Gerencia Rejeitos Radioativos
Gerencia Rejeitos Radioativos
Gerencia Rejeitos Radioativos
Rejeito Radioativo: “....são todos aquele materiais gerados nos diversos usos dos
materiais radioativos, que nào podem ser aproveitados e que contêm subst6ancias
radioativas em quantidades tais que não podem ser tratados como lixo comum.”
1 INTRODUÇÃO:
Radionuclídeos na pesquisa:
• crescimento considerável na utilização;
• os principais radionuclídeos utilizados nos laboratórios caracteriza-se por emissões
de energia baixa e por meias-vidas curtas ( H-3 e o C-14 );
• as concentrações de atividade manipuladas são baixas, em relação à gerência de
rejeitos radioativos;
• o volume e as concentrações de atividade manipuladas são baixas, mas é
necessário a gerência de rejeitos radioativos para minimizar as doses nos
trabalhadores e indivíduos do público e preservar o meio ambiente.
Os rejeitos sólidos:
• luvas, ponteiras de pipetas e micropipetas, papéis de limpeza (papel higiênico,
lenços de papel, papel toalha), algodão, e materiais de forração de bancadas e
leitos;
• densidade média de 0,1 g/cm3.;
• são classificados como “rejeito sólido β,γ de baixo nível de radiação (SBN)”,conforme
Norma CNEN-NE-6.05 “Gerência de rejeitos radioativos em instalações radiativas”;
• são classificados como rejeitos sólidos compactáveis.
Os rejeitos líquidos:
• são classificados de acordo como “rejeito líquido β,γ de baixo nível de radiação
(LBN)”, conforme Norma CNEN-NE-6.05;
• os orgânicos de soluções cintiladoras ou os inorgânicos constituem-se de soluções
tampão e de lavagem.
Os rejeitos biológicos:,
• cobaias utilizadas nos experimentos;
• recebem a mesma classificação que os rejeitos sólidos;
• são agrupados separadamente devido a patogenicidade associada aos mesmos,
aos cuidados distintos no manuseio e ao tipo de tratamento posterior.
3.2 Minimização
• volume de rejeitos radioativos gerados está relacionado, ao número de embalagens
de coleta, transporte e a área para armazenamento;
• qualquer redução deste volume, implicará em uma redução significativa dos custos
de sua gerência e ao envio de alguns rejeitos ao CENEN, pois uma das variáveis do
valor cobrado é o volume de rejeitos.
• rejeitos sólidos
- reutilização de luvas e materiais de transferência, tais como ponteiras de
micropipetas;
- racionalização do consumo de papéis de limpeza e de forrações de bancadas;
- monitoração das forrações de bancadas, descartando como rejeito radioativo
apenas as áreas contaminadas.
• rejeito líquido
- redução do volume de soluções de análise;
- otimização do volume de soluções de lavagem.
• rejeito biológico
- otimização da atividade administrada;
3.5 Registros
Todos os dados referentes a gerência de rejeitos radioativos devem ser anotados em
formulários próprios. Basicamente, três tipos de formulários são utilizados para este
fim. Um formulário para controle de aquisição e utilização de substâncias radioativas,
apresentado na figura 2, que deve ser preenchido pelo gerador e outros dois
formulários para controle de armazenamento e eliminação de rejeitos, apresentados
nas figuras 3 e 4, que devem ser preenchidos pelo Serviço de Radioproteção.
LABORATÓRIO: RADIONUCLÍDEO:
CÓDIGO ORIGE DATA RADION. ATIVIDA PESO CONC. DATA DATA DATA
DA M DA PRESEN DE (g) ATIVIDA PREVIST DO ENVI
EMBALA (LAB.) COLE TES ESTIMA DE A DESCA O
GEM TA DA (nCi / g) DESCAR RTE CNEN
(nCi) TE
ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO
DE REJEITOS RADIOATIVOS
Radionuclídeos presentes:
Atividade / data:
CUIDADO Taxa de dose na superfície:
Forma física:
Composto químico
Peso ou volume:
Risco biológico:
Cuidados adicionais:
MATERIAL RADIOATIVO
EM CASO DE EMERGÊNCIA
CHAMAR.....................
Responsável / data:
frente verso
Figura 5 - Exemplo de etiqueta de identificação de rejeitos radioativos
• rejeitos sólidos
De acordo com a Norma CNEN-NE-6.05, o limite de descarga para os rejeitos sólidos é
de 74 Bq/g (2 nCi/g), para qualquer radionuclídeo. Isto significa que aqueles rejeitos,
cuja atividade específica seja inferior a 74 Bq/g, são considerados resíduos e podem
ser eliminados na coleta de lixo urbano ou hospitalar. Aqueles rejeitos com atividade
específica superior a este limite devem ser armazenados na própria instalação por um
período que permita o decaimento de sua atividade até valores inferiores ao limite de
descarga. Para a determinação do tempo de armazenamento utiliza-se a seguinte
expressão:
ln (Ao / A) .
T =
λ
onde:
Ao é a atividade específica do rejeito determinada na etapa de caracterização
primária
A é o limite de descarga estabelecido na Norma CNEN-NE-6.05 de 74 Bq/g;
λ é a constante de decaimento do radionuclídeo presente, λ = ln2 / T1/2;
T1/2 é a meia-vida do radionuclídeo presente.
Baseando-se nos radionuclídeos manipulados nas instituições de pesquisa, o período
máximo de armazenamento recomendado é de 2 anos. Aqueles rejeitos com atividade
específica superior ao limite de descarga, e que necessitem de um período de
armazenamento superior a 2 anos devem ser enviados ao institutos da CNEN para
tratamento. Enquadram-se nesta categoria, principalmente, os rejeitos contendo H-3 e
C-14.
• rejeitos líquidos
De acordo com a Norma CNEN-NE-6.05, a eliminação de rejeitos líquidos na rede de
esgotos sanitários está sujeita aos seguintes requisitos:
a) o rejeitos deve ser prontamente solúvel ou de fácil dispersão em água;
b) a quantidade de cada radionuclídeo liberada diariamente pela instalação, na rede
de esgoto sanitários, não deve exceder o maior dos seguintes valores:
- a quantidade que, se diluída no volume médio diário de esgoto, liberado pela
instalação, resulte numa concentração média igual aos limites especificados na
tabela 2, coluna 1;
- dez vezes o limite especificado na tabela 2, coluna 2;
- a quantidade anual total de radionuclídeos, excluindo o H-3 e o C-14, liberada na
rede de esgoto sanitário, não deve exceder 3,7 x 1010 Bq (1 Ci);
- a quantidade anual de H-3 e C-14, liberada na rede de esgoto sanitário, não
deve exceder 18,5 x 1010 Bq (5 Ci) e 3,7 x 1010 Bq (1 Ci), respectivamente.
Aqueles rejeitos com concentração de atividade ou atividade total superior aos limites
apresentados, devem ser armazenados na própria instalação por um período que
permita o decaimento de sua atividade até valores inferiores ao limite de descarga.
Para a determinação do tempo de armazenamento utiliza-se a seguinte expressão:
ln (Ao / A) .
T =
λ
onde:
Ao é a concentração de atividade do rejeito determinada na etapa de caracterização
primária
A é o limite de descarga do radionuclídeo, estabelecido na Norma CNEN-NE-6.05 de
acordo com a tabela 2;
λ é a constante de decaimento do radionuclídeo presente, λ = ln2 / T1/2;
T1/2 é a meia-vida do radionuclídeo presente.
Tabela 2 - Limites máximos permissíveis para liberação de rejeitos radioativos
líquidos
Coluna 1 Coluna 2
RADIONUCLÍDEO Concentração de atividade Atividade total
Bq / mL µCi / mL 104 Bq µCi
3
H-3 3,7 x 10 1 x 10-1 40 10
C-14 7,4 x 102 2 x 10-2 400 100
Na-24 2,2 x 102 6 x 10-3 40 10
P-32 1,8 x 101 5 x 10-4 40 10
S-35 7,4 x 101 2 x 10-3 400 100
Ca-45 1,1 x 101 3 x 10-4 40 10
Cr-51 1,8 x 103 5 x 10-2 4000 1000
Ga-67 3,7 x 101 1 x 10-3 40 10
Tc-99m 7,4 x 103 2 x 10-1 400 100
I-125 1,5 4 x 10-5 4 1
I-131 2,2 6 x 10-5 4 1
Au-198 7,4 x 101 2 x 10-3 400 100
Tl-201 3,3 x 102 9 x 10-3 400 100
• rejeitos biológicos
Os procedimentos para armazenamento e eliminação deste tipo de rejeito são os
mesmos que aqueles adotados para os rejeitos sólidos.
3.7 Local de armazenamento para decaimento
O local da instalação, destinado ao armazenamento dos rejeitos, devem atender a
diversos critérios estabelecidos na Norma CNEN-NE-6.05. Estes critérios são:
a) conter com segurança os rejeitos, do ponto de vista físico e radiológico, até que
possam ser eliminados ou enviados aos institutos da CNEN;
b) possuir um sistema que permita o controle da eliminação;
c) dispor de monitoração de área;
d) situar-se distante das áreas normais de trabalho, sendo cercado e sinalizado, com
acesso restrito a pessoal autorizado;
e) ter piso e paredes impermeáveis, com cantos arredondados;
f) possuir blindagem para o exterior;
g) possuir sistemas de ventilação, exaustão e filtragem;
h) possuir proteção contra entrada de animais;
i) apresentar delimitação clara das áreas de trabalho;
j) possuir sistemas de tanques e drenos;
k) dispor de meios para evitar decomposição de matérias orgânicas;
l) prover segurança contra ação de eventos induzidos por fenômenos naturais;
m) possuir barreiras para minimizar a dispersão de material radioativo;
n) dispor de procedimentos de trabalho;
o) possuir planos de proteção física e radiológica, para situações normais e de
emergência.
EXERCÍCIOS