Engenhos Do Nordeste No Brasil
Engenhos Do Nordeste No Brasil
Engenhos Do Nordeste No Brasil
2015 AB Rural
Arquitetura Civil Rural do s. XVI ao XVIII
Andressa Oliveira S
Aurlio Pacheco
Igor Zoffoli
Monique Pires
2015 AB Rural
Arquitetura Civil Rural do s. XVI ao XVIII
SUMRIO
1 INTRODUO .......................................................................................................... 3
1 INTRODUO
A histria do Brasil dos primeiros sculos confunde-se com a histria do acar. As
Colnias existiam para desenvolver comercio, atravs do acumulo de riquezas, atravs de
extrativismo ou de praticas agrcolas. Alguns fatores tornaram o acar brasileiro dominante
no mercado europeu. Foi no engenho que se formou a sociedade patriarcal aucareira.
Conjuntos de engenhos foram instalados ao longo de quase todo o litoral brasileiro, com
maior concentrao nas reas que correspondem hoje aos estados de Pernambuco, Bahia, Rio
de Janeiro e So Paulo.
2 MORADA PAULISTA
Sem ouro, sem pau brasil, fracassada a experincia de produo volumosa de acar, a
sociedade paulista se v abandonada a prpria sorte e disposta a construir seu prprio
destino
SAIA, Lus. Morada Paulista. Pg. 27
Durante todo o perodo colonial as
tendncias monocultoras do nosso mundo
rural contriburam para a existncia de
uma permanente crise no abastecimento
das cidades. As casas urbanas resolviam
em parte este problema com a criao de
pequenos animais e o cultivo da mandioca
Casa do Engenho dgua. Jacarepagu Rio RJ (sc. XVIII)
ou outro legume.
Solues mas satisfatrias eram porm conseguidas nas chcaras, que aliavam ainda as
vantagens da presena dos cursos dgua, que substituam os equipamentos hidrulicos
inexistentes nas residncias urbanas. Por tais razes morar nas chcaras tornara-se
caracterstica de pessoas ricas que utilizavam as casas urbanas somente em ocasies especiais.
2.1 IMPLANTAO
Planta quadrangular
2.2 TCNICA
Taipa de pilo
Exemplos:
A
construda em 1640, por Pedra Vaz de Barros. Originalmente possua oratrio interno, mas em
1681 foi dada proviso para a construo da capela.
A capela, a pequena distncia da casa, tambm de taipa de pilo sobre embasamento de
pedra. Constituda por telhado de quatro guas, de extrema horizontalidade e grande
predomnio de cheios sobre vazios.
Exatamente no meio da fachada abre-se o alpendre, ladeado por apenas duas janelas. Os
batentes, balastres, caibros, cachorros, janelas e portas so de canela-preta, madeira de
extraordinria resistncia.
Stio do Padre Incio. Cotia SP (1690) Planta baixa - Stio do Padre Incio.
Cotia SP (1690)
A casa do stio do Padre Incio em Cotia SP, possui planta quadrada, construda em taipa
de pilo e com telhado de quatro guas, possui alpendre central ladeado por duas janelas,
como a casa do Stio de Santo Antnio, mas com maior verticalidade. O interior se desenvolve
em torno de uma sala central, havendo tambm sto, o que explica a segunda linha de janelas
- apenas duas, correspondentes aos vos inferiores nas fachadas posterior e laterais.
3 ENGENHOS DO NORDESTE
3.1 FORMAO DOS ENGENHOS NORDESTINOS:
Bom como sabemos as colnias brasileiras se formaram de modo que se tornaram pontos de
transio de especiarias desde o descobrimento por seu valor de mercado e eram exportadas e
comercializadas pelos colonos, como o pau-de-tinta ou pau-brasil que a priori foi o que
chamou a ateno dos portugueses, por seu valor no mercado europeu.
O fator econmico foi o fator de maior interesse estrangeiro na questo colonial brasileira. E
essa economia colonial a priori se baseava na produo dessas especiarias tal como acar,
cana de acar, que na poca era um produto nobre cujo consumo crescia na Europa,
principalmente entre as realezas.
O que favorecia a produo de acar nas colnias brasileiras era o fator climtico,
principalmente nas regies do nordeste, outro fator era a mo de obra em abundancia que na
grande maioria era escrava. Enfim foram esses fatores que levaram a formao dos Engenhos.
3.1.1 ENGENHO
O
termo
instalaes
designava
necessrias
inicialmente
as
produo
senhorial,
abrangendo
as
discurso
sobre
necessidade
de
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uma verdadeira regresso, implicando a substituio da fora dgua e de animais por brao
escravo.
Os
reclamos
constantes,
nos
primeiros
construes
muito
simples,
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Casa em U com ptio posterior Outro grupo de casas de engenhos baianos apresenta
planta em forma de U, com ptio posterior ajardinado, para o qual se abrem dependncias de
servio. Essa tipologia pode ser observada nas casas dos engenhos Embiara (j destruda),
situada em Cachoeira, Monte e Cajaba, em So Francisco do Conde. So construes
assobradadas em alvenaria mista, com capelas no interior.
3.1.3.2 Capela
Enquanto nos sculos XVII e XVIII as capelas
eram presena praticamente obrigatria na
paisagem dos engenhos, no sculo XIX elas
escasseiam. Entre os engenhos construdos ou
reformados nessa poca, em cerca de 60% no
havia capela e, quando esta existia, geralmente
era na forma de um oratrio no interior da casagrande. As poucas capelas isoladas encontradas localizam-se na rea tradicional de produo
aucareira, integrando engenhos mais antigos ou desmembrados dos mesmos. Na zona de
expanso ao norte do Recncavo prevaleceram os oratrios internos e, a oeste, na bacia do
Jaguaripe, simplesmente no existiram capelas ou oratrios.
3.1.3.3 Senzala
As reas tradicionais de produo aucareira continuavam concentrando, no sculo XIX, os
maiores engenhos e o maior nmero de escravos. J as reas de expanso da agroindstria,
situadas mais ao interior, tendiam a apresentar menor concentrao de escravos e maior
diversificao da economia. A distribuio das moradias dos escravos na paisagem do
engenho variava. Geralmente elas se situavam a meia altura entre a casa-grande e a fbrica.
Poderiam, no entanto, estar prximas da casa-grande, formando com esta um grande ptio. As
edificaes eram de dois tipos: casebres isolados, com paredes de pau a pique, recobertas por
palha, ou conjuntos de moradia em linha, formando unidades recobertas por um nico
telhado, conhecidos como senzalas. A maioria dessas habitaes era antecedida por uma
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varanda-corredor.
Os
escravos
domsticos
A forma das fbricas resultava basicamente de fatores tecnolgicos de produo. Como estes
no variaram muito durante todo o perodo colonial, a arquitetura das edificaes no
apresentou grandes modificaes. Somente no perodo imperial, com a incorporao de novas
tcnicas construtivas e a introduo da mquina a vapor e de novos processos de purga, a rea
e a forma das fbricas se alterariam, adaptando-se ainda nova capacidade produtiva dos
engenhos. A principal caracterstica da arquitetura dos engenhos baianos, na primeira metade
do sculo XIX, a fbrica em forma de galpo, com planta retangular formada por trs ou
mais naves e recoberta por um s telhado de quatro ou duas guas, sustentado por esteios ou
pilares de alvenaria. Geralmente, a nave central era sustentada por tesouras de madeira de at
12m de vo e as laterais, por meias-tesouras ou vigas de at 6m de vo.
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configurao das residncias rurais paulistas com as diferentes correntes migratrias que essa
comparao pretende explorar.
Deste modo, as divises dessa arquitetura se apresentam da seguinte forma: o sincretismo dos
costumes portugueses e indgenas responsvel pelo surgimento das casas bandeiristas, e seu
perodo vai do incio da explorao da capitania So Vicente at o sculo XVIII. Os
imigrantes europeus que trazem influncias estilsticas das suas respectivas regies de origem,
porm O colonizador portugus no reproduziu no Brasil o estilo das casas portuguesas,
preferindo criar uma casa que correspondesse ao ambiente fsico brasileiro e que, ao mesmo
tempo, atendesse as necessidades de trabalho e pessoais dos residentes. As casas-grandes
eram erguidas visando segurana e no esttica. Os donos de engenhos, chamados
posteriormente de senhores de engenhos, sentiam-se inseguros com a possibilidade de ataques
dos ndios e dos negros, j que essas casas representavam o poderio feudal brasileiro. O
senhor de engenho em sua propriedade, tinha poder total sobre a vida de seus escravos,
empregados e moradores.
A construo destes novos povoados era complicada no que diz respeito disponibilidade de
materiais. As vilas no litoral aproveitavam a pedra e o cal para suas cidades, deste modo no
foi necessrio muita adaptao quanto aos costumes construtivos da metrpole. Em situao
contrastante, o interior no gozava de tanta pedra, e a cal inexistia. No a toa que So Paulo
recebeu o ttulo Imprio da Taipa, pois a alternativa a falta dos materiais utilizados no litoral
foi a tcnica da taipa de pilo. Esta, por sua vez, no fora muito praticada no litoral pela
carncia de terra argilosa. A
provvel origem desta tcnica que tenha sido trazida pelos colonos do sul de Portugal, que
por sua vez herdaram da invaso rabe Pennsula Ibrica. Porm no se pode considerar que
tenha ocorrido uma pura transposio da tcnica da taipa afro-europia para a floresta
tropical. As primeiras moradias sofrem influncia tambm da populao nativa graas aos
primeiros missionrios jesutas que facilitaram a troca cultural dos dois povos.
Enquanto os engenhos do nordeste, as casas eram construdas com alicerces profundos
utilizando leo de baleia e grossas paredes de taipa (barro amassado para preencher os
espaos criados por uma espcie de gradeado de paus, varas ou bambus); pedra e cal; teto de
palha, sap ou telhas com o mximo de inclinao para servir de proteo contra o sol forte e
as chuvas tropicais; piso de terra batida ou assoalho; poucas portas e janelas e alpendres na
frente e dos lados. Todavia essas quase fortalezas, feitas para durarem sculos, no seriam
suficientes para impedir que ainda na terceira ou quarta gerao, comeassem a desmoronar
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por falta de conservao. Dos indgenas temos, alm do fornecimento da cobertura das casas
com a palha, a estrutura da armao de madeira que definiu a planta retangular das casas
bandeiristas.
As moradas paulistas foi possvel verificar conceituao da fachada que praticavam os
arquitetos da poca atravs de um tratamento especial dado aos cachorros e as portas
principais a observao pode ser facilmente comprovada com analise das colunas dos
alpendres.
Todas as construes, com maior ou menor dificuldade, poderiam usar pedra ao invs
do tijolo, porm a pedra de boa qualidade no existe em todo o territrio, e despenderia muito
trabalho e dinheiro para transport-las. No entanto, o tijolo poderia ser feito em olarias dentro
das prprias fazendas.
REFERNCIAS
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Histria do Brasil Brasil Colonia. Volta Redonda: 2015. Disponvel em: <
http://www.portalbrasil.net/brasil_historiadobrasil_brasilcolonia.htm > Acesso em: 12 mar
1015.
Os engenhos de acar no Brasil. Volta Redonda: 2015. Disponvel em: <
http://www.historiatecabrasil.com/2009/04/engenhos-de-acucar-do-brasil.html > Acesso em:
12 mar 2015.
Os engenhos da baixada santista e os do litoral norte de So Paulo. Volta Redonda: 2015.
Disponvel em: < http://www.usp.br/revistausp/41/06-nestor.pdf > Acesso em: 12 mar 2015.
O engenho e o fabrico do acar no Brasil Colonial. Volta Redonda: 2015. Disponvel em:
< http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2013/12/o-engenho-e-o-fabrico-do-acucarno.html > Acesso em: 12 mar 2015.