Relatorio de Estagio em Alfabetização
Relatorio de Estagio em Alfabetização
Relatorio de Estagio em Alfabetização
RELATRIO FINAL
PRTICA DE ENSINO E ESTGIO DOCENTE EM ALFABETIZAO E LNGUA
PORTUGUESA
SO CARLOS
2014
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RELATRIO FINAL
PRTICA DE ENSINO E ESTGIO DOCENTE EM ALFABETIZAO E LNGUA
PORTUGUESA
SO CARLOS
2014
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SUMRIO
INTRODUO.......................................................................................................
1 REFERENCIAL TERICO..................................................................................
2 CONTEXTUALIZAO DO ESTGIO............................................................... 11
2.1 localizao, histria, espao fsico e recursos materiais.................... 12
2.1.1 Recursos materiais........................................................................ 13
2.1.2 A gesto escolar e os projetos desenvolvidos........................... 14
2.2 Perfil da professora colaboradora.........................................................
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ANEXOS................................................................................................................
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INTRODUO
O presente relatrio fruto das inseres em estgio docente em
alfabetizao e Lngua Portuguesa na turma do primeiro ano C da Escola Municipal
de Educao Bsica (EMEB) Prfessora Dalila Galli, localizada na rua Rio Araguaia,
no bairro Jquei Clube, municpio de So Carlos, estado de So Paulo no primeiro
semestre do ano de 2013.
O estgio parte dos crditos integralizados na disciplina de Prtica de
ensino e estgio docente em alfabetizao e Lngua Portuguesa, do curso de
graduao Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de So Carlos,
tendo como docente e supervisora a Professora Doutora Helosa Chalmers Sisla.
O principal objetivo do estgio a integrao dos graduandos e futuros
professores com a realidade enfrentada em sala de aula para que possam conflitar
teoria e prtica buscando uma identidade com a docncia e contribuindo com a
comunidade na minimizao dos problemas enfrentados na dimenso escolar nos
processos de aquisio da leitura e da escrita e de seus usos sociais.
O processo de integrao da criana se realiza efetivamente atravs da
aquisio da leitura e escrita, visto que o uso da linguagem oferece a ela condies
de expressar e internalizar aes e informaes, favorveis ao desenvolvimento
humano numa perspectiva harmoniosa. Assim a alfabetizao assume destacado
papel no processo educativo da criana, influenciado por condicionantes
socioculturais que atuam decisivamente na relao indivduo/sociedade.
Entender o processo de alfabetizao das crianas atravs da leitura e
escrita, condio esta fundamental a integrao na vida social, oferece
oportunidades de compreenso e respeito do universo da relao que influencia na
construo da existncia da criana, e neste momento que o desenvolvimento
humano ocorre a partir do entendimento do significado do mundo. Segundo Freire
(1982), a leitura da palavra precede a leitura do mundo, e nesse contexto revela-se
que a criana em nenhum momento deve ser tratada como analfabeta, vazia de
conhecimento da realidade que a cerca, contudo cabe aos educadores refletirem em
que bases educativas seu desenvolvimento cognitivo pode ser realizado.
Ento a alfabetizao de crianas sempre assume relevante objeto de estudo,
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Vrios estudos apontam para as condies materiais e os recursos didticopedaggicos como ferramentas necessrias a uma aprendizagem de sucesso.
Entretanto, muitos profissionais confundem a utilizao desses recursos com a
sofisticao de materiais e do espao. Muitas vezes a elaborao e adaptao
simples desses recursos trazem mais significados para uma aula: como o uso de um
simples cartaz de papel no lugar de um projetor multimdia por exemplo. A escola
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deve ensinar a escrever, Emlia Ferreiro pergunta como algum aprende a ler e
escrever independente do ensino.
Nas teorias desenvolvidas por Emilia Ferreiro e Ana Teberosky o processo de
aprender desloca-se para o ato de aprender por meio da construo de
conhecimento que realizado pelo educando que passa ser visto como agente e
no como ser passivo que recebe e absorve o que foi "ensinado".
Nos trabalhos desenvolvidos por Ferreiro, os conceitos de prontido, imaturidade,
habilidades motoras deixam de ter sentido isoladamente como costumam ser
trabalhados. Estimular aspectos motores, cognitivos e afetivos, so importantes,
mas vinculados ao contexto da realidade sociocultural dos alunos.
Para Ferreiro, "hoje a perspectiva construtivista considera a interao de
todos eles, numa viso poltica, integral, para explicar a aprendizagem".
Durante o processo de alfabetizao o aluno se encontra em diferente nveis que
vo ocorrendo durante a construo e que assumem importante papel porque a
interao entre eles fator de suma importncia para o desenvolvimento do
processo. Os diferentes nveis explicam os diferentes ritmos e as diferenas
individuais de cada aluno.
Segundo Ferreiro e Teberosky (1986) esses nveis se compe da seguinte
forma:
1) Nvel Pr-Silbico no se busca correspondncia com o som; as
hipteses das crianas so estabelecidas em torno do tipo e da quantidade de
grafismo. Nesse nvel a criana tenta: diferenciar entre desenho e escrita; utilizar
no mnimo duas ou trs letras para poder escrever palavras
reproduzir os traos da escrita, de acordo com seu contato com as forma grficas,
escolhendo a que mais familiar para usar nas suas hipteses de escrita.
2) Nvel Silbico pode ser dividido entre Silbico e Silbico Alfabtico:
Silbico a criana compreende que as diferenas na representao escrita est
relacionada com o "som" das palavras, oque a leva a sentir a necessidade de usar
uma forma grfica para cada som. Utiliza os smbolos grficos de foram aleatria,
usando apenas consoantes, ora apenas vogais, ora letras inventadas e repetindo-as
de acordo com o nmero de slabas das palavras.
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TRG4
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Escrever os nomes dos colegas da classe pode ser uma boa situao de
aprendizagem. O apoio na escrita de listas, na leitura de cantigas e material escrito
que faa parte do universo das crianas nesse nvel tornam-se tambm timas
condies didticas para a evoluo nas hipteses dessas crianas.
Nesse momento esses alunos necessitam de muita ateno do professor
para fazer a mediao entre esses processos e formular novas hipteses sobre a
escrita, para isso se faz necessrio boas intervenes e questionamentos que levem
as crianas com dificuldades a confrontar e refletir sobre seus conhecimentos. Criar
agrupamentos produtivos uma tima ferramenta para auxiliar o professor nessa
tarefa.
CONSIDERAES FINAIS
Primeiramente necessrio considerar que alfabetizar no uma tarefa fcil.
Entender como a criana pensa a leitura e a escrita para ajud-la nesse processo de
construo uma atividade que exige muita reflexo sobre as prticas e sobre os
mtodos adotados pelos professores alfabetizadores. Para tornar-se um bom
professor alfabetizador necessrio entender as necessidades das crianas e
buscar condies didticas para resolver os problemas que emergem nessa
dimenso.
Durante o estgio busquei estabelecer um paralelo entre a teoria e a prtica
para compreender de forma mais clara como se estabelecem os processos de
aprendizagem da leitura e da escrita nas interaes sociais e nas situaes de
aprendizagem produzidas no ambiente escolar. A aprendizagem que me
proporcionou o estgio trouxe uma reflexo sobre minha atuao em sala de aula,
visto que j atuo na docncia do ciclo I do Ensino Fundamental, proporcionando uma
base mais resistente e trazendo confiana para iniciar uma prtica de alfabetizador
no meu percurso como professor dos anos iniciais.
Contudo o estgio uma ferramenta indispensvel na formao inicial de
professores e no aperfeioamento de prticas mais eficazes e eficientes no ensino
da lngua materna. Atuar como estagirio uma experincia muita rica e dinmica
do que de fato ser um professor.
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REFERENCIAS
CARVALHO, M. Alfabetizar e Letrar: um dilogo entre teoria e prtica. Petrpolis,
RJ, Vozes, 2005.
FERREIRO, E. Alfabetizao e cultura escrita, entrevista concedida Denise
Pellegrini. In. Nova Escola A revista do Professor. So Paulo, Abril, maio/2003.
FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicognese da lngua escrita. Traduo de
Diana Myriam Lichtenstein et al. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1985.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 11ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
SO PAULO.Guia de Planejamento e Orientaes Didticas: Professor
Alfabetizador Iano. Ler e Escrever. 3 ed., So Paulo, 2012.
SOARES, M.. Alfabetizao e Letramento: caminhos e descaminhos.In. Revista
Ptio n.29 fev/abr 2004.
VYGOTSKY, L.S. Pensamento e Linguagem. So Paulo, Martins Fontes, 1989.
APNDICES
DIRIO DE CAMPO 01
So Carlos, 10 de abril de 2013 (quarta-feira)
Iniciei hoje meu estgio de alfabetizao e letramento na E.M.E.B. Professora
Dalila Galli. A escola municipal e localiza-se no bairro Joquei Clube. A rua onde
localiza-se a escola muito bem ampla, limpa e organizada, percebe-se que essa
parte do bairro foi planejada. Ao lado direito da unidade encontra-se o Posto de
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professora disse tambm que adora os estagirios da UFSCar pois ajuda muito no
desenvolvimento das atividades com as crianas em sala de aula e que ela gostaria
de um estagirio em cada dia da semana, entretanto na quarta-feira j havia muitas
pessoas para ajud-la nessa tarefa. Disse a professora que se fosse possvel
trocaria o dia de estgio para sexta-feira.
A primeira aula das crianas foi de Educao Fsica com um professor que
me disse ser aposentado e j ter mais de 30 anos de carreira. Falei para ele sobre
minha admirao pela escola e ele disse que a escola era muito melhor e que havia
sido abandonada pela gesto municipal anterior. No ptio as crianas fizeram
exerccios de alongamento e aquecimento e duas crianas, um menino e uma
menina, forma escolhidas para serem os professores mirins onde, aos comandos do
professor, faziam os movimentos que eram imediatamente imitados pelo restante da
turma.
Depois as crianas foram conduzidas at a quadra onde, sob as orientaes
do professor, brincaram da brincadeira O gato e o rato. As crianas se divertiram
muito, percebi que elas gostaram muito da atividade.
Quando os alunos voltaram para a sala de aula a professora da sala leu uma
histria para as crianas. A histria era muito longa, percebi que as crianas ficaram
um pouco cansadas, pois a leitura da professora ultrapassou os 15 minutos. Em
seguida a professora fez uma atividade de preenchimento do calendrio e faz a
chamada usando um cartaz de pregas e os crachs do nome de cada criana. A
atividade consistia na proposta de identificar o nome dos colegas e colocar no cartaz
de pregas. uma atividade interessante, entretanto poderia ter sido mais
significativa se fosse de forma coletiva e se os nomes das crianas que haviam
faltado estivessem presentes dentre o montante de crachs. Essa atividade tambm
seria um timo momento para se trabalhar com as habilidades matemticas se a
professora explorasse com as crianas o nmero de alunos presentes (meninos e
meninas) e o nmero de alunos ausentes (meninos e meninas), poderia ser
trabalhado com a adio e a subtrao desses nmeros, mesmo que fosse
oralmente.
A atividade proposta posteriormente foi a cpia do cabealho. A maioria das
crianas tiveram muita dificuldade para execut-la, percebi que algumas crianas
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DIRIO DE CAMPO 02
So Carlos, 29 de abril de 2013 (segunda-feira)
Cheguei na escola por volta das 7h para mais um dia de estgio. No incio da
aula ajudei os alunos a preencherem o calendrio a pedidos da professora da turma.
Em seguida ajudei na chamada com a contagem dos crachs dos nomes. Depois a
professora fez o cabealho na lousa com a ajuda das crianas e colocou meu nome
dizendo para os alunos que eu tambm fao parte da turma. As crianas copiaram o
cabealho e demoraram um pouco.
A professora da turma me pediu para que ajudasse na correo da tarefa
individualmente com as duplas. A atividade consistia em colocar a vogal que estava
faltando. Nesse momento eu fiz algumas perguntas para as crianas para que
refletissem acerca das palavras que tinham errado, assim algumas crianas
apagaram e corrigiram o que haviam errado.
Depois da tarefa corrigida a professora fez a leitura inicial do livro A
Zeropia de Herbert de Souza discutindo logo em seguida o contexto da histria e
suas implicaes morais. Em conversa com as crianas a professora discutiu sobre
ouvir as pessoas, fazer o que se tem vontade, dar palpite na vida dos outros e
questes relacionadas a identidade de cada indivduo. A atividade demorou
aproximadamente uma aula.
Como proposta de atividade a professora pediu aos alunos que a ajudassem
a escrever os nomes dos personagens da histria. Os alunos ditavam e a professora
escrevia na lousa ao passo que fazia questionamentos sobre a escrita dessas
palavras. Em seguida pediu para as crianas desenharem a Zeropia, personagem
principal, no caderno e copiassem a lista das personagens.
Depois do intervalo a professora props aos alunos uma atividade em que
tiveram que escrever o nome de alguns brinquedos. Essa atividade, conforme me
explicou a professora, estava adequada de acordo com as hipteses silbicas das
crianas: para os alfabticos e silbico-alfabticos ela deixou os campos em branco
para que os alunos, distribudos em duplas produtivas, colocassem o nome dos
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brinquedos. Para os alunos silbicos com valor e sem valor sonoro a atividade
consistia em colocar apenas a letras que estavam faltando e para os pr silbicos a
escrita do nome dos brinquedos era com o apoio do banco de dados. Gostei muito
da atividade pois todos alunos fizeram e se empenharam. Acompanhei alguns
alunos e percebi que as duplas realmente discutiam sobre suas hipteses de como
escreveriam o nome do brinquedo.
Depois de finalizada a atividade fomos para a biblioteca onde os alunos
deveriam trocar os livros que levaram para a casa. Uma vez por semana as crianas
pegam livros na biblioteca para lerem em casa. Desta vez os alunos no puderam
levar livros novos porque o sistema no funcionava. As crianas ficaram muito tristes
por no levar o livro, pois agora s pegariam livros na outra semana.
Quando voltamos para sala de aula a professora distribuiu uma atividade para
as crianas que foi realizada coletivamente. O objetivo da atividade era colocar as
vogais que estavam faltando no incio e no fim de cada palavra que representava o
desenho de um objeto.no haviam terminado quando saram para o almoo as 11h.
Tenho reparado o ambiente interno da sala de aula, acredito que tem muita
informao nas paredes. um pouco desorganizado com alguns cartazes
pendurados em pssimo estado. Na parte superior da lousa tem um alfabeto
pendurado com a figura de umas bocas. Reparei que a professora sempre se
recorre a ele quando tenta ensinar uma slaba para a criana que no sabe. Logo
abaixo desse alfabeto tem uma tela retrtil para projeo pode ser um bom
instrumento para se utilizar nas aulas j que a escola possui um projetor. Na parede
do fundo as cortinas esto bem velhas e rasgadas. Algumas esto caindo e por isso
no bloqueiam o sol atrapalhando um pouco os alunos enxergarem o contedo da
lousa.
O que achei interessante foi um cartaz na parede do lado esquerdo onde
esto escrito algumas metas propostas para o ano de 2013 com os alunos do
primeiro ano como por exemplo: aprender a ler e escrever, aprender a letra cursiva,
entre outras coisas. As carteiras das crianas ficam muito desorganizadas. Pareceme que elas no tem um lugar certo para sentar e isso me incomoda bastante,
acredito que para alfabetizao um ambiente organizado, limpo e planejado ajuda na
orientao que a criana precisa na hora de aprender. A lousa tambm muito alta
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muito carinho e mais uma vez a professora estava ocupada conversando com pais
de alunos na porta. As crianas dos primeiros anos entram por um porto exclusivo
que d acesso diretamente entrada das salas de aula, talvez isso o que contribui
para os pais estarem sempre conversando com a professora nesse momento.
Acredito que isso muito bom, pois aproxima a professora dos pais dos alunos e os
problemas podem ser resolvidos e esclarecidos mais rapidamente, entretanto no
certo deixar as crianas esperando na sala sozinhas e sem nenhuma atividade para
fazer. Hoje a coordenadora estava junto com a professora conversando com uma
me sobre o problema de um aluno que no procurei saber detalhes.
Enquanto a professora conversava eu entrei e pedi aos alunos que abrissem
o caderno e j fossem preenchendo o calendrio. Enquanto isso fui at a lousa e j
organizei as linhas para fazer o cabealho. Como a professora me autorizou fiz a
chamada e, em seguida, j elaborei o cabealho com as crianas, eles forma
ditando enquanto eu escrevia na lousa. Depois os alunos copiaram o que eu escrevi
em seus cadernos.
A professora fez a leitura inicial do conto Gaspar eu caio de Ricardo de
Azevedo. As crianas adoraram a histria contada pela professora e prestaram
muita ateno. Depois a professora conversou um pouco com as crianas sobre
medo e sustos e perguntou se alguma delas j haviam tomado um susto muito
grande. Nesse momento todas as crianas queriam falar e a professora pediu que
levantassem a mo e contassem um por vez. Em seguida ela pediu para as crianas
elegerem a melhor histria. As crianas escolheram a histria de um colega que a
professora escreveu na lousa com ajuda do ditado das crianas. Depois os alunos
copiaram a histria do colega no caderno e fizeram uma ilustrao. Gostei muito da
atividade da professora, mas achei um pouco cansativa pois demorou muito.
Algumas crianas ficaram um pouco entediadas e comearam a fazer baguna
atrapalhando os colegas. Acredito que se fosse escrito num cartaz em vrios trechos
e depois que as crianas divididas em grupos desenhassem a ilustrao de cada
trecho seria mais interessante. Ao final poderia at ser fixado nas paredes externas
da sala de aula para a apreciao dos pais.
Aps o intervalo dos alunos a professora props que eles escrevessem o
nome de dez coisas que assustavam ou que causassem medo. Para os alunos pr
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silbicos a professora deu um folheto com algumas gravuras faltando as vogais para
eles completarem, para os silbicos faltando algumas letras e para os alfabticos em
branco para eles escreverem sozinhos. Terminada a atividade os alunos deveriam
fazer a lista dos melhores amigos no caderno. Os alunos pr silbicos escreveram
alguns nomes em grupo com alguns alunos na hiptese silbica com valor usando o
alfabeto mvel como apoio. Neste momento eu auxiliei a escrita do grupo.
Aprendi muito sobre como as crianas pensam a leitura e a escrita hoje,
entretanto o mais significante foi pensar sobre atividade mais prazerosas para que
as crianas nessa faixa etria fiquem motivadas a ler e a escrever. Fui embora as
11h e as crianas ainda no haviam terminado a atividade.
DIRIO DE CAMPO 05
So Carlos, 17 de maio de 2013 (sexta-feira)
Hoje cheguei na escola por volta de 6h45m para instalar os equipamentos
necessrios minha docncia. As crianas ficaram muito felizes quando eu cheguei
e foram logo me abraando e perguntando se eu que daria aula hoje. J criei laos
afetivos com os alunos o que me d mais segurana para ministrar uma regncia a
essa altura. A professora da turma tambm ficou muito entusiasmada com a minha
chegada, pois foi ela quem sugeriu que eu usasse os recursos tecnolgicos para
realiz-la.
Montei o projetor, o computador e as caixas de som. Em seguida fiz a leitura
do livro Marcelo, Marmelo, Martelo de Ruth Rocha como leitura inicial. Depois foi
necessrio discutir com as crianas sobre o nome dos objetos. Nesse debate
levantamos outros nomes que poderiam ser dados as coisas: escrevedor no lugar
de lpis, apagador para a borracha, ensinadora para a professora. Surgiram
vrias sugestes e, por fim, expliquei que tudo tinha nome porque se no tivesse
seria uma confuso, as pessoas no conseguiriam se comunicar e por isso o nome
da maioria das coisas padronizado dentro da lngua de cada pas, logo no
podemos fazer como Marcelo que dava outros nomes para os objetos. As crianas
divertiram-se bastante com a leitura e com a possibilidade de inventar nomes para
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as coisas.
Depois da leitura fiz a chamada com as crianas. Para isso peguei os crachs
dos alunos e misturei na mesa da professora. Chamei uma criana por vez para
retirar um crach. As meninas deveriam pegar o crach de um menino e os meninos
de uma menina. Posteriormente deveriam falar se o dono do crach havia faltado
aula. Quando os alunos erravam a turma ajudava coletivamente ou o dono do
crach auxiliava o colega. As crianas gostaram muito da atividade. Todos
participaram, apenas dois alunos tiveram maior dificuldade mas deixei o tempo
necessrio para que eles obtivessem sucesso na atividade.
Para que as crianas se organizassem e soubessem o que aconteceria
coloquei a rotina na lousa e pedi que eles copiassem no caderno. Conforme as
atividades se encerravam eu pedia a eles para marcar com um pequeno x ao lado.
Assim os alunos ficaram sabendo do aconteceriam durante minha regncia.
Na atividade do jogo da forca chamei aluno por aluno para ir ao computador
digitar o nome das figuras que apareciam projetadas no telo da parede. Os alunos
adoraram a atividade. Os alunos que tinham dificuldade pediam ajuda aos colegas
que prontamente ajudavam. Entretanto fiz algumas intervenes para que os alunos
refletissem sobre a escrita das palavras como:
1. Tem alguma letra ou slaba dessa figura no seu nome?
2. Comea com a letra do nome de algum colega?
3. Tem algum objeto que voc conhece o nome que parece com o nome dessa
figura?
A professora tambm fez algumas intervenes enquanto a turma jogava. Os alunos
foram vrias vezes ao computador at o momento do recreio. Depois do intervalo
conversamos um pouco sobre a atividade o que acharam, se aprenderam alguma
palavra nova e se j conheciam alguma daquelas palavras. As figuras apresentadas
no jogo eram de alimentos, animais, objetos domsticos, materiais escolares,
brinquedos, roupas, objetos pessoais e profissionais, entre outros. A maioria das
crianas j conheciam as palavras porque a professora j trabalhou muito com
algumas listas para apoiar a escrita das crianas.
Aps a conversa pedi para cada dupla de alunos desenhar e escrever,
espontaneamente, uma das palavras que viram no jogo da forca. Os alunos com
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06 de junho de 2013.
PBLICO ALVO:
REA DO CONHECIMENTO:
TEMA:
CONTEDO:
DURAO TOTAL:
PROBLEMATIZAO
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JUSTIFICATIVA
Decidimos trabalhar com cantigas de roda, por que, assim como as
parlendas, so textos de fcil memorizao e possibilitam trabalhar com a leitura e
escrita mesmo com crianas que ainda no sabem ler.
Os textos que as crianas sabem de memria so importantes para se
trabalhar na alfabetizao inicial e devem ser utilizados em situaes didticas em
que os estudantes so desafiados a ler e a escrever por si prprios.
O fato de trabalhar com um texto que sabem de cor, faz com que os alunos se
preocupem em como ler, ajustando a fala com a escrita, e no como escrever,
pensando em quais letras usar e em qual ordem.
As atividades de leitura e escrita mobilizam saberes distintos e ensinam
contedos diferentes.
Nas atividades de leitura de textos que sabem de cor, as crianas tm de
fazer a correspondncia entre as partes do texto que j sabem com os trechos
escritos, descobrindo a relao entre fonema e grafia, conhecendo letras novas e
como se d a segmentao das frases em pedaos menores e independentes, as
palavras.
Nas atividades de escrita, as crianas precisam colocar em prtica o que j
conhecem do sistema alfabtico e o que j sabem a respeito da escrita
convencional.
Apesar da necessidade de se trabalhar com atividades de leitura e escrita na
alfabetizao, uma no necessariamente pr-requisito para outra.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
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OBJETIVOS GERAIS:
Propiciar condies para que o aluno possa:
Comunicar-se no cotidiano;
OBJETIVOS ESPECFICOS:
Propiciar condies para que o aluno possa:
Localizar palavras num texto que sabe de memria, tais como as brincadeiras
cantadas;
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brincadeira, uma vez que esta j faz parte do cotidiano das aulas de Educao fsica
das crianas. Depois levar as crianas para um local amplo como o ptio ou mesmo
a quadra da escola e propor ento a brincadeira.
Brinca-se assim:
1. As crianas formam uma roda e sentam no cho, menos uma.
2. A criana que sobrou corre pelo lado de fora da roda com o leno na mo ao
ritmo da ciranda:
Corre cutia
Na casa da tia
Corre cip
Na casa da v
Lencinho na mo
Caiu no cho
Moa(o) bonita(o) do meu corao
outra que esteja sentada. Quando esta perceber, comea o pega-pega entre
as duas. Quem est com o leno o pegador. O lugar vazio na roda o
pique.
4. Quem perder fica fora da roda (ou dentro) e a brincadeira recomea.
Depois de terminada a brincadeira, aproveitar a formao das crianas e
propor uma roda de conversa. Falar que Corre Cutia uma brincadeira que a
maioria das pessoas conhecem ou j brincaram um dia. Naturalmente, em cada
lugar, as crianas cantam a ciranda de um modo diferente. Um jeito mais bonito que
o outro:
Corre cutia
De noite e de dia
Debaixo da cama
Da sua tia
E as vezes cantam:
Lencinho branco
Caiu no cho
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MATERIAL NECESRIO
NUMERO DE PARTICIPANTES
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COMO SE BRINCA?
CORRE CUTIA
Corre cutia
Na casa da tia
Corre cip
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Na casa da v
Lencinho na mo
Caiu no cho
Moa bonita do meu corao
acerca das hipteses de escrita levantadas pelas crianas. Para essa atividade
necessria a organizao da turma em duplas produtivas (de acordo com suas
hipteses de escrita).
Posteriormente entregar para cada criana uma tabela conforme modelo
abaixo:
NOMES:
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DESENHO
NOME DA BRINCADEIRA
Pedir aos alunos que preencham as tabelas escrevendo como eles sabem e
fazendo o desenho das brincadeiras que eles conhecem e recordam em duplas.
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AVALIAO
Observar se o aluno foi capaz de:
CONSIDERAES FINAIS
Partindo sempre de uma aprendizagem significativa e com nfase ao estimulo
e avano do educando propomos um plano flexvel, podendo surgir conceitos,
aprendizagens e atividades que aqui no esto programadas, entretanto sero
registradas posteriormente.
REFERNCIAS
SO PAULO (Estado) Secretaria da Educao. Ler e escrever: guia de
planejamento e orientaes didticas. So Paulo: FDE, 2011. (1 ano);
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