Guia Guimar Es 2015

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INFORMAES TEIS

S.O.S.

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CENTRO HOSPITALAR DO ALTO AVE


- UNIDADE DE GUIMARES

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HOSPITAL PRIVADO DE GUIMARES

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BOMBEIROS VOLUNTRIOS

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9:00h > 13:00h


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24 horas

FEIRA SEMANAL

sexta-feira

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FM 95.8 mhz

RADIO SANTIAGO

FM 98.0 mhz

GUIA DA
CIDADE
CONTATOS:
Guimares Turismo
Praa de S. Tiago
4810 - 300 Guimares
tel: (+351) 253 421 221/41
fax: (+351) 253 515 134
e-mail: [email protected]

INTRODUO
Na primeira metade do sc. X, o local onde
hoje est implantada a cidade de Guimares
era uma propriedade rural a Quintana de
Vimaranes. Mas, a morte de um homem o
conde Hermenegildo e a f crist de sua
viva a condessa Mumadona, fizeram
com que, na segunda metade do sc. X,
esta rica condessa de origem galega a
resolvesse fundar um mosteiro o Mosteiro
de Santa Maria e um castelo. O castelo foi
construdo com o fim de proteger o mosteiro
das frequentes razias levadas a cabo por
normandos, vindos do norte da Europa, e por
muulmanos, vindos das terras quentes do
Sul.
Passaram os anos, o burgo cresceu e, no
final do sc. XI, para aqui vm residir D. Teresa,
filha do rei D. Afonso VI de Leo, e seu marido, o
Conde D. Henrique, nobre de origem francesa.
Aqui, de acordo com a tradio, nasceu o filho
varo de ambos Afonso Henriques , o
qual, alguns anos depois, na primeira metade
do sc. XII, se torna o primeiro rei de Portugal.
Foi tambm em Guimares que ocorreu a
famosa Batalha de S. Mamede que ops D.
Afonso Henriques sua me D. Teresa, e
que foi um dos factos histricos que leva
independncia de Portugal.
1

Perante os factos descritos, no admira


que Guimares seja considerada pelos
portugueses como o bero da nacionalidade!
Cidade nica e especial, Guimares distinguese pelo seu patrimnio exemplarmente
recuperado, pela sua dinmica cultural e pelo
sentimento de pertena da sua populao
residente. Se a recuperao e regenerao
patrimonial levada a cabo leva a UNESCO,
em 2001, a reconhecer o Centro Histrico
de Guimares como Patrimnio Cultural
da Humanidade, a valorizao da cultura
como fator de desenvolvimento, por seu
lado, fomenta a criao de uma rede de
equipamentos culturais que colocam
Guimares em lugar de destaque na rea
das artes e dos espetculos, nacional e
internacionalmente. Capital Europeia da
Cultura em 2012 e Cidade Europeia do
Desporto em 2013, Guimares apresentase hoje como um territrio aberto ao mundo
e contemporaneidade, com uma intensa
tradio de dilogo e prtica culturais.
Atravessar as praas, e calcorrear as ruas e
vielas da cidade, poder sentir a experincia
nica do sentir vimaranense.
Bem-vindos!

GUIMARES
A P

1 CASTELO DE GUIMARES
MONUMENTO NACIONAL

O castelo de Guimares foi mandado construir por ordem da Condessa Mumadona.


O objetivo da fortificao era o de proteger o
Mosteiro de Santa Maria das invases normandas e sarracenas que ento atingiam
a Pennsula Ibrica. Nos finais do sc. XI,
o Conde D. Henrique d ordens para que o
castelo se construa. Mais tarde, no final do
sc. XIII, por iniciativa do rei D. Dinis, a fortaleza remodelada. Nos sculos seguintes, outros monarcas quiseram deixar a sua
marca, submetendo o castelo a diversas
obras de melhoramento. Mas, medida que
os sculos foram passando, novas tticas

blicas fazem com que o castelo perca a


sua funo defensiva, entrando num estado de progressivo abandono e degradao.
No sc. XX, o castelo recuperado e posteriormente classificado como Monumento
Nacional.
Tel. 253 412 273
pduques.culturanorte.pt

2 IGREJA DE S. MIGUEL
MONUMENTO NACIONAL

O simbolismo da Igreja de S. Miguel liga-se fundao da


nacionalidade e tradio que diz a ter sido batizado o rei
D. Afonso Henriques. No interior, junto pia batismal, est
uma inscrio que pretende confirmar tal facto. O pavimento
interior est lajeado com sepulturas de nobres guerreiros,
todos eles ligados fundao da nacionalidade. Com o passar
dos tempos, a parte alta da vila local onde est implantada
a igreja foi sendo progressivamente abandonada e com ela
tambm a velha igreja de S. Miguel. No sc. XIX, Francisco
Martins Sarmento, um ilustre vimaranense, dirige o restauro
da igreja, procurando respeitar a traa original. A ltima
interveno de que foi alvo data do sc. XX. A Igreja de S.
Miguel est classificada como Monumento Nacional.
Tel. 253 412 273
pduques.culturanorte.pt

3 PAO DOS DUQUES DE BRAGANA


MONUMENTO NACIONAL

Datada da primeira metade do sc. XV,


esta majestosa casa senhorial foi mandada
construir por D. Afonso, filho bastardo de D.
Joo I, 8 Conde de Barcelos e 1 Duque de
Bragana, na altura um dos homens mais ricos e poderosos de Portugal. Foi neste pao
que D. Afonso viveu com a sua segunda mulher, D. Constana de Noronha, conhecida
como a Duquesa Santa. Acredita-se que,
aps ter enviuvado, se ter dedicado exclusivamente vida religiosa e assistncia
s populaes mais pobres. Nessa altura,
o pao ducal ter-se- transformado num
imenso albergue permanentemente aberto aos mais necessitados. O edifcio, que
passou por um longo perodo de abandono,
alberga atualmente um dos museus mais
visitados do pas, apresentando um esplio
diversificado de artes decorativas dos scs.
XVII e XVIII. Das vrias colees, destacamse o conjunto de rplicas de tapearias de
Pastrana cujo desenho atribudo ao
pintor Nuno Gonalves e que narram alguns
episdios das conquistas do norte de frica
, as tapearias flamengas e francesas de
Aubusson, a coleo de trs tapetes orientais Salting, as porcelanas orientais com
destaque para as da Companhia das ndias
, as faianas portuguesas das principais
fbricas da poca, pinturas, mobilirio diverso e um conjunto de armas. O Pao dos Duques de Bragana , desde 1910, classificado
como Palcio Nacional e residncia oficial da
Presidncia da Repblica.
Tel. 253 412 273
pduques.culturanorte.pt

4 PERCURSO MUSEOLGICO
NO CONVENTO DE SANTO
ANTNIO DOS CAPUCHOS

O Percurso Museolgico no Convento de Santo


Antnio dos Capuchos foi
criado pela Santa Casa da
Misericrdia de Guimares,
em 2008, como resultado da
preocupao pela conservao e valorizao do seu
patrimnio artstico e cultural. Situado em plena Colina
Sagrada, o percurso ocupa o
espao dum convento construdo no sc. XVII. Em 1842,
o edifcio adquirido pela
Misericrdia que a instalar
o seu hospital. O percurso
uma oportunidade para conhecer o patrimnio mvel
da instituio e os corredores, ptios e claustro do imponente edifcio. A igreja do
convento e a sua magnfica
sacristia, do sc. XVIII, podem tambm ser visitadas.

5 CONVENTO DE SANTA CLARA

O Convento de Santa Clara foi mandado construir, no sc.


XVI, pelo Cnego Baltazar de Andrade. Foi um dos conventos mais importantes e ricos de Guimares, tornando-se
famoso pelos deliciosos doces que as freiras confecionavam
e vendiam. De entre estes, o destaque vai para o toucinho
do cu e para as tortas de Guimares, doces que ainda hoje
se degustam nas pastelarias mais tradicionais da cidade.
A fachada barroca do edifcio tem, num nicho sobre o portal, a figura da padroeira. A coro-la, dois serafins seguram
uma cartela com a inscrio do ano em que a fachada atual
do edifcio foi construda, 1741. O convento foi abandonado
em 1834, ano em que so extintas as ordens religiosas. Em
1891, foi a instalado o seminrio de Nossa Senhora da Oliveira. Desde 1975, o edifcio acolhe os servios da Cmara
Municipal de Guimares.
Tel. 253 421 200
cm-guimaraes.pt

Tel. 253 541 244


percursomuseolgico.blogspot.com

6 RUA DE SANTA MARIA

A medieval Rua de Santa


Maria uma das mais antigas de Guimares. O seu papel na histria da cidade da
maior importncia pelo facto
do seu traado ter servido
como via de comunicao
entre a Vila do Mosteiro e a
Vila do Castelo. A rua foi, durante sculos, habitada por
clrigos, nobres e gente de
prestgio, como so exemplo
os cnegos da Colegiada de
Nossa Senhora da Oliveira,
tornando-se numa rua de
elite. Como todas as ruas
medievais, ter sido uma rua
escura, atravancada e suja,
onde os avisos de gua vai
seriam uma constante. Hoje,
uma das artrias mais bonitas e tpicas do centro histrico, e nela, a par de grandes habitaes algumas
brasonadas e com varandas
com ferros forjados , podemos encontrar casas simples, mas enriquecidas com
belas varandas de madeira.

8 ANTIGOS PAOS DO
CONCELHO
MONUMENTO NACIONAL

7 PRAA S. TIAGO

Segundo a tradio, uma imagem da Virgem Santa Maria,


trazida pelo apstolo S. Tiago, foi colocada num largo. por
esse motivo que esta praa bastante antiga, que conserva
ainda a sua traa medieval, se chama Praa de S. Tiago. No
sc. XI, os Francos que acompanharam o Conde D. Henrique fundam a uma capela dedicada ao santo. No sc. XVII,
o templo demolido e substitudo por um outro, do qual
tambm no sobram vestgios. Mais tarde, para recordar
estas pr-existncias, gravada no pavimento uma vieira
lembrando S. Tiago e as primeiras palavras latinas da Carta
de Foral, concedida pelo Conde D. Henrique aos homens de
Guimares: A vs homens que viestes povoar Guimares
e queles que aqui queiram habitar.... [Ad vos homines qui
venistis populare in Vimarenes et ad illos qui ibi habitare voluerint...].

Por cima das arcadas que


ligam a Praa de S. Tiago ao
Largo da Oliveira, encontrase o edifcio dos Antigos
Paos do Concelho. Neste
edifcio tomavam assento
os homens que governavam
a cidade. A sua construo
ter-se- iniciado no sc. XIV,
prolongando-se at meados
do sc. XV, poca em que
reinava D. Afonso V. Entre
os scs. XVI e XVIII, o edifcio alvo de vrias reconstrues e reformas. Mais
tarde, em 1877, colocada
na sua fachada a escultura
de um guerreiro proveniente
do antigo edifcio da Alfndega. Segundo a tradio,
este guerreiro simboliza o
duplo contributo dos vimaranenses nas conquistas em
frica.

9 LARGO DA OLIVEIRA

A lenda diz que ter sido um


milagre o responsvel por
este largo se chamar Largo da Oliveira. Uma oliveira,
plantada em frente Igreja
de Santa Maria de Guimares, ter secado. em 1342
que a rvore volta a dar folha
e fruto, quando Pero Esteves, um comerciante vimaranense radicado em Lisboa,
manda colocar no espao
uma cruz normanda. A notcia espalha-se como um
milagre devido a Santa Maria. Desde essa altura, o largo
passa a chamar-se Largo da
Oliveira. Consequentemente,
a virgem passa a chamar-se
Nossa Senhora da Oliveira
e a igreja, Igreja da Oliveira. A oliveira permanece na
praa at 1870, ano em que,
contra a vontade do povo
vimaranense, removida.
S em 1985, ano da ltima
interveno no largo, de
novo colocada uma oliveira
no local onde supostamente
estaria inicialmente. Na base
de pedra onde est plantada
encontram-se inscritos os
trs anos mais importantes
da sua histria: 1342, 1870 e
1985.

10

11 PADRO DO SALADO
MONUMENTO NACIONAL

10 IGREJA DA NOSSA SENHORA DA OLIVEIRA


MONUMENTO NACIONAL

As origens da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira remontam aos tempos da Condessa Mumadona Dias e fundao
da cidade de Guimares. O mosteiro em honra do Salvador
do Mundo, da Virgem Santa Maria e dos Santos Apstolos
que a Condessa Mumadona manda construir no sc. X, d
origem, no sc. XII, a uma colegiada. Durante a idade Mdia,
a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira transforma-se num
popular centro religioso da Pennsula Ibrica, fruto da popularidade juntos dos peregrinos a Santiago de Compostela.
Aquando a instaurao da repblica, em 1911, a colegiada
extingue-se. O edifcio vai sofrendo, ao longo dos tempos,
sucessivas reconstrues, motivo pelo qual apresenta caractersticas de diferentes pocas e estilos. A ltima interveno, que data de 1967, restitui-lhe grande parte da influncia gtica que ainda hoje mantm, depois de, em 1830,
ter sido alvo de uma reforma neoclssica. A Igreja de Nossa
Senhora da Oliveira , sem dvida, um dos monumentos vimaranenses de maior relevo histrico.
Tel. 253 416 144

11

O Padro do Salado, de
estilo gtico, comemora, de
acordo com a tradio, a Batalha do Salado travada em
1340 contra os mouros, no
sul de Espanha. Nesta batalha, Afonso XI de Castela
solicitou apoio ao rei portugus Afonso IV. Debaixo do
padro encontra-se a cruz
normanda oferecida pelo negociante vimaranense Pero
Esteves, residente em Lisboa. A cruz, feita em calcrio,
foi inicialmente dourada e
policromada. Tem numa face
Cristo Crucificado e na outra
a Virgem. Na base, apresenta
imagens de santos.

12 MUSEU DE ALBERTO SAMPAIO

Tel. 253 423 910


http://masampaio.culturanorte.pt/

O Museu de Alberto Sampaio, criado em 1928 para albergar as colees da extinta Colegiada de Nossa Senhora da
Oliveira e de outras igrejas e conventos da regio de Guimares, ento na posse do Estado, situa-se em pleno Centro
Histrico, no exato local onde, no sc. X, a condessa Mumadona manda instalar o mosteiro volta do qual se expandiria
o burgo vimaranense. Pelo facto de ocupar o espao que
pertencia Colegiada, tm um grande valor histrico e artstico, como o provam o claustro e as salas medievais que
o envolvem, a antiga Casa do Priorado e a Casa do Cabido.
As suas importantes colees de escultura (arquitetural,
devulto e tumulria), cobrem os perodos medieval e renascentista, prolongando-se at ao sc. XVIII. Da sua coleo
de ourivesaria, uma das melhores do pas, destacam-se o
clice romnico de D. Sancho I, a imagem de Santa Maria de
Guimares (sc. XIII), as cruzes processionais, e o magnfico
retbulo gtico de prata dourada representando a Natividade, de finais do sc. XIV. Merecem ainda lugar de destaque o
loudel que D. Joo I vestiu na batalha de Aljubarrota, o fresco
do sc. XVI representando a Degolao de S. Joo Batista, a
coleo de pintura dos scs. XVI a XVIII, a talha maneirista
e barroca, os paramentos bordados, a azulejaria e a faiana.

12

13 CASA DA RUA NOVA

14 IGREJA DA MISERICRDIA

Sabe-se que a Casa da Rua Nova, no nmero 115 da Rua Egas Moniz, tem origem
remota, ainda que no seja possvel precisar
com exatido a data da sua construo. O
projeto de restauro desta casa, da autoria do
arquiteto Fernando Tvora, recebeu o Prmio Europa Nostra, em 1985. A obra teve um
carter exemplar, constituindo-se num ato
pedaggico e num incentivo para as recuperaes que foram acontecendo ao longo de
vrios anos no centro histrico da cidade, o
que lhe valeu, em 2001, a classificao pela
UNESCO de Patrimnio Cultural da Humanidade. O critrio utilizado na recuperao foi
o de consolidar a sua estrutura, sem alterar
a sua organizao interna. Para o efeito, utilizou-se mo de obra local e materiais e tcnicas tradicionais, de modo a obter as unidades construtiva, formal e ambiental.

Apesar de ter sido inaugurada apenas em


1606, a construo da Igreja da Misericrdia
teve incio em 1588. Um ano aps a sua inaugurao, em 1607, iniciaram-se obras de
reconstruo da fachada que durariam at
1640. De planta longitudinal e fachada maneirista, a igreja apresenta na frontaria dois
medalhes enquadrados por duas colunas
e um nicho envidraado com a escultura de
Nossa Senhora da Misericrdia. No interior,
de nave nica e capela-mor retangulares, e
de cobertura em abbada de bero revestida a estuque, sobressaem o retbulo-mor,
datado de finais do sc. XVIII, os plpitos de
1781 e a caixa do rgo ibrico. Do esplio,
destacam-se duas pinturas de grandes dimenses: uma sobre tela, representando
Nossa Senhora da Misericrdia, e outra sobre madeira, datada de 1616, representando
a Visitao.
Tel. 253 415 457

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Atualmente, o Toural uma praa ampla que


faz jus sua magnfica fachada nascente, ao
estilo pombalino, resultado da ltima interveno, realizada em 2011. Esta interveno
fez tambm regressar ao largo um chafariz
renascentista de trs taas, originalmente
colocado no Toural em 1583, que tinha sido
transferido para o Largo Martins Sarmento,
l permanecendo entre 1873 e 2011.

15 LARGO DO TOURAL

Hoje considerado o corao da cidade, o


Largo do Toural manteve, desde sempre,
uma funo social, constituindo-se como o
ponto de encontro e de convvio das gentes de Guimares. No sc. XVII, o Toural era
um largo extramuros situado junto principal porta da vila. O nome Toural deve-se ao
facto de ter sido o local onde se realizavam
a feira de gado bovino e as touradas. Na segunda metade do sculo, em 1878, o Toural, cercado por um gradeamento de ferro,
transforma-se em jardim pblico. Com a implantao da Repblica, o jardim pblico passa para outro local, sendo colocada no centro
do Toural a esttua de D. Afonso Henriques.
14

16 IGREJA S. PEDRO

A Igreja de S. Pedro foi a


primeira igreja na Arquidiocese de Braga a receber o
ttulo de baslica, graas ao
indulto concedido pelo Breve de Benedito XIV em 1751.
A igreja, de formas simples,
que acolhe a imagem do
padroeiro, comeou a ser
construda em 1737 e posteriormente benzida, em
1750. Em 1881, reiniciam-se
as obras com a demolio
das estruturas provisrias
e das casas em frente ao
corpo da igreja. Os trabalhos terminariam nos incios
do sc. XX, sendo apenas
construda uma das duas
torres previstas. A igreja, de
planta longitudinal, possui
capela-mor e nave nica
retangulares. A capela-mor
separada da nave por arco
de cruzeiro de volta perfeita
e nela se destaca um retbulo de talha azul e dourada.
Tel. 253 420 000

17 MUSEU ARQUEOLGICO
DA SOCIEDADE MARTINS
SARMENTO

A Sociedade Martins Sarmento uma instituio


cultural de natureza privada,
sem fins lucrativos, que foi
fundada em 1881 em homenagem ao arquelogo vimaranense Francisco Martins
Sarmento. A sua sede um
imponente edifcio, em estilo neoclssico, projetado
pelo arquiteto Marques da
Silva, onde esto instalados
o mais antigo Museu Arqueolgico portugus e uma
magnfica Biblioteca Pblica
dotada de uma notvel seco de livros acerca de Guimares. O Museu Arqueolgico da Sociedade Martins
Sarmento, um dos espaos
de referncia da histria da
arqueologia em Portugal, foi
fundado em 1885, e do seu
acervo destacam-se materiais castrejos e romanos,
fruto de escavaes realizadas na regio, especialmente das que tiveram lugar na
Citnia de Briteiros. Desde
1888 que est instalado no
15

claustro do antigo Convento


de S. Domingos.
O Museu rene importantes colees de arqueologia,
numismtica, etnografia e
arte contempornea. em
2003 que a Sociedade Martins Sarmento inaugura, em
Briteiros, o Museu da Cultura
Castreja. Neste museu, pode
ser encontrado parte do esplio arqueolgico da Citnia
de Briteiros, do Castro de
Sabroso e de outros stios
castrejos da regio.
Tel. 253 415 969
www.msarmento.org

Tel. 253 424 715


www.ciajg.pt

18 PLATAFORMA DAS ARTES


E DA CRIATIVIDADE - CENTRO
INTERNATIONAL DAS ARTES
JOS DE GUIMARES

Inaugurada a 24 de junho
de 2012, a Plataforma das
Artes e da Criatividade nasceu dum projeto cujo objetivo residiu na transformao do antigo Mercado de
Guimares num espao
multifuncional dedicado
atividade artstica, cultural
e econmico-social. Para
alm de uma magnfica praa de usufruto pblico, este

16

equipamento possui uma


srie de valncias e espaos
dedicados a trs grandes
reas programticas: o Centro Internacional das Artes
Jos de Guimares (CIAJG),
os Atelis Emergentes e os
Laboratrios Criativos.
O CIAJG, que recebe o
nome do artista vimaranense Jos de Guimares,
uma estrutura dedicada
arte contempornea e s relaes que esta estabelece
com a arte de outras pocas.
Local onde se podem encontrar diferentes culturas
e disciplinas, o CIAJG acolhe
no seu esplio trs colees
reunidas por Jos de Guimares ao longo de cinquenta anos Arte Tribal, Arte
Africana e Arte Arqueolgica
Chinesa e Pr-Colombiana
, bem como obras da autoria do artista. Estas colees
esto em dilogo com peas
de outros artistas contemporneos e objetos do patrimnio popular, religioso e
arqueolgico da regio.
A Plataforma das Artes
e da Criatividade tem sido
galardoada com diversos
prmios. Em 2012, venceu o
prmio internacional de arquitetura Detail Prize 2012.
Em 2013, recebeu o Prmio
Nacional de Reabilitao
Urbana, na categoria de Impacto Social, e foi distinguida com o prmio Red Dot
Design Award 2013.

19 RUA D. JOO I

A Rua D. Joo I, outrora a entrada na cidade para quem chegava do Porto, foi uma das
ruas mais movimentadas de Guimares. O
seu ambiente, algo escuro e sombrio, tem
a marca do tempo e resulta da estreiteza
da rua e das casas antigas com varandas
de balaustres em madeira. Na Rua D. Joo I
podem admirar-se dois importantes monumentos da cidade: o Padro de D. Joo I, obra
do sc. XVI que no sc. XIX ligeiramente
deslocado do seu local inicial , e o edifcio
da Venervel Ordem Terceira de S. Domingos, do sc. XIX, comeado a construir em
1836 e solenemente inaugurado em 1840.
20 IGREJA E CLAUSTRO DE S. DOMINGOS
MONUMENTO NACIONAL

As origens da igreja de S. Domingos remontam construo do primeiro mosteiro dominicano em Guimares, erigido entre
1271 e 1278. Mais tarde, por ordem de D.
Dinis, o edifcio muda de local, num processo que termina apenas em 1397. Durante
os scs. XVIII e XIX, a traa original do edifcio profundamente alterada, juntandose, aos elementos gticos, reminiscncias
barrocas e romnicas. Depois de algumas
extines, demolies, aquisies e cedncias, o Santssimo Sacramento da Igreja de
S. Paio para a conduzido. Por esse facto,
investida, em 1914, como igreja paroquial
da freguesia de S. Paio, sendo classificada,
em 1959, como imvel de interesse pblico.
A sua sacristia encontra-se musealizada. De
referir ainda que o claustro de S. Domingos
monumento nacional, desde 1910.
Tel. 253 414 389

17

21 IGREJA DAS DOMNICAS

Apontamentos da histria de Guimares referem


a existncia de um antigo
templo construdo para evocar o mrtir S. Sebastio,
que ter existido no Campo
de S. Francisco at 1570, no
local onde, por essa altura,
foi erigida a igreja. Com a extino das ordens religiosas
e com a demolio da igreja
paroquial, em 1892, a igreja
de S. Sebastio que passa a
ocupar o antigo convento de
Santa Rosa de Lima, construdo entre 1727 e 1737. Do
conjunto patrimonial, destacam-se o altar-mor em
talha dourada, no topo da
igreja construdo nos anos
de 1741-42 , dois altares
laterais em talha dourada e
policromada, de 1745, o altar
do sc. XX que consagra a
imagem de S. Sebastio, em
estilo neoclssico, o rgo
joanino, construdo em 1776
em talha dourada e policromada, e um conjunto de sanefas em talha dourada do
perodo joanino.
Tel. 253 420 000

18

22 IGREJA DE S. FRANCISCO

A Igreja de S. Francisco,
que fez originalmente parte
do Convento de S. Francisco, nasceu junto da muralha
medieval. D. Dinis, em 1325,
ordenou a sua destruio,
sendo necessrios 75 anos
para que o rei D. Joo I autorizasse a sua reedificao,
no local onde hoje a podemos ver. O interior da igreja
revela um estilo proveniente
das grandes reformas setecentistas, com a presena de
uma rica decorao em talha
e azulejaria que transformou
o sbrio templo franciscano
numa igreja ao gosto barroco. Com a extino das
ordens religiosas, em 1834,
a igreja foi cedida Ordem
Terceira de S. Francisco.
Numa das capelas interiores,
encontram-se
os restos
mortais de S. Gualter, um
dos primeiros franciscanos
e evangelizadores da regio.
No seu interior, podem ser
apreciadas inmeras obras
de arte de escultura, pintura, entalhe e arte sacra, sobressaindo obras de autores
consagrados como Soares
dos Reis, Giuseppi Berardi
e Roquemont. Uma visita
sacristia torna-se obrigatria para apreciar uma mesa
de mrmore, com embutidos coloridos, ao estilo renascena italiana.

Tel. 253 517 926

19

23 IGREJA DE N. SRA. DA
CONSOLAO E SANTOS
PASSOS

As origens da Igreja de N.
Sra. Da Consolao e Santos
Passos remontam ao sc.
XVI, quando uma pequena
ermida, dedicada
a Nossa Senhora da Consolao,
mandada construir. Em
1785, a nova igreja concluda. Da autoria de Andr Soares, revela-se um exemplar
de espacialidade barroca,
onde se acrescentaram, um
sculo depois, duas torres,
a escadaria e a balaustrada.
Esta igreja popularmente
conhecida como Igreja de S.
Gualter, pois ela o centro
das celebraes das Festas
Gualterianas. No decurso do
sc. XIX, construda a Casa
do Despacho e a Capela do
Senhor dos Passos, anexa
igreja. Em dezembro de
1594, em virtude do culto a
Nossa Senhora da Consolao, Frei Agostinho de Jesus
determina a ereo cannica a Irmandade. Em 1878,
agraciada pelo Rei D. Lus I
com o ttulo de Real Irmandade e prerrogativas de Capela Real.
Tel. 253 420 120

20

24 ZONA DE COUROS

Em Guimares, a Indstria
dos Curtumes, que remonta
Idade Mdia, desenvolveuse com sucesso at meados
do sc. XX, fazendo da cidade uma referncia nacional
no setor. No sc. XIX, a atualmente designada Zona de
Couros foi um ncleo privilegiado da indstria de transformao de peles, onde
se manteve uma produo
baseada nas tcnicas tradicionais e no trabalho manual.
Ainda que pouco significativas, as primeiras tentativas
de inovao e modernizao dos processos de produo surgiram apenas nos
incios do sc. XX, fazendo
com que esta indstria se
mantivesse ativa at meados do sculo. Em julho
21

de 1977, a Zona de Couros


classificada como Imvel
de Interesse Pblico, no que
constituiu a primeira iniciativa legislativa do gnero
realizada em Portugal em
torno da arqueologia industrial. Esta classificao vem
reconhecer a importncia da
atividade e contribuir para a
preservao dos vestgios
desta indstria local. Na
Zona de Couros, existem
diversos edifcios que foram
construdos para a instalao de fbricas destinadas
transformao das peles
em couros, com os seus tpicos secadouros e tanques
de tinturaria. Nos ltimos
anos, Guimares tem vindo
a apostar na requalificao
do espao pblico. Em Couros, reabilitaram-se antigas
fbricas e edifcios, conferindo-se-lhes um novo uso.
A se instalaram novos equipamentos e servios como
a Pousada da Juventude, o
Instituto de Design, o Centro de Formao Avanada e
Ps-Graduada e o Centro de
Cincia Viva.

25 PALCIO E CENTRO CULTURAL VILA FLOR

A construo do Palcio Vila Flor data de


meados do sc. XVIII. Decorado com esttuas em granito dos primeiros reis de Portugal,
o palcio est voltado para um belssimo
jardim em trs patamares, onde se mantiveram intactos os jardins de buxo, considerados dos melhores da regio, que se desdobram em socalcos fronteiros sua fachada
norte. O palcio acolheu, em 1852, a visita
da Rainha D. Maria II, aquando da sua visita
a Guimares. Posteriormente, em 1884, a
se realizou a Exposio Comercial e Industrial do Concelho de Guimares. O palcio
viria a beneficiar de obras de restauro que
terminaram em 2005 e que coincidiram com
a inaugurao do Centro Cultural Vila Flor, a
17 de setembro. O Centro Cultural Vila Flor
atualmente um espao de referncia no
panorama cultural nacional. O edifcio, projetado de raiz para a apresentao de espetculos de ndole cultural, possui estruturas
da mais alta qualidade capazes de permitir
diversas utilizaes num conjunto vasto de

disciplinas e gneros artsticos. A sua programao regular, ecltica e diversificada,


assentado num esttica contempornea.
O CCVF possui dois auditrios, quatro salas
de reunies, uma rea expositiva de 1000
m2, restaurante, caf concerto e parque de
estacionamento.
Tel. 253 424 700
www.ccvf.pt

22

MAIS
GUIMARES

23

26 TELEFRICO DE
GUIMARES

nico na regio norte, o


Telefrico de Guimares
viaja num percurso de 1.700
metros, vencendo, em cerca
de 10 minutos, os 400 metros de altitude que separam a cidade da Montanha
da Penha. Bem no centro
de Guimares, com timos
acessos e parque de estacionamento para ligeiros
e autocarros, o telefrico
transforma uma visita a
Guimares num momento
inesquecvel. A Montanha
da Penha constitui um dos
grandes pontos de atrao
turstica de Guimares, quer
pela paisagem natural, quer
pelos vrios equipamentos
e servios disponveis ao
visitante. De referir que o
telefrico est equipado de
modo a permitir o transporte de bicicletas.

27 MONTANHA DA PENHA

Com cerca de 60 hectares de rea verde, um santurio, capelas, grutas e magnficas paisagens, a montanha da Penha
uma das mais extensas reas de contacto com a natureza,
em Guimares. A montanha da Penha proporciona ao visitante uma ampla oferta de espaos e servios. Para alm do
Santurio de Nossa Senhora do Carmo da Penha, encontramos um vasto conjunto de equipamentos, destacando-se
um parque de campismo de montanha, um hotel, um campo
de mini-golfe, circuitos de manuteno, reas de passeio e
pic-nic, restaurantes, bares, esplanadas e amplas reas de
estacionamento. Pode ainda aventurar-se na descoberta
das inmeras grutas e desfrutar das espetaculares paisagens que os miradouros naturais lhe proporcionam.

Tel. 253 515 085


www.turipenha.pt

24

28 IGREJA E CONVENTO DE
SANTA MARINHA DA COSTA

O Convento de Santa Marinha da Costa foi fundado,


em 1154, pela rainha D. Mafalda, mulher de D. Afonso
Henriques. No edifcio, destacam-se os azulejos de tapete (sc. XVII) e os azulejos
historiados que tornaram
famosa a Varanda de Frei Jernimo. O seu jardim constitui um notvel conjunto paisagstico, tendo origem na
antiga cerca do Mosteiro da
Costa, fundado no sc. XII. A
cerca um domnio murado
com mata de carvalhos e
castanheiros, pomar, horta,
tanques e moinhos constitui uma fonte de recursos e
um local de recreio e meditao. Em 1951, na sequncia
de um incndio, foi completamente abandonada. Em
1985, o Estado adquire o
convento, transformando-o
numa pousada e recuperando o jardim e o parque como
espaos de lazer.

29 IGREJA DE SERZEDELO
MONUMENTO NACIONAL

A construo do conjunto monumental de Santa Cristina


de Serzedelo perde-se no tempo. Templo romnico do sc.
XII, pertenceu aos Templrios e, mais tarde, ao Convento
dos Eremitas de Santo Agostinho, passando depois para a
comenda da ordem de Cristo. De grande austeridade arquitetnica, com caractersticas romnicas, provavelmente dos
scs. XII e XIII, foi restaurado em meados do sc. XX. A igreja
tem nave e capela-mor retangulares, cobertura de madeira
e uma anteigreja destinada a espao funerrio. Foi profundamente decorada com frescos, sendo especialmente digno
de meno o fresco da Anunciao. O seu campanrio, do
sc. XIII, no espao envolvente, confere um aspeto peculiar
fachada principal.
Festa das Cruzes 1. fim de semana de maio
Tel. 253 532 455

Tel. 253 511 249


www.pousadas.pt

25

de raiz visigtica. Sofreu alteraes no sc.


XII e foi ampliada durante o sc. XIX. Hoje,
ainda se mantm alguns elementos da antiga construo romnica. O Museu da Vila
de S. Torcato, junto ao Mosteiro, apresenta
um esplio muito diversificado ligado vivncia da regio, f do seu santo e ao seu
Mosteiro. S. Torcato tambm rica em festas e famosa pelo seu folclore. Em S. Torcato,
realiza-se, desde 1852, no 1 domingo de
julho, uma das maiores e mais concorridas
romarias do Minho: a Romaria Grande de S.
Torcato.

30 VILA E MOSTEIRO DE S. TORCATO

S. Torcato uma vila predominantemente rural, situada na margem esquerda do


Rio Selho, rio onde podemos encontrar um
conjunto de moinhos com vrios sculos de
existncia, dos quais alguns ainda se encontram em funcionamento. Falar de S. Torcato
falar do seu santurio, um edifcio em granito, de finais do sc. XIX, com elementos
de inspirao gtica, romnica e clssica.
No interior da igreja, encontra-se o corpo
incorrupto de S. Torcato, um dos primeiros
evangelizadores da Pennsula Ibrica no sc.
VIII. Contudo, S. Torcato no o s o seu
santurio. A Igreja do Mosteiro de S. Torcato
- Monumento Nacional uma construo

Feira dos 27 27 de fevereiro;


Festa do Linho 1 sbado de julho;
Romaria Grande 1 domingo de julho;
Feira da Terra 2 fim de semana de julho
Tel. 253 551 150

26

gicas do Castro de Sabroso e da Citnia de


Briteiros. Esta ltima um dos mais significativos exemplos de Cultura Castreja do
nosso pas e prova exemplar da existncia
de povoados pr-romanos nesta regio.
O visitante pode ainda desfrutar de um parque junto ao rio, abundantemente arborizado, com vrias infraestruturas desportivas
e de lazer (courts de tnis, piscinas, circuito
de manuteno, parque de campismo e praia
fluvial). A indstria, nomeadamente a das
Cutelarias, est fortemente implantada nesta vila, sendo simultaneamente um dos seus
principais cartes de visita e importante fator de desenvolvimento.

31 VILA DAS TAIPAS

A vila de Caldas das Taipas foi, desde sempre, um locam muito movimentado e dinmico. A vila dispe de vrios atrativos, entre
os quais se destaca uma antiga estncia
termal. A utilizao teraputica das suas
guas remonta ao Imprio Romano. A comprov-lo, podemos encontrar, junto Igreja
Matriz da vila, um enorme bloco de granito Pedra ou Ara de Trajano com uma extensa
inscrio em latim, dedicada ao imperador
romano Trajano Augusto, que atesta a procura e utilizao, durante a poca imperial,
destas guas medicinais.
A poucos quilmetros do centro da vila
esto localizadas as estaes arqueol27

local de oferta ldica e cultural. Desde o dia


da sua inaugurao, a 24 de junho de 2010,
a se realizam concertos de msica clssica,
msica rock, ciclos de cinema ao ar livre, exposies, debates, sesses de teatro, entre
outras atividades. O forte da programao
concentra-se entre os meses de abril e setembro, perodo em que os visitantes da Vila
das Taipas podem desfrutar de uma agenda
cultural ecltica.

32 BANHOS VELHOS

O conjunto de Banhos Velhos, que foi explorado desde os finais do sc. XVIII como
um estabelecimento termal, j no se encontra em funcionamento h longos anos.
De facto, aps a interveno de requalificao a que foi sujeito, apresenta-se como um

28

energias, o Spa Termal ento a melhor


escolha. De um vasto conjunto de mimos
para o corpo, individuais ou combinados em
programas, o destaque vai para a massagem
geotermal (com pedras quentes), aromaterapia e chocoterapia (para os viciados em
chocolate), bem como para os programas
anticelulticos e reafirmantes. Um verdadeiro tnico no s para o corpo mas tambm para a alma...

33 TAIPAS TERMAL

As Termas das Taipas so uma estncia


termal recomendada para o tratamento
de afees do aparelho respiratrio (vias
areas superiores), reumticas, msculo
esquelticas e da pele , que conjuga a
tradicional vertente clssica do termalismo
com a mais recente vertente de BemEstar.
Na ala do termalismo clssico esto disponveis tcnicas de tratamento como o banho
de hidromassagem e de bolha de ar ou o
duche de agulheta e de vichy. Para o tratamento e alvio de problemas associados s
vias respiratrias, as termas proporcionam
irrigaes, pulverizaes, nebulizaes e
aerossis. Se o objetivo for relaxar e repor

Tel. 253 577 845


www.taipastermal.com

29

34 MUSEU DE CULTURA
CASTREJA

O Museu da Cultura Castreja est instalado no Solar da Ponte, propriedade


da Sociedade Martins Sarmento, num edifcio cuja
construo remonta ao sc.
XVIII e que serviu de residncia famlia de Francisco Martins Sarmento. Este
respeitado
investigador,
que alcanou nvel europeu, tinha a Arqueologia e a
Histria como uns dos seus
principais interesses, tendo
estudado as runas de uma
cidade a que chamavam de
Citnia. O Museu da Cultura
Castreja o primeiro espao
dedicado cultura castreja. Esta cultura autctone
apenas existiu no noroeste
peninsular, constituindo-se
como matriz cultural desta
faixa atlntica da Pennsula
Ibrica. O museu evidencia
a importncia dessa cultura.
Tel. 253 478 952
www.csarmento.uminho.pt/

35 CITNIA DE BRITEIROS
MONUMENTO NACIONAL

As runas arqueolgicas de Briteiros so uma prova extraordinria da existncia de um importante povoado primitivo,
de origem pr-romana, pertencente ao tipo geral dos chamados castros do noroeste de Portugal. Evidenciam nitidamente carateres da cultura castreja, ainda que fortemente
romanizados no comeo da era crist.
Martins Sarmento, etnlogo e arquelogo clebre, nascido em Guimares em 1833, ocupou-se do estudo cientfico
destas runas, tendo dado um contributo decisivo para a sua
divulgao, estudo e estado de conservao.
As numerosas construes, de vrios tipos, dispostas um
pouco livremente, mas obedecendo, contudo, a um ainda
insipiente esquema urbanstico, oferecem pistas impressionantes e muito objetivas para o conhecimento daquelas
gentes to remotas, alcandoradas no cimo dos montes e
mesmo assim protegidas por vrias cinturas de muralhas,
cujos extensos panos ainda hoje se podem admirar. O esplio arqueolgico destas runas encontra-se exposto, em
Guimares, no Museu Arqueolgico da Sociedade Martins
Sarmento.
Tel. 253 478 952
www.csarmento.uminho.pt/
30

SABIA QUE...

31

a Senhora da Oliveira, no faz romaria verdadeira. De Guimares a Santiago de Compostela so cerca de 215 quilmetros, facto
que coloca Guimares como ponto de partida preferencial para quem pretende cumprir
os requisitos para a solicitao da credencial
do peregrino (realizao dos ltimos 100km
do percurso a p ou a cavalo ou os ltimos
200km em bicicleta). Antes de iniciar o Caminho, necessrio carimbar a credencial
no posto de turismo.

Existe uma rplica da esttua de D. Afonso


Henriques de Soares dos Reis, no Castelo de
S. Jorge, em Lisboa, que foi inaugurada, em
1947, aquando da comemorao dos 800
anos da Conquista de Lisboa aos mouros.
D. Afonso Henriques faleceu no ano de 1185,
com a idade de 76 anos, o que faz dele o rei
portugus com o reinado mais longo.

Em 1836, um dos membros da Sociedade


Patritica Vimaranense defendeu a demolio do Castelo de Guimares e a utilizao
da sua pedra para ladrilhar as ruas de Guimares. A justificao foi a de que o castelo
tinha servido como priso poltica ao tempo
de D. Miguel (1828- 1834). Embora tal proposta no tenha sido aceite, com quatro votos a favor e quinze contra, o assunto levantou acesa discusso.

Desde a Idade Mdia, Guimares tem vindo


a afirmar a sua presena nos Caminhos de
Santiago como local de passagem/paragem
de peregrinos. A importncia de Guimares
revela-se atravs da venerao a Nossa
Senhora da Oliveira, comprovada pelo dito
popular Quem for a Santiago e no visitar

32

de Braga, aps a resoluo do diferendo que


tinha originado a provocatria deciso de
transferncia.

Em setembro de 1769, o Arcebispo D. Gaspar proibia as freiras do Convento de Santa


Clara de fazerem doces de forno para venda.
A proibio total deveria vigorar do dia de
Santa Teresa, 15 de outubro, at aos Reis, 6
de janeiro. Aparentemente, o Arcebispo considerava que as freiras passariam demasiado tempo a produzir doces e pouco tempo a
cumprir as suas obrigaes religiosas. Outra
verso tem o povo, que diz ser o incmodo
do Arcebispo motivado pelo facto dessa atividade comercial ser muito lucrativa.

A esttua das duas caras, que se encontra nos antigos Paos do Concelho, est na
origem da associao dos Vimaranenses ao
epteto de povo com duas caras, uma associao carregada de sentido depreciativo
que subentende uma duplicidade de carter
dos de Guimares. Como correo a esta
interpretao, apresenta-se a tradio que
associa a representao das duas caras a
um feito militar na conquista de Ceuta. As
tropas portuguesas estavam organizadas
em contingentes de diferentes cidades. Perante o fraquejar das tropas de Barcelos, os
de Guimares assumiram a defesa das duas
posies (as duas caras). Como consequncia, o Rei castigou os de Barcelos, condenando dois vereadores tarefa de varrer as ruas
de Guimares em vsperas de dias festivos.
Deveriam fazer-se acompanhar por uma
vassoura, usar um barrete vermelho e ter
um p descalo. Este castigo vigorou at finais do sc. XVI.

A origem da Casa dos Coutos, atual Tribunal da Relao de Guimares, nasce de


uma desavena entre o arcebispo de Braga,
D. Jos de Bragana, filho bastardo de D. Pedro II e irmo do rei D. Joo V, com o Cabido
da S de Braga. Desta desavena resulta a
inteno do Arcebispo de transferir o prelado e instalar o seu Pao Episcopal na vizinha
e rival cidade de Guimares. No entanto, o
prelado ficou pouco tempo em Guimares
de dezembro de 1746 a janeiro de 1749 -,
retomando a sua residncia no arcebispado
33

rer emergncia. O sino calar-se-ia apenas


aps a resoluo da emergncia.

O antigo sistema de alarme do Centro Histrico, do sc. XIX, pode ser encontrado em
caixas de ferro fundido colocadas nas laterais de algumas igrejas da cidade. Nas suas
tampas, pode ser encontrada a gravao dos
nmeros das estaes, a que corresponde
uma rea especfica da cidade que era do
conhecimento geral da populao. As caixas,
fechadas chave, tinham no seu interior um
puxador ligado ao sino da torre. Cada uma
destas caixas estava sob a responsabilidade
de uma pessoa, e a sua utilizao indevida,
ou falta de acionamento em caso de emergncia, acarretaria pesadas multas. O sino
tocava o nmero correspondente estao
onde ocorria a emergncia, normalmente
incndios, o que permitia populao acor-

Conta a lenda da Senhora da Oliveira que,


no sc. XIV, no hoje chamado Largo da Oliveira, em Guimares, existia uma oliveira
trazida de S. Torcato. A oliveira ter secado,
assim permanecendo at ter sido colocada,
junto a ela, uma cruz que ainda hoje se levanta debaixo do padro. Trs dias depois,
a oliveira reverdece, deitando novos rebentos. O povo atribui esse facto a um milagre
em honra de Nossa Senhora da Vitria que,
desde ento, passa a ser chamada de Nossa Senhora da Oliveira. A oliveira do milagre
permaneceu na praa aproximadamente at
1870, data em que foi removida por deciso
da Cmara Municipal de Guimares. Todavia, em 1985, aquando do ltimo restauro
da praa, uma oliveira volta a ocupar o lugar
34

da rvore original. No polgono de pedra que


a envolve, encontram-se assinaladas as
trs datas mais importantes da sua histria: 1342, 1870 e 1985. A oliveira faz parte da
histria da cidade, sendo um dos elementos
integrantes do seu braso.

A cada ano, no dia 13 de dezembro, celebra-se a Festa de Santa Luzia ou o Arraial


das Passarinhas. A festividade, para alm de
momento de cumprimento de promessas,
tambm conhecida como a festa dos namorados. Uma das peculiaridades da Festa
de Santa Luzia a venda de diversas figuras feitas numa massa de centeio ou trigo,
revestidas a acar e enfeitadas com papel,
das quais se destacam as Passarinhas e os
Sardes. So estas figuras que os namorados, ou pretendentes a namorados, trocam
entre si nesse dia. Este ritual faz a aproximao entre os apaixonados e pretende confirmar se o amor do rapaz correspondido.
Para tal, entrega do Sardo pelo rapaz dever corresponder a entrega da Passarinha
pela rapariga.

Com mais de 300 anos, e consideradas das


festas mais antigas de Guimares e das festas acadmicas mais antigas da Europa, as
Festas Nicolinas representam um testemunho intangvel do patrimnio cultural vimaranense. Celebradas em honra de S. Nicolau,
e profundamente enraizadas na cultura e
identidade da cidade e dos vimaranenses,
as Nicolinas decorrem entre 29 de novembro e 7 de dezembro e so as festas dos estudantes de Guimares. Os festejos incluem
diversas atividades, das quais se destaca o
Pinheiro, na noite de 29 de novembro, uma
celebrao coletiva que marca o incio das
festas, enchendo as ruas da cidade de Guimares com dezenas de milhares de participantes de todas as idades. No Pinheiro
35

toca-se bombo ou caixa durante um longo


desfile que transporta um pinheiro, puxado
por um carro de bois, que depois erguido
no centro da cidade. O cartaz das Nicolinas
inclui ainda as Novenas, de 1 a 7, as Posses,
no dia 4, o Prego de So Nicolau, no dia 5,
as Mazinhas e as Danas de So Nicolau,
no dia 6, o Baile Nicolino, no dia 7, e ainda a
roubalheira, cuja data no fixa nem divulgada.

36

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NOTAS

Guimaraes Turismo. Toda a informao


turstica sobre Guimares est aqui. Agenda
de eventos, alojamento, mapas e muito mais.

Guimares WIFI: Uma rede de acesso WIFI


gratuito que cobre as principais reas do
espao pblico na cidade de Guimares.

LEGENDA

Mobitur: Aplicao gratuita para smartphones


com toda a informao turstica de Guimares.

Consulte aqui a agenda de eventos para hoje

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