O conto "Uma Esplanada sobre o Mar" descreve um encontro entre um rapaz e uma rapariga numa esplanada à beira-mar. O rapaz percebe que lhe restam apenas três meses de vida e tenta transmitir essa notícia à rapariga de uma forma suave, refletindo sobre como a perspetiva da morte próxima lhe alterou a forma de ver o mundo.
O conto "Uma Esplanada sobre o Mar" descreve um encontro entre um rapaz e uma rapariga numa esplanada à beira-mar. O rapaz percebe que lhe restam apenas três meses de vida e tenta transmitir essa notícia à rapariga de uma forma suave, refletindo sobre como a perspetiva da morte próxima lhe alterou a forma de ver o mundo.
O conto "Uma Esplanada sobre o Mar" descreve um encontro entre um rapaz e uma rapariga numa esplanada à beira-mar. O rapaz percebe que lhe restam apenas três meses de vida e tenta transmitir essa notícia à rapariga de uma forma suave, refletindo sobre como a perspetiva da morte próxima lhe alterou a forma de ver o mundo.
O conto "Uma Esplanada sobre o Mar" descreve um encontro entre um rapaz e uma rapariga numa esplanada à beira-mar. O rapaz percebe que lhe restam apenas três meses de vida e tenta transmitir essa notícia à rapariga de uma forma suave, refletindo sobre como a perspetiva da morte próxima lhe alterou a forma de ver o mundo.
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"Uma esplanada sobre o mar", de Verglio Ferreira
"Se coisa mesmo importante, tudo se nos transfigura"
Na minha opinio, este conto permite-nos refletir, de forma bastante invulgar, sobre um assunto que de difcil abordagem e aceitao: a morte prematura. Possui uma descrio enriquecida com recursos estilsticos como comparao, metfora, ad!etivao, entre outros, que a!udam o leitor a sentir as emo"es do te#to e a compreend$- lo. % um conto magnfico que transmite de forma irresistvel uma grande quantidade de emo"es sem que nos apercebamos totalmente disso. &presenta-nos a morte de uma perspetiva simples e misteriosa que nos prova a comple#idade da vida e daquilo que pensmos. ' rapa( percebe que no h uma forma certa de contar o que o preocupa: )No se trata de mistrios. *rata-se de estar certo o que te vou di(er.+. ,om a apro#imao do fim, ele passa a ter uma viso modificada do que o rodeia: )-e coisa mesmo importante, tudo se nos transfigura.+ ' mar acompanha a hist.ria do rapa( at atingir o clma# com a intensidade do brilho que no est em conformidade com o que dito e sentido, o que prova que nem sempre o que nos rodeia comunga dos sentimentos vividos. /stava um belo dia de 0ero: nada apropriado ao assunto que o rapa( se propunha abordar. /ste apresentava-se calmo com o futuro que se lhe avi(inhava, tal como o mar. /m suma, o rapa( apresenta-se como portador de um saber imenso que tenta transmitir 1 rapariga, no sem as dificuldades de contar a algum de quem gostamos algo terrivelmente desagradvel, com toda uma nova perspetiva e atitude presentes, face ao futuro incerto, ao longo do dilogo. ,om base em tudo isto, creio poder concluir que na vida nem tudo corre como planeado. & diferena est na forma como lidmos com isso. UMA ESPA!A"A S#$%E # MA%& Na minha opinio, o conto 23ma esplanada sobre o mar4, de 0erglio 5erreira, apresenta uma situao real que poder repetir-se no quotidiano. Por essa ra(o, o nome dos personagens permanece an.nimo. &crescente-se que no ttulo utili(ado o determinante, artigo indefinido, 2uma4 em ve( do determinante, artigo definido, 2a4. 6sto acontece porque pode representar uma esplanada qualquer onde esta situao pode ocorrer, sem querer mostrar um caso especial, o que vem corroborar o que tinha sido dito anteriormente. % importante salientar que no conto, o rapa( aborda o assunto de uma maneira calma, lenta, e sobretudo errante, com a inteno de preparar a rapariga para o que se seguiria, de maneira a que esta no ficasse chocada com a notcia que lhe iria ser comunicada. &lm de tudo isto, se por um lado as condi"es meteorol.gicas eram favorveis, por outro lado eram opostas 1 notcia avanada pelo rapa(, contrap"e-se 1 lu(, sol, placas rebrilhantes, ar lmpido e espuma branca a neblina, nvoa, sombras, 2banalidade ridcula da morte4, 2indistinta ameaa4. & necessidade do rapa( contar a notcia 1 rapariga mostrava a ansiedade e a descoberta de que, a partir daquele momento tudo mudara positivamente para ele. ,onclui-se que, quando e#iste a perspectiva de perdermos algo de que se gosta comeamos a ver e a pensar de uma maneira totalmente diferente: 2Nunca reparaste que h certas coisas que n.s ! vimos muitas ve(es e que de ve( em quando como se fosse a primeira ve(74 Outra Reflexo em torno de "Uma Esplanada sobre o Mar " O ttulo do conto fez-me pensar num dia sossegado, passado numa esplanada que dava para o mar tranquilo e adormecido. Imaginei uma paisagem litoral com todos os elementos especficos: gaivotas preguiosas rodando num cu petrificado, o mar amortecido com gua salgada e clara, a areia ardente cheia de ostras afiadas como as ncoras dos piratas. ! paisagem descrita pelo narrador quase a mesma, mas ela s" o adorno da narra#o. Os personagens s#o os que t$m o papel principal e criam a mensagem do conto. %ma rapariga est & espera de algum numa esplanada so're o mar. (epois de alguns minutos, o rapaz chega, mas tem uma atitude que a surpreende. )le est misterioso, pensativo e diz coisas estranhas. *arece ver pela primeira vez a 'eleza e a graa da sua namorada, dizendo-lhe : +,unca te vi como ho-e. (eve ser do sol e do mar.. /as depois sente que n#o t#o influenciado pela paisagem su'lime, mas por algo que se esconde dentro de si: +(eve ser dos olhos limpos com que te ve-o ho-e.. O rapaz fica fascinado com o mundo que se transforma continuamente em frente dos seus olhos, simplesmente, porque nunca reparou nas coisas 'anais que via todos os dias. O que mudou a sua perspectiva so're o mundo foi a notcia que rece'eu: o doutor disse-lhe que ia ter s" tr$s meses de vida. )le resigna-se em frente da morte e n#o se revolta contra o destino cruel que lhe rou'a a mais importante fortuna do ser humano 0 a vida. ! sua decis#o n#o lutar com todas as foras para poder viver alguns dias mais, mas sentir intensamente o que lhe resta da vida. O -ovem sente que a morte n#o o fim da sua e1ist$ncia porque +a vida n#o verdade., como ele diz. )la n#o verdade porque n"s n#o sa'emos aproveit-la para estarmos felizes, porque n#o conseguimos entender o verdadeiro sentido do mundo. ) a morte s" uma porta para um outro futuro, um universo diferente. Os homens s#o cegos porque recusam ver. 2 tantos milagres que acontecem ao p de n"s sem que os sintamos. ! nossa pr"pria vida um dos maiores milagres do universo e deveramos a'rir os olhos para aprender a disfrutar das coisas simples da vida, como o nascer do sol, as ondas do mar ou o sorriso de uma pessoa amada. 3udo isto d sentido &s palavras de 4os 5aramago, no romance +)nsaio so're a cegueira.: +5e puder olhar, ve-a. 5e puder ver, o'serve6.