DISLEXIA
DISLEXIA
DISLEXIA
So Paulo
2010
INTRODUO
Esta pesquisa tem por objetivo geral apresentar o conceito de dislexia e apresentar o
seu histrico.
Como objetivo especfico, identificar a dislexia como um problema de
aprendizagem e suas provveis causas; bem como os seus efeitos no convvio social, que
pode levar o dislxico a excluso.
Para tanto, a pesquisa ser norteada por Vigotsky, Luvia, Queirs, Gessele e
Amartruda.
1.
CONCEITUANDO APRENDIZAGEM
Ao estudarmos dislexia, se faz necessrio definir o que seria aprendizagem.
Consultando o Dicionrio Aurlio as definies para o verbo aprender so: 1. tomar
2.
6
Assim, lngua e linguagem constituem as principais facetas da aprendizagem
humana.
Desta forma, os problemas de aprendizagem mostram dificuldades nos processos:
tercirio e quartenrio.
3.
fracasso escolar e de excluso social. O leitor deficiente no consegue captar e nem mesmo
interpretar os smbolos verbais impressos.
Muitos fatores podem produzir leitores com dificuldades: retardamento mental,
imaturidade na iniciao da aprendizagem; alteraes no estado sensorial e fsico;
problemas emocionais e dislexia, que uma disfuno neurolgica que afeta basicamente a
linguagem, a qualidade de sua motricidade e de suas percepes.
As dificuldades de leitura produzem complicaes na aprendizagem escolar e
muitas vezes inibe ou impede a criana a se desenvolver plenamente do ponto de vista
intelectual, social e emocional.
A leitura no constitui uma habilidade isolada; pelo contrrio, faz parte de um
processo lingstico bastante complexo. Assim, a dificuldade em exerc-la mostra uma
deficincia na estrutura e/ou na organizao da linguagem em geral.
3.1
4.
escrita a dislexia. No entanto, existem outros entraves que podem inviabilizar tais
aprendizagens. Dentre todos os observados a incapacidade geral para aprender; a
imaturidade na iniciao da aprendizagem da leitura; alteraes no estado sensorial e fsico;
problemas emocionais; vcios de aprendizagem, dentre muitos outros.
5.
escreve:
A leitura uma destreza. A escrita uma destreza. Um dos requisitos prvios
para o desenvolvimento de uma destreza o raciocnio inteligente quanto aos
problemas e as tarefas que implicam e ao porqu deles. Para raciocinar de modo
efetivo sobre as tarefas de leitura e escrita, as crianas precisam formar
conceitos sobre as funes comunicativas e os traos lingsticos da fala e da
escrita. A escola influi, favorvel ou no no desenvolvimento desse aprendizado.
Os mtodos de ensino que por ventura obscuream ou que ocultem estes
conceitos inibiro sua formao. Se as escolas empregam mtodos e materiais
que se ajustam ao desenvolvimento conceptual da criana, as destrezas da
leitura/escrita podem desenvolver-se maneira fluida e natural. (p. 192)
10
6.
DESVELANDO A DISLEXIA
Em 1877, Goi Kussmaul chamou a perturbao da linguagem de cegueira verbal,
11
7.
escrita e soletrao, a dislexia o distrbio de maior incidncia nas salas de aula. Pesquisas
realizadas em vrios pases mostram que entre 0,5% e 17% da populao mundial
dislxica.
Ao contrrio do que muitos pensam, a dislexia no o resultado de m
alfabetizao, desateno, desmotivao, condio scio-econmica ou baixa inteligncia.
Ela uma condio hereditria com alteraes genticas, apresentando ainda alteraes no
padro neurolgico.
Por esse mltiplos fatores que a dislexia deve ser diagnosticada por uma equipe
multidisciplinar. Esse tipo de avaliao d condies de um acompanhamento mais efetivo
das dificuldades aps o diagnstico, direcionando-o s particularidades de cada indivduo,
levando a resultados mais concretos.
Deve-se ficar alerta se a criana apresentar alguns desses sintomas:
7.1
Disperso;
Dislexia uma palavra grega que quer dizer distrbio da linguagem. A falta de informao
pode gerar julgamentos errados. Burro, lerdo, vagabundo, folgado, preguioso podem ser
alguns dos adjetivos empregados injustamente uma pessoa dislxica. As principais
caractersticas do problema so dificuldades na leitura, escrita, soletramento de palavras e
compreenso do que l.
um problema que quanto mais cedo for detectado melhor. Assim h possibilidades de
uma interveno teraputica e voc pode ajudar a criana a se desenvolver melhor, sendo
12
capaz de driblar as dificuldades e desenvolver novas habilidades que possam fazer como
que ela no sofra tanto na escola ou em outras situaes nas quais dependem da leitura
escrita Mrio ngelo Braggio.
Como uma sndrome geralmente detectada na infncia, o papel do professor muito
importante, principalmente na fase da alfabetizao. Ter o feeling de perceber algo errado
com determinado aluno essencial para evitar traumas futuros. Porm o que muitas vezes
acontece a falta de conhecimento sobre a dislexia que pode trazer avaliaes distorcidas.
Esse quadro de dificuldade de leitura no tem cura, e acompanha uma pessoa por toda a
vida, do Ensino Fundamental at o Superior.
O dislxico tem um ritmo diferente dos no-dislxicos. Portanto, evite submet-lo a
presses de tempo ou competio com os colegas. importante estimul-lo e fazer com
que acredite na sua capacidade de tornar-se um profissional competente.
13
CONCLUSO
A dislexia, segundo Jean Dubois et alii (1993, p. 197), um defeito de aprendizagem da
leitura caracterizado por dificuldades na correspondncia entre smbolos grficos, s vezes
mal reconhecidos, e fonemas, muitas vezes, mal identificados.
A dislexia, segundo o lingista, interessa de modo preponderante tanto discriminao
fontica quanto ao reconhecimento dos signos grficos ou transformao dos signos
escritos em signos verbais.
A dislexia, para a Lingstica, assim, no uma doena, mas um fracasso inesperado
(defeito) na aprendizagem da leitura, sendo, pois, uma sndrome de origem lingstica.
As causas ou a etiologia da sndrome dislxica so de diversas ordens.
Os padres de movimentos oculares so fundamentais para a leitura eficiente. So as
fixaes nos movimentos oculares que garante que o leitor possa extrair informaes
visuais do texto.
Algumas palavras podem ser fixadas por um tempo maior do que outras. Esse mecanismo
faz toda a diferena, pois algo que fuja a isso, poder causar um tipo de confuso espacial e
articulatria que acaba fazendo com que o leitor cometa erros relativos leitura e escrita.
Tais erros podem se apresentar por diferentes formas e de acordo com o grau da dislexia:
Confuso entre letras, slabas ou palavras com diferenas sutis de grafia: a-o; c-o; ec; f-t; h-n; i-j; m-n; v-u etc.
Confuso entre letras, slabas ou palavras com grafia similar, mas com diferente
orientao no espao: b-d; b-p; d-b; d-p; d-q; n-u;w-n, a-e.
Confuso entre letras que possuem um ponto de articulao comum, e, cujos sons
so acusticamente prximos: d-t; j-x; c-g; m-b-p; v-f
Inverses parciais ou totais de slabas ou palavras: me-em; sol-los; som-mos; sallas; pal-pla.
14
Segundo Mabel Condemarn (1987, p.23), outras perturbaes de aprendizagem podem
acompanhar os dislxicos:
Alteraes na memria;
Orientao direita-esquerda;
Linguagem escrita;
Dificuldades em matemtica;
Pobreza de vocabulrio;
15
ANEXO I
16
Dislxicos Famosos
Aghata Christie
Albert Einstein
Alexander Pope
Amy Lowell
Anwar Sadat
Auguste Rodin
Bem Johnson
Beryl Reid (atriz inglesa)
Bruce Jenner
Charles Darwin
Cher (cantora)
Darcy Bussel (bailarina inglesa)
David Bailey (fotgrafo ingls)
David Murdock (financiador)
Dexter Manley (jogador de futebol americano profissional)
Don Stroud (ator/ campeo mundial de surf)
Duncan Goodhew (campeo de natao)
Franklin D. Roosevelt
General George S. Patton
George Washington
Greg Louganis
Hans Christian Anderson
Harry Belafonte
Harvey Cushing (pai da cirurgia neurolgica moderna)
Henry Winkler
Jackie Stewart (piloto de corridas)
John Rigby (dono de parque temtico)
Joyce Bulifant (atriz)
17
Julius Caesar
King Constantine of Greece
Lawrence Lowell
Leonardo Da Vinci
Leslie Ash (atriz inglesa)
Lewis Carroll (autor)
Lindsay Wagner
Lord Addington
Loretta Young
Margaret Whitton
Margaux Hemmingway
Mark Stewart (ator/ filho de Jackie Stewart)
Mark Twain
Michael Barrymore (comediante)
Michael Hesetine
Michaelangelo
Napoleon
Nelson Rockefeller
Nicholas Brady (US Secy Treasury)
Nicholas Bush (filho do presidente EUA)
Nicholas Parsons (ator ingls)
Nicola Hicks (escultora inglesa)
Oliver Reed (ator ingls)
Pablo Picasso
Paul Stewart (piloto de corridas)
18
ANEXO II
19
Educao Especial
LDB 9.394/96
Art. 12 - Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema
de ensino, tero a incumbncia de:
I - elaborar e executar sua proposta pedaggica;
V - prover meios para a recuperao dos alunos de menor rendimento;
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esta seja exigida , considerando as caractersticas individuais do aluno e indicando sua
possibilidade de prosseguimento de estudos.
21
Artigo 4 - O Programa Estadual para Identificao e Tratamento da Dislexia na Rede
Oficial de Educao ter carter preventivo e tambm prover o tratamento do educando.
Artigo 5 - As despesas decorrentes da execuo desta lei correro conta das dotaes
oramentrias prprias.
Artigo 6 - O Poder Executivo regulamentar esta lei no prazo de 30 (trinta) dias, a contar
da data de sua publicao.
22
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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compreender? As interferncias so a resposta. In TEBEROSKY, Ana et al. Compreenso
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23
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25
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STERNBERG, Robert J; GRIGORENKO, Elena L. Crianas rotuladas: o que
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STOTHARD, Susan E. Avaliao da compreenso da leitura. In SNOWLING, Margaret e
STACKHOUSE, Joy. (orgs.) Dislexia, fala e linguagem: um manual do profissional.
Traduo de Magda Frana Lopes.Porto Alegre: Artmed, 2004. p.121-141
TAYLOR, Jane. O desenvolvimento das habilidades de caligrafia. In SNOWLING,
Margaret e STACKHOUSE, Joy. (orgs.) Dislexia, fala e linguagem: um manual do
profissional. Traduo de Magda Frana Lopes. Porto Alegre: Artmed, 2004. p.203-225
TEBEROSKY, Ana et al. Compreenso de leitura: a lngua como procedimento.
Traduo de Ftima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2003. (Coleo Inovao Pedaggica,
v.7)
TEBEROSKY, Ana. A iniciao no mundo da escrita. In TEBEROSKY, Ana et al.
Compreenso de leitura: a lngua como procedimento. Traduo de Ftima Murad.
Porto Alegre: Artmed, 2003. p. 57-66. (Coleo Inovao Pedaggica, v.7).
TOLCHINSKY, Liliana; PIPKIN, Mabel. Seis leitores em busca de um texto. In
TEBEROSKY, Ana et al. Compreenso de leitura: a lngua como procedimento.
Traduo de Ftima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2003. p. 95-105.
GIL, Rosa; SOLIVA, Maria. Cantos para aprender a ler. In TEBEROSKY, Ana et al.
Compreenso de leitura: a lngua como procedimento. Traduo de Ftima Murad.
Porto Alegre: Artmed, 2003. p.107-125. (Coleo Inovao Pedaggica, v.7).
VANCE, Maggie. Avaliao das habilidades de processamento da fala nas crianas: uma
anlise de tarefas. In SNOWLING, Margaret e STACKHOUSE, Joy. (orgs.) Dislexia, fala
e linguagem: um manual do profissional. Traduo de Magda Frana Lopes. Porto
Alegre: Artmed, 2004. p.57-73