HIPERBARISMO
HIPERBARISMO
HIPERBARISMO
Targino
Trabalho Hiperbrico
Legislao
Lei no 6514, de 22 de dezembro de 1977, altera o Captulo V do Ttulo II da
Consolidao das Leis do Trabalho, relativo a nova legislao de segurana e
medicina do trabalho. Esta lei foi regulamentada pela Portaria 3214/78 do
Ministrio do Trabalho e Emprego, com as Normas Regulamentadoras NR.
O trabalho sob condies hiperbricas trata dos trabalhos sob ar
comprimido e dos trabalhos submersos, da Norma Regulamentadora
nmero 15 Anexo 6.
Trabalhos Submersos
Trabalhos submersos so aqueles efetuados no meio lquido, onde o
mergulhador submetido a presses maiores que a atmosfera e exigida
cuidadosa descompresso, de acordo com as tabelas existentes na Norma
Regulamentadora no 15 Anexo 6.
As normas que regem as atividades submersas so:
a) Trabalho submerso, item 2 do mesmo Anexo;
b) Norma da Autoridade Martima para Atividades Subaquticas,
NORMAN no 15, aprovada pela Portaria no 09, de 11 de fevereiro de
2000, da Marinha do Brasil.
Classificaes do Mergulho
Mergulho em apnia
o mergulho sem nenhum tipo de equipamento, no qual o mergulhador no
respira, logo, permanecendo um tempo restrito sob a gua.
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Mergulho com Mistura Respiratria Artificial MRA
Profundidade maior que 50 metros. A mistura utilizada composta de hlio
e oxignio hlioxi. Estes parmetros definem o mergulho fundo.
Quanto ao intervalo entre os mergulhos
Mergulho simples
aquele realizado aps um perodo maior que 12 horas do primeiro
mergulho.
Mergulho repetitivo
aquele realizado antes de decorridas 12 horas do trmino de outro
mergulho.
Quanto ao tipo de equipamento
Mergulho autnomo
aquele no qual a fonte de respirao transportada pelo mergulhador (o
mergulhador transporta os cilindros nas costas, conhecido como aqualung).
Mergulho dependente
aquele no qual a fonte respiratria est na superfcie, e chega ao
mergulhador por meio de uma mangueira integrante do umbilical.
Mergulho com umbilical ligado diretamente a superfcie
O mergulhador est preso superfcie pela linha de vida. Somente
permitido em mergulho at 50 metros, ou seja, mergulho raso.
Mergulho com sino aberto (cinete)
Campnula com a parte inferior aberta e provida de estrado, de modo a
abrigar e permitir o transporte de no mnimo dois mergulhadores da
superfcie ao local de trabalho. Deve possuir sistema prprio de
comunicao, suprimento de gases de emergncia e vigias que permitam a
observao de seu exterior. permitido em mergulhos de at 90 metros.
Mergulho com sino de mergulho (fechado)
Cmara hiperbrica especialmente projetada para ser utilizada em trabalhos
submersos, com a mesma presso do ambiente de trabalho. uma
campnula fechada, utilizada para transferir os mergulhadores, sob presso,
entre o local de trabalho e a cmara de descompresso de superfcie.
Tcnicas de mergulho
Mergulho unitrio ou de interveno (bounce diving)
o mergulho caracterizado pelas seguintes condies:
a) Utilizao de mistura respiratria artificial;
b) Quando do retorno superfcie o mergulhador dever ser
descomprimido;
c) Tempo de trabalho de fundo limitado a 160 minutos, em caso de
utilizao de sino aberto;
d) Utilizando o sino de mergulho o tempo de fundo no poder exceder:
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Os componentes da atmosfera
Um grande nmero de gases toma parte na composio da atmosfera. No
mergulho com ar, nos preocupamos principalmente com o oxignio e o
nitrognio, principais componentes, e com alguns gases mais raros, mas de
grande influncia quando ocorrem no meio respiratrio.
a) Oxignio existe em estado livre na atmosfera da qual faz parte com
aproximadamente 20% em volume. incolor, inodoro e sem sabor;
b) Nitrognio no seu estado livre, corresponde a 79% em volume da
atmosfera. Inodoro, incolor e inspido. um gs inerte;
c) Hidrognio o gs mais leve, tm sido conseguidas misturas
adequadas ao mergulho profundo, mas, devido s dificuldades em
obt-las com segurana, foi abandonado o seu uso na MRA;
d) Gs Carbnico encontrado no ar na proporo de 0,04%
desprovido de odor, cor e sabor, entretanto em concentraes mais
altas, apresenta cheiro e sabor cidos;
e) Monxido de carbono e gs sulfdrico (CO e H 2S) resultantes
respectivamente da combusto incompleta e da decomposio da
matria orgnica, so altamente txicos e instveis.
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210 kg 10 kg = 200 kg
Fisiologia do Mergulho
No estudo da adaptao do organismo do mergulhador s condies
adversas encontradas nas profundezas submarinas, aqueles que sofrero
mais de perto os efeitos das variaes hiperbricas so: aparelho
circulatrio, aparelho respiratrio e sangue.
Aparelho Circulatrio
O aparelho circulatrio leva o sangue aos tecidos para nutri-los com
oxignio, trazendo-o de volta aos pulmes, onde o gs carbnico, produzido
nos tecidos eliminado para o meio ambiente e um novo suprimento de
oxignio recebido.
O corao, rgo central desse sistema uma verdadeira bomba aspirante
e premente que impulsiona o sangue arterial para os tecidos, recebe-o de
volta e o manda aos pulmes para ser reoxigenado e livrar-se do gs
carbnico de que est carregado.
Os vasos sanguneos, condutores do sangue dividem-se em artrias que
conduzem o sangue do corao para os tecidos ou para os pulmes, e veias
que conduzem o sangue para o corao. Os capilares ligam as artrias s
veias em ramificaes to finas que permitem ao sangue banhar
diretamente os tecidos ou espalhar-se pelas paredes alveolares.
Vejamos agora como se d a circulao sangunea: uma gota de sangue
localizada no alvolo pulmonar, livra-se do gs carbnico, carrega-se de
oxignio e dirigi-se pela veia pulmonar para o corao esquerdo (aurcula
esquerda). Da lanado pela artria aorta para todos os tecidos do corpo
onde, atravs dos capilares tissulares, cede o seu oxignio s clulas e
recebe o gs carbnico proveniente das queimas energticas que se
processam nessas clulas. conduzida ento pelas veias cavas para o
corao direito (aurcula direita) que envia aos pulmes pelas artrias
pulmonares, recomeando o ciclo.
Aparelho Respiratrio
O aparelho respiratrio conduz o ar do meio exterior para o contato ntimo
com o sangue, permitindo as trocas gasosas entre este e o meio ambiente.
constitudo pelas vias areas (brnquios e bronquolos) que permitem a
passagem do ar para o interior dos pulmes pelos alvolos, unidades
funcionantes propriamente ditas onde processam as trocas gasosas.
As vias areas, por no tomarem parte efetiva nessas trocas gasosas,
constituem o espao morto anatmico. Os alvolos so verdadeiros sacos
membranosos envolvidos pela rede capilar pulmonar e atapetados pela
delicada membrana alveolar. Envolvendo os pulmes e rebatendo-se para
revestir a superfcie da caixa torcica temos a pleura, uma membrana que
delimita entre seus folhetos a cavidade pleural.
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Funo Respiratria
Dinmica da Ventilao Pulmonar
A inspirao um movimento ativo que se faz pela ao dos msculos
inspiratrios, dilatando a caixa torcica. O diafragma, msculo principal da
respirao intervm com 75% e os demais, chamados msculos acessrios
(esternoclidomastideo, escaleno, abdominais e outros) participam com o
restante.
A dilatao da caixa torcica leva ao aumento da presso negativa
intrapleural de menos dois para menos cinco centmetros de gua, caindo
tambm a presso intrapulmonar. Segundo a Lei de Boyle o ar admitido
nos pulmes atravs da inspirao pelo aumento do volume pulmonar.
Cessando o estmulo inspiratrio, o diafragma se relaxa, a cpula se eleva,
os pulmes elasticamente se retraem pela reduo da presso negativa
intrapleural e volta a menos dois centmetros, sendo a expirao portanto
um fenmeno passivo. O conjunto inspirao e expirao constitui o ciclo
respiratrio e o nmero de ciclos por minuto a frequncia respiratria que
vai de dez a vinte vezes por minuto no homem normal.
Difuso
a fase da respirao que abrange passagem dos gases do sangue para os
alvolos e vice-versa. Essas trocas ocorrem devido s diferenas de presso
parcial desses gases no ar alveolar, sangue arterial e sangue venoso,
criando-se um verdadeiro gradiente responsvel pela movimentao
constante desses gases.
Principais Volumes Pulmonares
O volume de ar contido nos pulmes pode ser assim dividido:
a) Capacidade total maior volume de ar que pode ser contido nos
pulmes aps uma inspirao mxima;
b) Capacidade vital maior volume de ar que pode ser expelido dos
pulmes aps uma inspirao mxima;
c) Volume residual volume de ar que fica retido nos pulmes aps uma
expirao mxima;
d) Volume corrente volume de ar que se movimenta no ciclo
respiratrio normal;
e) Volume minuto volume de ar que se movimenta nos pulmes em
um minuto.
Normalmente os alvolos pulmonares so perfundidos pelo sangue dos
capilares e ventilados pelo ar para permitir as trocas gasosas. Quando
alguns desses alvolos no so suficientemente perfundidos, ficando
prejudicado seu funcionamento, temos a constituio do chamado espao
morto fisiolgico, de grande importncia na dinmica respiratria.
Alteraes respiratrias do homem durante o mergulho
Aumento do espao morto
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O espao morto anatmico aumenta, primeiramente pelo acrscimo de
peas do equipamento como a mscara facial e introduz um aumento de at
250 cm. A distenso dos alvolos pulmonares e bronquolos pelas
condies hiperbricas aumenta tambm o espao morto anatmico.
Aumento da resistncia respiratria
O aumento da presso pulmonar e da presso ambiente leva a um aumento
da resistncia respiratria e consequentemente do trabalho respiratrio. Por
outro lado, h uma presso hidrosttica, relativamente maior a ser
efetivamente vencida. O movimento do ar passa a ser turbilhonar, e a
resistncia oferecida passa ser proporcional a densidade da mistura,
aumentada pelas condies hiperbricas.
O aumento da resistncia respiratria leva a um aumento consequente do
trabalho respiratrio.
Reduo da ventilao alveolar
Essa reduo se d, por um lado, pelo aumento do espao morto j
estudado e, pelo outro, por uma reduo do volume minuto consequente
por sua vez de uma reduo de frequncia respiratria e do volume corrente
pulmonar.
Elevao do teor de gs carbnico
Principais fatores para a elevao do teor de gs carbnico:
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Barotrauma
Efeitos
Diretos
Embolia
Traumtica
pelo Ar
Biofsico
Efeitos
Indiretos
Bioqumico
Doena
Descompress
iva
Embriaguez
das
Profundidade
s
Intoxicao
pelo
Oxignio
Intoxicao
pelo Gs
Carbnico
Barotrauma
Barotrauma
Barotrauma
Barotrauma
Barotrauma
do ouvido mdio
do ouvido externo
dos seios da face ou sinusal
pulmonar ou torcico
dental
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rgo importante no equilbrio, ocorrero provavelmente nuseas, vmitos e
desorientao espacial.
Barotrauma do ouvido externo
Ocorre pela obstruo do conduto auditivo externo por tampes de
borracha, cermen ou capuz apertado, ocasionando desequilbrio de
presses no ouvido. Geralmente ocorre na subida.
Barotrauma dos seios da face ou sinusal
Ocorre quando a presso ambiente varia em relao presso no interior
dos seios da face, devido obstruo dos steos sinusais (canais que ligam
os seios a rinofaringe). Cria-se uma regio de baixa presso no seu interior,
fazendo suco sobre a mucosa que os reveste, provocando dor aguda e
sangramento pelo nariz.
Barotrauma pulmonar ou torcico
No mergulho livre os pulmes vo se comprimindo e reduzindo seu volume
medida que a presso ambiente vai aumentando. Assim, segundo a Lei de
Boyle, a capacidade total dos pulmes que na superfcie de 6 litros aos 30
metros passa a ser de 1,5 litros, o que corresponde ao volume residual.
A partir desse ponto, os pulmes passam a se comportar como cavidades
areas incompressveis e se o mergulhador prosseguir haver congesto,
passagem de lquido para o interior dos alvolos e finalmente edema agudo
de pulmo.
Barotrauma dental
Durante a descida do mergulhador pode ocorrer uma forte odontalgia,
obrigando-o a subir precipitadamente, por vezes, com graves
consequncias. Acredita-se que isto ocorre pela presena de pequenas
bolhas gasosas no interior da polpa dentria que, no se comunicando com
o ambiente, apresentam no seu interior uma presso relativamente
negativa, explicando o fenmeno doloroso.
Doena descompressiva
Pela Lei de Henry, os gases inertes se dissolvem nos lquidos em
quantidades quase proporcionais s presses parciais dos gases. Assim, se
temos dissolvido em nossos tecidos e sangue, cerca de 1 litro de nitrognio
na presso atmosfrica, podemos esperar uma dissoluo de cerca de 5
litros quando a presso for cinco vezes maior. Naturalmente, essa
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dissoluo leva certo tempo para ocorrer, cerca de 12 horas na prtica (em
alguns tecidos poder levar 24 horas).
Quando a presso se reduz, o gs tender a abandonar os tecidos voltando
a forma gasosa, como ocorre em uma garrafa de refrigerante ao ser aberta.
Se a reduo de presso for gradual e lenta, de modo que o gs v sendo
eliminado pelo sangue nos pulmes, nada de mal ocorrer. Se ao contrrio,
ocorrer bruscamente, a formao de bolhas se dar em qualquer parte,
bloqueando a circulao e causando efeitos localizados. O bloqueio da
irrigao sangunea comprometer a regio afetada, que poder ser desde
uma articulao at o crebro ou a medula, com graves consequncias.
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d) Tenso emocional a ansiedade e o pnico favorecem o
aparecimento da intoxicao pelo oxignio;
e) Predisposio individual nos exame mdico admissional do
mergulhador dever ser realizado um teste de tolerncia ao oxignio,
que consiste em fazer o candidato respirar oxignio puro sob presso
(2,8 ATA) num perodo de 30 minutos, na cmara de recompresso.
Qualquer sinal ou sintoma de intoxicao pelo oxignio ser motivo
de inabilitao.
Apagamento
O apagamento uma forma de desmaio comum na prtica de mergulho
livre, sendo a causa mais frequente dos inmeros acidentes fatais ocorridos
entre os caadores submarinos. Quando praticamos a apneia, isto , a
suspenso voluntria da respirao, o organismo vai consumindo o oxignio
e produzindo CO2. O desequilbrio dos dois gases acaba por estimular o
centro respiratrio que nos far sentir desejo de respirar antes que a falta
de oxignio venha a causar um desmaio. Tal fato ocorre na superfcie. Se,
porm, considerarmos o homem em mergulho livre, veremos que as coisas
se processam de maneira diferente.
Ao descer ocorrer um aumento de presso do ambiente e, em
consequncia, a presso parcial do oxignio nos pulmes crescer tambm,
causando uma sensao de bem estar. Quando o gs carbnico tiver
crescido at o ponto de estimular o centro respiratrio, pode ser que o
oxignio j tenha sido consumido em grande quantidade. Assim, ao iniciar a
subida, o mergulhador retornar a presses ambientes mais baixas, o que
acarretar numa brusca reduo da presso parcial do oxignio, causando
desmaio. A morte por afogamento ento iminente.
A situao se torna ainda mais perigosa devido a falta de hiperventilao,
que erroneamente chamada de oxigenao. Atravs dessa prtica que
consiste em respirar acelerada e intensamente, o mergulhador faz baixar
drasticamente a taxa de CO2 nos seus tecidos, embora praticamente no
consiga elevar a taxa de O2, uma vez que o sangue normalmente se satura
desse gs sem artifcios. Com isso ele retarda o estmulo ao centro bulbar
(centro respiratrio) que ativado pela concentrao alta do gs carbnico
aumentando a sensao de bem estar no fundo e permitindo que o
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mergulhador consuma mais ainda o seu oxignio. Nessa situao, se chegar
a sentir o estmulo, seu oxignio j estar muito baixo e ele corre grande
risco de apagar na subida.
Descompresso
Quando se respira ar, o oxignio consumido no metabolismo, mas o
nitrognio, inerte, se difunde pelo sangue e pelos tecidos de acordo com a
Lei de Henry, isto , a quantidade de gs que absorvida por um lquido
quase proporcional presso parcial do gs em presena do lquido. Essa
absoro se d em um determinado perodo de tempo e depender de
vrios fatores. Outros fatores menos importantes influenciam a absoro
tais como: a temperatura, a vascularizao, etc.
A velocidade de absoro de um gs aproximadamente a mesma de sua
liberao, isto , ele deixar os tecidos em um tempo igual ao que levou
para ser absorvido, se mantida as mesmas variaes de presso parcial.
Quando o mergulhador inicia seu retorno superfcie, o gs inerte,
dissolvido nos seus tecidos, comea a ser liberado em uma velocidade tanto
maior quanto maior for a variao da presso, isto quanto maior for a
velocidade de subida do mergulhador. Se essa subida for muito rpida a
quantidade de gs liberado poder ser tal que ao invs de ocorrer nos
alvolos pulmonares, onde se deu a absoro, a liberao poder ocorrer
em qualquer ponto do organismo, acarretando a formao de bolhas
gasosas, tal como acontece quando abrimos uma garrafa de refrigerante. A
existncia dessas bolhas pode dar origem a chamada doena
descompressiva com seus graus variveis de gravidade. Para evitar essa
situao indesejvel, foram calculadas as tabelas de descompresso que
estabelecem esquemas, segundo os quais o mergulhador deve voltar
superfcie.
Definies
a) Profundidade quando usada para indicar a profundidade num
mergulho, significa a profundidade mxima alcanada durante o
mergulho, medida em metros ou ps de gua salgada. Tambm
conhecida como nvel de vida;
b) Tempo de fundo o tempo total decorrido desde que o mergulhador
deixa a superfcie (DS) at o instante em que ele deixa o fundo (DF),
iniciando a subida. medido em minutos;
c) Parada de descompresso profundidade especfica na qual o
mergulhador dever permanecer por determinado perodo de tempo
para eliminar os gases inertes dissolvidos em seu organismo;
d) Esquema de descompresso procedimento especfico de
descompresso para uma dada combinao de profundidade e tempo
de fundo. normalmente indicado em metros ou ps por minuto (18
metros/40 minutos, por exemplo);
e) Mergulho simples qualquer mergulho realizado aps um perodo
maior que 12 horas na superfcie.
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f) Mergulho de repetio ou sucessivo qualquer mergulho realizado
aps o intervalo de superfcie (IS) menor do que 12 horas e maior que
10 minutos;
g) Nitrognio residual nitrognio ainda dissolvido nos tecidos do
mergulhador aps sua chegada a superfcie que leva certo tempo
para ser eliminado;
h) Intervalo de superfcie tempo que um mergulhador passa na
superfcie entre dois mergulhos. Comea a ser contado quando ele
chega a superfcie e termina quando ele a deixa para um segundo
mergulho (DS);
i) Grupo de repetio indicado por uma letra, relaciona-se com a
quantidade de nitrognio residual no organismo de um mergulhador
aps um dado mergulho;
j) Tempo de nitrognio residual um tempo, medido em minutos, que
deve ser adicionado ao tempo real de fundo de um mergulho
sucessivo, de modo a compensar o nitrognio residual proveniente de
um mergulho anterior. Abreviao: TNR;
k) Esquema de descompresso equivalente o esquema de
descompresso de um mergulho sucessivo, no qual o tempo total de
fundo igual a soma do tempo real de fundo do mergulho de
repetio com o tempo de nitrognio residual TNR;
Tabela
Tabela
Tabela
Tabela
Tabela
padro de descompresso a ar
de limites sem descompresso
de tempo de nitrognio residual
de descompresso na superfcie, usando oxignio
de descompresso na superfcie usando ar
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Usada quando se dispe de cmara de recompresso com sistema para
respirao de oxignio. Seu emprego ocorre, em geral, quando se necessita
abreviar a permanncia do mergulho na gua, seja por problemas do
mergulhador, seja por alterao das condies ambientais.
Tabela de descompresso na superfcie usando o ar
Usada nas mesmas circunstncias da anterior quando no houver oxignio
disponvel ou o mergulhador apresenta intolerncia a esse gs. Sua
aplicao acarreta considervel aumento no tempo total de descompresso,
embora reduza a descompresso na gua.
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