Resumo Geral Mec Solos
Resumo Geral Mec Solos
Resumo Geral Mec Solos
e tensoes internas que tendem a fratura-la. Mesmo rochas com uma uniformidade de
componentes nao tem uma arrumacao que permita uma expansao uniforme, pois graos
compridos deformam mais na direcao de sua maior dimensao, tendendo a gerar tens
oes internas e auxiliar no seu processo de desagregacao.
Repuxo coloidal - O repuxo coloidal e caracterizado pela retracao da argila devi
do sua diminuicao de umidade, o que em contato com a rocha pode gerar tensoes c
apazes de fratura-la.
Ciclos gelo/degelo- As fraturas existentes nas rochas podem se encontrar parcial
mente ou totalmente preenchidas com agua. Esta agua, em funcao das condicoes loc
ais, pode vir a congelar, expandindo-se e exercendo esforcos no sentido de abrir
ainda mais as fraturas preexistentes na rocha, auxiliando no processo de intemp
erismo (a agua aumenta em cerca de
8% o seu volume devido nova arrumacao das suas moleculas durante a cristalizacao
). Vale ressaltar tambem que a agua transporta substancias ativas quimicamente,
incluindo sais que
ao reagirem com acidos provocam cristalizacao com aumento de volume.
Alivio de pressoes - Alivio de pressoes ira ocorrer em um macico rochoso sempre
que da retirada de material sobre ou ao lado do macico, provocando a sua expansa
o, o que por sua vez, ira contribuir no fraturamento, estriccoes e formacao de j
untas na rocha. Estes processos, isolados ou combinados (caso mais comum) "f
raturam" as rochas continuamente, o que
permite a entrada de agentes quimicos e biologicos, cujos efeitos aumentam a fra
turacao e
tende a reduzir a rocha a blocos cada vez menores.
2.2.2 INTEMPERISMO QUIMICO
E o processo de decomposicao da rocha com a alteracao quimica dos seus component
es. Ha varias formas atraves das quais as rochas decompoem-se quimicamente. Pode
-se dizer, contudo, que praticamente todo processo de intemperismo quimico depen
de da presenca da agua. Entre os processos de intemperismo quimico destacam-se o
s seguintes:
Hidrolise - Dentre os processos de decomposicao quimica do intemperismo
, a hidrolise e a que se reveste de maior importancia, porque e o mecanismo que
leva a destruicao dos silicatos, que sao os compostos quimicos mais importantes
da litosfera. Em resumo, os minerais na presenca dos ions H+ liberados pela agu
a sao atacados, reagindo com os mesmos. O H+ penetra nas estruturas cristalinas
dos minerais desalojando os seus ions originais (Ca++, K+, Na+, etc.) causando
um desequilibrio na estrutura cristalina do mineral e levando-o a destruicao.
Hidratacao - Como a propria palavra indica, e a entrada de moleculas de agua na
estrutura dos minerais. Alguns minerais quando hidratados (feldspatos, por exemp
lo) sofrem expansao, levando ao fraturamento da rocha.
Carbonatacao - O acido carbonico e o responsavel por este tipo de intemperismo.
O
intemperismo por carbonatacao e mais acentuado em rochas calcarias por causa da
diferenca
de solubilidade entre o CaCo3 e o bicarbonato de calcio formado durante a reacao
[1.5].
Os diferentes minerais constituintes das rochas originarao solos com caracterist
icas diversas, de acordo com a resistencia que estes tenham ao intemperismo loca
l. Ha, inclusive, minerais que tem uma estabilidade quimica e fisica tal
que normalmente nao sao decompostos. O quartzo, por exemplo, por possuir um
a enorme estabilidade fisica e quimica e parte predominante dos solos grossos, c
omo as areias e os pedregulhos.
2.2.3 INTEMPERISMO BIOLOGICO
olhelho alterado enquanto na fig. 2.4(b) nota-se a existencia de uma grande quan
tidade de trincas de tracao originadas pela secagem do solo ao ser exposto atmos
fera.
Figura 2.3 - Perfil geotecnico tipico do reconcavo Baiano.
(a)
(b)
Figura 2.4- Caracteristicas do Folhelho/Massape, encontrado em Pojuca-BA. (a) Folhelho alterado e (b) - Retracao tipica do solo ao sofrer secagem.
2.4.2 SOLOS SEDIMENTARES
Os solos sedimentares ou transportados sao aqueles que foram levados ao seu loca
l atual por algum agente de transporte e la depositados. As caracteris
ticas dos solos sedimentares sao funcao do agente de transporte.
Cada agente de transporte seleciona os graos que transporta com maior ou menor f
acilidade, alem disto, durante o transporte, as particulas de solo se desgastam
e/ou quebram. Resulta dai um tipo diferente de solo para cada tipo de transporte
. Esta influencia e tao marcante que a denominacao dos solos sedimentares e feit
a em funcao do agente de transporte predominante.
Pode-se listar os agentes de transporte, por ordem decrescente de seletividade,
da
seguinte forma:
Ventos (Solos Eolicos)
Aguas (Solos Aluvionares)
o Agua dos Oceanos e Mares (Solos Marinhos)
o Agua dos Rios (Solos Fluviais)
o Agua de Chuvas (Solos Pluviais)
Geleiras (Solos Glaciais)
Gravidade (Solos Coluvionares)
Os agentes naturais citados acima nao devem ser encarados apenas como agentes de
transporte, pois eles tem uma participacao ativa no intemperismo e portanto na
formacao do proprio solo, o que ocorre naturalmente antes do seu transporte.
2.4.2.1 SOLOS EOLICOS
O transporte pelo vento da origem aos depositos eolicos de solo. Em virtude do a
trito constante entre as particulas, os graos de solo transportados pelo vento g
eralmente possuem forma arredondada. A capacidade do vento de transportar e erod
ir e muito maior do que possa parecer primeira vista. Varios sao os exemplos de
construcoes e ate cidades soterradas parcial ou totalmente pelo vento, como fora
m os casos de Taunas - ES e Tutoia - MA; os graos mais finos do deserto do Saara
atingem em grande escala a Inglaterra, percorrendo uma distancia de mais de 300
0km!. Como a capacidade de transporte do vento depende de sua velocidade, o solo
e geralmente depositado em zonas de calmaria.
O transporte eolico e o mais seletivo tipo de transporte das particulas do solo
[1.3]. Se por um lado graos maiores e mais pesados nao podem ser transportados,
os solos finos, como as argilas, tem seus graos unidos pela coesao, formando tor
roes dificilmente levados pelo vento. Esse efeito tambem ocorre em areias e silt
es saturados (falsa coesao) o que faz da linha de lencol freatico (definida por
um valor de pressao da agua intersticial igual a atmosferica) um limite para a a
tuacao dos ventos.
Pode-se dizer portanto que a acao do transporte do vento se restringe ao caso da
s areias finas ou silte. Por conta destas caracteristicas, os solos eolicos poss
uem graos de aproximadamente mesmo diametro, apresentando uma curva granulometri
r a partir dai. Ela pode se infiltrar no solo ou escoar sobre este e, neste caso
, a vegetacao rasteira funciona como elemento de fixacao da parte superficial do
solo ou como um tapete impermeabilizador (para as gramineas), sendo um importan
te elemento de protecao contra a erosao.
A agua que se infiltra pode carrear graos finos atraves dos poros existentes nos
solos grossos, mas este transporte e raro e pouco volumoso, portanto de pouca r
elevancia em relacao erosao superficial. De muito maior importancia e o solo que
as aguas das chuvas levam ao escoar de pontos mais elevados no relevo aos vales
. Os vales contem rios ou riachos que serao alimentados nao so da agua que escoa
das escarpas, como tambem de materia solida.
- SOLOS FLUVIAIS
Os rios durante sua existencia tem varias fases. Em areas de formacao geologicas
mais recentes, menos desgastadas, existem irregularidades topograficas muito gr
andes e por isso os rios tem uma inclinacao maior e consequentemente uma maior v
elocidade. Existem varios fatores determinantes da capacidade de erosao e transp
orte dos rios, sendo a velocidade a mais importante. Assim, os rios mais jovens
transportam mais materia solida do que os rios mais velhos.
Sabe-se que os rios nao possuem a mesma idade em toda a sua extensao; quanto mai
s distantes da nascente, menor a inclinacao e a velocidade. As particula
s de determinado tamanho passam a ter peso suficiente para se decantar e perma
necer naquele ponto, outras menores so serao depositadas com velocidade tambem m
enor. O transporte fluvial pode ser descrito sumariamente da seguinte forma:
a) Os rios desgastam o relevo em sua parte mais elevada e levam os solos para su
a parte mais baixa, existindo com o tempo uma tendencia a planificacao do leito.
Rios mais velhos tem portanto menor velocidade e transportam menos.
b) Cada tamanho de grao sera depositado em um determinado ponto do rio, correspo
ndente a uma determinada velocidade, o que leva os solos fluviais a terem uma ce
rta uniformidade granulometrica. Solos muito finos, como as argilas, per
manecerao em suspensao ate decantar em mares ou lagos com agua em repouso.
De um modo geral, pode-se dizer que os solos aluvionares apresentam um grau de u
niformidade de tamanho de graos intermediario entre os solos eolicos (mais unifo
rmes) e coluvionares (menos uniformes).
- SOLOS MARINHOS
As ondas atingem as praias com um pequeno angulo em relacao ao continente. Isso
faz com que a areia, alem do movimento de vai e vem das ondas, desloquem-se tamb
em ao longo da praia. Obras que impecam esse fluxo tendem a ser pontos de deposi
cao de areia, o que pode acarretar serios problemas.
2.4.2.3 SOLOS GLACIAIS
De pequena importancia para nos, os solos formados pelas geleiras, ao se desloca
rem pela acao da gravidade, sao comuns nas regioes temperadas. Sao for
mados de maneira analoga aos solos fluviais. A corrente de gelo que escorre de
pontos elevados onde o gelo e formado para as zonas mais baixas, leva consigo p
articulas de solo e rocha, as quais, por sua vez, aumentam o desgaste do terreno
.
Os detritos sao depositados nas areas de degelo. Uma ampla gama de tamanho de pa
rticulas e transportada, levando assim a formacao de solos bastante heterogeneos
que possuem desde grandes blocos de rocha ate materiais de granulometria fina.
- SOLOS FINOS
Quando as particulas que constituem o solo possuem dimensoes menores q
ue
0,074mm (DNER), ou 0,06mm (ABNT), o solo e considerado fino e, neste
caso, sera
classificado como argila ou como silte.
Nos solos formados por particulas muito pequenas, as forcas que intervem no proc
esso de estruturacao do solo sao de carater muito mais complexo e serao estudada
s no item composicao mineralogica dos solos. Os solos finos possuem particulas c
om formas lamelares, fibrilares e tubulares e e o mineral que determina a forma
da particula. As particulas de argila
normalmente apresentam uma ou duas direcoes em que o tamanho da particula e bem
superior
quele apresentado em uma terceira direcao. O comportamento dos solos finos e defi
nido pelas forcas de superficie (moleculares, eletricas) e pela presenca de agua
, a qual influi de maneira marcante nos fenomenos de superficie dos argilo-miner
ais.
- ARGILAS
A fracao granulometrica do solo classificada como argila (diametro infe
rior a
0,002mm) se caracteriza pela sua plasticidade marcante (capacidade de se deforma
r sem
apresentar variacoes volumetricas) e elevada resistencia quando seca. E a fracao
mais ativa dos solos.
- SILTES
Apesar de serem classificados como solos finos, o comportamento dos siltes e gov
ernado pelas mesmas forcas dos solos grossos (forcas gravitacionais), embora pos
suam alguma atividade. Estes possuem granulacao fina, pouca ou nenhuma plasticid
ade e baixa resistencia quando seco. A fig. 3.1 apresenta a escala granulometric
a adotada pela ABNT (NBR 6502):
Argila
0,002
Silte
0,06
Fina
0,20
Media
0,60
Grossa
2,0
Pedregulho
60,0
Pedra de mao
mm
Figura 3.1 - Escala granulometrica da ABNT NBR 6502 de 1995
Peneiramento: utilizado para a fracao grossa do solo (graos com ate 0,074mm de d
iametro equivalente), realiza-se pela passagem do solo por peneiras padronizadas
e pesagem das quantidades retidas em cada uma delas. Retira-se 50 a 100g da qua
ntidade que passa na peneira de #200 e prepara-se o material para a sedimentacao
.
Sedimentacao: os solos muito finos, com granulometria inferior a 0,074mm, sao t
ratados de forma diferenciada, atraves do ensaio de sedimentacao desenvolvido po
r Arthur Casagrande. Este ensaio se baseia na Lei de Stokes, segundo a qual a ve
locidade de queda, V, de uma particula esferica, em um meio viscoso infinito, e
proporcional ao quadrado do diametro da particula. Sendo assim, as menores parti
culas se sedimentam mais lentamente que as particulas maiores.
O ensaio de sedimentacao e realizado medindo-se a densidade de uma suspensao de
solo em agua, no decorrer do tempo. A partir da medida da densidade da solucao n
o tempo, calcula-se a percentagem de particulas que ainda nao sedimentaram e a v
elocidade de queda destas particulas (a profundidade de medida da densidade e ca
lculada em funcao da curva de calibracao do densimetro). Com o uso da lei de Sto
kes, pode-se inferir o diametro maximo das particulas ainda em suspensao, de mod
o que com estes dados, a curva granulometrica e completada. A eq. 3.1 apresenta
a lei de Stokes.
V=(YS-Yw)/18u x D(E2)
onde,
Ys= peso especifico medio das particulas do solo
Yw= peso especifico do fluido
u= viscosidade do fluido
D= diametro das particulas
Deve-se notar que o diametro equivalente calculado empregando-se a eq. 3.1 corre
sponde a apenas uma aproximacao, medida em que durante a realizacao do ensaio de
sedimentacao, as seguintes ocorrencias tendem a afasta-lo das condicoes ideais
para as quais a lei de Stokes foi formulada.
As particulas de solo nao sao esfericas (muito menos as particulas dos argilo-mi
nerais que tem forma placoide).
A coluna liquida possui tamanho definido.
O movimento de uma particula interfere no movimento de outra.
As paredes do recipiente influenciam no movimento de queda das particulas.
O peso especifico das particulas do solo e um valor medio.
O processo de leitura (insercao e retirada do densimetro) influencia no processo
de queda das particulas.
3.3.2 REPRESENTACAO GRAFICA DO RESULTADO DO ENSAIO DE GRANULOMETRIA
A representacao grafica do resultado de um ensaio de granulometria e dada pela c
urva granulometrica do solo. A partir da curva granulometrica, podemos separar f
acilmente os solos grossos dos solos finos, apontando a percentagem equivalente
de cada fracao granulometrica que constitui o solo (pedregulho, areia, silte e a
rgila). Alem disto, a curva granulometrica pode fornecer informacoes sobre a ori
gem geologica do solo que esta sendo investigado. Por exemplo, na fig. 3.2, a cu
rva granulometrica a corresponde a um solo com a presenca de particulas em uma a
mpla faixa de variacao. Assim, o solo representado por esta curva granulometrica
poderia ser um solo de origem glacial, um solo coluvionar (talus) (ambos de
baixa seletividade) ou mesmo um solo residual jovem. Contrariamente, o solo desc
rito pela curva granulometrica c foi evidentemente depositado por um a
gente de transporte seletivo, tal como a agua ou o vento (a curva c poderia rep
resentar um solo eolico, por exemplo), pois possui quase que tosas as particulas
do mesmo diametro. Na curva granulometrica b, uma faixa de diametros das partic
ulas solidas esta ausente. Esta curva poderia ser gerada, por exemplo, por varia
coes bruscas na capacidade de transporte de um rio em decorrencia de chuvas.
De acordo com a curva granulometrica obtida, o solo pode ser classificado como b
em graduado, caso ele possua uma distribuicao continua de diametros equivalent
es em uma ampla faixa de tamanho de particulas (caso da curva granulometrica a)
ou mal graduado, caso ele possua uma curva granulometrica uniforme (curva granu
lometrica c) ou uma curva granulometrica que apresente ausencia de uma faixa de
tamanhos de graos (curva granulometrica b).
Alguns sistemas de classificacao utilizam a curva granulometrica para auxiliar n
a previsao do comportamento de solos grossos. Para tanto, estes sistemas de
classificacao lancam mao de alguns indices caracteristicos da curva granulometr
ica, para uma avaliacao de sua uniformidade e curvatura. Os coeficientes d
e uniformidade e curvatura de uma determinada curva granulometrica sao obti
dos a partir de alguns diametros equivalente caracteristicos do solo na curva gr
anulometrica.
Sao eles:
D10 - Diametro efetivo - Diametro equivalente da particula para o qual temos 10%
das particulas passando (10% das particulas sao mais finas que o diametro efeti
vo).
D30 e D60 - O mesmo que o diametro efetivo, para as percentagens de 30 e 60%,
respectivamente.
Abertura da peneira (mm)
(a) Continua
(b) Aberta
(c) Uniforme
Granulacao uniforme (c) (mal graduado)
Granulacao aberta (b) (mal graduado)
Figura 3.2 - Representacao de diferentes curvas granulometricas.
As equacoes 3.2 e 3.3 apresentam os coeficientes de uniformidade e curvatura de
uma dada curva granulometrica.
Coeficiente de uniformidade:
Cu= D60/D10
De acordo como valor do Cu obtido, a curva granulometrica pode ser classificada
conforme apresentado abaixo:
Cu < 5
muito uniforme
5 < Cu < 15
uniformidade media
Cu > 15
nao uniforme
Coeficiente de curvatura:
Cc= D30(E2)/(D60xD10)
Abertura (mm)
76,2
25,4
19,05
4
4,8
10 2,0
40 0,42
200 0,074
00
03
42
53
02
0,074mm e 2,0mm.
- NORMAS PARA DESIGNACAO DO SOLO SEGUNDO A NBR 6502, BASEANDO-SE NA SUA CURVA GR
ANULOMETRICA
Quando da ocorrencia de mais de 10% de areia, silte ou argila adjetiva-se o solo
com as fracoes obtidas, vindo em primeiro lugar as fracoes com maiores percenta
gens.
Em caso de empate, adota-se a seguinte hierarquia: 1 ) Argila; 2 ) Areia e e 3
) Silte
No caso de percentagens menores do que 10% adjetiva-se o solo do seg
uinte modo, independente da fracao granulometrica considerada:
1 a 5%
com vestigios de
5 a 10%
com pouco
Para o caso de pedregulho com fracoes superiores a 10% adjetiva-se o solo do seg
uinte modo:
10 a 29%
com pedregulho
> 30%
com muito pedregulho
Resultado da nomenclatura dos solos conforme os dados apresentados na tabela 3.2
.
Solo 1: Argila Silto-Arenosa com pouco Pedregulho
Solo 2: Areia Silto-Argilosa com Pedregulho
ico mineral. Estes solos sao formados, na sua maior parte, por silicatos (90
%) e apresentam tambem na sua composicao oxidos, carbonatos e sulfatos.
Grupos Minerais:
o Silicatos - feldspato, quartzo, mica, serpentina
o Oxidos - hematita, magnetita, limonita
o Carbonatos - calcita, dolomita
o Sulfatos - gesso, anidrita
O quartzo, presente na maioria das rochas, e bastante estavel, e em geral resist
e bem ao processo de transformacao rocha-solo. Sua composicao quimica e simple
s, SiO2, as particulas sao equidimensionais, como cubos ou esferas e ele aprese
nta baixa atividade superficial (devido ao tamanho de seus graos). Por conta dis
to, o quartzo e o componente principal na maioria dos solos grossos (areias e pe
dregulhos)
3.6.2 SOLOS FINOS - ARGILAS
Os solos finos possuem uma estrutura mais complexa e alguns fatores, como forcas
de superficie, concentracao de ions, ambiente de sedimentacao, etc., podem
intervir no seu comportamento. As argilas possuem uma complexa constituicao qui
mica e mineralogica, sendo formadas por silica no estado coloidal (SiO2) e s
esquioxidos metalicos (R2O3), onde R = Al; Fe, etc.
Os feldspatos sao os minerais mais atacados pela natureza, dando origem aos argi
lo- minerais, que constituem a fracao mais fina dos solos, geralmente com diamet
ro inferior a
2 m. Nao so o reduzido tamanho, mas, principalmente, a constituicao mineralogic
a faz com que estas particulas tenham um comportamento extremamente diferenciado
em relacao ao dos graos de silte e areia.
O estudo da estrutura dos argilo-minerais pode ser facilitado "construindo-se" o
argilo- mineral a partir de unidades estruturais basicas. Este enfoque e purame
nte didatico e nao representa necessariamente o metodo pelo qual o argilo-minera
l e realmente formado na
natureza. Assim, as estruturas apresentadas neste capitulo sao apenas idealizaco
es. Um cristal
tipico de um argilo-mineral e uma estrutura complexa similar ao arranjo estr
utural aqui idealizado, mas contendo usualmente substituicoes de ions e outras
modificacoes estruturais que acabam por formar novos tipos de argilo-minerais. A
s duas unidades estruturais basicas dos argilo-minerais sao os tetraedros de sil
icio e os octaedros de aluminio (fig. 3.4). Os tetraedros de silicio sao formado
s por quatro atomos de oxigenio equidistantes de um atomo de silicio enquanto qu
e os octaedros de aluminio sao formados por um atomo de aluminio no centro, envo
lvido por seis atomos de oxigenio ou grupos de hidroxilas, OH-. A depender do mo
do como estas unidades estruturais estao unidas entre si, podemos dividir os arg
ilo- minerais em tres grandes grupos.
a) GRUPO DA CAULINITA: A caulinita e formada por uma lamina silicica e outra de
aluminio, que se superpoem indefinidamente. A uniao entre todas as camadas e suf
icientemente firme (pontes de hidrogenio) para nao permitir a penetracao de mole
culas de agua entre elas. Assim, as argilas cauliniticas sao as mais estave
is em presenca d'agua, apresentando baixa atividade e baixo potencial de expan
sao.
b) MONTMORILONITA: E formada por uma unidade de aluminio entre duas silicicas, s
uperpondo-se indefinidamente. Neste caso a uniao entre as camadas de silicio e f
raca (forcas de Van der Walls), permitindo a penetracao de moleculas de agua na
estrutura com relativa facilidade. Os solos com grandes quantidades de montmoril
onita tendem a ser instaveis em presenca de agua. Apresentam em geral grande res
istencia quando secos, perdendo quase que totalmente a sua capacidade de suporte
por saturacao. Sob variacoes de umidade apresentam grandes variacoes volumetric
as, retraindo-se em processos de secagem e expandindo-se sob processos de umedec
imento.
c) ILITA: Possui um arranjo estrutural semelhante ao da montmorilonita, porem os
ions nao permutaveis fazem com que a uniao entre as camadas seja mais estavel e
nao muito afetada pela agua. E tambem menos expansiva que a montmorilonita.
Figura 3.4 - Arranjos estruturais tipicos dos tres principais grupos d
e argilo- minerais.
Como a uniao entre as camadas adjacentes dos argilo-minerais do tipo 1:1 (grupo
da caulinita) e bem mais forte do que aquela encontrada para os outros grupos, e
de se esperar que estes argilo-minerais resultem por alcancar tamanhos maiores
do que aqueles alcancados pelos argilo-minerais do grupo 2:1, o que ocorre na re
alidade: Enquanto um mineral tipico de caulinita possui dimensoes em torno de 50
0 (espessura) x 1000 x 1000 (nm), um mineral de montmorilonita possui dimensoes
em torno de 3x 500 x 500 (nm).
A presenca de um determinado tipo de argilo-mineral no solo pode ser identificad
a utilizando-se diferentes metodos, dentre eles a analise termica difere
ncial, o raio x , a microscopia eletronica de varredura, etc.
Superficie especifica - Denomina-se de superficie especifica de um solo a soma d
a area de todas as particulas contidas em uma unidade de volume ou peso. A super
ficie especifica dos argilo-minerais e geralmente expressa em unidades como m
2/m3 ou m2/g. Quanto maior o tamanho do mineral menor a superficie especifica
do mesmo. Deste modo, pode-se esperar que os argilo-minerais do grupo 2:1 possu
am maior superficie especifica do que os argilo-minerais do grupo 1:1. A montmor
ilonita, por exemplo, possui uma superficie especifica de aproximadamente 800
m2/g, enquanto que a ilita e a caulinita possuem superficies especifi
cas de aproximadamente 80 e 10 m2/g, respectivamente. A superficie especif
ica e uma importante propriedade dos argilo-minerais, na medida em que quanto ma
ior a superficie especifica, maior vai ser o predominio das forcas eletricas (em
detrimento das forcas gravitacionais), na influencia sobre as propriedades do s
olo (estrutura, plasticidade, coesao, etc.)
Unidade 05 - BARRAGENS DE TERRA E ENROCAMENTO
INTRODUCAO
5.1- Definicao e objetivos
Barragem pode ser definida como sendo um elemento estrutural, construida transve
rsalmente direcao de escoamento de um curso d agua, destinada a criacao de um rese
rvatorio artificial de acumulacao de agua.
Os objetivos que regem a construcao de uma barragem sao varios e os
principais se resumem em :
a)
b)
to
d)
aproveitamento hidreletrico
regularizacao das vazoes deo curso d agua para fins de navegacao c) abastecimen
domestico e industrial de agua
controle de inundacoes e) irrigacao
Concreto
Gravidade b) Arco
Terra
Enrocamento
Argila
Saprolito
Areia
Pedra Britada Fina
Pedra Britada Grossa
situacoes
geologicas
ALTO
b) Barragem de Jaguara, no Rio Grande, na divisa dos Estados de Sao Paulo e Mina
s Gerais
Geologicamente, a barragem esta localizada em quartzitos putos silicificados, co
m camadas de xistos intercaladas.
A barragem apresentou interessante problema geologico. Dada a grande vazao do ri
o, foram executadas, na fase preliminar, somente duas sondagens no seu leito. Na
fase de detalhe, as sondagens confirmaram a presenca de uma camada de
xisto decomposto de pequena resistencia. Esse fato exigiu o deslocamento das
estruturas de concreto para 50 m a jusante; a fim de reduzir os custos de escava
cao da rocha decomposta.
Nas margens do rio, a decomposicao da rocha varia de 10 m a 15 m. No leito do ri
o, a rocha esta bastante fraturada.
A camada decomposta no local das estruturas citadas mergulhava cerca de 150 em d
irecao margem esquerda.
O esquema a seguir resume a posicao da camada em relacao s condicoes geologicas.
A camada de xisto nao oferecia condicoes de fundacao para as estruturas de concr
eto. Porem, a sua remocao total e a do quartzito subjacente exigiram um volume e
xtra de escavacao e concreto.
A solucao foi deslocar o eixo da barragem em 50 m na area da tomada d agua e da ca
sa de forca.
Conclusoes: o exemplo descrito mostrou os seguintes aspectos importantes para qu
alquer estudo geologico de barragens:
1. o numero insuficiente de sondagens na fase preliminar.
2. a importancia do estudo geologico e, no caso; de se encontrar rocha desfavora
vel no local de fundacao.
3. o grau de fraturamento excessivo da rocha exigiu grandes trabalhos de injecoe
s. c) Barragem de Sobragi, no Rio Paraibuna, proximo Juiz de Fora - MG.
A usina hidroeletrica de Sobragi, esta localizada no Rio Paraibuna, entre os mun
icipios de Belmiro Braga e Simao Pereira, proximo a Juiz de Fora.
Este empreendimento, iniciado em marco de 1996, pela empresa de Engenharia Paran
apanema para a Companhia Paraibuna de Metais - CPM - e tem como objetivo a gerac
ao de Energia Eletrica no sentido de diminuir os insumos (custos) da empresa na
fabricacao de seus produtos.
Exemplo de Usina em que ha aproveitamento de grande desnivel entre dois pontos p
roximos, sendo executado um tunel ( escavado ) de aducao sob a encosta natural (
terreno). Barragens foram tambem necessarias no caso para fechamento proximo a t
omada d agua e no de fechamento de 8,7m de altura na casa de forca.
5.7 - Dimensionamento de taludes de uma Barragem de Terra Analise de Estabilidad
e
O
para os diversos t
Envoltoria de
Resistencia
Q ou S(3)
Observacoes
Fim de construcao
1,3(2)
Taludes de monta
nte e jusante
Rebaixamento rapido a partir do
N.A. max.normal
1,0(4)
R, S
Talude
de
montante
(usar envoltoria composta).
Reservatorio parcialmente cheio com fluxo permanente.
1,5
(R+S)/2 para R<S e S para R>S
Talude
de
montante
(usar envoltoria intermediaria)
Reservatorio cheio com fluxo permanente.
1,5
(R+S)/2 para R<S e S para R>S
Talude de jusant
e (usar envoltoria intermediaria)
Sismos (5)
1,0
(6)
Taludes de monta
nte e jusante
Notas: (1) esses valores nao sao aplicaveis ao caso de macicos apoiados sobre f
undacoes de argilito; neste caso, deverao ser adotados fatores de seguranca maio
res.
(2) para barragens de mais de 15 m de altura apoiadas sobre fundacao relativamen
te fraca, adotar F.S. minimo igual a 1,4.
(3) nas zonas onde sao previstas pressoes neutras elevadas, utilizar a envoltori
a S.
(4) o fator de segurnaca nao devera ser menor que 1,5 quando as analises de esta
bilidade utilizam a velocidade de rebaixamento e as pressoes neutras obtidas a p
artir de redes de fluxo.
Nas estruturas, o ferro e o elemento mais atacado pela maresia. Para evitar prob
lemas, as ferragens devem ser protegidas pelo concreto. Outras estruturas metali
cas tambem demandam cuidados especiais. O aco devera receber pinturas especiais
contra a corrosao ou ainda pode-se optar pela utilizacao de acos do tipo patinav
el, em que a propria ferrugem protege o material da corrosao.Entretanto, em caso
s de construcoes muito proximas praia em que as superficies sofram com a abrasao
da areia, esse tipo de aco nao e indicado. Isso porque a areia tende a retirar
continuamente essa camada protetora enferrujada do aco, que estara em permanente p
rocesso de corrosao. As normas de calculo especificas para recobrimentos com con
creto em construcoes na praia determinam maior volume do que seria necessario lo
nge do litoral. Outras estruturas metalicas tambem demandam cuidados, sendo que
o aco deve receber pinturas contra corrosao. No ambiente maritimo, os agentes ag
ressivos que mais atacam a pasta de cimento no concreto sao os sais de magnesio
e sulfatos, enquanto que os cloretos concorrem para a corrosao das armaduras de
aco. Esses sais retirados do mar pelas ondas e transportados pelos ventos podem
percorrer grandes distancias e se depositarem sobre o concreto na forma de gotic
ulas de agua. O grande problema, contudo, reside nas dimensoes diminutas dos ion
s cloretos, que por conta disso tem elevada mobilidade no interior do concreto e
causam a corrosao das armaduras.
Corrosao no concreto
Ja as telhas ceramicas precisam ser impermeabilizadas, para diminuir o efeito da
cristalizacao dos sais de areia, que gera esfarelamento do acabamento. As telha
s de concreto devem ter acabamento em camada de verniz acrilico, que garantem te
lhado limpo por mais tempo. Em edificacoes com coberturas planas, e possivel uti
lizar as telhas de fibrocimento sem amianto ou lajes impermeabilizadas. Descendo
do telhado para o piso, os mais adequados sao os porcelanatos com acabamento fo
sco. Podem ser utilizados os de tons manchados, que disfarcam a presenca de arei
a.
Portanto, diversos fatores devem ser levados em consideracao na hora de construi
r no litoral, para que a obra seja feita com a melhor qualidade possivel, evitan
do problemas futuros.
Obras litoraneas exigem atencao redobrada
Interferencia da maresia, ventos dominantes e direcao da trajetoria do sol devem
ser cuidadosamente analisados
Redacao AECweb / e-Construmarket
Ter um imovel na praia e o desejo de muitos, porem uma obra mal realizada pode t
ransformar este sonho em pesadelo. A fim de evitar problemas nos empreendimentos
, alguns fatores devem ser analisados durante o projeto e execucao da construcao
, como as caracteristicas do solo e a interferencia da maresia. As condicoes cli
maticas e de relevo nao sao os unicos pontos a serem levados em consideracao, co
nforme explica o engenheiro civil Eduardo Linhares Qualharini, professor da Univ
ersidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ha as dificuldades de acesso e de logi
stica de apoio, ja que uma quantidade significativa de obras nas regioes litoran
eas e de lazer e em locais ainda nao consolidados quanto sua infraestrutura , come
nta.
Para Qualharini obras litoraneas tem algumas particularidades quando comparadas q
uelas realizadas em areas urbanas. Nas grandes cidades, as construcoes tem maior
integracao de compartimentos internos, tendencia de incorporacao de equipamentos
automatizados de climatizacao, seguranca e de funcionalidades de transporte ver
tical, e o uso de revestimentos permanentes, como pisos industrializados, carpet
es, paineis plasticos e em aglomerados. Ja no litoral, as obras apresentam carac
teristicas como o partido arquitetonico em planta livre, grandes areas de cobert
uras, existencia de varandas e sacadas, e uso de materiais aparentes , finaliza Qu
alharini.
Alguns fatores devem ser analisados, como os ventos dominantes, direcao da traje
toria do sol e o percurso das redes de drenagem
Alem dos cuidados com os materiais, as construcoes nas regioes costeiras exigem
alguns estudos previos. Entre os principais responsaveis pelas dificuldades esta
o as condicoes naturais. Alguns fatores devem ser analisados, como os ventos domi
nantes, direcao da trajetoria do sol e o percurso das redes de drenagem , afirma Q
ualharini. O especialista lembra, ainda, que a preferencia pelo uso de fornecedo
res locais e a tipologia da construcao sao outros pontos que demandam atencao. A
benfeitoria litoranea apresentara tendencia a ter identidade entre o projeto e a
escolha de revestimentos duraveis frios - ceramicas ou porcelanatos - que obrig
atoriamente exigira a execucao de isolamento termico e de impermeabilizacao , comp
leta.
E bom evitar
Vale utilizar
Alguns materiais sao mais propensos a sofrerem com as interferencias das particu
laridades litoraneas: madeiras beneficiadas ou nao , argamassas com composicao de
areia, barro ou terra (com depositos locais a granel), pinturas selantes base d
e oleo ou de cal. Paineis em ferro e aco, e madeiras que nao sejam de lei (sem n
os e de corpo escuro) tambem devem ser evitados.
Determinadas solucoes sa
o mais indicadas para obras no litoral por se comportarem melhor s condicoes regi
onais. E recomendado o uso de ceramicas, aluminio anodizado ou com pintura eletr
ostatica a po, e elementos industrializados em PVC, como esquadrias, tubos e for
ros.
DIFICULDADES
Ter na edificacao areas de uso e lazer posicionadas em patios internos, criando
zonas de transicao entre o meio externo e interno com o uso de brises, marquises
e pavimentos articulados e uma alternativa
Um dos problemas mais comuns em construcoes litoraneas e a diminuicao do ciclo d
e vida util da edificacao. O fato se deve dilatacao de superficies ou ainda a us
ual falta de juntas de dilatacao, aliada frequente opcao por grandes panos de co
bertura, que irao concentrar as aguas em uma area limitada do terreno. Para resol
ver esta situacao, e recomendavel interferir no projeto e especificacao, com sol
ucoes adequadas para o modo de utilizacao da obra, adequacao funcional, condicao
de execucao de futuras reabilitacoes, e a escolha preferencial por materiais mo
dulares, com constancia de fornecedores especializados , complementa.
Outro ponto importante e a necessidade de acoes de manutencao com maior frequenc
ia, por conta das inferencias locais tipicas, como quantidade de chuvas, ventos
fortes e maior exposicao ao sol. Ter na edificacao areas de uso e lazer posiciona
das em patios internos, criando zonas de transicao entre o meio externo e intern
o com o uso de brises, marquises e pavimentos articulados e uma alternativa para
esta situacao , afirma Qualharini.
MANUTENCAO OBRIGATORIA
Os principais cuidados necessarios em um imovel no litoral sao:
o Revisao de caixilhos;
o Periodicidade na renovacao de pinturas;
o Verificacao de zonas de umidade e de formacao de bolor e fungos em forros ou
zonas molhadas;
o Renovacao programada de revestimentos em massa, averiguando trincas, areas so
ltas ou em colapso.
Exercicios n 01
1 - Solos argilosos sao transportaveis pela acao eolica?
R - Nao, porque o vento e o mais seletivo dos agentes intempericos. A argila e c
onstituida de conglomerados.
2 - Qual e o tipo de solo que se forma muito rapido para os padroes do tempo geo
logico? Cite um exemplo de solo desse tipo.
R - Solo eolico. Dunas.
3 - Qual e o tipo de erosao mais seletiva em materia de transporte das particula
s do solo?
R Erosao eolica.
4 - A curva granulometrica dos solos uniformes (eolicos) e devido a que?
R Os graos tem o mesmo tamanho.
5 - A carbonatacao e classificada em qual tipo de intemperismo? A carbonatacao e
mais acentuada em qual tipo de rocha?
R Quimico. Rochas calcarias pela diferenca de solubilidade entre o CaCO3 e o bic
arbonato de calcio formado durante a reacao.
6 - Seja um perfil de solo residual. Onde reside o maior interesse na identifica
cao da rocha sa? Qual o estrato do perfil que e mais homogeneo e nao mostra vest
igios da rocha original?
R A rocha sa condiciona (em solos residuais) entre outras coisas a propria compo
sicao quimica do solo. Solo residual maduro.
7 - Ha rochas igneas plutonicas e extrusivas. Nesse contexto, qual e a rocha que
forma os solos conhecidos como terra roxa? Quanto ao massape, qual e a sua orig
em, localizacao geografica e uso?
R Basaltos. Rocha argila, organica. Encontra-se no nordeste. Usado para a pratic
a de agricultura principalmente cana-de-acucar.
8 - Solos siltosos sao aqueles que, obviamente, contem boa parcela de silte. Em
tamanho de grao, o silte, como esta posicionado, entre a argila e a areia?
R Areia > silte > argila. Silte intermediario.
9 - O Edificio Nuncio Malzoni em Santos, tinha um desaprumo de 2,1m. Esse e um e
xemplo famoso de qual patologia de fundacoes? Qual e o tipo de solo onde foi ass
entada a fundacao desse edificio? Abaixo desse solo (1 camada), qual e o solo que
suporta pouca carga, podendo afundar?
R Recalque (distorcao angular). Camadas de areia e argila mole marinha.
10 - No tempo da construcao do Edificio Nuncio Malzoni, a tecnologia de fundacoe
s nao era desenvolvida ao ponto de baratear custos para os construtores. Entao,
qual foi a opcao para assentar a fundacao? Entre conjuntos de sapatas ou grupo d
e estacas, qual e a opcao mais segura para estabelecer uma fundacao?
R A opcao na epoca foi estabelecer sapatas. A opcao mais segura e grupo de estac
as.
Exercicios n 02
1
O conhecimento da estabilidade de taludes, dos efeitos do fluxo de agua atrav
es do solo, do processo de adensamento e dos recalques a ele associados, assim c
omo do processo de compactacao empregado e essencial para o projeto e construcao
de: a) a)Enrocamentos b) Acudes c) Barragens de terra e aterros d) Estradas e)
Diques
R Barragens de terra
2 - Viscosidade, Velocidade e direcao, dimensao das particulas, eliminacao da c
oesao, sao caracteristicas de qual tipo de solo?
R Solos aluvionares
3 - O solo e classificado como argiloso quando apresenta:
R a) Bastante plasticidade na presenca de agua, formando torroes resistentes ao
secar.
4
R
O que sao talus? Cite alguma regiao que tenha esse solo.
Os talus sao solos coluvionares formados pelo deslizamento de solo do topo das
encostas. No sul da Bahia existem solos formados pela deposicao de coluvios em
areas mais baixas
5 Sao varios os materiais para construcao de barragens e esses materiais devem e
star localizados o mais proximo possivel do local das mesmas. Cite alguns desses
materiais.
R
a) solos, para os diques de terra.
b) rocha, para do diques de enrocamento e protecao dos taludes.
c) agregado, para concreto, que inclui areia, cascalho natural e pedra britada.
d) areia, para filtros e concretos.
6
Comente todos os horizontes de solo do perfil ao lado.
R
A Rocha sa: Conforme se pode observar da fig. 2.2, a rocha sa passa paulatinamen
te rocha fraturada, depois ao saprolito, ao solo residual jovem e ao solo residu
al maduro. Em se tratando de solos residuais, e de grande interesse a identifica
cao da rocha sa, pois ela condiciona, entre outras coisas, a propria composicao
quimica do solo.
A rocha alterada: caracteriza-se por uma matriz de rocha possuindo intrusoes de
solo, locais onde o intemperismo atuou de forma mais eficiente.
O solo saprolitico: ainda guarda caracteristicas da rocha mae e tem basicamente
os mesmos minerais, porem a sua resistencia ja se encontra bastante reduzida. Es
te pode ser caracterizado como uma matriz de solo envolvendo grandes pedacos de
rocha altamente alterada. Visualmente pode confundir-se com uma roch
a alterada, mas apresenta relativamente a rocha pequena resistencia ao cis
alhamento. Nos horizontes saproliticos e comum a ocorrencia de grandes blocos de
rocha denominados de matacoes, responsaveis por muitos problemas quando do proj
eto de fundacoes.
O solo residual jovem: apresenta boa quantidade de material que pode ser classif
icado como pedregulho (# > 4,8 mm). Geralmente sao bastante irregulares quanto a
resistencia mecanica, coloracao, permeabilidade e compressibilidade, ja que o p
rocesso de transformacao nao se da em igual intensidade em todos os pontos, comu
mente existindo blocos da rocha no seu interior. Pode-se dizer tambem que
nos horizontes de solo jovem e saprolitico as sondagens a percussao a ser
em realizadas devem ser revestidas de muito cuidado, haja vista que a presenca d
e material pedregulhoso pode vir a danificar os amostradores utilizados, vindo a
mascarar os resultados obtidos.
Os solos maduros: mais proximos superficie, sao mais homogeneos e nao
apresentam semelhancas com a rocha original. De uma forma geral, ha um aumento
da resistencia ao cisalhamento, da textura (granulometria) e da heterogeneidade
do solo com a profundidade, razao esta pela qual a realizacao de ensaios de labo
ratorio em amostras de solo residual jovem ou do horizonte saprolitico e bastant
e trabalhosa.
7 - Temos uma amostra de 1900g de solo umido, o qual sera compactado num molde,
cujo volume e de 1000 cm3. O solo seco em estufa apresentou um peso de 1705g. Sa
bendo-se que o peso especifico dos graos (particulas) e de 2,66g/cm3 determine:
a) O teor de umidade b) A porosidade c) O grau de saturacao
R
8 Quando sao constituidas de material de aluviao incoerente, a altura dessas bar
ragens tem sido limitada a 20m. No caso da fundacao ser de rocha sa, porem situa
da a consideravel profundidade da superficie do terreno, e mais adequado e econo
mico construir-se uma -barragem de terra-, pois nao necessita repousar sobre fun
dacao em rocha e assim evita-se uma quantidade de escavacao.
R barragem de terra
9 Barragens de terra como tambem sao conhecidas? Barragens de terra podem ser ut
ilizadas como barragens de mineracao? Comparada com outras barragens, tem custo
maior ou menor de instalacao?
R barragens de enrocamento. Sim. Custo menor.
10 - Com os indices de Atterberg medios da tabela abaixo, estime qual das argila
s, a argila organica de varzeas quaternarias ou argilas organicas de baixadas li
toraneas deve ter maior limite de liquidez? Justifique sua resposta.
R argilas organicas de baixadas litoraneas. Em funcao da liquidez este tipo de a
rgila pode trazer instabilidade a construcao podendo provocar recalques, desliza
mentos ou desabamento da construcao.
11 - Materiais como postes e corrimaos oxidam velozmente ao entrar em contato co
m essa nevoa fina e umida existente em cidades proximas ao mar. Qual e a princip
al explicacao para a ocorrencia desse fenomeno?
R A principal explicacao para a ocorrencia desse fenomeno corrosivo e a elevada
concentracao de sais nessas regioes, fator que desencadeia reacoes quimicas cria
ndo um estagio de elevada condutividade eletrica no sistema
12 - Dentre os problemas causados pela maresia, e comum citarem-se:
R rachaduras em concreto e o surgimento de ferrugem em carros