Aula 2 - Concreto Armado - Generalidades Materiais

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2.

Concreto Armado:
Conceitos, materiais e
sistemas construtivos.
Prof. Edglsio Vidal

2.1 Definies
Concreto um material de construo proveniente da
mistura, em proporo adequada, de: aglomerantes,
agregados e gua.

a) Aglomerantes
No concreto, em geral se emprega cimento portland, que
reage com a gua e endurece com o tempo.
b) Agregados
So partculas minerais que aumentam o volume da mistura,
reduzindo seu custo.

2.1 Definies
b) Agregados
Agregados midos: 0,075mm < < 4,8mm. Exemplo:
areias.
Agregados grados: 4,8mm. Exemplo: pedras.

2.1 Definies
c) Pasta
Resulta das reaes qumicas do cimento com a gua.
Quando h gua em excesso, denomina-se nata.

2.1 Definies
d) Argamassa
Provm da pela mistura de cimento, gua e agregado
mido, ou seja, pasta com agregado mido.

2.1 Definies
e) Concreto simples
formado por cimento, gua, agregado mido e
agregado grado, ou seja, argamassa e agregado
grado.

2.1 Definies
e) Concreto simples
Depois de endurecer
boa resistncia compresso;
baixa resistncia trao;
comportamento frgil, isto , rompe com pequenas
deformaes.
Soluo para melhorar as propriedades do concreto ???

2.1 Definies
f) Concreto armado
Unio do concreto com ao.

Materiais resistem solidariamente aos esforos


solicitantes.
Essa solidariedade garantida pela aderncia.
CONCRETO ARMADO CONCRETO SIMPLES + ARMADURA + ADERNCIA

2.1 Definies
g) Concreto protendido
Armadura tem tenses previamente aplicadas,
denominada armadura de protenso ou
armadura ativa.
CONCRETO PROTENDIDO CONCRETO + ARMADURA ATIVA

2.1 Definies
h) Argamassa armada
Agregado mido e pasta de cimento, com armadura
de fios de ao de pequeno dimetro, formando uma
tela.

A armadura localizada em regies distribuda


por toda a pea.

2.2 Vantagens do Concreto, restries e providncias


Quais as vantagens do concreto em relao a outros
materiais?

2.2.1 Vantagens do Concreto Armado


Suas grandes vantagens so:
moldvel, permitindo grande variabilidade de formas e de
concepes arquitetnicas.
Apresenta boa resistncia maioria dos tipos de solicitao, desde
que seja feito um correto dimensionamento e um adequado
detalhamento das armaduras.
A estrutura monoltica, fazendo com que todo o conjunto trabalhe
quando a pea solicitada.
Baixo custo dos materiais - gua e agregados grados e midos.
Baixo custo de mo-de-obra, pois em geral no exige profissionais
com elevado nvel de qualificao.
Processos construtivos conhecidos e bem difundidos em quase
todo o pas.

2.2.1 Vantagens do Concreto Armado


Suas grandes vantagens so:
Facilidade e
rapidez
de
execuo,
forem utilizadas peas pr-moldadas.

principalmente se

O concreto durvel e protege a armao contra a corroso.


Os gastos de manuteno so reduzidos, desde que a estrutura seja
bem projetada e adequadamente construda.
O concreto pouco permevel gua, quando executado em boas
condies de plasticidade, adensamento e cura.
um material seguro contra fogo, desde que a armadura seja
convenientemente protegida pelo cobrimento.
resistente a choques e vibraes, efeitos trmicos, atmosfricos e
a desgastes mecnicos.

2.2.2 As principais restries do concreto so:


Baixa resistncia trao,
Fragilidade,
Fissurao,
Peso prprio elevado,
Custo de formas para moldagem,
Corroso das armaduras.

2.2.2 Providncias
Para suprir as deficincias do concreto, h vrias alternativas.
A baixa resistncia trao
Soluo: uso de barras de ao, obtendo-se o concreto armado.
A fissurao pode ser contornada ainda na fase de projeto
Soluo: com armao adequada e limitao do dimetro das barras e da tenso
na armadura.

Tambm usual a associao do concreto simples com armadura


ativa, formando o concreto protendido.
Execuo de grandes vos
Soluo: A utilizao de armadura ativa aumenta a resistncia da pea, permite o
uso de sees menores e melhora com relao fissurao.

2.2.2 Providncias
Para suprir as deficincias do concreto, h vrias
alternativas.
O concreto de alto desempenho CAD
-

resistncia mecnica inicial e final elevada,


baixa permeabilidade,
alta durabilidade,
baixa segregao,
boa trabalhabilidade,
alta aderncia,
reduzida exsudao,
menor deformabilidade por retrao e fluncia, entre outras.

2.2.2 Providncias
Para suprir as deficincias do concreto, h vrias
alternativas.
Aumentar a ductilidade, a absoro de energia, a durabilidade etc.
Soluo: podem ser adicionadas fibras, principalmente de ao.

A corroso da armadura
Soluo: prevenida com controle da fissurao e com o uso de adequado de
cobrimento, cujo valor depende do grau de agressividade do ambiente em que a
estrutura for construda.

Racionalizao do uso de formas para economia na obra


Soluo: A padronizao de dimenses, a pr-moldagem e o uso de sistemas
construtivos adequados.

A argamassa armada adequada para pr-moldados leves, de


pequena espessura.

2.3 Aplicaes do Concreto


!

o material estrutural mais utilizado no mundo. Seu consumo


anual da ordem de uma tonelada por habitante.

! Entre os materiais utilizados pelo homem, o concreto perde

apenas

para a gua.

Outros materiais como madeira, alvenaria e ao tambm so de


uso comum e h situaes em que eles so imbatveis. Porm, suas
aplicaes so bem mais restritas.
Algumas aplicaes do concreto so relacionadas a seguir.
Edifcios: mesmo que a estrutura principal no seja de concreto,
alguns elementos, pelo menos, o sero;
Galpes e pisos industriais ou para fins diversos;

2.4 Estruturas de Edifcios


Estrutura a parte resistente da construo e tem as funes de
resistir as aes e as transmitir para o solo.

Em edifcios, os elementos estruturais principais so:


Lajes: So placas que, alm das cargas permanentes,
recebem as aes de uso e as transmitem para os apoios;
travam os pilares e distribuem as aes horizontais entre os
elementos de contraventamento;

2.4 Estruturas de Edifcios


Vigas: so barras horizontais que delimitam as lajes,
suportam paredes e recebem aes das lajes ou de outras
vigas e as transmitem para os apoios;

2.4 Estruturas de Edifcios


Pilares: so barras verticais que recebem as aes das

vigas ou das lajes e dos andares superiores as transmitem


para os elementos inferiores ou para a fundao;

Fundao: so elementos como blocos, lajes, sapatas,


vigas, estacas etc., que transferem os esforos para o solo.

2.4 Estruturas de Edifcios


Prticos
Pilares alinhados ligados por vigas que devem resistir s aes do
vento e s outras aes que atuam no edifcio, sendo o mais utilizado
elemento de contraventamento.

2.4 Estruturas de Edifcios


Em edifcios esbeltos, o travamento tambm pode ser feito por
prticos treliados, paredes estruturais ou ncleos. Os dois primeiros
situam-se, em geral, nas extremidades do edifcio. Os ncleos
costumam envolver a escada ou da caixa de elevadores
Nos andares constitudos por lajes e vigas, a unio desses
elementos pode ser denominada tabuleiro.
Os termos piso e pavimento devem ser evitados, pois podem ser
confundidos com pavimentao.

2.4 Estruturas de Edifcios


Pisos

industriais, pavimentos de vias urbanas e


rodovirias, principalmente nos casos de trfego intenso e
pesado.

2.4 Estruturas de Edifcios


Tabuleiros sem vigas, as lajes se apoiam diretamente

nos

pilares, sendo denominadas lajes lisas.

Se nas ligaes das lajes com os pilares houver capitis,


elas recebem o nome de lajes-cogumelo.

2.4 Estruturas de Edifcios


So muito comuns as lajes nervuradas. Se as nervuras e as

vigas que as suportam tm a mesma altura, o uso de um


forro de gesso, por exemplo, do a elas a aparncia de lajes
lisas.

2.4 Estruturas de Edifcios


Elementos estruturais complementares:
-

escadas,
caixas dgua,
muros de arrimo,
consolos,
marquises etc.

2.5 Edifcios de pequeno porte


Como foi visto no incio, este o primeiro texto de uma
srie, cujos objetivos so:
- apresentar os fundamentos do concreto;
- as bases para clculo e;
- a rotina do projeto estrutural para edifcios de pequeno porte.
Em um exemplo simples em aulas mais adiante, sero dimensionadas
e detalhadas as vigas e os pilares.

Sero considerados edifcios de pequeno porte aqueles com


estruturas regulares muito simples, que apresentem:

2.5 Edifcios de pequeno porte


at quatro pavimentos;

ausncia de protenso;
cargas de uso nunca superiores a 3kN/m2;
altura de pilares at 4m e vos no excedendo 6m;
vo mximo de lajes at 4m (menor vo) ou 2m, no caso
de balanos.
O efeito do vento poder ser omitido, desde que haja
contraventamento em duas direes.

Bibliografia
Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR
6118:2003 - Projeto de estruturas de concreto. Rio de
Janeiro.
Associao Brasileira de Normas
Tcnicas.NBR7211:1982- Agregados para concreto. Rio
de Janeiro.
IBRACON(2001).Prtica recomendada IBRACON para
estruturas de pequeno porte.

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