Miocardiopatias

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Miocardiopatias

Classificao Fisiopatolgica: OMS


1. Dilatada
2. Hipertrfica
3. Restritiva
4. Miocardiopatia arritmognica de VD
Classificao Etiolgica:
1. Inflamatrias:
a. Infecciosas: virais, bacterianas, parasitrias (produzem mais cardiopatia dilatada)
b. No infecciosas: colagenoses (produzem mais cardiopatia dilatada e restritiva)
2. Metablicas:
a. Nutricionais (Pelagra, Kwashiorkor, Tiamina) avitaminoses; miocardiopatia de alto debito ( def de vitamina +anemia)
b. Endcrinas (Acromegalia, disfuno de tireide) (produzem mais cardiopatia dilatada) com cmaras cardacas bem
dilatatas, e a um grau de perda progressivo do entrelaamento das fibras miocrdicas; (no hipertireoidismo h uma
taquicardia persistente, causando dilatao cardaca)
3. Txicas
ex. lcool ( maior causa), cobalto, quimioterpicos( o exame para se verificar onde h leso feito com o
Ecocardiograma onde se faz exames comparativos pr quimio e ps quimio 30/60/90 ou 120 dias dependendo da droga
envolvida, se verifica dificuldade no relaxamento diastlica que percebido, sinal de alerta. Paciente com Funo
sistodiastlica normal e no primeiro exame ecocardiogrfico disfuno na funo diastlica alterada o corao j esta sendo
afetado se tiver funo sistlica alterada o tratamento deve ser parado, caso seja s na funo diastlica indicio de leso
quimioterpica o acompanhamento deve ser feito de forma mais precoce) , insetos, cobras, cocana ( causa vasoespasmo levando
a cardiomiopatia por isquemia)
OBS: tcnica de Strain avalia a toro do VE se detectando anormalidades de forma precoce ( Strain Rate ou Spekle tracking)
PROVA
4. Infiltrativas
ex. amiloidose, hemocromatose, sarcoidose, neoplasia
Classificao Etiolgica:
5. Fibroplsticas
ex. endomiocardiofibrose, fibroelastose endocrdica
6. Hematolgicas
ex. leucemia, anemia falciforme
7. Hipersensibilidade
ex. drogas, rejeio a transplante

8. Gentica
ex. miocardiopatia hipertrfica, doenas neuromusculares
9. Agentes fsicos
ex. taquicardia, radiao
10. Miscelnea
ex. MCP ps-parto, obesidade
11. Idioptica
Obs: cintilografia miocrdica avalia perfuso do miocrdio, percebe-se artria obstruda por exemplo, s que
equivale a 20-30 Raios X.












Espessura do corao normal
volume e espessura normal, caractersticas dentro da normalidade
Corao hipertrofiado ocorre aumento da espessura e diminuio do volume do corao.
Espessura de parede no corao dilatado, parede do corao fica normal ou adelgaada o volume do miocrdico aumenta muito
levando a IC diastlica pois o corao no se relaxa para receber o sangue que vem do trio, predominantemente diastlico, s
numa fase posterior quando comea ocorrer isquemias e fibroses nas regies por desproporo oferta /demanda e dai com
dilatao da cmara e para a insuficincia. No corao dilatado se tem disfuno diastlica e aps disfuno sistlica.










Obs: como fica a corrente eletrica? dependendo da intensidade da fibrose pode desencadear.. bloqueios e focos arritmogenicos
qual a melhor droga pra evitar remodelamento ? beta bloq ( carvedilol, bisoprolol, metoprolol) para insuficiencia cardiaca para
as outras doenas pode ser utilizado tbm atenolol ( bom para quadros crnicos de angina, por diminuir o consumo de o2),
propranolol para angina estavel se usa drogas para baixar a a frequencia e com isso diminui o consumo de oxigenio. ( quadros
agudos carvedilol, bisoprolol, metoprolol) BRA IECA (remodelamento cardiaco, recomendaao para infarto de parede anterior (
art descendente anterior) espironolactona tem indicaes especificas ( <35% da Fraao de ejeao) orientaao de usar as duas
drogas betabloq + IECA nas miocardiopatias muitas vezes o paciente no tem pressao pra isso mas se deve usa-los nas doses
maximas e ir retirando.
Miocardiopatia Dilatada
Miocardiopatia da doena de Chagas
Miocardiopatias Txicas
Miocardiopatia Hipertrfica
Miocardiopatias Restritivas e Infiltrativas
Miocardiopatia Dilatada:
Caracterstica:
Dilatao e hipocontratilidade ventricular
Ocorrncia:
18-50 anos. Homens 2,5:1. Negros 2,5:1.
35% hereditria (autossmica dominante).
Infeco viral Coxsackie B (leso direta + autoimune)

Histria natural:
Morte sbita ( devido a dilatao pode haver focos de isquemia; o virus tambm pode causa lesao cardiaca)
Progresso lenta dos sintomas ou abrupta
Clnica:
Insuficincia cardaca congestiva progressiva (dispnia aos esforos, ortopnia, Dispneia Paroxistica Noturna ( sinal mais
especfico)*, tosse, dor torcica, dor abdominal, fadiga, palpitaes, anorexia).
Arritmias
Morte Sbita
Tromboembolismo
Exame fsico:
Terceira bulha
Sopro sistlico apical
OBS: *durante o dia os fluidos ficam na parte venosa , a noite quando se deita ocorre uma migraao dos liquidos ao coraao,
VD manda pro pulmao pois linda bem com grandes volumes , dai como ha uma disfunao em VE nao consegue mandar o sangue
pra frente ocorre refluxo do sangue para o pulmao causando dispneia devido a retorno venoso
Diagnstico:
- ECG, RX trax, Ecocardiograma.
Achados ecocardiogrficos:
Caractersticas:
Dilatao ventricular
Funo global do VE reduzida
Paredes com espessura normal
Achados Secundrios:
Insuficincia mitral funcional
Excurso reduzida das cspides valvares
Cavidades atriais aumentadas
VD aumentado
Trombo mural apical
Doena inflamatria do miocrdio + disfuno cardaca. Jovens. 15% mio dilatada.
Agentes qumicos, vrus, bactrias, protozorios, fungos, riqutsias, helmintos, espiroquetas.
Coxsackie, influenza, HIV, hepatite B e C, varola, sarampo, caxumba, varicela, poliomielite
Arritmia sncope morte sbita.
Ecocardiograma (disfuno segmentar)
Cintilografia com glio ( faz o diagnostico do ponto inflamado), RNM
Antivirais?











Miocardiopatia Periparto:
Rara, 1:4000, mortalidade 18-56%.
Fatores de risco: multiparidade, idade ( muito jovens ou muito idosos) materna, gemelaridade, pr-eclmpsia, obesidade.
Critrios:




Displasia
Arritmognica de VD: ( causa muito frequente de morte entre jovens)
Substituio de micitos por tecido fibrogorduroso.
Dilatao VD, aneurisma, arritmia (ESV, TV com morfologia de BRE) hipocinesia/discinesia regional,
comprometimento do VE.
Obs: BRE v5;v6; dI ; AVL ( orelha de coelho); BRD TV Esquerdo onda S profunda DI ; e v6 ; v1 e v2 ( orelha de coelho); Tem
alguma coisa haver com a contiguidade?? em quantas necessario para dar o diagnostico 3 derivaoes ? no minimo uma.
20% dos casos de MS em < 35 anos.
1:5000. Homens 2,7:1
Sotalol, amiodarona, verapamil. Ablao. CDI. ( cardiodesfibrilador implantavel ( tipo marca-passo)
Transplante.
Obs: sotalol e amiodarona so antiarritmicos.
O diagnostico feito preferencialmente pelo RNM mas pode-se fazer pelo ecocardio tambm.
Tratamento:
Peso, sal ( paciente hipertenso ou sodio baixo evitar o sal, caso contrrio no precisa mexer, ai se maneja com dieta
hipossodica+ diuretico tiazidico , pois ele esta muito hemodiluido), lcool, fumo, exerccios (testes ergomtricos ou tesde
de caminhada; protocolo de Nautow ou protocolo de Bruce ( mais brusco)) coraao pulmao e resistencia fisica) ou
caminha 6 min pra ver como esta o paciente, anemia.
Drogas (imunossupresso)
Ressincronizao ( marcapasso FE<35% ou BRE com QRS largo >0,13) (devido a dissincronia intraventricular isso
pode melhorar muito a fraao de ejeo)
CDI ( para reverter arritmias)
Clulas-tronco ( estudos no confirmados)
Ventriculectomia
Transplante ( troca uma doena por outra)
Tratamento
Carvedilol 3,125 bid aumento da dose quinzenal at 25mg bid (metoprolol, bisoprolol)
Enalapril 20mg bid
Losartam 100mg bid
Espironolactona 25 mg qd ( estudo Rales)
Furosemida 40mg qd ( no se usa emergencias hipertensivas)
Hidroclorotiazida 25mg qd
Warfarina sdica 5 mg qd
Digoxina 0,25mg qd ( estudo DIGI) e internaao hospitalar
Dobutamina
Dopamina
Levosimedan
( os sublinhados dao alivio sintomtico)
Doena de Chagas: ( PROOOVAAA)
Trypanosoma cruzi
25-35% forma cardaca.
Fase aguda Sinal de Romaa. Chagoma de inoculao. Sintomas inespecficos. 90% cura.
Fase crnica evoluo de anos.
Forma cardaca: dilatao e IC. Comprometimento apical 25%.
Obs :aneurisma em dedo de luva caracateristico de chagas: no apice de V
Tratamento Benzonidazol ( fase aguda )
Na fase crnica os medicamentos so para IC
Miocardiopatia Txica:
Agentes promotores:
Antineoplsicos: antraciclinas, ciclofosfamida, 5-fluoracil
lcool
Cocana
Imunomoduladores: interferon, interleucina-2
Anfetamina
Aminas tricclicas: amitriptilina, imipramina. ( podem produzir arritmias)
Ltio
Cobalto
Arsnico
Monxido de carbono
Antiretrovirais
Antimalricos
Obs arritmogenicos PROIBIDO para > de 60 anos.
Adriamicina:
Irreversvel
Estresse oxidativo
Uso de anlagos
Deteco precoce
Tratamento disponvel para ICC.
lcool:
65% da populao. 14% abuso
IC em abstmios e grandes consumidores.
At 30g/dia (80ml de cachaa e 800ml cerveja, 200 ml de vinho)
Suspenso da ingesta
Drogas
Reverso depende da fase da doena.
Cocana:
2,1% (SP). 10% (EUA).
Infarto ( vasoespasmos)
Disfuno miocrdica
Arritmias bloqueios, ESV, TV, torsades de pointes.
Disseco de aorta e artrias coronrias










Aminas tricclicas:
Ao anticolinrgica
Alargamento QRS e QTc, BAV, assistolia e MS.
Suporte, hidratao, alcalinizao da urina, lidocana, drogas vasoativas.
Miocardiopatia Hipertrfica: existe a assimetrica construtiva e a no construtiva, relacionada com a obstruao na via de saida
e o grau na hipertrofia .
Quadro clnico: Relacionado a presena ou no de obstruo na via de sada, grau de hipertrofia.
Dispnia.
Angina.
Sncope.
Palpitaes
Exame fsico:
Inspeo: ictus impulsivo.
Ausculta cardaca: Sopro sistlico no foco artico acessrio, ejetivo, com incremento s manobras que aumentam a
resistncia perifrica e reduo s manobras que reduzam a mesma
Miocardiopatia Hipertrfica:
Gnetica, autossmica dominante 60%
Maioria:
Hipertrofia septal
Forma obstrutiva:
Movimento sistlico anterior VM
Fechamento mesosistlico Vao
Fluxo VSVE com pico tardio (espada)
Regurgitao mitral
Relaxamento anormal
Obs doena de Yamaguchi












Miocardiopatia Hipertrfica:
Eletrocardiograma:
Sobrecarga ventricular e atrial esquerda.
Presena de ondas Q de necrose na parede antero-septal e T invertidas e profundas.
PADRO DE STRAIN ( QRS amplos, isquemia, descarga ventricular esquerda).

Obs: no h onda T na regio septal.
Miocardiopatia Hipertrfica:
Prognstico

.
Miocardiopatia Hipertrfica:
1. Beta-bloqueadores ( ajudar aumentar o tempo de diastole e sistole, processo mais lento diminui a presso de saida)
2. Antagonistas do clcio ( verapamil, diltiazem)
3. Antiarrtmicos ( sotalol, amiodarona) e ate mesmo o beta bloqueador.
4. Cirurgia ( padrao ouro)
5. Marcapasso artificial

Miocardiopatia Restritiva:
Caractersticas:
H restrio ao enchimento ventricular
Volume diastlico reduzido em um ou ambos ventrculos
Funo sistlica e espessura das paredes preservadas ou pouco aumentadas ( ex: Amiloidose)
Classificao:
Infiltrativa: amiloidose, sarcoidose, doena de Gaucher, doena de Hurler,infiltrao gorduorsa
Depsito: depsito de glicognio, doena de Fabry (deficincia de alfa galactosidade), hemocromatose
No-infiltrativa: idioptica, diabtica, pseudoxantoma elstico, esclerodermia,familiar, hipertrfica.
Endomiocrdica: endomiocardiofibrose, hipereosinofilia, carcinide, radiao, ps-antraciclina, cncer metasttico,
endocardite fibrosa.
No-classificada: miocrdio no-compactado.
Quadro clnico semelhante ao da Pericardite Constritiva
Queixas: dispnia, fadiga, edema, ascite
Exame fsico:
Distenso jugular, descenso Y proeminente, B3 e/ou B4
Sopro sistlico apical se envolve valvas (EMF)
Exames complementares:
ECG, Eco, TC, Cateterismo, Bipsia ( para definir a etiologia)
Tratamento:
Etiolgico se possvel (hemocromatose) amiloidose
Se h obliterao e dano valvar: correo cirrgica
Demais: tratamento suportivo ( IECA, betabloqueadores, diureticos), transplante
( miocardiopatia atrios grandes e ventriculos normais pois h restriao ao enchimento) PINTO DO SACO GRANDE.
Miocardiopatia Restritiva:
Eletrocardiograma:
Sobrecargas atriais.
Arritmias atriais.
Prolongamento do intervalo PR. ( impulso demora muito pra percorer os atrios)
Baixa voltagem
Rx Trax:
Aumento de cavidades atriais.
Congesto pulmonar.
Derrame pleural a direita.
VD; V normal AD AE hipertrofiado
Ecocardiograma:
Paredes com espessuras normais
Cavidades ventriculares de tamanho normal
Funo VE relativamente preservada
Aumento biatrial
Enchimento diastlico restritivo

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