pela metade
do número de Japas daquele prescrito. Japa de Siddha-Ari destrói amigos e parentes. Sādhya-Siddha
providencia a frutificação com um pouco de dificuldade; Japa de Sādhya-Sādhya Mantra é infrutífero; Japa de
Sādhya-Susiddha frutifica ao cantar sons devocionais; e o Japa de Sādhya-Ari Mantra destrói os descendentes.
Susiddha-Siddha Mantra providencia a frutificação na metade do número prescrito para o Japa; Susiddha-
Sādhya frutifica com o número prescrito de Japas; Susiddha-Susiddha frutifica por sua mera adoção; e
Susiddha-Ari destrói a própria família; Ari-Siddha destrói os filhos (homens); Ari-Sādhya destrói a esposa;
Ari-Susiddha destrói o clã; e Ari-Ari destrói o próprio Ātmā do Sādhaka. Assim os Siddha-Mantras são
considerados Bāndhava (membros da família), os Sādhya-Mantras são os empregados, os Susiddha-Mantras
são os nutridores e os Ari-Mantras são assassinos.
2. Akaḍama Cakra 2
15:86 – Este Śloka novamente foi escrito em código de linguagem, significando o Akaḍama Cakra (veja tabela
abaixo). As palavras nava-bāṇa-eka do Śloka significa Nava, ou nove; bāṇa significando quinto; e eka
significando as primeiras casas do Cakra. As palavras Dviṣaḍdaśa do Śloka significando o Dvi para segundo;
Ṣada para seis e Daśa para as casas de número dez. As palavras Vahni-Rudra-Munis significando Vahni ou
Agni como terceiro; Rudra como o número onze; e Munis como as casas de número 7 do Cakra.
Semelhantemente as palavras Dvādaśa-Aṣṭaka-Catura significa Dvādaśa ou a décima-segunda; Aṣṭaka ou a
oitava; e Catura como as quartas casas do Cakra. O Bāndhava, Sevaka, Poṣaka e Ghātaka etc., das palavras
significando como antes. Agora, o número das casas para os Sidha-Mantras são 9, 5, 1. O número das casas
para Sādhya-Mantras são 2, 6, 10. O número de casas para Susiddha-Mantras são 3, 11, 7; e o número de casas
para Ari-Mantras são 12, 8, 4.
3. Nakṣatra Cakra 3
15:87a – Neste Śloka o Nakṣatra Cakra foi descrito em todas as vinte e sete constelações, começando de
Āśvinī até Revatī, todos foram colocados em diferentes casas. Os alfabetos colocados ao lado nas casas foram
novamente descritos em código de linguagem, como se segue 4:
Prāpa P R A P A Lobhā L O BH A
2 1 3 4
Paṭu P A T U Prāhyaṁ P R A H Y AM
1 1 2 1
Rudrasya R U D R A S Y A Adri A D R I
2 2 1 2
Ruruḥ R U R U H Karaṁ K A R AM
2 2 1 2
Loka L O K A Lopa L O P A
3 1 3 1
Paṭuḥ P A T U H Prāyaḥ P R A Y A H
1 1 1 1
Khalogho KH A L O GH O
2 3 4
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Īśvara disse:
15:87b – Oh Minha Amada ! assim, de A a Kṣa todas as letras do alfabeto devem ser colocadas nas casas do
Cakra indicados de Āśvinī a Revatī, as 27 constelações (os Nakṣatras), em suas ordens, colocando
(verticalmente nesta sequencia) 2, 1, 3, 4, 1, 1, 2, 1, 2, 2, 1, 2, 2, 2, 1, 2, 3, 1, 3, 1, 1, 1, 1, 1, 2, 3, 4,
respectivamente, da primeira à última casa na ordem dada dos alfabetos. A exceção é aquela na última casa de
Revatī, as 4 letras a serem colocadas La, Kṣa, Aṁ, Aḥ.
15:88 – Janma3, Saṁpad, Vipat, Kṣema, Pratyari, Sādhaka, Vadha, Mitra e Parama Mitra são os nove nomes
qualitativos dados aos Nakṣatras. Deve-se contar do Nakṣatra de nascimento de um Sādhaka ao Nakṣatra de
um Mantra e encontrar as qualidades do Mantra.
15:89 – Neste Śloka, o número de letras a ser colocado nas 12 casas de Meṣa a Mīna, os signos do zodíaco,
foram dados em um código de linguagem. Aqui as letras dos Ślokas significam, como se segue – Bā (4), Laṁ
(3), Gau (3) Raṁ (2), Khu (2), Raṁ (2), Śo (5), Naṁ (5), Śa (5), Mī (5), Śo (5), Bha (4). Agora, a partir de
Meṣa, nas 12 casas deste Rāśi Cakra o número das letras deve ser colocado como acima, respectivamente.
Existe, contudo, algumas diferenças de opinião sobre a colocação das letras em algumas casas. Veja
Śāradātilaka, VI.3; Bṛhattantrasāra, pg. 11, 10ª Edição).
15:90 – Os nomes dos doze signos de Meṣa (Áries) a Mīna (Peixes) são Lagna, Dhana, Bhrāṭr, Bandhu, Putra,
Śatru, Kalatra, Maraṇa, Dharma, Karma, Āya e Vyaya, respectivamente.5
15:91 – O sábio no Rāśi Cakra deve começar contando a partir da casa de sua própria Rāśi 6, ou seja, da casa no
qual o alfabeto indicando a sua Rāśi, ou signo de nascimento, ocorre até à casa no qual a letra representando a
Rāśi do Mantra é encontrada (a letra inicial do Mantra excetuando o Praṇava oṁ prefixado ao Mantra
principal) . No caso de ser a própria Rāśi, então deve-se começar a contagem a partir da casa em que a primeira
letra do nome da pessoa ocorre e proceder para a casa da letra que representa o Mantra Rāśi.
15:92-93 – Nestes Ślokas foram descritos o Ṛṇi-Dhanī Cakra7. Se, pela contagem deste Cakra, de acordo com a
forma prescrita, o número (da letra inicial) do Mantra acontece de ser maior do que o número (da letra inicial
do nome) do Sādhaka (chamado Sādhyāṅka), então o Mantra deve ser chamado Ṛṇi; e se menor, o Mantra
deve ser chamado Dhanī. Em outras palavras, se o Sādhyāṅka for maior, então o Mantra é Dhanī, e se for
menor o Mantra é Ṛṇi. Caso os dois valores sejam iguais, então o Mantra é chamado A-Ṛṇi (não Ṛṇi).
Iniciando da primeira letra do nome, deve-se prosseguir até a primeira letra do Mantra. O número obtido deve
ser multiplicado por 3; em seguida, dividindo o múltiplo por 7 deve dar o número para o Sādhaka. Novamente,
contando na ordem inversa da primeira letra do Mantra até a primeira letra do nome do Sādhaka, o número
encontrado deve ser multiplicado por 3 e em seguida deve ser dividido por múltiplos de 7 e isto dará o número
para o mantra. No caso do valor atribuído para o Sādhaka ser menor, então o Mantra é chamado Ṛṇi. a adoção
de um Ṛṇi Mantra é auspiciosa.
15:94 – Neste Śloka o Kulākula Cakra8 foi descrito. Existem 50 letras no alfabeto. De Akāra a Kṣakāra, as 50
letras foram colocadas em cinco grupos, cada um dos grupos representando um elemento. Os grupos são como
se segue abaixo:
Mārut ou Ar A Ā Ka Ca Ṭa Ta Pa Ya Sa
Āgneya ou Fogo I Ī Ai Kha Cha Ṭha Dha Pha Ra Kṣa
Bhauma ou Terra U Ū O Ga Ja Ḍa Da Ba La L
Vāruṇya ou Água Ṛ Ṝ Au Gha Jha Ḍha Dha Bha Va Sa
Vyoma ou Céu Lṛ Lṝ Ām Na Ka Ṇa Ṅa Ma Sa Ha
15:95-96 – Existe amizade9 entre Terra e Água, e também entre Fogo e Ar; existe inimizade no inverso. O céu
(éter) é amigo de todos os elementos. A adoção do Mantra onde o Mantrākṣara e o Sādhakākṣara se tornam um
grupo de amigos é auspiciosa. Oh Kuleśvari ! os Mantras adotados a partir de um grupo o qual é inimigo do
Sādhaka significa destruição. Portanto, tais Mantras devem ser evitados.
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15:97 – No caso do Ekākṣara10 Mantra, do Kūṭa Mantra, do Tripurā Mantra, Mantras dado por mulheres e
Mantras obtidos em sonhos, não há, Oh Mantranāyike ! nenhuma necessidade de se considerar a sua validade
(adequação) sobre os Cakras mencionados anteriormente11.
15:98 – Semelhantemente, Oh Deveśi ! no caso de Mantras dado por Siddhas, que se originam dos quatro
Āmnāyas, e os Mālā Mantras também, em nenhum destes casos há necessidade de se considerar a sua validade.
15:99 – Não se deve considerar a validade para os Mantras de Nṛsiṁha, Sūrya, Vārāha, Prāsāda, Praṇava e
Sapiṇḍākṣara.
15:100 – Se a mente está em um lugar, Śiva em outro, Śakti em outro e o ar vital em outro, até mesmo um
crore de Japa, Oh Varārohe ! será inútil.
15:101 – Se o aprendizado é adquirido por motivo de debate, Japa é feito por motivo de outro, a doação é feita
por motivo de fama, como pode, Oh Varānane ! haver realização?
15:102 – Se a peregrinação é feita por motivo de riqueza, austeridades para exibição, adoração de uma
divindade para propósitos egoístas, como pode haver realização?
15:103 – São eles tolos quem faz Nyāsa, Pūjā, Japa, Homa com um corpo impuro; todos os seus esforços são
infrutíferos.
15:104 – Oh Minha Amada ! se o ritual é feito por quem é impuro devido a fezes, urina e outros resíduos,
então todo o Japa e adoração etc., tornam-se impuros.
15:105 – Quem faz Japa com roupa suja, cabelos sujos, mau odor na boca ou no corpo, então a Divindade,
tornando-Se desgostosa com ele, o queima em um instante.
15:106 – Deve-se evitar a preguiça, o bocejo, o sono, espirros, o cuspe, medo, toque nos membros inferiores e
a raiva.
15:107 – O Mantra não tem êxito quando feito com excessiva comida, falando sem sentido, com fofoca, com
rigidez de regras, apego a outro em uma inconstância.
15:108 – Não se deve realizar Japa com seu turbante, com manto, nu, com o cabelo desgrenhado, cercado por
uma comitiva, com roupas sujas, ou enquanto impuro, ou enquanto caminhando.
15:109 – Deve-se evitar durante o Japa a inércia, a tristeza, atividades inúteis, imaginação livre e passagem de
vento.
15:110 – Deve-se ser calmo, limpo, limitado na ingestão de alimento, dormir sobre o chão, devotado, em pleno
controle, livre de dualidade, firme de mente, silencioso e auto controlado durante o Japa.
15:111 – Deve-se realizar Japa com confiança, convicção, compostura, fé, regularidade, certeza,
contentamento, entusiasmo e qualidades semelhantes.
15:112 – O sucesso no Japa repousa nas mãos de um Sādhaka que está coberto com fragrância de flores,
ornamentos e roupas. Para os outros não há sucesso nem mesmo com um milhão de Japas.
15:113 – Deve-se realizar Japa com devoção para o Mantra, com a vida dedicada a ele, com a mente centrada
nele, inteiramente se doando a ele, seguindo os seus significados e meditando nele.
15:114 – Quando cansado pelo Japa, faça Dhyāna; cansado de Dhyāna, faça novamente Japa. Quem faz tanto
Japa quanto Dhyāna, alcança sucesso nos Mantras muito rapidamente.
15:115 – Assim eu falei para Você, Oh Kuleśāni ! as características do Puraścaraṇa em brevidade. Agora, o
que mais Você quer ouvir?
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Nota da Tradutora para o Português sobre o Ullāsa 15. Todas as notas de Rodapé aqui anexadas foram
formuladas com base nos tratados de Jyotiṣa e outros Śāstras Tântricos. A maior parte dos cálculos para
adequação dos Mantras está de acordo com os ensinamentos do Kulārṇava Tantra e também com os do Mantra
Mahodaddhi de Mahīdhara, mas como Astróloga Védica eu sigo os ensinamentos dos Śāstras em Astrologia
Védica e semelhantes para adequação do Mantra, em conformidade com a primeira letra do Nome ou do Janma
Nakṣatra, o Nakṣatra de nascimento, nesta última situação tendo o conhecimento da hora do nascimento e em
conformidade com cada caso a ser aplicado.
1a. As tabelas abaixo, bem como a descrição dos efeitos dos Mantras, consultadas a partir do livro Vedic Remedies in Astrology, por
Pandit Sanjay Rath, com base em pesquisa em outros Śāstras, bem como no Mantra Mahodaddhi de Mahīdhara. Não há qualquer
contradição entre as diversas fontes consultadas, embora algumas divergências quanto à afetação do Mantra diretamente sobre as
pessoas próximas ao Sādhaka Mantriko. Ao contrário, um estudo mais acurado permitirá o claro entendimento do estudo do Mantra-
Śāstra por diversas linhagens.
Tabela 1 – Akathaha Cakra – a tabela é semelhante aos Tratados em Jyotiṣa – nenhum comentário adicional.
A B C D
अ क थ ह उ ङ प आ ख द ऊ छ फ
I 1 2 3 4
a ka tha ha u ṅa pa ā kha da ū cha pha
ओ ड ब ऌ झ म औ ढ श ऌ ञ य
II 5 6 7 8
o ḍa ba lṛ jha ma au ḍha śa lṝ ña ya
ई घ न ॠ ज भ इ ग ि ऋ छ व
II 9 10 11 12
ī gha na ṝ ja bha i ga dha ṛ cha va
अः त स ऐ ठ ल अ र् ष ए ट र
IV 13 14 15 16
aḥ ta sa ai ṭha la aṁ ṇa ṣa e ṭa ra
Tabela 2.
1b. Deixe-nos determinar a adequação do Cāmuṇḍā Mantra para uma pessoa chamada Kailāś. O Mantra para adorar Durga na forma
Cāmuṇḍā é o “Om Aiṁ Hrīṁ klīṁ cāmuṇḍāyai vice” (ॐ ). Assim, a primeira letra do nome de Kailāś é “Ka” ( क) e o
bloco do nome é A1 (veja a tabela 1). Semelhantemente, a primeira letra do Mantra (excluindo a sílaba inicial OM) é “ai” ( ऐ) e o bloco
do Mantra é B4. Contando as Linhas a partir do Bloco do Nome (1) até o Bloco do Nome (4) temos o número 4 e o relacionamento é
“Ari”, ou inimigo. Contando as colunas do Bloco do Nome (A) até o Bloco do Mantra (B) temos 2, e o relacionamento é “Sadhya”. Assim
o principal relacionamento é Ari-Sadhya e a tabela 3 dá o resultado de destruição das filhas. Então, este Mantra não deve ser usado pela
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pessoa. Pode-se notar que temos usado a letra do nome próprio ao invés da carta do nascimento. Vedic Remedies in Astrology, Pt. Sanjay
Rath
2. Akadama Cakra é um método alternativo de testar a adaptação Siddhadi da primeira letra do nome e do Mantra. Entretanto, este
método não é recomendado se ele ignora as 4 letras neutras “lṛ, lṝ, ṛ ṝ (ऌ ऌ ऋ ॠ) daí reduzindo o número de Survakshara (vogais
governadas pelo Sol) de 16 para 12. O problema surge quando um nome como “Ṛṣi” surge e então este Cakra é inaplicável. Alguns
recentes autores aconselharam a usar este Cakra para determinar a eficácia do uso como “Ucchatan”, “Maran” etc, mas este Cakra não
tem a aprovação para ser usado assim. Pt. Sanjay Rath, Vedic Remedies Astrology.
3a. O Nakṣatra de Nascimento é o Janma Nakṣatra, ou o Nakṣatra onde Candra Graha está colocado ao nascimento.
3b. Os 27 Nakshatras (constelação) estão divididas em 3 grupos de nove, iniciando da constelação que tem a primeira letra do nome. Este
grupo de 3 constelações em trinos para o nome da constelação é chamado Janma, o segundo é Sampat, o terceiro é Vipat, o quarto é
Kṣema, o quinto é Pratyari, o sexto Sādhaka, o sétimo Vadha, o oitavo Mitra e o nono é Param Mitra. Evite Mantras onde o início da letra
pertence à constelação que é Vipat (terceiro-problemas), Pratyari (quinto-inimigo declarado) e Vadha (sétimo-obstáculos. Alguns autores
[Mantramahodadhi (24.28-31)]deram um diferente conjunto de letras para diferentes constelações, mas as letras iniciais usadas na
Astrologia Védica são as recomendadas. Pt. Sanjay Rath
3c. Janma, Saṁpad etc... obtêm-se a classificação de cada Nakṣatra dividindo-se o grupo de 27 por 9, formando-se assim um grupo de 3
Nakṣatras que serão Janma, os outros 3 seguintes serão classificados como Saṁpad, os 3 seguintes serão Vipat e assim sucessivamente.
4. O texto não segue uma coerência com as tabelas dadas em sequência. No Śloka 87 o Kulārṇava Tantra dá a Tabela referente ao
Nakṣatra Cakra ao dizer, “como se segue” e, entretanto, a tabela que está contida no texto é aquela referente ao Akaḍama Cakra em que
as letras neutras são ignoradas em sua sequência. Entretanto, no fim do capítulo ele dá a tabela para o Nakṣatra Cakra, que segue
abaixo:
5. Estes não são os nomes dos signos, porém sim dos Bhāvas, ou seja, as casas. O próprio texto em sânscrito torna difícil a compreensão
para o leigo, uma vez que ele se refere às Rāśis, quando fala “rāśyaḥ”, ou seja, “as rāśis”, mas cita o nome dos Bhāvas mesmo no
Sânscrito no original. Então, deixo aqui o nome dos signos (Rāśis) e dos Bhāvas (casas) – as 12 Rāśis são Meṣa (Áries), Vṛṣa (Touro),
Mithuna (Gêmeos), Karkaṭa (Câncer), Siṃha (Leão), Kanya (Virgem), Tulā (Libra), Vṛścika (Escorpião), Dhanus (Sagitário), Makara
(Capricórnio), Kumbha (Aquário), Mīna (Peixes). E os 12 Bhāvas são Lagna ou Thanu (Ascendente ou casa 1), Dhana (casa 2), Sahaja
(casa 3), Bandhu (casa 4), Putra (casa 5), Ari (casa 6), Yuvati (casa 7), Randhra (casa 8), Dharma (casa 9), Karma (casa 10), Lābha
(casa 11) e Vyaya (casa 12). Esses são os nomes mais usuais, de fato existem diversas nominações.
6. Aqui o tradutor para o inglês diz que deve começar a contagem a partir da Rāśi de seu nascimento, mas não especifica se é por meio do
Lagna, um ponto sensível e mais importante do que o signo solar, ou se pelo signo lunar. Entretanto, o texto declara no original
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“rāśinakṣatre”, indicando que a referência a ser tomada aqui é aquela da Rāśi do Nakṣatra de nascimento, ou seja, de onde Lua, o
Senhor Candra Graha, está colocado naquele seu Nakṣatra de nascimento.
7. Sobre o Ṛṇi-Dhanī, Ṛana significa Débito e Dhana significa dinheiro. Daí, Ṛṇi-Dhanī é uma ferramenta matemática para determinar a
eficácia de um Mantra. A tabela abaixo dá o Rna-Dhana Chakra como pelos Tratados em Jyotiṣa, o qual deve ser usado para determinar
os valores para o Mantra e para o nome (da pessoa) separadamente. O Akshara compreendendo o Mantra/Nome são separados e seu
valor numérico apurado a partir desta tabela. Em seguida, os números são adicionados e a soma é dividida por oito (8). Os valores
numéricos para as letras do Mantra corresponde aos da linha superior, enquanto que os valores numéricos para as letras do Nome
corresponde aos da linha inferior. No caso de vogais longas, os valores numéricos das correspondentes das vogais curtas devem ser
tomadas. Agora, se o valor do Mantra for maior do que o valor do Nome, então ele é Ṛṇi (em débito) e a pessoa (Nome) é Dhanī (rico).
Isto é auspicioso, enquanto que se o valor do Nome for maior do que o do Mantra, então a pessoa (Nome) está em débito (Ṛṇi). Se ambos
forem iguais, então também a pessoa (nome) não está em débito e o Mantra frutifica. Além disso, todas as letras, incluindo as semivogais,
vogais etc., devem ser consideradas. Observe que aqui há uma diferença em cálculo quanto ao disposto no Kulārṇava Tantra. Fica a
critério do praticante a adequação conforme às instruções recebidas de seu próprio Guru.
14 27 2 12 15 6 4 3 5 8 9
अ इ उ ऋ ऌ ए ऐ ओ औ अ अः
क ख ग घ ङ च छ ज झ ञ ट
ठ ड ढ र् त थ द ि न प फ
ब भ म य र ल प श ष स ह
10 1 7 4 8 3 7 5 4 1 7
6 6 6 0 3 4 4 0 0 0 3
अआ इई उऊ ऋॠ ऌॡ ए ऐ ओ औ अ अः
क ख ग घ ङ च छ ज झ ञ ट
ठ ड ढ र् त थ द ि न प फ
ब भ म य र ल प श ष स ह
2 2 7 0 0 2 1 0 4 4 1
8a. Kula significa família ou linhagem e no caso do Mantra, a árvore genealógica pode ser a base dos cinco elementos/estados da
existência como Agni (Luz/Energia), Vāyu (Gás, Ar), Jala (Água, incluindo todos os fluídos), Pṛthivī (Terra, incluindo todos os sólidos) e
Ākāśa (Éter que existe no Vácuo). Todas as letras de um elemento pertencem a um Kula, ou família, e são naturalmente benéficas umas às
outras. Semelhantemente, algumas famílias são amigas de umas e inimigas de outras. É importante que a letra inicial do mantra não seja
inimiga daquele do mantra. As colunas na tabela do Kula-A-Kula dão as cinco famílias. O relacionamento entre as famílias está na
tabela da nota de rodapé 9. Os planetas foram mostrados de acordo com Parasara. Seu domínio das letras/Akshara está junto da linha
indicada. O Sol governa as vogais, a Lua as semivogais e assim por diante. Os resultados dos relacionamentos Kula a-Kula devem ser
decifrados como se segue.
8b. Perceba a tabela dada pelo texto original no Śloka 94. Veja que ela obedece aos mesmos critérios como ensinado pelos Śāstras em
Jyotiṣa. Mārut, Ar ou Vāyu são palavras que simbolizam a mesma divindade daquele elemento. Abaixo uma tabela mais elaborada com os
planetas governando cada sequencia de letras com seus elementos correspondentes foi dada.
अआ इई उऊ ऋॠ ऌऌ
Sol
ए ऐ ओ औ अ
क ख ग घ ङ
Marte
च छ ज झ ञ
Vênus
ट ठ ड ढ र्
Mercúrio
त थ द ि न
Júpiter
प फ ब भ म
Saturno
य र ल व श
Lua
ष क्ष ळ स ह
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9. A tabela abaixo dá a amizade e inimizade natural entre os elementos (Bhūtas), chamada relacionamento Kula-A-Kula. Esta tabela
corresponde aos Ślokas 95-96 que trata do mesmo assunto.
10. Om é o Ekākṣara ou aquela letra que representa a divindade. Ele é composto de três letras “A” (Brahma), U (Viṣṇu) e M (Śiva) e
representa o processo inteiro da vida do nascimento, sustento e morte. Então ele representa Deus em todos os três aspectos, sendo
também a Trimurti (Dattātreya Mantra). Daí ele se torna o Guru de todos os Mantras significativos para alcançar Yoga com Deus. Estas
três letras também representam os três Guṇas (Sattva, Rajas e Tamas), os três Ṛṣis (Narada, Agastya e Dūrvasa), os três níveis do corpo
(Umbigo, Coração e Cabeça) etc. Para uma maior compreensão, uma leitura do Śrimad Bhāgavatam, traduzido por Śrila Prabhupada, é
recomendado, seguido pelo Kena Upaniṣad e pelo Rig Veda.
Os principais Mantras iniciam com OM com base nos ensinamentos do Rig Veda no seguinte Mantra: “Gananām Tva Gaṇapatim
Havamahey; Kavi Kavinam Upavasravastamam; Jyestha-Rajam Brahmanām Brahmanaspata ā nah sranavannutibhih sidda
sadanam” (RV II 23.1) “Oh, Gaṇeśa, Senhor de todos os videntes, louvado seja Tu: Tu és Onisciente e a sabedoria incomparável do
sábio. Tu és o precursor [OM] de todos os louvores e o Senhor de todas as almas, louvamos a Ti por orientação para o sucesso em todas
as boas ações.”
11. A adequação de um mantra é dada pelos Cakras citados no texto. Entretanto, para alguns Mantras, nenhuma necessidade há de se
verificar a adequação, ou seja, se o Mantra irá ou não frutificar, se ele é amigo ou inimigo, se ele causa realização ou a destruição da
natividade, de seus amigos e parentes etc. O Mantra Śāstra ensina que os Mantras podem ser classificados em dois tipos –
a. Prasiddha Mantra – aquele que pode ser recitado por qualquer pessoa, independente de ter sido dado por um Guru ou não, e sem um
objetivo específico de solucionar um problema; ou
b. Kamya-siddha Mantra – que são destinados a solucionar problemas específicos. Enquanto existe uma concordância sobre qual Mantra
pertence a esta categoria, existe algum desacordo sobre qual Mantra precisa ser dado pelo Guru. Por exemplo, existe uma concordância
geral sobre o Panchakshari Mantra “Namaḥ Śivāya” ( ) ou sua contraparte Shadakshati “Oṁ Namaḥ Śivāya”(ॐ )
como pertencente ao grupo Prasiddha onde qualquer um pode praticá-lo e é para o bem estar de todos os seres, mas então existem
Mantras como aquele Savitur, popularmente chamado de Gāyatrī Mantra que, embora se destine ao bem estar dos seres, e naquele
sentido Prasiddha, precisa ser dado por um Guru competente.
Além destas observações extensivas que adiciono ao texto, faço lembrar que na Tradição Kaulika o texto é claro ao dizer quais são os
mantras que funcionam como Prasiddha Mantra, ou seja, os que podem ser recitados por qualquer pessoa e que não causam mal algum,
mas que produzem realização, conforme os Ślokas 97-100.
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कुलार्णव तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
________________________________________________________
षोडश उल्लासः
ṣoḍaśa ullāsaḥ
Décimo-Sexto Ullāsa
________________________________________________________
Īśvara disse:
16:2 – Ouça, Oh Devi ! Eu estou falando o que Você me perguntou. Por meramente ouvir isto, a pessoa se
torna eficiente no uso dos rituais.
16:3 – Oh Minha Amada ! com a mente pura e seguindo as regras prescritas, um Sādhaka deve realizar cinco
Lakhs1 de Japa do Śrī Prāsāda Parā Mantra.
16:4 – Dez Homas, um décimo do número de Japas, em um fogo purificado, e um décimo de Tarpaṇa com
leite, água e Śāli-arroz.
16:5 – Em seguida, satisfazendo as Yoginīs tanto quanto possível com fragrância, flores, Akṣata, dinheiro,
roupa, comida de bom gosto e outras coisas belas usadas como Havya.
16:6-8 – Oh Kulanāyike ! assim, com Nyāsa, Japa, Dhyāna, Homa, adoração e Tarpaṇa, o Mantra se torna
frutífero e o Sādhaka se torna como o Próprio Para Śiva. Somente então é que o sábio Sādhaka deve começar a
Sādhana para a frutificação dos desejos de seu coração com este Mantra (Śrī Prāsāda Parā Mantra). Com um
Siddha Mantra2 os seis Rituais3 definitivamente prosperam. Um Mantra não Siddha nunca dá sucesso e, por
outro lado, um Sādhaka de tal Mantra recebe a curse da Divindade.
16:9 – Oh Minha Amada ! aqueles que realizam a Sādhanā para a frutificação dos motivos desejados através
dos Ṣaṭkarmas (os seis rituais) não obtêm a liberação. Eles, contudo, obtêm sucesso em seus experimentos e
isto, por si só, é o fruto; nada mais além disso.
16:10 – Não se pode obter dois frutos somente através de um meio. Portanto, Oh Deveśi ! a adoração da
Divindade deve ser realizada com espírito altruísta.
114
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16:11 – Deve-se realizar seus próprios e os Ṣaṭkarmas dos outros com Nyāsa, Homa, Tarpaṇa, Dhyāna, Mantra
etc.
16:12-13 – Para a pacificação de faltas dos experimentos e para sua própria segurança, deve-se realizar a Cakra
Pūjā e um Lakh de Mantra Japa conforme os procedimentos prescritos; caso contrário os resultados desejados
não serão obtidos. Por outro lado, o Sādhaka deve receber a curse da Divindade (caso não o faça).
16:14 – Depois de conhecer Tithi, Vāra, Nakṣatra, Yoga, Māsa, Ṛtu, Pakṣa, Dīpeśa e Kūrma Cakra, o ritual
deve frutificar4.
16:15 – Ṛṣi, Chanda, Bīja, Śakti, Kīlaka, Devatā, Aṅga-Nyāsa, Dhyāna e Pūjana devem ser bem conhecidos
antes de se iniciar a Sādhanā5.
16:16 – Conhecendo o Putra, Bāndhava e Strī, e as Rāśis que são favoráveis e o Varṇa, a amizade entre os
Bhūtas e o Udaya-anta etc., deve-se começar a Sādhanā.
16:17 – Não há nenhuma diferença entre Mantra e Vidyā, suas formas Nidrā e Bodha e os gêneros masculino,
feminino e neutro etc. – todos estes devem ser conhecidos antes de começar a Sādhanā.
16:18 – Somente depois de conhecer o Varṇa (classe) do Mantra, o Padadvita (os dois pés) , o Caitanya
(Consciência), o Sūtaka (impurezas) e os Svaras (vogais) longos e curtos, Pluta etc., é que se deve começar seu
ritual.
16:19 – O Pañca-śuddhi, Āsana, Prāṇāyāma, Nyāsa, Akṣamālā, faltas do Mantra, purificação do Mantra e
Mudrā etc., devem ser também conhecidos antes de começar o ritual.
16:20 – Da mesma forma, depois de conhecer o Āsana, o Digbandha, Nāḍī, Tattvasaṅgati, Devatā, Kāla e
Mudrā etc., é que o ritual frutifica.
16:21 – Somente depois de conhecer o Sādhya, Sādhaka, Karma, Lekhanī e Dravya, todos estes cinco, e
também o local, Yantra e Pramāṇa etc., é que se deve realizar o ritual.
16:22 – Depois de conhecer Utpatti, Vāsanā, Varṇa, Mūrti, Saṁskāra, Saṁsthāna, Kuṇḍa e a quantidade de
Homa-dravya, é que se deve realizar o Homa.
16:23 – Depois de conhecer a cor do fogo e a fumaça, Dhvani, Gandha, Śikhā, as formas e as ações auspiciosas
etc., é que se deve inferir sobre os resultados auspiciosos e não auspiciosos.
16:24 – Com base em pesquisa do Mantra-Tattva, deve-se inferir sobre os sintomas do Dehāveśādi (os
impulsos do corpo), e também conhecendo as diferença de pronuncia do Mantra, entrar na Sādhanā.
16:25 – Depois de conhecer o Maṇḍala, o Kalaśa, o Dravya-Śuddhi, Gandhāṣṭaka, Dīkṣā, Nāmakaraṇa, deve-se
realizar o ritual da Dīkṣā.
16:26 – Depois de conhecer Nitya, Naimittika e Kāmya Karmas, Niyamas, Bhāvanās dos Nomes, o método de
adoração e os Yantras que devem ser meditados, é que se deve realizar sua Sādhanā.
16:27 – Depois de conhecer o método de entrar na morada da adoração, os sintomas da Kula Pūjā e o método
de purificação dos Kula Dravyas, é que se deve entrar em adoração.
16:28 – Antaryāga, Bahiryāga, método de estabelecer o Ghaṭa e o Arghya-Pātra e também o método das cinco
Puṣpāñjalis – estes devem ser conhecidos antes de começar a Sādhanā.
16:29 – Deve-se realizar os rituais somente depois de conhecer o Pātra, Ādhāra, Ali (Madya), Piśit (Māṁsa),
Kalā, Mudrā, Adva-Melana e o método de oferecimento de oblações para o Baṭuka etc.
16:30 – Depois de conhecer o funcionamento do Kula-A-Kula, as distinções da Śakti, os sinais auspiciosos, o
método de purificar uma mulher, o método de adorar e também o momento de copulação, é que se deve adotar
a Śakti.
16:31 – Deve-se beber o Kula-Sudhā somente depois de conhecer as distinções das bebidas, seus frutos,
medidas, situações e sinais do Ullāsa, e também o método de aceitação dos três Tattvas.
16:32 – Oh Minha Amada ! depois de conhecer o método de entrar em um Cakra, as formalidades das
Saudações e a etiqueta do Cakra, ou seja, normas de comportamento nele, de sair e de entrar nele, as Yoginīs e
as ações dos Yogīs, e que alguém se torna um Kaulika.
16:33 – O momento de satisfação da Rati, a submissão do Kuladīpaka e o método de ler os louvores de
pacificação – depois de conhecer tudo isto é que a pessoa se torna um Kuladeśika.
16:34 – Anugrahas de Mithuna, a adoração Aṣṭāṣṭa-Pūjana de Puṣpiṇī Kumarī e os tipos de adoração nos dias
especiais – tudo isto deve ser conhecido antes de começara a Sādhanā.
16:35 – Deve-se começar a Sādhanā somente depois de conhecer as diferenças dos Āmnāyas, Saṁketa, Puṣpa-
Saṁkoca, Gurutraya e a Seita.
16:36 – Deve-se começar a Sādhanā somente depois de conhecer o Sratua-Vidyā, o Kulācāra, os tipos de
Mantras, Pādukā e o Caraṇa-Tritaya.
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16:37 – Depois de conhecer mais, ou menos, ou igual quantidade da ordem da adoração Kaulika, e também dos
Siddhas Mantras, deve-se praticar a Sādhanā.
16:38 – Depois de conhecer os métodos de Kulāgni, Preta Saṁskāra, Antyeṣṭhi, Digbali e Mokṣadīpa, deve
começar a Sādhana.
16:39 – Estes são alguns assuntos especiais que foram descritos. Contudo, Oh Kulanāyike ! a ordem do método
de todos os Mantras é um tanto quanto Universal.
16:40-41 – Os Mantras dos Devatās são masculinos e das Vidyās são femininos6. O Mantra no fim do qual
ocorre Huṁ ou Phaṭ são masculinos e em tais Mantras o Prāṇa se move através da narina direita. Os Mantras
terminando com Svāhā pertencem às Divindades Femininas e neles o Prāṇa (ar vital) se move através da narina
esquerda (Iḍā). Os Mantras terminando com Namaḥ são chamados neutros e neles o Prāṇa se move por ambas
as narinas.
16:42-43 – Mantras Saumyā são usados em rituais de pacificação. As letras de tais Mantras são, por assim
dizer, cheios de Amṛta-Tattva (essência de néctar) e no final desses mantras vem Svāhā. Nos rituais cruéis, os
Āgneya Mantras são usados. Nos rituais para prosperidade, os Phaṭ Mantras; em rituais de cativação, os Vaṣaṭ
Mantras; nos rituais para infligir morte sobre o inimigo, Huṁ Phaṭ Mantras; em rituais de imobilização, Namaḥ
Mantras; e em rituais de pacificação, Svāhā Mantras são usados.
16:44 – Em Homa e Tarpaṇa, Svāhā; e em Nyāsa e Pūjana, Namaḥ devem ser usados no final de um Mantra
como requerido pelas circunstâncias durante o período do Japa.
16:45 – Prata e placas de cobre foram prescritos nos rituais de pacificação. Em rituais de cativação se deve usar
Bhoja Patra (casca da árvore bétula); enquanto que folhas de ouro podem ser usadas em todos os tipos de
rituais. Para rituais cruéis Preta-Karpaṭa (uma espécie de sudário, mortalha) é prescrito.
16:46 – Tri-Gandhā (três fragrâncias) em rituais de pacificação; Pañca-Gandhā (cinco fragrâncias) em rituais
de cativação; Aṣṭa-Gandhā (oito fragrâncias) em todos os tipos de rituais; e Aṣṭa-Viṣas (oito venenos) em
rituais cruéis são prescritos.
16:47 – Deve-se usar uma caneta de Dūrvā (panicum dactylon) nos rituais de pacificação; de pena de pavão em
rituais de cativação; de ouro em todos os tipos de rituais; e de rabo de corvo em rituais cruéis.
16:48 – É prescrito a realização de rituais de pacificação na própria casa; de rituais de cativação em um templo
da Deusa Caṇḍikā; todos os tipos de rituais no templo de uma Divindade; e os rituais de crueldade em campos
crematórios.
16:49 – Conhecendo todas estas características da boca de um Guru, Oh Minha Amada ! deve-se realizar os
respectivos rituais para a realização de seus frutos.
16:50-53 – Contemplando no Mūlādhāra o Prāsāda-Bīja, luminoso como o Sol nascente, e na cabeça o Parā-
Bīja do brilho de milhões de Luas, quem experiencia a satisfação da Bem-aventurança que se origina do mútuo
contato destes dois, e assim se sente completamente encharcado, da cabeça aos pés, pelo Parāmṛta-Rasa,
continuamente fluindo do Mūlādhāra para o Brahmarandhra, torna-se imortal e permanece perpetuamente
jovem. Oh Kuleśānī ! contemplando assim quem realiza Sādhanā de todos os rituais, rapidamente obtém a
fruição de todos os seus desejos – não há dúvida disto.
16:54 – Oh Minha Amada ! agora Eu falarei sobre as diferenças de tudo – o Dhyāna frutificante do qual se
pode obter os frutos desejados sem Pūjā e Homa etc.
16:55-58 – O Sādhaka deve, com a mente composta, sentar-se em uma postura confortável e em algum local
agradável. Em seguida, depois de adorar o Guru, ele deve contemplar a brilhante Lua Cheia situada em sua
cabeça. No centro do disco da Lua ele deve se concentrar no Śrī Prāsāda Parā Bīja, branco como a pérola,
como o cristal, a cânfora, a flor Kuṇḍa e a Lua, e contendo as dezesseis vogais7. Ele deve imaginar, com mente
concentrada, como se seu corpo estivesse completamente encharcado com o néctar fluindo daquela Lua.
Assim, todos os seus maus efeitos devem ser destruídos e ele deve ser beneficiado com os auspiciosos Śrī e
nutrido.
16:59 – Oh Minha Amada ! associado com a satisfação da juventude ele deve realizar 1008 Japas do Prāsāda-
Parā-Mantra e adorar o Maṇḍala.
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16:60-61 – Assim, livrando-se dos maus efeitos dos Grahas, da epilepsia, histeria que se originam dos efeitos
dos espíritos maléficos e de touras doenças mentais e físicas, o Sādhaka deve viver uma vida prospera
abençoada com filhos e netos. Juntamente ele deve ser adorado por todos os homens.
16:62 – Ele desenvolve a capacidade de entender os Śāstras desconhecidos, pode compor boa poesia e sem
dúvida se torna inteligência pura em si mesmo.
16:63 – Nas doenças como neuroses, o Sādhaka deve realizar Japa enquanto contempla a cabeça. No caso de
dor, problemas de vento (doenças originadas do desequilíbrio de Vata), abscessos, coagulação ou dor ao urinar,
ele deve, Oh Deveśi ! concentrar sobre a parte afetada e realizar Japa.
16:64 – No caso de alguma grande doença, ele deve se concentrar sobre os órgãos do corpo. Isto sem dúvida
irá libertá-lo de todas as suas doenças.
16:65 – Contemplando sobre os 10 Indriyas, faça-os saudáveis e equilibrados. Onde quer que o Bīja seja
contemplado, sem dúvida os respectivos frutos são obtidos.
16:66-67 – Quem contempla sobre o Mūrdhā (topo da cabeça), torna-se imortal e sempre jovem. Oh Minha
Amada ! Este é Dhyāna que destrói todas as doenças e providencia saúde e conhecimento. Sem dúvida não
existe nada mais superior a isto. Isto verdadeiramente é o fruto da pureza, ou do Sattvico Dhyāna.
16:68 – Oh Deveśi ! deve-se aderir a este método em todos os rituais de pacificação. Verdadeiramente se
obtém fortunas a partir deste método.
16:69 – Pela contemplação dos Bījas associados com os 12 Svaras (vogais) nos doze lótus básicos, o Sādhaka
se torna imortal e sempre jovem.
16:70 – Oh Kulanāyike ! pela contemplação sobre os Bījas associados com os seis longos Svaras (vogais) nos
seis Ādhāras, o Sādhaka é adorado pelas Devis que residem nestes lótus.
16:71-73 – Situado no centro do pericarpo do lótus do coração está o Sol. Deve-se contemplar sobre o Parā-
Prāsāda-Bīja situado naquele Sol e brilhante como o Sol nascente, cuja radiancia é avermelhado como a flor
Javā (Chinese rose), a flor Bandhūka (Pentapetes Phoenia), as flores Sindūra e Padma-Rāga (matiz do lótus).
A partir deste brilho, os três mundos também parecem vermelhos. Agora ele deve sentir seu próprio Eu Interno
absorto no brilho daquele Bīja.
16:74 – Portanto, associando a si mesmo com a exuberância da juventude (Taruṇollāsa), o Sādhaka deve
realizar 1008 Japas do Parā-Prāsāda-Bīja.
16:75-76 – A partir deste ritual até mesmo os Deuses, os demônios, Gandharvas, Siddhas, Kinnaras, Guhyakas,
Vidyādharas, Munīs, Yakṣas, Nāgas, Apsaras, senhoras, animais carnívoros como os leões, tigres e serpentes,
todos são cativados, então, o que dizer dos homens?
16:77 – Oh Minha Amada ! o Sādhaka recebe grande esplendor e desfrutes celestiais. Por quem um Japa é
realizado com contemplação na cabeça, ele é cativado rapidamente.
16:78 – Assim foi declarado sobre os frutos do Rājasa Dhyāna. Em todos os rituais de cativação, deve-se aderir
a este método.
16:79 – Oh Devi ! todas essas fruições são dos rituais de cativação e dá o fruto de todos os esplendores. Sem
dúvida é verdade de que não há nada melhor do que este Dhyāna.
16:80 – Construindo um triângulo, um hexágono, um octógono e um Bhūpura, deve-se, em seu centro, escrever
o Mūla Mantra junto com o nome do Sādhya (nome do objetivo, ou pessoa desejada)
16:81 – Oh Parameśvarī ! nos seis ângulos devem ser escritos os seis membros. Oh Pārvati ! os oito Svaras
devem ser escritos nos filamentos e nos quadrados das pétalas.
16:82 – Oh Ambike ! nos quatro cantos do Bhūgṛha, o Mūla Mantra deve ser escrito e com pó de cinco cores o
Yantra deve ser embelezado (desenhado).
16:83-84 – O conhecedor dos Mantras deve escrever um Yantra da forma acima. Em seguida, no centro do
Yantra e nos quatro cantos do Bhūpura, ele deve estabelecer, Oh Minha Amada ! um, três, seis, oito e quatro –
assim vinte e dois Kalaśas no total, respectivamente. Ou ainda, conforme a sua capacidade, ele pode
estabelecer 18, 10, 7, 4, ou até mesmo um Kalaśa.
16:85-88 – Oh Minha Amada ! Portanto, todos estes Kalaśas devem ser preenchidos conforme a forma
prescrita com Asthi (osso), Rakta (sangue), Śira (veias), Tantu (fibras), Carma (pele) e Vastra (roupas) etc. Em
seguida, um conhecedor de Mantras, deve adorar apropriadamente com o devidamente consagrado Prāṇa-
Pratiṣṭhā Mantra o Kalaśa dos Devatās e os Dikpālas nos vários pontos cardinais. Portanto, para a pacificação
de todos os pecados, o amado Śiṣya deve ser consagrado com água dos Kalaśas.
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16:89 – Assim, o Sādhaka obtém vida longa, riqueza, brilho, boa fortuna, conhecimento e livramento das
doenças etc. Um Rei assim consagrado obtém soberania sobre a terra, espalhando-se sobre os oceanos em
todas as direções.
16:90 – Assim consagrado, uma pessoa pobre obtém esplendor e uma mulher estéril obtém filhos possuidores
de todas as qualidades.
16:91-92 – Ele retira, sem dúvida, todas as perturbações de maus espíritos, morte prematura e doenças. Se este
Yantra, escrito sobre três metais (Trilauha) ou sobre a casca da bétula (Bhoja Patra), for amarrado no braço,
então ele providencia proteção contra todas as coisas e tudo o que o Sādhaka deseja ele, sem dúvida, consegue
obter.
16:93-95 – Cativação da espada, interrupção do envelhecimento, Yakṣinī-Siddhi, Añjana-Siddhi, Pādukā-
Siddhi, Aṇimā etc., as oito grandes realizações, a grande formula química e médica, comprimidos capazes de
reviver o morto – todas estas maiores realizações facilmente vêm para o conhecedor do Parā-Prāsāda-Mantra.
A Sādhanā dos Ṣaṭkarmas (os seis rituais para os objetivos desejados) nunca são inúteis.
16:96-97 – Meditando sobre o Devatā, um Sādhaka deve realizar Havana como antes, com cúrcuma e outros
materiais amarelos, lenha, frutos e folhas. Isto sem dúvida imobiliza o discurso, a audição, o movimento, a
visão, o braço, o rio, os planetas, o inimigo e vários outros animais ferozes.
16:98 – Oh Minha Amada ! Não há melhor Dhyāna do que este para o propósito de se destruir as calamidades
planetárias, as doenças e as pessoas maléficas. Isto é verdadeiro e não há dúvida sobre isto.
16:99 – Oh Devi ! assim foi dito sobre o resultado da Tāmasa Sādhanā. Deve-se usar este método para infligir
morte sobre pessoas más e inimigos.
16:100 – Oh Minha Amada ! Conhecendo estas distinções de Dhyāna, diretamente da boca de um Guru, deve-
se sozinho praticar os Ṣaṭkarmas, não o contrário.
16: 101-103 – Oh Kulanāyike ! um Sādhaka deve realizar Havana com samidhā (combustível) de Khadira
(Acacia catechu), Śveta-Mandāra (Erithrina Indica), Palāśa (Curcuma zedoria), Uḍumbara (Ficus Glomerata),
Aśvattha (Ficus Religiosa), Pippala (também chamada de Ficus Religiosa), Plakṣa (Ficus infectoria)
Apāmārga (Achyranthes áspera), lótus branco e outros materiais, frutos, comestíveis, arroz cozido no leite com
açúcar, Madhura-traya (açúcar, mel e manteiga clarificada) ou arroz-tila misturado com Surā.
16:104 – Conforme for o objetivo, que pode ser pequeno ou grande, deve-se, com todos os materiais acima
mencionados, ou com um, fazer um, três ou cinco mil oblações.
16:105-106 – Oh Kuleśvari ! invocando e contemplando sobre o Devatā com revestimentos, um Sādhaka deve,
no poço contendo o fogo purificado, metodicamente e com mente concentrada, colocar dez mil, um Lack ou
dez Lacks de oblações conforme prescrito para o ritual em questão.
16:107 – Todas as doenças como histeria, epilepsia, tuberculose e todos os outros problemas, sem dúvida, são
destruídas imediatamente diante deste ritual. Oh Minha Amada ! a pessoa obtém dito todas as espécies de paz,
conhecimento e aprendizado.
16:108-113 – O conhecedor dos Mantras deve realizar Havana na forma prescrita com Kadamba (Nauclea
Cadamba), Aśoka (Jonesia Ashoka Roxb), Agastya (Agasti grandiflora), Punnāga (Rottleria tinctoria ou
calophylium inophyllum), Āma (manga), Madhūka (Bassia latifolia), Campā (Michelia Campaka), Palāśa
(Curcuma zedoria), Bilva (Aegle Marmelos), Pāṭala (Bignonia Suaveoleus), Kapittha (Feronia elephantum),
Mālatī (Jasminum grandiflorum), Mallikā (Wrightia antidysenterica), Jāti (um tipo de jasmim), Bandhūka
(Pentapetes phoenicea), Lótus vermelho, Kalhāra (Nymphia Lótus), Mandarā vermelho (Erithina Indica) Yūthi
(Jasminum auriculatum), Kunda (Jasminum multiflorum), Japā (China rose), Nārikela (coqueiro), Kadalī
(Musa sapientum), Drākṣā (uvas), Ikṣu (cana de açúcar), Pṛthuka (uma espécie de grão), Candana (Sândalo),
Aguru (Aquilaria agaloocha), Karpūra (Cânfora), Rocanā (um pigmento amarelo mais conhecido como Go-
rocanā), Kuṁkuma (crocus sativus) e combustíveis de outros materiais auspiciosos (outras madeiras e óleos),
flores, folhas, frutos etc. A partir disto, Oh Kuleśvari ! o rei, as senhoras soberbas de sua juventude, os homens,
os leões, tigres e outros animais ferozes, os elefantes, Siddhas, Devas, Apsaras, Yakṣas, Gandharvas e suas
fêmeas – todos estes, sem dúvida, são cativados.
16:114 – Havana de Bājī-Lavaṇa definitivamente atrai as senhoras e a pessoa obtém fortuna superior com este
método.
16:115 – Não há o que dizer tanto. Com este rei dos Mantras nada permanece inalcançável para o Sādhaka.
16:116 – Oh Kuleśvari ! um adepto em Ūrdhvāmnāya, conhecedor do Parā-Prāsāda Mantra, e conhecedor do
conhecimento essencial do Kulārṇava é liberado nesta mesma vida.
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16:117 – O conhecedor do Parā-Prāsāda Mantra permanece sempre liberado onde quer que ele viva, quer em
um local santo ou não santo, ou mesmo no meio da água – não há dúvida quanto a isto.
16:118 – Oh Pārvati ! deve-se primeiramente conhecer o Bhairava e as Devis dos pontos cardinais, os Pīṭhas,
os locais sagrados, Mudrās, Mathas e o Ūrdhvāmnāya.
16:119-124 – Nimb (Azadirachta Indica), Kāraskara (uma planta venenosa), Unmatta (Pterospermum
Acerifolium), Kaṇṭakī (nome de várias plantas espinhosas), Vipra-danta (dentes de um Brahmaṇe), Asthi
(ossos), várias plantas espinhosas e outros materiais inauspiciosos, ou glóbulos pretos, vários combustíveis,
folhas, frutos – tudo isto junto com a fumaça da cozinha, cinzas de piras de funeral, e colírio de Trikaṭu (três
coisas amargas, ou seja, pimenta preta, pimenta longa e gengibre em pó) devem ser bem socados em suco de
Unmatta (Pterospermum acerifolium) e então enterrado bem. Tomando esta pasta e também a poeira de baixo
dos pés do Sādhya (contra quem o ritual está sendo direcionado), e as cinzas da pira funerária – tudo isto deve
ser misturado e um modelo do Sādhya feito desta pasta grossa. Agora, invocando vida nela (na imagem
modelada), ela deve ser enterrada sob a fogueira. Em seguida, com uma mente maliciosa, olhando ferozmente e
com uma atitude raivosa, o Sādhaka deve fazer um fogo a partir das sete madeiras venenosas. Neste fogo ele
deve, então, realizar Havana com os materiais acima mencionados. Isto, sem dúvida, causará inimizade,
aversão e morte.
Contemplação das cores branca, etc., nos rituais de pacificação etc., nos 6 rituais
16:125-126 – Deve-se contemplar sobre a cor branca Sattvica nos rituais de pacificação; na cor vermelha
Rājasica nos rituais de cativação; e a cor preta Tāmasica nos rituais cruéis.
16:127 – O Sādhaka deve tomar todas medidas de auto proteção e começar o ritual somente mais tarde. Quem,
por ilusão, não faz assim, torna-se um animal dos Deuses.
16:128 – Portanto, Oh Devi ! um Sādhaka sábio deve começar os rituais somente depois de realizar o Mahā-
Ṣoḍhā-Nyāsa, adoração e Bali.
16:129 – Contemplando sobre o Fogo no centro do Mūlādhāra Lótus, deve-se, em seguida, contemplar neste
centro o Parā-Prāsāda-Bīja junto com dez letras permeando-o e brilhantes como o fogo da dissolução final.
16:130-133 – Assumindo-se como o fogo (ou se imaginando) da dissolução final, uma atitude temerosa para
com todos os organismos, um Sādhaka, olhando para o Sul, com olhar feroz e associado com a exuberância da
juventude, deve realizar 1008 Japas do grupo de Mantras chamado Parā-Prāsāda.
16:134 – Deve-se contemplar todos os seres injuriosos, as pessoas cruéis, aqueles que causam conflitos e dor,
invejosos sem fundamentos, que causam perturbações na adoração, espíritos maléficos, planetas secundários,
duendes, espíritos, Yakṣas, Rākṣasas e todos os outros seres ferozes como caindo naquele fogo e queimando
nele. Assim eles são destruídos em um momento como traças no fogo.
16:135 – Oh Deveśi ! em cuja cabeça este Bīja é contemplado obtém a morte. A partir deste Dhyāna até
mesmo a Morte (Kāla) em Si mesmo é destruído.
16:136 – Oh Minha Amada ! assim eu falei em brevidade os rituais relacionados aos objetivos desejados. Oh
Kuleśāni ! agora o que mais Você quer ouvir?
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Tantra, dentre os Tratados acima mencionados. Pode haver algumas divergências por parte de algumas autoridades quanto a sequencia. Em
continuação, estas 16 Kalās são governadas ´por 16 Nitya Devis. Elas são chamadas Ṣoḍaṣa Nityas, e são: 1.Mahā Tripura Sundarī,
2.Kameśvarī, 3.Bhagamālinī, 4.Nityaklinna, 5.Bherunda, 6.Vanhivasinī, 7.Maha Vajreśvari, 8.Śivadooti (Roudri), 9.Tvarita,
10.Kulasundari, 11.Nitya, 12.Nīlapataka, 13.Vijaya, 14.Sarvamaṅgala, 15.Jvalamalinī, e 16.Chidrūpa (Chitra). Em continuidade, as 16
vogais são aṁ āṁ iṁ īṁ uṁ ūṁ eṁ aiṁ oṁ auṁ ṛṁ ṝṁ lṛṁ lṝṁ am aḥ. A adoração dessas Divindades é uma bem conhecida prática
Tântrica e não será abordada aqui nesta tradução.
8. As cores como descritas no Kulārṇava Tantra podem ser encontradas diferentemente em outros Śāstras, mas o fundamento da ritualista
é como citado aqui. Abaixo deixo uma tabela como por outras autoridades, devidamente mencionadas em suas citações, sobre as cores,
direções, estações e demais ordens dos elementos utilizados em cada um dos seis rituais.
Samidha Ghee de vaca e Ghee de cabra e Ghee de ovelha e Óleo de attasi Óleo de mostarda Óleo de bitter e
(madeira grama Dūrvā madeira de madeira de e madeira de e madeira de madeira de khadira
para yagna) romã amalatasa dhatura mangueira
[26]
Mala Concha, tulasi Sementes de Lima ou curcuma Sementes de Dentes de cavalo Dentes de jumento
etc lótus neem ou coral vermelho
Agni (Fogo Fogo doméstico Fogo doméstico Madeira Vata Fogo Madeira Campo crematório Campo crematório
Sagrado) fora de casa Vibhitaka
Fogo ao ar
livre
Nome da Suprabha Rakta Hiranya Gagana Atiraktika Kṛṣṇa
Língua de
Fogo [27]
Tintura Pasta de sândalo Go-rocanā Cúrcuma Kājal [28] Charcoal Visastaka [29]
Papel para o Bhoja patra Bhoja patra Pele de tigre Couro cru de Tecido de Osso humano
yantra jumento bandeira
Yagna Forma de lótus Quadrado Triangular Hexágono Semi-círculo
Kunda (fogo
Pit)
Sruva e Ouro Prescrito na Ferro Ferro Ferro Ferro
Sruci madeira do
(concha) yagna
Caneta para Ouro, prata ou Grama Dūrvā Árvore Agastya ou Karanja Vibhitaka Osso humano
escrita madeira chameli Amalatasa
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9. Mantramahodaddhi 25.7-8: ऋतुषटक वसन्ताद्यमहोरात्र भवेत्कमाणत ् । एष ैकस्यऋतोमणन घद्वटकादशक मतम॥् Este não é o Ritu normal ou a estação
astrológica com base no trânsito do Sol. Isto são flutuações de temperatura diárias e estão baseadas nas seis estações, abrangendo um dia
inteiro, ou 24 horas. Assim, cada estação tem sua influência por 4 horas, ou 10 Ghati. Então, estes períodos de estações iniciam em
Vasanta e coincide com o nascer do sol. Alternativamente, os efeitos podem ser tomados a partir das 6 da manhã, coincidindo com o início
do Ritu Vasanta. Conforme a hora, os efeitos das estações em um dia são como descritos na tabela 4.9.
10. Desde que o momento mais Sattvico para o Śanti Mantra é de 2 às 6 da manhã, esta é a melhor hora de adoração para uma pessoa que
aspira por paz na vida, bem estar geral, erradicação de doenças ou Moksha.
11. Vinyasa – é o método de adicionar um nome ao mantra de modo a ser aceito pela Divindade do Mantra. Se a Divindade não aceitar,
então como o Mantra poderá frutificar? Daí, este Mantra com o nome adicionado a ele é recitado 108 vezes para a aceitação da Divindade
do Mantra.
12. Granthana – uma sílaba do mantra é seguida por uma sílaba do nome. Este processo é contínuo até à última sílaba do Mantra. Se
necessário, as sílabas do nome são repetidas. Por exemplo, se Sanjay (3 sílabas – sa-ja-ya) é para ser o Granthana do Mantra Hare Rama
Kṛṣṇa (6 sílabas – ha-re-ra-ma-kṛ-ṣnā), então, o Granthana do Mantra fica (ha-SAM-re-JA-ra-YA-ma-SAM-kṛ-JA-ṣnā-Ya).
13. Vidarbha – duas sílabas do mantra é seguido por uma sílaba do nome. Este processo é contínuo até a ultima silaba do Mantra ter
terminado. Se necessário as sílabas do nome devem ser repetidas. O final resulta no Vidarbha Mantra.
14. Sampuṭa – o mantra inteiro é seguido pelo nome e então o Mantra é repetido na ordem inversa das sílabas. Por exemplo, Sampuṭa do
Hamsa Mantra é desejado por uma pessoa chamada Sanjay, então o Sampuṭa Mantra é “Hamsa-Sanjay-Soham”.
15. Rodhana – o Mantra é repetido três vezes, no início, meio e fim do nome. No caso do nome ter um número ímpar de sílabas, mais deve
ser usado na metade inicial. Por exemplo, se o Ajapa Mantra “Hamsa Mantra” é para ser usado por Sanjay, então o Rodhana Mantra se
torna “Hamsa-Sanjay-Hamsa-Ya-Hamsa”.
16. Yoga – o nome é prefixado ao Mantra. Por exemplo, se o “Hamsa Mantra” deve ser usado para Sanjay, então o Yoga Mantra se torna
“Sanjay-Hamsa”.
17. Pallava – o nome é prefixado ao mantra. Por exemplo, se o “Hamsa mantra” deve ser usado para Sanjay, então o Pallava Mantra se
torna “Hamsa-Sanjay”.
18. Mudrās aqui se refere à postura das mãos, incluindo palmas e dedos. Referências podem ser encontradas nas normas dos Textos dos
Tantras tal como o “Tantrabhidhana”. Os nomes das mudrās dadas na tabela são como pelo Nabhasa Yoga em Jyotiṣa.
19. Mantramahodaddhi 25.29: Saantao vashyao margai hmsai stmbanaaidyau saukrl...
20. Mrigi Mudra é formado pela flexão e o toque do dedo médio e o anelar (terceiro e quarto contado a partir do polegar) com o polegar,
conforme o indicador e o mínimo (segundo e quinto contado do polegar) ficam esticados para fora.
21. Hamsa Mudra é formado pela flexão e o toque de todos os dedos, exceto o mínimo, com o polegar, enquanto o mínimo fica esticado
para fora.
22. Sukari Mudrā é formado pela contração da palma e o estreitamento dela conforme os dedos ficam alongados.
23. Varna se refere ao Akṣara, ou as letras usadas no Mandala (Yantra). Para este propósito somente, os dezesseis Svaras (vogais) e Sa e
Tha são tomadas do Akṣara da Lua. Os restantes são como pelo Kula – A-Kula Chakra.
24. Ponto de vista de outras autoridades.
25. Bhutodaya – existe uma ferramenta refinada em Jyotiṣa para determinar o surgimento dos cinco elementos ao invés de confiar na
respiração, o qual requer muito treino por um Guru. Um dia é dividido em duas partes chamadas de “Ahoratra”, ou seja, Dia e Noite de 12
horas cada parte. Cada metade está dividida em 4 Yamas de 3 horas cada, e cada Yama está dividido em dois Yamardha (metade do Yama
literalmente) de 90 minutos cada. O primeiro Yamardha é Aaroha (crescente), enquanto que o segundo é Avaroha (decrescente). Cada
Yamardha de 90 minutos tem 15 partes de 6 minutos (ou 15 Vighaṭis) cada. Estes são os 5 Tattvas que têm o seguinte número de partes:
Prithvi (1), Jala (2), Agni (3), Vāyu (4) e Ākāśa (5).
Por exemplo, deixe-nos determinar o Tattva para terça-feira. Uma vez que Marte governa o elemento fogo, o primeiro Tattva às 6 da
manhã (nascer do sol) é Agni e isto tem 3 partes, ou seja, 18 minutos. O seguinte é Vāyu tendo 4 partes por 24 minutos e assim por diante.
Este é o Aaroha, ou ciclo ascendente. O ciclo seguinte inicia às 7:30 da manhã (aproximadamente) e as primeiras três partes são novamente
governadas por Agni por 18 minutos, ou seja, de 7:30 até 7:48 da manhã. O seguinte é visto na ordem inversa, uma vez que este é um
Avaroha, ou ciclo decrescente. Isto faz o elemento Água surgir por 2 partes (12 minutos), de 7:48 até 8:00 da manhã. Desta forma, o
elemento que surge em dado momento pode ser apurado.
26. Normalmente os rituais auspiciosos do fogo devem ser acendidos especialmente com madeiras de árvores que têm seiva leitosa,
enquanto que os rituais inauspiciosos são usados as madeiras de Vibhitaka, Dhattura, Lemon etc.
27. Estas são as diferentes partes da chama. A parte inicial seguinte da madeira é transparente e sem cor. Este é Suprabha. A chama laranja
que se segue é chamada Rakta. A chama amarela é chamada Hiranya e a chama de um vermelho profundo acima da amarela é chamada
Atiraktika. A chama azulada é chamada Gagana. O calor, ou chama invisível, que surge acima das chamas visíveis, é chamada Kṛṣṇa.
28. Kājal – preto suave da fumaça doméstica.
29. Visastaka – oito tipos de substâncias venenosas adicionados à tinta. Referencias nas normas dos textos para detalhes.
(*) Todas as notas de rodapé neste livro com citações a partir dos estudos feitos no Mantramahodaddhi de
Mahīdhara, Vedic Remedies in Astrology, por Pt. Sanjay Rath; Mystical Formula, por K.T.Shubhakaran; Śrī-
Cakra, por S.K. Ramachandra Rao; Kulārṇava Tantra, por Sir John Woodroffe (Arthur Avalon); e
Kāmakalāvilāsa, por Śrīmanmāheśvara Puṇyānanda Nātha.
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कुलार्णव तन्त्रम ्
KULĀRṆAVA TANTRAM
________________________________________________________
सप्तदश उल्लासः
saptadaśa ullāsaḥ
Décimo-Sétimo Ullāsa
________________________________________________________
17:1 – Oh Kuleśa ! Eu quero ouvir sobre a Bhāvanā (a contemplação) do Guru e os Nomes etc. Oh
Parameśvara ! também me fale a essência ou a verdade dos Kula-Dravyas.
Īśvara disse:
17:2 – Ouça, Oh Devi ! estou falando o que Você me perguntou. O conhecimento do Kula é alcançado por
meramente ouvir isto.
Oração do Gurudeva
17:3-6 – Curvado a Ti, Oh Senhor ! Oh Deus Śiva ! na forma do Guru que assume numerosas formas para o
propósito da manifestação e da realização do Supremo Conhecimento. Aquele que é a forma de Nārāyaṇa, que
é a forma do Supremo Eu; que é o dissipador das trevas do pecado de toda ignorância; que está encharcado
com Cit; que conhece tudo (é Onisciente); que é a corporificação da Compaixão; que é o Auspicioso e o
Doador do que é auspicioso para todos os devotos aqui e além. Eu me curvo a Ti em frente, dos lados, nas
costas, acima e abaixo. Assim Sat-Cit ordena que eu possa sempre permanecer como teu servidor.
17:7 – A sílaba Gu significa escuridão; Ru é o que restringe (a escuridão). Aquele que restringe a escuridão da
ignorância é o Guru.
17:8 – Ga significa doador da realização; R o servidor do pecado; U é Viṣṇu. Aquele que contém todos os três
em si mesmo é o Supremo Guru.
17:9 – Ga significa riqueza de conhecimento; R o iluminador; U a identidade com Śiva. Aquele que contém
estes em si mesmo é o Guru.
17:10 – Porque ele traz entendimento para aqueles que são cegos para a Verdade do Eu e dos Āgamas, que são
secretos (Guhya) e porque ele é a forma de Deus como Rudra, ele é chamado Guru.
17:11 – Ācārya é aquele que conduz (ācarate) conforme as Normas da Verdade, e estabelece seus discípulos
nele – o ācāra; e ele se assemelha (ācinoti) a várias conotações dos Śāstras; portanto, ele é chamado Ācārya.
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17:12 – Quem em si mesmo ensina tudo que vem para ele, móvel e imóvel (carācara) e quem é perfeito no
Yoga do Yama etc., é chamado Ācārya.
17:13 – Ārādhya porque ele dá a consciência do Eu (ātmabhāva), porque rejeitou gostos e desgostos
(rāgadveśa), e porque sua mente está centrada unicamente em meditação, ou Dhyāna, ele é chamado Ārādhya.
17:14 – Deśika, Oh Minha Amada ! porque ele se apresenta na forma da divindade (devatā), porque ele
concede a Graça sobre os discípulos, e porque ele é a corporificação da Compaixão (karuṇā), ele é chamado
Deśika.
17:15 – Svāmī porque ele transpira sua paz interior (svānta) e delibera sobre a Suprema Verdade, e porque ele
é desprovido de falsos conhecimentos (mithyājñāṇas), ele é chamado de Svāmī.
17:16 – Maheśvara porque ele é desprovido de máculas da mente (manodoṣa) etc., porque ele rejeita
argumentos secos e semelhantes (hetuvāda), porque ele se assemelha a animais como cãs (śvādi) e porque ele é
amável (ramya), ele é chamado Maheśvara.
17:17 – Śrīnātha porque ele transmite o conhecimento da prosperidade (Śrī) e da Liberação; porque ele instrui
em Nādi Brahman e em Ātman; e porque ele é um emblema da obstrução (sthagita) da Ignorância, ele é, Oh
Minha Amada ! chamado de Śrīnātha.
17:18 – Deva porque ele cruza os limites do espaço e do tempo (deśa-kāla); porque ele adquiriu controle
(vaśīkṛta) sobre o mundo e Jīva, ele é chamado Deva.
17:19 – Bhaṭṭāraka porque ele remove os laços do mundo (bhava), porque da Lua da forma de Ṭa (ou, seja,
circular) sobre Sua cabeça, porque ele protege (Rakṣaṇa), é charmoso (Kamanīya), ele é chamado Bhaṭṭāraka.
17:20 – Prabhu porque ele delibera sobre o conhecimento do propósito místico do Vedānta e dos Āgamas, os
quais são bem guardados (pragupta); e porque ele concede desfrute (Bhukti) e Liberação, ele é chamado
Prabhu.
17:21 – Yogī porque Oh, Minha Amada ! ele pulsa com a glória do Mantra devido a prática da Yoni Mudrā, e
porque ele é adorado pela hoste de deuses (gīrvāṇa gaṇa), ele é chamado de Yogī.
17:22 – Saṁyamī porque ele rejeita a miséria devido ao apego (saṅgaduḥkha); porque ele é indiferente aos
estágios da vida (Āśrama) que ele possa estar (yatrakutra), porque ele firma o Eu no retiro (mithaḥ) ele é
chamado Saṁyamī.
17:23 – Tapasvī porque ele medita na Realidade da Verdade (Tattva); porque ele rejeita toda censura e
semelhantes (parivāda); porque ele aceita (svīkāra) todos os acontecimentos auspiciosos, ele é chamado
Tapasvī.
17:24 – Avadhūta porque ele é imutável (akṣara) e excelente (vareṇya); porque ele lançou fora (dhūta) todos os
laços do mundo; porque ele realizou a verdade daquele Eu Sou Isso (Tat Tvam Asi), ele é chamado Avadhūta.
17:25 – Vīra porque ele é livre (vīta) da paixão (rāga) intoxicação, aflição, raiva, ciúme, ilusão; porque ele está
sempre longe (vidhūra) de rajas e tamas, ele é chamado Vīra.
17:26– Kaulika porque Kula é o grupo nascido da Śakti e de Śiva; quem sabe que a Liberação é a partir do
Kula, é o Kaulika.
17:27 – Kula é a Śakti, akula é Śiva; aqueles que são proficientes por meditação tanto no kula quanto no akula,
são, Oh Minha amada, Kaulikas.
17:28 – Sādhaka porque ele reúne a essência (sāra); porque ele caminha o caminho do Dharma e porque ele
controla os sentidos ativos (karaṇagrāma), ele é chamado Sādhaka.
17:29 – Bhakta porque por sua adoração (bhajanāt), com suprema devoção, com sua mente, discurso, corpo e
ação (kāyakarmabhiḥ) ele cruza (tarati) todas as misérias, ele é chamado Bhakta.
17:30 – Śiṣya porque ele dedica seu corpo, riqueza, os prāṇas ao Santo Guru e aprende (Śikṣate) Yoga do
Guru, é chamado Śiṣya.
17:31 – Yoginī porque ela pratica a Yoni Mudrā, serve aos pés de Girijā (a Divina Mãe), e porque a glória de
tudo imerge sem suporte (nirlīnopādhi), ela é chamada Yoginī.
17:32 – Śakti porque querida a centenas (śata) de crores das grandes divinas divindades Yoginīs e porque ela
concede rapidamente a liberação (tīvramukti), ela é chamada de Śakti.
17:33 – Pādukā porque isto protege (pālanāt) do sopro do infortúnio, porque ele aumenta o que é desejado
(kāmitārtha), isto é chamado Oh, Minha Amada ! Pādukā.
17:34 – Japa porque ele destrói o pecado feito em milhares de nascimentos (janmāntara), e porque ele mostra a
luminosidade da Suprema Divindade (paradeva-prakāśāt), isto é chamado Japa.
17:35 – Stotra porque pouco a pouco (stokastokena) ele provoca deleite na mente, e porque ele atravessa
(santāraṇat) o laudatório, isto é chamado Stotra.
17:36 – Dhyāna porque controlando a aflição dos sentidos pela mente, a contemplação pelo ser interior, da
divindade escolhida, isto é chamado Dhyāna.
17:37 – Caraṇa porque isto protege de todos os resultado malévolos e causa o florescimento do que foi feito
(caritārtha); porque ele toma a forma dos homens e das mulheres (nara-nārī), isto é, Oh, Minha Amada !
chamado de Caraṇa.
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17:38 – Veda porque isto determina o propósito de todas as escrituras comunicadas (vedita) e do Sagrado
Dharma, e porque ele é o suporte de todas as Filosofias (Darśanas), isto é chamado de Veda.
17:39 – Purāṇa porque isto fala do mérito e demérito (puṇyapāpa); porque ele dispersa os seres maléficos
como os Rākṣasas, e porque ele gera os nove tipos de devoção (navabhakti) e semelhantes, isto é chamado de
Purāṇa.
17:40 – Śāstra porque ele constantemente comanda (śāsanāt) aqueles que vivem nas regras do Varṇa-Āśrama;
porque ele atravessa (tāraṇāt) todos os pecados, então ele é chamado de Śāstra.
17:41 – Smṛti porque ele define o Dharma e o Adharma para aqueles estão com um único pensamento devido
a esta lembrança (smaraṇa); porque ele dispersa sua escuridão (timira) ele é chamado de Smṛti.
17:42 – Itihāsa porque ele narra o sancionado, iṣṭa, Dharma etc., quebra a escuridão (timira) da ignorância e
remove (haraṇāt) todas as misérias ele é chamado Itihāsa.
17:43 – Āgama porque ele narra o modo da conduta (Ācāra) com o objetivo de se alcançar o objetivo piedoso
(divyagati); porque ele fala da verdade da grande alma (Mahātma), isto é, Oh, Minha Amada ! chamado de
Āgama.
17:44 – Śākta porque ele é adorado pelas hostes de Śākinīs; porque ele cruza (tāraṇā) o oceano da vida; por
causa da presença da Suprema, da Prima Śakti, ele é chamado Śākta.
17:45 – Kaula porque ele abandona os estágios iniciais com juventude (Kaumāra), destrói o nascimento, a
morte (layā) etc., e porque está relacionado ao Kula sem fim, isto é chamado Kaula.
17:46 – Pāramparya porque ele corta fora os laços (pāśa), porque ele deleita (rañjanāt) a suprema Luz
(paratejasaḥ), porque ele meditou pelos ascetas (yatibhiḥ) ele é chamado Pāramparya.
17:47 – Sampradāya porque é a essência da vida no mundo (saṁsara), porque ele produz luz, alegria
(prakāśānanda-dānataḥ), porque ele traz fama (yaśas) e boa fortuna, ele é chamado de Sampradāya.
17:48 – Āmnāya porque ele é o Primeiro (Āditvāt) dentre todos os Caminhos, porque ele põem em movimento
uma alegria na mente (Manollāsa), porque ele é a causa do Dharma na forma de Yajña etc., ele é chamado de
Āmnāya.
17:49 – Śrauta porque ele ouviu (śruta) muitos Mahāmantras, Yantras, Tantras e Devatās, e porque o que ele
ouviu sua vida inteira, ele então é chamado Śrauta.
17:50 – Ācāra porque ele corporifica a Verdade no Āmnāya, porque ele afirma a Verdade com habilidade
incomum (cāturyārtha-nirūpaṇāt) e porque ele acalma gostos e desgostos (rāgadveśa) ele é assim chamado de
Ācāra.
17:51 – Dīkṣā porque dá o estado divino de ser (divyabhāva), lava (kṣālanāt) o pecado e livra dos laços da
existência mundana, isto é chamado Dīkṣā.
17:52 – Abhiṣeka porque ele remove o sentido de “Eu” (ahaṁbhāva), lava todo o medo (bhīti), asperge (água
sagrada) (secana) e produz emoção (kampa), Ānanda etc., isto é chamado de Abhiṣeka
17:53 – Upadeśa porque ele é intenso (ulvaṇa), supremo (parā) querido para a divindade (devatā) e devido o
impacto da Śakti isto é chamado de Upadeśa.
17:54 – Pela Meditação (manana) na Divindade luminosa que é a forma da Verdade, ele salva (trāyate) de todo
o medo; portanto isto é chamado Mantra.
17:55 – Devatā porque, Oh Pārvati ! ele ocupa o corpo (deha) do devoto, confere bençãos (varadānāt), acalma
os três tipos de perturbações (tāpatraya), então ele é chamado Devatā.
17:56 – Nyāsa porque quando ele é colocado nos membros os tesouro são adquiridos corretamente
(nyāyopārjita), porque ele protege tudo (sarvarakṣākarāt), ele é chamado Nyāsa.
17:57 – Mudrā, Oh Kuleśvarī ! porque ele agrada (mudam) os deuses, derrete a mente (drāva), ele é chamado
Mudrā que é o que deve ser mostrado.
17:58 – Akṣamālikā porque isto produz fruto interminável (ananta), elimina (kṣapita) completamente todos os
pecados, trazendo ganhos através das letras (Mātṛkā) e por isso ele é chamado Akṣamālikā.
17:59 – Maṇḍala porque a Dākinī que o ocupa é auspiciosa (maṅgalatvāt dākinyāḥ), porque é a morada da
hoste das Yoginīs e devido a sua beleza (lalitatvāt) isto é chamado Maṇḍala.
17:60 – Kalaśa porque ele tem a forma do assento de lótus (Kamlāsana), porque ele destrói os tattvas inferiores
(laghu tattva) e porque ele remove (śamita) os infinitos pecados, por isso isto é chamado Kalaśa.
17:61 – Yantra porque de todos os seres como Yama (Senhor da morte) etc., e até mesmo de todo medo, isto
sempre salva (trāyate), ele é, Oh Kuleśvari ! chamado de Yantra.
17:62 – Āsana porque, Oh Minha Amada ! ele produz a auto realização (ātmasiddhi), previne todas as doenças
(sarvaroga) e dá os nove siddhis (navasiddhi), então ele é chamado Āsana.
17:63-64 – Madya porque ele destrói todos os laços de māyā, mostra o caminho da liberação e parte fora as
oito aflições, ele é chamado Madya. Porque ele implica em doação, mahādāna, porque o local sagrado do yāga
é o único local que convida para o seu uso e porque ele gera o estado de Śiva, ele é chamado Madya.
17:65 – Surā porque, Oh, Minha Amada ! ele é recorrido pela mente agradada (sumanasaḥ), porque ele dá o
reinado do que é desejado (rājya) e porque ele dá a forma de deus (surākāra), ele é chamado surā.
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17:66 – Amṛta, Oh Minha Amada ! porque ele tem a forma da Lua (amṛtāmśu), porque ele remove a morte
(mṛtyu), porque ele faz a Verdade (Tattva) surgir luminosamente, ele é chamado Amṛta.
17:67 – Pātra porque o universo inteiro em si mesmo é para ser sorvido (pānāṅga), porque ele defende as
tríades e os quartetos (tricatuṣka) na criação e porque ele salva os caídos (trāṇa), ele é chamado Pātra.
17:68 – Ādhāra porque ele é da forma do fogo (āśukṣani), porque ele é querido pelo Senhor Criador
(Dhātṛdeva), porque ele guarda (rakṣaṇa) o que é suportado, ele é chamado Ādhāra.
17:69 – Māṁsa porque ele causa auspiciosidade (māṅgalya), porque ele dá o Ānanda na consciência
(saṁvidānanda) porque ele é querido por todos os deuses (sarvadevapriyatvāt), ele é chamado de Māṁsa.
17:70 – Pūjā porque, Oh Minha Amada ! isto destrói o legado de prévios nascimentos (pūrvajanma), porque
ela previne nascimentos e mortes (janmamṛtyu), porque ela produz completo fruto, então ela é chamada de
Pūjā.
17:71 – Arcana porque ele produz os frutos desejados (abhīṣṭaphala), assegura o fruto de todas as quatro
classes (caturvarga), e deleita (nandanāt) todo os deuses, por isso isto é chamado Arcana.
17:72 – Tarpaṇa porque o Deus, que é a Verdade (Tattva), cercado por Sua comitiva (parivāra), dá os nove
tipos de deleite (navānanda), por isso isto é chamado Tarpaṇa.
17:73 – Gandha porque ele destrói a aflição do infortúnio profundo e infinito (gambhīra), porque ele dá o
conhecimento do Dharma, ele é chamado Gandha.
17:74 – Āmoda porque ele provoca o nascimento de tudo que está baseado no Olfato (āghrāṇana, ou seja, o
tattva de pṛthivī), mostra o Caminho da liberação (mokṣamārga), subjuga a dor amaldiçoada (dagdhaduḥkha)
por isso ele é chamado āmoda.
17:75 – Akṣata porque eles produzem alimento (anna), eliminam completamente (kṣapita) todo pecado e faz a
pessoa se identificar com Aquela verdade (Tat), eles são chamados Akṣata.
17:76 – Puṣpa porque ele aumenta o mérito (puṇya), remove o acúmulo de pecado (pāpa), providencia muita
riqueza (puṣkalārtha), então ele é chamado de Puṣpa.
17:77 – Dhūpa porque ele retira completamente (dhūta) a mácula do odor pútrido e porque ele produz supremo
deleite (paramānanda), ele então é chamado Dhūpa.
17:78 – Dīpa porque ele dissipa esta ignorância extensiva (dīrgha), a pesada escuridão e o sentido de ego, e
porque ele ilumina a Suprema Verdade (paratattva), ele é chamado Dīpa
17:79 – Mokṣa-Dīpa porque ele elimina a escuridão da ilusão (Moha), previne as perturbações da decadência
(kṣayārti), dá a forma celestial (divyarūpa) e ilumina a suprema Verdade, e porque é chamado lâmpada (dīpa)
de Mokṣa, o único meio para alcançar a Liberação.
17:80 – Naivedya porque, Oh Kuleśāni ! esta substância de quatro tipos, com seis rasas, e porque dá satisfação
quando oferecida (nivedanāt), é chamada de o grande Naivedya.
17:81 – Bali porque é querido pela variedade de hostes de seres viventes (bahuprakāra) e porque ele destrói o
pecado que está emperrado (lipta), ele é chamado de bali.
17:82 – Tattvatraya porque, Oh Minha Amada ! pelo mero serviço à Divina Mãe, os três elementos são
purificados; e porque ele ilumina a Verdade (Tattva) tríade (traya), ele é chamado de Tattvatraya.
17:83 – Caluka porque, Oh, Minha Amada ! ele dá o fruto de todas as quatro divisões (caturvarga), porque ele
fragmenta (lunṭhita) o Ajñāna (a ignorância), e porque ele é a raiz do Dharma auspicioso (kalyāṇadharma) ele é
chamado de Caluka.
17:84 – Prasāda porque ele produz Ānanda na forma de Luz (Prakāśa), porque ele produz harmonia
(sāmarasya), e porque ele revela (darśana) a Suprema Verdade, ele é chamado de Prasāda.
17:85 – Pāna porque, Oh Parameśani ! ele corta os laços (pāśa), previne do inferno (naraka) e porque ele
purifica (pāvanāt), ele é chamado Pāna.
17:86 – Upāsti – porque o serviço é feito de perto como prescrito, pela ação, pela mente, pelo discurso, em
todos os estados, isto é chamado de Upāsti.
17:87 – Puraścaraṇa porque ele é querido pela Divindade escolhida pelos motivos dos cinco membros de
adoração, ele leva na frente do devoto (puraḥ carati), ele é chamado de Puraścaraṇa.
17:88 – Upahāra porque o próprio uso de Āvāhana etc., os rituais até 16 ou 12 ele é chamado Upahāra.
17:89 – Udvāsana porque, Oh Minha Amada ! a adoração da Divindade com os 16 Upacāras e os Āvaraṇa-
Devatās, transmitindo e então contendo esta adoração no coração do devoto é chamado de Udvāsana.
17:90 – Āvāhana – Oh Kulanāyike ! a invocação da Divindade para a adoração é chamada de Āvāhana.
17:91 – Sthāpana – estabelecendo a Divindade em seu assento apropriado, isto é chamado de Sthāpana.
17:92 – Sannidhāpana – colocando cada um face a face é chamado de Sannidhāpana; Sannirodhana porque
não ir para qualquer lugar ou para todos os lugares, isto é chamado Sannirodhana.
17:93 – Sakalīkṛti realizando Ṣaḍaṅga Nyāsa no corpo da Divindade é chamado de Sakalīkṛti. Avaguṇṭhama
cobrindo é chamado Avaguṇṭhama. Amṛtīkaraṇa é, Oh Minha Amada ! mostrando o Dhenu Mudrā;
Paramīkaraṇa é mostra o Añjali depois de proferir o Kṣamasva, Oh Minha Amada ! Svāgata é perguntar
sobre o bem estar da Divindade.
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17:103 – Oh Maheśāni ! não se deve deixar o livro na casa de um Paśu. Não se deve dar nas mãos de um Paśu,
ou ler diante de um Paśu. O Āsavollāsa não deve ser lido e o livro não deve cair no chão.
17:104 – Ele deve ser adorado com devoção e seu conhecimento obtido da boca de um Guru. Ele não deve ser
dado a um filho incompetente ou a um discípulo não iniciado. Quem o revela por ganância, amor ou medo,
encontra a sua destruição rapidamente.
17:105 – Oh Devi ! eu descrevi tudo que é explicitamente necessário para o benefício dos Sādhakas desejosos
dos frutos do desfrute e da liberação.
17:106-108 – Quem lê ou ouve a Glória do Ūrdhvāmnāya junto do Śrī Cakra, é um Kaulika verdadeiro. Quer
os frutos meritórios sejam obtidos por observâncias, banhos em Tīrthas, peregrinações, sacrifício e adoração de
uma Divindade, são todos obtidos um milhão de vezes mais da supracitada Glória e o Kaulika sem dúvida
reside em Sua proximidade.
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