Direito Legislacao PDF
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PARAN
Educao a Distncia
Curitiba-PR
2011
Presidncia da Repblica Federativa do Brasil
Ministrio da Educao
Este Caderno foi elaborado pelo Instituto Federal do Paran para o Sistema Escola
Tcnica Aberta do Brasil e-Tec Brasil.
Prof. Irineu Mario Colombo Prof Mrcia Freire Rocha Cordeiro Machado
Reitor Diretora de Ensino, Pesquisa e Extenso
EaD - IFPR
Prof Mara Christina Vilas Boas
Chefe de Gabinete Prof Cristina Maria Ayroza
Coordenadora Pedaggica de Educao a
Prof. Ezequiel Westphal Distncia
Pr-Reitoria de Ensino - PROENS
Prof. Roberto Jos Medeiros Junior
Prof. Gilmar Jos Ferreira dos Santos Coordenador do Curso
Pr-Reitoria de Administrao - PROAD
Prof Ediane Santos Silva
Prof. Paulo Tetuo Yamamoto Vice-coordenadora
Pr-Reitoria de Extenso, Pesquisa e
Inovao - PROEPI Adriana Valore de Sousa Bello
Cassiano Luiz Gonzaga da Silva
Prof Neide Alves Denise Glovaski Farias Souto
Pr-Reitoria de Gesto de Pessoas e Rafaela Aline Varella
Assuntos Estudantis - PROGEPE Assistncia Pedaggica
Prezado estudante,
Voc faz parte de uma rede nacional pblica de ensino, a Escola Tcnica
Aberta do Brasil, instituda pelo Decreto n 6.301, de 12 de dezembro 2007,
com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino tcnico pblico, na mo-
dalidade a distncia. O programa resultado de uma parceria entre o Minis-
trio da Educao, por meio das Secretarias de Educao a Distncia (SEED)
e de Educao Profissional e Tecnolgica (SETEC), as universidades e escolas
tcnicas estaduais e federais.
O e-Tec Brasil leva os cursos tcnicos a locais distantes das instituies de en-
sino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir
o ensino mdio. Os cursos so ofertados pelas instituies pblicas de ensino
e o atendimento ao estudante realizado em escolas-polo integrantes das
redes pblicas municipais e estaduais.
Ns acreditamos em voc!
Desejamos sucesso na sua formao profissional!
Ministrio da Educao
Janeiro de 2010
Nosso contato
[email protected]
3 e-Tec Brasil
Indicao de cones
5 e-Tec Brasil
Sumrio
Contents
Palavra do professor-autor 11
Aula 1 - Normas 13
1.1 Normas que regulamentam as relaes sociais 13
1.2 Conceito bsico de direito 14
1.3 O direito e a moral 14
7 e-Tec Brasil
Aula 7 - Direito Pblico e Direito Privado 49
7.1 Diviso do Direito Pblico e do Direito Privado 49
7.2 Outros critrios de identificao 49
7.3 Diferena entre Direito Pblico e Direito Privado 50
Referncias 129
9 e-Tec Brasil
Palavra do professor-autor
O presente livro tem como objetivo enriquecer o estudo acerca das ativida-
des e prticas docentes relativas disciplina de Direito e Legislao, modali-
dade de Educao Distncia, do Instituto Federal do Paran - IFPR.
Para que as aulas sejam produtivas, voc deve se preparar previamente, len-
do o material indicado, refletindo sobre ele, e participando das discusses
em sala.
11 e-Tec Brasil
Aula 1 - Normas
De modo geral, ele existe desde os tempos mais primitivos, sendo apenas
diferente nos diversos estgios de evoluo da humanidade, segundo o grau
de complexidade da sociedade, que estipula as prprias regras. O Direito
um produto histrico-cultural e reflexo da realidade ftica, isto , ele in-
terage com a realidade poltica, econmica e ideolgica de uma cultura na
estrutura social global.
A regra, lei ou norma - seja ela jurdica, moral, tica, religiosa, cientfica,
filosfica ou mdica - produzida para prescrever alguma coisa. Tudo o
que determina alguma coisa a algum ou para alguma coisa, chamada de
regra, norma ou lei.
13 e-Tec Brasil
Finalidade do direito: o direito existe pela necessidade da paz coletiva,
ordem e bem comum, isto , disciplinar e pacificar a vida em sociedade.
Atividades de Aprendizagem
1. Para enriquecer esta aula indico o filme Terra Fria, da
diretora Niki Caro, de 2005. Baseado em fatos reais,
a obra cinematogrfica mostra a luta de Josey Aimes
(Charlize Theron) por condies dignas de trabalho em
uma mineradora e pelo respeito condio de mulher.
A histria mostra a soluo de conflitos atravs do Di-
reito.
Ateno
As normas jurdicas so regras sociais, isto , so normas de condutas
e tem por objetivo disciplinar o comportamento social da humanida-
de.
17 e-Tec Brasil
promove as investigaes [...] um outro rgo examina a conduta do
agente e pronuncia um veredito de absolvio ou de condenao. [...]
A existncia mesma do Poder Judicirio, como um dos trs poderes
fundamentais do Estado, d-se em razo da predeterminao da san-
o jurdica.
Exemplo
O credor tem o poder de exigir o pagamento do devedor; o Estado tem o
poder de exigir do contribuinte o pagamento dos tributos; o locador tem o
poder de exigir do locatrio o pagamento do aluguel.
Exemplos de sano
Privao de liberdade, penhora (garantia de uma dvida), multa (atraso no
pagamento ou descumprimento de um contrato).
Exemplo
Nenhum empresrio obrigado a realizar doaes para uma instituio de
caridade (cumprimento de um preceito moral), porm, todas tm que pagar
tributos ao Estado (observao de uma norma jurdica), sob pena de sofrer
as consequncias impostas pela lei.
Norma Jurdica
Exemplos
Artigo 121 do CP: Matar algum; pena de 6 a 20 anos (norma abstrata).
Fato: Pedro matou Jos (caso concreto). O evento praticado por Pedro, por-
tanto, cumpre todas as premissas previstas na hiptese de incidncia (hi-
ptese de incidncia, antecedente normativo): no caso, praticou o verbo
(matar) + o complemento (algum, no caso, Jos).
A norma geral e abstrata incide sobre o fato, gerando a consequncia previs-
ta, que , nesse caso, a condenao do autor (Pedro) a uma pena de recluso
de 6 a 20 anos.
a) Federal
As leis federais so aplicadas a todos os indivduos que vivem no pas em que
a lei feita. Assim, uma lei federal brasileira, tem aplicao em todo o Brasil.
b) Estadual
So as legislaes de competncia da Assembleia Legislativas, com aplicao
restrita circunscrio territorial do Estado-membro que pertence. Desta for-
ma, uma lei estadual elaborada pelo Governo do Estado de Rio Grande do
Sul s tem aplicao nos limites territoriais do Estado do Rio Grande do Sul.
No artigo 24 da CF esto descritas as competncias para legislar da Unio,
dos Estados e do Distrito Federal sobre:
Cada Estado-membro edita leis sobre o que no lhe proibido pela Cons-
tituio Federal. Nesse sentido, dispe o artigo 25 1, da Constituio
Federal.
c) Municipal
So as legislaes de competncia das Cmaras Municipais, com aplicao
circunscrita aos limites territoriais dos respectivos municpios. Exemplo: Ria-
chuelo/SE, Afrnio/PE, Ponta Grossa/PR, Campos Novos/SC, Palmeira dos n-
dios/AL, Rolim de Moura/RO, Gurupi/TO, etc.
a) Leis materiais
Rene normas de conduta social que definem os direitos e deveres das pes-
soas (pessoa fsica ou jurdica) em suas relaes, assim como estabelecem os
seus requisitos e a forma de exerccio.
b) Leis processuais
So regras de procedimento no andamento de questes forenses, isto , so
normas que estabelecem os meios de realizao dos direitos, ou seja, regu-
lam os direitos e deveres dos rgos jurisdicionais e das partes no processo.
So leis que tratam sobre o modo de realizao dos atos processuais: cita-
o, intimao, notificao, contestao, audincia, provas, sentenas, re-
cursos, entre outras.
b) Especial
So aquelas que se afastam do direito comum e se destinam a situaes
jurdicas especficas, ou seja, so aplicadas apenas a determinadas pessoas.
3.1 Diviso
Toda a norma jurdica possui uma identificao (Lei, Medida Provisria, Re-
solues, Emenda Constitucional, Portaria etc.); so divididas em partes e
que tem como objetivo facilitar a localizao de determinados trechos. As
normas jurdicas so divididas da seguinte forma:
2. Pargrafos:
3. Incisos: so escritos por meio de nmeros romanos (I, II, III, IV, etc.).
Exemplo
Art. 41. So pessoas jurdicas de direito pblico Art. 75. Quanto s pessoas jurdicas, o domiclio :
interno: I - da Unio, o Distrito Federal;
I - a Unio; II - dos Estados e Territrios, as respectivas capitais;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territrios; III - do Municpio, o lugar onde funcione a administra-
III - os Municpios; o municipal;
IV - as autarquias, inclusive as associaes pblicas; IV - das demais pessoas jurdicas, o lugar onde funcio-
V - as demais entidades de carter pblico criadas narem as respectivas diretorias e administraes, ou
por lei. onde elegerem domiclio especial no seu estatuto ou
Pargrafo nico. Salvo disposio em contrrio, as atos constitutivos.
pessoas jurdicas de direito pblico, a que se tenha 1 Tendo a pessoa jurdica de diversos estabeleci-
dado estrutura de direito privado, regem-se, no que mentos em lugares diferentes, cada um deles ser
couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas considerado domiclio para os atos nele praticados.
deste Cdigo. 2 Se a administrao, ou diretoria, tiver a sede no
estrangeiro, haver-se- por domiclio da pessoa jurdica,
no tocante s obrigaes contradas por cada uma
das suas agncias, o lugar do estabelecimento, sito no
Brasil, a que ela corresponder.
27 e-Tec Brasil
3.1 Hierarquia das normas jurdicas
Hierarquia uma ordem baseada na diviso em nveis de poder ou de impor-
tncia, sendo que o nvel inferior subordinado ao nvel superior e o orde-
namento jurdico brasileiro construdo de forma a manter uma hierarquia,
isto , a hierarquia de algumas leis sobre outras.
Decretos
Portarias, Resolues
Lei Complementar
Uma Lei Que Tem Como Propsito Complementar, Explicar, Adicionar Algo
Constituio.
Exemplo
Art. 146 - Cabe Lei Complementar:
I - Dispor Sobre Conflitos De Competncia, Em Matria Tributria, En-
tre A Unio, Os Estados, O Distrito Federal E Os Municpios;
II - Regular As Limitaes Constitucionais Ao Poder De Tributar;
III - Estabelecer Normas Gerais Em Matria De Legislao Tributria,
Especialmente Sobre: (...).
Exemplo
Lei Complementar N. 87, De 13 De Setembro De 1996 - Dispe Sobre O
Imposto Dos Estados E Do Distrito Federal Sobre Operaes Relativas Cir-
culao De Mercadorias E Sobre Prestaes De Servios De Transporte Inte-
restadual E Intermunicipal E De Comunicao, E D Outras Providncias. (Lei
Kandir).
Exemplos
Estatuto Da Criana E Do Adolescente (Lei Ordinria N 8.069 De 13 De
Julho De 1990);
Lei Delegada
A Lei Delegada (Artigos 59, Iv E 68 Da Constituio Federal) Um Ato Nor-
mativo Elaborado Pelo Presidente Da Repblica (Poder Executivo) Autorizan-
do, Mediante Resoluo Do Congresso Nacional (Poder Legislativo), Casos
De Relevncia E Urgncia. Ressalta-Se Que A Lei Delegada S Acionada
Quando A Produo De Uma Lei Ordinria Fosse Levar Muito Tempo Para
Dar Uma Resposta Situao, E O Caso Precisasse De Resoluo Imediata.
Como Funciona?
O Presidente Da Repblica Solicita A Autorizao, E O Congresso Nacional,
Fixa O Contedo E Os Termos De Seu Exerccio.
Medida Provisria
So atos editados pelo Presidente da Repblica (Poder Executivo), com fora
de lei, em casos de relevncia e urgncia, devendo ser submetida de ime-
diato ao Congresso Nacional.
Exemplo
Medida Provisria n. 458, de 10 de fevereiro de 2009. Dispe sobre a re-
gularizao fundiria das ocupaes incidentes em terras situadas em reas
da Unio, no mbito da Amaznia Legal.
O Decreto Legislativo
So atos destinados a regular matria de competncia exclusiva do Con-
gresso Nacional (art. 49 da CF) que tenham efeitos externos a ele e inde-
pendem de sano e veto (atos do Presidente da Repblica), como a rati-
ficao de tratados internacionais, julgamentos das contas do Presidente da
Veto e sano so atos
Repblica, dentre outras matrias. exclusivos do Presidente da
Repblica (Poder Executivo). Veto
a discordncia com o projeto
Exemplo aprovado. Sano a adeso ou
aceitao do projeto aprovado.
Decreto Legislativo n. 34, de 2009 Aprova o ato que outorga autorizao
Associao da Rdio Comunitria Serrana Mangans para executar servio Ratificao: Ato ou efeito de
ratificar (aprovar, confirmar ou
de radiodifuso comunitria na cidade de Serra do Navio, Estado do Ama- validar).
p.
A Resoluo Legislativa
So atos destinados a regular matria de competncia do Poder Legisla-
tivo (Congresso Nacional e de suas Casas), mas com efeitos internos.
Assim, os regimentos internos so aprovados por resolues.
Exemplo
Congresso Nacional: Resoluo n. 1, de 2007 - Cria no Senado Federal a
Comisso de Cincia, Tecnologia, Inovao, Comunicao e Informtica
CCT.
Portarias
So atos administrativos internos, isto , expedidos pelos chefes de rgo,
reparties, etc.
Servio pblico a atividade
exercida pela Administrao
Os atos ordenam aos subordinados, providncias para o bom funcionamen- Pblica (conjunto de rgos,
to dos servios pblicos. agentes que executam os fins
desejados pelo Estado) para
satisfazer necessidade da
As portarias se restringem competncia da autoridade que a expede, ou sociedade, como por exemplo:
servio postal, telecomunicaes
seja, no tm fora de lei sobre os no funcionrios. etc.
Direito Positivo
33 e-Tec Brasil
Exemplos:
Cdigo Penal, Cdigo Civil, Lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, Lei n.
Lei n. 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998 dispe 8.078, de 11 de setembro de 1990 entre outras.
sobre as sanes penais e
administrativas derivadas de
condutas e atividades lesivas 4.1.2 Direito Subjetivo
ao meio ambiente, e d outras
providncias. a permisso jurdica, concedida pelo Direito objetivo, e que uma pessoa
Lei n. 8.078, de 11 de setembro titular.
de 1990 dispe sobre a proteo
do consumidor e d outras
providncias.
o poder jurdico de ter a faculdade individual de agir de acordo com o di-
reito objetivo e invocar sua proteo (PONTES DE MIRANDA (2000, p. 271).
O direito subjetivo s pode ser exercido pelo titular, visto que cabe ao titular
do direito decidir se exerce ou no o direito, e a ferramenta que dispe o
titular do direito para proteger o seu direito objetivo.
Art. 186 do Cdigo Civil reza que Aquele que, por ao ou omisso vo-
luntria, negligncia ou imprudncia, violar direito e causar dano a outrem,
ainda que exclusivamente moral, comete ato ilcito.
O art. 186 do Cdigo Civil o Direito Objetivo enquanto que o Direito Subje-
tivo a faculdade que, no caso, tem o Jos de propor a ao de indenizao
contra Pedro, com base no artigo 186 do Cdigo Civil.
Resumo
Direito Positivo o conjunto de normas reconhecidas e aplicadas pelo poder
pblico; e se divide em Direito objetivo e subjetivo.
Necessidade humana
Nascimento de novas
normas jurdicas
37 e-Tec Brasil
Veja: H poucos anos, no se falava em ecologia, camada de oznio, ndices
txicos de produtos qumicos. No entanto, com a demanda pela preservao
da natureza necessitou-se regulamentar o cuidado com o meio ambiente.
Isto se deu atravs do Direito Ambiental.
Materiais
Leis, decretos,
Estatal regulamentos e
jurisprudncia
Fontes
do Direito
Costumes e
No-estatais doutrina
Formais
Tratados, acordos,
Supra-estatais costumes e doutrinas
internacionais
RGOS LEGIFERANTES (QUE PODEM LEGISLAR): So os rgos que dispem de competncia outor-
gada pela Constituio Federal para editar lei. Normalmente isto compete ao rgo Legislativo ou ao Executivo,
porm, h casos em que a prpria Constituio determina que a iniciativa caiba ao judicirio.
Resumo
Fontes do Direito: meios pelos quais se formam as normas jurdicas.
6.1 Lei
43 e-Tec Brasil
mesmo que no incumbido da funo legislativa, ou seja, irrelevante o
rgo do qual a lei emanada (Poder Legislativo, Executivo, Judicirio).
6.2 Costume
O direito consuetudinrio ou costumeiro pode ser conceituado como a nor-
ma aceita como obrigatria pela conscincia do povo, sem que o Poder
Pblico a tenha estabelecido.
Exemplos de Costumes:
O costume de no respeitar o sinal vermelho, por questo de segurana,
aps um determinado horrio.
Exemplo
O artigo 337 do Cdigo de Processo Civil (CPC) determina a obrigatoriedade
de provar o costume em uma ao judicial.
Lei Costume
Quanto origem
A lei tem origem certa e determinada, visto que se sabe Costume surge de forma espontnea, anmala, pela
qual rgo que elaborou a lei. simples repetio habitual de um comportamento.
A lei surge da reflexo e apreciao racional da O costume possui um sentido espontneo.
sociedade.
Quanto forma
Escrita No escrito
Procedimento da elaborao
A forma de elaborao da lei obedece a trmites O costume surge de modo imprevisto, no h um proce-
prefixados, conforme o processo legislativo (sequncia dimento (sequncia de atos) que determine sua origem.
de atos predeterminados: iniciativa, discusso, votao,
sano ou veto, promulgao e publicao).
Vigncia
A lei possui um prazo de vigncia estabelecido nela pr- Costume no possvel prever o prazo de sua incidn-
pria ou por outra lei e deixa de possuir vigncia quando cia no grupo social.
outra lei a revoga.
Prova
A lei dispensa a prova de sua existncia, pois h a pre- Costume deve ser devidamente comprovado, pois se
suno de que todos a conhecem (Art. 3 da LICC); limita, em regra, a situaes locais de um municpio ou Art.3 Ningum se escusa de
Publicao: as leis so publicadas no dirio oficial de uma regio. cumprir a lei, alegando que no
da: a) Unio (mbito federal), b) Estado (mbito regio- Publicao: em regra o costume no publicado, a conhece. Decreto-Lei n. 4.657,
nal), c) Municpio (mbito local). contudo, h casos em que o costume publicado por de 4 de setembro de 1942 - Lei
iniciativa dos rgos administrativos. de Introduo ao Cdigo Civil
Brasileiro LICC.
6.4 Jurisprudncia
So decises reiteradas (repetidas), constantes e pacficas dos tribunais sobre
determinado assunto.
Ela a aplicao das leis aos casos concretos, que se submetam ao julga-
mento no Poder Judicirio, ou seja, interpreta e aplica as leis aos fatos con-
cretos, para que se decidam as demandas litgios.
1. Antes da edio da EC n 29/2000, este Supremo Tribunal decidiu ser Ementa: o resumo da deciso.
(que era) inconstitucional qualquer progressividade do IPTU que no (aten-
dia) atenda exclusivamente a funo social da propriedade. 2. Agravo regi-
mental improvido.
A diviso entre Direito Pblico e Direito Privado sempre foi objeto de diver-
gncia nas doutrinas jurdicas, pois no h como estabelecer, de modo ab-
soluto, fronteiras ntidas. Entretanto, o critrio de distino que tem gerado
mais concordncia entre os operadores do Direito, o chamado critrio da
posio dos sujeitos ou titular da relao jurdica. Ento, vejamos como o
este critrio distingue o direito pblico e o privado.
a) Pblico:
Quando o objeto da relao jurdica de interesse pblico, tem como
objetivo a coletividade;
49 e-Tec Brasil
Exemplo
Servios de Telefonia, de Energia Eltrica e Saneamento Bsico. Por se tratar
de servios fundamentais a toda a coletividade, devem ser regulados por
normas de Direito Pblico.
b) Privado:
Quando prevalece o interesse particular.
Exemplo
Contrato de locao entre particulares.
Exemplo
Contrato de compra e venda entre particulares, as partes buscam realizar
suas vontades sem interferncia do Estado.
Exemplo
Direito Tributrio - O Estado ocupa uma posio superior e exige um com-
portamento dos particulares qual seja, levar dinheiro aos cofres pblicos
atravs do pagamento dos Tributos, e nessa relao jurdica, no h nego-
ciao entre as partes.
Direito Constitucional
Direito Administrativo
Pblico Direito Penal
Direito Processual
Direito Tributrio
Direito
Direito Civil
Direito Empresarial
Privado Direito do Trabalho
Direito do Consumidor
Resumo
Direito Pblico o que regula relaes em que o Estado parte, re-
gendo a organizao e a atividade do Estado considerado em si mesmo,
em relao a outro Estado e em suas relaes com particulares, quando
procede em razo de seu poder soberano, e atua na tutela do bem co-
letivo.
Nesta aula voc ter uma noo geral dos principais ramos do Di-
reito.
53 e-Tec Brasil
da atividade estatal dirigida satisfao das necessidades coletivas conside-
radas de fundamental importncia.
Principais legislaes
Lei de Licitao (Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993 - Regulamenta o art.
37, inciso XXI, da Constituio Federal, e institui normas para licitaes e
contratos da Administrao Pblica e d outras providncias), Estatuto do
Servidor Pblico (Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990 - Dispe sobre
o regime jurdico dos servidores pblicos civis da Unio, das autarquias e das
fundaes pblicas federais).
Consumidor toda pessoa fsica ou jurdica que adquire (obter por compra)
ou utiliza (fazer uso de; valer-se de) produto (aquilo que resulta de qualquer
processo ou atividade) e/ou servio como destinatrio final (o produto ou
Cdigo de Defesa do
Consumidor art. 3 : 1 servio destina-se satisfao de uma necessidade privada do consumidor).
Produto qualquer bem,
mvel ou imvel, material
ou imaterial. 2 Servio Fornecedor toda pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, nacional
qualquer atividade fornecida no
mercado de consumo, mediante ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados (comrcio informal),
remunerao, inclusive as de que desenvolvem atividade de produo, montagem, criao, construo,
natureza bancria, financeira,
de crdito e securitria, salvo transformao, importao, exportao, distribuio ou comercializao de
as decorrentes das relaes de
carter trabalhista. produtos ou prestao de servios. Art. 3 Fornecedor (art. 3 do CDC).
Principais legislaes
Lei n 8.078, de 11 de setembro de 1990 Cdigo de Defesa do Consu-
midor e o artigo 5, XXXII da CF O Estado promover, na forma da lei, a
defesa do consumidor.
Principais legislaes
Cdigo Penal (Decreto-lei n 2848, de 7 de dezembro de 1940), Cdigo
de Processo Penal (Decreto-lei n 3.689, de 3 de outubro de 1941), Lei da
Contraveno Penal (Decreto-lei n 3.688, de 3 de outubro de 1941), Lei de
Execuo Penal (Lei n 7.210, de 11 de julho de 1984).
Principais legislaes
Direito Processual Civil (Cdigo de Processo Civil Lei n 5.869, de 11 janeiro
de 1973), Direito Processual Penal (Cdigo de Processo Penal (Decreto-lei n
3.689, de 3 de outubro de 1941) e Direito Processual Trabalhista (Consoli-
dao das Leis Trabalhistas Decreto-lei n 5.452, de 1 de maio de 1943).
Principais legislaes
Constituio Federal, Cdigo Tributrio Nacional CTN (Lei n 5.172, de 25
de outubro de 1966 - Dispe sobre o Sistema Tributrio Nacional e institui
normas gerais de direito tributrio aplicveis Unio, Estados e Municpios),
Lei de Execuo Fiscal (Lei n 6.830, de 22 de setembro de 1980 - Dispe
sobre a cobrana judicial da Dvida Ativa da Fazenda Pblica, e d outras
providncias).
Principais legislaes
Cdigo Civil (artigos 966 a 1195 da Lei n 10.406, de 10 de janeiro de
2002), Lei de Propriedade Industrial (Lei n 9.279, de 14 de maio de 1996),
Lei do Cheque (Lei n 7.357, de 2 de setembro de 1985), Lei da Duplicata
(Lei n 5.474, de 18 de julho de 1968), Lei de Falncia e Recuperao Judicial
e Extrajudicial (Lei n 11.101, de 9 de fevereiro de 2005).
Assistncia Social
Seguridade Social Sade
Previdncia Social
Sade
direito de todos e dever do Estado, garantida mediante polticas sociais e
econmicas (artigo 196 da Constituio Federal), e segmento da seguri-
dade social que no exige contribuio, ou seja, qualquer um, a qualquer
momento, pode se dirigir rede hospitalar pblica e requerer atendimento.
A sade direito de todos e dever do Estado.
Previdncia social
uma espcie de seguro social que tem por objetivo atender a sociedade
nos momentos em que o indivduo est frgil, como nas doenas, nos aci-
dentes, na invalidez, na velhice, entre outros.
Principais legislaes
Constituio Federal, Lei da Seguridade Social (Lei n 8.212, de 24 de julho
de 1991 - Dispe sobre a organizao da Seguridade Social, institui Plano de
Custeio, e d outras providncias) Lei da Previdncia Social (Lei n 8.213, de
24 de julho de 1991 - Dispe sobre os Planos de Benefcios da Previdncia
Resumo
Direito Constitucional: lei mxima do Estado; regula a estrutura funda-
mental do Estado e determina as funes dos respectivos rgos.
ESTADO
59 e-Tec Brasil
9.1.2 Organizao do Estado
O Estado se organiza atravs da Constituio, que a lei fundamental e
suprema, e estabelece limitaes ao poder do Estado.
Povo
o componente humano do estado. Indivduos que habitam a mesma
regio e se subordinam soberania do Estado.
Territrio
a base fsica, geogrfica, em que o Estado exerce a soberania e se esten-
de em uma linha horizontal de superfcie terrestre ou de gua; e em uma
linha vertical que corresponde tanto parte inferior da terra e do mar,
quanto do espao areo.
Soberania
Poder de autodeterminao do Estado. Expressa o poder de livre adminis-
trao de seus negcios e independncia em relao aos demais Estados.
Soberania significa poder poltico supremo e independente. Supremo por-
que no est submetido a nenhum outro de ordem interna. Independente
porque, na ordem internacional, no tem que acatar regras que no sejam
voluntariamente aceitas e est em p de igualdade com os poderes supre-
mos de outros povos.
Resumo
Direito Constitucional se divide em duas partes: a) Parte Geral Teoria
Geral do Estado; b) Parte Especial Constituio.
63 e-Tec Brasil
10.3 As Entidades Federativas
Constituio de 1988 estabelece trs ordens: a Unio = ordem nacional, os
Estados = ordem regional, e os Municpios = ordem local.
I) Unio
II) Estados-membros
III) Municpios
Funes atpicas
67 e-Tec Brasil
Art. 68 - As Leis Delegadas sero elaboradas pelo Presidente da Rep-
blica, que dever solicitar a delegao ao Congresso Nacional.
(..)
2 - A delegao ao Presidente da Repblica ter a forma de resolu-
o do Congresso Nacional, que especificar seu contedo e os termos
de seu exerccio.
Presidncia da Repblica
Vice-presidncia da Repblica
Ministros de Estado
Conselho da Repblica
Funo atpica:
Congresso Nacional
Quorum
Maioria absoluta: 257 deputados.
Maioria simples: leva-se em conta, para a aprovao da lei, o nmero de
parlamentares presentes sesso.
Senado Federal
Quorum
Maioria absoluta: 41 senadores.
Maioria simples: leva-se em conta, para a aprovao da lei, o nmero de
parlamentares presentes sesso.
Funo tpica - julgar, aplicando a lei a um caso concreto que lhe pos-
to, resultante de um conflito de interesses.
So rgos do poder judicirio conforme (art. 92, I, II, III, IV, V, VI, VII e 1
e 2):
11.2 Governo
Para CASTRO (2000, p. 229) o Governo o conjunto de indivduos, rgos
Sistema Brasileiro:
Resumo
Poderes de Estado: Legislativo, Executivo e Judicirio.
CF
Demais
normas
Constituies Brasileiras:
O Brasil j teve 7 Constituies, incluindo a atual de 1988.
1. CF 1824;
2. CF 1891;
3. CF 1934;
4. CF 1937;
5. CF 1946
6. CF 1967;
7. CF 1988.
75 e-Tec Brasil
Estrutura da Constituio/88:
A Constituio de 1988 est dividida em nove ttulos (o Prembulo e o Ato
das Disposies Constitucionais Transitrias no so ttulos) e as temticas
de cada ttulo so:
Princpios Jurdicos
O termo princpio significa comeo, origem, base, fundamento.
Princpios Fundamentais
No Ttulo I da Constituio Federal - Princpios Fundamentais - o constituinte
apresenta nos artigos 1 ao 4 os fundamentos jurdicos do Estado brasileiro.
Esses artigos sero estudados na prxima aula.
Estado de Direito
Todas as pessoas (natural ou fsica e jurdica) esto submetidas lei confec-
cionada por representantes do povo, inclusive o prprio Estado.
77 e-Tec Brasil
Estado Democrtico:
O povo tem participao efetiva e operante nas decises do governo (princ-
pio da soberania popular).
Comentrios do artigo 4 da CF
Independncia nacional
O Brasil independente visto que no precisa obedecer a qualquer ordena-
mento jurdico estrangeiro.
No-interveno
O princpio da no-interveno um desdobramento da igualdade sobera-
na na esfera externa das relaes com os Estados estrangeiros.
Repdio ao terrorismo
O legislador refere-se, aqui, ao terrorismo internacional, que no encontrar
proteo no Brasil, ou seja, o terrorista estrangeiro deve ser extraditado (en-
trega do criminoso) para o pas de origem.
soberania
cidadania
Fundamentos dignidade da pessoa humana
valores sociais do trabalho e da
livre iniciativa
pluralismo poltico
Atividades de Aprendizagem
Acesse o site Porta Curtas < http://www.portacurtas.com.br/index.
asp>, l voc poder assistir curta-metragens sobre diversos temas tra-
tados nestas aulas, entre eles: Ilha das Flores do diretor Jorge Furtado,
Cartas da Me dos diretores Fernando Kina e Marina Willer e tambm O
Xadrez das cores do diretor Marcos Schiavon.
Curta-metragem, ou
simplesmente curta, um filme
de durao inferior a trinta
minutos. O termo comeou a ser
Faa aqui anotaes sobre os assuntos tratados nestas aulas e que voc iden-
utilizado nos Estados Unidos na tificou nos curta- metragens que assistiu:
dcada de 1910, quando boa
parte dos flmes comeava a ter
duraes cada vez maiores.
Formato bastante difundido
e em expanso no Brasil
desde os anos 70, a curta-
metragem tambm adoptada
em documentrios, filmes de
estudantes e filmes de pesquisa
experimental.
Segundo a Agenia Nacional
do Cinema (ANCINE) em sua
Instruo Normativa 22, anexo I,
a definio de Curta-Metragem
dada a filmes de at 15 minutos,
Mdia-Metragem para filmes
com tempo acima de 15 minutos
e at 70 e Longa para filmes
com mais de 70 minutos.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/
wiki/Curta-metragem
Legislao
Lei n 10.406 de 10 de janeiro de 2002 Cdigo Civil.
Estrutura do CC
Parte Geral Parte Especial
83 e-Tec Brasil
(CTN), Cdigo Penal, Lei 11.101/05 (que regula a recuperao judicial, a
extrajudicial e a falncia do empresrio e da sociedade empresria) entre
outras leis.
Vigncia da lei tempo de vida da lei, ou seja, o tempo que ela produz
efeito no ordenamento jurdico.
Processo Legislativo
Mantido Entrada em
Vigor
Arquivo Arquivo
Vetos Congresso
Nacional Publicao
Presidente da
Iniciativa Casa Criadora Casa Revisora Repblica Sano/ Presidente da
Promulgao Repblica Promulgao
Rejeitado
Emendas
Fonte: http://www.camara.gov.br/internet/Processo/default.asp.
So exemplos de comisses a) Iniciativa legislativa o ato pelo qual se inicia o processo legislativo,
especializadas pelas quais os
projetos de Lei so analisados:. atravs da apresentao do projeto de lei;
Comisses de Defesa do
Consumidor, Comisso de
Educao e Cultura, Comisso b) discusso o projeto de lei analisado por comisses especializadas;
de Finanas e Tributao
Regra Geral
Vigncia (45 dias)
No estrangeiro
(90 dias)
Vacatio legis
Publicao Vigncia
3) Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias aps a data de sua publicao
b) Regra geral
Em regra, a obrigatoriedade de lei no se inicia no dia de sua publicao,
salvo se a lei assim o determinar.
Informa o perodo que decorre entre o dia da publicao de uma lei e o dia
em que ela entra em vigor.
Portanto, sempre que a lei for omissa quanto ao prazo ela comear a vigo-
rar, isto , ser obrigatria para os indivduos, deve-se aplicar o artigo 1 da
LICC, que dispe que a lei entre em vigor, quarenta e cinco dias depois de
sua publicao.
Durante a vacatio legis ainda vigora a lei anterior e a lei nova no ter efi-
ccia obrigatria sobre a coletividade, por ainda estar em vigor a lei antiga.
Nova publicao do texto Durante o vacatio legis Inicia-se novamente o prazo do vacatio legis
destinada sua correo Aps o vacatio legis Considera-se que lei nova foi promulgada
Exemplo
Art. 1, 3 da LICC - Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova
publicao de seu texto, destinada a correo, o prazo deste artigo e dos
pargrafos anteriores comear a correr da nova publicao.
Espcies de revogao:
Total Ab-rogao
Parcial Derrogao
Espcies de
Expressa Manifesta num texto legal
revogao
Incompatibilidade da lei nova com a antiga
Tcita
Regulao total da matria na lei nova
A lei nova faz cessar a eficcia parcial da anterior, atingindo apenas a efic-
cia de uma parte da lei, enquanto permanecem ntegras as disposies no
alcanadas.
Exemplo
Artigo 2045 do Cdigo Civil: Revogam-se a Lei n 3.071, de 1 de janeiro
A lei antiga incompatvel com a lei nova, visto que a lei nova trata na inte-
gra a matria tratada pela lei antiga.
Exemplos
Lei n 9.608, de 18 de fevereiro de 1998 (dispe sobre servio voluntrio)
art. 5, Revogam-se as disposies em contrrio.
Repristinao:
Ocorre quando uma lei revogada volta a ter vigncia.
Exemplo
A lei 2 revogou a 1. A lei 3 revogou a 2.
91 e-Tec Brasil
te, na ordem indicada:
I - a analogia;
II - os princpios gerais de direito tributrio;
III - os princpios gerais de direito pblico;
IV - a equidade.
15.1.2 Analogia
A analogia consiste no julgamento de um caso concreto no previsto por lei,
aplicando-se assim, determinada lei que regule caso semelhante.
Exemplos de analogia
a) Lei A regula fato 1, porm para fato 2, no h lei que o regula-
mente. H semelhanas entre fato 1 e fato 2. O juiz ento, utilizar da
analogia (semelhana) e aplicar ao fato 2 a lei que rege o fato A.
Dessa forma, o juiz no deve impor outras limitaes previstas pelo legisla-
dor nas leis penais.
A conduta que no estiver prevista nas leis penais como crime no o . Para
ser considerado crime, a conduta humana, deve estar tipificada na lei penal.
15.1.3 Costumes
O costume fonte supletiva, (...) Situa-se o costume imediatamente abaixo
da lei, pois o magistrado s poder recorrer a ele, quando se esgotarem to-
das as potencialidades legais para preencher a lacuna.
Implcitos
Resumo
Integrao da Norma Jurdica: ocorre quando no existe uma norma
preexistente prevendo o caso concreto. Na integrao da ordem jurdica
o juiz deve recorrer a: a analogia, os costumes, os princpios gerais do
direito, e a equidade.
todo ente dotado de personalidade para o direito, isto , tem aptido para
ser titular de direito subjetivo, porque todo o Direito pressupe um titular.
Pessoa o ser a que se reconhece com aptido legal para ser sujeito de direi-
tos, pois toda pessoa capaz de direitos e deveres na ordem civil.
(Atributo Jurdico)
a) natural ou fsica;
b) jurdica.
97 e-Tec Brasil
No Direito Civil denomina-se pessoa natural, para o Direito Tributrio
pessoa fsica.
Toda e qualquer pessoa pode ser sujeito ativo ou passivo de uma relao
jurdica.
Capacidade
a medida, a extenso da personalidade. A capacidade gnero de duas
espcies:
Capacidade
De DIreito De Fato
Toda e qualquer pessoa pode ser sujeito ativo ou passivo de uma relao
jurdica, entretanto, capacidade de Direito refere-se capacidade de a
pessoa ser titular ou sujeito de direitos.
A capacidade de fato a capacidade que tem a pessoa de agir por si mes-
ma nos atos da vida civil, ou seja, adquirir direitos e obrigaes em nome
prprio.
Espcies de Capacidade
As pessoas que possuem capacidade de direito e de fato tm a chamada
capacidade plena.
a) Capacidade plena:
b) Capacidade limitada
a restrio legal ao exerccio dos atos da vida civil. A capacidade limitada
divide-se em: relativa e absoluta.
b.1) Relativa
O artigo 4 do Cdigo Civil arrola os relativamente incapazes:
b.2) Absoluta
O artigo 3 do Cdigo Civil arrola os absolutamente incapazes:
A capacidade absoluta acarreta a proibio dos atos da vida civil, pois tais
atos se forem praticados pelos absolutamente incapazes, so nulos (ato nulo
no produz efeito mesmo no sendo contestado, pois j nasce com o vcio,
assim nulo desde sua origem).
Como a pessoa jurdica uma criao legal que tem por fim atuar seme-
lhana da pessoa natural, naquilo que lhe for compatvel, assim uma vez
constituda a pessoa jurdica ela obtm pela capacidade para:
Estados estrangeiros e
Externo todas as pessoas regidas
pelo Direito Pblico
Internacional
Direito
Pblico Unio
Estados
Distrito Federal
Interno
Pessoa Jurdica Municpios
Autarquias e demais entidades de
carter pblico criadas por lei
Sociedades
Direito Associaes
Privado Organizaes religiosas
Fundaes
Partidos polticos
Registro dos seus atos constitutivos (contrato so- Dissoluo - constitui um conjunto de atos
cial ou estatuto) no rgo competente (Cartrio visando extino da pessoa jurdica.
de Registro Civil das Pessoas Jurdicas ou Junta
Comercial)
IMPORTANTE
Os entes federados (Unio, Estados, Municpios e Distrito Federal) tm a
criao determinada pela Constituio Federal.
Resumo
Pessoa todo ente dotado de personalidade para o direito. Pessoa
gnero de duas espcies: a) natural ou fsica; b) jurdica.
Pessoa Jurdica: ente criado por lei para ser sujeito de direito (capa-
cidade de fato) e exercer direitos e contrair obrigaes (capacidade de
direito).
Para NASCIMENTO (2007, p. 58) o Direito do trabalho [...] tem por objeto
as normas, as instituies jurdicas e os princpios que disciplinam as relaes
de trabalho subordinado; determinam os seus sujeitos e as organizaes
destinadas proteo desse trabalho em sua estrutura e atividade.
Legislao
As principais legislaes que tratam do Direito do Trabalho a Constituio
Federal 1988 e a Consolidao das Leis do Trabalho CLT (Decreto-Lei n.
5.452 de 1 de maio de 1943).
17.1.1 Empregado
Art. 3 da CLT Considera-se empregado toda pessoa fsica que prestar
servios de natureza no eventual a empregador, sob a dependncia deste
e mediante salrio
Sntese:
1. Aos contratos de trabalho ajustados antes da modificao da norma,
aplica-se a norma mais benfica ao empregado;
Exemplo
Pedro tem horrio fixado no contrato de trabalho: entrada s 9 horas, e sa-
da s 18 horas. Na prtica, Pedro entra s 8h30, e sai s 19 horas. Prevalece
a realidade e no o contrato. Neste exemplo incidir o pagamento de horas
extras.
b) Princpio da irrenuncia- Em regra o empregado no pode renunciar aos seus direitos estabeleci-
bilidade dos direitos dos pela legislao.
d) Princpio da primazia da
Verdade real prevalece sobre a verdade formal.
realidade
e) Princpio da inalterabili- As alteraes contratuais podem ser realizadas por mtuo consentimento
dade contratual lesiva e desde que no tragam prejuzos ao empregado.
f) Princpio da intangibili- Em regra os salrios no podem ser reduzidos, salvo conveno ou
dade salarial acordo coletivo.
Tribunal
Superior do
Tribunais Trabalho
Regionais do
Trabalho (3o grau)
(1o grau)
I) Vara do Trabalho:
As Varas do Trabalho so as primeiras instncias ou o 1 grau da justia do
trabalho e conhecem e decidem conflitos individuais mediante sentenas;
Cada Vara do Trabalho tem por base territorial a comarca em que est se-
diada Exemplo: comarca do municpio de Ponta Grossa/PR.
Comarca determina o limite
territorial da competncia de
um determinado magistrado. As
comarcas podem ter a mesma
As Varas so compostas por um juiz titular e um juiz substituto do traba-
dimenso de um municpio lho. So 1.327 Varas do Trabalho em todo o Brasil. Fonte: http://www.tst.
ou no, isto , h comarcas
que ultrapassam os limites do gov.br/ASCS/estrutur2.html
municpio englobando vrios
pequenos municpios. Algumas
Varas do trabalho abrangem II) Tribunais Regionais do Trabalho TRT
mais de uma comarca. Outras
vezes temos mais de uma Vara
Os TRTs apreciam originariamente dissdios coletivos, recursos derivados das
numa nica comarca. Varas do Trabalho entre outras funes.
Juiz substituto o nome do
cargo ocupado pelo magistrado, Dissdio coletivo - a controvrsia entre categorias profissionais (empre-
at sua promoo a titular, desde
quando passa a responder pela gados) e econmicas (empregadores). A instaurao de processo de dissdio
presidncia de determinada
Vara. Antes da promoo a
coletivo prerrogativa de entidade sindical - Sindicatos, Federaes e Con-
titular, o juiz substituto atende federaes
s convocaes do Presidente
do Tribunal, quer para substituir,
quer para auxiliar, na rea Fonte: < http://www.anamatra.org.br/justica/dicionario/alfabeto/
de jurisdio da Corte, de
acordo com as necessidades dic_d.cfm
do servio. Disponvel em: <
http://www.trt02.gov.br/geral/
tribunal2/Legis/CLT/Doutrina/ Os TRTs esto instalados no Distrito Federal/DF e em 22 Estados.
MNF_09_09_06_4.html>
Fonte: http://www.tst.gov.br/ASCS/estrutur2.html
A competncia dividida em
a) material
b) funcional
c) territorial.
Dissdios coletivos;
Regra Especfica
Tm-se duas excees:
Exemplos
DE ATLETA PROFISSIONAL DE FUTEBOL (art. 3 da Lei 6.354/76 - Dispe
sobre as relaes de trabalho do atleta profissional de futebol e d outras
providncias. Art. 3: O contrato de trabalho do atleta, celebrado por
escrito, dever conter).
c) Tcito
Tem-se o contrato de trabalho acordado tacitamente encaixa-se perfeita-
mente o ditado popular quem cala consente- quando o contrato no
por escrito e nem verbal.
Atividades Aprendizagem
Visite o site do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e clique em jurisprudn-
cia no topo da pgina. Selecione consulta unificada e na pesquisa livre
digite: assdio moral. Aps a consulta surgiro diversas ementas sobre o
assunto. Para ler a deciso na ntegra, clique em inteiro teor.
Legislao:
Constituio Federal 1988;
20.1.1 Tributao
Unio
Entes Estados membros
Tributao Estados Municpios
Polticos
Distrito Federal
A tributao no Brasil s pode ser desenvolvida pelo Estado atravs dos en-
tes polticos:
Unio;
Estados-Membros;
Municpios;
Distrito Federal DF.
20.2 Tributos
Definio legal de tributo
Compulsria
Instituda em lei
Atividades de aprendizagem
Visite o site da Receita Federal < http://www.receita.fazenda.gov.br/>
e clique em instituio, lado esquerdo da pgina, e selecione A Receita
Federal do Brasil. Faa uma pesquisa sobre a estrutura da Receita Federal
do Brasil.
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributrio. 12 ed, So Paulo: Saraiva, 1999.
CICCO, Cludio de. Teoria Geral do estado e cincia poltica. So Paulo: Revista dos
Tribunais, 2008.
DINIZ, Maria Helena. Direito Civil Brasileiro: Teoria geral do direito civil. 22 ed. So
Paulo: Saraiva.
MALUF, Sahid. Teoria geral do estado, 23a. ed. So Paulo. Saraiva. 1995.
MARTINS, Sergio Pinto. Instituies de direito pblico e privado. 6 ed. So Paulo: Atlas.
TELLES JNIOR, Goffredo da Silva. Direito subjetivo. v. 28. So Paulo: Saraiva, 1977.