Beneficiamento de Minério
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CONCENTRAO
Itabira
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Manuteno Mecnica I
Concentrao
Presidente da FIEMG
Robson Braga de Andrade
Gestor do SENAI
Petrnio Machado Zica
Diretor Regional do SENAI e
Superintendente de Conhecimento e Tecnologia
Alexandre Magno Leo dos Santos
Gerente de Educao Profissional
Edmar Fernando de Alcntara
Unidade Operacional
Centro de Formao Profissional Pedro Martins Guerra
Reviso
Equipe Tcnica Centro de Formao Profissional Pedro Martins Guerra
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Sumrio
1- Introduo e Princpios .............................................................................. 5
2- Mtodos Densitrios e Gravticos (Jigues, Mesa Concentradora e
Espirais Humpheys, Variveis de Controle Operacional) ............................. 6
3- Concentrao Magntica......................................................................... 32
4- Concentrao Eletrosttica ..................................................................... 42
5- Flotao ................................................................................................... 49
5.1- Flotao Convencional ...................................................................... 49
5.2- Flotao em Coluna .......................................................................... 55
6- Referncias Bibliogrficas ....................................................................... 66
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Apresentao
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1- Introduo e Princpios
O termo concentrao significa, geralmente, remover a maior parte da ganga, presente
em grande proporo no minrio. A purificao, por sua vez, consiste em remover do
minrio (ou pr-concentrado) os minerais contaminantes que ocorrem em pequena
proporo.
Na maioria das vezes, as operaes de concentrao so realizadas a mido. Antes de
se ter um produto para ser transportado, ou mesmo adequado para a indstria qumica
ou para a obteno do metal por mtodos hidro-pirometalrgicos (reas da Metalurgia
Extrativa), necessrio eliminar parte da gua do concentrado. Estas operaes
compreendem desaguamento (espessamento e filtragem) e secagem e, geralmente, na
ordem citada.
Em um fluxograma tpico de tratamento de minrios as operaes unitrias so assim
classificadas: cominuio: britagem e moagem; peneiramento (separao por
tamanhos) e classificao (ciclonagem, classificador espiral); concentrao gravtica,
magntica, eletrosttica, concentrao por flotao etc. desaguamento: espessamento
e filtragem; secagem: secador rotativo, spray dryer, secador de leito fluidizado;
disposio de rejeito.
Operaes, aplicadas aos bens minerais, visando modificar a granulometria, a
concentrao relativa das espcies minerais presentes ou a forma, sem contudo
modificar a identidade qumica ou fsica dos minerais.
As operaes de concentrao, separao seletiva de minerais, baseiam-se nas
diferenas de propriedades entre o mineral-minrio e os minerais de ganga.
Entre estas propriedades se destacam: peso especfico (ou densidade), suscetibilidade
magntica, condutividade eltrica, propriedades fsico-qumicas de superfcies, cor,
radioatividade, forma etc.
Para um minrio ser concentrado, e necessrio que os minerais estejam fisicamente
liberados. Isto implica que uma partcula deve apresentar, idealmente, uma nica
espcie mineralgica.
Para se obter a liberao do mineral, o minrio submetido a uma operao de
reduo de tamanho (cominuio), isto , britagem e/ou moagem, que pode variar de
centmetros at micrmetros.
O termo concentrao significa, geralmente, remover a maior parte da ganga, presente
em grande proporo de minrio.
A purificao, por sua vez, consiste em remover do minrio (ou pr-concentrado) os
minerais contaminantes que ocorrem em pequena proporo.
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onde:
m = massa do mineral;
a = a acelerao;
R = a resistncia do fluido ao movimento da partcula;
g = acelerao gravidade;
m' = a massa do fluido deslocado;
A acelerao inicial ocorre quando v = 0; assim, a resistncia R, que tambm depende
de v, pode ser desconsiderada. Desde que a partcula e o fluido deslocado tenham o
mesmo volume, tem-se:
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total percorrida pelas partculas ser mais afetada pela acelerao diferencial inicial (e
pela densidade) do que pela velocidade terminal (e pelo tamanho).
Sedimentao Retardada
Uma partcula em queda livre em um fluido (gua, por exemplo) acelerada por um
certo tempo pela ao da fora de gravidade, aumentando sua velocidade at
alcanar um valor mximo, a velocidade terminal, que ento permanece constante.
A razo de sedimentao livre em gua (= 1) de duas partculas esfricas de
dimetros d1, d2 e densidades 1 e 2, expressa pela relao:
O expoente m varia de 0,5 para partculas pequenas (< 0,1 mm) obedecendo lei de
Stokes, a 1, para partculas grossas (> 2 mm) obedecendo lei de Newton.
A relao d a razo de tamanho requerida para duas partculas apresentarem a
mesma velocidade terminal. Verifica-se que, para um dado par de minerais, a relao
ser maior nas condies de Newton (m = 1). Em outras palavras, a diferena de
densidade entre partculas minerais tem um efeito mais pronunciado nas faixas
grossas, ou ainda, do outro lado, nas faixas granulomtricas mais finas, a separao
por este mecanismo menos efetiva. Por exemplo, uma pepita esfrica de ouro de 2
mm de dimetro apresenta a mesma velocidade terminal, em queda livre, que uma
partcula de quartzo de 20 mm. J a velocidade terminal de uma partcula de ouro de
20 m se iguala de uma partcula de quartzo apenas trs vezes maior, de 60 m de
dimetro.
Na prtica, equivale a dizer que, para um determinado par de minerais, a separao
destes, em granulometria grossa (regime de Newton), pode ser alcanada em
intervalos de tamanhos relativamente mais largos. J em granulometria fina (regime
de Stokes), necessrio um maior estreitamento do intervalo de tamanho para uma
separao mais eficiente por este mecanismo.
Se ao invs de gua houver a sedimentao em uma polpa (gua e minerais) o
sistema se comporta como um lquido pesado, e a densidade da polpa mais
importante que a da gua. A condio de sedimentao retardada, ou com
interferncia, agora prevalece.
Considerando as partculas esfricas, a relao de sedimentao retardada
semelhante relao anterior, substituindo-se a densidade da gua pela densidade
da polpa. fcil verificar que esta relao sempre maior que na situao de
sedimentao livre. Se a densidade da polpa fosse 2, por exemplo, os dimetros do
quartzo e ouro seriam 48/2 mm e 100/20 m, respectivamente, para comparao
como o exemplo acima, ou seja, os dimetros em que as partculas de quartzo e ouro
apresentariam a mesma velocidade terminal nos dois regimes.
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Consolidao Intersticial
Este mecanismo ocorre devido formao de interstcios entre partculas grossas de
um ou mais minerais, proporcionando liberdade de movimentao das partculas finas
nos vazios formados. Por exemplo, no final do impulso em um jigue, o leito comea a
se compactar e as partculas pequenas podem ento descer atravs dos interstcios
sob a influncia da gravidade e do fluxo de gua descendente, este provocado pela
suco que se inicia.
Velocidade Diferencial em Escoamento Laminar
O princpio em que se baseia a concentrao em escoamento laminar o fato que
quando uma pelcula de gua flui sobre uma superfcie inclinada e lisa, em condies
de fluxo laminar (Re < 500), a distribuio de velocidade parablica, nula na
superfcie e alcana seu mximo na interface do fluido com o ar. Este princpio se
aplica concentrao em lmina de gua de pequena espessura, at
aproximadamente dez vezes o dimetro da partcula.
Quando partculas so transportadas em uma lmina de gua, elas se arranjam na
seguinte seqncia, de cima para baixo em um plano inclinado: finas pesadas,
grossas pesadas e finas leves, e grossas leves. A forma influencia este arranjo, com
as partculas achatadas se posicionando acima das esfricas. Note-se que este
arranjo o inverso do que ocorre na sedimentao retardada, sugerindo que uma
classificao hidrulica (que se vale do mecanismo de sedimentao) do minrio a ser
concentrado por velocidade diferencial mais adequada que um peneiramento.
Ao de Foras de Cisalhamento
Se uma suspenso de partculas submetida a um cisalhamento contnuo, h uma
tendncia ao desenvolvimento de presses atravs do plano de cisalhamento e
perpendicular a este plano, podendo resultar na segregao das partculas. Este
fenmeno foi primeiramente determinado por Bagnold em 1954. O esforo de
cisalhamento pode surgir de uma polpa fluindo sobre uma superfcie inclinada, ou ser
produzido por um movimento da superfcie sob a polpa, ou ainda da combinao dos
dois. O efeito resultante desses esforos de cisalhamento sobre uma partcula
diretamente proporcional ao quadrado do dimetro da partcula e decresce com o
aumento da densidade. Deste modo, as foras de Bagnold provocam uma
estratificao vertical: partculas grossas e leves em cima, seguindo-se finas leves e
grossas pesadas, com as finas pesadas prximas superfcie do plano. Note-se que
este mecanismo de separao produz uma estratificao oposta resultante da
sedimentao retardada ou classificao hidrulica.
Quando o cisalhamento promovido apenas pelo fluxo de polpa, a vazo tem que ser
substancial para criar esforos de cisalhamento suficientes para uma separao,
requerendo-se normalmente maiores inclinaes da superfcie. Onde o cisalhamento
, principalmente, devido ao movimento da superfcie, podem ser usadas baixas
vazes e menores ngulos de inclinao da superfcie.
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Critrio e Eficincia de Concentrao Gravtica
O critrio de concentrao (CC) usado em uma primeira aproximao e fornece uma
idia da facilidade de se obter uma separao entre minerais por meio de processos
gravticos, desconsiderando o fator de forma das partculas minerais. O critrio de
concentrao originalmente sugerido por Taggart, com base na experincia
industrial aplicado separao de dois minerais em gua definido como segue:
onde:
p e = so as densidades dos minerais pesado e leve, respectivamente,
considerando a densidade da gua igual a 1,0.
Para o par wolframita/quartzo, por exemplo, a relao acima assume os valores:
CC = (7,5 - 1)/(2,65 - 1) = 3,94
A tabela abaixo mostra a relao entre o critrio de concentrao e a facilidade de se
fazer uma separao gravtica.
Segundo Burt, para incluir o efeito das formas das partculas a serem separadas, o
critrio de concentrao deve ser multiplicado por um fator de razo de forma (FRF).
Este fator o quociente entre os fatores de sedimentao (FS) dos minerais pesados
() e leves (). O fator de sedimentao para um mineral definido como a razo das
velocidades terminais (v) de duas partculas do mesmo mineral, de mesmo tamanho,
mas de formas diferentes; a primeira partcula sendo aquela para a qual se deseja
calcular o fator de sedimentao (FS), e a segunda partcula uma esfera. De acordo
com Burt, o critrio de concentrao (CC) pode ser muito til se a forma das partculas
for considerada; caso contrrio, surpresas desagradveis quanto eficincia do
processo podem se verificar na prtica. As equaes abaixo redefinem o critrio de
concentrao, segundo a sugesto de Burt .
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EQUIPAMENTOS GRAVTICOS
Calha Simples(3,8)
O uso de calha concentradora (sluice box) para o tratamento de cascalhos aurferos j
era disseminado desde o sculo XVI, conforme atestou Agrcola, descrevendo vrios
modelos de calhas em seu trabalho "De Re Metlica" publicado em 1556. As calhas
so aplicadas at hoje, em vrias partes do mundo, concentrao de aluvies
aurferos. No Sudeste Asitico as calhas presentes nas instalaes de concentrao de
cassiterita aluvionar so referidas como palongs, diferenciando-se das calhas comuns,
primeira vista, pelo longo comprimento, variando de 50 a 300 m.
Uma calha (Figura 2) consiste essencialmente de uma canaleta inclinada, feita
normalmente de madeira e de seo transversal retangular. Inicialmente, no fundo da
calha so instalados vrios septos ou obstculos (riffles), arranjados de modo a prover
alguma turbulncia e possibilitar a deposio das partculas pesadas, enquanto as
leves e grossas passam para o rejeito. Atualmente, os obstculos foram substitudos
por carpete que so mais eficientes para aprisionar as partculas de ouro. O minrio
alimenta a calha na forma de polpa diluda. O pr-concentrado removido
manualmente da calha aps interrupo ou desvio da alimentao, em alguns casos,
requerendo um tratamento adicional de limpeza em outro equipamento de menor
capacidade
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Retardar o mineral valioso, mais denso, que sedimenta na parte inferior do fluxo;
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Calha Estrangulada
As calhas estranguladas (pinched sluice) diferem da calha com riffles em dois
aspectos: na calha estrangulada o fundo regular (desprovido de riffles) e a remoo
do concentrado contnua. Sua aplicao espordica em algumas instalaes
aconteceu nas primeiras dcadas do sculo XX. Seu maior desenvolvimento foi na
Austrlia, nos anos 50, associado concentrao de minerais pesados de praias.
Uma calha estrangulada tpica (Figura 3a) consiste de um canal inclinado que decresce
em largura ("se estrangula") no sentido do fluxo. A polpa, com alta percentagem de
slidos, alimentada na parte mais larga da calha em um fluxo relativamente laminar,
ocorrendo uma variao de velocidade de modo que as partculas finas e pesadas se
concentram na parte inferior do fluxo, por meio de uma combinao de sedimentao
retardada e consolidao intersticial. Na calha estrangulada normal, a diminuio da
largura resulta em um aumento da espessura do leito da polpa e naturalmente facilita a
separao entre os minerais leves e pesados. No final da calha, a camada inferior do
fluxo, de movimento mais lento e enriquecida com minerais pesados, separada das
camadas superiores por um cortador ajustado adequadamente.
A calha estrangulada um equipamento relativamente ineficiente, pois, apesar de boa
recuperao, a razo de enriquecimento em uma passagem pequena, requerendose, portanto, mltiplas passagens para a obteno de um concentrado com teor alto.
Algumas calhas estranguladas foram ou so comercializadas: Cannon Circular
Concentrador, Carpco Fanning Concentrador e Lamflo Separador (com reduo da
largura da calha com auxlio de paredes laterais curvas), nos EUA; York Sluice,
Belmond Multiple Sluice, Cudgen Multi-Variable, Diltray, Xatal Multi-Product e Wright
Impact Plate Concentrator, na Austrlia. Esses equipamentos foram consagrados no
beneficiamento de minerais pesados de praias e aluvies. Geralmente no so
empregados na concentrao de minrios aurferos.
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Ernst Reichert, trabalhando para a Mineral Deposits Ltd., Australia, concluiu que uma
grande deficincia nas calhas estranguladas era o efeito da parede lateral,
concebendo, ento, um equipamento sem paredes, ou um cone invertido. Desenvolvido
no incio dos anos 60 com um ou dois cones operando em srie, j nos anos 70 a
unidade padro de um concentrador Reichert era composta de multi-estgios, com at
oito cones duplos e simples; sua aplicao tambm foi alm dos minerais pesados de
areias de praia, incluindo minrios de ferro, estanho e ouro, entre outros.
O concentrador Reichert consiste de uma srie de cones invertidos sobrepostos por
distribuidores cnicos, arranjados verticalmente e empregando vrias combinaes de
Tratamento de Minrios. A Figura 3b ilustra um cone duplo seguido de um cone
simples. A alimentao feita homogeneamente sobre a superfcie do distribuidor
cnico; nenhuma concentrao ocorre nesta etapa. Quando a polpa flui no cone
concentrador em direo ao centro, a espessura do leio cresce devido menor seo
transversal. No ponto de remoo do concentrado, por uma abertura anular regulvel, a
espessura do leito cerca de quatro vezes quela da periferia do cone. Os minerais
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Uma varivel importante a gua de processo, que introduzida na arca do jigue, sob
a tela. No deve haver alterao no fluxo dessa gua, pois perturba as condies de
concentrao no leito do jigue. recomendvel que as tubulaes de gua de
processo para cada jigue, ou mesmo para cada cmara do jigue, sejam alimentadas
separadamente a partir de um reservatrio de gua, por gravidade. comum, no
entanto, que as instalaes gravticas no Brasil no dispensam a devida ateno a
esse aspecto.
VARIVEIS DE PROCESSO
Alimentao
A vazo tem que ser controlada de acordo com a capacidade do jigue (mx. 70 t/h).
A distribuio deve ser a mais uniforme de maneira a ocupar toda a rea til do leito.
Adio de gua
A quantidade de gua admitida no jigue constitui o principal meio controlador do
processo.
- gua de topo - adicionada na calha de alimentao. Objetiva manter o material
suficientemente fluido (repolpado) e bem distribudo sobre o leito.
- gua das arcas - introduzida abaixo do crivo, atravs de uma tubulao especfica
para cada arca. Tem a finalidade de ajudar na estratificao do leito e suco dos finos
para dentro das arcas.
As arcas tm que estar cheias de gua durante todo o tempo de operao. Quando
no se admite gua em determinada arca, a gua do topo totalmente drenada para
essa arca, em cada pulsao para baixo, ao mesmo tempo que a parte do leito que
estiver sobre essa arca submetida a uma suco mxima, piorando a estratificao, e
em conseqncia disto, reduzindo a vazo do concentrado e vice-versa.
Aumentando-se a quantidade da gua de entrada da arca aumentar-se- a fluidez do
leito, com um conseqente aumento na vazo do concentrado de crivo e vice-versa.
Mesa Oscilatria
A mesa oscilatria tpica consiste de um deque de madeira revestido com material com
alto coeficiente de frico (borracha ou plstico), parcialmente coberto com ressaltos,
inclinado e sujeito a um movimento assimtrico na direo dos ressaltos, por meio de
um mecanismo que provoca um aumento da velocidade no sentido da descarga do
concentrado e uma reverso sbita no sentido contrrio, diminuindo suavemente a
velocidade no final do curso.
Os mecanismos de separao atuantes na mesa oscilatria podem ser melhor
compreendidos se considerarmos separadamente a regio da mesa com riffles e a
regio lisa. Naquela, as partculas minerais, alimentadas transversalmente aos riffles,
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Figura 6. - Mesa oscilatria: (a) estratificao vertical entre os riflles, (b) arranjo das
partculas ao longo dos riffles, (c) distribuio na mesa.
Fonte: Minrios e minerales
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Concentrador Espiral
O concentrador espiral construdo na forma de um canal helicoidal de seo
transversal semicircular (Figura 7). Muito embora sejam comercializadas espirais com
caractersticas diferentes - dimetro e passo da espiral, perfil do canal e modo de
remoo do concentrado - conforme o fabricante e o fim a que se destina, os
mecanismos de separao atuantes so similares.
Quando a espiral alimentada, a velocidade da polpa varia de zero na superfcie do
canal at um valor mximo na interface com o ar, devido ao escoamento laminar.
Ocorre tambm uma estratificao no plano vertical, usualmente creditada
combinao de sedimentao retardada e consolidao intersticial, sendo tambm
provvel que haja a ao de esforos cisalhantes. O resultado final que no plano
vertical, os minerais pesados estratificam-se na superfcie do canal, com baixa
velocidade, e os minerais leves tendem a estratificar-se na parte superior do fluxo, nas
regies de maiores velocidades. A trajetria helicoidal causa tambm um gradiente
radial de velocidade no plano horizontal, que tem um efeito menor na trajetria dos
minerais pesados e substancial na dos minerais leves. Estes, devido fora centrfuga,
tendem a uma trajetria mais externa.
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grossas situam-se mais para o centro do cone e as finas, por consolidao intersticial,
preenchem os espaos entre os minerais pesados e grossos. As partculas grossas e
leves, primeiro, e as mistas ou de densidade intermediria, depois, so arrastadas para
o overflow pelo fluxo aquoso ascendente, enquanto o leito estratificado se aproxima do
pex. Prximo ao pex as partculas finas e leves so tambm carregadas para o
overflow pela corrente ascendente e as pesadas, finas e grossas, so descarregadas
no pex (ver Figura 8a).
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minerais. Esta fora centrfuga enclausura as partculas mais pesadas em uma srie de
anis localizados na parte interna do equipamento, enquanto o material leve
gradualmente deslocado para fora dos anis, saindo na parte superior do concentrador
(ver Figura 9). A colocao do cone numa camisa d'gua e a injeo de gua sob
presso dentro deste atravs de perfuraes graduadas nos anis evitam que o
material se compacte em seu interior.
A operao desse concentrador centrfugo contnua por um perodo, tipicamente, de
8 a 10h para minrios aurferos, at que os anis estejam ocupados
predominantemente por minerais pesados. Quanto maior a proporo de minerais
pesados na alimentao, menor ser o perodo de operao do concentrador. Portanto,
esta varivel deve ser otimizada de acordo com as caractersticas de cada minrio a
ser tratado. Aps a paralisao do equipamento, faz-se a drenagem do material retido
em seu interior, operao esta realizada em 10-15 min.
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3- Concentrao Magntica
Funo do Equipamento
Concentrador Magntico (Jones como mais conhecido nas reas operacionais) a
mido de alta intensidade um equipamento que utiliza da propriedade magntica para
fazer a separao das espcies minerais.
Funo no processo
O concentrador magntico Jones, tem a funo de separar as partculas magnticas
(hematita) das no magnticas (slica). As partculas magnticas so atradas pelo
magnetismo (concentrado), as no magnticas so descartadas (no rejeito) por arraste
hidrulico e pela gravidade, as partculas mistas so descartadas (no mdio) por ao
entre foras competitivas.
Concentrao
Placas de Imantao
So fabricadas com ao resistente ao desgaste, inoxidado e de boa permeabilidade
magntica, classificado como X8CR17, segundo norma din e que possui em sua
constituio os seguintes elementos: C 0,10%, Si 1,00%, Mn 1,00%, P 0,045%, S
0,30%, Cr 15,50-17,50%.
Cada bloco contm 20 placas ranhuradas espassadas em 2,5mm
(gap), montadas
verticalmente e suas ranhuras acompanham o sentido do fluxo do material a ser
concentrado.
Caixa de alimentao
Tem a finalidade de distribuir a alimentao sobre as placas dos Jones.
Esto posicionadas sobre o campo magntico e possuem dois pontos de alimentao
por rotor.
Caixa de presso do mdio
responsvel pela remoo de partculas mistas retidas entre as placas, esto
posicionadas no final do campo magntico. Cada rotor possui dois pontos de presso
de mdio.
Caixa de lavagem de concentrado
responsvel pela limpeza das placas, ficam localizadas na zona magneticamente
neutra para retirar as partculas magnticas que permanecem aderidas a superfcie das
placas.
Filtro de gua de concentrado e de mdio
Instalados nas tubulaes de concentrado e de mdio dos Jones de Grossos e tem a
finalidade de reter partculas grossas, presentes na gua, que possam causar
entupimentos nas caixas de concentrado e de mdio de Jones.
Retificador de corrente
responsvel pela transformao da corrente alternada em contnua, para alimentar
as bobinas do campo magntico dos Jones.
Bobina eletromagntica
So 4 caixas contendo 4 bobinas no total de 16 bobinas. Nas caixas, esto ligadas em
srie e entre caixas em paralelo. O campo medido por mapeamento de Jones
devendo estar acima de 8 000 gauss, o ideal de 9 500 10 000. Jones imantando
fora da rea de concentrao caracteriza campo invertido ou dissipando, correo com
a manuteno eltrica. Jones apresentando baixa ou nenhuma imantao no ncleo
caracteriza bobina queimada ou desligada.
Ventiladores
o sistema de refrigerao das bobinas eletromagnticas que normalmente trabalham
com alta temperatura devido a alta intensidade de corrente nelas aplicada.
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Concentrao
Concentrao
A taxa de alimentao ideal para os Jones de finos de 120 t/h e para os Jones de
grossos de 100 t/h. Estas taxas devem considerar as cargas circulantes.
As taxas acima dos limites geram sobrecarga nas placas causando perda da eficincia
e contaminao dos produtos.
MS = VP x dp x %S
MS = massa de slido
dp = densidade de polpa
%S = % de slido
Presso de gua de lavagem de mdios e concentrados
Presso de gua de lavagem de mdios
Esta varivel atua diretamente no teor de slica do concentrado.
A gua sob presso retira as partculas mistas e as no magnticas que ficam retidas
nas placas entre as partculas magnticas.
A bomba de gua (3/9.59) abastece as caixas de mdio. A presso de gua de
lavagem de mdios varia de 10 a 60% (0,4 a 2,4 Kg/cm2).
Presso de gua mais alta
Presso mais alta de gua remove partculas indesejveis retidas junto s partculas
magnticas, reduzindo a presena de impurezas no concentrado.
Presso de gua mais baixa
Presso de gua mais baixa reduz a remoo de partculas indesejveis gerando um
concentrado com maior presena de impurezas.
Recirculao do Mdio
A presso de gua de mdio gera um produto intermedirio denominado mdio, e aps
desaguado recircula na alimentao dos Jones ( a recirculao permitida de 10 a
20% da alimentao). Sempre que se alterar a presso do mdio importante observar
a taxa de alimentao, pois maiores recirculaes aumentam a taxa de alimentao e
menores recirculaes reduzem a taxa de alimentao .
Presso de gua de lavagem de concentrados
a injeo de gua sobre as placas que tem a funo de fazer a remoo das
partculas que permanecem presas s placas fora da rea de magnetismo.
fundamental que a presso seja suficiente para a limpeza total das placas, evitando a
contaminao do rejeito e entupimentos de placas.
A presso de gua de lavagem de concentrados normalmente de at 3 Kg/cm2
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Jones de Grosso
5,00 rpm
da
zona
Concentrao
Concentrao
Concentrao
D=M
V
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Loop de controle
Concentrao
presso
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4- Concentrao Eletrosttica
A separao eletrosttica um processo de concentrao de minrios que se baseia
nas diferenas de algumas de suas propriedades, tais como: condutibilidade eltrica,
susceptibilidade em adquirir cargas eltricas superficiais, forma geomtrica, densidade
entre outras. Para promover a separao necessria a existncia de dois fatores
eltricos:
um campo eltrico de intensidade suficiente para desviar uma partcula
eletricamente carregada, quando em movimento na regio do campo;
carga eltrica superficial das partculas, ou polarizao induzida, que lhes
permitam sofrer a influncia do campo eltrico.
O termo eletrosttico empregado com freqncia porque os primeiros separadores
eram de natureza puramente eletrosttica, sem o chamado fluxo inico. Atualmente
so usados equipamentos avanados, com maior aplicao comercial, em que a
energia eltrica aplicada em forma de fluxo inico e denominada de eletrodinmica.
Os primeiros equipamentos a serem utilizados em escala industrial datam de 1800 e
foram empregados na separao de ouro e sulfetos metlicos da ganga silicosa com
baixa condutividade. No perodo de 1920-1940, com o advento da flotao, houve
pouca utilizao do processo. Somente a partir de 1940, com o progresso obtido no
uso de fontes de alta tenso e os aperfeioamentos obtidos nas reas de eletricidade e
eletrnica, tornou-se a separao eletrosttica competitiva, se comparada com outros
processos na rea do processamento de minrios.
A separao eletrosttica est condicionada, entre outros fatores, ao mecanismo do
sistema que produz as cargas superficiais nos diversos minerais a serem separados,
como tambm granulometria de liberao, que deve proporcionar uma partcula com
massa suficiente para que haja uma atrao efetiva por parte do campo eltrico
aplicado. Para os equipamentos modernos tal granulometria mnima pode ser estimada
na faixa de 20 m.
Neste trabalho h uma descrio da eletrizao das partculas dos minerais, dos tipos
de separadores utilizados, condicionantes ambientais do processo, granulometria da
alimentao e implicaes industriais.
Eletrizao de Partculas Minerais
O sucesso da separao eletrosttica dos minerais est relacionado eficincia do
mecanismo de eletrizao dos mesmos. As espcies mineralgicas devem responder
de forma diferente tanto ao carregamento superficial de cargas como ao campo eltrico
aplicado a elas, e, ainda, sua natureza, composio qumica, etc.
Para que ocorra a separao dos minerais os mesmos devem estar individualizados, o
que favorece a sua eletrizao seletiva. Outro fator a ser considerado o limite inferior
da granulometria de liberao que deve ser da ordem de 20 m. Em tais condies
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deve haver uma quantidade mnima de massa, suficiente para que haja uma atrao
efetiva por parte da fora eltrica aplicada.
Dentre os processos de eletrizao, trs deles apresentam relevncia para o mtodo
de separao. So usadas eletrizaes por contato ou atrito, por induo e por
bombardeamento inico. Cada processo proporciona, certo aumento na carga
superficial das partculas; no entanto, as operaes prticas so levadas a efeito por
dois ou mais mecanismos conjuntamente.
Eletrizao por Contato ou Atrito
Quando minerais com naturezas diferentes so postos em contato e separados
posteriormente, pode ocorrer, dependendo das condies, o aparecimento de cargas
eltricas com sinais opostos nas superfcies dos mesmos. O fenmeno conhecido
desde a antigidade, pois Thales de Mileto (500 A. C.) observou que o mbar atritado
tinha o poder de atrair pequenas partculas de minerais.
Tal processo de eletrizao est ligado natureza e a forma das partculas envolvidas.
Bons resultados so obtidos com operaes repetidas, que so necessrias por causa
da pequena rea de contato entre as partculas. Por isso cuidados especiais devem ser
tomados com as superfcies das mesmas, que devem estar limpas e secas. Para
materiais com baixa condutividade eltrica pode-se chegar a uma densidade elevada
de carga superficial, o que favorece separao.
Dois aspectos devem ser observados no processo de eletrizao por contato. Em
primeiro lugar, est a transferncia de cargas atravs da interface nos pontos de
contato entre os materiais que, sob condies rgidas de controle, permitem prever a
polaridade da eletrizao. Em segundo lugar, est a carga residual de cada material
aps interrompido o contato entre eles, fenmeno ainda sem explicao.(18) Na
verdade, pouco se sabe como controlar ou quantificar a carga eltrica que pode
permanecer aps cessar o contato entre os materiais.
As aplicaes industriais com esse tipo de eletrizao so baseadas em resultados
experimentais, consistindo em elevado nmero de ensaios, os quais levam em
considerao as influncias devidas ao ambiente operacional: umidade, temperatura,
campo eltrico, entre outros.
Eletrizao por Induo
Quando as partculas minerais, em contato com uma superfcie condutora e aterrada,
so submetidas a um campo eltrico, observa-se a induo de uma carga superficial
nas mesmas. Tal carga depende da intensidade de campo e da natureza das
partculas, lembrando que no existem condutores e dieltricos perfeitos. Por meio da
induo, tanto o material condutor quanto o dieltrico adquirem cargas eltricas; no
entanto os primeiros apresentam uma superfcie eqipotencial quando em contato com
a superfcie aterrada. As partculas dieltricas submetidas induo tornam-se
polarizadas devido transferncia de cargas. As partculas condutoras deixam fluir
suas cargas atravs da superfcie aterrada. Ficam ento, com carga de mesmo sinal ao
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uso dos equipamentos nas operaes primrias de separao, e, ainda faz com que
sejam raramente usados nas etapas de limpeza, como no caso das areias monazticas.
Espera-se que com o aperfeioamento dos separadores eletrodinmicos, os de placas
condutoras tenham apenas valor histrico.
Influncia do Ambiente Operacional
Toda e qualquer operao com energia sob a forma eletrosttica est relacionada ao
estado e natureza das superfcies comprometidas com o processo e as condies do
ambiente de operao. Assim, na separao eletrosttica as partculas devem possuir
superfcies livres de contaminaes e/ou sujeiras (matria orgnica) e a rea
operacional estar isenta de poeira e umidade. De tal forma possvel obter a
eletrizao superficial das partculas submetidas separao. Por tais razes, so
introduzidas nas instalaes industriais etapas de lavagem, atrio e secagem do
material, antes da alimentao.
comum a remoo da camada fina e superficial de lama da hematita antes da
separao, o que proporciona uma variao na sua resistividade de 5 x 10-8 a 2 x 10-2
m. Outro fator indesejvel ao processo a poeira ou frao ultrafina presente no
minrio, que deve ser eliminada, conduzindo-se a operao em ambiente sob vcuo
para minimizar seus efeitos.
A etapa de secagem usada como alternativa para eliminar a umidade do material. O
procedimento no constitui uma dificuldade prtica ao processo, porm a manuteno
do material em ambiente ausente de umidade tem sido um agravante oneroso. As
operaes com temperaturas elevadas, da ordem de 60C na separao eletrosttica
de rutilo, tm sido usadas para diminuir as dificuldades causadas pela umidade.
conhecido que tal fator tem maior influncia nos separadores eletrostticos
convencionais comparados aos de alta tenso. importante salientar que cada minrio
tem suas caractersticas prprias e, igualmente, cada ambiente operacional tem sua
influncia especial. As razes justificam a construo de separadores com sistemas de
bobinas, o que permite o aquecimento do material antes da alimentao, como tambm
a utilizao de um conjunto de luzes na regio do campo eltrico.
Influncia da Granulometria
Como na maioria dos processos na rea de beneficiamento de minrios, as faixas
granulomtricas muito amplas no so adequadas separao eletrosttica. A
dimenso e forma das partculas tm influncia na ao do separador. Aquelas com
granulometria grossa possuem carga superficial pequena devido baixa superfcie
especfica. Como conseqncia, a fora eletrosttica sobre as mesmas menor que o
peso individual de cada partcula. Tal fato justifica a presena de material grosso e
condutor na frao no condutora, diminuindo a eficincia do processo. Por outro lado,
partculas muito finas e condutoras tendem a permanecer com as no condutoras nos
leitos inferiores das mesmas sobre a superfcie do rolo, diminuindo tambm o
desempenho da operao. Como resultado, normal a prtica operacional que utiliza
mltiplos estgios de limpeza com a coleta adicional de uma frao mista, o que
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5- Flotao
5.1- Flotao Convencional
Conceito de flotao:
um processo de separao de slidos finos onde se explora diferenas de
caractersticas de superfcie entre as espcies minerais presentes.
Funo do equipamento:
um equipamento cuja funo tratar o rejeito das colunas de flotao e parte do 1
estgio de deslamagem.
Configurao das clulas de flotao:
Estgio rougher: um conjunto de 3 bancos, sendo cada banco composto por 3
clulas. Cada clula tem capacidade para 16 m totalizando 144 m.
Estgio scavenger: um conjunto de 4 bancos, sendo o 1 scavenger composto por 6
clulas ( 51 m )e o 2 scavenger formado por 4 clulas( 34 m ). Cada clula tem
capacidade de 8,5 m.
Estgio Cleaner: Esta etapa alimentada usualmente pelo concentrado Rougher,
objetiva fazer uma limpeza deste, afim de obter um concentrado final com o teor
requerido pelo mercado. Pode ser compreendido de uma, duas ou mais etapas, ou
seja cleaner e recleaner.
Caractersticas das clulas:
Estgio rougher: As clulas estgio rougher de fabricao da Outokumpu, possuem
agitao e aerao mecnica.
Estgio scavenger: As clulas do 1 e do 2 scavenger de fabricao Wenco.
Possuem agitao mecnica e so auto aeradas.
Princpio de funcionamento das clulas rougher Outokumpu:
baseado na agitao mecnica e a introduo do ar atravs da tubulao
concntrica com o eixo do rotor. O giro do rotor provoca uma turbulncia que junto
com o ar formam as bolhas as quais so defletidas no sentido vertical atravs do
estator.
Princpio de funcionamento das clulas do 1 e do 2 scavenger (Wenco):
O rotor ao girar cria uma zona de baixa presso no centro do estator para onde o ar da
atmosfera succionado em direo ao cilindro, onde ocorre o contato com a polpa. A
polpa faz um movimento de fluxo circular a partir do estator em sentido ao difusor, onde
ocorre a definio do tamanho das bolhas e sua distribuio na rea de limpeza. As
partculas no coletadas pelas bolhas fazem uma carga circulante em sentido zona
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CUIDADOS OPERACIONAIS
Verificar transbordo de polpa nas clulas:
- Entupimento nos tubos de BY PASS e nas vlvulas de controle de nvel;
- Defeito eltrico e mecnico nas vlvulas de controle de nvel;
- Observar nvel de espuma nas clula 6876 (pedido de nvel inferior a 13cm pode reter
minrio nas clulas ), em decorrncia de alta taxa de alimentao;
- Excesso de alimentao
- Ocorrncia de problemas nos motores/correias de transmisso/rotores /flanges;
- Problemas nos sopradores (observar o comportamento das bolhas/espuma).
Conferir Vazo de Amido
1 Frmula:
Vazo = Vol. Pote (L)x 60
Tempo medido ( seg )
= L/min
Legenda:
Volume do pote 60 litros
60 Para transformar de segundo para minuto
2 Frmula (para massa real):
Vazo = Massa Nova (t/h) x dosagem de amido ( g/t ) = L/min
3000 / 1800
Legenda:
3000 / 1800:
0.05 / 0,03 Diluio de amido
60 Transformar de horas para minuto
1000 Transformar grama para quilo
Obs.: A margem de erro permitida na calibrao de +/ 2%.
5.3
Conferir Vazo de Amina
1 Frmula:
Vazo = Vol. Pote (L)x 60 = L/min
Tempo medido (seg)
Legenda:
Volume do pote = 5 litros
60 transformar segundo para minuto
2 Frmula (para massa real):
Vazo = Massa Nova(t/h) x dosagem de amina ( g/t ) = L/min
3000
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Legenda:
3000:
0.05 Diluio de amina
60 Transformar de hora para minuto
1000 Transformar grama para quilo
Obs.: A margem de erro permitida na calibrao de +/ 4%.
3 Frmula (para massa especfica):
Vazo = ( Massa Nova(t/h) x Teor de SIO2 ) x g/t(SI02)
3000
= L/min
Concentrao
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Efeito parede: Acontece pela subdiviso da rea interna da coluna (baffle) onde ocorre
uma reduo da disperso radial das partculas na polpa e aumento de velocidade /
capacidade de arraste das mesmas.
Partculas hidroflicas/hidrofbicas: Hidroflicas so partculas que tem afinidade
com a gua, so molhveis. Hidrofbicas so partculas que tem averso pela gua,
no so molhveis e tem afinidade pelo ar. Normalmente as partculas minerais so
hidroflicas, exceto carvo, talco, grafita, molibdenita. No nosso minrio, os minerais
que o compem possuem caractersticas hidroflicas (SIO2, hematita). Para que haja a
separao dos minerais temos que utilizar reagentes modificadores para alterar as
caractersticas de superfcie de um deles, onde se utiliza a amina para modificar as
cargas superficiais da slica passando-a de hidroflica para hidrofbica, e o amido para
proteger a hematita da ao da amina tornando-a mais hidroflica.
Ao do amido: O amido possui maior afinidade s partculas de hematita. A
superfcie da slica mais negativa do que a da hematita e o amido possui uma
caracterstica levemente negativa, assim propicia um maior contato do amido com a
hematita ocorrendo a reao entre as pontes de hidrognio (H+) do amido com xido
de ferro da hematita (Fe2O-), tornando-se Fe2OH (hidrxido de ferro). Por isto o amido
o primeiro reagente adicionado na flotao e tem como objetivo propiciar o
recobrimento das partculas de hematita inibindo a ao da amina sobre elas.
Obs.: O milho possui em sua composio em torno de 5% de leo que prejudicial
flotao, pois interfere na superfcie do quartzo inibindo a ao da amina. Portanto os
fornecedores de amido de milho tem que reduzir o teor deste.
Estamos iniciando a introduo do amido de mandioca em substituio ao amido de
milho. Este tem a grande vantagem de no conter leo em sua composio, alm do
menor preo de custo. Este trabalho ser desenvolvido pelo Processo Operacional
ainda neste ano.
Ao da amina: As polpas alcalinas que tem pH acima de 7,0 realam a carga eltrica
negativa da SIO2 devido a mesma apresentar caractersticas de cargas superficiais
negativas partir do pH 3,7. A parte polar da amina que possui como radical NH2+,
coletor catinico com carga positiva, adsorve na superfcie do quartzo, devido a atrao
das cargas + e da amina e do quartzo respectivamente, enquanto sua parte apolar,
composta por cadeias carbnicas, adere as bolhas carreando o quartzo para a
superfcie.
Estgio rougher: aquele destinado a fazer a separao grosseira, ou seja, a
primeira limpeza, onde se preocupa em obter um pr-concentrado.
Estgio cleaner: Tem por objetivo fazer a limpeza do estgio rougher de maneira a
facilitar a obteno de um concentrado com menor teor de SiO2.
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l/min.
Legenda:
3000:
0,05 / 0,03 - Diluio do amido
60
- Para transformar de hora para minuto
1000 - Transformar g para kg
Obs. A margem de erro permitida na calibrao de +/- 2%.
Conferir vazo de amina:
Frmulas:
Vazo = Vol. Pote x 60 =
Tempo medido
litros / min.
l/min
Legenda:
3000:
0,05 - Diluio da amina
60
- Para transformar hora para minuto
1000 - Transformar g para kg
Obs. A margem de erro permitida na calibrao de +/- 4%.
Vazo = ( Mas. nova x teor SiO2 Al.) x dosagem de amina ( g/t ) =
3000
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l/min
Concentrao
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6- Referncias Bibliogrficas
BALTAR, Carlos Adolpho Magalhes. Flotao no tratamento de minrio. 213 p. Recife:
Departamento de Engenharia de Minas/UFPE, 2008
Concentrao gera produto nobre. Minrios e minerales. So Paulo: Lithos Editora, ano
31, n. 297, p. 22-25, jul. 2007
LINS, Fernando A. Freitas. Tratamento de Minrio: Concentrao Gravtica - Cap. 6.
Rio de Janeiro: CETEM, 2004.
SAMPAIO, Joo Alves. Tratamento de Minrio: Separao Magntica e Eletrosttica Cap. 8. Rio de Janeiro: CETEM, 2004.
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