O documento discute a filosofia escolástica da Idade Média, especificamente:
1) A escolástica surgiu como uma tentativa de harmonizar a fé cristã com o pensamento filosófico a partir do século IX;
2) Os principais representantes foram Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, que defenderam abordagens diferentes sobre a relação entre fé e razão;
3) Dentro da escolástica, havia diferentes visões sobre a natureza da realidade, conhecidas como realismo, realismo moderado e
O documento discute a filosofia escolástica da Idade Média, especificamente:
1) A escolástica surgiu como uma tentativa de harmonizar a fé cristã com o pensamento filosófico a partir do século IX;
2) Os principais representantes foram Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, que defenderam abordagens diferentes sobre a relação entre fé e razão;
3) Dentro da escolástica, havia diferentes visões sobre a natureza da realidade, conhecidas como realismo, realismo moderado e
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O documento discute a filosofia escolástica da Idade Média, especificamente:
1) A escolástica surgiu como uma tentativa de harmonizar a fé cristã com o pensamento filosófico a partir do século IX;
2) Os principais representantes foram Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, que defenderam abordagens diferentes sobre a relação entre fé e razão;
3) Dentro da escolástica, havia diferentes visões sobre a natureza da realidade, conhecidas como realismo, realismo moderado e
O documento discute a filosofia escolástica da Idade Média, especificamente:
1) A escolástica surgiu como uma tentativa de harmonizar a fé cristã com o pensamento filosófico a partir do século IX;
2) Os principais representantes foram Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, que defenderam abordagens diferentes sobre a relação entre fé e razão;
3) Dentro da escolástica, havia diferentes visões sobre a natureza da realidade, conhecidas como realismo, realismo moderado e
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FILOSOFIA MEDIEVAL
Cassio dos S. Oliveira
A ESCOLSTICA Filosofia Licenciatura - UFMA As reflexes filosficas produzidas durante a Idade Mdia tiveram como pano de fundo a doutrina do cristianismo; Entretanto, a Idade Mdia produziu algumas correntes de pensamento independentes da f crist que devem ser mencionadas. Essa escolas filosofias mantm pelo menos um ponto em comum com a filosofia cristo: o fato de se inspirarem tambm em doutrinas religiosas Apartir do sculo V, os pensadores cristos perceberam a necessidade de aprofundar uma f que estava amadurecendo, com o intuito de harmoniz-la com as exigncias do pensamento filosfico. Desse modo a Filosofia, que at ento possua traos marcadamente clssicos e helensticos, passa a receber influncias da cultura judaica e crist. Alguns temas que antes no faziam parte do universo do pensamento grego, tais como: Providncia e Revelao Divina e Criao a partir do nada passaram a fazer parte de temticas filosficas. A partir do sculo IX desenvolve-se a principal linha filosfica do perodo, que ficou conhecida como escolstica. Essa filosofia ganha acentos notadamente cristos, surgidos da necessidade de responder s exigncias de f, ensinada pela Igreja, considerada ento como a guardi dos valores espirituais e morais de toda a Cristandade e, por assim dizer, responsvel pela unidade de toda a Europa, que comungava da mesma f. A Escolstica teve uma constante de natureza neoplatnica, que combinava elementos do pensamento de Plato com valores de ordem espiritual, reinterpretados pelo Ocidente cristo. No sculo XIII Toms de Aquino introduz tambm elementos da filosofia de Aristteles no pensamento escolstico. A Escolstica (ou Escolasticismo) uma linha dentro da filosofia medieval, de acentos notadamente cristos, surgida da necessidade de responder s exigncias da f, ensinada pela Igreja, considerada ento como a guardi dos valores espirituais e morais de toda a Cristandade. Por assim dizer, responsvel pela unidade de toda a Europa, que comungava da mesma f. A Filosofia que at ento possua traos marcadamente clssicos e helensticos sofreu influncias da cultura judaica e crist, a partir do sculo V, quando pensadores cristos perceberam a necessidade de aprofundar uma f que estava amadurecendo, em uma tentativa de harmoniz-la com as exigncias do pensamento filosfico. Alguns temas que antes no faziam parte do universo do pensamento grego, tais como: Providncia e Revelao Divina e Criao a partir do nada passaram a fazer parte de temticas filosficas. A Escolstica possui uma constante de natureza neoplatnica, que conciliava elementos da filosofia de Plato com valores de ordem espiritual, reinterpretadas pelo Ocidente cristo. E mesmo quando Toms de Aquino introduz elementos da filosofia de Aristteles no pensamento escolstico, esta constante neoplatnica ainda presente. Basicamente, a questo chave que vai atravessar todo o pensamento escolstico a harmonizao de duas esferas: a f e a razo. O pensamento de Agostinho, mais conservador, defende uma subordinao maior da razo em relao f, por crer que esta venha restaurar a condio decada da razo humana. Enquanto que a linha de Toms de Aquino defende uma certa autonomia da razo na obteno de respostas, por fora da inovao do aristotelismo, apesar de em nenhum momento negar tal subordinao da razo f. Os maiores representantes do pensamento escolstico so os dois pensadores citados acima, que esto separados pelo tempo e pelo espao: Agostinho de Hipona, nascido no norte da frica no fim do sculo IV e Toms de Aquino, nascido na Itlia do sculo XIII. Embora seja arriscado dizer que sejam as nicas referncias relevantes do perodo medieval, ambos conseguiram sintetizar questes discutidas atravs de todo o perodo. Para a Escolstica, algumas fontes eram fundamentais no aprofundamento de sua reflexo, por exemplo os filsofos antigos, as Sagradas Escrituras e os Padres da Igreja, autores dos primeiros sculos cristos que tinham sobre si a autoridade de f e de santidade. Fonte: http://corujasapiens.wordpress.com/6o-ano-2/oitavo-ano/filosofia/do-inicio-da-patristica-ao-fim-da-escolastica/ O termo escolstica se origina do grego schole, que significa lugar onde se aprende. Nasce com o surgimento das universidades. Dois tipos de universidades so comuns nesse perodo: o italiano, onde os alunos organizavam e administravam suas prprias escolas; o francs, seguindo o modelo monstico, a faculdade era constituda dos professores e administradores da escola. O currculo era baseado no trivium(gramtica, lgica e retrica); quadrivium (msica, aritmtica, geometria e astronomia) e claro, teologia. A escolstica pode ser definida como a tentativa de racionalizar a teologia para que se sustente a f com a razo. Os dados da revelao bblica eram organizados atravs da lgica dedutiva de Aristteles. importante salientar que a busca da escolstica no era pela verdade, mas sim organizar racionalmente um corpo de verdades aceitas, seja atravs da f ou da razo, num corpo harmnico. A partir da filosofia grega, seja Plato ou Aristteles, os escolsticos se dividiram em tendncias no tratamento da natureza dos universais ou da realidade ltima de todas as coisas, bem como a relao entre f e razo. So encontradas pelo menos trs tendncias predominantes na escolstica: Realismo, Realismo Moderado e Nominalismo. A seguir a definio de cada tendncia seguida pelos seus principais representantes. Realismo Plato ensinava que os universais (idias) tinham uma existncia objetiva independentemente das coisas particulares. Cria-se por exemplo que h universais de beleza, verdade e bondade fora dos atos particulares do homem de beleza, verdade e bondade. A frase latina que resumia essa tendncia era universalia ante rem , isto , os universais existem antes das coisas criadas. Anselmo (1033-1109) Pedro Lombardo (1100-1160) Realismo Moderado Diferentemente de Plato, Aristteles possua uma viso moderada da natureza da realidade. Ele defendia que os universais ou idias possuam uma existncia objetiva, embora no existissem aparte das coisas individuais mas sim nelas. A frase que resume essa idia : universalia in re. Os escolsticos que adotaram essa idia foram chamados de realistas moderados ou conceptualistas. Abelardo (1079-1142) Alberto Magno (1225-1274) Toms de Aquino (1225-1274) Nominalismo A tendncia nominalista se opunha ao realismo e realismo moderado. Suas idias foram expressas na frase: universalia post rem / flatus vocis. Verdades ou idias gerais no tm existncia objetiva a no ser como resultado da observao das coisas particulares. Desta forma os nominalistas so os precursores dos empiristas dos sculos XVII e XVII e da cincia experimental. Jonh Duns Scotus (1265-1308) Guilherme de Occam (1280-1349) Universais No sculo X, decaram muito os estudos e s no sculo XI se iniciou alguma reao. Com o estudo da Dialtica, o interesse dos estudiosos voltou-se para o problema dos universais, que foi o tema mais debatido no sculo XI. O universal um conceito ou ideia que tem uma essncia comum a muitos seres e que, portanto, deve ser aplicvel a todos esses seres. Por exemplo, o conceito de homem representa uma essncia, animal racional, que vai permanecer sempre a mesma, indiferentemente de a quantos indivduos do mesmo gnero (homem) se aplique (e a todos deve ser aplicvel) e distinta aparncia que esses indivduos possam ter. REALISMO REALISMO MODERADO NOMINALISMO Relao entre f e razo Eu creio a fim de que possa conhecer Eu conheo a fim de que possa crer Eu creio separado do que eu conheo Natureza da Realidade Universalia ante rem Universalia in re Universalia post rem (flatus vocis) Pensadores Anselmo Toms de Aquino e Abelardo Guilherme de Ockham Obras Proslgio e Monolgio Summa Theologiae Ordinatio Proponentes Modernos Evangelicalismo Catolicismo Romano Renascena e Iluminismo A Decadncia do Escolasticismo O chamado iluminismo, um movimento intelectual da elite europia do sculo XVIII, que procurou mobilizar o poder da razo para reformar a sociedade e o conhecimento herdados da tradio medieval, muitas vezes apontado como sendo responsvel pelo fim do escolasticismo. O Iluminismo floresceu at cerca de 1790-1800, aps o qual a nfase na razo deu lugar nfase na emoo e surgiu um movimento contra-iluminista. No entanto, quando o movimento iluminista eclodiu, praticamente j no existiam autores escolsticos. Apenas no final do sculo XIX que houve uma tentativa de resgatar o escolasticismo sob um prisma mais moderno, principalmente com Jacques Maritain (1882-1973), um filsofo francs de orientao catlica e tomista, cujas obras influenciaram a democracia crist. Na raiz do catolicismo como religio, Deus pode ser compreendido pelas faculdades do homem, ou seja, no apenas por meio da f, mas tambm pela razo e os sentidos. O protestantismo e, especialmente, o calvinismo, coloca Deus severamente fora das faculdades do homem e considera, por exemplo, modalidades sensoriais de amor do homem por Deus, como pinturas ou esculturas, como constituindo atos de idolatria e blasfmia, que precisam ser eliminados para limpar o caminho para a nica comunicao adequada com Deus, que seria a pura f na revelao. A nfase tomista na razo como meio de apreender a lei natural de Deus e at mesmo aspectos da lei divina choca-se com a nfase protestante na f na vontade arbitrria de Deus. A tendncia protestante bsica, com raras excees, era opor-se a qualquer lei natural para derivar tica ou Filosofia Poltica a partir do uso da razo do homem, pois o homem era muito pecaminoso e corrupto em sua razo e seus sentidos, uma personificao da corrupo e, portanto, s a f pura em comandos arbitrrios, e revelada por Deus, era aceita como base para a tica humana. Essa descrena por parte dos protestantes na lei natural os impedia de criticar as aes do Estado. Com efeito, o calvinismo e at o luteranismo foram incapazes de contestar o Estado absolutista que floresceu em toda a Europa durante o sculo XVI e triunfou no sculo XVII. Com isso, na primeira parte do sculo XVII, dois filsofos contrastantes conseguiram fortalecer o racionalismo e o empirismo, que continuam a assolar o mtodo cientfico at os dias atuais. Foram eles o ingls Francis Bacon (1561-1626) e o francs Ren Descartes (1596-1650). 01 Analise as frases que seguem: Aquilo que a verdade descobrir no pode contrariar aos livros sagrados, quer do Antigo quer do Novo Testamento (Sto Agostinho); Deus no pode infundir no homem opinies ou uma f que vo contra os dados do conhecimento adquirido em virtude das foras naturais (Sto. Toms de Aquino). Elas resultam do desenvolvimento do Cristianismo e da dominao da Teologia sobre a filosofia entre os sculos II e XVI d.C. Essa nova filosofia presa ao Cristianismo se diferenciava da Filosofia Clssica, porque procurava promover a crena em um Deus todo poderoso proclamado por Jesus Cristo. Aesta fase da Histria da Filosofia chamamos: A- Filosofia Catlica B - Filosofia Clssica C - Filosofia Medieval D - Filosofia Protestante Exerccio 02 Quando o Imprio Romano iniciou sua derrocada, havia uma instituio religiosa pronta para assumir a direo do mundo. O Cristianismo se expande atravs da filosofia dos Padres da Igreja. No esforo de converter pagos, combater heresias e justificar a f, os Padres da Igreja daquele sculo desenvolveram a apologtica, discurso racional religioso em defesa do Cristianismo. Essa realidade caracteriza a primeira fase da Filosofia no perodo medieval, tambm conhecida como: A - Patrstica B - Reforma C - Contra-Reforma D - Escolstica Exerccio 03 So tendncias da Escolstica: A - Pr-Milenismo, Amilenismo e Ps-milenismo B - Realismo, Irrealismo, Cubismo C - Apologistas, Polemistas e Alexandrinos D- Realismo, Realismo Moderado e Nominalismo 04 comum fazer referncia a Idade Mdia como a Idade das Trevas, devido monopolizao do conhecimento formal pela igreja catlica, no entanto nesse perodo houve o surgimento das: A - Escolas e universidades B - Catedrais e igrejas C - Escolas Filosficas D - Escolas tcnicas 05 Durante a Idade Mdia, a questo dos universais foi um dos grandes problemas debatidos pelos filsofos da poca. Realismo, Conceitualismo e Mominalismo foram as solues tpicas do problema. Outra preocupao da poca foi o da possibilidade ou impossibilidade de conciliar f e razo. Santo Agostinho, sobre a relao f e razo, protagoniz ou uma tese que se pode resumir na frase: "Credo ut intelligam" (Creio para entender). A partir dos seus conhecimentos sobre a questo dos universais e da filosofia medieval, identifique as proposies verdadeiras: I - O apogeu da patrstica aconteceu no sculo XIII com Santo Toms de Aquino (1225-1274), que, retomando o pensamento de Plato, fez a sntese mais bem elaborada da filosofia com o cristianismo durante a Idade Mdia. II - O pensamento filosfico medieval, a partir do sculo IX, chamado de escolstica. A filosofia escolstica tinha por problema fundamental levar o homem a compreender a verdade revelada pelo exerccio da razo, contudo apoiado na Auctoritas, seja da Bblia, seja de um padre da Igreja. III - Para os nominalistas, o universal apenas um contedo da nossa mente, expresso por um nome. O que significa dizer que os universais so apenas palavras, sem nenhuma realidade especfica correspondente. IV - No conceitualismo de Pedro Abelardo, os universais so conceitos, entidades mentais, que no existem na realidade, nem so meros nomes. V - De acordo com a teoria da iluminao de Santo Agostinho, o ser humano recebe de Deus o conhecimento das verdades eternas. Tal como o sol, Deus ilumina a razo e torna possvel o pensar correto. Em verdade, Santo Agostinho no conflita a f com a razo, sendo esta ltima auxiliar e subordinada da f. Assinale a alternativa que contm as afirmativas VERDADEIRAS: A - I, II e III B - I, III e V C - II e V D - I, II e IV E - II, III, IV e V Boa Prova! tima Concentrao nos Estudos! Referncia MARCONDES, Danilo; Iniciao Histria da Filosofia: dos Pr- Socrticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004. FILOSOFIA MEDIEVAL. Wikipdia, a Enciclopdia Livre. Disponvel em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_medieval> Acesso em 20 julho 2014. ESCOLSTICA; Wikipdia, a Enciclopdia Livre. Disponvel em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Escol%C3%A1stica > Acesso em 21 julho 2014 NOMINALISMO; Wikipdia, a Enciclopdia Livre. Disponvel em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Nominalismo> Acesso em 21 julho 2014