Guia Guimar Es 2015
Guia Guimar Es 2015
Guia Guimar Es 2015
S.O.S.
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BOMBEIROS VOLUNTRIOS
CMARA MUNICIPAL
POLCIA MUNICIPAL
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Guimares Turismo
Praa de S. Tiago
4810 - 300 Guimares
tel: (+351) 253 421 221/41
fax: (+351) 253 515 134
e-mail: [email protected]
INTRODUO
Na primeira metade do sc. X, o local onde
hoje est implantada a cidade de Guimares
era uma propriedade rural a Quintana de
Vimaranes. Mas, a morte de um homem o
conde Hermenegildo e a f crist de sua
viva a condessa Mumadona, fizeram
com que, na segunda metade do sc. X,
esta rica condessa de origem galega a
resolvesse fundar um mosteiro o Mosteiro
de Santa Maria e um castelo. O castelo foi
construdo com o fim de proteger o mosteiro
das frequentes razias levadas a cabo por
normandos, vindos do norte da Europa, e por
muulmanos, vindos das terras quentes do
Sul.
Passaram os anos, o burgo cresceu e, no
final do sc. XI, para aqui vm residir D. Teresa,
filha do rei D. Afonso VI de Leo, e seu marido, o
Conde D. Henrique, nobre de origem francesa.
Aqui, de acordo com a tradio, nasceu o filho
varo de ambos Afonso Henriques , o
qual, alguns anos depois, na primeira metade
do sc. XII, se torna o primeiro rei de Portugal.
Foi tambm em Guimares que ocorreu a
famosa Batalha de S. Mamede que ops D.
Afonso Henriques sua me D. Teresa, e
que foi um dos factos histricos que leva
independncia de Portugal.
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GUIMARES
A P
1 CASTELO DE GUIMARES
MONUMENTO NACIONAL
2 IGREJA DE S. MIGUEL
MONUMENTO NACIONAL
4 PERCURSO MUSEOLGICO
NO CONVENTO DE SANTO
ANTNIO DOS CAPUCHOS
8 ANTIGOS PAOS DO
CONCELHO
MONUMENTO NACIONAL
7 PRAA S. TIAGO
9 LARGO DA OLIVEIRA
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11 PADRO DO SALADO
MONUMENTO NACIONAL
As origens da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira remontam aos tempos da Condessa Mumadona Dias e fundao
da cidade de Guimares. O mosteiro em honra do Salvador
do Mundo, da Virgem Santa Maria e dos Santos Apstolos
que a Condessa Mumadona manda construir no sc. X, d
origem, no sc. XII, a uma colegiada. Durante a idade Mdia,
a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira transforma-se num
popular centro religioso da Pennsula Ibrica, fruto da popularidade juntos dos peregrinos a Santiago de Compostela.
Aquando a instaurao da repblica, em 1911, a colegiada
extingue-se. O edifcio vai sofrendo, ao longo dos tempos,
sucessivas reconstrues, motivo pelo qual apresenta caractersticas de diferentes pocas e estilos. A ltima interveno, que data de 1967, restitui-lhe grande parte da influncia gtica que ainda hoje mantm, depois de, em 1830,
ter sido alvo de uma reforma neoclssica. A Igreja de Nossa
Senhora da Oliveira , sem dvida, um dos monumentos vimaranenses de maior relevo histrico.
Tel. 253 416 144
11
O Padro do Salado, de
estilo gtico, comemora, de
acordo com a tradio, a Batalha do Salado travada em
1340 contra os mouros, no
sul de Espanha. Nesta batalha, Afonso XI de Castela
solicitou apoio ao rei portugus Afonso IV. Debaixo do
padro encontra-se a cruz
normanda oferecida pelo negociante vimaranense Pero
Esteves, residente em Lisboa. A cruz, feita em calcrio,
foi inicialmente dourada e
policromada. Tem numa face
Cristo Crucificado e na outra
a Virgem. Na base, apresenta
imagens de santos.
O Museu de Alberto Sampaio, criado em 1928 para albergar as colees da extinta Colegiada de Nossa Senhora da
Oliveira e de outras igrejas e conventos da regio de Guimares, ento na posse do Estado, situa-se em pleno Centro
Histrico, no exato local onde, no sc. X, a condessa Mumadona manda instalar o mosteiro volta do qual se expandiria
o burgo vimaranense. Pelo facto de ocupar o espao que
pertencia Colegiada, tm um grande valor histrico e artstico, como o provam o claustro e as salas medievais que
o envolvem, a antiga Casa do Priorado e a Casa do Cabido.
As suas importantes colees de escultura (arquitetural,
devulto e tumulria), cobrem os perodos medieval e renascentista, prolongando-se at ao sc. XVIII. Da sua coleo
de ourivesaria, uma das melhores do pas, destacam-se o
clice romnico de D. Sancho I, a imagem de Santa Maria de
Guimares (sc. XIII), as cruzes processionais, e o magnfico
retbulo gtico de prata dourada representando a Natividade, de finais do sc. XIV. Merecem ainda lugar de destaque o
loudel que D. Joo I vestiu na batalha de Aljubarrota, o fresco
do sc. XVI representando a Degolao de S. Joo Batista, a
coleo de pintura dos scs. XVI a XVIII, a talha maneirista
e barroca, os paramentos bordados, a azulejaria e a faiana.
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14 IGREJA DA MISERICRDIA
Sabe-se que a Casa da Rua Nova, no nmero 115 da Rua Egas Moniz, tem origem
remota, ainda que no seja possvel precisar
com exatido a data da sua construo. O
projeto de restauro desta casa, da autoria do
arquiteto Fernando Tvora, recebeu o Prmio Europa Nostra, em 1985. A obra teve um
carter exemplar, constituindo-se num ato
pedaggico e num incentivo para as recuperaes que foram acontecendo ao longo de
vrios anos no centro histrico da cidade, o
que lhe valeu, em 2001, a classificao pela
UNESCO de Patrimnio Cultural da Humanidade. O critrio utilizado na recuperao foi
o de consolidar a sua estrutura, sem alterar
a sua organizao interna. Para o efeito, utilizou-se mo de obra local e materiais e tcnicas tradicionais, de modo a obter as unidades construtiva, formal e ambiental.
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15 LARGO DO TOURAL
16 IGREJA S. PEDRO
17 MUSEU ARQUEOLGICO
DA SOCIEDADE MARTINS
SARMENTO
Inaugurada a 24 de junho
de 2012, a Plataforma das
Artes e da Criatividade nasceu dum projeto cujo objetivo residiu na transformao do antigo Mercado de
Guimares num espao
multifuncional dedicado
atividade artstica, cultural
e econmico-social. Para
alm de uma magnfica praa de usufruto pblico, este
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19 RUA D. JOO I
A Rua D. Joo I, outrora a entrada na cidade para quem chegava do Porto, foi uma das
ruas mais movimentadas de Guimares. O
seu ambiente, algo escuro e sombrio, tem
a marca do tempo e resulta da estreiteza
da rua e das casas antigas com varandas
de balaustres em madeira. Na Rua D. Joo I
podem admirar-se dois importantes monumentos da cidade: o Padro de D. Joo I, obra
do sc. XVI que no sc. XIX ligeiramente
deslocado do seu local inicial , e o edifcio
da Venervel Ordem Terceira de S. Domingos, do sc. XIX, comeado a construir em
1836 e solenemente inaugurado em 1840.
20 IGREJA E CLAUSTRO DE S. DOMINGOS
MONUMENTO NACIONAL
As origens da igreja de S. Domingos remontam construo do primeiro mosteiro dominicano em Guimares, erigido entre
1271 e 1278. Mais tarde, por ordem de D.
Dinis, o edifcio muda de local, num processo que termina apenas em 1397. Durante
os scs. XVIII e XIX, a traa original do edifcio profundamente alterada, juntandose, aos elementos gticos, reminiscncias
barrocas e romnicas. Depois de algumas
extines, demolies, aquisies e cedncias, o Santssimo Sacramento da Igreja de
S. Paio para a conduzido. Por esse facto,
investida, em 1914, como igreja paroquial
da freguesia de S. Paio, sendo classificada,
em 1959, como imvel de interesse pblico.
A sua sacristia encontra-se musealizada. De
referir ainda que o claustro de S. Domingos
monumento nacional, desde 1910.
Tel. 253 414 389
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22 IGREJA DE S. FRANCISCO
A Igreja de S. Francisco,
que fez originalmente parte
do Convento de S. Francisco, nasceu junto da muralha
medieval. D. Dinis, em 1325,
ordenou a sua destruio,
sendo necessrios 75 anos
para que o rei D. Joo I autorizasse a sua reedificao,
no local onde hoje a podemos ver. O interior da igreja
revela um estilo proveniente
das grandes reformas setecentistas, com a presena de
uma rica decorao em talha
e azulejaria que transformou
o sbrio templo franciscano
numa igreja ao gosto barroco. Com a extino das
ordens religiosas, em 1834,
a igreja foi cedida Ordem
Terceira de S. Francisco.
Numa das capelas interiores,
encontram-se
os restos
mortais de S. Gualter, um
dos primeiros franciscanos
e evangelizadores da regio.
No seu interior, podem ser
apreciadas inmeras obras
de arte de escultura, pintura, entalhe e arte sacra, sobressaindo obras de autores
consagrados como Soares
dos Reis, Giuseppi Berardi
e Roquemont. Uma visita
sacristia torna-se obrigatria para apreciar uma mesa
de mrmore, com embutidos coloridos, ao estilo renascena italiana.
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23 IGREJA DE N. SRA. DA
CONSOLAO E SANTOS
PASSOS
As origens da Igreja de N.
Sra. Da Consolao e Santos
Passos remontam ao sc.
XVI, quando uma pequena
ermida, dedicada
a Nossa Senhora da Consolao,
mandada construir. Em
1785, a nova igreja concluda. Da autoria de Andr Soares, revela-se um exemplar
de espacialidade barroca,
onde se acrescentaram, um
sculo depois, duas torres,
a escadaria e a balaustrada.
Esta igreja popularmente
conhecida como Igreja de S.
Gualter, pois ela o centro
das celebraes das Festas
Gualterianas. No decurso do
sc. XIX, construda a Casa
do Despacho e a Capela do
Senhor dos Passos, anexa
igreja. Em dezembro de
1594, em virtude do culto a
Nossa Senhora da Consolao, Frei Agostinho de Jesus
determina a ereo cannica a Irmandade. Em 1878,
agraciada pelo Rei D. Lus I
com o ttulo de Real Irmandade e prerrogativas de Capela Real.
Tel. 253 420 120
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24 ZONA DE COUROS
Em Guimares, a Indstria
dos Curtumes, que remonta
Idade Mdia, desenvolveuse com sucesso at meados
do sc. XX, fazendo da cidade uma referncia nacional
no setor. No sc. XIX, a atualmente designada Zona de
Couros foi um ncleo privilegiado da indstria de transformao de peles, onde
se manteve uma produo
baseada nas tcnicas tradicionais e no trabalho manual.
Ainda que pouco significativas, as primeiras tentativas
de inovao e modernizao dos processos de produo surgiram apenas nos
incios do sc. XX, fazendo
com que esta indstria se
mantivesse ativa at meados do sculo. Em julho
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MAIS
GUIMARES
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26 TELEFRICO DE
GUIMARES
27 MONTANHA DA PENHA
Com cerca de 60 hectares de rea verde, um santurio, capelas, grutas e magnficas paisagens, a montanha da Penha
uma das mais extensas reas de contacto com a natureza,
em Guimares. A montanha da Penha proporciona ao visitante uma ampla oferta de espaos e servios. Para alm do
Santurio de Nossa Senhora do Carmo da Penha, encontramos um vasto conjunto de equipamentos, destacando-se
um parque de campismo de montanha, um hotel, um campo
de mini-golfe, circuitos de manuteno, reas de passeio e
pic-nic, restaurantes, bares, esplanadas e amplas reas de
estacionamento. Pode ainda aventurar-se na descoberta
das inmeras grutas e desfrutar das espetaculares paisagens que os miradouros naturais lhe proporcionam.
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28 IGREJA E CONVENTO DE
SANTA MARINHA DA COSTA
29 IGREJA DE SERZEDELO
MONUMENTO NACIONAL
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A vila de Caldas das Taipas foi, desde sempre, um locam muito movimentado e dinmico. A vila dispe de vrios atrativos, entre
os quais se destaca uma antiga estncia
termal. A utilizao teraputica das suas
guas remonta ao Imprio Romano. A comprov-lo, podemos encontrar, junto Igreja
Matriz da vila, um enorme bloco de granito Pedra ou Ara de Trajano com uma extensa
inscrio em latim, dedicada ao imperador
romano Trajano Augusto, que atesta a procura e utilizao, durante a poca imperial,
destas guas medicinais.
A poucos quilmetros do centro da vila
esto localizadas as estaes arqueol27
32 BANHOS VELHOS
O conjunto de Banhos Velhos, que foi explorado desde os finais do sc. XVIII como
um estabelecimento termal, j no se encontra em funcionamento h longos anos.
De facto, aps a interveno de requalificao a que foi sujeito, apresenta-se como um
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33 TAIPAS TERMAL
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34 MUSEU DE CULTURA
CASTREJA
35 CITNIA DE BRITEIROS
MONUMENTO NACIONAL
As runas arqueolgicas de Briteiros so uma prova extraordinria da existncia de um importante povoado primitivo,
de origem pr-romana, pertencente ao tipo geral dos chamados castros do noroeste de Portugal. Evidenciam nitidamente carateres da cultura castreja, ainda que fortemente
romanizados no comeo da era crist.
Martins Sarmento, etnlogo e arquelogo clebre, nascido em Guimares em 1833, ocupou-se do estudo cientfico
destas runas, tendo dado um contributo decisivo para a sua
divulgao, estudo e estado de conservao.
As numerosas construes, de vrios tipos, dispostas um
pouco livremente, mas obedecendo, contudo, a um ainda
insipiente esquema urbanstico, oferecem pistas impressionantes e muito objetivas para o conhecimento daquelas
gentes to remotas, alcandoradas no cimo dos montes e
mesmo assim protegidas por vrias cinturas de muralhas,
cujos extensos panos ainda hoje se podem admirar. O esplio arqueolgico destas runas encontra-se exposto, em
Guimares, no Museu Arqueolgico da Sociedade Martins
Sarmento.
Tel. 253 478 952
www.csarmento.uminho.pt/
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SABIA QUE...
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a Senhora da Oliveira, no faz romaria verdadeira. De Guimares a Santiago de Compostela so cerca de 215 quilmetros, facto
que coloca Guimares como ponto de partida preferencial para quem pretende cumprir
os requisitos para a solicitao da credencial
do peregrino (realizao dos ltimos 100km
do percurso a p ou a cavalo ou os ltimos
200km em bicicleta). Antes de iniciar o Caminho, necessrio carimbar a credencial
no posto de turismo.
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A esttua das duas caras, que se encontra nos antigos Paos do Concelho, est na
origem da associao dos Vimaranenses ao
epteto de povo com duas caras, uma associao carregada de sentido depreciativo
que subentende uma duplicidade de carter
dos de Guimares. Como correo a esta
interpretao, apresenta-se a tradio que
associa a representao das duas caras a
um feito militar na conquista de Ceuta. As
tropas portuguesas estavam organizadas
em contingentes de diferentes cidades. Perante o fraquejar das tropas de Barcelos, os
de Guimares assumiram a defesa das duas
posies (as duas caras). Como consequncia, o Rei castigou os de Barcelos, condenando dois vereadores tarefa de varrer as ruas
de Guimares em vsperas de dias festivos.
Deveriam fazer-se acompanhar por uma
vassoura, usar um barrete vermelho e ter
um p descalo. Este castigo vigorou at finais do sc. XVI.
O antigo sistema de alarme do Centro Histrico, do sc. XIX, pode ser encontrado em
caixas de ferro fundido colocadas nas laterais de algumas igrejas da cidade. Nas suas
tampas, pode ser encontrada a gravao dos
nmeros das estaes, a que corresponde
uma rea especfica da cidade que era do
conhecimento geral da populao. As caixas,
fechadas chave, tinham no seu interior um
puxador ligado ao sino da torre. Cada uma
destas caixas estava sob a responsabilidade
de uma pessoa, e a sua utilizao indevida,
ou falta de acionamento em caso de emergncia, acarretaria pesadas multas. O sino
tocava o nmero correspondente estao
onde ocorria a emergncia, normalmente
incndios, o que permitia populao acor-
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