Nélson Hungria - Comentários Ao Código Penal - Volume IX - Arts. 250 A 361 - Ano 1958
Nélson Hungria - Comentários Ao Código Penal - Volume IX - Arts. 250 A 361 - Ano 1958
Nélson Hungria - Comentários Ao Código Penal - Volume IX - Arts. 250 A 361 - Ano 1958
IPBJM R AJUDA
INDICE
VOLTA
Nelson Hungria
COMENTRIOS
AO
CDIGO PENAL
Volume IX
Artigos 250 a 361
SEGUE
SAIR
3 AJUDA
INDICE
VOLTA | SEGUE
SAIR
|IMPRIMIR
Comentrios
ao
Cdigo Penal
Artigos 250 a 361
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3 AJUDA
INDICE
VOLTA | SEGUE
SAIR
IMPRIMIR AJUDA
NDICE
VOLTA
SEGUE
NELSON HUNGRIA
Membro d Comissio Bevieora do Anteprojeto do Cdigo Penal e da C om ln le
KImboradora dos Anteprojetos da L ei das Contravenses Penais e do C d i
de Processo Penal Ministro do Supremo Tribunal Federal
COMENTRIOS
A O
CDIGO PENAL
(Decreto-lei n.* 2.848, de 7 de dezembro de 1940)
VOL.
A rts.
250
IX
361
Edlo
REVISTA FORENSE
Rio <f Jantfro
1959
SAIR
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IMPRIMIR AJUDA
NDICE
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SEGUE
T T U L O V I I I
1
D ellttl contro 1mcolum it pubblica, in N u o v o D ig e s to I t a
liano, vol. V I, pg. 968.
SAIR
8
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a jud a
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| SEGUE
N lso n H ungria
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C om entrios
ao
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C digo P enal T t u l o v n i
| SEGUE
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| SEGUE
N lson H ungr ia
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C omentrios
ao
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C digo P en a l T t u l o
| SEGUE
v iu
IS
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NDICE
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N ls o n H u n g r ia
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NDICE
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15
C A P T U L O I
A r t . 250.
1P
tao;
b)
v e cu lo de transporte co le tiv o ;
d)
e)
f)
ou in fla m vel;
g)
nerao;
. N . H .
IX
SAIR
K H H _
INDICE |
a jud a
| SEGUE
N lson H ungria
18
h)
resta.
Incndio
culposo
2.
Art. 251.
2.
culposa
3.
Art. 252.
Parg. nico.
Se o crime culposo:
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
C om entrios
Fabrico,
f o rnecim e n t o,
aquisio,
p o s s e ou
transporte
de explosi
vos ou gs
txico ou
asfixiante
Inundao
ao
INDICE I
Art. 253.
| SEGUE
a
259
1?
no caso de culpa.
Art. 255.
Art. 256.
Parg. nico.
Se o crime culposo:
.0
Art. 257.
SAIR
NDICE
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SEGUE
N ls o n H u n c r ia
A rt. 258.
Difuso ilt!
d o en a ou
praga
A rt. 259.
Parg. nico.
,,
,i,
D IR E IT O
COM PARAD O
Cdigos:
457; alemo, 5 306 a 314 e 330 a 330, c; italiano, arts. 422 a 427 e
434 a 437; suo, arts. 221 a 230; holands, arts. 157 a 161, 170 e 171;
belga, arts. 510 a 520 e 547 a 550; espanhol, arts. 547 a 556; portu
gus, arts. 463 a 471, 482 e 169; iugoslavo, arts. 263 a 270, 274, 275,
278 e 244; tcheco-eslovaco, 1 190 a 205; dinam arqus, arts. 180 a 183,
185 e 192, 3; noruegus, 1 148 a 151 e 161; polons, arts. 215 a 222;
sovitico, art. 175; japons, 5 108 a 123; indiano, arts. 285, 323, 324,
435 e 436; argentino, arts. 186 a 189; uruguaio, arts. 206 a 211; chileno,
arts. 474 a 483; paraguaio, arts. 246 a 251, 253, 255, 256, 263 e 265;
peruano, arts. 261 a 267; venezuelano, arts. 344 a 349 e 353 a 357; bo
liviano, arts. 661 a 668 e 677; colombiano, arts. 251 a 254 e 259 a 262;
cubano, arts. 465 a 474; equatoriano, arts. 348 a 351 e 364 a 373; costarriquense, arts. 309 a 316; guatemalteco, arts. 430 e 442; haitiano,
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C o m e n t r i o s a o C d i g o P e n a l A r t s . 250 a 259
19
arts. 356 a 358 e 377 a 380; hondurense, arts. 542 a 554; nicaragense,
arts, 510 a 518; panam enho, arts. 255 a 257 e 260 a 264; dominicano,
arts. 434 a 437 c 458 a 461.
B IB L IO G R A F IA
anti
u g l ie s e ,
1902-1903;
II delitto d'incendio, in
a c c h in o ,
it z in g e r ,
sup. da
Incndio appicato,
in
R iv is ta
D igesto
a t jt ie r ,
a u t ie k ,
horm ann
in P r o t o k o l l er 2ten. E x p e r te n k o m m is s io n , vols. I I I e IV ;
G o r g o n i , Dei delitti contro la pubblica incolum it, in flifis a Pe~
nale, 1934; M a n z i n i , T r a t ta to , vol. VI, 1935; S a l t e l l i - D i F a l c o , Com -
rch er,
m en to
F
rank
( Legisla
o penal imperial e lei sbre explosivos"), in V e rg le ic h e n d e D a rs
te llu n g , bes. Teil, IX ; L i s z t - S c h m i d t , L e h r b u c h des D e u ts c h e n S t r a fre ch ts , 1927; S a b a t i n i (G .), Del delitti contro rincolum it p u b
blica", in 11 C odice P e n a le ill. art. p e r art. de Uco C o n t i , vol. II,
pgs. 649 e segs,; Is titu s io n i di d i r it t o penale, p. es., I , 1946; T h i e Gem eingefhrliche H an dlun gen , in Das k o m m e n d e deutsches
S t r a f r e c h t, 1936; C r i v e l l a r i , Codice Pena le, vol, 7., 1896; B a t t a g l i n i ,
"Delitti contro rincolum it pubblica, in N u o v o D ig e s to Ita lia n o, VI,
1938; B o h n e (G .), "Gem eingefhrliche Verbrechen, in H a n d w r t e r -
rack,
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a jud a
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| SEGUE
Nfescm H un gria
INCNDIO
2.
Histrico e conceito. O crime de incndio o tra
dicional e tipicamente representativo da classe dos dirigidos
contra a incolumidade pblica. Historicamente, precedeu
aos demais no tocante reao penal, embora considerado,
princpio, menos como um crime em si mesmo do que como
meio para outros crimes (contra o patrimnio ou contra a
pessoa). J na antiga Grcia, o incendirio era punido com
a morte, e o mesmo acontecia em Roma. A prpria lei das
X I I Tbuas j cominava a morte pelo fogo a qui cedes acervumve frum enti ju xta domum combusserit, si modo sciens
prudensve id commiserit . Na poca imperial, distinguia-se
entre o incndio doloso com perigo s pessoas e o que somente
ocasionasse dano propriedade; no primeiro caso, era in
cludo no quadro da lei sbre homicdio ( j anteriormente
a L e x Cornelia de sicariis punia o fato de incendiar para
m atar), e, no segundo, se considerava dano qualificado, in
cluindo-se, como tal, entre os crim ina extraordinaria (M o m m s e n ) . Em relao aos humiliores, a pena podia ser o ex
tremo suplcio (vivicom burium , subjectio ad bestias, c r u x ).
O prprio incndio culposo, s reconhecvel no caso de grave
negligentia, no escapava punio, embora sob a simples
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Como acentuam reiteradam ente a doutrina e a jurisprudn
cia alems, no necessrio o prorrompimento de chamas, sendo
suficiente a continuidade do fogo por combusto sem form ao
delas (" I s t eln Flammeribruch nicht erforerlich, es gengt vielm ehr eine ohne Flammenbilung durch Glim m en, entstandene
Fortpflanzung des Feuers ) . H mesmo coisas que ardem sem
flam as indiscretas, como, por exemplo, um a turfeira.
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Q u a lific a o
p e la
n a tu re z a
ou
d e sln a o
da
coisa.
Vrias so as hipteses em que a especial qualidade ou destinao da coisa incendiada funciona como majorante. Na
ordem em que a lei as enumera, a primeira a que ocorre
quando se trata de casa habitada ou destinada a habita
o . Casa habitada aquela que, seja ou no destinada a
habitao, se acha atualmente servindo de moradia. Assim,
um hangar, um armazm, uma casa em construo se h de
ter por casa habitada se a mora algum empregado ou
outra pessoa. Casa destinada a habitao se entende aquela
que, embora feita para o fim de moradia, no se encontra
atualmente habitada. Na hiptese de casa habitada , a
agravante no deixar de existir ainda quando, no momento
do incndio, nenhuma pessoa se encontrasse no interior. A
especial proteo da lei visa, em qualquer caso, principal
mente, habitao, seja em ato, seja em potencialidade.
Ser reconhecvel a majorante ainda que o prprio incen
dirio seja o nico morador da casa. Se, porm, a casa no
habitada, nem destinada a habitao, pouco importa que
alguma pessoa, acidentalmente, l se encontre: no haver
a agravante especial de que se trata. No mesmo caso, se vem
a ser atingida a pessoa, e o agente podia ter previsto sua pre
sena no local, o que ocorrer incndio qualificado pelo
resultado (art. 258).
A habitao pode ser permanente, temporria ou inter
mitente. No significa apenas o uso domstico, seno tam
bm a simples residncia, ainda que descontnua (smente
durante o dia, smente durante a noite ou a certas h o ra s).
casa habitada (no sentido legal), por exemplo, um esta
belecimento comercial ou industrial, um edifcio de escri
trios, uma sede de sociedade civil.
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IX
N lso n H ungria
9.
Incndio culposo. Dispe o 2. do art. 250 que se
culposo o incndio, a pena de deteno, de seis meses a
dois anos . A gravidade objetiva do incndio levou o legis
lador a incrimin-lo mesmo no caso de simples culpa.
um critrio que remonta, como j vimos, ao prprio direito
rom ano.
H incndio culposo no s quando o fogo ocasionado
involuntriamente (ex.: lanar, por inadvertncia, um fs
foro aceso sbre coisas fcilmente combustveis), como
quando produzido intencionalmente, mas sem previso da
supervenincia do incndio (ex.: deitar fogo a papis velhos
para destru-los, vindo as chamas, por descuido do agente,
comunicar-se a um reposteiro, produzindo o incndio da
ca s a ). O incndio culposo no qualificado pela natureza
ou destinao da coisa atingida (seja esta qual fr, a pena
sempre a mesma), mas o se tem como resultado leso
corporal ou m orte de algum . Preceitua o art. 258, segunda
parte: No caso de culpa, se do fato resulta leso corporal,
a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se
a pena cominada ao homicdio culposo, aumentada de um
tro . Note-se que, aqui, no distingue a lei, para diverso
tratamento, entre leso corporal de natureza grave e a de
natureza leve.
As mesmas consideraes que fizemos a propsito do re
sultado qualificativo no caso de incndio doloso, tm cabi
mento na hiptese de incndio culposo.
EXPLOSO
10.
Histrico. O emprgo de explosivos servindo ao
fim malfico de destruio passou a ser previsto como crime
autnomo, a que, em doutrina, se deu o nome de mina ou
runa , a partir do Cd. Penal francs de 1791, que o definia
como o fato davoir truit par Veffet dune mine ou dispos une m ine pour dtruire les btiments, maisons, difices,
navires ou vaisseaux . O Cdigo napolenico (1810), em
seu art. 435, equiparou tal crime, para o efeito da pena, ao
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h.
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E 2 *n M M Q I ajuda
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(art. 28,
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H $ H Q _
ajud a
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IMM
a ju d a
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18 N o direito rom ano (D., 1. 47, tt. 12, fr. 10), entretanto, a
propsito dos diques do rio Nilo, o rompimento ou desfazimento
dles foi includo entre os crimina extraorinaria: In Aegypto qui
chamata rumpit vel issolvit, hi sunt aggeres, qui quidem solent
aquam Niloticam continere, ceque plectitur extra orinem, et pro
conditione sua, et pro admiss mensura; quiam opere publico aut
metallo plectuntur. . ( No Egito, aqule que rompe ou desfaz os
** diques que costumam conter a gua do Nilo, tam bm castigado
" c o m pena extraordinria, segundo sua condio e crime: alguns so
* condenados a trab alh ar nas obras pblicas ou nas m inas de
* m etal) .
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18
Ob. cit., pg. 712: Es gengt emnach nicht jees Uberstrtnen oder berrieseln usw., sondem es muss gefordet weren, dass
der Tter ie Beherschung der von ihm wachgerufenen Naturkraft
n icht m ehr in seiner Hand hat. Das R S tG B hat demgemss das
Merkm al der Gem eingefahr in den Begriff der berschwemmung
aufgenommen .
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DESABAMENTO OU DESMORONAMENTO
23. Fonte da incriminao e conceito do crime. A fr
mula incriminadora do art. 256 inspirou-se na do art. 227
do Cd. Penal suo, que assim dispe: Aqule que, inten cionalmente, causa o desabamento de uma construo
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| SEGUE
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l so n
INDICE |
| SEGUE
H n g r ia
possvel a tentativa, pois no se trata de crime unissubsistente ou que se realize mico actu.
Se o fim do agente eliminar a vida de algum, o crime
ser homicdio qualificado (consumado ou tentado, confor
me o caso), em concurso forma] com o crime ora em exame.
No apenas a ttu lo de dclo punvel o crime, seno
tambm a ttulo de cu lpa (parg. nico do art. 256).
Se resulta, preterdolosameute, morte ou leso corporal
grave (formas qualificadas pelo resultado), a pena regu
lada pelo art. 258.
Se o fato fr praticado mediante emprgo de dinamite
ou explosivo de efeito anlogo, o crime ser o de exploso,
absorvido o de desabamento ou desmoronamento.
24.
Favorecimento a perigo comum. No art. 257 in
criminado o fato de subtrair, ocultar ou inutilizar, por
ocasio de incndio, inundajo, naufrgio, ou outro de sastre ou calamidade, aparelho, material ou qualquer meio
destinado a servio de combate ao perigo, de socorro ou
salvamento; ou im pedir ou dificultar servio de tal natu reza . A pena cominada de recluso, de dois a cinco
anos, e multa, de m il a oito mil cruzeiros. A rubrica lateral
subtrao, ocultao ou inutilizao de material de sal
vamento no corresponde a todo o variado contedo do
artigo penal, e teria sido mais adequado o ttulo genrico
de favorecimento a perigo comum ( Begnstigung einer
Gemeingefahr, dos autores alemes). A incriminao em
exame remonta ao Cd. Penal holands (1881), arts. 15921
21
Aqule que, intencionalmente, por ocasio ou n a previso
de um incndio, oculta ou inutiliza, ilegalmente, m quinas ou
meios de extino, ou que impede ou dificulta, de qualquer modo
a extino do incndio, punido, etc.
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C om entrios
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e
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DIFUSO DE DOENA OU PR AG A
26. Fonte e conceito. O art. 259, ao incriminar a di
fuso de doena ou praga deriva, atravs dos Projetos S
Pereira e Alcntara Machado, do Projeto Stoos, que veio a
transformar-se no atual Cd. Penal suo, cujos arts. 232 e
233 assim dispem: Aqule que intencionalmente propaga
uma epizootia entre os animais domsticos, ser punido ,
etc.; Aqule que intencionalmente propaga um parasita ou
germe perigoso agricultura ou silvicultura, punido , etc.
Trata-se de crime punvel a ttulo de dolo e de culpa. Quando
,da reviso do Projeto Stoos, dizia G autier, quanto ao pri
meiro dsses artigos: Cest 1article des epizooties. Le dlit
est consomm par la propagation effective dune epizootie
parmi les animaux domestiques, propagation faite sciemment ou par ngligence... La raison de Vinscription de ce
.dlit au code pnal est quil cause un danger matriel fortnidable. D ailleurs, en protgeant la sant des anfmaux
domestiques, on protge aussi celle de Vhomme . E quanto
ao segundo: II sagit. .. dun intrt purement conomique.
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INDICE I
| SEGUE
N lso n H ungria
28
M inudente e rigoroso o Cdigo iugoslavo, art. 244: "C elu i
qui aura contrevenu aux prescriptions ictes par Vorgane co m ptent dEtat, relatives aux mesures prenre en vue de combattre
ou prvenir es maladies contagieuses du btail, de la volaille du
gibier, des poissons, des plantes et es arbres, ou en vue de com
battre ou de prvenir es parasites ou es germes angereux pour
les plantes et les arbres, et notam m ent celui qui aura contrevenu
aux prescriptions oronnant les examens ou Visolement des animaux,
ou 1aspersion ou le pourage es plantes et es arbres, ou bien qui
aura contrevenu aux prescriptions interdisant le commerce es ani
m aux malaes ou des plantes et arbres contamines, et qui de cette
faon aura caus la propagation de la contagion, sera puni, etc.
SAIR
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INDICE I
| SEGUE
CAPTULO n
D O S C R IM E S C O N T R A A S E G U R A N A D O S M E IO S D E C O M U
N IC A O E T R A N S P O R T E S E O U T R O S SE R V I O S P B L IC O S
Perigo de
desastre
ferrovirio
Ar. 260.
de estrada de erro:
I
resultar desastre:
Pena
i.
sastre:
Pena deteno, de seis meses a dois anos.
3.
SAIR
K H H _
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INDICE |
| SEGUE
N lso n H u n gr ia
56
Art. 261.
Sinistro em
transporte
martimo,
fluvial ou
areo
1P
Prtica do
crime com
o fim de
lucro
2P
Modalidade
culposa
3P
Art. 262.
Art. 263.
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
C om ent Arios
Arremsso
de projtil
ao
INDICE I
Art. 264.
| SEGUE
a
266
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Art. 265.
Interrupo
ou pertur
b a o de
servio te
legrfico ou
telefnico
Alt. 266.
Aplicam-se as penas em d-
SAIR
58
K H H _
a jud a
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| SEGUE
N lso n H ungria
27.
Generalidades. A incriminao especial dos atos
(dolosos ou culposos) potencial ou efetivamente prejudiciais
segurana dos meios de transporte coletivo (de pessoas ou
coisas) ou de comunicao (da palavra ou pensamento) re
monta ao Cd. Penal da Turgvia (canto suo), de 1841,
cujos arts. 216,27 217,28 218,29 e 219 30 faziam incidir sub
27
a ndem Zubehr derselben Besehdigung verbt oder durch A u fstellen, Hinlegen oder Hinwerfen von Gegenstnden auf die Fahrbahn,
durch Verrcken der Schienen, durch Verndern der Weichen, durch
abgegebene falsche Zeichen oder Signale, durch Um werfen von
Wagen oder auf andere Weise Hindernisse und Strung bereitet, in
der Art, ass dadurch die Wagenzge auf der Bahn in G efah r v e r setzt werden, w ir ... bestraft ( Quem intencionalmente causa
" dano a via frrea, seus veculos ou outros pertences, ou expe a
perigo o comboio, mediante colocao ou arremesso de objetos
sbre a linha, ou mediante deslocamento de trilhos, alterao da
" chave de desvios, falsos sinais ou avisos, tombamento de vages,
41ou mediante qualquer outro obstculo ou estrvo, ser punido, e tc .).
_
28 W er vorstzlich und widerrechtlich die Benutzung der zum
ffentlich Gebrauch bestimmten Telegraphen oder Eisenbahn aufhebt oder beschrnkt oder wer einen Transport auf den letzten
ganz oder teilweise verhindert, ohne ass fr den Zug G efahr
entsteht, s o ll... bestraft w erden ( Quem intencional e ilegalm ente
^ inibe a utilizao de via frrea ou telgrafo destinado ao uso p ^ blico ou quem impede, total ou parcialmente, um transporte fe rro 4i virio, sem que su rja perigo p ara o comboio, ser punido, e t c .).
ao
|SEGUE
a
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59
pcena, seja a ttulo de dolo, seja a ttulo de culpa, a danifi*cao de estradas de ferro, a criao de perigo de desastre
ferrovirio, o impedimento ou embarao utilizao dos ser
vios ferrovirio e telegrfico e a causao de naufrgio ou
submerso de embarcaes. O exemplo foi seguido por v
rios Cdigos ou leis a hoc, incluindo-se os novos crimes na
classe dos de perigo comum; e proporo que o progresso
veio engendrando novos meios de transporte e comunicao,
foi sendo ampliada a previdente casustica da lei penal. A
particular tutela penal veio, assim, a estender-se aos tramways
urbanos, aos auto-nibus, aos veculos de transporte coletivo
em geral, s aeronaves, ao telefone, ao correio pneumtico,
, telegrafia sem fio (radiotelegrafia), etc.
Aos atentados contra os meios de transporte coletivo
por terra, por gua ou pelo ar, sob as formas de perigo de
desastre, de perigo de sinistro ou perigo de queda, ou de efe
tivos desastre, sinistro ou queda, jamais se contestou o ca
rter de crime de perigo comum ou contra a incolumidade
pblica. J o mesmo, porm, no acontece com os atentados
contra os meios de comunicao da palavra ou pensamento
(telgrafo, telefone, e tc .). Ponderava Carrara que se a di
fuso possvel de perigo pode ser reconhecida num desastre
ferrovirio, outrotanto j no ocorre com a simples danificao de uma linha telegrfica. Concordo dizia o
insigne mestre che la rottura di un telegrafo pu recare
ritardi nel commercio, difficolt nelle operazioni patrimo-
SAIR
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N lso n H ungria
ao
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I SEGUE
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Conceito e elementos.
O Cdigo incrimina, no ar
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saEna
a jud a
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ART. 260
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INDICE I
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33
Recentemente, os jornais noticiaram a prtica de sabotagem
contra a Central do Brasil, consistente no truncamento dos cabos
de sinalizao eltrica situados nas pontas da plataform a da estao
Pedro H . Com isso poderia ter havido um a srie de colises de
trens; mas o fato veio a ser descoberto a tempo, e enquanto dei
xavam de sair os comboios estacionados, conseguiu-se, com sinais de
alarm a, deter os trens que se aproxim avam . O perigo apresentou-se
objetivamente, e foi por acaso que no sobreveio algum desastre.
|SEGUE
69
recluso, de quatro a doze anos (para o perigo de de sastre o mnimo de dois e o mximo de cinco anos),
e multa, de dois mil a dez mil cruzeiros .
Tambm aqui, o elemento subjetivo a vontade cons
cientemente dirigida criao de perigo de desastre ferro
virio: a efetiva ocorrncia dste, embora necessariamente
prevista, no querida ou aceita ex ante pelo agente (isto ,
o agente quer a situao que possibilita o desastre, mas no
quer o desastre). O evento desastre preterdoloso, em
bora no se apresente um caso de responsabilidade objetiva,
pois tal evento imputvel a ttulo de culpa stricto sensu:
o agente, ao versar in re illicita, isto , ao criar voluntriamente a situao de perigo, no podia deixar de prev-lo, e
no se absteve do antecedente doloso, levianamente confiando
do acaso que no ocorresse o desastre.
Que se deve entender por desastre , ou, melhor, quando
se apresenta a situao de fato reconhecvel como desas
tre ? Segundo a opinio dominante, no existe desastre
sem uma situao de dano grave, complexo e extenso a pes
soas (passageiros, pessoal do servio ferrovirio) ou coisas
(cargas, material ferrovirio). Se no h danos pessoais,
; nem relevante dano a coisas, o que se tem a configurar o pe
rigo de desastre (art. 260). No basta, por exemplo, um
(descarrilamento, sem maiores conseqncias. Mesmo num
caso de coliso de locomotivas, mas da qual, dada a oportu
nidade e violncia do contravapor, no haja resultado seno
mossas de parte a parte, no h identificar-se desastre. Eis
a lio de M a n z i n i (ob. cit., pg. 249): Desastre um evento
lesivo que expe a perigo, coletivamente, com efeitos ex traordinriamente graves, ou complexos, ou extensos, um
' nmero indeterminado de pessoas, ocasionando comoo
pblica. Se no se produz tal efeito, assim intenso ou
assim vasto, no se pode falar propriamente de desastre,
pois no se deve presumir que a lei penal use aquelas qua lificaes retricas que mal se toleram mesmo na crnica
jornalstica. Se se verifica um evento que no tenha tido
. as propores daquilo que comumente se denomina de-
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sastre , no se pode fingir a existncia dle, s porque apre sentasse tuna potencialidade de dano difuso e indetermi nado. De outro modo, rematar-se-ia confundindo perigo
de desastre com desastre efetivo . No est por sse cri
trio B attaglini, que assim disserta: Desde que ocorra
uma coliso de comboios, com conseqente perigo de todos
os passageiros, deve admitir-se a existncia do desastre (e
no apenas perigo de desastre), ainda que se no hajam
verificado estragos materiais ou leses pessoais, porque, se
a pouca entidade do dano pode influir na medida da pena,
no pode valer para que se considere simples perigo de
desastre aquilo que, em formidvel rencontro de fras
indisciplinadas, j se manifestava in concreto . A razo,
porm, est com M a n z in i . Por maior ou mais palpitante
que seja o grau de perigo, no pode ser confundido com o
desastre efetivo. Nem se compreenderia que a lei penal,
permitindo tal confuso, cominasse, para o caso de desastre
efetivo, uma pena to exacerbada, em cotejo com a editada
para o simples perigo de desastre.
O desastre tanto pode atingir um comboio, quanto uma
locomotiva solteira ou um s carro; mas no se identifica,
em caso algum, com os acidentes ocorridos individualmente
a passageiros ou transeuntes, sem a circunstncia de perigo
comum (podendo apresentar-se, em tais casos, homicdio ou
ferimento culposo). Por isso mesmo que, na espcie, o
evento desastre se alheia vontade do agente, no h fa
lar-se em tentativa do crime.
bem de ver que a concebvel ou possvel tentativa de
perigo de desastre (art. 260) no pode ser, ao mesmo
tempo, tentativa de desastre ferrovirio.
Se do desastre resultar leso corporal ou morte de al
gum, o crime, qualificado pelo resultado, ter a pena regu
lada pelo art. 258 (conforme dispe o art. 263), isto , no
caso de leso corporal, a pena ser aumentada de metade,
e, no caso de morte, o aumento ser de dbro.
30.
Desastre culposo. Os desastres de estrada de ferro
(que, no raro, assumem propores catastrficas) so, as
ao
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e dos aparelhos de bloqueio: a ) se o segundo trem fr um trem -socorro; b ) em se tratando de automvel que se dirija ao local
do acidente conduzindo socorros, membros da adm inistrao da
estrada ou da fiscalizao; c) se o segundo trem fr um trem de
horrio, j decorrido o tempo necessrio p ara que o primeiro trem,
em m archa normal, atinja a estao seguinte;
2.,
a estao seguinte
gundo trem desde que le aparea com intervalo m enor de 25 m i nutos em relao ao primeiro e em tal momento que ste no
tenha podido atingir a estao ou psto imediatamente seguinte.
Art. 77. O agente da estao no deixar partir trem misto
ou de cargas a que outro de passageiros houver de seguir, td
vez que aqule no tiver tempo suficiente p a ra chegar estao
imediata sem retardar a partida dste.
Art. 78. A expedio e m archa de trens especiais ou extraor dinrios efetu ar-se-o de modo que no seja perturbado o a n d a mento do servio ordinrio do transporte de viajantes. - Nenhum
trem especial ou extraordinrio ser expedido sem que se tenha
ao
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31.
Conceito de estrada de ferro. O Cdigo de 1890
no explicava o que se devia entender por estrada de ferro ,
e da a dvida sbre se se referia apenas estrada de ferro
ordinria, ou se abrangia tda e qualquer outra com trilhos
metlicos e trao mecnica, como, por exemplo, as Unhas
de bonde e os funiculares. Nossa opinio era pelo sentido
restritivo, impugnando a analogia ou equiparao entre es dado aviso a tdas as estaes do seu trajeto, cada um a das quais
dever acusar imediatamente o recebimento dste.
Art. 79.
em circulao na linha, ficam sujeitos s mesmas regras prescri tas nos arts. 74 a 78.
Art. 82. A velocidade do trem em m archa ser regrada con venientemente nas proximidades das passagens de nvel, das
chaves de m udana de linha, das estaes e postes de parada, das
pontes e viadutos de grande vo, etc. chegada nas estaes,
deve-se diminuir convenientemente a velocidade, de modo a evitar
o recurso a uma ao im oderada dos freios ou ao recuo.
Art. 83.
dida do servio de ronda da via perm anente. Os rondantes de vero estar providos dos aparelhos de sinal necessrios p ara in tervirem n a m archa dos trens.
Art. 89. O ltimo carro do trem ser provido de um sinal
conveniente, que perm ita ao maquinista distingui-lo f cim en te
dos outros veculos durante a m archa.
Art. 90. Os carros de passageiros sero convenientemente ilu m inados noite e, durante o dia, na passagem dos tneis. A s
extremidades anteriores e posteriores dos trens sero noite p ro -
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N lso n H tjngria
"
que, porventura, tenha seguido o primeiro, nas condies do disposto no ait. 74, dando-lhe a conhecer a parad a im prevista do
primeiro, ptra que le reduza a m archa e tome as necessrias
precaues. Quando forem efetuados n a estrada trabalhos de re parao, devero stes ser protegidos por sinais de parad a ou de
diminuio ie velocidade .
"
c
"
ao
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O antigo Cdigo previa como crime autnomo o de falsos
faris, a cujo respeito assim nos pronuncivam os: Delito que se
pode dizer, na poca atual, mais novelesco que real o de falsos
faris, previsto no art. 143: Acender fogos sbre escolhos, arrecifes,
bancos de areia ou outros stios perigosos que dominem o m ar,
fingindo faris, ou praticar outros artifcios p ara enganar os n a
v e g a n t e s e atrair a naufrgio qualquer em barcao . A esta exe
crvel cilada, excogitada desde remotas pocas, p a ra ensejar a pi
lhagem dos despojos das naus assim atradas sua prpria runa,
j se referia U l p ia n o : N e piscatores nocte, lumine ostenso, fallant
navigantes, guasi in portum aliquem delaturi, eoque moo in p e rtculum naves, et qui in iis sunt, eueant, sibique execranam
prcedam parent: prcesiis provincice religiosa constancia efficiat"
( Os presidentes de provncia providenciaro constantemente p ara
que os pescadores no enganem os navegantes, acendendo luz
"n o ite , de modo que stes a vejam e se guiem por ela, acreditando
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N lso n H ungria
C arrara que o progresso da civilizao, a vigilncia oficial dos li torais martimos e a presteza com que comumente as autoridades
acorrem ao local de um naufrgio p ara obstar a pilhagem (a d v ir ta-se que o insigne mestre no se lembrou de mencionar a con
t r ib u i o das penas editadas nos c d ig o s ...), tornaram m ais raro
sse m alefcio .
Entre ns, to
m ou-o por modlo a lei n . 3.311, de 1886, cujo art. 9. foi reprodu
zido pelo Cdigo de 1890.
falsos faris,
ao
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N. H. 6
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ARREMSSO DE PROJTIL
40.
Conceituao e anlise. O antigo Cdigo, no seu
art. 150, equiparava ao desastre ou perigo de desastre
ferrovirio, para todos os efeitos, o arremessar projetis, ou
corpos contundentes, contra um comboio de passageiros em
movimento . No se justificava tal equiparao, dada a gra
vidade sensivelmente menor de semelhante fato, nem tam
pouco que apenas gozasse da proteo penal o comboio de
estrada de ferro, ficando excludo qualquer outro veculo,
ainda que tambm a servio de transporte coletivo. O C
digo atual retificou tais senes, assim estatuindo no seu
art. 264: Arremessar projtil contra veculo em movimento,
destinado ao transporte pblico por terra, por gua ou pelo
ar: Pena deteno, de um a seis meses . O novo texto
legal somente se refere a projetis , no mais falando, alter
nativa e ociosamente, em corpos contundentes , pois stes,
quando arremessados a algum alvo, so projetis. Projtil
qualquer objeto que se arremessa para fazer m al (L atjdeltno F reire, Dicionrio da Lngua Portuguesa). preciso
que se trate de objeto cujo arremsso crie o perigo de causar
dano em pessoa ou coisa a que atingir. Assim, no seria
projtil (no sentido legal) o carnavalesco limo de cheiro
ou mesmo um vo. Aos projetis se equiparam os lquidos
corrosivos, como, por exemplo, vitrolo. O arremsso (lan
amento com violncia) pode ser praticado mo ou me
diante aparelho ou dispositivo (arma de fogo, fundas, arcos,
bodoques, etc.) destinado a aumentar-lhe o mpeto. H os
projetis especificamente tais (balas, bombas de mo, setas,
etc.) e os que o so acidentalmente (pedras, paus, pedaos
de metal, e tc .). Para que o crime se consume, basta que seja
feito o arremsso, ainda que o projtil no atinja o alvo. No
admissvel a tentativa, pois se trata de crime qui unico
actu perficitur: ou d-se o arremsso, e o crime se consuma,
ou no se d, e nada mais haver que uma inteno no
exteriorizada.
ao
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N il s o n H ungr ia
ao
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O
elemento material tanto o emprgo de violncia
contra as instalaes ou aparelhos como contra o pessoal
dos servios mencionados no texto legal, de modo a resultar
interrupo (paralisao) ou perturbao (desarranjo par
cial, retardamento) de tais servios, ou obstculo ou emba
rao ao seu restabelecimento. A enumerao dos servios
de tele-comunicao taxativa. Assim, no poderia, por
analogia, ser includo o servio postal.
Telgrafo tda instalao que possibilita a comunica
o do pensamento ou da palavra mediante transmisso
distncia de sinais convencionais. Compreende o telgrafo
eltrico (terrestre ou submarino) ou semafrico.
Radiotelgrafo o telgrafo sem fio, funcionando por
meio de ondas eletromagnticas ou ondas dirigidas .
Telefone a instalao que permite reproduzir dis
tncia a palavra falada ou outro som. No cuidou o Cdigo
do radiotelefone, naturalmente porque ainda no suficieninente aperfeioado para servir ao uso pblico.
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gg
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N lso n H ungr ia
|SEGUE
CAPITULO m
D O S C R IM E S C O N T R A A SA D E P B L IC A
i^pUemla
Art. 267.
aplicada em dbro.
2P
Alt. 268.
A pena aumentada de um
. doena
Art. 269.
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90
E n venena.
m e n t o de
gua pot
vel ou de
substncia
alimentcia
ou medici
nal
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Art. 270.
2P
Se o crime culposo:
Modalidade
culposa
Parg. nico.
Se o crime culposo:
Art. 272.
2.
Se o crime culposo:
Alterao
de subs
tncia ali
mentcia ou
medicinal
Art. 273.
ou medicinal:
I
ao
II
|SEGUE
a
285
91
2.
Se o crime culposo:
Pena
Art. 274.
Art. 275.
Produto ou
substncia
condi
es dos
dois ar
tigos an
teriores
Art. 276.
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N lso n H ungr ia
Art. 277.
Outras
substn
cias no
civas &
sade
Art. 278.
Modalidade
culposa
Parg. nico.
Se o crime culposo:
Art. 279.
Art. 280.
Parg. nico.
Se o crime culposo:
Art. 281.
ao
|SEGUE
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ou dentista:
Pena
dose evidentemente
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04
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Exerccio
Ilegal da
medicina,
arte den
tria ou
farm a
cutica
Art. 282.
Art. 283.
Art. 284.
Exercer o curandeirismo:
outro meio;
I I I fazendo diagnsticos:
Pena deteno, de seis meses a dois anos.
Parg. nico.
Se o crime praticado m e
Art. 285.
d ire ito
COM PARADO
Cdigos Penais:
ao
|SEGUE
285
95
277;
paraguaio,
arts.
260 a
265;
peruano,
arts. 274 a 280; salvatoriano, arts. 268 a 273; venezuelano, arts. 218
a 226.
B IB L IO G R A F IA
( A
periclitao ou
di acque o di
SAIR
96
saEna
a jud a
N lso n H ungr ia
nio r ,
1955.
C O M E N T R IO
45.
Generalidades. O reconhecimento de uma classe
de crimes ccntra a sade pblica remonta a F ilangieri, que
teve o prestigioso apoio de Carrara. Dissertava ste, no seu
Programma, 3.170 e 3.171: Que haja uma classe espe ciai de crimes cuja preponderante objetividade jurdica se
concretiza na sade pblica. . . , fcil demonstr-lo. Ao
intersse que tem o indivduo de que no seja prejudicada
a sua sade, quer por ao direta de mo inimiga, quer
pela infeco das substncias (ar, gua, alimentos) que so
a renascente e indispensvel condio de subsistncia de
suas fras vitais, corresponde um direito particular. Mas
quando tais substncias se apresentam relacionadas a um
grande nmero de indivduos reunidos em estvel cons ciao, o direito individual vem a converter-se em direito
social ou comum a todos. . . O vaso dgua destinado a um
s, o ar do meu aposento, o alimento que para mim s
preparado, sero objetos de um direito que me exclusivo.
Mas, se se tem em conta o ar que circunda uma coletivi dade de pessoas, a gua que a todos destinada para desal terao da sde, os vveres expostos venda em pblico,
de modo que possam vir a ser alimento de indeterminado
nmero de consociados, manifesto que em tais condies
o ar, a gua e os vveres tornam-se objeto de um direito
social, atinente a cada um dos consociados, bem como a
tda a coletividade. . . Qualquer ao que torne deletrios
ou letais sses elementos de vida ofendem o referido di r e ito ... O direito preservao da sade pblica nasce,
portanto, comum a todos os consociados, em razo do fato
mesmo da consociao . Antes dsse critrio de classifi
cao, os crimes em questo eram previstos dispersivamente,
ora como subespcie de crimes de falsidade, ora como crimes
contra a propriedade ou contra a pessoa. Na atualidade, por
ao
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" . . . se alcuno cagiona Vepidemia diffondendo germ i dal cotpevole non d iretti al fine di cagionare la m orte, perch, nor
malmente non avendo siffatta potenzialit, determ inam una
form a de malattia con andamento benigno, ma se Vevento
letale se sia determinato per cause o per le condizioni dette
persone colpite 0 ambientali e simili, che hanno fatto acquistare ai germ i una eccezionale virulenza, il colpevole risponde
delievento letale, pure non avendolo voluto. Basta che la
m orte sia dovuta, come a sua causa, alia infezione determinata dai germ i patogeni .
O elemento material do crime compe-se de dois m o
mentos: a ao de propagar os germes patognicos e 0 re
sultado epidemia . D-se o summatum opus desde que
instalada a epidemia, isto , desde que se apresente um certo
nmero de casos sucessivos, a indicar a progressiva difuso
d a molstia. Se, ao primeiro caso, medidas sanitrias so
prontamente tomadas, e com tal eficincia que vem a ser
atalhado 0 ulterior contgio, o que se poder identificar
a simples tentativa.
O elemento psquico a vontade de causar epidemia,
conhecendo o agente a idoneidade malfica dos germes de
que se utiliza, isto , de sua capacidade de transmitir 0
morbus de indivduo a indivduo, e sabendo ou devendo saber
que cria 0 perigo de morte de indeterminado nmero de
pessoas.
indiferente o modus faciendi da propagao dos microrganismos: inoculao direta em algum, contaminao
de guas ou de substncias alimentcias, disseminao em
ambiente fechado ou aberto, etc.
de notar que se o fato fr praticado em tempo de
guerra , o crime passa a ser o previsto no art. 51 do dec.-lei
B. 4.766, de 1 de outubro de 1942, que comina a pena de
tecluso por 15 a 30 anos no caso simples, e a de morte se
y crime fr praticado no intersse de Estado em guerra
. contra o Brasil ou de Estado aliado ou associado ao primeiro,
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exantemtico; V, varola e alastrim; VI, difteria; V II, in feco puerperal; V III, oftalmia dos recm-nascidos; IX , in
fe c e s do grupo tfico-paratfico; X, lepra; X I, tuber culose aberta; X II, impaludismo, nas zonas em que exis tem focos de anofelinos; X III, sarampo e outros exante mas febris; X IV , disenterias; XV, meningite crebro-es pinhal epidmica; X V I, paralisia infantil ou molstia de
Heine-Medin; X V II, tracoma; X V III, leishmaniose; X IX ,
coqueluche; X X , parotidite epidmica; X X I, gripe (m fluenza ) ; X X II, angina epidmica; X X III, diarrias in
f a n t i s ; X X IV , envenenamentos alimentares .
O
Regulamento Sanitrio do Distrito Federal (dec. mu
nicipal n. 9.761, de 21-5-945) mais copioso, incluindo no
rol das doenas obrigatoriamente notificveis ainda as se
guintes: beribri, blastomicose, bouba, bruceloses, cncer,
cancro venreo, carbnculo, dengue, doenas profissionais
(de que tambm cogita o dec.-lei federal n. 4.449, de
9-7-942), mormo, neuromielite, fogo selvagem, poliomielite
posterior aguda, quarta molstia, espiroquetose ictero-hemorrgica (doena de W e il) , febre aftosa, gonococia, granuloma
venreo, hepatite infecciosa, linfogranuloma venreo (doena
de Nicola-Favre) , malria, raiva, rubola, sfilis, ttano, tinha
tonsurante, tripanossomase africana (doena do sono), trepanosomase americana (doena de Chagas), varicela (cata
pora) .
Como os crimes omissivos puros em geral, o de que ora
se cogita no admite tentativa: ou a notificao deixa de
ser feita no prazo regulamentar, e o crime se consuma; ou
a notificao oportunamente feita, e no h crime algum,
ainda que, intercorrentemente, se haja manifestado o pro
psito de no notificar.
Ainda quando a doena no notificada venha a ser pos
teriormente riscada do elenco das de notificao compulsria,
no ficar extinta a punibilidade (v. vol. I, tomo I, n. 27).
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IMPRIMIR AJUDA
NDICE
VOLTA
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C om entrios
ao
INDICE I
C digo P e n a l A rt . 273
| SEGUE
115
48
A auri sacra fames de certos distribuidores de leite excogitou
um processo de iludir o preceito penal e a que deram o nome de
m atem tica, consistente no seguinte: como o regulam ento sanit
rio ou de fiscalizao do leite, tendo em vista a aquosidade natural
dste, notadam ente no tempo das chuvas, determ ina a percentagem
em que a gua no torna o produto imprprio ao consumo, os ven
dedores ou entregadores de leite, sempre que o produto contm
menos gu a que a tolerada, tratam de fazer o batism o, at que
seja atingido o m xim o grau d a tolerncia. O caso j foi levado
deciso do Supremo T ribun al Federal, em pedido de habeas corpus.
Fomos o relator do feito e pareceu-nos, prima fa d e, que era proce
dente o arrazoado dos im petrantes; mas, revendo a nossa opinio,
convencemo-nos do contrrio. Em bora deitando ao leite quantidade
de gu a que o no tornava im prprio ao consumo, os acusados no
deixavam de reduzir o valor nutritivo do produto, e tanto bastava
p a ra que se configurasse um a das m odalidades do crime (art. 273,
I ) . Nem poderia ser admitido, paradoxalm ente, que o regulam ento
sanitrio, n a sua tolerncia, abrangesse o caso de tal ou qual aquo
sidade artificial do leite, pois tanto valeria por outorgar estranho
direito, ainda que limitado, ao batismo dsse produto. Eis o que
dispe o art. 861 do dec. n . 10.300, de 1923: Considera-se alterado,
AJUDA
116
INDICE
VOLTA
SEGUE
N lson H u ng r ia
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
C o m e n t r io s
ao
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C d ig o P e n a l A r t . 274
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SAIR
118
K H H _
'
a jud a
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N l s o n H u n g r ia
empregar revestimento, gaseificao artificial, matrias co rantes, substncias aromticas, antisspticas, conservadoras
ou outras que no sejam expressamente permitidas pela
legislao sanitria , e, no art. 4., o fato de dar, vender,
expor venda, armazenar, guardar, transportar gneros,
produtos ou substncias, prprias ou alheias, nas condies
previstas nos artigos antecedentes . A ste critrio ajustou
-se o Cdigo vigente, embora ampliando a incriminao, que
passou a compreender, no apenas os gneros alimentcios,
mas todos os destinados a consumo (pblico). No art. 274,
cuida da hiptese do emprego, quando de fabrico de produto
destinado a consumo, de processos e ingredientes no expres
samente permitidos na legislao sanitria, e, no art. 276, das
hipteses de entrega, exposio ou deteno, para o fim de
consumo, dos produtos nas condies proibidas.
O artigo em exame faz remisso legislao sanitria
(entenda-se: federal, regulamento aprovado pelo dec. n
mero 16.300), que, assim, deve ser consultada na espcie, como,
alis, deve s-lo para melhor inteligncia de todo o captulo
ora comentado.
O elemento subjetivo o dolo genrico: vontade cons
cientemente dirigida prtica de qualquer das aes mencio
nadas no texto legal, sabendo o agente que cria uma situao
de perigo de nocividade negativa, em detrimento de indeter
minado nmero de pessoas. Tratando-se de crime de perigo
(sendo ste presumido pela le i), irrelevante, para sua exis
tncia, qualquer eventus damni.
INVLUCRO OU R E CIPIENTE COM FALSA
INDICAO
64.
Conceito e anlise. Tambm a figura criminal do
art. 275 teve o seu antecedente histrico na proibio dos
incs. 4. e 5 .49 do art. 671 do dec. n. 16.300, a que se seguiu
49
Os ditos incisos estigmatizavam como falsificados os gne
ros alimentcios que tenham sido, no todo ou em parte, substitudos
aos indicados nos recipientes e os que n a composio, pso ou
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
C om entrios
ao
INDICE I
| SEGUE
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IMPRIMIR AJUDA
120
NDICE
VOLTA
SEGUE
N lso n H ungria
C o n c e ito e a n lise .
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N l s o n H u n g r ia
U m a das mulheres, m al
as veias do pescoo, o seu osso iide subia e descia com os m ovimentos desconexos da deglutio. A m ulher parecia um a pequena
fera que, antes do repasto, se deleitasse com o cheiro da carne
ainda no dilacerada. D ir-se -ia que seus lbios se tinham colado
ao rosto do hom em pela fra pneum tica da bca aspirante.
Quando se despegou, seus olhos estavam como os de um gato a
que se abrem as plpebras quando dorme; e n a sua bca aberta
(os lbios, como que paralisados, no se reuniam ) os dentes riam,
como os dentes dos mortos, sbre a m scara m uda .
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
INDICE I
C o m e n t r io s a o C d ig o P e n a l A r t . 2 8 1
| SEGUE
12 9
tal e material, grande displicncia ou indiferena pelo mun do exterior. . . A perda do tonus muscular e 0 marasmo
acarretam profunda alterao na fisionomia do paciente,
que, no seu estado de sonolenta estupidificao, prsa de
mais ou menos graves alucinaes, principalmente visuais,
e de carter espantoso. caracterstica de tais enfermos
a maior indiferena por tudo quanto lhes toca mais de perto,
s preocupados ansiosamente com a procura do veneno; a
inteligncia cada vez mais enfraquece e, sobretudo, vo se
anulando a vontade, o autogovrno, 0 senso m oral. A alie
nao processa-se a passos largos. A cr terrosa e a secura
da pele, os olhos vtreos, encovados, sem expresso, a voz
velada e rouca, 0 andar vacilante, a face imvel, a frouxido
do tonus dos msculos, a abolio da vontade fazem com
que sses infelizes semelhem cadveres ambulantes . No
que respeita aos cocainmanos, assim informa P e lle g r in i :
O cocainista crnico traz estampada na face, no andar, etc.
a prpria abjeo; tem aspeto caqutico e senil; as unhas
apresentam alteraes trficas e cr de sujo; h tremores
das extremidades; ocorrem a necrose nasal, a midrase (que
d, s vzes, um ar sonhador, fatal, interessante ) , a disp
nia, a insnia, os distrbios da sensibilidade; existem quase
sempre as alucinaes visuais, tcteis, auditivas, olfativas,
particularmente de natureza sexu al... fase eufrica ou
de excitao sucede um espantoso egocentrismo. Furtos,
atos de impudiccia, violncias contra as pessoas de casa,
de tudo capaz 0 cocainmano para obter o alcalide. A
cocana pode ser definida como o veneno do senso tic o ...
Os distrbios da vontade so freqentssimos nos cocainis tas habituais: ora so apticos, ablicos, ora levados a agir
mesmo contra a prpria vontade (parablicos). Em certos
perodos, no suportam a mnima contradio e podem tor
nar-se, por isso mesmo, perigosos a si prprios e aos outros .
Os haxixinos, por sua vez, alternam, por influncia do
veneno preferido (produto da cannabis indica: haxixe, diam
ba, maconha, marijuana, fumo de Angola ou pungo ),
entre fases de extraordinria excitao, alucinaes, iluses,
9.0
n . h. e
SAIR
130
IW J d lfllU AJUDA
INDICE |
| SEGUE
N lso n H u ngr ia
desorientao no espao e no tempo, grande sugestionabilidade, acessos de panfobia acompanhados, s vzes, de reaes
de carter criminoso, e fases de profunda depresso geral,
fadiga, averso atividade, hipocondria.51
A ao dos entorpecentes caracteriza-se, em geral, pela
exaltao da fantasia, pela excitao psico-sensorial, pela
obnubilao da conscincia, pela deficincia das faculdades
do raciocnio, pelo enfraquecimento dos poderes inibitrios,
notadamente da vontade. No estado semiconsciente, quase
de sonho, a que levado o intoxicado, le se sente como fora
do mundo que o circunda e quase independente e livre dos
pesados liames do prprio corpo ( M a r f o r i ) . B a u d e l a i r e , nas
suas Fleurs du mal, faz dizer stes versos a um cachimbo de
pio, em aluso ao seu fum eur:
Jenlace et je berce son me
Dans le reseau mobile et bleu
qui monte de ma bouche en feu
E t je coule en puissant dictame
qui charme son coeur et guerit
De ses fatigues son esprit. . .
51 Sbre a marijuana, que se identifica com a nossa maconha
(variedade do h a x ix e ), assim M. A. E l l i o t t inform a ( Crim e in m o crn so c ie ty ), depois de acentuar a difuso do seu uso clandestino
nos Estados Unidos: The use of marihuana is probably even more
serious than the use of other rugs so far as its effect upon beh a viour is concerne. Marihuana seems to prouce greater mental
and moral egeneration than the others. Inhibitions of ali sorts
disappear with its use and reason is apparently impaired. On the
other hand, courage seems to be greatly increased and if a persn
is mentally deteriorated he may be implled to aggressive criminal
conduct. Marihuana makes the average person act as though in toxicated because it interferes with his perception of space. It is
known to have been widely used in ndia by persons who commit
premeditated crimes. Marihuana and the haschish drug widely
used in ndia and Egypt are one an the same. The association of
this rug with criminal conuct is irectly evidenced in our own
word assassin which is erive from the word hascshashin m ea ning one who kills uner the influence of the drug .
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C o m e n t r io s
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C digo P e n a l A r t . 281
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NLSON H u n g r ia
"IV .
paraes.
V.
paraes.
VI.
preparaes.
V II. A tebana, seus sais e preparaes.
VIU. A acetilo-dimetilo-dihidrotebana, seus sais (ace dicon) e preparaes.
IX . A benzilmorfina, seus sais (peronina) e prepa es.
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
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C digo P e n a l A rt . 281
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C digo P e n a l
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art.
281
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C o m e n t r io s
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n, 891).
76.
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143
Agravante especial.
as penas aumentam-se de um tro, se a substncia entor pecente vendida, aplicada, fornecida ou prescrita a menor
de dezoito anos . A majorante entende com qualquer das
modalidades criminais acima analisadas, mesmo quando j
se apresente qual ficada nos trmos do 1. do art. 281. Ex
plica-se a exacerbao de pena: a circunstncia da vtima ser
menor de 18 anos revela maior perversidade do agente ou
tom a mais fcil o aliciamento para o vcio. Para ser reco
nhecvel a majorante, necessrio que o agente tenha co
nhecimento (ou pelo menos dvida) a respeito de tal cir
cunstncia .
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K H H _
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N ls o n H ung ria
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Com entm o s
ao
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C digo P e n a l A r t . 282
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N. IL 10
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N ls o n H u ng r ia
vendido ao pblico nos hervanrios. Os vegetais e produtos naturais txicos s podero ser vendidos a farmacuticos ou droguistas, mediante pedido escrito e autenticado
pelo comprador. 2. A licena para o funcionamento de
hervanaria s ser concedida a profissional idneo e ser
pessoal, podendo ser renovada. As plantas devero estar
'* devidamente acondicionadas, com a designao dos nomes,
de modo a evitar confuso . 69
Equipara-se ao tratamento mdico todo e qualquer ato
que, visando ao fim de higiene ou de esttica, reclame utili
zao de instrumentos cirrgicos ou de aparelhos eltricos.
Os vendedores de aparelhos ortopdicos, de culos ou de
corretivos da surdez, do mesmo modo que os empregados de
estabelecimentos de duchas, de banhos curativos ou de guas
medicinais, ou outros congneres, no podem desatender s
recomendaes ou prescries mdicas ou, examinando os
clientes, ter iniciativa de indicaes ou de regime de trata
mento; pois, do contrrio, estaro incorrendo na sano
penal.
O excesso a que se refere o texto legal to-smente o
funcional', no abrangendo o de competncia espacial.
Assim, o mdico, dentista ou farmacutico, que tenha regis
trado o seu ttulo no Departamento Nacional de Sade P
blica, para exercer a profisso no Distrito Federal, no pra
ticar seno mero ilcito administrativo se, passando a exer
c-la em So Paulo ou Minas Gerais, deixar de repetir o re
gistro no Departamento de Sade estadual. O que a lei
penal protege a sade pblica, e esta, no caso, no corre
perigo. J se afirmou (F l a m n io F vero) que, na hiptese
do farmacutico que se entrega ao tratamento de enfermos,
no se apresenta o crime do art. 282, mas o de curandeirismo,
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
C om entrios
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C digo P e n a i A s t . 282
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ttU M ld
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IMPRIMIR AJUDA
NDICE
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N lson H u n g sia
CHARLATANISM O
82.
Conceito e anlise. Sob o nom en juris de "charla
tanismo , o art. 283 incrimina, cominando a pena de deten
o, de trs meses a um ano, e multa, de mil a cinco mil
cruzeiros, o fato de inculcar ou anunciar cura por meio se
creto ou infalvel . Entre aqule que exerce ilegalmente a
medicina e o charlato" (agente do crime de que ora se vai
cuidar) a diferena a seguinte: o primeiro acredita na efi
ccia do tratamento que aconselha ou aplica (indicado, alis,
ou no desaprovado pela cincia oficial, desde que prescrito
por mdico), ao passo que o segundo um insincero, sabendo
que nenhum efeito curativo pode ter o tratamento que inculca
ou anuncia (as mais das vzes consistente em alguma panacia no oficializada ou sem as virtudes atribudas). Ainda
mais: o agente do charlatanismo pode ser, e freqentemente
o , at mesmo um mdico profissional e legalmente habili
tado, que se torna, assim, um infrator consciente do cdigo
de tica da classe mdica.
O vocbulo charlato vem do italiano ciarlatano, que
corresponde ao nosso palrador ou chalrador . Originriamente, era empregado em relao aos indivduos que, nas
feiras ou via pblica, faziam a propaganda de tais ou quais
produtos, exagerando, com profuso de palavras e enfatica
mente, as respectivas virtudes. Entre os produtos apregoa
dos figuravam, principalmente, pseudo-remdios, aos quais
se atribuam efeitos mirficos. No correr dos tempos, o vo
cbulo passou a indicar, limitadamente, aqule que, diplo
mado ou no em medicina, se atribui, de m-f, para embair
os incautos, mritos imaginrios, notadamente o poder de
curar mediante o emprego de remdios ou processos de cura
que diz infalveis ou somente dle conhecidos, mesmo quando
se trate de molstias para as quais ainda no foi descoberto
tratamento especfico. ste o fato incriminado no art. 283.
o fraudulento expediente do charlato-mdico ou mdico-charlato . No se trata apenas de uma fraude (vi
sando locupletao em detrimento de incautos), seno tam-
SAIR
IMPRIMIR AJUDA
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C digo P e n a l A ht . 283
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15 7
" vus espessos, a essas casas; eu vi sesses em que mos en" luvadas tiravam das carteiras ricas notas e notas, aos gri" tos dos negros malcriados que bradavam: Bota dinheiro
" a q u i ! E o depoimento continua: Encontrei papelinhos
escritos em cursivo ingls, puro Corao de Jesus, cartes,
"bilhetes, pedaos de sda para misteres que a moralidade
" n o pode desvendar. les (os negros feiticeiros) diziam os
"n om es com reticncias, sorrindo, e eu acabei humilhado,
" envergonhado, como se me tivessem insultado . A crena
no feitio (j agora em contubrnio com o espiritismo) dir-se-ia que est na massa do nosso sangue. G i l b e r t o F k e i r e ,
nesse livro notvel que Casa Grande e Senzala, nos d conta
disso, com os pormenores todos. No h conter indireta
mente o pendor hereditrio com a ameaa do Cd. Penal aos
macumbeiros. Alm disso, preciso que se no confunda a
feitiaria direta com a feitiaria-religio. Esta, apesar do
seu simbolismo extico, no est inibida de abrigar-se sob
o plio da Constituio: inviolvel a liberdade de cons cincia e de crena, assegurado o livre exerccio dos cultos
religiosos, salvo o dos que contrariem a ordem pblica ou
os bons costumes . Se se encaram as coisas sem parti pris,
no h, afinal de contas, razo alguma para que se persiga
com a lei penal o feiticeiro, quando prepara um despacho
para aplacar a clera de Exu contra algum namorado in
feliz, e se deixe impune o padre catlico que, de Rituale em
punho, exorcisma o demnio, para enxot-lo do corpo de
um epilptico ou de uma histrica. Por que se h de impe
dir que a lua caia em estado de santo , quando se tolera
a prtica da mediunidade nas sesses do espiritismo ? por
que se h de chamar, como fazia o antigo Cdigo, sbjugao da credulidade pblica smente aos orculos da fei
tiaria, e no tambm aos ritos catlicos ou metodistas?
Por que se interdita a romaria cafua de pai Joo, que con
versa com Jesus Cristo atravs de um fingido telefone de
flha de Flandres, e no se veda a romaria em busca da
bno do padre Antnio ou dos Capuchinhos, que dispen
sam o aparelho simulado ? Dir-se- que o animismo fetichista
SAIR K H H _ ajuda
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N lson H ungr ia
ao
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SAIR
3 AJUDA
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|SEGUE
T T U L O IX
Alt. 286.
de crime:
Pena deteno, de trs a seis meses, ou
multa, de mil a trs mil cruzeiros.
Apologia
de crime
ou criminos o
Art. 287.
Quadrilha
ou bando
Art. 288.
SAIR K H H _ ajuda
1^2
N lso n H
INDICE I
|SEGUE
u n g r ia
equatoriano, arts. 344 a 346, 362 e 363; haitiano, art. 238; mexicano,
art. 164; panam enho, arts. 210 a 212; peruano, art. 282; uruguaio
arts. 147, 148 e 150; venezuelano, arts. 284, 287 a 293.
B IB L IO G R A F IA C arrara (F .), Programma, 15 1.590 a 1,607;
P e s s in a , Elem enti di ir. penale, III, 1888; F u l c i , Uintenzione nei
singoli delitti, 1890; Zerboglio , Delitti contro l'ordine pubblico, in
Trattato de F lorian , 1935; S a b a t in i ( G . ) t "D ei delitti contro lorriinp pubblico, in II Coce Penale il. art. per art. de U ao C o n t i ,
vol. II, 1934, pgs. 673 e segs.; M a n z in i , Trattato, vol. V I, 1935; M ag giore , Princpi di diritto penale, II, 1934; W a u tr ain C avagnari , " I de
litti contro 1ordine pubblico, in Trattato de C ogliolo , vol. II, parte
l.a, 1890; D e R u b e is , D ei delitti contro lordine pubblico, in Enci
clopdia de P e s sin a , vol. 7, 1907, pgs. 881 e segs.; C rivellari , II C
dice Penale, vol. V II, 1896; S alerno (N .), Concorso delittuoso e associazione a delinquere, in La Scuola Positiva, 1930, parte l.a, p
ginas 52 e segs.; Rocco (A rtu ro ), U O ggetto dei Reato, 1932; L o ngo
(M .), Com ento al Coice Penale italiano, II, 1911; C evolotto , Isti
gazione a delinquere e consorso nel reato commesso, in La Scuola
Positiva, 1921; V escovi, "Istigazione a delinquere, in Digesto Ita
liano, X III, parte 2.a; D e B ella ( V . ) , II reato di associazione a de
linquere, 1933; S alte lli -D i F alco , Com m ento teor.-prat. dei nuovo
Coce Penale, II, parte l.a, 1931; C osta (S te fa n o ), Delitti contro
1ordlne pubblico, in Nuovo Digesto Italiano, vol. IX , 1939; Asso
ciazione per delinquere, iem, vol. I; Istigazione a delinquere,
idem, vol. V II; R a n ie r i , Manuale di diritto penale, II, 1952; A n t o l is e i , Manuale i diritto penale, III, 1954; L is z t -S chm idt , Lehrbuch
des deutschen Strafrechts, 1927; F r an k (R e in h a rt), Das Strafgesetzbuch fr das deutsche Reich, 1908; G o m ez (E usblo), Tratado
de Derecho Penal, 5., 1941; S oler (S c b a stia n ), Derecho Penal A r
gentino, IV, 1946; B aldessaeini ( F . ) , Dos crimes contra a paz p
blica, ed. Jacinto, 1943; M agaih es D r u m m o n d , D os crimes contra
a paz pblica, no vol. I X dstes Comentrios, 1944; G ald ino S i
q ueir a , Tratado de Direito Penal, p. e., II, 1951; B ento de F aria ,
Cdigo Penal Brasileiro, vol. V ; Jorge S everiano , Cdigo Penal, vo
lume IV , 1942; F vero (F la m n io ), Dos crimes contra a paz pblica,
1950.
CO M EN TR IO
86.
Generalidades. Os crimes que o nosso Cdigo alinha
sob a epgrafe Dos crimes contra a paz pblica figuram
na maioria das legislaes penais como ofensivos da ordem
pblica . O legislador ptrio, aceitando sugesto dos C-
ao
C digo P en a l T t u l o rx
|SEGUE
163
SAIR K H H _ ajuda
164
INDICE |
|SEGUE
N l s o n H u n g r ia
ao
|SEGUE
165
IN C ITA AO AO CRIM E
87.
Histrico, conceito e anlise. Via de regra, em todos
os tempos, a instigao ou incitao ao crime, desde que no
eeguida de efeito, exime-se reao penal. Assim foi na an
tiga Roma ( nec consilium habuisse noceat, nisi et factum
secutum fu e rit), salvo no tocante aos crimes contra o Estado,
em que a instigatio ou exhortatio se equiparava execuo
( M o m m s e n , Derecho Penal Romano, trad. espanhola de Dorado, II, pg. 24). Tambm na Idade Mdia prevaleceu o
critrio de que consulentem nec etiam extra ordinem puniri
posse, si consilium non fu it deuctum ullo modo ad conatum
(F a r in c io , Praxis Criminalis, qucest. 129, n. 87, in fin e ).
E no diversa a deciso do direito moderno: a incitao
ao crime, quando ste no atinge, sequer, a fase de tentativa,
isenta de pena, servindo, quando muito, de ndice de periculosidade, para aplicao de medida de segurana (iden
tificando-se, na espcie, o que se chama quase-crime ) , se
gundo a soluo adotada pelo nosso Cdigo (arts. 27. 76,
parg. nico, e 94, I I I ) . A regra, porm, veio a sofrer uma
exceo: reconheceu-se que no podia ficar impune o incita
mento ao crime, mesmo quando resultasse improfcuo, desde
que feito de publico ou coram multis personis, e criou-se, em
tal caso, um crime sui generis, que se considerou ofensivo,
no do interesse ou bem jurdico que seria atacado pelo crime
a que visava o instigador, mas do especial interesse ou bem
jurdico da paz pblica. Os primeiros Cdigos em que se
previu a nova entidade criminal foram o francs de 1810
(art. 293), o das Duas Siclias (art. 440) e o sardo (art. 468).
Entre ns, o Cdigo de 1330 foi inteiramente omisso a res
peito, enquanto o de 1890 incriminava a provocao de certos
crimes contra o Estado, o mesmo fazendo a lei n. 4.743, de
1923 (prim itiva Lei de Imprensa) e a primeira Lei de Se
gurana Nacional (n. 38, de 4 -4 -9 3 5 ) . Com o advento da
segunda Lei de Imprensa (dec.-lei n. 24.776, de 14-7-934),
foi ampliada a incriminao, isto , passou a ser crime,
quando praticado por meio de imprensa, o concitam ento
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IQB
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N lso n H u n g r ia
ao
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2
Sbre o tem a j escrevemos alhures: "Segundo o postulado
de S ighele , a multido um agregado hum ano heterogneo e inor
gnico por excelncia, pois composta de indivduos de tdas as
idades, de ambos os sexos, de tdas as classes e de tdas as condi
es sociais, form ando-se sem prvio acordo, de sbito, inopinadam ente. Nela, o carter do todo no corresponde aos caracteres das
unidades: seus componentes no se som am n a sua inteireza, n a sua
realidade, mas, ao contrrio, se elidem ou se deform am moralmente.
Diz R adbruch que a m ultido m, como a criatura hum ana tam
bm o , m as um a e outra podem ser m atria-prim a p a ra todo o
bem . N o se pode, entretanto, negar a m aior propenso p a ra o
m al da parte dos homens agrupados. ste fato no escapou ob
servao dos antigos: senatores boni viri, senatus autem mala bestla.
A multido, afirm a o autor de I elitti delia folia, tem, como a
mulher, um a psicologia extrema, capaz smente de excessos: ora
adm irvel de abnegao, ora arrepiante de ferocidade. Nunca, ou
raram ente, comedida nos seus sentimentos. T arde assim define
a m ultido: Um fenmeno difcil de ser compreendido, um a reunio
de elementos heterogneos, desconhecidos entre si, m as n a qual,
entretanto, apenas um a centelha de paixo se desprende de um
dles e eletriza o ambiente coletivo, d-se, de sbito, como por
gerao espontnea, um a espcie de organizao . K ipotjridy
assim a concebe: " . . . r e u n i o de pessoas, inorgnica, condicionada
no tempo e no espao, em cujo seio ocorre, acrca de um motivo
qualquer, um a inconsciente, empolgante Influncia recproca . N a
sua incoerente ou varivel condio, a turba fermento de egosmo
ou ecloso de altrusmo, engendra delinqentes ou plasm a heris
e m rtires. E laboram -se no seu regao anjos e demnios, pelicanos
e hienas, Cristos e M arats. Inconstante e arbitrria, exalta o N a
zareno, para depois crucific-lo; aplaude Bruto e, em seguida,
M arco Antnio. capaz de tdas as generosidades e renncias, como
de tdas as torpezas e crueldades. Detm -se diante das lgrim as
de Mademoiselle de Som breull e profan a o cadver de M adam e da
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Uma Insinuao, por palavras ou gestos, ainda que incidentalmente feita, pode bastar, entre homens enquadrados na
turba excitada, para que se sigam as mais brutais violncias.
No distingue a lei entre crime precisamente individuado
(com designao de vtim a) e crime apenas indicado in
Lam balle, ou bebe o sangue do general Laleu. P u gliese descreve,
com preciso, a fase lncoativa do fenmeno da turba tum ulturia:
"U m a multido excitada, mas a fra que a comove qual um m ar
tempestuoso no recebeu ainda a determinao do movimento;
"
pessoas, lado a lado, distintas, diferentes pelo esprito, pela in teligncia, pelas paixes, pela educao, pelas crenas, pelos p re conceitos, repentinamente, pelo simples fato de sua reunio, fo rm am um ser especial, dotado de um a alm a prpria, de um a m entalldade nova, comum, que a resultante imperscrutvel da mdia
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*
A represso more bellico do cangaceirismo tem conseguido
a remisso do fenmeno, mas transitoriamente, pois se trata (si et
in quantum ) de um a resultante fatal ou caracterstica das condies
geo-sociais da hinterlndia do Nordeste.
Em livro recente
(Lam ~
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C om entrios
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j.
4 Segundo discorre D e B e l l a (ob. cit., pg, 5 ), la norma penais
tpunisce nella associazione a elinquere non la semplice intenzione
I criminosa, ma un fatto materiale che ndice rivelatore i una
jitttuasione i fatto periculosa, punisce co il fatto associativo a
Scopo elittuoso perch in s e per s socialmente nocivo in quanto,
ettivamente consierato, pone in atto non solo una potenzialit
'i$riminosa concreta che autorisza la previsione logica el danno, ma
jttfta potenzialit criminosa concreta e, ben grave che autorizsa la
frevisione logica dei anno im m inente",
fj
N. H. 12
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0 acrdo em trno do
fim comum e sejam capazes de contribuio pro parte virili
(em sentido contrrio, entretanto, opina Manzini, ob. cit.,
pg. 156). A impossibilidade de identificao de algum dos
componentes do nmero mnimo (dada a sua ocultao)
no impede 0 reconhecimento do crime, desde que haja a
certeza moral de sua existncia. indiferente que entre
os associados haja os que sejam tais ab initio e os que s
vieram a aderir depois de formada a quadrilha ou bando.
tatis de entendimento e vontade para
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f sancionada pelo Estado, a fra probante por ste atri buda a alguns objetos, ou smbolos ou formas exteriores .
Assim, como ao tipicamente lesiva da f pblica, o falsum
tem o seu verdadeiro momento de incriminao, no na oposi
o verdade, na m entira ou no engano, mas na adulterao
de quegli atti, quei segni, quelle forme a cui la legge a ttrbuisce la nota dei fa r fede delia verit di uno stato di cose
da cui una qulche conseguema giuriica se deriva". No h,
portanto, deslocar da categoria dos crimes contra a f p
blica a falsidade em documento particular. Certamente, o
documento particular carece da importncia e plenitude
de eficcia que assume o documento pblico, mas tem, le
tambm, a ndole de prova juridicamente apta a certificar
" o prprio contedo, e recebe da lei uma quantidade de efi ccia jurdica . No mesmo sentido se pronunciava N eghi :
No h dvida que entre os dois delitos (falsum em do
c u m e n to pblico e falsum em documento privado) existe
relevante diferena; no h dvida que, por sua menor
entidade, mesmo politicamente falando, o falsum em do cumento particular merece ser punido menos gravemente
que o falsum em documento pblico.. mas nem por isso
se justifica a trasladao do primeiro, da classe dos crimes
contra a f pblica, para a dos crimes contra a propriedade.
Todos os cidados temem e devem temer que a forjadura
de um documento particular em prejuzo de um terceiro
possa repetir-se em prejuzo dles . E foi ste o critrio
que veio a prevalecer.
O reconhecimento da f pblica como especfico bem
jurdico lesado pelos crimes de falsidade propriamente tais
passou da elaborao doutrinria para o campo do direito
positivo. Os primeiros Cdigos a alinh-los sob a rubrica de
crimes contra a f pblica foram os da Baviera, de 1813,
e de Oldenburgo, de 1814, O mesmo critrio foi, a seguir,
adotado pelos Cdigos de Wurtenberg, de Braunschweig, de
Hanover, de vrios cantes suos, da Toscana, da S a r d e n h a ,
e pelo da Itlia de 1889, de que irradiou para a maior parte
dos Cdigos latino-americanos.
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NLfiON H u n g r i a
a incriminao do falsum, ou, seja, sem a conscincia da injuricidade, que integrante do dolo.
Do ponto de vista do corpus do falsum., no basta a opo
sio verdade, isto , a m entira. Nem tda mentira, ainda
quando eventualmente lesiva do direito alheio, crime de
falsidade. necessrio que o no-verdadeiro assuma a fei
o do verdadeiro, mediante a imitao dste (alm da im m utato, a im itatio veri) , seja por contrafao, seja por alte
rao material, ou simulao, psto que se trate daqueles
objetos, sinais ou formas (documentos) legalmente credores
ou merecedores da fides populi. Fora da, o crime a identi
ficar-se poder ser o de fraude patrimonial (estelionato et
sim ilia) ou outro que tenha por substrato o engano, e no o
crim en falsi. Contrafao significa a confeco ex integro
de alguma coisa semelhana de outra, de modo a provocar
engano quanto sua autenticidade. a criao material
de coisa falsa. Deve ter-se em ateno a clssica lio de
Cahrara: A contrafao tem por condio natural a im tao, pois que se, in genere, falsidade qucevis im m utatio
" veri, no h falsum politicamente imputvel se no ocorre
a im itatio veri". Alterao (no tocante ao falsum) a mo
dificao da natureza, aspecto ou essncia de alguma das
coisas ou formas que gozam de f pblica. Simulao o
falseamento do contedo intelectual ou ideolgico de ato
escrito juridicamente relevante. Tambm se concretiza o
falsum com o uso do objeto material ou intelectualmente
falsificado, devendo notar-se, entretanto, que sse uso forma
unidade jurdica (crime progressivo) com a antecedente fal
sificao quando praticado pelo prprio autor desta (pois,
em tal caso, a falsificao como que uma fase de tentativa
do crime de uso, e o agente no pode responder duas vzes
pelo mesmo crime, desdobrado ste em tentativa e consu
mao)-, caso contrrio, ttulo autnomo, salvo, bem en
tendido, se tiver havido preordenado acrdo entre o falsrio
e o usurio, pois ento se apresenta ura concursus plurium
ad idem delictum, respondendo os co-partcipes, indistinta^
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
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TTULO X
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2 A n t o l i s e i ( o b . c it ., n . 1 21) e n t e n d e q u e o falsum, n a r e a l i
d a d e , u m c r i m e pluriofensivo, e d e c l a r a j u r i d i c a m e n t e i r r e l e v a n t e
*n on solo il falso che non idoneo a ingannare il pubblico (il falso
ffrossolano), ma anche il falso che non pu leere e neppure m e ttere n pericolo gli interessi specfci che trovano una garanzla
ftella genuinit e veridicit dei mezzi probatori". T a l c o n c e i t o v a
le r ia , p r in c ip a lm e n te , e m r e la o a o f a ls o d o c u m e n ta l, m a s o ilu s -
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C om en tA rios ao C digo P e n a i .
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O
ttulo que o atual Cdigo consagra aos crimes contra
a f pblica divide-se em quatro captulos, sob as seguintes
epgrafes: Da moeda falsa , Da falsidade de ttulos e ou
tros papis pblicos , Da falsidade documental e De ou
tras falsidades . Lesivos da f pblica (sensu lato) so tam
bm outros crimes, como as fraudes no comrcio, a fraude
processual, o falso testemunho, a denunciao caluniosa, a
dmlte que s o crime de falsidade ocorre, se no alcanado o p ro velto visado pelo agente. O que lgico (seja ou no ju sto) que,
:/tambm nessa hiptese, aceita a tese de T o lo m e i, se teria de recol nhecer um concurso m aterial: falsum consumado e tentativa de
. estelionato. A soluo pelo crime nico, no caso de que se trata,
p arece-nos Irrecusvel. O utra deve ser a soluo, porm, se o xito
j- to falsum pedssequo s foi possvel porque acom panhado por outros
meios fraudulentos. Exem plo: o agente, depois de exibir um pacote
I eom dinheiro legtimo, faz um passe de escamoteao e, iludida a
vtima, entrega um pacote com dinheiro falso. Sem dvida que
tal caso no h um crime nico, m as um concurso material, e
/B&o formal, porque h duas aes: o emprgo de encenao ardilosa
Caracterstica do estelionato e a Introduo de m oeda falsa. Outro
exemplo, em que a m esma soluo deve ser dada: um individuo,
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CAPTULO I
D A M O EDA FALSA
Moeda
falsa
Art. 289.
como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui circulao, depois de conhecer a falsidade,
punido com deteno, de seis meses a dois anos,
e multa de quinhentos a cinco mil cruzeiros.
3.
cru
ao determinado em lei;
SAIR K H H _ ajuda
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N lso n H ung h ia
200
U
de papel-moeda em quantidade su
perior autorizada.
4
Art. 290.
O mximo da recluso
Art. 291.
Art. 292.
SAIR
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Quem
recebe
ou
utiliza
fuo, arts. 240 a 244, 247 e 249; francs, arts. 132 a 135, 138 e 139;
espanhol, arts. 288 a 294, 314 e 315; alemo, 55 146 a 152; belga, a r
tig o s 160 a 178 e 213; dinamarqus, arts. 166 a 170; polons, arti
gos 175 a 180; iugoslavo, arts. 220, 221 e 223; holands, arts. 208 a
115 e 440; noruegus, 1 174 a 178; portugus, arts. 206 a 214; j a
pons, 51 148 a 153; indiano, arts. 230 a 254; russo, art. 59, 8; argen rttno, arts. 282 a 287; boliviano, arts. 284, 292, 3. e 8., e 294; co
lom biano, arts. 214 a 224; costarriquense, arts. 415 a 420; cubano,
|rts. 347 a 364; chileno, arts. 162 a 179; dominicano, arts. 132 a 138;
quatoriano, arts. 293 a 303; guatemalteco, arts. 178 a 195; haitiano,
i|j7 a 106; hondurenho, arts. 282 a 301; mexicano, arts. 234 a 240;
^jjOlcaragense, arts. 290 a 308 e 310; panam enho, arts. 216 a 221; p a /fagualo, arts. 207 a 213; peruano, arts. 369 a 379; porto-riquense,
11 418 a 420, 422 e 423; salvatoriano, arts. 213 a 228; uruguaio, a r 'ttgos 227 a 235; venezuelano, arts. 299 a 305.
t tU M ld
a jud a
N ls o n H u n g r ia
Das Strafgesetsbuch f. as deutsche Reich, 1908; G erland, Die G eld flschungs delikte des deutschen Strafgesetzbuch, in Der Gerichtsaal,
1901; Matjrach, Deutsches Strafrecht, b.T., 1953; P e lla (V .), La
caopration des Etats dans la lutte contre le faux monnayage, 1927;
A n tolisei, Manuale di diritto penale, p. e II, 1954; R anieri, M a
nuale di diritto penale, II, p. e., 1952; M anci (F .), Per un concetto
di fede pubblica nei reati di falso, in Scuola Positiva, 1930, vol. I ;
(O sc a r), Dos crimes contra a f pblica, in Revista,
S tevenso n
92.
Histrico e conceito fundamental. A moeda, se
gundo a definio dos economistas, a medida c o m u m dos
valores (como o metro, a grama e o litro o so das quantl-
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AJUDA INDICE I
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203
dades) e o instrumento ou meio do escambo. o valormetro dos bens econmicos, o denominador comum a que se
reduz o valor das coisas teis. Tal como a conhecemos hoje,
a moeda produto de avanada civilizao. Em Roma, a
moeda cunhada (moneta percussa) s foi adotada crca
de trs sculos antes de Cristo. A princpio, serviam de
"intermedirios das trocas os bois e as ovelhas ( pecus) .
Em seguida, surgiram o aes grave e o aes rude, consistentes
em pedaos de bronze sem cunho especial. Com Srvio
Tlio, segundo recorda P l n i o , j tendo interferido o Estado
para atribuir-se a exclusividade do jus cudenae monetae e
impor co ativamente a moeda como meio de soluo das;
obrigaes de ordem econmica, apareceu o aes signatum.
O crescente vulto dos negcios trouxe a necessidade do a p e r
feioamento do sistema monetrio, e foi, ento, instituda
a moeda de cunho, primitivamente de prata (denarius) e,
mais tarde, tambm de ouro (aureum), ficando, com o emprgo dsses metais nobres, mais firme a confiana na esta
bilidade do valor da moeda ou o prestgio circulante desta.
bem de ver que ao tempo do uso das tscas barras met
licas no havia falar em falsidade monetria. Smente
quando Roma tornou-se a dvitas ex nationum conventu
zconstituta, que se tratou de reprimir severamente o falsum
% um m arium ou falsa moneta ( L o m b a r d i ) . Foi ste um dos
objetivos da lei Comlia, que o ditador Silla fz aprovar pelo
povo (ano 73 a. C . ). Entre outras modalidades do falso
numrio, j eram previstas as seguintes: nummos adultetinos flare , falsam monetam percutere , num m um falsa
fusione formare , nummos fingere, nummos raere vel
tingere , nummos stanneos, plmbeos emere, vendere .
Na poca dos Imperadores (depois de Constantino), a falsa
m oneta passou a ser considerada crim e de lesa majestade,
porque importava no s na violao da prerrogativa do Es
tado concernente cunhagem da moeda, como um insulto
efgie do Princeps impressa nas moedas. ste absurdo
conceito, formulado para justificar a extrema e x a c e ib a o
das penas, perdurou atravs do direito medieval. M u y a r t
SAIR
IMPRIMIR AJUDA
NDICE
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soufflet au ro i .
Nos sculos X I I e X I I I foi institudo, para circular como
substitutivo da moeda metlica depositada em bancos, o
que veio a ser chamado moeda-papel , sistema ulteriormente adotado e monopolizado pelo Estado (ou bancos ofi
cialmente autorizados), rematando ste por dispensar o las
tro metlico, com a criao do papel-moeda , que se ca
racteriza pela sua inconversibilidade em m etal. A sses
sub-rogados da moeda foi ampliada, como era natural, a
proteo penal.
Com o Cdigo francs de 1810, voltou a moeda a ser clas
sificada como uma espcie de falsum, tal como nos primitivos
tempos da lei Cornlia; mas, a doutrina penal, que reagira
contra o inveterado rro anterior, incorreu em outro, que tal
foi o de identificar no falso numrio um crime contra a
propriedade privada, ou, mais precisamente, um furto ou
estelionato qualificado. Como se veio a reconhecer poste
riormente, a gravidade de tal crime no est apenas no de
trimento que dle possa advir ao patrimnio individual, mas,
principalmente, no fato de que acarreta descrdito legiti
midade do dinheiro, implanta a desconfiana no mercado
pblico, perturba a circulao dos valores, desnormaliza o
jgo dos negcios e transaes. Como dizia Rossi, cest le
public pris en masse que le faux monnaieur atteint, plus en~
core que tel individu dsign . O moedeiro falso quebranta
a fidcia coletiva a que est condicionada a funo da moe
da como instrumento de troca. Mais que uma leso poten
cial ou efetiva do patrimnio particular, seu crime uma
violao da f pblica,
No Brasil, o liber terribilis das Ordenaes Filipinas, que
vigorou at o advento do Cd. Criminal de 1830, ajustava-se
concepo romanstica, punindo com a pena capital e o
confisco os que cunhassem moeda de sua prpria autoridade,
ainda que o metal fsse o das moedas oficiais e de legitimo
toque, pois o que se considerava em jgo era o privilgio
SAIR
IMPRIMIR AJUDA
NDICE
VOLTA
SEGUE
*
Merecem destaque as seguintes disposies da Conveno In
ternacional de Genebra:
Art. 3.
SAIR K H H _ ajuda
200
INDICE I
|SEGUE
N lso n H ungria
93.
Tipo central do crime. No seu tipo fundamental,
o crime de moeda falsa consiste em falsificar, fabricando-a
ou alterando-a, moeda metlica ou papel-moeda de curso
Art. 4.
Os
no estrangeiro, os
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AJUDA INDICE I
C om entrios
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legal no pas ou no estrangeiro (art. 289). A pena comlnada de recluso, de trs a doze anos, e multa, de dois mil
a quinze mil cruzeiros.
A falsificao pode ocorrer, como prev o texto legal,
mediante fabricao, isto , contrafao ou formao total
da moeda metlica (moeda prpriamente dita) ou papel-moeda (papel de crdito pblico que circula como moeda
ex vi legis, emitido diretamente pelo Estado ou por banco
legalmente autorizado); ou mediante alterao, que con
siste, ou no desfalque de parte do valor intrnseco da moeda
metlica genuna (Locupletando-se o agente com a subtrada
poro de metal) ou em qualquer modificao artificiosa da
moeda metlica (sem afetar-lhe o cunho ou o valor intrn" fiscados, ser remetidos, quando requisitados, ao Governo ou ao
" banco de emisso de cujas moedas se trate, com exceo dos com provanies cuja conservao nos arquivos criminais imposta pela
"'lei do pas onde o processo se realize, e os espcimes cuja remessa
repartio central, a que se refere o art. 12, parecer til.
. Art. 12. Em cada pas, as pesquisas em m atria de moeda
" falsa devem, de acrdo com a legislao nacional, ser organizadas
por um a repartio cen tral. Esta repartio central deve ter estreito contato: a ) com as organizaes de emisso; b ) com as
autoridades policiais do interior do pas; c) com as reparties
dos outros pases. Essa mesma repartio deve centralizar, em
cada pas, tdas as informaes que possam facilitar as pesquisas,
SAIR K H H _ ajuda
208
INDICE |
|SEGUE
N lson H ungr ia
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl
AJUDA INDICE I
C o m e n t r io s
ao
C d ig o P
en al
A r t , 289
|SEGUE
200
SAIR K H H _ ajuda
210
INDICE |
|SEGUE
N ls o n H ungria
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl
AJUDA INDICE I
Com entrios
ao
Cdigo P e n a l A rt . 289
|SEGUE
211
SAIR K H H _ ajuda
212
INDICE I
|SEGUE
N l s o h H ungria
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
C om entrios
ao
INDICE I
C dico P en a l A ht . 289
| SEGUE
213
10
O Comit designado pela Sociedade das Naes para relatar
o tem a em questo assim se m anifestou: A intensidade crescente
" das relaes econmicas entre as naes, acarretando um aumento
de trfico monetrio internacional, faz com que a moeda falsa
" no apenas ataque a ordem pblica do Estado em cujo territrio
a infrao foi cometida ou o crdito do Estado cuja moeda foi fa l
s i f i c a d a , seno tambm, simultaneamente, abala a f no instru mento de troca que a moeda representa, dificultando, assim, a
cooperao econmica internacional. N a realidade, os atos cons titutivos da moeda falsa se sucedem e se prolongam, muitas vzes,
nos territrios de Estados diversos. A utilizao dos bilhetes de
banco (p a p e l-m o e d a ), a facilidade de trocar moeda de um pais
em outros, as dificuldades que tem o pblico de se d ar conta da
autenticidade de um a m oeda estrangeira, so outros tantos m o tivos que tm dado aos delinqentes a audcia de am pliar seu raio
de ao, criando organizaes cujas ramificaes se estendem por
44diversos pases .
SAIR
214
K H H _
I
a jud a
INDICE |
| SEGUE
N lso m H u n g r ia
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
INDICE I
| SEGUE
215
SAIR
216
IMPRIMIR AJUDA
NDICE
VOLTA
SEGUE
N l s o n H u n g r ia
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
INDICE I
| SEGUE
217
SAIR
2 jg
K H H _
a jud a
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SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
C o m e n t r io s
ao
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C d ig o P e n a l A b t . 289
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220
K H H _
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N l s o n H ttn g h ia
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
C o m e n t r io s
ao
INDICE I
| SEGUE
C d ig o P e n a l A r t . 289
221
Delictum privilegiatuin .
No
2 . do art. 289,
15
J tem sido possvel im pingir a tabarus, a Imbecis, a crian
as, a bbados ou a cegos, como dinheiro bom, at mesmo cdulas
de reclame (cu ja emisso, alis, atualmente, contraveno a r
tigo 44 da Lei das Contravenes F e n a ls ).
SAIR
222
K H H _
a jud a
INDICE I
| SEGUE
N l s o n H u n g r ia
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
C o m e n t Ab io s
ao
INDICE I
C d ig o P e n a l A r t . 289
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22 4
K H H _
a jud a
INDICE |
| SEGUE
N l s o n H u n g r ia
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IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
C o m e n t r io s
ao
INDICE I
C d ig o P e n a i , A r t . 289
| SEGUE
225
SAIR
22 q
K H H _
a jud a
INDICE |
| SEGUE
N l s o n H u n g r ia
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
C o m e n t r io s
98.
ao
INDICE I
C d ig o P e n a l Ab t . 290
| SEGUE
22*
O art. 290
SAIR
"228
K H H _
a jud a
INDICE I
| SEGUE
N l s o n H tjnohia
ao F o i o processus e m p r e g a d o n o f a m o s o c a s o d a C a i x a d e
C o n v e rs o , o c o rrid o h a n o s n a C a p ita l d a R e p b lic a : f u n c io n
rio s d a c i t a d a C a ix a , s o n e g a n d o a r d ilo s a m e n te in c in e r a o c d u
la s d e s tin a d a s a t a l fim e J p lc o ta d a s , c o r ta v a m - n a s , fa z e n d o d e s a
p a r e c e r o p ic o te , e c o m o s f r a g m e n to s f o r m a v a m o u tr a s , p a r a , e m
s e g u id a , d e v o lv -la s c ir c u la o .
21 Baldessaeini (o b . c it ., p g . 195) e n t e n d e q u e , s a l v o o c a s o
d e guarda ( q u e e s t a r i a im pune) , n o s d e m a i s p o d e r i a s e r r e c o n h e c i d o
o c r i m e d e introduo de moeda falsa na circulao, m a s i m p o s t a
a m e s m a p e n a d o a r t . 290, o q u e n o s p a r e c e , d e t o d o e m t o d o , d a a rra z o a d o .
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
INDICE I
C o m e n t r io s ao C d ig o P e n a l Art, 291
| SEGUE
229
SAIR
230
K H H _
: -
a jud a
nlso n
INDICE |
| SEGUE
H u n g r ia
SAIR
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C o m e n t r io s
ao
INDICE I
C digo P e n a l A r t . 292
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nlso n
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Hungria
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IMPRIMIR AJUDA
NDICE
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N ls o n H u n gria
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IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
INDICE I
| SEGUE
CAPTULO IX
D A F A L S ID A D E D E T T U L O S E O U T R O S P A P IS P B L IC O S
Art. 293.
pbcos terando-os:
SAIR
K H H _
236
a jud a
INDICE |
| SEGUE
N ls o n Hungbia
2.
de falslfl-
cao
mil cruzeiros.
A ri. 294.
Se o agente funcionrio p
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
C om entrios
ao
INDICE I
C digo P en a l A rt . 293
| SEGUE
237
SAIR
238
IMPRIMIR AJUDA
NDICE
VOLTA
SEGUE
N ls o n H u n gria
SAIR
AJUDA
INDICE I
| SEGUE
C o m e n t r i o s ao C d ig o P e n a l Aht. 293
239
SAIR
240
K H H _
a jud a
INDICE I
| SEGUE
N x s o n H u n g r ia
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
INDICE I
| SEGUE
241
SAIR
K H H _
242
a jud a
INDICE I
| SEGUE
N ls o n H u n gria
103.
Uso de papis falsificados. Equiparado, quoad
pcenam, ao crime de falsificao dos j enumerados papis
pblicos o uso do produto da falsificao. o que se v
do 1. do art. 293. Seguindo, aqui, o exemplo da quase
totalidade dos Cdigos, o nosso absteve-se de casustica no
tocante s operaes de aquisio ou disposio ao objeto
falsificado, diversamente do que fz em relao moeda
faLsa ( 1. do art. 289). Limitou-se a falar em uso. ste,
porm, deve ser entendido na acepo ampla: ocorre no s
quando os papis falsos so aplicados ao fim a que se des
tinam os verdadeiros, como quando so objeto de qualquer
ato de aquisio ou disposio. Assim, parte a ao de
guardar, tdas as enumeradas no 1. do art. 289 esto
implcitas no pargrafo ora comentado. No merece ade
so um aresto do Supremo Tribunal Federal no sentido de
que no ilcito penal a venda de estampilhas falsas .
Quem vende estampilhas falsas est, incontestvelmente,
usando-as (servindo-se delas) como objeto de venda, do
mesmo modo que o funcionrio vendedor das autnticas e
intatas. No tocante guarda, porm, no foi a hiptese
contemplada: ou o guardador prometeu auxlio ante facturn
ao falsificador, e ser co-participe da falsificao, ou, caso
contrrio, responder a ttulo de receptao ou favorecim ento real. Fora da (como quando o guardador achou os
papis falsos, reconhecendo-os ou no, desde logo, como ta is ),
o fato ficar impune (entenda-se: enquanto permanecer o
estado de simples guarda) .
Acrca dos elementos material e subjetivo, valem as
mesmas consideraes, mutatis mutanis, expendidas a res
peito da moeda falsa. Tambm aqui, se a mesma pessoa
que, sucessivamente, falsifica (ou participa da falsificao)
e usa, apresenta-se unidade de crime (crime progressivo),,
aplicando-se uma s pena.
SAIR
MM
a ju d a
INDICE
C o m e n t r i o s a o C d ig o P e n a l
104,
SEGUE
A rt. 293
343
Ad
SAIR
K H H _
244
a jud a
INDICE |
| SEGUE
NLSON H u n g b i a
Forma qualificada.
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
INDICE I
| SEGUE
CAPTULO U I
D A F A L S ID A D E D O C U M E N T A L
Falsificao
A r. 296.
do slo ou
sinal p- terando-os:
bUco
falsificado;
I I quem utiliza indevidamente o slo ou
sinal verdadeiro em prejuzo de outrem ou em
proveito prprio ou alheio.
2?
ded ocu m en -
SAIR
K H H _
a jud a
INDICE |
| SEGUE
N ls o n H u n gria
246
a e docum en-
ticular verdadeiro:
Pena recluso, de um a cinco anos, e
multa, de quinhentos a oito mil cruzeiros.
M gic a
A rt'
im itir, em documento pblico
ou particular, declarao que dle devia constar,
ou nle inserir declarao falsa ou diversa da
que devia ser escrita, com o fim de prejudicar
direito, criar obrigao ou alterar a verdade s-
Se o agente funcionrio
Bi^mento
300.
Reconhecer, como verdadeira,
de flm a ou no exerccio de funo pblica, firma ou letra que
o nao seja:
AJUDA
SAIR
INDICE I
| SEGUE
Pena
247
'ascT
c*a
f
de slo ou pea filatlica que tenha valor para coleo, salvo
^tiica^
SAIR
K H H _
248
a jud a
INDICE I
| SEGUE
N ls o n H u n g r ia
Na
mesma
pena incorre
faiBo
A rf. 304.
Sapress&o
Ari. 305.
467 a 493;
suo, arts. 251 a 255; francs, arts. 139, 141, 143 a 150, 153 e 159 a
161; portugus, arts. 215 a 224, 228, 231 e 232; noruegus, 5 368 e
179 a 190; alemo, S 267 a 274, 277 e 278; russo, art. 170; dina
marqus, arts. 171 a 178; holands, arts. 225 a 229; belga, arts. 179,
193 e 194; polons, arts. 183 e 187 a 194; iugoslavo, arts. 306 a 309 e
319; japons, 5 164 e 154 a 161; argentino, 288, 1., 292 a 298; bo
liviano, arts. 291, 296 e 302 a 306; colombiano, arts. 225 e 231 a 246;
costarriquense, arts. 421, 1 , e 426 a 433; cubano, arts. 344 a 346 e
365 a 379; chileno, arts. 180 e 193 a 205; dominicano, arts. 139 e 145
a 156; equatoriano, arts. 307 e 312 a 328; haitiano, arts. 101, 103 e
107 a 124; hondurense, arts. 271 e 302 a 316; mexicano, arts. 241, I,
e 243 a 246; nicaragense, arts. 309 e 322 a 335; panam enho, arti
gos 223 e 232 a 247; paraguaio, arts. 214, 215 e 229 a 243; peruano,
arts. 364 a 368; prto-riquenho, arts. 413 a 419; salvatoriano, a rti
gos 201 a 203 e 229 a 244; uruguaio, arts. 236 a 246; venezuelano,
arts. 306 e 317 a 334.
AJUDA
C o m e n t r i o s a o C d ig o P e n a l A rts. 2 9 6 a 3 0 S
249
nel iritto penale, 1936; M irto (P .), II delitto di falsit in atti, 1933;
C a rn elu tti, Teoria dei falso, 1935; Documento, in Nuovo Digesto
Italiano, vol. V ; G rassi, Origine e sviluppo historico dei sigillo. Si
gillo dello Stato. Violazione dei sigillo', in Enciclopdia Ciuridica,
X V , 1917; Manci, II dolo nel delitto di falsit in atti, in Scuola
Positiva, 1927; Escobedo, "T ru ffe e falso in atto pubblico e privatto,
te Giustizia Penale, I; D e Mabsico, I I dolo nei reati di falsit in atti,
1937.
C O M E N T R IO
SAIR K H H _ ajuda
"250
INDICE |
|SEGUE
N lson H ungria
2T Ob. cit., pg. 740: rkunen slnd aher nicht nur Schrifstcke, sondem auh anere Gegenstane, dte durch W orte oder
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl
Com entm os
ao
AJUDA INDICE I
|SEGUE
305
251
(Tonbaner, S ch allplatten)".
pg. 305)
disserta:
SAIR K H H _ ajuda
252
INDICE |
|SEGUE
N lso n H ungria
quale
come
ri
ao-
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl
C om entrios
AJUDA INDICE I
ao
|SEGUE
a
305
253
SAIR K H H _ ajuda
254
INDICE |
|SEGUE
N lso n H ungr ia
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl
C om entrios
AJUDA INDICE I
ao
|SEGUE
a
305
255-
SAIR K H H _ ajuda
256
INDICE I
|SEGUE
N l s o n H u n gria
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl
AJUDA INDICE I
|SEGUE
257
SAIR K H H _ ajuda
258
INDICE |
|SEGUE
N lso n H u ngr ia
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl
AJUDA INDICE I
C om entrios
ao
|SEGUE
253
SAIR K H H _ ajuda
260
INDICE |
|SEGUE
N lson H ungria
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl
AJUDA INDICE I
C o m e n t r io s
ao
C d ic o P e n a l A r t . 297
|SEGUE
261
SAIR K H H _ ajuda
202
INDICE I
|SEGUE
N lso n Hungria
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl
AJUDA INDICE I
C o m e n t r io s
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Cdigo P e n a l A r t . 297
|SEGUE
2fl3
SAIR K H H _ ajuda
284
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N lso n H ungr ia
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IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
C o m e n t r io s
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INDICE I
C d ig o P e n a l A r t . 2 9 7
| SEGUE
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K H H _
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INDICE |
| SEGUE
N l s o n H u n g r ia
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
INDICE I
C o m e n t r i o s a o C d ig o P e n a l
A r t . 298
| SEGUE
267
32
SAIR
268
K H H _
a jud a
INDICE I
| SEGUE
NLSON H u n g r i a
*4
A r e c u s a de s e m e lh a n a o n t o l g ic a e n t r e o falsum p r i v a d o
e o falsum p b lic o r e m o n t a a C a e r a r a , q u e i a a o e x t r e m o
de tra s
l a d a r o p r im e ir o p a r a a c la s s e d o s c r im e s p a t r im o n ia is , e n t e n d e n d o
q u e s m e n t e o s e g u n d o e r a le s iv o d a f p b li c a .
35 Defendendo tal soluo no Cdigo de 1889, dissertava Z a n a r N o falsum pblico, o uso no deve constituir um elemento
d e lli:
essencial do crime, pois a falsidade m aterial ou m oral do documen to pblico , por si mesma, um a leso da confiana qua os cida dos depositam no cargo ou qualidade do oficial p blico. T a l
confiana fica abalada to logo se conhea que o oficial pblico
h a ja trado os prprios deveres, ou que um particular h a ja rcve lado, usurpando a qualidade de um oficial pblico, a vontade de
m ascarar um a fraude. A o contrrio, a falsidade em documento
particular no pode, por si, prejudicar a confiana pblica, pois
ningum obrigado a crer n a verdade dos documentos que em a n am dos particulares. P a ra que a f pblica seja afetada, cumpre
" q u e seja conculcada a presuno de verdade atribuda em gerai
" aos documentos particulares que se produzem em juzo ou de que,
de outro modo, se faz uso . Ora, o documento particular tem
prestigio probante ou faz presumir, onec probetur contrariam, a
verdade do ato ou fato que nle se consigna ou atesta (o nosso C
digo Civil, art. 131, dispe, de modo genrico, que "a s declaraes
constantes de documentos assinados presum em -se verdadeiras em
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
C o m e n t r io s
ao
INDICE I
C d ig o P e n a l A r t . 298
| SEGUE
269
SAIR
270
K H H _
a jud a
INDICE I
| SEGUE
N l s o n H u n g r ia
toe cadre pas avec celui suivi Vart. 177 concem ant les titres authentiques (pblicos). Lt le faux en lui-mme est
puni, indpendamment de tou t usage, et si juste et ncessaire que sait cette incrim ination, elle nest gure comprehensible si, pour le faux en critures prives, on ne punit que
lorsqu y a eu aussi usage de faux. Car le danger de la fabrication sevXe est exactement le mme, quil sagisse de
titres privs ou de titres authentiques. On ne peut donc, selon moi, pour justifier la diffrence de systme entre les
arts, 176 et 177} faire valoir quun seul argum ent: la majest
de VEtat, la foi publique lese quand le faussaire, sattaquant
un titre authentique, contrefait les sceaux officiels et les
signatures des fonctionnaires publics ou des officiers ministriels. Sans oute, cet argum ent nest pas sans porte, il justifie Vapplication par le juge dune peine plus eleve lorsquHl
sagit 3un faux dans les titres authentiques, tou t au moins
pour certaines dentre ces titres. II ne justifie pas une conception totalem ent diffrente des deux lits dans la loi
(P rotokoll der 2ten. Expertenkommission, IV, pgs. 237-238).
Thobmann, por sua vez, assim se pronunciou (loc. cit., p
gina 239): Segundo o projeto, basta, para a falsificao do
documento pblico, o dolo genrico, enquanto para o falf sum particular exige-se ainda o fim de prejudicar o pa
trimnio ou outro direito alheio (dolo especfico). Tal di
ferena no se justifica. Percebe-se, em tal soluo, apenas
um residuum da. noo do estelionato. Cumpre, porm,
tt n_o abstrair a flsdade documental na pureza da sua no o, que a mesma, quer se trate de documento pblico,
quer de documento particular . 37
O legislador ptrio, para decidir como decidiu, in subjecta matria, tinha a sugesto de nossa prpria tradio,
interrompida, certo, pelo primeiro Cdigo republicano, mas
37
N o projeto definitivo do atual Cd. Penal suo, veio a p re
valecer a proposta de S tuder : incriminao d a falsidade documental
em si mesma, m as especialmente agravada a pena, quando o objeto
d a falsidade seja documento pblico.
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
INDICE I
C o m e n t r i o s a o C d ig o P e n a l A r t . 299
| SEGUE
271
SAIR
272
K H H _
a jud a
INDICE |
| SEGUE
N ls o n H u n g ria
38
P a ra constatar a falsidade m aterial, pode o juiz determinar
o exame pericial (grafolgico), mas, se o documento falsificado,
isto , o corpo de delito, trazido para dentro dos autos, pode ser
dispensado o dito exame, se a falsidade resulta de outras provas
(confisso do ru, testemunhas, etc.), no se devendo confundir
corpo de delito com exame de corpo de delito .
SAIR
AJUDA
C o m e n t r io s
ao
INDICE I
C d ig o P e n a l A r t . 209
| SEGUE
273
N . H . 18
SAIR
274
K H H _
a jud a
INDICE |
| SEGUE
NLSOH HTJNdRIA
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
INDICE I
COMENTRIOS AO CDIGO
| SEGUE
275
39
seguinte
SAIR
K H H _
2?<J
a jud a
INDICE I
| SEGUE
N l s o n H u k g r ia
incoerncia, com o
nao da falsidade
e Gautieh e outros
minar, a ttulo de
pblica), as falsas
SAIR
AJUDA
INDICE I
C o m e n t r i o s a o C d ig o P e n a i -
Akt.
| SEGUE
299
377
SAIR
279
K H H _
a jud a
INDICE I
| SEGUE
N Ls n HtJNORia
SAIR
INDICE I
| SEGUE
279
SAIR
280
K H H _
a jud a
INDICE |
| SEGUE
N lso n H u n gr ia
SAIR
Com entrios
ao
INDICE I
C digo P en a l A rt .
| SEGUE
299
281
SAIR
283-
BBB
a jud a
INDICE |
| SEGUE
N lso n H ungria
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
INDICE I
| SEGUE
3SS.
SAIR
K H H _
284
a jud a
INDICE |
| SEGUE
N lson H ungr ia
Agravantes especiais.
40
lidade
e nome.
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
INDICE I
| SEGUE
285
SAIR
288:
K H H _
a jud a
INDICE |
| SEGUE
NLSON HtfORIA
SAIR
AJUDA
INDICE I
| SEGUE
287
SAIR
K H H _
a jud a
C om entrios
ao
INDICE I
C digo P en a l A rt . 299
| SEGUE
289
N. H . 18
SAIR
AJUDA
C om entrios
ao
INDICE I
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| SEGUE
289
N. IL 19
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,
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N l s o n H ttn g r ia
A firm a pode consistir na assinatura do nome todo (prenome e sobrenomes), ou apenas de algum sobrenome (p re
cedido ou nfin de iniciais correspondentes ao prenome ou
outro sobrenome), ou mesmo de pseudnimo ou apeLdo notriamente usado pelo redator ou autor.
O crime se consuma com o remate da atestao (fr
mula do reconhecimento), independentemente da devoluo
do documento ao apresentante.
Coerente com o seu sistema, tambm aqui o Cdigo dis
tingue, para diverso tratamento penal, entre o documento
pblico e o particular. Se o reconhecimento fr relativo a
documento para fins eleitorais, o crime passa a ser o do ar
tigo 175, 9, do Cd. Eleitoral.
120.
Certido ou atestado ideologicamente falso. Tam
bm modalidade de falsidade ideolgica, mas considerada de
menor gravidade, a incriminada no art. 301: Atestar ou
certificar falsamente, no exerccio de funo pblica, fato
ou circunstncia que habilite algum a obter cargo pblico,
iseno de nus ou de servio de carter pblico, ou qual
q u e r outra vantagem: Pena deteno, de dois meses a
um ano . O fato ou circunstncia que se atesta ou certifica
deve ser inerente ou atinente d pessoa a quem se destina o
atestado ou certido e condicionante da obteno de um be
nefcio de ordem ou carter pblico. A clusula final ou
qualquer outra vantagem deve ser interpretada tendo-se em
vista a exemplificao das clusulas anteriores. Por desatender a ste raciocnio que B a l d e s s a r i n i (ob. c it., pg. 250)
exemplifica como enquadrada no art. 301 a falsa certido de
um escrivo, in actis, de que haja transitado em res judicata
determinada sentena, possibilitando a expedio de um al
var de soltura ou um precatrio de pagamento (quando, em
tal caso, o que se apresenta , ineontestvelmente, falsidade
ideolgica no seu tipo fundam ental). Constitui o crime em
questo, in exemplis: o atestar boa conduta de algum para
que possa ser candidato a cargo pblico; o atestar a indigncia de outrem para obter o patrocnio do Ministrio P-
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ao
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N ls o n H u n gria
que, no Projeto do novo Cd. Penal brasileiro, seja inclu do claro dispositivo punindo aqule que adulterar, falsificar
ou negociar com selos ou peas filatlicas falsas, ressalvan do-se os casos de venda ou troca em que a falsificao es tiver expressamente anotada de forma clara e visvel, ou na
face ou no verso do prprio slo ou pea . Como se percebe,
o texto do art. 303 e seu parg. nico , com a sintaxe re
tificada, puro reflexo da sugesto acima transcrita. Assim,
o slo de correio, ainda quando postvelmente imprestvel,
por j haver servido ao seu fim ou por j ter sido psto fora
de circulao, continua a ser protegido contra a falsidade,
desde que tenha valor para coleo. Alm do slo prpriamente dito (estampilha ou estampa avulsa ou fixa, desti
nada franquia p ostal), tambm protegida a pea filatlica,
isto , a que se destina exclusivamente coleo ou s tem
valia para tal fim, como sejam: os blocos, folhas ou carimbos
comemorativos, as provas ou ensaios , etc. Incidem sob
a tutela penal os prprios selos no oficiais, mas oficializados,
como os que foram permitidos, durante certo tempo, s eraprsas concessionrias do transporte areo da correspondncia.
Duas so as formas de execuo material do crime: a
reproduo e a alterao, A primeira a contrafao total;
a segunda, a contrafao parcial ou adulterao (ex.: mu
dana artificial da data ou da cr do slo), para fingir maior
raridade e, portanto, inculcar maior valor. H que atender,
porm, ressalva da lei: deixar de se apresentar o crime,
se a reproduo ou alterao consignada expressamente no
anverso ou verso do slo ou pea filatlica.
O momento consumativo do crime o da acabada re
produo ou alterao, e o elemento subjetivo o dolo gen
rico (vontade livremente dirigida para a ao e resultado
menc.onados na l e i ) . A posse do slo ou pea falsificado, por
parte de quem no foi o falsificador, no constitui crime, se
inexiste uso com a inteno de revenda ou troca lucrativa,
isto , fim de comrcio. Se o prprio falsificador quem
negocia com o slo ou pea, s haver um crime (crime
progressivo).
SAIR
C o m e n t r io s
ao
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C digo P e n a l A r t . 304
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125.
Uso de documento falso. No menos criminoso que
& falsificao documental, material ou ideolgica, o uso
do documento falso. com o uso que o documento falso vai
exercer a funo malfica a que destinado. O nosso C
digo Penal submete mesma pena o falsificador e o usurio.
o que se v do art. 304: Fazer uso de qualquer dos papis
falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297
a 302: Pena a cominada falsificao ou alterao .
Fazer uso de um documento falso faz-lo ou tentar faz-lo
passar como autntico ou verdico. Por outras palavras:
o emprgo ou tentativa de emprgo de tal documento como
atestado ou meio probatrio (aparentemente informado de
coao jurdica) do fato Juridicamente relevante a que se
refere. preciso que o documento saia da esfera pessoal
do agente, iniciando-se uma relao qualquer com outra pes
soa, de modo a determinar efeitos jurdicos ( M a n z i n i ) . Eis
o lmpido ensinamento de Gahkaud (ob. cit., pg. 282):
*L usage r s u lte ... de Vemploi de tous les moyens par lesquels ou peut tirer parti dun document fabrique ou falsifi,
soit en le divulguant, soit en le produisant en justice. En
un m ot, Vusage ces 1application de 1acte 1emploi auquel
il est destin. Les proceds dusage varient donc daprs la
nature des actes comme daprs le but que se propose le faussaire. Ils sont tellem ent divers que la loi ne pouvait ssayer
de les numrer. I I suffit, en effet, pour constituer Vusage
fncrim in, que le dtenteur dune pice fausse Vait fait sortir,
en connaissance de cause, par un acte extrieur quelconque,
de son tat occulte et inerte, en vu de rsultat final quelle
est destine produire .
O uso pode ser judicial ou extrajudicial, in exemplis:
instruir com o documento falso uma petio inicial levada
a despacho, seja para a propositura de uma ao, seja para
o fim de notificao, de interpelao, de uma medida
preventiva, etc.; junt-lo a um inventrio, a uma habilitao
de casamento, etc.; apresent-lo a resgate, a protesto, a des
conto, a depsito, para reconhecimento de letra ou firma,
para registro, para cauo; exibi-lo para qualquer fim a uma
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| SEGUE
N lson H ungr ia
"
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C dico P e n a l A r t . 305
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| SEGUE
NLSON H ungr ia
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| SEGUE
301
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| SEGUE
CAPTULO IV
D E O U T R A S F A LS ID A D E S
Falslflcafto
de sinal em
pregado no
contraste de
metal pre
cioso on na
fiscalizao
alfandeg
ria, on par
ra outros
fins
Art. 306.
tidade
Art. 307.
SAIR
C o ie n t Ak io s
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C digo P e n a i , A e t s . 300
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anos, e multa, de quinhentos a cinco mil cruzeiros, se o fato no constitui elemento de crime
mais grave.
Frnnde de
lei bre
estran
geiro
Art. 309.
cm p re ju zo
Art. 311.
B IB L IO G R A F IA A de car&ter geral
citada.
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INDICE |
|SEGUE
N ls o n H u n gria
C O M E N T R IO
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AJUDA INDICE I
Comentrios
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AJUDA INDICE I
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SAIR K H H _ ajuda
INDICE |
|SEGUE
N ls o n Huitohia
308
130.
131.
Correspondente
mente a esta rubrica, so incriminados, respectivamente noa
arts. 309 e 310, o usar o estrangeiro, para entrar ou per
manecer no territrio nacional, nome que no o seu
(pena: deteno, de um a trs anos, e multa, de dois mil
a cinco mil cruzeiros) e o atribuir a estrangeiro falsa qua
lidade, para promover-lhe a entrada em territrio nacional
(pena: recluso, de um a quatro anos, e multa, de dois mil
a cinco mil cruzeiros). Compreende-se a ilicitude penal na
espcie: a substituio ou mudana de nome do estrangeiro
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AJUDA INDICE I
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TTULO X I
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(corruo
a t iv a ).
Diversamente de certas legislaes aliengenas, o nosso
Cdigo no consagrou um ttu lo autnomo aos crimes con
tra a administrao da justia , considerando-os mera subclasse dos crimes contra a administrao pblica, o que
revela a amplitude do conceito que a esta atribuiu. No h,
porm, confundir, como fazia o Cdigo de 1890, os crimes
de particulares contra a administrao pblica e os atenta
dos contra a segurana interna do Estado (rebelio, sedio,
conspirao, e tc .). stes ltimos, atualmente previstos pela
Lei de Segurana Nacional (lei n. 1.802, de 5-1-1953), afe
tam a ordem poltico-social interna, ou, seja, a atuao do
regime poltico-social adotado pela Constituio (os alemes
falam, aqui, em Rechtsstaat), e no o Estado servindo prticamente aos interesses coletivos ou fins governamentais
in concreto ( Verwaltungsstaat, administrao p b lica). O
Cdigo revogado ressentia-se, anacrnicamente, da excessiva
latitude que outrora se imprimia aos denominados crimes
de lesa majestade . Criticando tal critrio no tocante, por
exemplo, ao crime de resistncia , que le inclua, junta
mente com os crimes de desacato , desobedincia e ti
rada ou fuga de presos , entre os crimes contra a segurana
do regime poltico, dizamos ns ( Compndio de Direito Pe
nal, 1936, p. e., I, pg. 133): A nossa lei penal classifica
esta entidade delituosa entre os crimes contra a segurana
interna da Repblica. um critrio imprprio, ressentin
do-se, ainda, da antiga noo do crime em exame como uma
modalidade de rebeldia contra o Prncipe (Estado), o que
B o n f i n o (apud C a k s a e a ) justamente j corrigia: P ro veritate sciatur, non omnem offendentem officiales Principis vel
ei resistentem, incidere in rebellionis poenam, sed tantum modo quando ei resistit in concernentibus statum, ac prosperitatem Im perii: quia non propter Principem et ejus status
rebellat, sed propter ejus officialem . No passa hoje de
uma triste lembrana a Indefinida latitude que outrora se
emprestava ao famigerado crim en lesae majestatis. Somente
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AJUDA INDICE I
TT LO X I
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C d ig o P e n a l - T
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t u l o
321
x i
e 106.
10 I poteri disciplinari delle pubbUche am m inistrazloni, ex
trado da Giursprudenza Italiana, 1898.
11 L a difesa giurisdizionaie dei diritti dei cittadini', in Trat
tato de O r l a n d o , I I I .
12 II potere disciplinare sugli impiegati pubblic, 1913.
13 " I pubblici uffici e Ia gerarehia am m inistrativa, in Trat
ta to de O rla n d o , I .
.
. si
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IMPRIMIR AJUDA
NDICE
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SEGUE
N l s o n H u n g r ia
SAIR
IMPRIMIR AJUDA
NDICE
VOLTA
C o m e n t r i o s a o C d ig o P e n a l T t u l o x i
SEGUE
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SAIR
IMPRIMIR AJUDA
NDICE
VOLTA
SEGUE
CAPTULO I
DOS C R IM E S P R A T IC A D O S P O R F U N C IO N R IO
CONTRA A
ffecniat
A D M IN IS T R A A O E M
P B L IC O
GERAL
Apropriar-se o funcionrio pv
Art. 312.
2 .
culposo
A ri. 313.
Apropriar-se de dinheiro ou
SAIR
C o m e n t r io s
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C d ig o P
Fezia
INDICE I
enal
A r t s . 312
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a
327
u
docnmento
Art. 314.
E m p rg o ir.
r e g u la r
dc
v e r b a s on
ren d as p
b li c a s
Art. 315.
Concusso
A r t 316.
IP
Art. 317.
SAIR
ttUMld
a ju d a
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| SEGUE
N l s o n H u n g r ia
326
nho
Art. 318.
Prevari-
Art. 319.
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INDICE I
| SEGUE
A r. 321.
Advocacia
aaminls-
trattva
Patrocinar,
327
direta ou indireta-
Se o intersse ilegtimo:
A ri. 322.
arbitrria
Praticar violncia,
no exerccio
Abandono
de funo
Abandonar
Art. 325.
sigilo fuiv
cionai
em razo do cargo e que deva permanecer em se
sm^
m p r im ir
W J P J T jlT lN D T c l^ ^ ^ r s G E
328
N l s o n H u n g r ia
concor-'
renda
Art. 326.
'
t*
^f
enseJ e devassa-lo:
Pena deteno, de trs meses a um ano,
e multa, de mil a cinco mil cruzeiros.
^ ? o ri0
327.
Considera-se funcionrio pbli
co, para os efeitos penais, quem, embora transi
toriamente ou sem remunerao, exerce cargo,
emprgo ou funo pblica.
Parg. nico.
Equipara-se a funcionrio
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INDICE I
| SEGUE
C o m e n t r i o s a o C d ig o P e n a l A r t s , 312 a 3 2 7
329
1935; C l e r c
( F . ) , Coe
1923; E u sebio
G m e z , Tratado
O r l a n d i n i , La prevarica-
de derecho
penal, 5, 1941;
T e ix e ir a , Crimes
1954; R a n ie ri,
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330
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a jud a
N lso h H
INDICE |
| SEGUE
u h g r ia
PECULATO
134.
Histrico. O crime de peculato tem a sua ntida
gnese histrica no direito romano. subtrao de coisas
pertencentes ao Estado chamava-se peculatus ou depeculatus,
sendo ste nomen juris oriundo do tempo anterior intro
duo da moeda, quando os bois e carneiros (pecus), desti
nados aos sacrifcios, constituam a riqueza pblica por ex
celncia. o que j explicava Chemasti: Dietus autem
peculatus a pecore quia a pecore in quo veterum opes consistebat, et in quo rom ani tributa et multas pendebat, fraudis
in itiu m fu it . Com o peculatus era identificado o sacregium,
isto , o furto de coisas pertencentes ou consagradas aos
deuses, sendo certo que, como adverte M o m m s e n , as res
sacrae e as res publicae no se diferenavam juridicamente.
Ao considerar-se o peculatus como crime autnomo, no se
tinha em ateno, porm, a qualidade do agente (que tanto
podia ser funcionrio pblico como particular), seno apenas
a qualidade de pblica, religiosa ou sacra da coisa mvel
desviada ou subtrada. A noo do crime abrangia no s
o furto em sentido prprio, como a apropriao indbita,
notadamente no caso de quem, tendo recebido dinheiro do
aerarium pblico para certo fim, no restitusse, ao cabo de
um ano aps a tomada de contas, o que tivesse sobrado
( pecuniae residuae), So stes, na espcie, os textos de maior
relvo: Lege Julia peculatus cavetur, ne quis ex pecunia
sacra, religiosa, publicave auferat, neve intercipiat: neve
in rem suam vertat; neve faciat, quo quis auferat, intercipiat,
vel in rem suam vertat, nisi cui utique lege lice b it: neve
quis in aurum, argentum, aes publicum quid inet: neve immisceat, neve, quod quid inatur, immisceatur, faciat sciens
dolo maio, quod i pejus fia t ( U l p i a n o ) : Pela lei Jlia
SAIR
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* peculatus se acautela contra quem subtraia, desvie ou con verta em proveito prprio, ou faa com que outrem subtraia,
desvie ou converta em seu proveito, o dinheiro perten" cente s coisas sagradas, religiosas ou pblicas, a no ser
que a lei o permita; ou contra quem misture outro metal
na moeda pblica de ouro ou prata, ou dolosamente a de fraude, ou faa com que outrem assim proceda ) ; Lege
Julia de residuis tenetur, qui publicam pecuniam elegatam
in usum aliquem retinuit, neque in eum cojisumpsit ( P a u l o ) :
Pela lei Jlia de residuis se responsabiliza aqule que re tm o dinheiro pblico destinado a algum fim, deixando de
lhe dar tal destino ) ; Lege Julia de residuis tenetur is, quod
quem, ex locatione, emptione, alimentaria ratione, ex pecunia
quam accepit, aliave causa pecunia publica resedit. Sed et
qu i publicam pecuniam in usu aliquo acceptam retinuerit,
nec erogaverit, hac lege tenetur ( M a r c i a n o ) : Pela lei Jlia
de residuis responde aqule que retm dinheiro pblico,
"recebido pelo arrendamento, venda, alimentos, ou qualquer
outra causa. Aqule que recebe dinheiro pblico para algum
uso, e no o empregue neste, por esta lei responder ) .
A pena aplicvel ao peculato era a interdictio aquae et ignis
ou o trabalho nas minas (ad m etalla), quando no a pena
capital, como acontecia ao tempo dos imperadores, no to
cante aos judices qui tempore aministrationis publicas pe~
cunias subtraxerunt .
O rigor repressivo passou ao direito intermdio ou es
tatutrio. O Estatuto de Florena, por exemplo, ao que re
corda G a v a z z i , ia ao extremo de prescrever que quem fugisse
com o dinheiro pblico devia ser amarrado cauda de um
burro e arrastado pela cidade usque ad locum Justitiae, et
ibidem pro dimidia persona plantetur, pro alia dimidia comburatur ( ! ) . de notar-se que um Cdigo modemssimo
o sovitico comina em caso de peculato, quando pra
ticado em razo de especiais poderes plenos ou se refira a
valores estatais particularmente importantes , as penas de
fuzilamento e confisco de bens (art. 115, 2.a a l. ).
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SSfr
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i*
N o divergem
a tal respeito os
Assim,
F kank (ob. cit., pg. 555): . . . n amtlicher Eigenschaft em pfangenes Geld, trotz seiyier Vertrebarkeit, niemals in as Eigentum des
Beam ten bergeht und daher niemals zu eigenen Zwecken verwendet
weren arf" (O dinheiro recebido pelo funcionrio como tal,
apesar da sua fungibilidade, no passa jam ais propriedade dle
e, portanto, jam ais pode ser aplicado em sua prpria utilidade) .
Entre os modernos, Niethammer (ob. cit-, pg. 424): . . . d i e V e r trbarkeit der Gelder durch ie Eigenart des Beamtenverhdltnisses
fr ie in amtlicher Eigenschaft empfangenen oder verwahrten G e l der regelmassig ausgeschlossen wir ( V ia de regra, excluda a
fungibilidade do dinheiro recebido ou guardado pelo funcionrio em
carter oficial, dada a especial natureza das relaes adm inistrativo-funcionais) .
16 o que justamente acentua M aurach (ob. cit., pg. 574):
" . . . auch bei sofortiger Ersatzbereltschaft und Ersatzfhgkeit des
Beamten, desgleichen bei liquider Aufrechnungsmogchkeit bleibt
der Vnrechtsgehalt der Tat infolge Zioeckgebunenheit er Gelder
bestehen" ( mesmo no caso de capacidade de restituio imediata
de outro tanto pelo funcionrio, e ainda que se apresente lquida
compensabilidade, subsistir o carter Ilcito do fato, em virtude
da vinculao finalstica do dinheiro em questo) . J opinamos
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que pode haver fumaa sem fogo, ou sombra sem corpo que
& projete, ou telhado sem paredes ou esteios de sustentao .
S t e f a n o R i c c i o , o mais recente autor italiano a ocupar-se
ex professo do tema, reafirma que a consumao do peculato
ocorre nal momento e nel luogo, in cui nel fatto criminoso
si trovano riu n iti tu tti gli elementi essenziale che lo sostaneiano e, cio, nel momento e nel luogo in cui si attua la appropriazione o la distrazione (ob. cit., pg. 188).
O elemento subjetivo, no tocante ao peculato-apropriao, o dolo genrico: vontade livre e conscientemente di
rigida apropriao do dinheiro, valor ou qualquer outro
bem mvel, de que se tem a posse em razo do cargo. Basta
& vontade referida apropriao, sendo que esta pressupe,
conceitualmente, o antmus rem si&i habeni (ou, seja, a
inteno definitiva de no restituir a res) e a obteno de
proveito (prprio ou a lh eio ). J no caso de peculato-desvio,
necessrio, alm do dolo genrico (vontade consciente e
livre de empregar a coisa em fim diverso daquele a que era
destinada), o dolo especfico: inteno de proveito prprio ou
de outrem (embora excludo o animus rem sibi habendi). No
h peculato-desvio se o agente muda o destino da coisa em
proveito da prpria administrao (ex.: a verba destinada
-construo de uma escola rural empregada na construo
de calamento da rua em que mora o agente). Em tal caso,
o crime que poder configurar-se o de emprgo irregular
de verbas (art. 315).
O ttulo de peculato pode concorrer com o de falsidade
m aterial ou ideolgica (o almoxarife de uma repartio pfclica forjica recibos de credores imaginrios, para disfarar
O dficit; o agente do correio preenche falsamente um vale
postal em seu favor e vai resgat-lo na agncia contra a
qual expedido).
Ainda quando se trate de verba secreta , no fica ex
cludo o peculato, desde que se prove apropriao ou desvio
ilegal dela por parte do responsvel. O art. 904 do dec. n
mero 15.783, de 1922, dispe: As despesas secretas com di^ligncias policiais, feitas pela tesouraria da Polcia da
SAIR
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136.
Peculato-furto. O 1. do art. 312, compreendido
na rbita do peculato, manda aplicar a mesma pena a ste
cominada ao funcionrio pblico que, embora no tendo
a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre
para que seja subtrado, em proveito prprio ou alheio,
valendo-se da facilidade que lhe proporciona a qualidade
de funcionrio . Apresenta-se, aqui, o peculato, j no
mais sob a forma de apropriao indbita, mas sob a de
fu rto: o agente no tem a posse da res mobilis (pblica ou
particular) em razo do cargo, mas a sua condio de fun
cionrio pblico lhe enseja situao favorvel para a sub
trao dela. A facilidade, a que se refere o texto legal,
qualquer circunstncia de fato propcia prtica do crime,
notadamente o fcil ingresso ou acesso repartio ou local
onde se achava a coisa subtrada. A condio de funcion
rio, na espcie, no causa, mas ocasio para o crime
(ex.: um funcionrio postal subtrai os valores registrados
que, embora no confiados sua guarda, estavam sbre a
mesa de um seu colega de seo). Duas so as hipteses
previstas na lei: na primeira, o funcionrio o executor di
reto da subtrao; na segunda, concorre, conscientemente,
para a subtrao por outrem (e x .: o servente da delegacia
fiscal, incumbido de fechar o edifcio, deixa apenas cerrada
uma das portas, por onde tiveram ingresso os ladres, com
os quais se achava conluiado). Nesta segunda hiptese, o
que se identifica uma aplicao particular da regra sbre o
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Pereira ( l . a fase, art. 424) e Alcntara (art. 151, 1.) O que se chama peculato culposo no outra coisa que o
concurso no intencional, mas por imprudncia, negligncia
ou inpcia, prestado subtrao, por outrem ( intraneus ou
extraneus), de dinheiro, valor ou qualquer outro bem mvel
pertencente ao Estado ou sob sua guarda. Como no pos
svel participao culposa em crime doloso, a hiptese no
pode ser disciplinada pelos arts. 25 e 26, de modo que, en
quanto o funcionrio desatento, inconsiderado ou inepto
responde por peculato culposo, os demais respondero pelo
ttulo que couber: peculato prprio, peculato-furto, furto,
roubo. Suponha-se o seguinte: o funcionrio encarregado
da direo e vigilncia de uma construo pblica, d lugar,
por sua desdia, subtrao de materiais. Se quem subtrai
outro funcionrio com facilidade de acesso obra (em
razo dessa qualidade), incidir no 1. do art. 312; se, ao
contrrio, um operrio contratado a hoc, responder por
furto qualificado (art. 155, 4., I I ) ; se completamente es
tranho obra, ser ru de furto simples.
Ao que reza o 3. do art. 312, no caso de peculato
culposo, a reparao do dano, se precede sentena irrecorrvel, extingue a punibilidade; se lhe posterior, reduz de
metade a pena imposta . Excepcionalmente, a reparao
do dano (que, via de regra, simples atenuante) funciona,
aqui, como causa de extino total ou parcial de punibili
dade (j includa na casustica do art. 108). A lei n. 2.110,
de 1909, declarava excludo o prprio peculato doloso, se
antes o julgam ento fsee "integralmente ressarcido o pre
juzo, mediante restituio ou pagamento da coisa subtrada
ou distrada . O dec. n, 4.780, de 1923, porm, veio a re
pudiar semelhante critrio, o mesmo fazendo o Cdigo de 40,
que smente condescende na hiptese de peculato culposo.
Do peculato doloso que se pode dizer que no apenas um
crime contra o patrimnio do Estado, mas, principalmente,
uma traio funo pblica. A ratio da sua incriminao
no desaparece com o ressarcimento ulterior do dano eco
nmico. Ademais, por que motivo a reparao do dano ha-
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Suponha-se que um soldado de polcia, irrogando-se qua
lidade p ara receber, ex auctoritate prpria, coisa achada por ou
trem, e induzindo a engano o achador, obtm a entrega da res
inventa, de que se apropria: o crime a identificar o de estelionato.
Figure-se, agora, o seguinte caso: o funcionrio, encarregado,
ratione officii, de um pagamento, entrega ao credor, que, por rro,
deixa de reclamar, quantia inferior devida, apropriando-se da
restante. O crime ser o de peculato no seu tipo fundam ental,
posto que, enquanto no efetivamente transferido ao credor, o di
nheiro continuava sendo do Estado.
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29 A fonte do art. 314 o art. 200 do Cdigo holands, que a s slm dispe: "Celu qui, avec ntention, truit, endommage, m et hors
<Pusage ou fait disparaitre... des actes, es documents ou e regis
tres, conservs perptuellement ou temporairement par Vordre e
ifautorit publique, on mis entre les mains un Jonetlonnaire...
ans 1intert du service public, est puni, etc. Tam bm o Cdigo
argentino, art. 255, se refere a registros o documentos confiados a
Io custodia e un funcionrio pblico en el inters dei servcio p
blico .
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cialmente no crime de concusso no rigor mesmo da eti mologia da palavra. Esta disposio honra o Cdigo do
Brasil . J aqui, no indevido o tributo ou emolumento
cobrado, ma indevido o meio empregado para a cobrana.
Meio vexatrio ou gravoso, no legalmente autorizado (a que
se refere o texto ora comentado), pode ser, por exemplo, a
devassa de livros comerciais que devem permanecer secretos,
o desnecessrio emprgo da fra pblica, o precipitado strepitus judicii (para forar ao pagamento de custas), etc.
Na forma qualificada, a pena sensivelmente majorada:
de deteno por seis meses a dois anos ou multa de mil a dez
mil cruzeiros, passa a ser de recluso por dois a doze anos
(idntica do peculato), alm da multa de cinco mil a vinte
m il cruzeiros.
CORRUO PASSIVA
143.
Generalidades. No seu livro La Justice Contemporaine, M a u r i c e G a e o n emite ste inquietante conceito:
Sans oute on ne doit gnralser inconsidrment, mais
c est une hypocrisie que de ne point vouloir consirer la
corruption comme un de m aux du scle , O afarismo, o cres
cente arrojo das especulaes, a voracidade dos apetites, o
aliciamento do fausto, a febre do ganho, a steeplechase dos
intersses financeiros sistematizaram, por assim dizer, o tr
fico da funo pblica. A corruo campeia como um poder
dentro do Estado. E em todos os setores: desde o contnuo',
que no move um papel sem a percepo de propina, at a
alta esfera administrativa, onde tantos misteriosamente en
riquecem da noite para o d ia .31 De quando em vez, rebenta
31
A o que se boqueja, os heris d a resistncia" ou prncipes
da honestidade" so exceo. A regra seria a de que cada qual tem
o seu algarismo. Conta-se de um alto funcionrio de confiana que
apresentou seu pedido de demisso, e como o chefe do Govrno es
tranhasse a atitude, o homem explicou: que as propostas dos
corrutores esto se aproxim ando do algarism o que m e com pra.
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que fsse o seu crime, no era possvel sofrer uma conde nao: pecuniosum hominem, quamvis sit nocens, nem i nem possi amnare .
Na idade Mdia, eram igualmente editadas penas rigo
rosas no s contra a corruo dos juizes, a que se dava o
nome de barataria (explicava C b e m a n i : nostrates autem
hujusmodi crim en barbara voce baractariam nuncupant, quia
per illu quoam veluti baractum, hoc est permutatio cum
justitia, intervenit ) , como contra a venalidade dos funcio
nrias pblicos em geral. Por uma estranha concesso
avidez impenitente, chegava-se, no entanto (a exemplo, alis,
da lei rom ana), a especificar o que podia ser recebido fora
dos proventos do cargo, sem que se incorresse em pena: Judices non prohibentur recipere exculentia et poculenta... illa
xenia quae judicantis animum verisim iliter non im m u te n t. . .
ut in parvo caseo, in duobus amphoris vini, in uno pari caponum, in duobus phasianis, vel duabus phialibus malvasiae... et non debent recepi a calumniatoribus. ab in juste
vexatis et ab infamibus, nec toto anno debent excedere ce n tu m aureos ( F a h i n c i o ) . Entre ns, a Ordenao do L i
vro V, tt. 71, exclua o crime quando as coisas doadas fssem
po, vinho, carnes, frutos e outras coisas de comer, qufr
entre parentes e amigos se costumam dar e receber . Por
outro lado, o direito medieval deixava impune a corruo
imprpria, isto , a que no visava a um favor injusto: Ju
diei ans pecuniam, u t cito causam expediat, non punitur
( F a e i n c i o ) , bem como a corruo subsequens: Si pecuniaria sit data judiei post sententiam, propter hoc non d icitu r
sententia venalis, nec judex pu n itu r de barataria (Bossio) .B2
No direito romano, a corruo era tratada juntamente
com a concusso, sob o nome comum de crim en repetundetru m (os incursos nle eram obrigados a restituir o que ha-
32
N o obstante a deciso contrria do direito rom ano: "niftfl
penitus tam in ammistratione positis, quant post depostum o f j i cium, pro aliquo prcestlto beneficio tempore aministrationis, a c c e p fu ros" (Cod., a legem Juliam repetundarum, 1. 6 ).
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La corruption, au
sens de Varticle 288 (corruo ativa) consiste d o ffrir, d promettre, donner ou faire parvenir un don ou un autre
avantage, un membre une autorit, un fonctionnaire, une
personne appele rendre justice, un arbitre, ou un exp e r t. . .
^ k M I L M J J L M k l AJUDA
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A equiparao entre efetivo recebimento e simples aceita
o de promessa rem onta legislao rom ana: "qu i accepit, vel
promissionem suscepit, si causa pecuniaria sit, at triplum, promissi
duplum a comit privatarum rerum exigatur, dgnitate seu cingulo
amisso . Diziam C h a v ea u e H l ie que il importe peu que le fo n c tionnaire se soit laisser entrainer hors de son evoir par de prsents
ou des esprances auxquelles il a ajout fo i; son crime est le m m e".
ST Como diz G atjtier ( i n Protokol er 2ten. Expertenkammission,
vol. V, pg. 372), s quun fonctionnaire a accept un on ou m
m e une simple promesse de on, peu importe qu'il ait effecttvem ent
fait flchir le roit; il est irremediablement dchu et sali, et sa faute
n e peut tre sufjisamment caracterise si on 1envsage com m e une
simple tentative".
58 Conform e acentua Franje (ob. cit., pg. 537), traduzindo a
opinio dominante entre os autores alemes, smente est em Jgo
o proveito m aterial ( " reiche nur Vortee materieller A rt" ) . N o
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89 o que acentua M urach (ob. cit., pg. 565): "A m T tervortats fehlt es, wenn das Verbrechen nur erfalgte, um den Beam ten
au j te Probe zu stellen (Bestechungsprovokatton)* .
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'* ceituao do crime qualquer hiptese em que se no veri fique infrao de dever funcional, ou seja a impossibilidade,
declarada pela lei, da facilitao a contrabando ou desca minho, prestada por no-funcionrio ou por funcionrio
sem o dever especial de impedir o descaminho ou o con trabando . Ora, quando no haja infrao de especial dever
funcional, isto , quando entre as atribuies do funcionrio-fautor no se inclui a de impedir o contrabando ou des
caminho, a sua participao (facilitao) se regular pelo
art. 25. O que faz surgir o crime autnomo previsto no ar
tigo 318 a transgresso de especfico dever funcional, de
modo que a clusula em questo no podia deixar de figurar
expressamente no texto legal, pois acentua um dos elementos
do crime.
O Cdigo, tendo em vista a grande afinidade entre contrabano e descaminho, no distingue, para o tratamento
penal, entre um e outro. Segundo o conceito tradicional ou
mais comumente seguido, contrabando , restritamente, a
importao ou exportao de mercadorias cuja entrada no
pas, ou sada dle, absoluta ou relativamente proibida, en
quanto descaminho tda fraude empregada para iludir, total
ou parcialmente, o pagamento de impostos de importao,
exportao ou consumo (cobrvel, ste, na prpria aduana,
antes do desembarao das mercadorias im portadas). 40 No
, porm, irrecusvel o critrio segundo o qual existe contra
bando sempre que haja sub-reptcia importao ou exporta
o de mercadorias sem trnsito pelas alfndegas, e o que
inclui na casustica do descaminho at mesmo o fazer tran
sitar pela aduana, ocultamente, mercadorias de importao
ou exportao proibida (isto , ainda quando no esteja em
causa a frustrao da cobrana de im postos). O nosso legis
lador de 40 parece ter aderido aos conceitos tradicionais, mas
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C sa r da S il v e ir a (ob. c it ., p g . 2 6 3 ) e n t e n d e q u e a " i n f r a o
'A que se refere o texto legal quer dizer c r i m e de a o p b l i c a .
porm, manifesto o equvoco, resultando ste de supor o ilustre
comentador que o art. 320 tem afinidade com o art. 180 do antigo
Cdigo italiano (de que reflexo, entre ns, o art. 66, n . 1, d a Let
das Contravenes P e n a is ).
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digo iugoslavo: La personne officielle qui, en ehors de ses attributions, proftant de sa situation e servce, aura intervenu, contre
rmunration ou contre un autre vantage, en vtie de Vaccomplissement un acte officiel qui evrait tre aceompli m m e sans cette
intervention, ou en vue du non-accomplissement dun acte officiel
qui ne devrait en aucun cas tre accompli, ser a puni, etc. . La
personne officielle qui, en dehors de ses attributions, en profitant
de sa situation de service, aura intervenu en vue de Vaccomplisse~
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tem-se entendido ( B e n t o d e F a b i a , G a l d i n o S i q u e i b a , C s a r
d a S i l v e i r a ) que o dispositivo em questo se filia aos arts. 232
do Cdigo de 1890, 339 do Projeto S Pereira (segunda fase),
e 158 do Projeto Alcntara, que, por sua vez, se teriam ins
pirado nos arts. 175 do Cdigo francs, 176 do Cdigo Zanardelli, e 324 do Cdigo R o e c o .48 evidente o equvoco.
Nada tem a ver a advocacia administrativa com o chamado
intersse privado em ato de ofcio ou aforismo na funo
pblica (que, entre ns, atualmente, no constitui ilcito
penal, salvo quando as circunstncias caracterizem o crime
de corruo ou de prevaricao). Na ltima entidade crimi
nal, o funcionrio, abusando de sua qualidade, se mete em
especulao lucrativa na rbita da Administrao Pblica ou
interfere em tal ou qual ato administrativo para satisfazer
intersse pessoal seu (ex.: o almoxarife de uma repartio
pblica entra em acrdo com um extraneus para que ste
apresente, como testa de ferro, uma proposta de fornecimento,
cuja aprovao obtm, repartindo-se os lu cros). N a advoca
cia administrativa, ao contrrio, a ao do funcionrio a de
patrocinar, junto a qualquer setor da administrao (e no
apenas na repartio em que est le lotado), valendo-se de
sua qualidade, ou, seja, da facilidade de acesso junto a seus
colegas e da camaradagem, considerao ou influncia de
que goza entre stes, intersse alheio (naturalmente visando
remunerao por parte do interessado). Com todo acrto,
esclarece M a g a l h e s D r u m m o n d (ob. cit., pg. 308): . . . a
expresso patrocnio mostra que o intersse em causa
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funcionrio
reparties
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Se a violncia (cujo emprgo h de ser doloso) resultar em
homicdio, consumado ou tentado, a competncia p a ra o julgam ento
ser do jri, de acrdo com os arts. 74, 5 1., e 78, I, do Cd. de
Proc. Penal (com a nova redao que lhes deu a lei n . 263, d e
23-2-948). Neste sentido, o seguinte acrdo de que fu i relator:
Acordam os juizes da 3,a C m ara do T ribun al de Justia do
Distrito Federal ju lgar procedente o presente conflito negativo de
jurisdio entre as 4.a e 1. V aras Crim inais e declarar a compe
tncia da ltima, a que corresponde o T ribunal do Jri. O fato
denunciado constitui violncia arbitrria, seguida de homicdio
da vtima; e como o Cd, Penal (art. 322) m anda aplicar n a es
pcie, cumulativamente, penas distintas, correspondentes & violn
cia arbitrriam ente exercida como crime funcional e ao homlcidio
doloso, apresenta-se, ex vi legis, um "concurso m aterial de crimes,
devendo ser aplicada, no tocante jurisdio, a regra do atual a r
tigo 78, n. I, do Cd. de Proc. P en al (com a redao decorrente
da lei n. 263, de 23 de fevereiro de 1948). A o contrrio do que en
tende o Dr. 2. subprocurador-geral interino, no se trata, aqui, de
crime complexo, nem mesmo em face da sua conceituao genrtca. N o crime complexo, os crim es-m em bros resultam de aes
autnomas, que a lei considera um a unidade e submete
um a pena:
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Os 1. e 2.
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M agalhes Drummond (ob. cit., pg. 313)
legal, quando reconhece a existncia de casos em que
critica o texto
legalmente
permitido o abandono, pois ste no algo suscetvel de perm isfio , o ra , a lei permite excepcionalmente o abandono de funo,
como permite, em certos casos, o prprio homicdio, que 0 mal*
grave dos crimes.
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ste, segundo penso, o critrio que deveria ter sido adotado
no rumoroso caso do funcionrio do Ministrio do Exterior que teria
fornecido a certo deputado a traduo de um telegram a oficial ci
frado, psto que tal traduo possibilitasse o conhecimento da
chave" de um a das escritas secretas do Itam arati, e adm itida a
Inexistncia do dolo especfico do crime previsto no art. 27 da lei
n . 1.802, de 1953, isto , o propsito de fornecer indicaes que
pudessem pr em perigo a defesa nacional (m odalidade de espio
nagem ) ,
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Conforme ensina S a b a t in i (o b . cit., pg. 391), "c fti ottiene la rivelazione, solo per questo non incorre in alcuna
responsabilit, non esseno tal ja tto preveuto alla legge
come reato . J na hiptese de facilitao ao conhecimento
do fato secreto, o terceiro sempre co-autor.
O elemento subjetivo a vontade consciente e livre de
revelar a outrem, indevidamente, fato que deva permanecer
secreto (seja qual fr o setor da administrao em geral a
que pertena o a g e n te ). O animus efendeni ( i. e., se a
revelao corresponder necessidade de defesa do agente
em juzo ou perante a opinio pblica pode excluir o animus
d elinqu en i). Ao funcionrio no se pode exigir que se sa
crifique ao intersse pblico: outrossim, no se poder re
conhecer o crime quando a revelao se fazia necessria ou
til comprovao de um crime (de ao p b lica). Em caso
algum, pode o direito, a qualquer pretexto, proteger inte
resses ilegtim os.
Bento d e F aria (ob. cit., pg. 542), depois de afirmar que
o elemento psquico, na espcie, o dolo genrico, adverte
que, no tocante modalidade da facilitao, "o delito pode
revestir o carter culposo . No se sabe, porm, a que pro
psito vem a advertncia. Ao contrrio do Cdigo italiano,
o nosso no incrimina a facilitao simplesmente culposa.
Smente no que respeita revelao de segrdo atinente
segurana externa ou ao intersse poltico, interno ou inter
nacional, do Estado, que a nossa legislao (dec.-lei n
mero 4.766, de 1942, art. 47, 5.; Cd. Penal Militar, ar
tigos 124, 2., 125, 3., e 275, parg. nico) admite a pu
nibilidade a ttulo de mera culpa.
O crime consuma-se com a revelao do fato (a uma
s pessoa que seja) ou com o ato de facilitao ao efetivo
conhecimento do fato. Smente no ltimo caso possvel
a tentativa (pois s ento haver um iter c rim in is ). Tra
ta-se de crime formal: o summatum opus independe da efe
tividade do dano, embora seja indispensvel o dano poten
cial (pois no haver crime se o fato que se pretende manter
em segrdo encerre, por exemplo, assunto frvolo ou irrele-
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SAIR
IMPRIMIR AJUDA
NDICE
VOLTA
SEGUE
CAPTULO n
D O S C R IM E S P R A T IC A D O S P O R P A R T IC U L A R C O N T R A A
A D M IN IS T R A O E M G E R A L
Usurpao
de funo
pbea
vantagem:
Pena
329.
no se executa:
Pena recluso, de um a trs anos.
2P
Art. 330.
funcionrio pblico:
Pena deteno, de quinze dias a seis
meses, e multa, de duzentos a dois mil cruzeiros*
SAIR
IL'ilJ;lli'Jkl AJUDA
INDICE I
| SEGUE
403
De*acflt0
Art. 331.
A pena aumentada de um
A pena aumentada de um
00 ou des-
334,
Incorre
na
mesma
pena
quetn
SAIR
K H H _
404
a jud a
INDICE I
| SEGUE
N lson H ungria
a)
trabando ou descaminho.
2.
Art. 335.
Incorre
na
mesma
pena
Art. 336.
Snbtra&o
ao lnutllizao de
l i v r o ou
docnmento
Art. 337.
SAIR
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C om entrios
ao
NDICE
VOLTA
SEGUE
337
405
COM PARADO
a 358;
francs, arts. 209, 222 a 233 e 258; alemo, arts. 113, 114 e 117 a 119;
suo, arts. 285 a 292; noruegus, arts. 127 a 129; polons, arts. 125
a 139; dinamarqus, arts. 119 a 122, 126 e 130; holands, arts. 177
a 184; belga, arts. 280, 281, 289 e 290; espanhol, arts. 231, 230, 237,
240 e 244; portugus, arts. 181 a 189, 279, 280 e 298; iugoslavo, arti
gos 289, 291 e 292; japons, arts. 95 e 96; argentino, arts. 237 a 247,
254 e 255; boliviano, arts. 228 a 232 e 236; colombiano, arts. 184 a
186; costarriquense, arts. 362 a 367; cubano, arts. 252 a 263; chileno,
arts. 252 e 261 a 268; dominicano, arts. 222 a 233; equatoriano, a r
tigos 197 a 199, 210 a 213, 275 a 281; guatemalteco, arts. 142 a 149,
227, 258 a 260; haitiano, arts. 170 a 192 e 217; hondurense, arts. 238
a 245; mexicano, arts. 178 a 190; nicaragense, arts. 175 a 179;
panam enho, arts. 170 a 182; paraguaio, arts. 159 a 161; p rto -ilquense, art. 137; salvatoriano, arts. 149 a 154; uruguaio, arts. 166 a
174; venezuelano, arts. 214 a 232.
B IB L IO G R A F IA
citados)
SAIR
406
K H H _
a jud a
INDICE I
| SEGUE
N lx s o n H u n g ria
Violenza e reslstenza alTautorit, in Digesto Italiano, V III; Luoc h in i , Abuso di autorit, in Digesto Italiano;
V iveiros de Castro,
SAIR
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NDICE
VOLTA
SEGUE
407
Conceito e anlise.
SAIR
408
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NDICE
VOLTA
SEGUE
N ls o n H u ng ria
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C omentrios
ao
NDICE
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409
67
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410
NDICE
VOLTA
SEGUE
N l s o n H u n g r ia
H obbes,
S fin o s a ,
P u fe n d o rf,
H ilm e r ,
G h o t iu s ,
SAIR
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C o m e n t r io s
ao
NDICE
VOLTA
SEGUE
411
SAIR
412
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NDICE
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SEGUE
N lson H ungria
SAIR
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C om entrios
ao
NDICE
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C digo P e n a l A rt , 329
SEGUE
413
SAIR
414
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| SEGUE
N lso n H ungria
quidem et punitur, sed extra ordinem saltem, ac lenius., Scilicet si aperta est injustitia, si judex innocentem contra
omne jus et fas oppressurus grassatur, si solitum judiciorum
ordinem penitus pervertit omnia in eum licebu n t. At si du~
bium est num qua in re peccarit judex num quid neglexerit
aut si saltem in re exigua erratum fuit, aut si quid adversus
resistendum fervore abreptus violentius, quam par est, facit,
parendum est tantisper, nec nisi irreparabile damnum im mineat resistendum ) .
Argumentavam os prticos que o funcionrio pblico,
quando age notoriamente contra a lei, decai dessa sua qua
lidade e equipara-se ao particular. Farincio ia ao extremo
de reclamar a punio daquele que se rende passivamente
ilegalidade: privatus non solum impune potest resistere
officiali, cum aliquid facit contra jura, imo quod punitur si
non resistit . No o inspirava, certo, uma razo poltica,
seno religiosa, pois que, dizia le, se o poder legitimamente
exercido emana de Deus, a ao arbitrria ou ilegal da au
toridade obra do diabo ( ! ) e, como tal, ser indeclinvel
dever o repuls-la; mas o seu princpio no deixava de ser
uma expresso de intolerncia contra o despotismo.
Em face do nosso atual Estatuto Penal (que entendeu
suprfluo o dispositivo do art. 35, 2., do antigo Cdigo,
no sentido de considerar praticada em legtima defesa a re
sistncia a ordens ilegais, no sendo excedidos os meios in
dispensveis para lhes impedir a execuo), no padece d
vida que a oposio, vi aut minis, para eximir a si prprio,
ou a terceiro, dentro dos limites da necessidade, sujeio
a um ato ilegal da autoridade, constitui autntica legtim a
defesa (art. 21). A ilegalidade do ato, para autorizar a re
sistncia, pode apresentar-se sob o ponto de vista m aterial
(ex.: busca pessoal sem a fundada suspeita que a autoriza)
ou form al (ex.: falta de competncia do funcionrio que
expede a ordem ou executa o ato; omisso de solenidades
externas necessrias para a validade ou exeqibilidade de
uma ordem de p riso). No se deve, porm, confundir a
ilegalidade material do ato oficial com a injustia da deci-
SAIR
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C o m e n t r io s
ao
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C d ig o P
enal
VOLTA
A rt. 329
SEGUE
41&
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| SEGUE
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C om ehtm os a o C d igo
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N. H . 27
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*18
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| SEGUE
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N l s o n H u n g r ia
;
,
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C om en tA rios a o C digo P e n a l A r t . 3 3 2
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NLSON HtTNGEIA
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A rt. 3 3 2
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INDICE I
|SEGUE
N l s o n H u n g r ia
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IL 'ilJ ;lli'J k l
AJUDA INDICE I
C omentrios ao C d ig o P e n a l A r t . 333
|SEGUE
437
SAIR K H H _ ajuda
428
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|SEGUE
N l s o n H ungria
167.
Formas qualificadas. Segundo preceitua o par
grafo nico do art. 333, a pena aumentada de um tro,.
SAIR
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C o m e n t r io s a o C d ig o P e n a l
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a r t . 334
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439
" s e em razo da vantagem ou promessa, 0 funcionrio re tarda ou omite ato de ofcio, ou 0 pratica infringindo dever
44funcional . ste dispositivo est em paralelismo com o 1.
do art. 317. Comentando-o, M a g a l h e s Drummond (ob. cit.,
pg. 352) declara-o estranhvel porque importa
na
declara-
H um flagrante equvoco em
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431
0 entendimento de que as
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432
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|SEGUE
N l s o i H unoexa
tao, e quanto mais intensa esta, tanto mais agrava a pu nio , dissentindo, assim, de Jeremias Bentham, que, par tindo da idia de que o temor da pena deve sempre superar
o desejo do crime, defendia a severidade das penas contra o
contrabando,62 quando a verdade que, mesmo na impos
s ib ilid a d e de diminuio das tarifas aduaneiras, h outros
meios de preveno bem menos ilusrios do que as penas .
Quais so, porm, sses meios de 'preveno, psto que no
seja possvel a minorao das tarifas aduaneiras, uma das
principais fontes de receita do Estado? No o disse o grande
apstolo do positivismo penal. Dentro das realidades atuais,
o que se apresenta como de boa poltica to-smente evitar
a agravao dos direitos alfandegrios, para no aumentar a
vantagem da fraude ( e . . . no onerar a j to desfalcada
blsa do pblico); mas no se pode deixar de incriminar o
contrabando, pois, de outro modo, o Direito Penal estaria a
ensarilhar as armas diante um audacioso expediente de locupletao ilcita, uma espoliao contra o errio, uma sone
gao de rendas destinadas aos fins coletivos e uma desleal
concorrncia ao comrcio honesto. Nem h postular, como
fazia a EscoZa toscana (Carm ignani e seus discpulos), que as
modalidades do contrabando no devem ser consideradas prpriamente crimes, mas simples contravenes, de vez que no
violam o direito natural e apenas traduzem criaes polticas .
Ao contrrio, como argumentam Im pallom eni e F uglia, tra
ta-se de autnticos crimes, ofensivos de um incontestvel di
reito subjetivo do Estado, qual o de cobrar impostos, que lhe
02
faut que le mal e la pene surpasse le profit du lit... D e t a u teurs clebres ont voulu tablir une maxime contratre... O n est
tonn quun crivain un iscernement consomm tel 'Adak
Sm ith ait pu tomber dans Verreur quon ataque ici. II lt en p a rlant e la contrebande: La loi contratre tous les prncipes *
justice cre abor la tentation, et ensvite punit ceux qui y su ecom bent: et mme elle augmente la pene en proportion de la c ir constance qui evrait la faire iminuer, la tentation de c o m m e ttn
le d l i t ..."
SAIR
IL 'ilJ ;lli'J k l
AJUDA INDICE I
C o m e n t r io s a o C d ig o P e n a l
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Art. 334
435
o.
N. H. 3 8
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N ls o n H tjngeia
169.
1. do art. 334 preceitua que incorre na mesma pena eomtnada no caput: a ) a navegao de cabotagem, fora dos casos
permitidos em lei, e b ) o fato assimilado em lei especial a
contrabando ou descaminho. J os decs. ns. 2,304, de 1898
(regulamentador da lei n. 123, de 1892), e 10.524, de 1913,
mandavam aplicar as penas do contrabando aos que praticas
sem a cabotagem com infrao de lei que a disciplina. En
tende-se por navegao de cabotagem, que, em regra, s
permitida a navios nacionais, a que tem por fim a comuni
cao e o comrcio direto entre os portos da Repblica, dentro
das guas dstes e dos rios que percorrem o seu territrio
(art. 2. da lei n. 123, de 1892). Sbre os casos excepcionais
de permisso de cabotagem a navios estrangeiros, veja-se o
ltim o dos decretos acima citados.
"a n t e s que pudessem les pass-las s m os de terceiros, assim
dissertou com todo acrto: stes conceitos visivelmente inspirados
" n a legislao e doutrina italianas, ento vigentes, no se com pa decem com a letra e o esprito de nossa lei penal e das nossas leia
aduaneiras, em tema de contrabando. Em face da legislao
aduaneira da Itlia, o crime de contrabando s podia considerar-s
inteiram ente consumado quando a m ercadoria chegava s mos
de terceiros de boa-f, o que vale dizer guando a mercadoria, n a
m aior parte dos casos, no era mais apreensvel ou seqestrvel:
II reato t contrabbando non pu dunque, per quanto $i detto,
ritenersi interamente consumato se non quando la merce sia p e r venuta in m ano ai terzi di buona fee, vale a ire quando essa,
" nella maggor parte dei casi, non pi sequestrbe (C ahlo M ar
" z o llo , in Digesto Ita lia n o ). Firm ado sse conceito do crime de
" contrabando, o que acontecia n a prtica era que, as mais das vzes,
p ara no dizer sempre, o contrabando era descoberto antes que
se pudesse diz-lo consumado: "N ella pratica poi a w ien e che per
lo pi, per non dir sempre, il contrabbando scoperto prima che
" si possa dirsi consumato" (autor c it a d o ). K da a necessidade da
lei italiana punir a tentativa de contrabando com a mesma pena
do crime consumado: D i qui la necessit che il tentativo di con trabbando si confona, nella sue qualit col reato consum ato. . .
lo punisce, a differenza dl codice penale comntune, con la stessa
" pena (ob. c it .). A plicar em nosso pas o critrio da lei italiana,
"e q iv a le a proclam ar a im punidade do crime de contrabando.
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C om entm os ao C d igo P e n a l
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ao
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C digo P e n a l a r t . 336
443
techos ) .8
O momento consumativo do crime a violao ou inutilizao do slo ou sinal. O devassamento do objeto ou obje
tos que ste visa a resguardar s necessrio no caso de vio
lao sem atuao direta sbre o slo ou sinal.69 Quase sem
pre o crime de que se trata apenas um meio para a prtica
de outro e diverso crime (furto, destruio ou sonegao de
68
Em
sentido
contrrio
opinam,
entretanto,
entre
outros,
G arraud e C r iv e l l a r i .
* o que justam ente ensina M a n z in i (ob. cit., pg. 4 9 9 ) :
.. per la consumazione basta il solo fatto ella rimozione, rottura,
estruzione, ecc., ei sigilli.. inependentementi da ognt evento p o steriori, oio senza badare se la cosa assicurata con i sigilli sia stata
o no manomessa, se siasi prootto anno, o se sia verificata Vapertura delia custodia, la quale necessarla soltanto quano i sigli
siano stati lasciati inalterat".
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N lson H ungr ia
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| SEGUE
N lso n H kchia
ti
M a g a lh e s
Drummond
362)
entende
que a
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c a p t u lo
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D O S C R IM E S C O N T R A A A D M IN IS T R A A O D A J U S T I A
Stelngresso
de estran
geiro expnlso
Art. 338.
Deminciao calu
niosa
Art. 339.
Art. 341.
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448
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Parg. nico.
o
449
Art. 344.
zes
Se no h emprgo de vio
^ rt 34^'
l novaT artificiosamente, na pen
dncia de processo civil ou administrativo, o es
tado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim
de induzir a rro o juiz ou o perito:
Pena deteno, de trs meses a dois anos,
e multa, de mil a dez mil cruzeiros.
9.
N. H . 2 9
SAIR
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NDICE
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SEGUE
N l so n H tjnghia
Parg. nico.
Se a inovao se destina a
mi
TOunto pes-
recluso:
Pena deteno, de quinze dias a trs m e
ses, e multar de cem a mil cruzeiros.
2.
A r. 350,
ou abuso privativa de liberdade individual, sem as formalioe poder ^ a(^es feggjg ou com abuso de poder:
Pena
deteno, de um ms a um ano.
Parg. nico.
funcionrio que:
I
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SEGUE
451
de
Art. 351.
pessoa prr-
metida a
medida de de segurana detentiva:
segurana
IP
SAIR
452
Arrebatamento de
pifiM
K H H _
INDICE |
a jud a
| SEGUE
N l s o n H u n g ria
Art. 353.
Motim de
presos
Art. 354.
Patrocnio
infiel
Art. 355.
Patrocnio
ftLmu tneo
ou tergi.
versao
Parg. nico.
Sonegao
Alt. 356. Inutilizar, total ou parcialmente,
dje papel ou
ou
deixar
de restituir autos, documento ou obje
obj-to de
valor pro
to de valor probatrio, que recebeu na qualidado
batrio
de advogado ou procurador:
Pena deteno, de seis meses a trs anoa,
e multa, de dois mil a dez mil cruzeiros.
Explorao
de pres
tgio
A r t 357.
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SAIR
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VOLTA
C o m e n t e i o s AO C d i g o P e n a l A r ts .
Parg. nico.
SEGUE
338 A 35
453
A s penas aumentam-se de
Art. 358.
Desobedin
Art. 359. Exercer funo, atividade, di
cia ft deci
so judicial reito, autoridade ou mnus, de que foi suspenso
sbre p?rda
on snspen- ou privado por deciso judicial:
go fl'* di
reito
Cdigos:
francs, arts. 237 a 247, 361 a 366 e 373; alemo, arts. 120 a 122, 153
a 163, 164, 165, 257 e 258; suo, arts. 303 a 311 e 319; noruegus,
arts. 114, 117 a 119, 131, 132, 163 a 173, 320, 321, 342 e 346; polons,
arts. 140 a 151; dinamarqus, arts. 123 a 125, 146, 148 e 158 a 165;
espanhol, arts. 325 a 338; portugus, arts. 190 a 198, 238 a 245, 286,
303 e 304; iugoslavo, arts. 281 a 288, 297, 315 e 316; japons, artigos
7 a 102, 169 e 172; russo, arts. 81, 82, 90, 95, 114 e 115; holands,
arts. 188 a 193, 200, 207 e 367; belga, arts. 332 a 341; boliviano, a r
tigos 254 a 261, 321 a 334 e 396 a 408; argentino, arts. 273 a 281;
colombiano, arts. 185 a 207; costarriquense, arts. 392 a 413; cubano,
arts. 272 a 292 e 233 a 343; chileno, arts. 299 e 206 a 212, 299 a 304,
141, 143, 148, 149, 150, 152, 223 a 227, 231 e 232; dominicano, arts. 237
a 248; equatoriano, arts. 267 a 271, 282 e 329 a 335; guatemalteco,
arts. 216 a 226; haitiano, arts. 195 a 206; mexicano, arts. 150 a 159,
225 a 227, 231 a 233, 247 e 248; nicaragense, arts. 336 a 343; p an a
menho, arts. 185 a 209; paraguaio, arts. 183 a 205; peruano, arti
gos 330 a 336; salvatoriano, arts. 250 a 260; uruguaio, arts. 177 a
133 e 196; venezuelano, arts. 239 a 272.
SAIR
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a jud a
454
N lso n H
| SEGUE
u n g h ia
Vam m inistrazione
ella
giustizia , 1895;
Zerboglio, D e i
conceito da
cham ada
igung
(A
denunciao ca lu n io s a ), 1935;
to n io
(L .), "D e i
Trattato
de F lo ria n , 1939; F a n -
e auto-calunnia", idem , Q ;
" Osservazioni
r e g o r i,
IMPRIMIR AJUDA
C o m e n t r io s
rol. 0, 1935; B
ertrand,
ao
C d ig o P
enal
bt.
338
455
et de criminologie, 1910; V id a l , Uvasion des detenus, 1932; H a t j s e r m a n n , Die Gefangenebefreiung ( A evaso de prisioneiros), 1938;
G o r p h e , La critique du tmoignage, 1927; M u r a t t i , Elementi di psi
cologia delia testimonianza, 1931; C a r n e v a l e , II favoreggiamento
nella ottrina e nel Codice Penale italiano, 1895; S a l v a d o b e , "D l a lcune questioni sul delitto dl favoreggiam ento, in Rivista Penale,
1929; M a r s i i x i - L i b e l l i , Sul reato di avoreggiamento, 1895; A l t a v i l l a , Psicologia giulziaria, 1925; G i s m o n d i , L esercicio arbltrario
delle proprie ragioni, in Foro Italiano, V ; G r e t e n e r , Begnstigung
und Hehlerei in historisch-dogmaticher Darstellung (Fa vor ecimento
e receptaco sob o aspecto histrico-dogm tico), 1879; B e l i n o ,
Begnstigung und Hehlerei, in Vergleichende Darstellung, V U ,
1907; K h l e r , Begnstigung und Hehlerei, separata de G erichtsaal, vol. 61; S c h r d e r , Begnstigung und Hehlerei, m Festschrijt
f r Rosental, 1948.
C O M E N T R IO
SAIR
456
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N lso n H ungr ia
77
Els a Ho de G arraud (ob. cit., pg. 4 1 ) : Le caractre essentiel de la dnonciation est la spontaneit. Si le prvenu na pas
agi e son propre mouvement, sil est seulement intervenu pour
garer Vadiem d e . .. la justice qui lui dmanait es resetgnements
ou son tmoignage, on ne peut ire quil ait dnonc, car toute d nonciation suppose une certame ncatve, la volont e provoq u e r ... la justice connaitre des faits quelle ignore. Vailleurs,
U n y aurait instruction possible, si les personnes entendues evat~
ent craindre tre poursuivies pour dnonciation calomnieuse .
SAIR
PRiiu R AJUDA
INDICE
VOLTA
SEGUE
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NDICE
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N lson H ungria
(M angel am
Tatbestand)
( Se
algum
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C om entrios
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N lso n H ungr ia
P attn
Sil sagit
82
lei de 8-10-943: Si le fait nonc est suceptible de sanction pnale ou disciplinaire (note-se que no direito francs a denunciao
caluniosa
se apresenta ainda
quando o fato
imputado acarrete
mit
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C o m e n t Ar io s
lonniato,
ao
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C d ig o P e n a l A r t .
339
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N lso n H un g r ia
C o n f . Q u e ir s
de
M o h a is , o b . c it ., p ftg . 119
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C o m e n t r i o s a o C d ig o P e n a l __ A h t .
340
SEGUE
tf?
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N l so w H u n g r ia
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COMENTHIOS AO CDIGO
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4 (0
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u n c e ia
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ss
es o ensinamento de A h to lis e i
con segu e
ch e d ebbon o
"Ne
irreleva n ti n o n
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INDICE I
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N l s o n H u n g r ia
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assim
dissertamos
sbre
valor
do
testemunho :
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" no pode esqulvar-se, e ainda por circunstncias externas, ml tiplas, imprevistas, estranhas ao seu dominio, igualm ente inevi tveis. Os erros podem referir-se percepo, ateno, com
preenso, m emria,
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N l s o n H u n g r ia
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Ntsoir H ungria
a respeito do testemunho falso pode ser repetido, mutatis mtttandis, era relao falsa percia.
Nunca demais insistir sbre a falibilidade dos exames
periciais, a prevenir que se no confundam com falsidades
intencionais os erros devidos prpria deficincia cientfica.
preciso no atribuir demasiado valor a certas tcnicas in
cipientes a servio da prova judicial ou da certeza de que
necessitam os julgadores, notadamente no campo da processualstica penal. Pretende-se que, de certo tempo a esta
parte, se vem assinalando a fase cientfica do sistema pro
batrio, em substituio fase chamada a certeza moral,
que se afirmara com a filosofia da Revoluo Francesa. Se
se quer aludir ao desenvolvimento das percias tcnicas, no
sentido de maior amplitude e preciso na colheita, exame
e interpretao dos vestgios do crime e indcios de sua au
toria, cumpre no esquecer que essas percias, sob o ttulo
genrico de criminalstca , ainda no se eximiram de fre
qente possibilidade de equvocos. Mesmo o aperfeioamento
de certas tcnicas (dactiloscpicas, qumicas, biolgicas, toxicolgicas, grafolgicas, balsticas, etc.), nos gabinetes e la
boratrios da denominada polcia cientifica, no de molde
fornecer uma impecvel certeza objetiva, ou a verdade abso
luta ou matemtica. Seu valor no deixa de ser relativo.
Os peritos esto sujeitos a erros, quer nas suas pesquisas,
quer nas concluses de seus laudos. Tal a precariedade
dos laudos periciais, que o prprio Cd. de Proc. Penal, no
seu art. 182, dispe que o juiz no ficar adstrito ao laudo,
podendo aceit-lo ou rejeit-lo, no todo ou em parte .
Consuma-se o crime de falsa percia logo que apre
sentado a quem de direito o laudo ou parecer eivado de fal
sidade, ou a falsa traduo, ou realizada a falsa interpreta
o. No inconcebvel a tentativa.
184.
Formas qualificadas. Duas majorantes ou agra
vantes especiais so previstas nos 1. e 2. do art. 342:
a primeira ocorre quando o crime de falso testemunho ou
falsa percia cometido com o fim de obter prova desti-
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C o m e n t r i o s a o C d ig o P e r u . __ A r t . 342
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a ju d a
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N e l s o n H u n g r ia
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de recurso,
ao
C digo P e n a l
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N lso n H
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u n g r ia
soa que funciona ou chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juzo arbitial:
Pena recluso, de um a quatro anos, e multa, de m il a
cinco mil cruzeiros, alm da pena correspondente vio-
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C o m e n t rio s ao C d igo P e n a l
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violna p ro a fazer
celular
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A n t o l i s e i (o b . c it ., p g . 754) i m p u g n a a e x i g n c i a , a q u i , d e
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C omentrios
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Conceito e anlise.
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N lso n H ungr ia
considerar o favorecimento
(recel
e personnes)
como
crime per se stante: "C e u x q u i... auront recel une personne quils
savaent avoir commis un crime ou quils savaient recherche de
ce fait par la justice, ou qui auront soustrait ou tent e soustraire
le criminnel Varrestation ou aux recherches, ou Vauront aid
se cacher ou prendre la jute, seront punis dun emprisonnement
un mois trois ans et d'une amene, etc.
Adotam o critrio de reconhecer no favorecimento um crime
autnomo, entre outros, os Cdigos brasileiro, italiano, alemo, po
lons, francs (com a lei de 1945), iugoslavo, austraco, suo, n o
ruegus, japons, mexicano, cubano, argentino, peruano e vene
zuelano. Perm anecem fiis ao critrio antigo, entre outros, os C
digos de Portugal, Espanha, D inam arca, Blgica, China, Chile,
Rssia, Salvador, Colmbia, P aragu ai e Equador.
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os
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que
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que
Como se v, no nosso
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indispensvel, para a existncia do crime, que o au*xlio no tenha sido prestado ou prometido antes ou durante
o crime precedente (ante delictum ou in deltcto), pois, de
outro modo, o que haveria a reconhecer, como claro, seria
uma co-participao em tal crime (art. 25). No h, aqui,
contribuio alguma para a concepo ou execuo do crime
anterior (V o rd e lik t), de que o agente s veio a ter conheci
mento depois de praticado. O favorecimento auxlio pres
tado ao criminoso (para sua fuga ou ocultao), e no ao
crime (j dizia A r e t i n o : auxilium praestitum non ad comm ittendum, se a evadendum ) . preciso no confundir
o fautor delicti com o fautor delinquentis.
Constitui favorecimento todo e qualquer ato que oca
sione a frustrao da captura ou priso do criminoso, seja a
exeqvel em razo de flagrante, seja a decretada pela au
toridade (judicial-penal ou administrativa), in exemplis:
promover tumulto para que o criminoso escape deprehensio em flagrante , proporcionar asilo ou esconderijo ao cri
minoso, tornar possvel a sua fuga, assegurar-lhe o disfarce,
despistar com falsos informes ou dissimulao de indcios
a pesquisa para descoberta de seu p arad eiro.98 No ne
cessrio que seja definitiva a subtrao do favorecido ao
da autoridade: basta o retardamento, ainda que breve, da
captura ou deteno. irrelevante que j tenha sido, ou
no, instaurado inqurito policial, ou que se trate, ou no,
de ru j denunciado, pronunciado ou condenado (mas
ainda em liberdade, pois, se j legalmente recolhido pri
so, a facilitao de sua evaso constituir outro c rim e ).1W>
O prprio auxlio prestado fuga de criminoso extraditando
M anzini aponta como exemplo de favorecimento O subter
fgio de So Francisco de Assis, que, interpelado sbre a direo
que tom ara certo criminoso cuja passagem precipitada no podia
ter escapado ao seu testemunho, respondeu, enfiando as m os pelas
m angas do hbito: P or aqui no passou.
ioo f r a n k (ob, cit., pg. 419): "O b die Belstandsleistung vor
oder nach er Verurteung erjolgt, ist gleichgitig (" indiferente
se a prestao de auxilio ocorre antes ou depois do julgam ento).
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S ll
re eruperunt, sive effractis foribm , sive conspiratione cum coeteris qui in eaem custodia erant , quanto os que " per negli gentiam custodum evaserunt e ainda os carcereiros (c o m m entarienses) que facilitassem por conivncia ou incria a
fuga dos detentos. N a Idade Mdia, prevaleceram idnticos
critrios, punindo-se no s a effractio carceris, praticada pelos
prprios presos ou por terceiros em seu favor, como a neglign
cia dos carcereiros e a fuga simples, isto , ainda quando os
presos, como informava J li o C la r o , invenerint portam aper
tam negligentia male crceres custoientis (explicava Fab in a c io que fugiens ex crcere quia invenerit ostium apertum , non punitur e effracto crcere, sed mitius " ) . Com o
Cdigo francs (1810), imitado por outros, deixou, entretanto,
de constituir crime a fuga simples (fu ite sim ple), ou, seja,
no acompanhada de arrombamento da priso (bris de prio n ) ou de violncia contra as pessoas. Assim se exprimia
a respectiva Exposio de motivos : O desejo da liberdade
to natural ao homem, que se no pode dizer criminoso
aqule que, achando aberta a porta da priso, a transpe,
evadindo-se . Ao que reporta C a re a e a , j B a n n iz a , ainda
nos tempos medievais, pleiteava, no caso, a iseno de pena,
com o argumento de que o prisioneiro sanguinem su w n redimere voluit. Entre ns, seguindo a orientao do Cdigo
de 1830, o primeiro Cdigo republicano (1890) foi alm da
benignidade do sistema francs, para s incriminar a fuga,
de iniciativa do prprio prso, quando realizada por meio de
violncia contra o carcereiro ou guarda (a fuga, em tal
caso, era incriminada em si mesma, e sem prejuzo da cor
respondente violncia). Deixava, portanto, de ser crime a
fuga espontnea do prprio prisioneiro, ainda que realizada
mediante arrombamento da priso. O atual Cdigo italiano
(1930), alterando, neste ponto, o anterior (1889), retornou
& intolerncia do direito romano, para incriminar at mesmo
a fuga simples. Diz um de seus comentadores: O Cdigo
vigente considerou crime o fato da evaso em si mesmo, e
" no em razo do meio empregado, j que o evadir , de qual41quer modo, uma ofensa ao prestgio da autoridade judici-
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L i s z t - S c h m i d t ( o b . c i t . , p g . 7 9 6 ) : Dabei haben t oir unter
Gefangenen zu verstehen: Untersuchungs-und Strafgefangene, in
zivprosessualer
wie in
d ev e e n te n d e r-s e
os que c u m p re m
Polizelcher
H a jt
p o r p re so s os r u s
pena, bem
Befinlichen
(is to
d e tid o s p r e v e n tiv a m e n te e
c o m o o s i n d i v d u o s p r e s o s c i v i l ou po
lic ia lm e n te ) .
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N. H. 33
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104
O art. 311 do Cdigo suo explcito a respeito: "L e s d~
tenus ou les personnes internes dans un tblissement par dciston
e Vautort qui seront ameuts dans le essein attaquer, un
com m un accor, un foncttonnaire de Vtblissement ou toute autre
personne charge e les surveler, e contraindre, par la violence
ou la menace de violences, un foncttonnaire de l*tblissement ou
toute autre personne charge de les surveUer faire un acte ou d
f e n abstenir, ou de svader en usant de violence, seront punis, etc.
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| SEGUE
N lson H ungria
PATR O CNIO IN F IE L
201.
Conceito e anlise. Nos arts. 355 e 356, o Cdigo
incrimina uma srie de fatos que atentam contra a probidade,
correo ou lealdade em trno defesa de direitos ou pa^
trocnio das causas em juzo. So les o patrocnio infiel,
o patrocnio simultneo, a tergiversao (patrocnio suces
sivo) e a sonegao de -papel ou objeto de valor probatrio
por parte de advogado ou de procurador. Trata-se de crimes
prprios de advogados ou procuradores judiciais. Quando do
comentrio ao art. 319, j vimos que, no direito romano, sob
o nome genrico de praevaricatio, j era incriminada a trai
o dos advogados causa de seus clientes. A princpio, s
mente se previa explicitamente a infidelidade do acusador
pblico ( qui publico judicio accusaverit), dizendo-se, ento,
que f,praevaricator est quasi varicator, qui diversam partem
adjuvat prodita causa sua . Smente com o advento do pro
cesso das quaestiones que se cuidou de punir especialmente
a infidelidade do patronus ou advocatus para com seus cons
tituintes, o que veio a tornar-se, sob o Imprio, segundo re
porta Tcito, uma das traficncias mais comuns. Na Idade
Mdia, prevaleceram os critrios das fontes romanas; mas,
no correr dos tempos, o trmo prevaricao (a que corres
ponde o forfaiture do Cdigo francs) generalizou-se, para
compreender tambm, e principalmente, a infidelidade dos
funcionrios pblicos aos seus deveres. A ste critrio obe-.
decia o nosso Cdigo de 1890, que assim procurvamos ex
plicar: Embora no sejam os advogados ou procuradores
judiciais, prpriamente, funcionrios pblicos, sua atividade
de medeao entre os rgos judicirios e as pessoas privadas
constitui, por assim dizer, uma funo pblica (Nocito) , ou,
pelo menos, um servio de necessidade pblica (M anzini) .
A advocacia uma atuao essencial administrao da
justia e pode mesmo dizer-se que forma com o ofcio da
magistratura ou da jurisdictio uma instituio n ica ... A
Ordem dos Advogados, criada pelo dec. n. 19.408, de 1930,
considerada servio pblico federal'. Explica-se, portanto,
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segundo perodo da sua defesa, podia abusar de conheci mentos de jacto e segredos adquiridos no primeiro perodo,
em razo de sua qualidade de defensor .
condio do crime que o patrocnio simultneo ou su
cessivo ocorra na mesma causa (seja na primeira, seja na
segunda instncia; seja na ao, seja na execuo ou juzo
rescisrio). Mesma causa no deve ser entendida em sentido
demasiadamente restrito. Assim, se um indivduo intenta,
com fundamento na mesma relao jurdica ou formulando
a mesma causa petendi em tm o do mesmo fato, vrias aea
contra pessoas diversas, o seu advogado, em qualquer delas,
no pode ser, ao mesmo tempo ou sucessivamente, advogado
de algum ru em qualquer das outras, pois, no fundo, se
trata de mesma causa,
O elemento subjetivo o dolo (gen rico): vontade de
prestar o patrocnio simultneo ou sucessivo. indiferente
o motivo ou fim do agente.
Consuma-se o crime com o primeiro ato revelador do pa
trocnio simultneo ou sucessivo. No basta que o advogado
ou procurador haja recebido mandato ab utraque parte:
cumpre que efetivamente exera ambos, contemporneamente
ou um depois do outro. necessrio e suficiente o prejuzo
potencial.
SONEGAAO DE PAPE L OU OBJETO DE VALOR
PROBATRIO
203.
Conceito e anlise. O art. 356, a que corresponde
a rubrica lateral sonegao de papel ou objeto de valor
probatrio", dispe: "Inutilizar, total ou parcialmente, ou
deixar de restituir autos, documento ou objeto de valor pro batrio, que recebeu na qualidade de advogado ou pro curador: Pena deteno, de seis meses a trs anos, e
multa, de dois mil a dez mil cruzeiros . Como j tivemos
oportunidade de acentuar (n. 168), o fato de sonegar, sub
trair ou inutilizar documentos incriminado em vrios se
tores da parte especial do Cdigo, segundo a diversidade ou
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3 AJU D A
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VOLTA | SEGUE
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IIMPRIMIR
Bibliografia
S A IR
3 AJU D A
INDICE
VOLTA | SEGUE
SAIR
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NDICE
VOLTA
SEGUE
B IB LIO G R A F IA
Alimena (B.) Falsa testimonianza non imputabile, supl. da
Rivista Penale, VI, 1S97.
vol. LXXXV.
1943.
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Truffa e millantato credito, in Giustizia Penale, 1952, H.
B a viera II reato dl falso in camblali, in Scuola Positiva, ano XV,
gesto Italiano,
B BAUDOT (H .)
nisme,
1939.
SAIR
K H H _
a jud a
532
Nlso n
INDICE |
| SEGUE
H u n g b ia
(M .)
(F .) Programma.
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VOLTA
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C o m e n t r i o s a o C d ig o P e n a l B i b l i o g r a f i a
Ch aveau
533
et
(R .) "P r o b le m a s d a m a c o n h a n o B r a s il, in
N . S. P., 1953, ns. 31 e 32.
"D e litti contro 1ordine p u b b lic o , in Nuovo D i
vol. I X ,
A ssoclazlone
Istigazio n e
p er
1939.
I,
Cu e llo C al n
D A n t o n io
in cen d i d i n a v i e n a u fr a g io , vol. X U I , p . I .
C orru zion e d l p u b b lico u ffic ia le , ira Digesto Italiano.
D e l m illa n ta to credito p reso p u b b lie i n ffc ia li , in supl. d a
Rivista Penale, I X .
D e i delitti contro 1am m in istrazio n e d eU a g iu s t M a , in E n
ciclopdia d e P e s s in a , v o l. V I I .
E vasio n e e in osservan za d i p e n a , in Digesto Italiano.
D a t t in o
( G .)
icine, 1935.
D e B el l a
(V .)
D e L ucca
L a n a t u r a
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De
D d i m o
D o n d in a
Peculato , 1941.
(M a r io ) In Rivista Italiana i Diritto Penale , 1935, v o
de
M o r a is
lum e X I I I .
SAIR K H H _ ajuda
534
INDICE |
|SEGUE
N l s o n H tjngria
E l l io t t
E scobedo
tizia Penale, I .
H delitto d i ra g io n fa t t a s i, in supl. d a Rivista Penale, V .
E ula
(F la m in io )
I n
penale, 1935.
F errara Delia simulazione nei negozi giuriici, 1922.
F e r r in i D iritto p en ale ro m a n o , in Trattato e C o g l io l o , vol. I .
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SAIR
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NDICE
C o m e n t r io s
enal
ao
C d ig o P
VOLTA
SEGUE
B ib l io g r a f ia
535
a vazzi
io r d a n i
X X IV .
G
is m o n d i
Italiano, V .
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om es
da
orphe
rahata
regori
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H e ilb o rn
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I ngls
SAIR K H H _ ajuda
536
INDICE I
|SEGUE
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SAIR
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SEGUE
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M a r s il l i- L ib e l l i
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M e t t z e n b e r g - S o n n e n b e r g Falschung (G eldflsch u n g) , in H a n d -
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IMPRIMIR AJUDA
538
NDICE
VOLTA
SEGUE
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P e l l a (V .)
P ellizzar i
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SAIR
C o m e n t r io s
ao
NDICE
VOLTA
C d ig o P e n a l B ib l io g r a f ia
SEGUE
639
P e s s in a
Rabbeno
in Trattato de
C o g l i o l o , II, parte I, a.
ic c io
Rocco (A rtu r)
(G .)
(N .)
il
SAIR
IMPRIMIR AJUDA
540
NDICE
VOLTA
SEGUE
N l s o n H u n g r ia
Severtano
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V escovi Istigazione a
parte 2,a .
delinquere, in
Digesto
Italiano, X i n ,
J
V o gel
SAIR
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C omentrios
on
ao
NDICE
VOLTA
SEGUE
C digo P en a l B ibliografia
541
V on H i p p e l Deutsches Strafrecht, I I .
V on I h erin g Der K am pf um s Reht,
o n K a l l i n a Notwehr gegenber Amt&handlungen (Legtim a de
J. H i g i n o , 1899.
W
a u t r a in
S A IR
3 AJU D A
INDICE
VOLTA | SEGUE
SAIR
imprimir ajuda
NDICE
VOLTA
SEGUE
ndice Alfabtico
e Remissivo
S A IR
3 AJU D A
NDICE
VOLTA | SEGUE
SAIR
imprimir ajuda
NDICE
VOLTA
SEGUE
Pgs.
Abandono de funo ................................................... 327, 387 e segs.
Abuso de papel assinado em branco ................................. 277 e segs.
Abuso de poder .................................................................... 506 e segs.
Acedicona ...........................................................................................
cido barbitrico (derivados) .......................................................
Aes de sociedade comercial ...... ....................... ................ 265,
Administrao da justia
(crimes contra a )
...................
447 e
134
135
266
segs.
segs.
contra a )
311
380
..............................................................
Aeronave .......................................................................................
29
77,
78
.............................................. ..........................................
78
78
108
137
263
Alvar ................................................................................................
Anfetaminas ......................................................................................
241
135
Aeroplano
18
.....................................................................
153
Aplices .............................................................................................
Apologia de crime ou de criminoso ..................... 161, 171 e
239
segs.
Anncio de remdios
Armas ................................................................................................
Arrbatamento de prso ......................................................... 452,
181
516
525
84
I 44
144
N. H. 35
INDICE I1VOLTA
IMPRIMIR AJUDA
546
SEGUE
N lson H u n gr ia
Pgs.
177
83
85
33
292
294
468
......................... ..................................................................
78
......................................................... ........................................
78
Autogiro
Avio
B
............................. ..................................................................
78
Bando ................................................................................................
Banhos qumicos ................... .........................................................
37
210
Benzilmorfina ..................................................................................
Bigamia e falsidade .......................................................................
Bilhete ..............................................................................................
Bhonagem .......................................................................................
134
285
241
210
Bom ba ................................................................................................
" Bourrusquets" ..................................................................................
Brassage .........................................................................................
134
232
210
Balo
C
Caderneta de depsito ....................................................................
Calamidade pblica .........................................................................
240
88
..................................................................................
176
...........................................................................
129
Cangaceirismo
Cannabis indica
134,
137
....................................................................................
269
27
27
240
221
Cartas falsas
Cerceamento ......................................................................................
210
Certido ideolgicamente falsa ............................................... 247, 292
Charlatanismo .................................................................... 94, 152,
154
...........................................................................
146
Cloral ..................................................................................................
Clorofrmio .......................................................................................
135
13*
Cirurgio-dentsta
ao C digo
P en a l n d ic e A lfabtico
547
Pgs.
250,
134,
209
137
129
137
Colorao ..........................................................................................
Com boio ......................................... * ................. * ........................ 15,
210
58
29
465
437
221
Concusso
......... - .........................................................
196,
(apurao de)
378
...................................
435
....................................................................
343
Confisco de mercadoriascontrabandeadas
Contrabando ou descaminho ....................
262
220
Contrafao
......................................................... ............
Corruo ativa
.............................................................
de gua p o t vel
..... ...............................................
90,
487
108
............
..................................................................
440
3,71
.............................................. .................... .
Curandeirismo ................................................
314
158
D
Dano moral
......................................................................................
...............................................
I 95
29
Desabamento ....................................................................
48 e segs.
Desacato ........................................................................................................ ......
Desastre culposo ......................................................................70
Desastre ferrovirio ................................................ 55, 62, 68 e segs.
403, 418
SAIR
NDICE
IMPRIMIR AJUDA
548
VOLTA
SEGUE
N l s o n H u n g r ia
Pgs.
211
Desmonetizao ................................................................................
Desmoronamento ....................... ..................................... 17, 48 e segs.
Desobetncia ........... ........ ................................ 377, 402, 416 e sega.
Desobedincia d ectso judicial sbre perda ou suspenso e
526
direito ................................................................................. 453,
155
Diagnsticos (form ulao de) ......................................................
Daudide
Dinam ite
.................................................................................. 134,
......................................................................... .................
Dinheiro (conceito)
.........................................................................
137
36
334
137
280
78
526
265
...........................................
265
254
308
Doena
(difuso
de)
Doena (omisso
......................... ...................................
de notificao de)
................................
18,
53
102,
103
23,
63
23,
63
222,
243
E c g o n in a ............................................................................. ...........
134
Edifcio destinado
28
Edifcio destinado
28
Edifcio pblico
...............................................................................
441
271
Embarcao
(inutilizao de)
28
........................................ 404,
Edital ou sinal
...............................................................................
77,
78
ao
540
Pgs.
117
354
147
339
segs.
90
504
155
...........................................................................
Esptritismo-medicina .......................................................................
Estaleiro ....................................................... ......................................
29
451,
242
73
135
134'
137
515
e segs.
e segs.
Exerccio
94, 144
e segs.
524
39
16, 32 e segs.
38
17
450
353
F
Fbrica (Incndio) .........................................................................
Facilitao de contrabando ou descaminho ...................... ..........
29
371
D una
AJUDA
550
IIJ M m
VOLTA
IE33I
N lson H ungria
Pga.
39
307
483
294
235
245
246, 271
309
e segs.
e ses-
.........................
217
.......................
302> 304
237
e segs-
.........................
293
segs*
290
segs79
seSssegs.
157
segs.
segs.
Fiana
(real ou fidejuasria)
..............................................
183 e
.....................................................
Filovia ................................................................................................
Firma ................................................................ 256, 261, 290, 291,
344
76
292
..............................................................
305
305
Fiscalizao alfandegria
3
308
449> 495 e
segs.
Fronteira ...........................................................................................
Fuga e pessoa prsa ou submetida a medida de segurana
......................................... ...................................... 451, 510 e
390
" Fumeries"
.........................................................................................
segs.
142
ao
C digo P enal
n d ic e
A lfabtico
551
Pgs.
G
Galeria de minerao .............................................................. 15,
Galvanoplastia ..................................................................................
30
210
G s cegante ......................................................................................
Gs txico ou asfixiante (fabrico, fornecimento, aquisio,
40
H
Habilitao profissional ................................................................ .
Haxixe
..............................................................................................
145
129
Haxixinos ...........................................................................................
Helicptero ........................................................................................
129
78
133,
137
148
147
Herona
......................................................................................
I
Ilcito penal e ilcito administrativo ................................ 315 e segs.
Im itatio veri ....................... ........................ 194 a 196, 214, 316,
263
" Im peachm ent ....................................................................... 314,
378
Im pedimento, perturbao ou fraude econcorrncia .............
427
Imunidade parlamentar ................................................................
399
Incndio culposo ............................................................. 16, 32 e segs.
Incndio e coisa prpria .............................................................
13
Incndio doloso ................................................................ 15 , 21 e segs.
Incndio qualificado ..................... ......................... 15, 21, 25 e segs.
Incndio qualificado pelo resultado
........................................
30
Incitao ao crime ....................................................... i g i 5 155 e segs.
Incolumidade pblica (crimes contra a )
.................. ...........
e segs.
141
29
475
Intrprete
Inundao
.........................................................................................
483
............................................................... .. 10, 17, 43 e segs.
48
46
442
112
INDICE I1VOLTA
IMPRIMIR AJUDA
552
SEGUE
N l s o n H u n g r ia
Pgs.
L
Lavoura .......................................................................................... 16,
Lei de proteo economia popular ...........................................
Lei e Segurana Nacional ......... . ................................................
Leite (adicionam ento de gua ao) ..............................................
Lesa-m ajestade {crim e de) ...........................................................
Letra (falso reconhecimento) .............................................. 290,
Liamba
30
24
23
115
312
291
......................................................................... ....................
134
..........................................................................................
210
Limaura
62
445
266
Maconha .............................................................................................
Mala fies superveniens" .............................................................
Malversao ...................................................................... 333, 339,
Manicuros .........................................................................................
Mquina infernal .............................................................................
Marijuana
.................................................................................
129,
Massagistas .......................................................................................
Mata ................................................ . . ................................. 16, 18,
Medicamento em desacordocom receita mdica ..................
92,
129
222
346
147
37
130
147
30
123
102
(crime de)
..... ................................................................
10,
....................................
305
134
33
226
223
214
.............................................
....................................
227
217
IMPRIMIR AJUDA
l NDICEl l VOLTA
SEGUE
553
Ptf.
M oeda falsa (receptividade) ......... ......................... ............. 215,
Moea falsa (restituio circulao de) ........................... .
220
226
213
133
M otivo
(nobreza do)
......................................... ...........................
.............................................................
167
510
285
e segs.
N
Nacionalizao e sociedade ou bens .........................................
Naufrgio ................................ ........................................................
309
10
77
78
258
....................................................................... .
115
114
103
286
Nocividade positiva
O
Obedincia passiva
.........................................................................
410
29
142
Opimanos .........................................................................................
128
Optometristas ....................................................................................
Orem pblica (conceito) .............................................................
147
163
O m itptero
78
P
Papel firmado em branco ..................................
204
238
242
Parteiras
Pastagem
Patrocnio
Patrocnio
.................. ......................
243
...........................................................................................
147
....................................................................................
3
infiel ................................................................................ .............. 452,518
simultneo ou tergiversao ........................................ .............. 452,520
IMPRIMIR AJUDA
554
INDICE I1VOLTA
SEGUE
N lsoh H ungr ia
Pgs.
a)
........... .............................
161
segs.
(noo)
........................................................................
11
318
322
e segs.
(crimes de)
...................................................
15
e segs.
...........................................................................................
244
18
30
90>
434
103
253
18,
53
53
13
483
137
....................................................................
................................................................................................
!29
Q
Quadrilha ou bando .............................................. .
R
Badiotelgrafo .................................................................................
Raspagem ........................................................................... ...............
Receita fictcia ......................................................... ......................
Receptividade (aceitabilidade) a moeda falsa ....... 215, 220,
87
210
147
221
IMPRIMIR AJUDA
Co m e n t m o s
ao
l NDICEl l VOLTA
SEGUE
555
Pgs.
Recibo ................................................................................................
Registro civil (fa lsid a d e ), .............................................. 284, 285,
Reingresso de estrangeiro expulso ...................................... 447,
Reproduo ou adulterao e slo ou pea filatlica .............
241
286
455
295
485
33
S
Salvamento (subtrao, ocultao ou inutilizao de m aterial
de) .............................................................................. 17, 50, e segs.
Santos e pau co .....................................................................
Sade pblica (crimes contra a ) ............................. 89, 96, 97,
Slo para coleo ....................................................................... 247,
218
158
295
238
390
Serradura ...........................................................................................
210
259
81
210
299
T
Talo ..................................................................................................
Tebaina .................................................. .................................. 134Telefone .................................................. - - .................... * ............
241
137
D una
556
AJUDA
IIJ M m
VOLTA
IE33I
N lson H u n g b ia
Pgs.
Telgrafo ...........................................................................................
Telegrama .........................................................................................
Tergiversao ....................................................................................
Terrorismo ................................................................................... 23,
87
262
520
47
231
260
266
342
425
210
483
....................................................................
56
147
Tranqilidade pblica
82
210
U
Uso e documento f a l s o ....... ............................... 248, 291, 297 e segs.
Z7so e gs txico ou asfixiante ........................................... 39 e segs.
Uso e papis falsificados ....................... ......................................
242
260
Uso e selos ou sinais falsificados ..............................................
Uso o falsum ..............................................................................
Uso indevido de documentos pessoais alheios .............................
Usurpao e funo pblica . .......................................... 402,
Utiliae
(conceito)
..............................................................
351,
194
308
406
368
260
V
Vacatio (do Cd. Penal vigente)
.............................................
527
234
233
239
334
113
424
141
l NDICEl l VOLTA
SEGUE
557
IMPRIMIR AJUDA
Pa.
................ 325,
354
.............................................................................
380
S A IR
3 AJU D A
NDICE
VOLTA | SEGUE
SAIR
imprimir ajuda
NDICE
VOLTA
SEGUE
NDICE
ONOMSTICO
S A IR
3 AJU D A
NDICE
VOLTA | SEGUE
imprimir ajuda
SAIR
NDICE
VOLTA
SEGUE
432
A l c n t a r a M a c h a d o ....................... 3 5 , 4 0 , 5 3 , 7 5 , 3 0 5 , 3 3 7 , 34 9 , 3 5 0 ,
A x t a v i l l a ..................................................................................... ................................ 6 ^
381
A n a t o l e F r a n c e ..................................................................................................................
A n t o l i s e x ................................................................................................. 16 3 | 1 9 5 i 475)
4 13
492
A p o l i n a r i o ( G .)
........................................................ . .......................................................
12 5
A h 1 1
.................................................................................................................. 1 8 3 , 3 7 4 ,
A h q t jim e d e s d e A n c h i e t a ...............................................................................................
501
250
A d am S m it h
A rt r R
A s s is
................................................................................................................
34 4
amos
......................................................................................................................... ...
15 g
Ig l s ia s
................................... .................................................................................
13 7
a l d e s s a r in i
a ld o
a n n iz a
....................................
4 6 , 49 , 7 7 , 8 2 , 2 0 9 , 2 2 5 , 2 2 0 , 2 2 8 ,
292
281
5 11
....................... .......................................................................................................
4 12
............................................................... ..................................................
289
B a s i l e u G a r c i a ......................................................................................................... 2 8 8
B a t t a g l i n i ..................................................................................................... 7 j 7 qj
3 19
abbeyrac
arro s
arreto
a d d e l a ir e
ea u d o t
B
B
eu n s
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...........................................................................................................
en to
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382
12 6 ,
13 0
.................................................................................... . ............................................
14 9
S a n t o s ........................................................................................................
................................................................. .......................................................................
283
3 15
dos
de
a r ia
....
3 15 , 432,
477
2 1 2 , 2 1 3 , 2 9 1, 2 9 3 , 3 0 1 , 3 8 1 , 39 5, 427, 458,
........................................................................................................................... 4 6 5 , 4 9 7 ,
B e r m e r .....................................................................................................................................
50 0
4 19
e t t io i.
.................................................................................................................................
3 15
in d in g
...................................................................................................
18 8 , 1 9 1 , 2 15 ,
272
in e t
..........................................................................................................................................
4 78
ir k m e y e r
lan ch e
............................................................................ ..................................................
.............................................................................. ...................... ............. . . . . . .
19 0
282
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19 3
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...................................................................... ......................................................
423
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3 12
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.....................................................................................................................................
477
N. H, 36
SAIR
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C o m e n t r io s
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E l l i o t t .....................................................................................................
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130
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F a b ia n i
283
........................................................................ . ..........................
F a r in c io . .
165, 254, 281, 357, 360, 364, 365, 374, 413, 414, 419,
471
282
F e r m .................................................................................................... 33,
Feuebbach ............................................................................................. ..
F ila n g ie r i ........................................................................................... 9
F in g er ......................................................................................................
431
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184
..................................................................................... ...................
F l a m n io F vero ................................................................... ............
185
148
345
424
Pkan k ........ 37, 38, 66, 101, 164, 222, 267, 336, 368, 462, 501,
F reire CG.) ...........................................................................................
503
157
F reud ...............................................................................................
169,
F lc i .................................................................... ....................................
469
412
G abba
138
......................................................................................................
G a ld in o S iq u e ir a
G aro n (M .)
G arraud . . .
...............................................
..................................................................................
382,
149, 187, 254, 256, 259, 274, 276, 282, 297, 305,
383,
465
363
463
232
G a u t ie r ............... 53, 76, 98, 269, 275, 276, 368, 427, 443, 469,
G a va zzi .......................................................................... 331, 392, 398,
502
443
G erland ...................................................................................................
G ir io d i .....................................................................................................
215
321
G iu l ia n i ............................................................................................ 46,
G o ld sc h m id t .......................................................................... 310, 317,
367
31#
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433
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S il v a
.....................................................................................
G regori .....................................................................................................
G r esh am .................................................................................................
497
210
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410
............................................................. ....................................
H a it e r ................................................................................................ 11,
H e n k e ............................................. .......................................................
H ilm e r ....................................................................................................
494
184
410
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410
175
SAIR
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C o m e n t r io s
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C digo P e n a l
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O n o m stic o
567
Pgs.
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S tudeb .................................................................................................... ..
518
270
Qjrj
T a r d e ..................................................... ...................................................
T em sto c le s C a v a lc n t i .....................................................................
322
270
314
T o ls t o i
....................................................................................................
132
172
412
189
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380
U l f ia n o
.................................................................
521
V a c c h e li ..................................................................................................
321
V a n n in i .....................................................................................................
65
455
431
V iv e ir o s de C astro ...............................................................................
V o n B um . . . . .........................................................................................
465
11
V o n H ip p e l
315,
317
V o n I h e r in g .................................... .....................................................
V o n K a l l in a . . . . .................................................. ....................... 410,
...................................................................................
411
413
V o n K r ie s
...................................................................... ........................
V o n L is z t
.............................................................
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316,
12
335
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...............................................................................................
52,
381
320
124
76
S A IR
3 AJU D A
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DE ARTIGOS
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S A IR
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* ------------------------------------------------------------------------------ K
(Os nmeros assinalados com asterisco indicam as pginas do comen
trio geral do artigo; os outros, as pginas em que o artigo loi apenas
referido ou comentado sob algum aspecto particular.)
-c-------------- -------------------------------------------------------------------------------------------Pgs.
5 ....................................................................................................
217,
220
10 ..............................................................................................................
11 ..............................................................................................................
527
31
13 ..............................................................................................................
14 ............................................................................................... 25, 36,
25
215
18 ..............................................................................................................
19 ........................................................................................................
508
102
2 0 ............................................................................. .............................................................
21 ..............................................................................................................
392
414
22 ..............................................................................................................
23 .......................................................................................................
482
482
25 ....................................
26 ....................................
501
487
487
88
517
47 ....................................................... ...............................................
48 ...................................................................................... 179, 220,
487
285
67 .............................................................................................................
526
526
70 ..............................................................................................................
71 ........................................................................................................ ..
526
526
74
...................................................................................................
435
76 ....................................................................................................... 25,
77 ..............................................................................................................
165
181
78 ........................................................................................................ -
181
80
84 ............................................................................................... .......
513
165
25,
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572
N lso n H u n g r ia
Pgs.
99 ..............................................................................................................
100 .............................. ...............................................................................
108 ....................................................................................................
486,
143
435
503
111
286
121 .................................... 24, 30, 41, 57, 64, 71, 79, 85, 98, 105,
122 ..................................................................................................... 461,
129 ..............................................................................................................
146
462
30
138
141
146
150
458
422
31
315
..............................................................................................................
.........................................................................................................
..............................................................................................................
..............................................................................................................
151 ...........................................................................................
154 ..................................................................................
315, 353,
....................................................................................................
171 ......................................................................................... 22, 24, 26,
172 ................................................... ..........................................................
175 .......................................................................................................
97,
393
520
350
36
338
468
283
295
179 ..............................................................................................................
180 ..............................................................................................................
283
228
187 ..............................................................................................................
196 ..............................................................................................................
433
433
202 ..............................................................................................................
29
215 ..............................................................................................................
307
216 ..............................................................................................................
226 ..............................................................................................................
228 ..............................................................................................................
307
315
339
435
241 ..............................................................................................................
285
250 .......
251 ..............................................................................
80
* 16, 35, 38, 39,
252 ...................................................................................................
253 .............................................................................................
254 .......................................................................................
255 ..............................................................................
* 16,
40
* 17, 34,
41
48
256 .......................................................................................
80
257 ...................................................................................................
* 17,
48
50
50
258 ........... * 18, 25, 27, 30, 31, 39, 41, 47, 50, 53, 56, 71, 83,
259 ............................................................................................. * 18, 53,
158
98
200 ........................... 22, * 55, 56, 62, 64, 65, 68, 69, 70, 71, 75,
261 ...................................................................... * 56, 77, 78, 79, 81,
76
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C om en t rio s ao C digo P e n a l n d ic e ds A r tig o s
573
Pgs.
262 ..............................................................................
83
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85
86
88
159
102
102
270 ..................................................................................
108
271 ...........................................................................................
* 90, 108,
272 .......................................................................... * 90, 109, 113, 114,
273 ........................................................................... * 90, 97, 113, 115,
109
116
117
274 .........................................................................................
118,
119 '
119
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* 92
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278 ..................................................................................................
* 92,
279 ...................................................................................................
* 92,
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280 ..................................................................................................
* 92,
123
433
151
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284 ................................................................................
* 94,
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121
153
158
158
172
174
181
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433
315
244
232
243
244
315
315
297 . . . 198, 240, * 245, 248, 258, 260, 261, 262, 264, 265, 267,
.................................................................................. 279, 284, 291,
315
298 ...................................................
291
299 ........ 198, 240, * 246, 248, 258, 272, 275, 276, 278, 281, 284,
300 ......................... ............................ 198, *2 46 , 248, 258, 290, 291,
293
315
301 ........................................
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N lbon H u n g r ia
Pgs.
302 .............................................................
198, * 247,
303 .............................................................
108, * 247,
304 ......................................................................
198, *302,
198, * 302,
304,
304,
295
296
297
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308
309 ......................................................................
198, * 303,
304, 308,
309
310 ......................................................................
198, * 303,
304, 308,
309
309
356
360
314 ................................................................................
445
315 ................................................................................
356
361
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320 ........................................................................................
525
372
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379
382
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391
325 .......................................................................................
* 327,
393,
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326 .......................................................................................
* 328,
396,
439
223, 225, 244, 261, 264, 265, *328, 339, 340, 388,
397,
327 . . .
417
407
329 .......................................................................................
415,
416
408, 416,
417
331 .......................................................................................
* 403, 420,
332 ...................................................................... *403, 423, 425, 524,
421
525
333 ......................................
525
330 ......................................................................
*402,
377, * 402,
334 ................................ 326, 371, 372, 373, * 403, 431, 433, 436,
335 ................................................................................ *4 04 , 437, 440,
336 ............................................................................ .......... *404, 441,
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*447,
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*449,
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IND ICE G ERAL
TTULO v i n
Pgs.
D O S C R IM ES C O N T R A A IN C O L U M ID A D E P B L IC A
.........
Captulo
Captulo
..............
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.........................................
89
TTULO IX
D O S C R IM ES C O N T R A A P A Z P B L IC A (arts. 286 a
288) . . .
161
TTULO X
DOS CR IM ES C O N T R A A F P B L IC A
Captulo
Capitulo
................................
.......
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............................
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311) . . .
TTULO X I
D O S C R IM E S C O N T R A A A D M IN IS T R A O P B L IC A
Captulo
.....
311
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IMPRIMIR AJUDA
H
Captulo I I I Dos crimes contra a administrao da Jus
tia (arts. 338 a 359) ..............................
447
D ISPO SI E S F IN A IS
Arts. 360 e 301 ......................................................... ........................
52
Bibliografia ................................................................................
531