Apostila Epístolas Paulinas
Apostila Epístolas Paulinas
Apostila Epístolas Paulinas
EPSTOLAS
PAULINAS
PROFESSOR: MILTON MARQUES MANATA
SUMRIO
COLOCAR DENTRO DAS NORMAS DA ABNT
I - BIOGRAFIA DE PAULO
II - EPSTOLA OU CARTA?
1
EPSTOLAS PAULINAS
I - BIOGRAFIA DE PAULO
Grego: Bios: vida / Grafe - grafe: escrita.
Portugus: Descrio pormenorizada da vida de uma pessoa.
1- Significado dos Nomes:
Paulo nome romano, que deriva do latim Paulus (pequeno) e Paulos no grego.
O nome judaico anterior era Saulo, no hebraico Shaul, no grego Saulos.
Saul significa pedindo (Gn 36:37; 46:10; Ex 6:15; 1Cr 1:48; Nm 26:13; 1Cr
6:24), e Pedido de Deus, quando se refere ao primeiro rei de Israel.
Recebeu este nome em honra ao primeiro rei de Israel. Em Fp 3:5 fala que
Saulo tambm era benjamita. O nome Paulo seria uma aluso (conjecturas):
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II - EPSTOLA OU CARTA?
1- Significado:
1.1- Portugus: s.f. carta; missiva familiar; missiva entre personagens clebres;
composio potica individualmente dirigida a algum; parte da missa em que o
celebrante l um trecho das Epstolas dos Apstolos (Moderno Dicionrio Enciclopdico
Brasileiro).
1.2- Grego: epistole, significa carta ou despacho, sempre indica alguma espcie
de comunicao escrita. E tambm indica a palavra portuguesa epstola, que j uma
forma de missiva mais formal que uma simples carta. Uma epstola teria uma maior
qualidade literria que uma carta, alm de conter uma mensagem mais importante,
que faz contraste com o carter informal e, algumas vezes, superficial, de uma simples
carta.
A raiz verbal dessa palavra grega epistello, que significa enviar a, enviar
uma carta, expedir uma ordem ou comando, anunciar. O vocbulo tambm pode
significar, escrever uma carta. Todavia, o termo grego epistole no contm qualquer
distino entre uma epstola formal e uma carta informal, conforme se d no
portugus.
2- Distino:
As epstolas, missivas de natureza mais formal, incluem os tratados religiosos,
as oraes pblicas, os tratados filosficos, os tratados polticos, as exortaes morais,
etc. A arqueologia mediante documentos antigos preservados at ns, oferece-nos
abundante confirmao disso quanto a todas essas variedades de epstolas. E aquilo
que chamamos de cartas (as missivas menos formais) tambm abundantemente
confirmado. Centenas de cartas, de correspondncia pessoal, escritas em papiro,
provenientes do perodo intertestamentrio, do Novo Testamento e posteriormente,
chegaram at ns. Uma epstola uma obra de arte; uma carta um pedao da vida
diria. A primeira como uma pintura feita de arte. A segunda assemelha-se a uma
fotografia feita apressadamente, sem qualquer cuidado. O Antigo Testamento contm
algumas indicaes de cartas (2Sm 11:14,15; 1Rs 21:8,9; 2Rs 19:14; Jr 29). As
cartas, no seu sentido comum, so mencionadas em Atos 9:2, Romanos 16:1 e
1Corntios 7:1.
Os eruditos tm feito bem em chamar as cartas do Novo Testamento de
epstolas, visto que, em sua maioria precisamente o que so, mesmo no caso de
cartas de correspondncia pessoal. Sem dvida, um dos fatores de sua preservao foi
5- Resumo:
Epstola: mais formal, maior qualidade literria, mensagem mais importante,
incluem: tratados religiosos, oraes pblicas e tratados filosficos, exortaes morais,
obra de arte, pintura feita de arte,
Carta: informal, superficial, contedo simples.
Pedao da vida diria / fotografia feitas s pressas.
Fontes:
Enciclopdia de Bblia Teologia e Filosofia R. N. Champlin;
Dicionrio Bblico John D. Davis.
9- Relatrio de Timteo:
Tinham comeado a propagar o evangelho por iniciativa prpria (1Ts 1:7).
A f para com Deus fora divulgada, no s na Macednia e Acaia, e sim em
toda a parte. Paulo no precisava acrescentar coisa alguma (1Ts 1:8).
Em algumas questes, o ensino deveria ser mais explcito, pois sua partida fora
apressada. Os assuntos eram:
A importncia da pureza sexual e da inviolabilidade do vnculo matrimonial.
Excessos como a m vontade para continuar trabalhando, no precisava mais
trabalhar, estava iminente (prxima) volta de Cristo.
A instruo sobre a parousia (segunda vinda de Cristo) estava incompleta
gerando preocupaes, referentes queles que j tinham morrido (1Ts 4:13-17).
Esclarece que a vinda de Cristo certa e repentina (sbito, imprevisto 1Ts
5:1-3).
A expectativa para parousia, no deveria ser desculpa para a ociosidade.
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o ato judicial de Deus, mediante o qual, aquele que deposita sua confiana
em Cristo declarado justo aos seus olhos, e livre de culpa e punio.
Ato pelo qual Deus declara posicionalmente justa a pessoa que a Ele se
achega atravs da pessoa de Jesus Cristo. Envolve dois atos:
O cancelamento da dvida do pecado na conta do pecador;
E o lanamento da justia de Cristo em seu lugar.
Sntese: no aquilo que o homem ou tem em si mesmo, mas aquilo que o
prprio Cristo e faz na vida do crente.
Nela continha que estavam seguindo as tradies que lhe transmitira (1Co
11:2), e fizeram inmeras perguntas, que foram respondidas uma a uma, na segunda
e maior parte de Primeira Corntios (cap. 7-16).
Algumas perguntas talvez tenham sido motivadas, pelas coisas contidas em
Corntios A.
Tradies: artigos bsicos de f e prtica, confisses de f, tradio de Cristo
(Cl 2:6,8). Sntese: morte e ressurreio de Cristo, palavras de Cristo, regras de tica,
etc.
Naquilo que guardavam Paulo elogia (1Co 11:2), onde falhavam no (1Co
11:17).
Quando escreveu Primeira Corntios ou Corntios B, esperava fazer uma visita
pessoal.
Aps o Pentecoste, ele mesmo cruzaria o Egeu at a Macednia. Visitaria as
igrejas dali e depois seguiria para o sul at Corinto, onde passaria o inverno. Depois
mudou seus planos, e fazer saber aos corntios que os visitaria duas vezes:
1- No caminho para Macednia, e outra na volta de l (1Co 16:5,6; 2Co
1:15,16).
No entanto enviou Timteo sua frente, e pediu que fizessem se sentir bem
entre eles (1Co 16:5-11; At 19:22; talvez Fp 2:19). Tambm fora Erasto.
Teve que fazer uma visita urgente, pois a carta no fora eficaz, e Timteo no
conseguira aplicar as instrues de Paulo. Quem sabe Timteo trouxe as notcias, que
somente um encontro direto com a grei, teria resultado.
Ao visitar aos corntios, um membro da igreja tomou a frente e desafiou sua
autoridade. Os outros ficaram neutros, no ajudando o apstolo, partiu sentindo-se
humilhado (2Co 2:1). Essa foi visita em tristeza.
Ele no se conformou com a situao de Corinto, redigiu outra carta dolorosa
Igreja: no meio de muitos sofrimentos e angstias de corao, com muitas lgrimas
(2Co 2:4). Foi levada pela mo de Tito, que tinha personalidade mais forte do que
Timteo.
Esta carta foi denominada Corntios C.
H controvrsias se alguma parte dela sobreviveu.
Nota: alguns defendem que pelo menos uma parte dessa carta sobrevive em
2Co 10-13, mas a improbabilidade disso evidente em 2Co 12:18, que parece
claramente referir-se a 2Co 8:6, 16-19 (1 parte: 1-6 / 2 parte: 7-16).
Paulo ao enviar esta carta, alguns pensam que ele se arrependeu. Ficou
pesaroso com o tom severo aplicado, que talvez o efeito no trouxesse a correo e
sim pioraria a situao. O amor pelos corntios era grande, e exigia a reciprocidade,
reconhecendo a sua autoridade apostlica e disciplinando o homem que o desafiara.
Faltava agora era esperar para ver o resultado.
Paulo fez uma viagem de volta para a provncia da sia, foi tomado pela falta de
esperana, e parece que, tambm assaltado por graves perigos externos (2Co 1:8).
Foi esperar Tito, na regio de Trade (2Co 2:12).
Foi para l, ainda preso de lutas por fora, temores por dentro (2Co 7:5).
Tito chega e traz boas notcias de Corinto (2Co 7:6,).
Aceitaram o contedo da carta, mostraram zelo, lealdade, atitude geral era de
reconciliao (2Co 7:7).
A efuso foi tanta que Paulo escreve outra missiva - Corntios D.
Que seria a nossa Segunda Corntios, ou parte dela (2Co 1-9).
Explica o motivo de enviar Tito, para no trazer mais sofrimento. Insiste que
perdoem o ofensor, pois a disciplina no era algo pessoal, e sim amor e obedincia a
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igreja. Deviam ter amizade com ele para no se sentir rejeitado, seria a runa dele e
deles (2Co 2:5-11).
Reflita no v.11.
Com a tranqilidade reinando, as relaes fortalecidas, Paulo entra em outro
assunto (observe a sabedoria: falar a coisa certa, na hora certa e para a
pessoa certa).
O assunto era: coleta para Jerusalm. Relata que as igrejas macednias
contriburam generosamente, apesar da pobreza e perseguio. Elogiou a igreja de
Corinto e outras de Acaia, para os macednios, referente rapidez com que
prepararam a oferta.
Para agilizar a coleta enviaria Tito e mais dois amigos de elevado conceito nas
Igrejas, para ajud-los no propsito j iniciado (2Co 8:1-9:15).
Na segunda visita, Tito no foi to feliz. Alguns entendiam, que o carter
voluntrio da doao, estava colocando-os contra parede, no dando escolha. Seno
eles e Paulo passariam vergonha, diante dos representantes de outras igrejas.
Novamente o clima fica abalado entre os membros, e para ajudar tinha uns
visitantes em Corinto que fizeram de tudo para diminuir o prestgio de Paulo, aos olhos
de seus convertidos.
Deduzimos acerca dos visitantes e do clima reinante, baseando-se o que fora
escrito em 2Co 10-13, que pode ter sido enviado a Corinto um pouco depois dos
captulos 1-9.
Essa carta pode ser chamada de Corntios E.
Paulo tinha que desmascarar a falta de contedo das pretenses deles. Tinha
que evitar a aparente divergncia entre sua misso entre os gentios e a Igreja em
Jerusalm.
Os problemticos alegavam que nenhum ensino poderia ser validado, se no
viesse de Jerusalm. Se andasse independente de Jerusalm, faltava-lhe o
comissionamento por Cristo, e no poderia ensinar e muito menos recolher ofertas
para l.
Defesa de Paulo:
Estes argumentos no afetavam a posio pessoal quanto verdade do
evangelho e a natureza do evangelho e a natureza da igreja. Se o seu ministrio tinha
o carimbo de aprovao de Deus, se a igreja em Cristo era o sinal do seu apostolado,
ento a oposio desses intrusos no era s a ele, mas tambm ao Senhor que o
comissionara, ao Esprito que o capacitava, e ao evangelho que ele proclamava;
portanto tinham outro Jesus, esprito diferente, evangelho diferente (2Co 11:4).
11- Quantas Visitas?
Vejamos duas opinies acerca disso:
11.1- Segunda Corntios 12:14-13:10, subentende 03 visitas separadas do
apstolo, duas teriam sido feitas e uma terceira preste a fazer.
Mais aceita por alguns eruditos.
11.2- Paulo tentaria trs vezes, mas por algum motivo, no conseguiria. Seria
doloroso para ele e para eles.
No teria sido feita nenhuma visita.
No livro de Atos menciona apenas uma visita.
O livro sucinto acerca das visitas, no serve de referencial, exposio parcial.
Quem defende est idia argumenta que Paulo queria poupar os crentes
corntios da visita dolorosa (2Co 2:1).
Analisando a visita, em Atos, deixa claro que a mesma no foi dolorosa. Com
isso conclusse que tivemos mais de uma visita.
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3- Escola de Shammai:
Floresceu esta escola rabnica, no primeiro sculo da Era Crist.
Era de tendncias conservadoras.
Os adeptos usualmente eram inflexveis, severos em suas interpretaes.
Esta escola prevaleceu quando era mister tomar decises sobre pendncias.
A partir do ano 100 d.C., a escola de Hilel chegou ascendncia.
Era mais estrita, permitindo o divrcio somente em caso de adultrio.
Essa era linha interpretativa mais radical, incorporada em Mateus 5:32.
A poligamia e concubinato no eram considerados adultrio (relaes
adlteras), de acordo com a legislao judaica.
Divrcio era limitado praticamente aos contatos sexuais ilcitos com a mulher de
outro homem.
Isto reduzia grandemente o nmero de casos de um homem divorciar-se e
casar com outra mulher.
Extrado da Enciclopdia R. N. Champlin (pg. 110, 111, 195, 201).
4- Divrcio:
(Dt 22:13-19, 28, 29; 23:1-4; Mt 5:32; 19:3-12; Mc 10:2-12; Lc 16:18; I Co
7:10-16; Rm 7:2).
possvel que as provises mosaicas, referentes ao divrcio, houvessem sido
estabelecidas a fim de regulamentarem uma prtica j existente.
Tais foram estabelecidas, no como um reflexo da vontade de Deus, e sim para
atender a dureza do corao dos homens.
Em Dt 24:1-4 temos uma legislao que com freqncia era interpretada mui
literalmente pelos judeus. Se um homem encontrasse alguma coisa indecente em sua
esposa (literalmente, a nudez de alguma coisa), bastaria essa razo para que pudesse
divorciar-se dela.
Alguns pensavam que esta palavra s poderia significar casos de adultrio.
Muitos rabinos judeus davam uma interpretao extremamente liberal, de modo
que podia divorciar-se de sua legtima esposa por praticamente nenhum motivo,
embora ela no pudesse mover a ao de divrcio contra ele.
Entre os judeus o adultrio, era causa suficiente de divrcio. Na maioria dos
casos, tanto o homem como a mulher, culpados, eram apedrejados at a morte.
A noo de adultrio era restrita, j que requeria a cpula (coito, transa) ilcita
entre um homem e uma mulher casados com outros, ou que, um dos lados culpados
fosse casado.
Por isso mesmo a poligamia (ver grego) era generalizada, bem como o
concubinato, em que tais relaes no eram consideradas adultrios, segundo a
opinio judaica antiga, no havendo necessidade de divrcio. Ainda que a mulher
desejasse divorciar-se.
Os casamentos mistos e o concubinato (ver grego) eram privilgios exclusivos
dos homens. A mulher judia no poderia ter dois maridos ao mesmo tempo, ou ter um
concubino.
Um homem podia tomar uma concubina e estabelecer um contrato de curta ou
longa durao, contanto que no fosse casada com outro homem.
A interpretao mais liberal da legislao do A.T., sobre a questo do divrcio,
havia apenas duas situaes que proibiam:
a- Quando um homem tivesse acusado falsamente sua esposa de ter tido
relaes sexuais ilcitas antes do casamento (Dt 22:13,19).
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livre.
Neste caso, o crente pode casar-se novamente, porque no est sob servido.
Nestes casos o divrcio o verdadeiro fim do casamento, o crente totalmente
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Urias.
Jesus.
Romanos 7:3
Incrdulo x crente: observao, interpretao e aplicao (Mt 19:13-15, Mc
10:10-12; Lc 16:18).
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1,2).
2.1- Questionamento:
Carta dirigida por Paulo e Timteo a trs pessoas e uma igreja domiciliar.
Filemon, sua famlia e a Igreja que se reunia em sua casa, em Colossos (Fm
5- Caso Onsimo:
Paulo o encontrou na priso? No.
Paulo vivia priso domiciliar (At 28:30).
Prisioneiro (1,9), algemas (10,13). Quando Onsimo chegou at ele.
5.1- Lei Ateniense:
Permitia escravo, quando corria risco de vida, que se refugiasse junto ao altar.
Exemplo: o fogo podia ser este altar. Paulo estava em priso domiciliar, poderia usar
este argumento? Provvel que tivesse um fogo (nem que fosse a lenha). O problema
que este tipo de altar questionvel. Isso seria ilegal e poderia romper os laos com
Filemon.
Chefe dava proteo ao escravo, tentava persuadi-lo a retornar ao seu dono
para abrandar a sua ira.
Se negasse, o chefe leiloaria o escravo e entregava o valor recebido por ele ao
dono anterior. Esta disposio sobreviveu no Egito dos ptolomeus e Roma Imperial,
pois influenciou a legislao de lpio no comeo do terceiro sculo d.C.
Filo conhecia o costume do Egito, modificou a lei deuteronmica do escravo
fugido (Dt 23:15,16), para adapt-la a ele.
5.2- Como Onsimo chegou at Paulo?
Fora levado por Epafras?
Epafras de Colossos, o evangelho do vale do Lico (Cl 1:7).
Visitava Paulo na poca (Cl 4:12).
Prisioneiro comigo (Fm 23), Paulo ajudaria na soluo problema.
5.3- Outros Pensamentos:
Alegam que Onsimo no fugiu e sim se delongou na tarefa recebida at Paulo.
Paulo envia uma carta para desculpar-se pela ausncia prolongada.
Nossa ignorncia detalhes, faz-nos ver possibilidades numerosas.
6- Propsito:
No um documento sociolgico?
O que Paulo est pedindo?
Perdo para Onsimo e lhe d boas vindas que merece como cristo, envi-lo
de volta para ajudar.
Obteve o que pediu?
Sim. Seno a carta no teria chegado at ns.
O fato de ela sobreviver, j pede comentrio.
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conferido a escravos que fugissem), mas tambm a acolher a Onsimo como irmo
carssimo . . . no Senhor (v.16).
Desejava reter Onsimo como auxiliar (v. 13). Alguns sugerem que as palavras
fars mais do que lhe estou pedindo (v.21), do a entender que Filemon dar carta de
alforria, ou que talvez estivesse sugerindo apenas que Filemon permitisse que Onsimo
se ocupasse do trabalho missionrio. Paulo se compromete a pagar pela perda
financeira causada pelo furto praticado.
EPSTOLA AOS COLOSSENSES
1- Geografia e a Histria:
Situada na Frigia, na margem sul do rio Lico, atualmente chamada oruk Su.
Ficava na estrada principal de feso para o Eufrates.
Herdoto, no 5 sculo a.C., diz que ela uma grande cidade Frigia.
Xenofonte no comeo do sculo seguinte descreve como cidade populosa, rica e
grande.
Na era pr-crist, ela diminuiu de importncia com o crescimento de Laodicia e
Hierpolis. Era crist, Estrabo a chama de pequena cidade.
O lugar est deserto, mas a cidade Honaz (antiga fortaleza bizantina e sede de
arcebispado), fica a 5 km para sudeste.
No tempo do Novo Testamento a populao abrangia frgios nativos e
colonizadores gregos, alm de vrios colonos judeus que se estabeleceram na Frigia
Antoco III no comeo do 2 sculo a.C.
Regio ocidental da Frigia, em que ficavam Colossos e as outras cidades do vale
do Lico, fazia parte do reino de Prgamo, que foi legado ao senado e ao povo romano
em 133 a.C., por Atalo III, seu ltimo rei, e organizado por eles como provncia da
sia.
O cristianismo foi introduzido no vale do Lico, durante os anos do ministrio de
Paulo em feso cerca de 52-55 d.C.
A evangelizao foi tamanha, que no somente os moradores de feso, mas
todos os habitantes da sia, ouviram a Palavra do Senhor (At 19:10).
Paulo dirigia o trabalho, ajudado de vrias pessoas. Algumas igrejas ele no
fora visitar pessoalmente:
Colossos: ouvira (Cl 1:4), no tinha visto a face (Cl 2:1) e Epafras (Cl 1:6,7).
Laodicia e Hierpolis: parece ter sido plantada por Epafras inferncia (Cl 1:7;
2:1; 4:12,13).
Cinco anos mais tarde depois de partir de feso, Paulo estava preso em
Roma.
2- Tema:
Cristo como Senhor de todo universo.
O crente completo em Cristo.
Cristo o cabea da Igreja.
Efsios: a Igreja o corpo de Cristo
Epafras trouxe notcias alviareiras, encorajadoras.
Preocupantes: ameaando subverter o evangelho da graa em que tinham crido
h pouco e substitudo sua liberdade crist com servido espiritual
Arquipo encarregado Igreja local (4:17).
Paulo: era av espiritual de Arquipo. Arquipo: filho do filho (Epafras).
3- Autoria:
Paulo e Timteo (mencionados juntos na saudao inicial).
Timteo teria sido o amanuense.
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6- Integridade da Epstola:
6.1- Policarpo, em sua epstola aos Filipenses (3:2), indica que Paulo tenha
escrito diversas epstolas para eles, no temos como provar.
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1- Tema:
Posio do crente em Cristo.
Cristo como Senhor da Igreja.
Comparao entre Colossenses e Efsios:
Cl: Cristo o cabea da Igreja.
Ef: a Igreja o corpo de Cristo (Ef 1:20,22).
Cl: adverte contra falsas doutrinas que subestimam a Cristo.
Ef: expressa louvor por causa da unidade e das bem-aventuranas usufrudas
por todos os crentes em Cristo.
2- Data / Local:
60 d.C., outros sugerem 62 d.C.
Vejamos alguns pontos acerca do local:
feso: descaracteriza-se por si s.
Cesaria: quem defende esta teoria, usa tais passagens (At 23:33; 25:1-3).
Roma: quando estava preso em Cesaria, somente seus amigos tinham
permisso de visit-lo (At 24:22,23).
Nesta cidade pregava a um cortejo constante de visitantes (At 28:30,31).
3- Autoria:
Apstolo Paulo.
Prisioneiro do Senhor quando escreveu (Ef 6:20).
A meno de embaixador de cadeias (Ef 6:20), subentende que apesar de
preso, continuava a pregar a mensagem salvadora do Evangelho.
Tinha conscincia do propsito em seu encarceramento.
Quem levou foi Tquico (Ef 6:21-22).
Tambm levou as epstolas a Filemon e aos Colossenses (Cl 4:7,9)
As citaes concernentes a Tquico em Colossenses so quase idnticas (Cl
4:7,8).
Temos uma teoria que um paulinista fora o autor.
Outros chegam ao extremo que Onsimo, teria escrito.
4- Destinatrios: Efsios x Regies Vizinhas? Colocar opinies a favor
de Efsios
As palavras em feso (Ef 1:1), no se encontram na maioria dos manuscritos
mais antigos.
Tom distante sobre ter ouvido a f de seus leitores (Ef 1:15).
Terem eles ouvido falar sobre o seu ministrio (Ef 3:2).
Ausncia dos termos carinhosos e de afeto, to usuais.
Paulo labutara ali por mais de dois anos (At 19:8,10; 20:31).
Destinada s regies vizinhas e no a cidade.
Seriam: feso, Esmirna, Prgamo, Tiatira, Sardes, Filadlfia e Laodicia.
Por ter sido de grande importncia para o ministrio de Paulo.
Concluso: mais conclusivo pensar que fora para as regies vizinhas.
22).
4.1- Os Laodicenses?
Tradio antiga identifica com Laodicia, seria para eles.
Antigos copistas suprimiram o nome Laodicia, devido condenao (Ap 3:14Copistas posteriores acrescentaram feso, devido ntima associao (Cl 4:16).
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5- Propsito:
Carta geral, no tinha objetivos de corrigir erros particulares.
Deveria circular vrias igrejas, devido no constar palavra feso (Ef 1:1).
No foi escrita em resposta a alguma circunstncia especfica ou controvrsia,
conforme se verificou no caso da maioria das epstolas paulinas.
Ela tem uma qualidade quase meditativa.
Tem cunho meditativo.
5.1- Fortalecer a f, encorajar na vida crist.
5.2- Conscientizar de sua posio e privilgios em Cristo Jesus.
6- Estrutura
Como Colossenses, Efsios divide-se em duas partes:
Os captulos 1-3: natureza doutrinria, privilgios especiais da Igreja.
Os captulos 4-6: exortatrios, responsabilidades espirituais dos crentes.
A doxologia delineia o papel desempenhado por todos os membros da
Trindade:
O Pai sanciona os crentes, a doutrina da eleio (Ef 1:4).
O Filho os redime (Ef 1:7).
O Esprito Santo os sela, ou seja, o dom do Esprito a garantia ou penhor de
que Ele completar a salvao dos remidos, quando da volta de Jesus Cristo (Ef
1:13,14).
X EPSTOLAS PASTORAIS
So denominadas como epstolas pastorais: 1Timteo, 2Timteo e Tito.
Como base para estudo, convencionamos que 1Timteo e Tito foram escritas no
intervalo entre o primeiro e o segundo aprisionamento em Roma e 2Timteo foi
escrita durante o segundo aprisionamento.
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Qualquer tempo aps 64-68 d.C., tempo que Paulo sofreu o martrio, seria
possvel.
A perseguio por Nero (64/65 d.C.), martrio no pode ser antes de 64 d.C.
Mais provvel 60-90 d.C., at 115 d.C. aceitvel.
Marcin (100-150 d.C.) menciona e rejeita estas epstolas como paulinas, o que
nos mostra que no comeo do 2 sculo j estavam em circulao.
Alguns vem nas epstolas de Clemente, 95 d.C., algumas reminiscncias das
epstolas pastorais, talvez indique que j circulavam por esse tempo.
Reminiscncia: memria; lembrana indecisa; recordaes; faculdade de reter e
reproduzir conhecimentos adquiridos.
Em 140 d.C., foram traduzidas e incorporadas nas verses siraca e latina.
As epstolas de Incio e Policarpo tinham coincidncias notveis de linguagem,
comparando-se com as epstolas pastorais, deduzimos que eram bem conhecidas pelos
cristos antes de 115 d.C.
Temos eruditos que pretendem datar entre 140-180 d.C., alegam que so
documentos antimarcionitas (ver data acima). Tal alegao atrasada demais, pelo
fato que refletem uma organizao eclesistica anterior a poca de Incio, com isso
precisa ser datada antes de 110 d.C. (ver 2.1).
sistema por ele combatido. Nas epstolas pastorais, as acusaes so gerais e graves e
falsos mestres de muitas espcies so indiscriminadamente denunciados. Aceitando
isso como uma abordagem no paulina. O segundo ponto mais convincente, do que
os diferentes tipos de heresia.
b) A Norma Eclesistica: um dos argumentos contra autoria paulina das
epstolas pastorais, elas refletem um perodo histrico posterior, pois os tipos de
governo eclesistico so diferentes.
Nas primeiras epstolas, aceitas como de Paulo, parece haver pouco ou nenhum
trao de ofcios eclesisticos constitudos. Nas primeiras de suas epstolas, os termos
bispos e diconos falam sobre funes na Igreja, e no ofcios formais. Nas epstolas
pastorais essas funes passaram para a categoria de ofcios formais. Observe que na
lista formal de funes da Igreja (Ef 4:11), os termos bispos e diconos nem ao menos
so mencionados.
Antes das epstolas pastorais os lderes da Igreja, seriam indivduos
espiritualmente dotados, levantados pelo Esprito Santo, dentro da comunidade geral,
de maneira informal (At 13:1-3).
Nas epstolas pastorais existem ofcios formais, e seus ocupantes eram
nomeados por pessoas ainda mais poderosas. Reconheceriam os bispos, os presbteros
e os diconos.
Estas trs ordens distintivas aparecem nas epstolas de Incio (100-118 d.C.).
Timteo e Tito eram mais que simples ancios. Eles tambm nomeavam outros
ancios, conforme o estilo de tempos posteriores, como se fosse uma espcie de
primeiro passo na direo de uma verdadeira hierarquia eclesistica (1Tm 3:1-13; Tt
1:5-9).
Alegando defesa, no que tange a estrutura eclesistica referem-se a Atos
20:17, dando-nos uma impresso de j ter em feso uma estrutura.
Atos 20:17 situa-se entre a 3 viagem missionria (At 18:23-21:17), entre 5256 d.C.
Funo: exerccio; prtica; uso. Caracteriza-se pela informalidade.
Ofcio: encargo; incumbncia; profisso; emprego; obrigao. mais formal
3.3- O Problema Doutrinrio:
Alguns objetam que sejam genuinamente paulinas, com base de que as
doutrinas diferentes refletem nelas, algumas vezes similares, outras vezes bem
diferentes.
Exemplos: a morte e a ressurreio de Cristo no aparecem como temas
centrais. O conceito da justificao e da nossa transformao segundo a imagem de
Cristo.
Os ensinos so primariamente ticos, muito semelhantes ao estilo ministrado
nas sinagogas judaicas. A eusebia (piedade) toma o lugar que a pistis (f) ocupa nas
epstolas paulinas.
Nota: as diferenas quanto s expresses doutrinrias, detecta-se devido aos
diferentes propsitos. Sempre que escrevia, visava atender especificadamente a
situaes locais. Nenhuma epstola fora escrita com o intuito exclusivo expor doutrinas
(talvez com exceo nica da epstola aos Efsios).
Quando escrevia procurava de maneira assertiva atacar o problema daquela
Igreja, naquele local. s vezes este problema era percebido pessoalmente ou
informado (sobre as heresias externas e as celeumas internas). Estas epstolas no
foram escritas como teologias sistemticas, tratados ou resolues de conclios.
Entendo que Paulo tinha o objetivo de orientar a Timteo e Tito, devido s
circunstncias finais, e no expor doutrinas, que j foram bem elaboradas em outras
epstolas.
Cunho pessoal, para crentes individuais.
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Surge a pergunta: qual era o imperador que governava quando Apocalipse foi
escrito?
- Nos dias de Nero entre 54-68 d.C. Aps sua morte, data posterior a 70 d.C.
- Domiciano, deve ser antes de 96 d.C.
- Trajano, entre 98-117 d.C.
6- Propsito:
a) Combater as heresias.
b) Encorajar a nomeao de homens espiritual e moralmente qualificados para
o ministrio, o que exigiu vrias instrues sobre as qualificaes desses homens.
c) Instruir no caminho da piedade que envolve a vida prtica e moral.
6.1- Sntese dessas heresias:
a) Judaico-crists:
Mitos judaicos (Tt 1:4).
Partido da circunciso (Tt 1:10).
Querelas acerca da lei (Tt 3:9).
As interminveis genealogias, que promoviam especulaes (1Tm 1:4).
O ascetismo sobre os alimentos (1Tm 4:3).
b) Gnsticas:
Movimento greco-oriental apresentava muitas facetas.
Alguns eram ascetas, outros eram libertinos.
Dois deuses: maligno criou a matria, bondoso criou os espritos.
Dualismo radical: Deus criador e Salvador x mediadores aeons.
Ningum entrava em contato direto com o prprio Deus.
A matria bruta s poderia contamin-lo.
Deus nosso Salvador (1Tm 1:1; Tt 1:3; 2:10; 3:4; 1Tm 2:5).
21).
7- Integridade:
So paulinas: no foram modificadas e sim preservadas.
No so paulinas: temos a dificuldade acerca da forma original.
A maioria dos eruditos modernos rejeita autoria paulina.
Autor escrevera aps o martrio de Paulo.
Pegou os escritos e tradies orais da vida de Paulo.
Isso explicaria as vrias pores pessoais (1Tm 1:3,20; 2Tm 1:5,15-17; 4:9-
VISITA A TIRO
- 02 DIAS MAIS TARDE / APORTARAM EM RODES
- FORAM P/ PTARA NA LCIA / OUTRA EMBARCAO P/ SRIA
- DIRIGIRAM P/ TIRO / FICARAM PREGANDO 7 DIAS EM TIRO
- RECEBEU AVISO QUE O PERIGO O AGUARDAVA
- MOTIVOS PARA IR JERUSALM: OFERTAS / RELATRIOS IGREJA ME
- PTOLEMAIDA, DEIXARAM O NAVIO QUE PROSSEGUIU A SUA ROTA
- FALTAVAM 14 DIAS PARA A FESTA, FICARAM 1 DIA NESTA CIDADE
PROFECIA DE GABO
- SEGUIRAM PARA CESARIA / EVANGELISTA FILIPE MORAVA ALI
- PROFETA GABO / PREVIRA GRANDE FOME IMPERADOR CLUDIO
- A PROFECIA QUERIA ALERT-LO (AT 21:11) / OS AMIGOS IMPEDI-LO
- CONVICO ATOS 21:13
- VONTADE DO SENHOR PREVALECE ATOS 21:14
A LTIMA VISITA A JERUSALM
JERUSALM PREPARAVA-SE PARA O DIA DE PENTECOSTES
PAULO E SEUS AMIGOS ABRIGARAM-SE NA CASA DE MNASOM
RESIDNCIA RODEADA POR UM MURO ALTO, TINHAM CONFORTO
NA CASA DE MARIA ENCONTROU ALGUNS LDERES DA IGREJA TIAGO
PAULO CONTA A HISTRIA DA 3 VIAGEM
S TEM ALGO A CONTAR QUEM TRABALHA, QUEM FAZ ALGO
O MISSIONRIO TM EXPERINCIAS DEPENDNCIA TOTAL
PRESENTES IGREJA ME
OFERTA P/ IGREJA ME: PAULO CORINTO IGREJA QUE FORA REBELDE
DEMAIS: LUCAS FILIPOS / TIMTEO LISTRA / SPATRO BERIA / ARISTARCO E
SEGUNDO TESSALNICA / GAIO DERBE / TQUICO E TRFIMO FESO.
FRUTOS DO MINISTRIO DE PAULO CIDADES DISTANTES
HAVIAM DIVERGNCIAS QTO OS GENTIOS E JUDEUS LER ATOS 21:20-24
PAULO ATENDEU O CONSELHO P/ TRAZER PAZ, UNIR OS PARTIDOS
ESTAVA PRONTO P/ SER TUDO P/ COM TODOS P/ GANHAR ALGUNS
REBELIO NO TEMPLO
JUDEUS SIA MENOR REUNIRAM-SE NO TEMPLO P/ FALAR SOBRE A LEI
IDENTIFICARAM A PAULO LDER CRISTO
PERTUBAVA A SINAGOGA DIVISO FAMLIAS JUDIAS
FALAVA C/ COSTUMES JUDAICOS PROFANOU TEMPLO C/ OS GENTIOS
LER ATOS 21:28 PAULO CONSIDERADO TRAIDOR FORA PEGO
COMANDANTE LSIAS E OS SOLDADOS PEGARAM A PAULO
DEFESA DE PAULO
CENTRO DA CONFUSO QUEM ESSE HOMEM E QUE MAL ELE FEZ ?
LSIAS NO ENTENDIA AS CONFUSES NO GOSTAVA DOS JUDEUS
TODAS AS FESTIVIDADES TINHAM QUE SER OBSERVADOS PAZ ROMANA
DEGRAUS PAULO QUER FALAR ATOS 21:37 - IDIOMA GREGO
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