Aula 3 - Veículos e Suas Características
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Resumo
Os componentes funcionais de um sistema de transporte so os veculos, l as vias, i os terminais i i e o plano l de d operaes. Alguns Al autores incluem os dispositivos de unitizao de cargas, as intersees e a fora de trabalho
Uma rede uma representao matemtica do fluxo de veculos, pessoas e bens entre pontos servidos por um sistema de t transporte, anspo te e se constit constitui i de ns e a arcos cos Uma via fornece uma combinao de acessibilidade e mobilidade cuja relao varia conforme o nvel hierrquico mobilidade, desta via
Ti Tipos de d veculos l
Propriedades bsicas dos veculos
Capacidade de locomoo Mobilidade Capacidade Capac dade de acomodao aco odao de carga ca ga
Ti Tipos de d veculos l
Classificao em funo do grau de divisibilidade das suas trs propriedades bsicas
Em um extremo tem-se o veculo constitudo de uma nica unidade que desempenha todas as funes
Esta nica unidade contm os passageiros ou a carga (ou, em muitos casos ambos) Fornece mobilidade e locomoo ao conjunto
No outro extremo tem-se veculos em que cada funo desempenhada p por p um elemento diferente
Um elemento acomoda o objeto Um elemento confere mobilidade ao objeto j Um elemento produz a locomoo
Acomodao da carga
Tipo de veculo
Automvel nibus C i h unitrio Caminho it i Navio graneleiro Avio
Locomotiva Caminho
Vago
T Trem Comboio fluvial Caminho + reboque (Romeu e Julieta) nibus articulado Barco fluvial + chata Carreta Cavalo mecnico + carreta Navio porta-continer Navio porta-barcaa Navio roll-on/roll-off Caminho porta porta-continer continer Trem TOFC (trailer on flat car) ou COFC (continer on flat car)
Locomotiva
Vago
Continer
E Exemplos l de d semi-reboques i b
Ba lonado Basculante
Carga seca
Tanque
Graneleiro
Porta-continer
Restries de locomoo e controle dos veculos nas vias M d b Mo-de-obra Restries geomtricas, estruturais e trfego nas vias
Capacidade
Destacveis dos veculos C i d visando Criados i d melhorar lh a eficincia fi i i do d uso dos d veculos l Tempo de carregamento e descarregamento dos veculos demorado, , variando de horas a dias
Reduz a eficincia do sistema Os veculos no podem ser utilizados durante os perodos de carga e descarga
Os DUC, que podem ser carregados e descarregados rapidamente, libera o veculo (que constitui a parte cara da tecnologia) para executar outras viagens O uso de DUC no muito til para um servio local de entregas de pequenas parcelas de carga a muitos destinatrios
Pode aumentar a capacidade de transporte da via, no caso de ferrovias e barcaas, barcaas devido reduo de conflitos de trfego causados pelos cruzamentos de veculos
Caminhes unitrios muito longos tm mais problemas para negociar curvas de raios pequenos do que caminhes articulados de mesmo comprimento
Os trens de veculos tambm permitem economia em t d pessoal l necessrio i para operar o veculo l termos de por volume de carga transportado
necessrio um grande nmero de viagens de caminhes para se transportar o volume de carga que um trem pode carregar A despesas As d d de mo-de-obra d b ( (motorista) i ) so muito i superiores
Pode ser inconveniente, principalmente no transporte de passageiros ou de correspondncia, onde se deseja reduzir a espera a que as cargas so submetidas nos terminais uma das razes da substituio progressiva dos trens pelos nibus no transporte interurbano de passageiros no Brasil Entretanto, a demanda por transporte pode ser de tal magnitude it d que a tecnologia t l i de d trens t d veculos de l a melhor lh soluo tcnica e econmica
No transporte urbano de grandes volumes de passageiros em reas metropolitanas, trens suburbanos, metropolitanos, VLT e comboios de nibus tm grande utilizao
So caractersticas relevantes para o projeto de infraestrutura de transporte Peso total = Peso do veculo + Peso da carga Projeto de vias terrestres j
distribuio do peso total por eixo
Componentes de peso
6t
17 t
6t
17 t
10 t
10 t
S i b Semi-reboque de d 6 eixos i
Tara = 15,5 t Lotao = 29,5 t PBT = 45 t
25 t
17 t
6t
R d t Rodotrem de d 9 eixos i
Tara = 32 t Lotao = 42 t PBT = 74 t
6t
17 t
17 t
17 t
17 t
Bi t Bi-trem d de 7 eixos i
Tara = 23 t Lotao = 34 t PBT = 57 t
6t
17 t
17 t 17 t
Bi t Bi-trem d de 9 eixos i
Tara = 28 t Lotao = 46 t PBT = 74 t
25 t
25 t
17 t
6t
(PBD < POB + [payload + Peso do mximo) combustvel]mximo i < POB + Payload mximo Limitao estrutural do trem de pouso
Li it de Limitaes d carregamento t
Diferentes cargas apresentam pesos especficos mdios diferentes A capacidade de carga tem dois limitantes
L Pc V Vc
2 casos possveis
Dc < D
Ideal: os limites sejam atingidos simultaneamente Veculos com caractersticas diferentes em funo da carga utilizada em projeto
E Exemplo l 1
Suponha-se que uma ferrovia deve transportar 510 t/dia de frete cuja densidade 0,58 t/m3, e que existam dois tipos de vago que podem ser usados para tanto. O primeiro vago, FRS, tem lotao nominal de 72,0 t e o seu volume til 113,5 m3; o segundo tipo, FRR, tem lotao nominal de 58 t e o seu volume til 102,0 m3. Avalie a condio de carregamento para cada um dos vages e indique se so atingidos os limites de peso e volume. Para cada um dos vages, qual seria o nmero necessrio para transportar este frete?
E Exemplo l 1 - Soluo S l
Vago FRS
Densidade de projeto : D = 72/113,5 = 0,634 t/m3 Dc < D limite li i volumtrico l i (cubing ( bi out) ) Pode transportar: 113,5 * 0,58 = 65,83 t Densidade de projeto : D = 58/102,0 = 0,569 t/m3 Dc > D limite de peso Pode transportar: 102,0 * 0,58 = 59,16 t > L Transportariam: 58/0,58 58/0 58 = 100 m3 Vago FRS: 510t/65 510t/65,83t 83t = 7,7 7 7 8 vages Vago FRR: 510t/58t = 8,79 9 vages
V FRR Vago
Composio
E Exerccios i (I)
1) Um veculo U l do d tipo ti d l semi-reboque duplo i b (bi t (bi-trem) ) usado d para o transporte t t de d leo l diesel di l da refinaria no n 1 at o centro de distribuio no n 16, conforme a rede apresentada no exerccio 6 da aula 2. Os nmeros entre parnteses indicam a distncia entre os ns (comprimento dos arcos). Considerando as informaes fornecidas, pede-se: a) determine o volume l e o peso de d diesel di l que possvel l transportar t t em um nico i veculo l e o peso bruto b t total combinado (PBTC) da composio, considerando que a densidade da carga 0,85 t/m3; b) para que densidade o compartimento de carga do veculo foi dimensionado; c) Determine a rota de menor caminho (rvore dos caminhos mnimos) para realizar o t transporte t da d carga e a distncia di t i de d viagem i entre t a refinaria fi i e o centro t de d distribuio, di t ib i considerando que no n 11 existe uma ponte com limite de carga de 50 t.
E Exerccio i 1 - Soluo S l
Tara da T d composio i = 8,3 8 3 + 11,9 11 9 = 20,2 20 2 t Peso bruto total combinado (PBTC) = 6 + 3 x 17 = 57 t Lotao (peso til mximo) = 57 20,2 20 2 = 36,8 36 8 t Determinando o peso da carga a partir da capacidade volumtrica de 44 m3: 0,85 x 44 = 37,4 t > 36,8 t
Portanto, ser atingido o limite de peso e o caminho transportar 36,8 t. Para essa condio, o diesel ocupar um volume igual a: 36,8/0,85 = 43,294 m3 (o que indica que os tanques no ficam l h ) completamente cheios). Portanto, o caminho deve trafegar com a lotao plena de 36,8 t, PBTC igual a 57 t e volume ocupado pela carga igual a 43,294 m3.
Os compartimentos de carga foram projetados para uma densidade de 36,8/44 = 0,836 t/m3. O caminho mnimo : 116: 1 3 4 7 6 9 10 16, 16 com uma distncia total de 85 km.
E Exerccios i (II)
2) Um navio U i possui i peso operacional i l bsico b i d 4,2 de 4 2 t, t deadweight d d i ht de d 12,1 12 1 t e seu 3 compartimento de carga tem volume de 12,7 m . Se este navio transporta uma carga com densidade de 0,601 t/m3, qual das limitaes (de peso ou de volume) atingida primeiro; O navio mostrado na seqncia possui um compartimento de carga cujo formato aproximadamente igual a um paraleleppedo de dimenses 8, 12 e 80 m. O peso operacional bsico (POB), que corresponde ao peso do navio vazio, 1584 t e a espessura mdia do casco do navio pode ser considerada desprezvel em relao s outras dimenses. O navio transporta soja cuja densidade 0,55 t/m3. Determine: a) o calado para o navio descarregado; b) o peso (deslocamento) e o volume de soja que o navio pode transportar ao trafegar em um canal cuja profundidade mnima 5,2 m. considere que deve existir uma folga mnima de 0,5 m entre o ponto mais baixo do casco e o leito do canal; c) o peso e o volume transportados, supondo que o maior calado possvel para esse navio (por questes de segurana) seria 6,5. Neste caso, qual seria a limitao para o transporte da soja (volumtrico ou de peso)? Justifique sua resposta.
3)
8m 12 m 80 m
calado
E Exerccios i (III)
4) A tabela t b l a seguir i mostra t algumas l caractersticas t ti d trs de t tipos ti d vages de fechados que uma ferrovia dispe para carregar granis slidos ou ensacados. Sabendo-se que a densidade da soja 580 kg/m3 e a densidade do acar em sacos 650 kg/m3, pede-se: pede se: a) determine os vages que atingem a limitao volumtrica no transporte de soja; b) determine os vages que atingem a limitao por peso no transporte de acar. I Comprimento til (m) Largura til (m) Altura til (m) Lotao ( (t) ) Tara (t) Volume (m3) D Densidade id d (t/m (t/ 3) 14,9 2,6 2,8 75,0 , 25,0 II 12,9 2,3 2,3 59,5 , 20,5 III 12,9 2,4 2,6 47,0 , 17,0
E Exerccios i (IV)
5) Uma empresa ferroviria U f i i tem t como meta t transportar t t diariamente di i t 20.000 20 000 m3 de d um 3 produto cuja densidade 0,41 t/m . para isso, a empresa tem como opo utilizar dois tipos de vages (A e B), cujas caractersticas so fornecidas a seguir. Determine: a) em quais vages a capacidade de lotao excedida? O que isso significa? b) que tipo de vago deve ser usado de forma a se obter o menor nmero de vages? c) qual deveria ser o comprimento til dos vages de forma que sua densidade de projeto seja igual densidade do produto transportado?
Tipo de vago Tara (t) Lotao (t) Nmero de eixos Altura Dimenses teis (m) Largura comprimento
E Exerccios i (V)
6) Uma fbrica U fb i planeja l j transportar t t 1000 refrigeradores, fi d sendo d que cada d unidade id d pesa 82 kg k e tem as seguintes dimenses: 76 cm de largura, 60 cm de profundidade e 170 cm de altura. Existe a possibilidade de transportar os produtos utilizando trens compostos por vages de um dos tipos (A, B ou C) mostrados na tabela a seguir: a) que tipo de vago deve ser escolhido para que o trem tenha o menor nmero de vages possvel? b) que tipo de vago resulta no menor peso total (peso vazio + carga) a ser movido pelo trem? Dica: verifique, inicialmente, qual a melhor disposio dos refrigeradores em funo da largura do vago e calcule o nmero de refrigeradores que cabem em cada fileira, fileira no sentido do comprimento.
Vago
Dimenses interiores Comprimento Largura 2,8 2,8 2,8 Altura 3,2 3,2 3,9
A B C
Di Dimenses de d veculos l
Caracterstica fundamental para o projeto de diversos transporte
componentes
de
sistemas
de
747
~1935 DC-3
V l rodovirios Veculos d i i
Os veculo rodovirios tm, genericamente, uma das trs formas
Veculo unitrio Combinao de cavalo mecnico + reboque Combinao de veculo unitrio + reboque
V l rodovirios Veculos d i i
Os eixos dos veculos rodovirios podem ser articulados ou fixos
As rodas giram
Veculos tratores
Em termos prticos, no necessrio fazer distino entre para p as formas de articulao projetos de obras civis
V l rodovirios Veculos d i i
Quanto aos eixos fixos, comum veculos mais pesados possurem dois ou mais eixos fixos em tandem por razo de distribuio de peso sobre o pavimento das vias Em termos de geometria da trajetria, esse conjuntos de eixos so substitudos por um eixo equivalente que passa pelo centro geomtrico do conjunto
Alt tura
BD
BT
Altura
Largura
Largura
Largura das vias Largura d das vagas de d estacionamento
Comprimento
Comprimento das vagas de estacionamento Anteparos: Balano dianteiro (BD) e traseiro (BT)
Altura
Gabarito de pontes, viadutos e estacionamentos
Transio do trecho reto para o trecho curvo O condutor no consegue girar a direo instantaneamente Ocorre um certo escorregamento lateral das rodas, cuja magnitude depende do coeficiente de atrito da interface pneu/pavimento
O valor da sobrelargura determinado atravs do estudo da geometria da trajetria que os vrios tipos de veculos rodovirios seguem ao longo de uma curva horizontal
CT: comprimento total BT: balano traseiro BD: balano dianteiro DE: distncia entre eixos L: largura do veculo Bt: Bitola traseira Bd: Bitola dianteira : ngulo de deflexo da direo
r1: raio da trajetria j da roda dianteira externa r2: raio da trajetria da roda dianteira interna R1: raio do ponto extremo interno R2: raio crtico da roda interna traseira R3 raio R3: i crtico ti da d roda d externa t dianteira di t i R4: raio do ponto extremo dianteiro externo R5: raio do ponto extremo traseiro externo SL: sobrelargura
Transio de rampas, passagem em valetas e lombadas Curvas cncavas ou convexas Raios muito pequenos
Curvas convexas: parte inferior do veculo pode tocar a via ponto crtico entre eixos Curvas cncavas: ponto extremo na frente ou na traseira pode tocar a via
Raio mnimo depende: CT, BT, BD, alturas do ponto mais baixo do veculo, altura do BT e altura do BD R2
hd DE R1 BT
ht