Choque Anafilático Doença Do Soro
Choque Anafilático Doença Do Soro
Choque Anafilático Doença Do Soro
Tratamento
A abordagem teraptica da analaxia semelhante, independentemente da etiologia. A pronta interveno obrigatria em todos os casos. O uso de epinefrina subcutnea (diluio 1:1.000, 0,3 mL para adultos, ou 0,01 mL/kg at no mximo 0,3 mL) essencial. Doses similares subseqentes podem ser administradas em intervalos de 15 a 20 minutos, dependendo da gravidade do caso. Nos casos de picada de inseto (abelha, vespa, marimbondo e formiga) ou aps injeo de medicamentos, colocar torniquete acima do local, podendo-se utilizar tambm epinefrina local. Para tratamento do colapso vascular, esta droga deve ser utilizada por via intravenosa na diluio 1:100.000, em dose de 0,1 g/kg/min por perodo de 10 minutos, ou continuamente se as condies assim exigirem. A hipotenso deve ser corrigida utilizando-se solues intravenosas de colides ou cristalides. Agentes vasopressores como levarterenol ( agonista) ou dopamina (5 a 25 g/kg/min) podem ser utilizados para a manuteno dos nveis pressricos. A manuteno da permeabilidade das vias areas essencial, devendo ser utilizadas em determinados casos a entubao endotraqueal ou traqueostomia. O broncoespasmo deve ser combatido com inalao de agentes beta agonistas, aminolina intravenosa na dose de 4 mg/kg, durante 20 minutos, alm da epinefrina subcutnea. Oxignio atravs de cateter nasal ou mscara facial til nos casos de acometimento respiratrio. A administrao precoce de anti-histamnicos antagonistas H1, por via intravenosa, intramuscular ou oral, benco. A difenidramina deve ser usada por via intramuscular, na dose de 50 mg para adultos e 10 a 25 mg para crianas. Manter depois por via oral, a cada 6 horas pelos prximos 2 dias. Os corticosterides, por seu lento incio de ao, no constituem medicao inicial na reao analtica. Entretanto, o seu uso pode prevenir o aparecimento de manifestaes tardias, como urticria, angioedema, etc. Pode-se iniciar com hidrocortisona intravenosa, seguido pela administrao de prednisona, prednisolona ou deflazacort por via oral. No Quadro 2, veja o resumo das condutas teraputicas. A preveno da reao analtica de grande importncia, devendo-se pesquisar e evitar os fatores causais. Em caso de sensibilidade picada de insetos, o paciente deve ser instrudo quanto aos hbitos destes insetos e como usar medicao de urgncia deve carregar consigo uma seringa com adrenalina (EpiPen, AnaKit) e anti-histamnico, para ser utilizado por via oral.
elhor denida como sndrome, a analaxia a manifestao clnica mais grave das doenas alrgicas. Ocorre aps exposio do organismo a determinado antgeno especco, podendo algumas vezes ser de causa idioptica. As manifestaes clnicas so decorrentes da liberao de mediadores (histamina, leucotrienos, protaglandinas, etc.) dos mastcitos e baslos previamente sensibilizados, resultantes de estmulo antignico IgE mediado, ou de outro estmulo no claramente determinado. Aquelas reaes que apresentam quadro clnico semelhante analaxia e no so decorrentes de mecanismo imunolgico, so denominadas de analactides. Os fatores desencadeantes da analaxia e reaes analactides se encontram no Quadro 1. A analaxia acontece geralmente de maneira abrupta. Os sinais e sintomas podem acometer diversos sistemas do organismo, em graus variados de intensidade e gravidade. Os sinais premonitrios como calor, formigamento na pele e ansiedade podem ocorrer. Os sintomas respiratrios incluem
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Opiceos Relaxantes musculares Idioptico Fatores fsicos Exerccio Temperatura (frio, calor)
Imunoagregados
Citotxico
Reao transfusional a elementos celulares (IgG, IgM) C) PSICOGNICA Factcia Analaxia idioptica somatomrca indiferenciada
* Vrios autores classicam a reao a antiinflamatrios no-esterides como analactide por no haver presena de IgE-droga-especca. Entretanto, estas reaes quase sempre so droga-especca. Adaptado de Kemp Immunol Allergy Clin N Amer 2001; 21:611-34.
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Doena do soro
A sndrome a conseqncia da deposio de imunocomplexos (antgeno-anticorpo) nas paredes dos vasos, glomrulos e sinovias; foi descrita no incio do sculo, tendo como causa principal a administrao de soros heterlogos. Recentemente proteinas de outras espcies como hormnios e anticorpos monoclonais de camundongos, utilizados como adjuvantes de quimioterapia, podem tambm ser o agente causador. Medicamentos, por via oral ou parenteral, como antibiticos, anticonvulsivantes, antiinflamatrios e outras drogas como propranolol, tiouracil, etc., so as cau-
sas mais comuns. O quadro clnico, que ocorre de 8 a 15 dias aps introduo do antgeno, caracteriza-se por febre, linfadenopatia, urticria e/ou angioedema, mialgias e artralgias ou artrites. O tratamento preconizado a utilizao de anti-histamnicos por via oral no combate da urticria. Os salicilatos ou antiinflamatrios no hormonais so teis no controle da febre e sintomas musculares. O quadro geralmente benigno, auto-limitado, com desaparecimento das manifestaes clnicas aps a eliminao do antgeno do organismo. Entretanto, casos mais intensos podem ser tratados com 40 a 60 mg/dia de prednisona, deflazacort ou prednisolona, por curto perodo de tempo.
QUADRO 2 - Intervenes teraputicas - Resumo I. Interveno Imediata Manuteno da permeabilidade das vias areas, da respirao, da circulao e do nvel de conscincia Administrao de epinefrina aquosa 1:1000, 0,3 a 0,5 mL (0,01 mL/kg em crianas, mximo de 0,3 mL) IM, no brao, a cada 5 minutos, se necessrio para o controle dos sintomas e da presso arterial II. Medidas gerais Decbito dorsal com elevao dos membros inferiores Manuteno das vias areas (entubao ou traqueostomia) Administrao de oxignio 6 a 8 L/min Reposio volumtrica com soluo siolgica. Em casos de hipotenso grave, infuso de expansores volumtricos (colides) Torniquetes acima do local podem diminuir a absoro de venenos ou de injeo de alrgenos III. Medidas especficas na dependncia do quadro Aplicao de epinefrina (metade da dose) no local da picada ou injeo pode retardar a absoro do alrgeno Difenidramina 50 mg VO ou IV, em doses divididas, dose mxima de 300 mg (5 mg/kg) em crianas e 400 mg em adultos Ranitidina 50 mg em adultos e 12,5 a 50 mg (1 mg/kg) em crianas Para broncoespasmo resistente epinefrina, nebulizao com salbutamol 2,5 a 5 mg ou equivalente, em 3 mL de soluo salina Aminolina 5 mg/kg IV em 30 minutos na ausncia de resposta ao -agonista Para hipoteno refratria reposio volumtrica e epinefrina, dopamina 400 mg em 500 mL de soluo de glicose a 5%, pode ser administrada IV na velocidade de 2-20 g/kg/min com monitorao da presso arterial Corticosterides sistmicos, como metilprednisolona. 1-2 mg/kg/dia, geralmente no so teis agudamente; porm, podem evitar o aparecimento de sintomas e recadas tardias
Modicado de Lieberman, PL Anaphylaxis and anaphylactoid reactions in: Middletons Allergy Principles & Practice. 6th Edition. Mosby, Inc. 2003.
Consideraes gerais
alergia ocular ocorre em at 20% da populao geral e causa desde quadro leve de prurido ocular at cicatrizao da con juntiva e crnea, oferecendo risco viso do paciente. As crianas so as principais envolvidas e vulnerveis s complicaes da doena e iatrogenia causada pelo corticosteride.
dicamento. O quadro clnico costuma ter incio sbito, caracterizado por prurido, edema da conjuntiva (quemose), hiperemia, lacrimejamento e freqentemente est associado rinite alrgica. A exsudao no espao subconjuntival d a esta estrutura aspecto leitoso, diferente da conjuntivite bacteriana, por exemplo, que tem colorao vermelha. O ato de coar aumenta a permeabilidade vascular fazendo com que o edema conjuntival seja mais intenso. A conjuntivite alrgica sazonal, o subtipo relacionado po linizao de plantas anemlas. Seus sinais e sintomas fazem parte do quadro clnico da febre do feno e, portanto, manifestaes no oculares como coriza, mal-estar ou bronquite alrgica podem estar presentes. O quadro ocular caracteriza-se por prurido, s vezes acompanhado de sensao de corpo estranho e fotofobia, hiperemia conjuntival, quemose e lacrimejamento. Fora dos meses de poliniza o, o paciente assintomtico e o exame oftalmolgico normal. Ocorre em qualquer faixa etria, sem preferncia por sexo. A conjuntivite alrgica perene variante da sazonal, porm relacionada a alrgenos perenes, como poeira domstica, fungos
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