T2 - Ferrovias - Grupo D - Memorial de Calculo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO


FACULDADE DE ARQUITETURA ENGENHARIA E TECNOLOGIA
INSTITUTO DE ENGENHARIA-CAMPUS VÁRZEA GRANDE
ENGENHARIA CIVIL- ENGENHARIA DE TRANSPORTES

FERROVIAS

PROJETO DE SUPERESTRUTURA FERROVIÁRIA DO PÁTIO TERMINAL

Grupo D
Alunos: 1 - Danilo Fernandes Martins (201811312035)
2 - Gabriel Anacleto Rodrigues Pena (201811312007)
3 - Robson Yoshio Fujii Contato (201811312024)

Prof. Sergio Luiz Morais Magalhães


Prof. Everton Chaves Prates de Jesus

CUIABÁ/MT
dezembro/2022
2

SUMÁRIO
A) Lista de tabelas ................................................................................................................ 3
B) Lista de figuras ................................................................................................................. 3
1. Objetivo ............................................................................................................................. 4
2. Arranjo geral do terminal ................................................................................................ 8
3. Pera ferroviária ................................................................................................................. 8
4. Proteção dos tanques de granéis líquidos................................................................... 8
5. Capacidade dos tanques do terminal de granéis líquidos ........................................ 8
6. Pátios, desvios e AMV .................................................................................................. 13
7. Modelo de resolução ..................................................................................................... 14
7.1. Variáveis do projeto ....................................................................................................... 14
7.2. Desvios ............................................................................................................................ 23
3

A) Lista de tabelas

Tabela 1- Variáveis do projeto

Tabela 2- Características gerais do projeto

Tabela 3- Características do material rodante

Tabela 4- Quadro de características do projeto da via permanente (Variáveis do


projeto) - Engenharia Civil

Tabela 5- Terminais a projetar

Tabela 6- Características da pera ferroviária

Tabela 7- Dimensões dos tanques de granéis líquidos

Tabela 8- Variáveis do grupo

Tabela 9- Disposição dos ramais, linhas e AMV

Tabela 10-Formulário de cálculo dos AMV

Tabela 11- Cálculo dos aparelhos de mudança de via

B) Lista de figuras

Figura 1- Arranjo geral do terminal

Figura 2- Esquema da pera ferroviária


Figura 3- Proteção dos tanques de inflamáveis

Figura 4- Arranjo do terminal de granéis líquidos

Figura 5- Desvio das tulhas de embarque de granéis agrícolas

Figura 6- Desvio da pera ferroviária

Figura 7- Desvio do terminal de granéis líquidos

Figura 8- Terminal de contêineres

Figura 9- Terminal de carga geral

Figura 10- Triângulo de reversão

Figura 11 - Aparelho de mudança de via


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1. Objetivo

Projetar a superestrutura ferroviária para um terminal multiuso com terminais


especializados em granéis agrícolas, granéis líquidos, contêineres e carga geral, e,
eventualmente, outros tipos de cargas, cujas características estão reunidas na tabela
geral de variáveis do projeto, e o arranjo funcional do terminal para a demanda
fornecida. O projeto será desenvolvido pelo grupo de alunos formado por: Danilo
Fernandes Martins, Gabriel Anacleto Rodrigues Pena e Robson Yoshio Fujii Contato.
Para os dados apresentados como referência os utilizados foram os do grupo D

As variáveis do projeto são apresentadas nas tabelas de 1 a 4

Tabela 1- Variáveis do projeto

Parâmetros Valores
Bitola 1,600 m
Carga por eixo 35 t
Locomotiva CC-180 t
Base rígida da locomotiva 4,15 m
Espaçamento dormentes Ver tabela de variáveis do projeto
Faixa de socaria Ver tabela de variáveis do projeto
Velocidade máxima Ver tabela de variáveis do projeto
Coeficiente de lastro Ver tabela de variáveis do projeto
Dormentes de concreto Ver tabela de variáveis do projeto
Tensão máxima 1.500 kg/cm2
Temperatura máxima 60º C
Temperatura mínima 10º C
Resistência da via Ver tabela de variáveis do projeto
Comprimento total do desvio Variável em função do N (número do AMV)
Zona neutra mínima Ver tabela de variáveis do projeto
Fixações elásticas Pandrol
Ombreiras do lastro Ver tabela de variáveis do projeto
Módulo de
2,1 x 106 kg/cm2
elasticidade do trilho
Coeficiente de
117 x 10-7 / oC
dilatação linear do trilho
Abaulamento do sublastro 3%
5

Tabela 2- Características gerais do projeto

Parâmetros Valores
Bitola 1,60m
Velocidade diretriz Ver tabela de grandezas
Carga por eixo 35,0 t
Espaçamento entre dormentes Ver tabela de grandezas
Espessura do lastro A determinar
Perfil do trilho Vignole A determinar
Tensão máxima admissível no trilho 1.500 kg/cm2
Temperatura máxima 60º C
Temperatura mínima 10º C
Retensionamento no Ld 4 por dormente
Fixações elásticas tipo pandrol
Granulometria da brita 3 1/2” a 1 ½ “
Faixa de drenagem em corte 1,50 m
Faixa de drenagem em aterro 1,50 m
Largura do boleto do trilho Ver norma DNIT
Espessura do sublastro 20 cm
Abaulamento do sublastro 3%
6

A tração do trecho projetado será fornecida pela locomotiva DASH-9 CC-180 t,


cujas características estão assinaladas adiante e outras variáveis estão referidas na
tabela de características gerais do projeto. Os vagões a serem indicados para atender
o perfil da carga têm as suas características e outras variáveis reunidas de forma
idêntica às da locomotiva e estão assinaladas na Tabela 3.

Tabela 3- Características do material rodante


a- Locomotiva c- Vagões Prancha
Modelo : DASH 9 Base rígida : 2,25 m
Peso : 180 t Área frontal : 8,0 m2
Base rígida : 4,15 m m : 0,010
Área frontal : 12,0 m2 m' : 0,00010
Comprimento : 20,80 m d- Vagões Tanque
Altura do CG : 3,65 m Base rígida : 2,55 m
Deslocamento do CG : 0,10 m Área frontal : 10,0 m2
Velocidade crítica : 27 km/h m : 0,020
Potência indicada : 4.400 HP m' : 0,00050
No de eixos :6 e- Vagões Carga Geral
Rendimento : 82% Base rígida : 2,25 m
m : 0,0093 Área frontal : 14,0 m2
m' : 0,0045 m : 0,035
b- Vagões Hopper m' : 0,0095
Base rígida : 2,25 m
Área frontal : 12,0 m2
M : 0,014
m' : 0,00094

Na Tabela 4 é apresentado o conjunto de características técnicas da via


permanente a ser projetada (características referentes ao grupo D).
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Tabela 4- Quadro de características do projeto da via permanente (Variáveis do projeto) - Engenharia Civil
Grupo de alunos
Parâmetros
A B C D E F G H I L K L M
Espaçamento entre dormentes, cm 62 65 60 64 62 64 66 61 64 63 65 64 61
Faixa de socaria, cm 80 80 90 90 80 90 80 90 80 90 80 90 80
Resistência da via, kg/dormente 200 210 280 270 290 280 270 250 260 300 270 260 290
Coeficiente de lastro, admensional 14 12 10 12 15 12 12 10 12 10 13 12 10
Comprimento mínimo da ZN, m 210 160 220 310 280 300 250 250 240 290 310 300 350
Peso máximo do vagão hopper, t 100 108 106 110 105 110 105 110 105 105 100 104 110
Tara do vagão hopper, t 20 22 21 22 21 21 23 20 22 21 24 20 22
Comprimento do vagão hopper (m) 16,00 14,40 16,80 14,60 16,00 14,00 13,90 15,00 14,50 16,20 14,00 15,80 14,00
Peso máximo do vagão prancha- TEU, (t) 72 75 78 70 75 70 81 72 74 70 84 70 82
Tara do vagão prancha- TEU, (t) 18 19 18 18 22 20 20 18 20 21 21 20 20
Comprimento do vagão prancha- TEU, (m) 19,40 19,00 20,00 20,60 21,00 22,00 20,20 18,00 18,80 19,00 18,00 20,00 19,00
Peso máximo do vagão tanque, t 84 92 98 92 90 95 90 88 94 94 90 88 86
Tara do vagão tanque, (t) 20 22 20 25 25 21 21 20 22 24 21 23 25
Comprimento do vagão tanque (m) 17,40 19,80 19,00 18,60 18,80 16,20 18,00 17,20 18,80 18,40 19,00 19,80 16,80
Peso máximo do vagão carga geral, t 85 92 90 85 88 88 85 85 95 90 90 88 85
Tara do vagão carga geral, (t) 22 24 25 23 20 21 23 22 25 24 23 22 21
Comprimento do vagão carga geral, m 18,80 17,20 16,00 16,00 18,50 17,40 16,80 17,40 16,60 17,60 16,00 16,10 17,00
Comprimento útil do pátio, m Esta grandeza corresponde ao pátio = 2.000 m
Entrelinha, m 4,00 4,50 3,00 4,50 3,80 3,50 3,00 3,00 3,00 4,50 3,50 2,85 4,00
No do coração 6/12 8/12 10/12 8/12 6/12 6/12 8/12 10/12 10/12 10/12 8/12 6/12 8/12
Velocidade de projeto, km/h 80 60 65 85 90 60 70 85 90 75 80 90 80
Ombreiras do lastro, cm 50 60 55 65 50 65 55 60 50 55 60 555 60
Raio de curvatura da pera ferroviária, m 200 195 170 195 170 180 195 160 185 190 185 200 195
Peso do dormente de concreto, kg 385 405 415 385 400 405 400 410 420 400 415 420 415
Dimensões dos dormentes de concreto Comum a todos os grupos: 2,80 x 0,45 x 0,42
8

2. Arranjo geral do terminal

O arranjo geral do terminal está mostrado na Figura 1 e a forma do pátio do


terminal será função dos terminais a serem projetados. São previstos os terminais
cujas características principais estão descritas na Tabela 5.

Tabela 5- Terminais a projetar


Terminais Comprimento (m) Nº de linhas Obs
Granéis agrícolas 2.000 2 2 tulhas
Granéis líquidos 500 1 1 booster
Contêineres 500 2 Double stack
Carga geral 400 1 Multiuso
Obs:
- Cada tulha opera simultaneamente dois vagões Hopper;
- O booster opera na carga ou na descarga simultaneamente;
- O reach stack opera até a segunda linha passando por cima da linha de frete;
- A carga geral opera todos os tipos de carga solta.

3. Pera ferroviária

A pera ferroviária é o equipamento mais notável do terminal pelo fato de que


com ela é possível garantir mobilidade para as atividades de recepção, triagem e
liberação das composições. Na Figura 2 é apresentado um esquema dessa pera
ferroviária. As características principais da pera projetada estão reunidas na Tabela 6.

Tabela 6- Características da pera ferroviária


Parâmetros observações
Curva interna - Curva circular
Curva de retorno - Exige transição em espiral
Inscrição livre - Verificar raio mínimo
Comprimento total - Superior a 2.000 m para abrigar uma composição
Superelevação - Não tem
Valores dos raios - Ver tabela de variáveis

4. Proteção dos tanques de granéis líquidos

Os tanques de granéis líquidos inflamáveis têm de gerar um sobre volume para


absorver o líquido eventualmente derramado num desastre de vazamento. Esses
detalhes estão mostrados na Figura 3.
5. Capacidade dos tanques do terminal de granéis líquidos

A capacidade estimada do terminal de graneis líquidos recomenda o número


de tanques por tipo de granel descritos na Tabela 7.
9

Figura 1- Arranjo geral do terminal

PÊRA TERMINAL DE TERMINAL


FERROVIÁRIA GRANÉIS DE
AGRÍCOLAS GRANÉIS
LÍQUIDOS

Santos
Cuiabá

Terminal de contêineres
TOMBADOR
DE
CARRETAS

Estacionamento do
Estacionamento do terminal terminal de granéis
de granéis agrícolas líquidos

Alto Araguaia Rondonópolis


BR-163
10

Figura 2- Esquema da pera ferroviária

AMV DE LINHA AMV DE


LINHA CORRIDA LINHA
CORRIDA ENTRELINHA CORRIDA

B A

 SANTOS CUIABÁ
D
Ri Re 

OBSERVAÇÕES C
 a curva interna de pera ferroviária é circular com raio R i (ver tabela da VP)
 a curva externa de acesso à pera é feita com transição em espiral de raio R E
 verificar o tipo de inscrição na pera com os raios fornecidos
 o comprimento BCD tem de ser superior ao comprimento útil do pátio
 Ri é tabelado e Re é função do AMV projetado nesse ponto (ver projeto do AMV)
 O projeto da pera ferroviária tem de ser traçado com o AutoCAD.
 O comprimento total da pera ferroviária é composto das seguintes parcelas:
o 1ª- o segmento correspondente ao setor circular BC;
o 2ª- o segmento variável da tangente CD, definida pelo ângulo central na chegada á linha principal;
o 3ª- a curva de transição na chegada à linha principal;
o 4ª- o AMV da chegada à linha principal;
o Comprimento da Pera = BC + CD + Espiral + AMV ≥ 2.000 m (condição do projeto)
11

Figura 3- Proteção dos tanques de inflamáveis

TALUDES
2:3

4,0

2,0 2,0

2,0

a  b

DIQUES DE SOLO
VOLUME COMPACTADO E
ESCAVAVDO IMPRIMADO
H

Obs: as dimensões das cavas têm de ser suficientes para acomodar o volume do tanque eventualmente derramado num desastre.
12

Figura 4- Arranjo do terminal de granéis líquidos

ÁREA DE ÁREA DE
EXPANSÃO EXPANSÃO

BOOSTER BOOSTER

DESEMBARQUE EMBARQUE

ALTO ARAGUAIA BR-163 CUIABÁ


13

Tabela 7- Dimensões dos tanques de granéis líquidos

No de Diâmetro Altura Volume


Produto Peso (t)
tanques (m) (m) (m³)
GLP 3 14 10 4618,1 4618,1
diesel 3 14 10 4618,1 4618,1
gasolina 2 14 10 3078,8 3078,8
querosene 1 10,8 8 732,9 732,9
etanol 2 10,8 12 2198,6 2198,6
biodiesel 2 10,8 12 2198,6 2198,6
óleo vegetal 1 12 12 1357,2 1357,2
PESO TOTAL (t) 18802,3

Em um dia, o pátio terminal recebe 350 carretas de 45 t de carga por dia durante
o período de embarques considerado (6h da manhã até as 18h). Portanto, chegam
para serem estocados 15760 t de granéis líquidos por dia. A quantidade de tanques
escolhida acima totaliza 18802,306 t apta para estocagem. Para o cálculo considerou-
se que a densidade de todos os granéis líquidos é igual a 1,0.

6. Pátios, desvios e AMV

O projeto do pátio do terminal deve contém:

- um desvio de cruzamento vivo observando comprimento o útil do desvio


principal estabelecido nestes termos de referência ou na tabela de variáveis;

- um desvio secundário para abrir duas linhas de tulhas para carga dos vagões;

- um terminal graneleiro com duas linhas de tulhas para carga de vagões (ver
Figura 1) com acesso através de ramal ferroviário, acesso rodoviário, silos horizontais
e verticais, tombador de carretas para semirreboques tipo bitrem, tulhas nos dois
desvios vivos para carregamento dos vagões toploader (carga por cima), balanças
rodoviária na entrada do terminal e ferroviária sob as tulhas, e estacionamento para
um movimento com capacidade dinâmica para até 3.000 carretas graneleiras tipo
bitrem por dia durante o período de embarques considerado (45 toneladas de carga
útil para o bitrem ponderado de 7 eixos e 9 eixos, de 40 e 50 t) no pico do período de
escoamento;

- silos verticais para transferência de granéis agrícolas embarcados /


desembarcados no terminal;
14

- um triângulo de reversão para acesso à pedreira que fornecerá pedra britada


para a construção e manutenção da via permanente, cujo acesso está próximo do
terminal, ignorando o comprimento do rabicho;

- uma pera ferroviária para inversão de locomotivas e composições com


comprimento superior ou igual ao comprimento útil do pátio (ver Figura 1).

- os pátios devem ter declividade nula em toda a sua extensão, e os AMV


localizados na linha corrida nas entradas e saídas destes devem ser de número 12,
bem como a entrada e saída da pera ferroviária, entrada e saída dos desvios vivo
principal, entrada e saída do terminal de granéis líquidos e entrada e saída do triângulo
de reversão. Os demais AMV são variáveis de 6 a 10, conforme recomendação
particular para cada grupo de alunos conforme indicado na tabela de variáveis do
projeto.

- um terminal de granéis líquidos para carga e descarga de GLP, gasolina, diesel


e querosene de aviação, e embarque de etanol, biodiesel e óleo vegetal, com acessos
rodoviário, balanças rodoviária e tanques para armazenagem na exportação e
importação, e estacionamento com capacidade dinâmica para um movimento de 350
carretas de 45 t de carga por dia durante o período de embarques considerado. Uma
solução de arranjo do terminal de granéis líquidos está mostrada Na Figura 4 e os
tanques cilíndricos têm as dimensões definidas na Tabela 5.

- um terminal de contêineres com extensão de 600 m, duas linhas paralelas, e


área de estocagem de contêineres de 40 pés, ou 2 TEU, com área de 600 x 100 m.
Os contêineres podem ser estocadas em 4 (quatro) alturas quando carregados, e 5
(cinco) alturas vazios. Não há previsão de área de estacionamento de carretas para
transporte rodoviário dos contêineres pelo fato de que a carga e descarga são feitas
na área de estocagem.
7. Modelo de resolução
7.1. Variáveis do projeto
Inicialmente devem ser destacados os dados da tabela de variável do grupo,
como por exemplo os dados da Tabela 8.
15

Tabela 8- Variáveis do grupo


Parâmetros Símbolo Unidade Valor
Bitola b m 1,60
Trilho TR - TR-68
Largura do boleto c mm 69,0
Entrelinha E m 4,5
Raio de curvatura da pera R1 m 200
AMV N°8
Número do coração N - 8
Comprimento da agulha h m 3,3528
Folga do talão f m 0,10
Parte reta anterior do coração t m 1,00
Parte reta posterior do coração n m 1,00
Comprimento util do pátio Lu m 2.000,00
AMV N°12
Número do coração N - 12
Comprimento da agulha h m 6,7056
Folga do talão f m 0,10
Parte reta anterior do coração t m 1,00
Parte reta posterior do coração n m 1,00
Bitola do rodeiro B m 1,669
Comprimento util do patio Lu m 2.250,00
Acessos aos terminais
Terminal de granéis agrícolas lw m 2.000,00
Terminal de granéis líquidos lw m 500,00
Terminal de TEU lw m 500,00
Terminal de carga geral lw m 400,00
Oficina de locomotivas lw m 300,00
Comprimento dos desvios vivos
1º Desvio - principal 2.000,00
2º Desvio - secundário 2.250,00

A distribuição preliminar dos terminais na área do terminal permitiu determinar o


número de linhas, ramais e AMV necessários, distribuídos de acordo com a Tabela 9.

Tabela 9- Disposição dos ramais, linhas e AMV

Equipamento Nº de AMV Número Desvio


Pera ferroviária 2 12 vivo
Granéis agrícolas 4 8 vivo
Granéis líquidos 1 8 morto
Contêineres 2 8 morto
16

Carga geral 2 8 vivo


Triângulo de reversão 3 8 vivo

I- Terminal de granéis agrícolas (Figura 5)


O desvio vivo principal é destinado à recepção e à expedição das composições,
e a partir dele os vagões são distribuídos para os diversos terminais. Tem a extensão
de projeto em 2000 m.

Figura 5- Desvio das tulhas de embarque de granéis agrícolas

Tulhas
L’’U
L’U

LU

II- Pera ferroviária

A pera ferroviária em questão possui um raio de 200 metros, conforme fornecido.


Assim sendo, como o comprimento do menor desvio do projeto em questão é 2.000
metros, adotou-se o mesmo comprimento para a pera ferroviária. O comprimento em
curva da pera, determinado com o auxílio do software AutoCAD, é de 680,7 metros.

Figura 6- Desvio da pera ferroviária

R1
R2

III- Terminal de granéis líquidos

O terminal de granéis líquidos para descarga de GLP, gasolina comum, óleo


diesel, querosene de aviação e etanol hidratado, e embarque de biodiesel e óleo
vegetal, com acesso rodoviário, balanças rodoviárias e tanques para armazenagem
17

na exportação e na importação, e estacionamento com capacidade dinâmica para um


movimento de até 400 carretas de 45 t de carga por dia durante o período de
embarques considerado.

Figura 7- Desvio do terminal de granéis líquidos

IV- Terminal de contêineres

Figura 8- Terminal de contêineres

Pista de operação do reach-stacker

V- Terminal de carga geral

Figura 9- Terminal de carga geral

Armazéns

VI- Triângulo de reversão

Figura 10- Triângulo de reversão


18

A área destinada aos estacionamentos deve ser suficiente para comportar:


- granéis agrícolas → área para 310 caminhões bitrem 9 eixos;
- granéis líquidos → área para 80 caminhões bitrem 9 eixos;
- outros → 25 caminhões bitrem 9 eixos

VII- Projeto dos AMV

Neste projeto, o número de coração N para o AMV do pátio ferroviário foi 8,


enquanto para a linha corrida, N foi 12. As demais grandezas foram calculadas pelas
fórmulas descritas na Tabela 10, como mostra a Figura 11. Os resultados obtidos nos
cálculos foram agrupados na Tabela 11 para melhor visualização.

Figura 11 - Aparelho de mudança de via

As fórmulas deduzidas para o projeto dos elementos do AMV estão reunidas na


Tabela 11, com a descrição das variáveis intervenientes.
19

Tabela 10-Formulário de cálculo dos AMV

Parâmetros de
Fórmulas Variáveis
cálculo
Ângulo com que
α → Ângulo do coração (º);
os trilhos entram 1
𝛼 = 2 ∙ 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 N→ Número do coração
e saem do 2𝑁
(adimensional).
coração (α)

Abertura entre i→ Abertura da agulha (mm);


agulha e contra 𝑖 =𝑓+𝑐 f→ Folga do talão (mm);
agulha (i) c→ Largura do boleto do trilho (mm).

Ângulo de desvio 𝑖 β→ ângulo de desvio (°);


𝛽 = 𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑛
(β) ℎ h→ comprimento da agulha (m).
Contra agulha m→ contra agulha (m);
𝑚 = ℎ ∙ 𝑐𝑜𝑠𝛽
(m) h→ comprimento da agulha (m).
R→ raio de curvatura na saída da
agulha (m);
α→ ângulo do coração (°);
Raio de β→ ângulo de desvio (°);
curvatura na 𝐵 − 𝑡 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝛼 − 𝑖 t: medida da entrada do coração (m);
𝑅=
saída da agulha 𝑐𝑜𝑠𝛽 − 𝑐𝑜𝑠𝛼 B→ bitola do rodeiro (m),
(R) determinada pela fórmula
→𝐵 = 𝑏+𝑐
Sendo: b→ bitola (m)
c→ largura do boleto (m)
R→ raio de curvatura na saída da
agulha (m);
L→ distância do talão da agulha ao
Distância do
coração (m);
talão da agulha 𝑙 = 𝑅(𝑠𝑒𝑛𝛼 − 𝑠𝑒𝑛𝛽) + 𝑡 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝛼
α→ ângulo do coração (°);
ao coração (l)
β→ ângulo de desvio (°);
t→ medida da entrada do coração
(m).
R’→ raio de curvatura na saída do
Raio de coração (m);
curvatura na 𝐸 − 𝑛 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝛼 n→ medida da entrada do coração
saída do coração 𝑅 = 𝛼 (m);
𝑠𝑒𝑛𝛼 ∙ 𝑡𝑔 2
(R’): E→ entrelinha (m);
α→ ângulo do coração (°);
β→ ângulo de desvio (°).
l’→ distância da ponta do coração ao
Distância da 𝐸 𝛼
𝑙 = + 𝑅 ∙ 𝑡𝑔 marco de desvio (m);
ponta do coração 𝑡𝑔𝛼 2
E→ entrelinha (m);
20

ao marco de α→ ângulo do coração (°);


desvio R’→ raio de curvatura na saída do
coração (m).
Arco do trilho R→ raio de curvatura na saída da
𝜋∙𝑅∙𝜃
antes do 𝐵𝐸 = agulha (m);
180
coração 𝜃 = 𝛼 − 𝛽.
Arco do trilho 𝜋 ∙ 𝑅′ ∙ 𝛼 R’→ raio de curvatura na saída do
𝐻𝐽 =
após o coração 180 coração (m).

Finalmente, para o pátio a projetar foram fornecidas as variáveis, reunidas na


Tabela 11.

Tabela 11- Cálculo dos aparelhos de mudança de via

AMV N=8 N = 12
h (m) 3,3528 6,7056
α 7º9'9,61" 4º46'18,8"
i (m) 0,175 0,175
β 2º59'06,28" 1º29'31,32"
m (m) 3,35 6,70
B (m) 1,669 1,669
R (m) 213,20 451,28
l (m) 16,44 26,79
R' (m) 369,50 841,50
l' (m) 47,00 71,00
BE (m) 15,51 25,83
HJ (m) 46,13 70,09

Tabela 12- AMV: N = 8


1 - Ângulo do coração
α =7,1527°

1 α =7° 9’ 9,61”
𝛼 = 2. 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔
2. 𝑁
α' =429,160'
2 - Abertura entre agulha e contra agulha
𝑖 =𝑓+𝑐 I =0,135 m
3 - Ângulo de desvio
β =2,301°
𝑖
𝛽 = 𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑛 β =2° 18' 2,84”

β' =179,105’
21

4 - Contra agulha
𝑚 = ℎ. cos 𝛽 m =3,35 m
5 - Raio de curvatura do trilho externo
𝐵 − 𝑡. (𝑠𝑒𝑛 𝛼) − 𝑖
𝑅= R =202,910 m
(𝑐𝑜𝑠𝛽 − 𝑠𝑒𝑛𝛼)
6 - Raio de curvatura do trilho interno
𝐸 − 𝑛. 𝑠𝑒𝑛𝛼
𝑅 = R' =562,25 m
𝛼
𝑠𝑒𝑛𝛼. 𝑡𝑔 2
7 - Distancia do talão da agulha ao coração
𝑙 = 𝑅. (𝑠𝑒𝑛𝛼 − 𝑠𝑒𝑛𝛽) + 𝑡. 𝑐𝑜𝑠𝛼 l =18,111 m
8 - Distancia da ponta do coração ao marco do desvio
𝐸 𝛼
𝑙 = + 𝑅 . 𝑡𝑔 l' = 71,193 m
𝑡𝑔𝛼 2
9 - Arcos dos trilhos
- Trilho externo
𝐵𝐸 = 2,909. 10 . 𝑅. 𝜃 BE =17,183 m
𝜃 = 𝛼′ − 𝛽′ Θ =291,113’
- Trilho interno
𝐻𝐽 = 2,909. 10 . R . 𝛼 HJ =70,193 m
10 - Comprimento total do desvio principal
𝐿 = 2. (𝑚 + 𝑙 + 𝑙 ) + 𝐿𝑢 L =2.184,923 m
11 - Comprimento total do desvio principal (N = 8)
𝐿 = 2. (𝑚 + 𝑙 + 𝑙 ) + 𝑙𝑤 L=2.184,923 m
12 - Comprimento total do terminal de granéis agrícolas (N = 8)
𝐿 = 2. (𝑚 + 𝑙 + 𝑙 ) + 𝑙𝑤 L=984,923 m
13 - Comprimento total do terminal de derivados de petróleo (N = 8)
𝐿 = 2. (𝑚 + 𝑙 + 𝑙 ) + 𝑙𝑤 L=684,923 m
14 - Comprimento total do desvio morto, acesso contêineres (N = 8)
𝐿 = 2. (𝑚 + 𝑙 + 𝑙 ) + 𝑙𝑤 L=484,923 m
15 - Comprimento total do triangulo de reversão (N = 8)
𝐿 = 2. (𝑚 + 𝑙 + 𝑙 ) + 𝑙𝑤 L=2.184,923 m

Tabela 13-AMV: N = 12

1 - Ângulo do coração
1
𝛼 = 2. 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 α= 4,7719 °
2. 𝑁
1 - Ângulo do coração (N=12)

α= 4,7719 °
1
𝛼 = 2. 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔
2. 𝑁
α= 4 ° 46 ' 18,80 ‘’
22

α'= 286,313 '


2 - Abertura entre agulha e contra agulha
𝑖 =𝑓+𝑐 i= 0,135 m
3- Ângulo de desvio

β= 1,150 °
𝑖
𝛽 = 𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑛

β= 1 ° 09 ' 0,96 ‘’

β'= 89,522 '


4- Contra agulha
𝑚 = ℎ. cos 𝛽 m= 6,704 m
5- Raio de curvatura do trilho externo

𝐵 − 𝑡. (𝑠𝑒𝑛 𝛼) − 𝑖
𝑅= R= 446,233 m
(𝑐𝑜𝑠𝛽 − 𝑠𝑒𝑛𝛼)

6- Raio de curvatura do trilho interno

𝐸 − 𝑛. 𝑠𝑒𝑛𝛼
𝑅 = 𝛼 R'= 1274,25 m
𝑠𝑒𝑛𝛼. 𝑡𝑔 2

7- Distancia do talão da agulha ao coração


𝑙 = 𝑅. (𝑠𝑒𝑛𝛼 − 𝑠𝑒𝑛𝛽) + 𝑡. 𝑐𝑜𝑠𝛼 l= 29,160 m
8- Distancia da ponta do coração ao marco do desvio

𝐸 𝛼
𝑙 = + 𝑅 . 𝑡𝑔 l'= 107,00 m
𝑡𝑔𝛼 2

9- Arcos dos trilhos


- Trilho externo
𝐵𝐸 = 2,909. 10 . 𝑅. 𝜃 BE= 28,207 m
𝜃 = 𝛼′ − 𝛽′ θ= 217,297 '
- Trilho interno
𝐻𝐽 = 2,909. 10 . R . 𝛼 HJ= 106,130 m
10- Comprimento total do AMV
𝐿 = 2. (𝑚 + 𝑙 + 𝑙 ) + 𝐿𝑢 L= 2.286,000 m
11- Comprimento total da pera ferroviária (N=12)
𝐿 = 2. (𝑚 + 𝑙 + 𝑙 ) + 𝑙𝑤 L= 2.286,000 m
12- Comprimento total do terminal de granéis agrícolas (N=12)
𝐿 = 2. (𝑚 + 𝑙 + 𝑙 ) + 𝑙𝑤 L= 1.086,000 m
13- Comprimento total do terminal de derivados de petróleo (N=12)
𝐿 = 2. (𝑚 + 𝑙 + 𝑙 ) + 𝑙𝑤 L= 786,00 m
14- Comprimento total do desvio morto, acesso oficina (N=12)
𝐿 = 2. (𝑚 + 𝑙 + 𝑙 ) + 𝑙𝑤 L= 586,000 m
23

15- Comprimento total do triangulo de reversão (N=12)


𝐿 = 2. (𝑚 + 𝑙 + 𝑙 ) + 𝑙𝑤 L= 2.286,000 m

7.2. Desvios
O projeto foi feito de forma que o desvio principal parte da linha corrida e os
outros, partem do desvio principal, conforme indicado na Figura 1.

O cálculo dos desvios mortos e vivos foram feitos de acordo com as relações
matemáticas retiradas da Figura 11. Os comprimentos totais (L) obtidos, calculados a
partir dos comprimentos úteis (lu) fornecidos estão agrupados na tabela 14.

Desvio Vivo 𝐿 = 2(𝑚 + 𝑙 + 𝑙 ) + 𝑙𝑢

Desvio Morto 𝐿 = (𝑚 + 𝑙 + 𝑙 ) + 𝑙𝑢

Em que se tem:

L → comprimento total do desvio (m);


m → contra agulha (m);
l → distância do talão da agulha ao coração (m);
l’ → distância da ponta do coração ao marco de desvio (m);
lu → comprimento da composição ferroviária.

Tabela 14-Cálculo dos desvios do Pátio

N
Desvio Tipo Lu (m) L (m)
(AMV)
1º Desvio - principal Vivo 12 2.000 2.285,7
2º Desvio - secundário Vivo 8 2.250 2.435
Terminal de granéis agrícolas Vivo 8 800 985,3
Terminal de granéis líquidos Morto 8 500 592,6
Oficina de locomotivas Morto 8 300 392,6

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