Apostila Matemática - Ensino Fundamental - Módulo 01
Apostila Matemática - Ensino Fundamental - Módulo 01
Apostila Matemática - Ensino Fundamental - Módulo 01
ESTÂNCIA BALNEÁRIA
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO
Módulo I
Equipe Interdisciplinar
Ensino Fundamental
Santos
2003
ÍNDICE
I – Introdução
II – Calculadora
1. Calculadora: deve ser usada?
2. A calculadora como ferramenta de trabalho (PCN).
3. Atividades propostas.
IV – Resolução de Problemas.
1. Atividades Propostas.
V – Bibliografia.
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I – INTRODUÇÃO
“ Muitas vezes, os professores e educadores ficam tão preocupados com o significado denotativo
que se esquecem que os conceitos provocam reações à parte das experiências vividas pelos alunos e
insistem em conceitos e palavras que não têm nada a ver com a experiência concreta dos seus
alunos.”
Com o objetivo de ilustrar essa compreensão, apresentamos, a seguir, uma história na qual o
autor consegue nos divertir e, ao mesmo tempo, nos revelar, de forma explícita, a angústia que pode
causar algumas aulas de Matemática
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.
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II – CALCULADORA
A mão do homem é a primeira máquina de calcular de todos os tempos. Foi por meio dos
dedos das mãos e dos pés, que o homem primitivo aprendeu a contar para controlar os rebanhos
necessários ao seu sustento.
A origem da civilização, com o conseqüente desenvolvimento do comércio, fez com que o
homem criasse instrumentos mais sofisticados para a contagem de objetos, como, por exemplo, os
diversos tipos de ábaco.
A calculadora deve ser entendida como uma das etapas de todo esse processo de
desenvolvimento.
É de fundamental importância que os alunos sejam colocados em contato, desde as séries
iniciais, com esses primeiros instrumentos de cálculo, inclusive a calculadora.
Os alunos devem compreender a calculadora, para utilizá-la com mais consciência, como
uma continuação de dedos, pedrinhas, riscos, nós numa corda, ábacos etc.
Em qualquer etapa do aprendizado, a calculadora pode ser utilizada com o objetivo de o
aluno aprender e assimilar processos matemáticos, e não somente simplificar cálculos. O professor
pode e deve utilizar a calculadora nos momentos que julgar adequados, mas é de fundamental
importância ensinar ao aluno ao significado e a técnica de uma calculadora, assim como utilizá-la
com o objetivo claro e concreto de o aluno assimilar, por meio dela, conceitos matemáticos.
No mundo atual, cálculos com lápis e papel devem conviver com outras modalidades, como
o cálculo mental, as estimativas e o cálculo produzido pelas calculadoras.
Portanto, não se podem privar as pessoas de um conhecimento importante em sua vida.
A calculadora é um recurso útil para verificação de resultados, correção de erros, podendo
ser um valioso instrumento de auto-avaliação.
Como exemplo, imagine um aluno desafiado a descobrir e a interpretar os resultados que
obtém quando divide um número sucessivamente por dois. Se começar pelo 1, obterá 0,5; 0,25;
0,125; 0,0625, 0,03125; 0,015625. Usando a calculadora, é possível comparar os resultados,
levantar hipóteses e estabelecer relações entre eles, construindo significados para esses números.
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3. Atividades Propostas.
Desenvolvimento: Solicite aos alunos que tragam, para a classe, calculadoras simples. Trabalhando
individualmente ou em duplas, os alunos vão discutir o funcionamento da calculadora,
identificando a função de cada tecla, o armazenamento de informações (memória) etc. Depois, eles
serão desafiados a:
1. Fazer aparecer no visor da calculadora um certo número (5680, por exemplo), sem teclar
o número diretamente, mas usando:
a) uma adição;
b) uma subtração;
c) uma multiplicação;
d) uma divisão.
2. Fazer aparecer no visor da calculadora, números determinados, usando para isso, apenas
as teclas 1 e 0, e das operações. Por exemplo:
4. No visor, aparece, por exemplo, 374309. Como substituir esse número por 324309, sem
apagar o primeiro?
Outras substituições:
5. No visor, aparece 43,203835. Usando apenas a adição, obtenha um número decimal com
três casas após a vírgula.
Depois, faça o mesmo, usando apenas a subtração.
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6. Sem usar a tecla: da calculadora, encontrar o quociente e o resto da divisão de 67563 por
243.
7. Efetuando apenas subtrações, obter o quociente e o resto da divisão de 122 por 14.
8. Descobrir os números que estão ocultos, dando um tempo necessário, de acordo com a
quantidade e o conhecimento dos alunos a respeito das operações.
Pedir a alguns alunos que apresentem suas soluções à classe. Na apresentação das soluções,
aparecerão casos em que os alunos usaram a adição para encontrar a resposta e outros em
que foi usada a subtração. Aproveitar para discutir essas soluções, mostrando a importância
de usar várias estratégias para se chegar a uma solução, escolhendo, em seguida, a que for
melhor.
Utilizando a calculadora, os alunos poderão, ao final, verificar se os resultados obtidos estão
corretos.
9. Descobrir os números que estão ocultos, dando um tempo necessário, de acordo com a
quantidade e o conhecimento dos alunos a respeito das operações.
Após a realização da tarefa, forme duplas de alunos para que confiram os resultados obtidos
e discutam respostas diferentes que possam ter ocorrido. As correções podem ser feitas na
lousa e também utilizada a calculadora, como recurso, quando o professor pode aproveitar
para trabalhar nomenclatura relativa à multiplicação (fator, produto etc) e também as
propriedades: comutativa, o elemento neutro: um e o zero como fator de anulação do
produto.
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10. Descobrir os números que estão ocultos, dando um tempo necessário (aula dupla
preferencialmente), de acordo com a quantidade e o conhecimento dos alunos a respeito das
operações. Após a realização da tarefa, forme duplas de alunos para que confiram os
resultados obtidos. As correções podem ser feitas na lousa e também utilizando a
calculadora, como recurso, quando o professor pode aproveitar para trabalhar as
nomenclaturas relativas às operações apresentadas, assim como as propriedades das mesmas.
Foi utilizado o método longo na operação divisão, com o objetivo de o aluno
trabalhar utilizando as operações: multiplicação e subtração. Após esse processo, o professor
pode trabalhar a mesma operação (divisão), utilizando o método breve.
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11. Descobrir qual a operação realizada, observando o resultado e analisando os dois
números apresentados em função das quatro operações (adição, subtração, multiplicação,
divisão).
Por exemplo: se números digitados * forem 50 e 50, o aluno poderá, observando os
resultados, descartar as operações subtração e divisão uma vez que os resultados
apresentados são: 100 e 2500. Logo, restam a multiplicação e a adição, que serão
escolhidas observando a ordem dos resultados e os conceitos das operações. O professor
poderá sugerir como enunciado (orientando o processo) para a atividade:
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Trabalhando com estimativas
Quais animais preferidos das crianças da 1ª série? Quantos alunos comem verdura?
Quanto mede a mão de cada um deles? Curiosidades como essas podem acabar com uma
simples contagem ou servir de base para um projeto capaz de iniciar seus estudantes no
desenvolvimento de diversas competências, como coletar informações, organizá-las e
representá-las na forma de gráficos ou tabela -além de interpretá-las criticamente.
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Para que ler gráficos?
1. Definição do tema
Decida com a turma o assunto a estudar (a votação pode gerar uma tabela). Em caso
de questões polêmicas, como sexualidade ou drogas, convoque uma reunião com os pais
para explicar o trabalho.Sempre que possível, convoque colegas de outras disciplinas para
enriquecer o estudo.
2. Leitura do registro
Busque, junto com os alunos, informações sobre o tema e faça os próprios estudos
para dirigir o trabalho.
3. Objetivos
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4. Público – alvo
Defina com os estudantes quem serão os entrevistados. Assim, fica mais fácil
adequar a linguagem ao público na hora de elaborar as perguntas.
5. Instrumentos de pesquisa
6. História
7. Coleta de dados
Numere os formulários, para evitar que eles sejam analisados duas vezes. A
tabulação pode ser feita em duplas.
9. Conteúdos
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com as feitas para trabalhos científicos (que precisam seguir normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas, bem mais formais).
12. Relatório
13. Avaliação
14. Divulgação
Envie cópias para outros professores e organize uma exposição para os alunos
explicarem os procedimentos e conclusões às outras turmas.
Fonte: Nova Escola - Janeiro e Fevereiro 2003
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1. Pesquisa sobre Analfabetismo Funcional em Matemática.
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Folha de São Paulo – 25/02/2003
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Aproveitando o período de férias escolares, a Prefeitura de uma cidade realizou um show
musical para jovens e crianças. O show foi apresentado de terça a domingo durante os meses de
janeiro e fevereiro.
A tabela abaixo foi preenchida por um funcionário da Prefeitura e visa mostrar:
▪ o dia da semana em que o show era mais freqüentado;
▪ o total de freqüentadores do mês de janeiro e do mês de fevereiro;
▪ o total de freqüentadores durante todo o período em que o show se realizou.
Caiu um pouco de tinta borrando a tabela. Descubra os números que ficaram ocultos pela
mancha.
IV – RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
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— Fazer o aluno pensar;
— Desenvolver o raciocínio;
— Ensinar o aluno a enfrentar situações novas;
— Observar a aplicabilidade da Matemática;
— Tornar as aulas mais interessantes e desafiadoras;
— Dar uma boa base matemática.
Como resolvê-los?
A solução de um problema pode ser encontrada por diversos caminhos, entretanto, seria
interessante uma apresentação das fases de Resolução de Problemas, criada pelo matemático
George Polya , que são:
1) Compreender o problema
a) O que se pede?
b) Quais são os dados e as condições do problema?
c) É possível fazer uma figura, um esquema ou um diagrama?
d) É possível estimar a resposta?
2) Elaborar um plano
a) Plano para solução;
b) Estratégia para resolução;
c) Lembrar se tem algum problema semelhante que pode ajudar na resolução do
problema;
d) Tentar organizar os dados em tabelas ou gráficos;
e) Tentar resolver o problema por partes.
3) Executar o plano
a) Execute o plano elaborado, verificando-o passo a passo.
b) Efetue todos os cálculos indicados no plano;
c) Execute todas as estratégias pensadas, obtendo várias maneiras de resolver o mesmo
problema.
4) Retrospecto ou verificação
a) Examine se a solução obtida está correta;
b) Existe outra maneira de resolver o mesmo problema?
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— Ser desafiador para o aluno;
— Ser real para o aluno;
— Ser interessante para o aluno;
— Ser o elemento desconhecido de um problema realmente desconhecido;
— Ter um nível adequado de dificuldade.
Dificuldade de um problema
— Linguagem utilizada;
— Tamanho e estrutura das frases;
— Vocabulário matemático;
— Complexidade dos números.
1. Atividades Propostas.
X 9 cm
A = X²
X 9 cm
3) (UF – MG) A capacidade de um recipiente é 5 litros. Para encher esse recipiente com 70% de
uma substância A e 30% de uma substância B foram gastos R$ 1450,00. Se o preço do litro da
substância A é de R$ 200,00, então o litro da substância B custa: (5ª, 6ª, 7ª, 8ª séries)
a) ( )0 b) ( )1 c) ( )2 d) ( )3
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a) ( ) 252 b) ( ) 36 c) ( ) 126 d) ( ) 48
6) A figura seguinte representa uma estrela formada por 12 triângulos: (6ª, 7ª e 8ª séries)
Nº + 4 Nº - 10 Nº + 2 Nº - 20
I) 6 é um número irracional
a) ( )4 b) ( )3 c) ( )2 d) ( )1
8) Qual é o número que expressa o valo aproximado, com uma casa decimal, da expressão
2 + 3 - 5 (7ª e 8ª séries)?
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10) Considere o polinômio n² + n + 41. Construa a tabela, atribuindo 10 valores diferentes e
consecutivos para “n”. Os quatro primeiros já estão feitos. Utilize a calculadora como recurso para
conferência dos resultados.
n n² + n + 41
0 41
1 43
2 47
3 53
V – BIBLIOGRAFIA
Gabarito
1–c
2–c
3–b
4–d
5–a
6 – A = 32, B = 8, C = -2, D = 0, E = -10
7–b
8–c
9–d
10 – a) Os valores numéricos da expressão são números primos
b) n = 461
c) n = 691
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