O documento discute as competências de leitura, produção de texto, gramática e literatura no ensino médio. Ele enfatiza a importância de desenvolver habilidades como pesquisar, analisar e argumentar para que os alunos participem da sociedade. Também discute a necessidade de trabalhar diferentes linguagens e códigos para promover a compreensão crítica.
O documento discute as competências de leitura, produção de texto, gramática e literatura no ensino médio. Ele enfatiza a importância de desenvolver habilidades como pesquisar, analisar e argumentar para que os alunos participem da sociedade. Também discute a necessidade de trabalhar diferentes linguagens e códigos para promover a compreensão crítica.
O documento discute as competências de leitura, produção de texto, gramática e literatura no ensino médio. Ele enfatiza a importância de desenvolver habilidades como pesquisar, analisar e argumentar para que os alunos participem da sociedade. Também discute a necessidade de trabalhar diferentes linguagens e códigos para promover a compreensão crítica.
O documento discute as competências de leitura, produção de texto, gramática e literatura no ensino médio. Ele enfatiza a importância de desenvolver habilidades como pesquisar, analisar e argumentar para que os alunos participem da sociedade. Também discute a necessidade de trabalhar diferentes linguagens e códigos para promover a compreensão crítica.
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As competncias e habilidades em Leitura, Produo de Texto, Gramtica
e Literatura no Ensino Mdio
Jakeline Ferreira
Para um ensino qualitativo das competncias do ensino no ensino mdio
so necessrios observar a sistematizao de um conjunto de aes, so elas: pesquisar, selecionar informaes, analisar, sintetizar, argumentar, negociar significados, negociar significados, cooperar, de maneira que o aluno possa participar do mundo social, incluindo-se a a cidadania, o trabalho e a continuidade dos estudos. Para tal necessrio levar em conta que a linguagem base fundamental pois atravs dela que articulamos significados e os compartilhamos. A principal razo de qualquer ato de linguagem produzir significado. Nos campos dos sistemas de linguagem podemos delimitar a linguagem em verbal e no verbal. A organizao do espao social, as aes dos agentes coletivos, normas, os costumes, rituais e comportamentos institucionais influem e so influenciados na e pela linguagem, que se mostra produto e produtora da cultura e da comunicao social. Nas interaes sociais, so criados cdigos, smbolos que esto em uso e permitem adequao dos sentidos partilhados, cdigos esses escolhas partilhadas coletivamente e tidas como regras que so combinaes discursivas, gramaticais, lexicais, fonolgicas, grficas. No mundo contemporneo, marcado pelo apelo informativo imediato, a reflexo sobre as linguagens e seus sistemas, que se mostram articulados por mltiplos cdigos, e sobre processos e procedimentos comunicativos mais que uma necessidade, uma garantia de participao ativa na vida social, a cidadania desejada. Sobre a competncia de leitura podemos afirmar que quem domina a competncia leitora capaz de compreender o que leu, caso contrrio, apenas decodificar o cdigo escrito, j que compreender estabelecer relaes semnticas, ou melhor, construir sentidos, pois o leitor constri o significado do texto. [...] Isto no quer dizer que o texto em si mesmo no tenha sentido ou significado. [...] O significado que um escrito tem para o leitor no uma traduo ou rplica do significado que o autor quis lhe dar, mas uma construo que envolve o texto, os 13 conhecimentos prvios do leitor que o aborda e seus objetivos. (SOL,
1998, p. 22).A autora atribui ao leitor o papel de construtor do significado do
texto lido. o leitor quem atribui, a partir de uma srie de pistas deixadas pelo autor, sentido ao que l, sendo por isso que se pode dizer que a leitura de um
mesmo texto nunca nica, j que depender de quem a faz, em diferentes
momentos de sua vida. Sol (1998, p.22) complementa que a leitura um processo de interao entre leitor e o texto; neste processo tenta-se satisfazer os objetivos que guiam sua leitura. Por isso, considerando que a leitura o meio para se chegar a um determinado fim, podemos entend-la a partir da definio de Martins (1997, p. 30), que a considera como um processo de compreenso de expresses formais e simblicas, no importando por meio de que linguagem. Assim, o ato de ler se refere tanto a algo escrito quanto a outros tipos de expresso do fazer humano, caracterizando-se tambm como acontecimento histrico e estabelecendo uma relao igualmente histrica entre o leitor e o que lido.
Sob essa perspectiva, podemos afirmar que no apenas o que est
registrado em papel lido, mas, de modo mais amplo, todos os aspectos que auxiliam na compreenso podem ser considerados como prtica de leitura: um gesto, uma expresso, uma imagem, um smbolo. Nessa concepo, leitura engloba no somente o conhecimento verbal (escrito e oral), mas tambm o conhecimento de mundo, de modo geral, por meio de desenhos, smbolos, imagens, etc.
A Literatura precisa ser encarada como fenmeno artstico,
considerada em sua natureza educativa por excelncia, porque traz valores, crenas, ideias, pontos de vista de seus autores, que podem enriquecer a vida daqueles que a leem. No deve estar preso a modismos pedaggicos e sim ser considerada como uma atividade prazerosa de conhecimento do ser humano e das diversas funes da linguagem, dentre elas a funo potica, pois retrata e recria as questes humanas universais, numa linguagem esteticamente trabalhada, transgressora da rotina cotidiana. Para Kleiman (2004b), o ensino de leitura pode ser vivel se no privilegiar uma nica leitura autorizada. Uma proposta coerente seria o ensino de estratgias de leitura e o desenvolvimento de habilidades lingsticas, que so caractersticas de um bom leitor. Partindo de um modelo de leitor proficiente, o professor modelaria e exercitaria no aluno estratgias de leitura. Para a autora preciso que se tenha um objetivo para a aula de leitura e em segundo lugar se faa predies quanto ao contedo do texto a ser lido. Essas predies se baseiam em conhecimentos prvios sobre o assunto, o autor, a poca, o gnero, o desenvolvimento do tema, etc. O importante o aluno perceba que para cada tipo de texto e principalmente para o texto literrio, ele precisar utilizar estratgias diferentes para a leitura e compreenso dos textos. Segundo Geraldi (2004) o ponto primordial para o sucesso ao incentivo leitura seria recuperar e trazer para dentro da escola o prazer de ler e o
respeito s leituras anteriores do aluno. At mesmo os professores no
comearam sua trajetria como leitores lendo de incio os clssicos. Segundo o mesmo autor (2004: 99), no h leitura qualitativa no leitor de um livro, o que significa que os professores devem propiciar aos alunos um maior nmero de leituras, ainda que a interlocuo que o aluno faa hoje no seja a esperada pelos docentes. De acordo com os Parmetros Curriculares Nacionais do Ensino Mdio, a Literatura deve estar integrada s aulas de leitura e a metodologia de ensino deve considerar o carter scio interacionista da linguagem verbal, tendo o texto como objeto de trabalho, considerado nos diversos gneros que circulam em nossa sociedade. A lngua deve ser considerada como uma entre outras linguagens existentes, que constri e desconstri sentidos. A lngua materna deve ser trabalhada de forma contextualizada, tendo como ponto de partida a realidade cotidiana do aluno. A lngua deve ser considerada como uma entre outras linguagens existentes, que constri e desconstri sentidos. A lngua materna deve ser trabalhada de forma contextualizada, tendo como ponto de partida a realidade cotidiana do aluno. O objetivo do ensino de Lngua Portuguesa e da aula de leitura ser desenvolver no aluno sua viso crtica de mundo, a percepo das mltiplas formas de expresso da linguagem e sua habilidade de leitor proficiente dos diversos textos representativos de nossa cultura. Deve tambm considerar a necessria aquisio e o desenvolvimento de trs competncias: interativa, gramatical e textual. A tradicional aula de Literatura Brasileira em que predomina a memorizao das caractersticas de estilos de poca, nome de autores e obras no atende mais s necessidades educativas dos alunos. A seleo de contedos, de acordo com os PCNEM, no mais privilegiar a memorizao de informaes, mas ser baseada em eixos estruturadores da rea de Cdigos e suas Tecnologias. So eles: Representao e Comunicao; Investigao e Compreenso e Contextualizao Sociocultural, que so organizados em competncias / habilidades e temas, sugeridos por esse documento: Usos da Lngua; Dilogo entre Textos: um exerccio de leitura; Ensino de gramtica: algumas reflexes e Texto como representao do imaginrio e construo do patrimnio cultural. Esses temas podem ser desdobrados em unidades temticas seguidas das respectivas competncias e habilidades a serem desenvolvidas nas aulas de Lngua e Literatura.
O trabalho com a leitura mencionado quando se fala do dilogo entre
os textos. Consiste em desenvolver as seguintes competncias: analisar os recursos lingusticos e expressivos dos textos e seus suportes; reconhecer as caractersticas dos diversos tipos de textos (poticos, narrativos, argumentativos, opinativos e informativos); compreender as diferenas entre um texto literrio e outro no literrio; reconhecer textos como um objeto scio historicamente construdo; relacionar texto e contexto; perceber o dilogo entre os textos (intertextualidade) e confrontar opinies e pontos de vista sobre as diferentes manifestaes da linguagem verbal. Segundo Silva o ensino de leitura sempre pressupe trs fatores: as finalidades, os contedos (textos) e as pessoas envolvidas no processo, ou seja, as caractersticas dos alunos e da turma a ser trabalhada. Sem a presena desses trs fatores, o trabalho com a leitura / literatura corre o risco de se tornar vazio ou um receiturio em que se repetem esquemas j prontos. Quanto prtica de anlise lingustica, ressalta-se, no texto dos PCN, que esse no um novo nome para o ensino da velha gramtica, mas uma maneira de perceber fenmenos lingusticos constituidores de textos: "Quando se toma o texto como unidade de ensino, ainda que se considere a dimenso gramatical, no possvel adotar uma caracterizao preestabelecida. Os textos submetem-se as regularidades lingusticas dos gneros em que se organizam e s especificidades de suas condies de produo: isso aponta para a necessidade de priorizao de alguns contedos e no de outros" (Brasil, 1998: 78-79) Impossvel no trazer para a escola a linguagem da televiso como objeto de estudo, assim como as linguagens que usam o computador como suporte. A compreenso dos processos empregados na mdia e na internet uma competncia exigida para a preparao do cidado crtico da atualidade. Trabalhos de traduo Inter semitica (poema para quadro; quadro para poema; texto narrativo para filme....) podem auxiliar na aquisio e no desenvolvimento dessa competncia analtica. As linguagens no so apenas veculo de expresso e comunicao. Tm uma natureza fsica que lhes garante a opacidade que permite perceblas como objeto de estudo em si mesmas. Quando se discute essa opacidade entramos no terreno da natureza e da constituio dessas linguagens, o terreno da metalinguagem. Os trabalhos escolares voltados para a mera anlise gramatical, morfolgica ou sinttica no garantem a compreenso dos mecanismos das linguagens. O que se espera hoje que o professor desenvolva a anlise do discurso, valendo-se dos conhecimentos e das ferramentas que a gramtica normativa, a lingustica e a semitica tornaram disponveis.