Caminho PDF
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dias atuais
4 EDIO
Verso eBook
2017
Pentagrama Publicaes, Jarinu, SP
Ttulo original holands
De weg van het Rosekruis in onze tijd
IMPRESSO NO BRASIL
1. Autoconhecimento 2. Espiritualidade
3. Gnosticismo 4. Rosacrucianismo 5. Rosacrucianismo
- Filosofia I. Lectorium Rosicrucianum.
17-01013 CDD-135.43
ndices para catlogo sistemtico:
ISBN: 978-85-67992-45-7
O discernimento
O desejo de salvao
A autorrendio
A nova vida
Por que o homem vive e qual o significado da existncia, ningum pode lhe dizer.
Parece que esse conhecimento se perdeu. Com preocupao e consternao, muitos
veem suas certezas esvairse. Muitos anseiam por uma vida de paz e de harmonia, por
uma vida sem temor, sem violncia e sem corrupo. Muitos se perguntam por que a
vida assim e o que o futuro nos reserva.
Os editores
1
A luta pela sobrevivncia
Qual a finalidade da vida?
Qual a fora misteriosa que impele o ser humano atravs da vida?
A vida parece ser injusta e imprevisvel. O ser humano vem ao mundo, mas no
sabe por qu. Nele se manifesta um anseio de vida ao qual ele procura reagir a seu
modo. Contudo, qual sua reao? Ele est em determinado ambiente onde passar
sua juventude, crescendo para enfrentar a luta pela sobrevivncia. Ento, ele encontra
seu par conjugal, uma vocao, uma posio, uma carreira que lhe satisfaz. Ele busca a
autorrealizao e a autoafirmao, um espao s seu, mas tambm quer ser respeitado
e admirado. Eis a reao a seu incontido anseio de viver.
assim que o ser humano luta pela posio que, a seu ver, lhe pertence. Assim tem
origem uma batalha ininterrupta pela sobrevivncia, s vezes oculta e extremamente
astuta, no raro uma luta sem misericrdia, contanto que seja alcanada a meta to
cobiada. Nessa nsia de viver, o ser humano v somente a si mesmo, v apenas sua
meta que considera mais vlida do que a de seu semelhante.
Ele quer sua liberdade! Contudo, o que significa essa liberdade? Do que se liberta o
ser humano? Ele acaba descobrindo que no existe liberdade. Ele no pode agir como
deseja. Precisa, por razes ticas e morais, respeitar os outros, e as leis, escritas ou
consuetudinrias, mantmno na linha.
O ser humano quer seus direitos! Todavia, quais so seus direitos? O tempo passa
e finalmente o homem, cansado, nada deseja seno paz e tranquilidade.
Entretanto, o ser humano no quer confessar seu desencanto. Ele no quer enxergar
os mseros resultados de sua luta e de seus atos, pois prefere sonhar com o que perdeu
h muito tempo: a perfeio. Ele se satisfaz com resultados insignificantes, narcotizase
com eles e simula esse estado de perfeio.
Ele no encontrou a nica resposta para seu desejo profundo e incessante. E quem
poder convenclo de que pelo caminho que escolheu no h seno decepo, negao,
tenses e diviso num mar de perptuas contradies?
A resposta correta est nele mesmo. Todo o seu ser, todas as suas cobias, todos
os seus desejos voltados para o mundo exterior, que se oferece para satisfazlos,
fazemno perderse num labirinto e ter de recomear sempre de novo. Porm, ele
possui uma semente escondida em si mesmo, menor que um gro de mostarda, que
pode crescer e trazer resposta sua angstia.
Nessa semente est a resposta que exige dele mais do que esforos e renncias,
mais do que riqueza e glria, mais do que cultura e conhecimento: ela exige a entrega
total do seu ser.
O ser humano egocntrico deve sacrificarse para que, em seu lugar, o verdadeiro
homem, o homemalmaesprito, renasa como era originalmente em um mundo
perfeito. Pois aquele que quiser salvar a sua vida perdla, mas aquele que perder
a sua vida por amor a mim, esse a salvar.
Quando o ser humano cessar de fugir de sua eterna inquietude, a fim de buscar,
por meio de seus atos, a nica soluo certa? Sim, quando?
2
O que a Rosacruz urea
Dos conceitos e do objetivo dos rosa-cruzes
A terra, onde a humanidade enfrenta sua luta dramtica pela vida, nada mais
que a parte visvel de um sistema perfeito e complexo. A terra no um sistema
independente, mas um elemento, por assim dizer, de um planeta stuplo, onde sete
mundos giram em torno de um centro comum. Esses mundos, de nveis vibratrios
diferentes, achamse interligados, cada um sustentando o outro. Entretanto, esse corpo
celeste no representa, mesmo como um todo, uma criao autnoma, porm faz parte
de um cosmo stuplo, dotado de um sol stuplo, cujo centro o sol espiritual.
Esse setenrio forma uma unidade que constitui a verdadeira criao, e a perfeio
somente pode se manifestar nessa harmoniosa unidade de sete aspectos. Nascido do
mundo espiritual, o homem divino original era a imagem desse cosmo stuplo e podia
ser definido como um microcosmo. A humanidade divina espiritual foi criada com a
finalidade de colaborar com a manifestao universal no stimo plano csmico, que
o aspecto material que conhecemos.
Devido sua atitude, o homem atraiu uma lei corretora natural. Dito de outra forma,
ele perdeu o campo de vida original, e seguiuse o aparecimento de uma natureza em
conformidade com seu estado de ser, afastada do plano divino, onde tudo o que no
est de acordo com a lei divina se decompe. Da surgiu o mundo da limitao e do
tempo, onde se patenteiam a enfermidade e a morte, e onde a existncia de tudo est
condicionada lei dos opostos. O bem e o mal, a alegria e a dor, a luz e as trevas: um
no pode subsistir sem o outro.
Em seu caminho, essa humanidade foi acompanhada por toda espcie de religies
que se adaptaram ao estado de desenvolvimento das diferentes raas. Ao mesmo
tempo, e pouco a pouco, foilhe revelada a existncia de uma vida superior, de uma
vida interiormente desligada da matria.
Movido por um anseio profundo, porm inconsciente e que somente pode ser
explicado pela sua origem divina, o ser humano luta pela felicidade de voltar a
encontrar o paraso perdido. Ignorando a verdade e o porqu da vida neste mundo, e
uma vez que a nica felicidade que ele conhece sentirse bem aqui, ele tenta conciliar,
com sua personalidade terrestre, com todo seu eu, o que irreconcilivel e encontrar o
mundo original atravs de seus ideais de liberdade, igualdade e justia. Ele luta para
construir, neste mundo passageiro, o sonhado paraso.
Ao mesmo tempo, ele vive a vida do homemeu, sempre buscando sua segurana
e sua expresso pessoal para poder manterse, apesar das dificuldades da luta diria
pela existncia.
Assim, por seus repetidos sofrimentos e dor o ser humano chega experincia e, por
ela, a uma nova conscincia. Por fim, por essa nova conscincia, chega compreenso
de suas limitaes. Ento ele se pergunta sobre o porqu e qual a finalidade da vida.
Ento ele se torna um buscador. Entretanto, sua busca somente ter um fim se ele
compreender que a vida individual meramente uma vida passageira e ilusria.
A vida cotidiana, com todas as suas necessidades, somente tem sentido se for
aceita como sendo a preparao para esse objetivo grandioso. a, e somente a, que
a vida se transforma no comeo do caminho de volta ao plano de vida original. Essa
senda para a ressurreio do homem divino original no poder ser trilhada por mera
curiosidade ou a ttulo experimental, porm exclusivamente mediante a presso da
experincia, em pleno autoconhecimento e livre da influncia de qualquer autoridade
ou ideologia.
Muitos acreditam que a vida divina, a ptria divina do ser humano, se encontre no
alm, na vida aps a morte, mas essa regio tambm est completamente excluda do
plano divino, pois a vida que l se manifesta pura e simplesmente a contraparte
invisvel da vida na esfera material, sujeita igualmente s mesmas limitaes do tempo.
Nessa metade invisvel da esfera de vida terrena refletida a totalidade dos desejos,
das vontades e das aes, tanto individuais como coletivas.
Essa esfera do alm, a esfera refletora, tornouse o mundo das paixes e dos instintos
reprimidos, o mundo das ideias ilusrias e da falsidade, um campo de tenses que de
tempos em tempos se desencadeiam inevitavelmente sobre a humanidade. Ao mesmo
tempo, uma esfera de purificao e de decomposio dos mortos, um mundo onde
os microcosmos so esvaziados e se preparam para uma nova vida na esfera material.
Ademais, na regio do alm no h nenhum sinal de vida divina, de vida eterna.
Ao contrrio, esse mundo transformouse, por culpa do ser humano, em um lugar
onde habitam determinadas entidades que vivem como parasitas da vida humana
presunosa e autoconservadora. O nico interesse dessas entidades a prpria
conservao e a manuteno desse seu pas.
A luta vital do homem, seus xitos e fracassos, suas alegrias e sofrimentos, seu
relacionamento com a comunidade e com o prximo, ou seja, toda a experincia
adquirida, traduzem a influncia dessa fuga do verdadeiro objetivo da vida; a reao
cega ao chamado contnuo do campo de radiao crstico: Vende tudo o que tens []
depois vem e segueme .
Assim como Cristo foi recebido por Jesus de Nazar, assim tambm ele dever ser
recebido por todos os seres humanos individualmente. Esse o cristianismo vivente.
algo que chama a ateno para a realidade e exige uma autorrevoluo absoluta
para que em trs etapas o Templo Divino possa ser reconstrudo em ns.
Nascer de Deus. Isso quer dizer que o ser humano reconhece sua origem divina e,
ao mesmo tempo, admite a realidade mutilada de seu estado de ser atual, que se acha
completamente apartado do mundo divino original.
Morrer em Jesus. Isso quer dizer que o sereu limitado, a realidade mutilada, se
retirar e se aniquilar voluntariamente, a fim de que a nova alma, o Cristo interior,
possa renascer no microcosmo.
Renascer pelo Esprito Santo. Isso quer dizer que, mediante a nova alma, o
esprito pode permitir, ento, o renascimento, a ressurreio do novo homem, do
homemalmaesprito.
Ele deve percorrer o caminho que leva de Belm, a gruta do nascimento no corao,
at o Glgota, o cume do crnio, o caminho que unifica, na fora crstica, a cabea e o
corao, para uma vida nova no esprito.
O buscador que procura a Deus poder encontrar o caminho, que ver nitidamente
diante de si, bem como trilhlo no campo de fora de atividade cristocntrica
existente na Escola Espiritual. Tratase de um despertar interior gradual e de um
conscientizarse, de um renascimento da natureza divina. sempre o mesmo caminho,
a mesma verdade e a mesma vida que, mediante a ao da Fraternidade Universal,
toma forma nas fraternidades gnsticas de todos os tempos. Em uma escola espiritual,
todas as especulaes e ideias ilusrias antiqussimas sobre Deus, Cristo e o Esprito
Santo e sobre o caminho da libertao cessam definitivamente.
Essas pessoas percebem que essa meta deve se encontrar fora desta vida terrena e
fora do alm. Para esses seres humanos que, em meio inquietao dos dias atuais,
despertaram e pesquisam, o Lectorium Rosicrucianum quer revelar a nica e verdadeira
sada das contradies e dos problemas da vida: a restaurao do vnculo com o
mundo divino e o regresso a essa regio, mediante a total renovao do ser segundo a
conscincia, a alma e o corpo. Este o caminho da transfigurao e a preparao para
percorrlo: a mudana fundamental. O Lectorium Rosicrucianum oferta, ao mesmo
tempo, o mtodo, o conhecimento e a fora para participar da terra divina.
Ento, ele pode, com convico, professar: Morro em Jesus. Desse perecer
voluntrio do eu dialtico, a personalidade celeste, presente em estado latente, nasce
e cresce. Assim, o aluno se torna consciente interiormente de que: Eis que o reino de
Deus est em vs.
Agora Cristo deve surgir no ser humano e o eu dialtico deve desaparecer. Sem a
autoentrega da personalidade nada possvel. No se pode burlar nem imitar esse
sacrifcio. intil a personalidade mortificarse ou flagelarse em vez de realizar
o autossacrifcio. Do mesmo modo, no tem sentido cultivar o eu ao mximo, pois
mesmo a pessoa mais nobre segundo a natureza no poder transformarse em
homemalmaesprito. verdade que uma vida de moral elevada , logicamente,
requisito para que o homem celeste em desenvolvimento no encontre demasiados
impedimentos, porm alcanar essa moralidade no a meta da Rosacruz. Isso
totalmente intil para o grande desgnio.
Do mesmo modo, qualquer grupo de pessoas que vise certa meta cria seu prprio
campo magntico dotado da correspondente fora de atrao e de repulso que difere,
em estrutura e vibrao, dos demais campos de fora, em funo da qualidade das
metas e da conscincia dos que pertencem a esse campo. Em conformidade com isso,
os resultados tambm so variveis.
O novo campo de vida no algo distante, remoto. Ele pode ser atingido por qualquer
pessoa desde que, voluntria e conscientemente, queira fazer parte da comunidade
que diligencia firmemente por alcanar a meta divina.
Assim foi construda uma forja sagrada, uma arca de No, o navio celeste dos
egpcios, uma vez que em nossa era um dilvio de novas foras etricas se propaga
para uma ressurreio ou para uma queda. O campo vivente da Rosacruz urea foi
edificado para permitir que muitos alcancem a margem do mundo da supranatureza.
Esse campo de fora magntico atua neste mundo terreno, tanto na esfera material como
no alm, entretanto no produto deles. Ele impele o aluno ao autoconhecimento, ou
seja, compreenso de seu estado interior e da situao do mundo que o rodeia, a fim
de que perceba por experincia prpria que est afastado do mundo divino. Ele lhe
esclarece, no mais profundo de seu ser, sua aspirao e sua busca e libera no aluno um
saber que no adquirido por meio de estudos.
Desse modo, nasce no candidato o desejo cada vez mais ardente de regressar
ao estado de homem original no mundo divino. Ele v, cada vez mais nitidamente,
o caminho diante de si e compreende que a Escola Espiritual lhe oferece ajuda,
possibilidades e fora para pr em prtica, na vida diria, o discernimento alcanado.
A atrao que a matria exerce sobre o homem, em especial tudo que se manifesta
mental e emocionalmente, o une ao campo de fora terrestre, onde esto presentes
todas as possibilidades do homemeu. Esse campo to poderoso que somente o
auxlio de um campo de fora de outra natureza pode arrancar o aluno dele.
O corpovivo de uma Escola Espiritual achase, de acordo com sua natureza, num
estado de crescimento constante. Mediante a ao purificadora ininterrupta dos alunos,
mediante a neutralizao crescente do eu dialtico e a consequente gnese do homem
celeste, tornase possvel o fluxo de energias cada vez mais puras que permitem
Escola e aos alunos percorrerem o caminho de realizao cada vez mais elevado.
O que o ser humano busca? Quer individual, quer coletivamente, ele busca harmonia,
paz e liberdade. a resposta ao eco longnquo de uma sabedoria perdida em tempos
remotos. a lembrana subconsciente de um mundo perdido h ees. Por isso, o ser
humano persiste na tentativa de redescobrir ou recriar, no plano terreno ou no alm,
esse mundo divino.
O ser humano dever compreender que o mundo a seu redor est sempre em
consonncia com seu prprio estado de ser interior, e que uma mudana fundamental
de seu prprio estado de ser deve sempre preceder qualquer mudana exterior. Toda
mudana forada e toda revoluo no mundo que nos rodeia sero fadadas ao fracasso
se o ser humano ignora a revoluo em seu prprio ser ou tenta evitla.
O ser humano, como ego, deve diminuir para que o ser divino latente nele possa
crescer. Mais uma vez o antigo processo de salvao tornouse possvel na Rosacruz
moderna. Ela mostra a sada verdadeira, o caminho que conduz ao novo homem e
a uma nova comunidade humana que vive segundo as leis de conscincia da alma
desperta. Ela no quer nem melhorar nem intervir nos sistemas deste mundo e se
mantm afastada de todas as lutas pelo poder.
Como indivduo, o aluno de uma escola espiritual assumir tambm uma atitude de
neutralidade com relao aos eventos mundiais e no apoiar nem se opor a nenhum
deles.
Ele sabe que o destino o colocou em certo meio, sob certas leis, a fim de que amadurea
e se conscientize, impelido pela inquietude da centelhadoesprito em seu corao. Ele
jamais escapar dessa inquietude e compreender suas experincias, relacionandoas
com sua aspirao e com a necessria purificao em seu caminho para a realizao
do homem verdadeiro. Ele cumpre suas obrigaes para com esta sociedade, uma vez
que sua personalidade ainda deste mundo e nele deve satisfazer as necessidades da
vida de preparao, antes de aspirar a aniquilarse no novo homem.
Todavia, o ser humano que to somente se preocupar com sua prpria liberdade,
indiferente aos demais, no lograr trilhar a senda que leva da conscincia terrena
conscincia anmica. Com essa atitude tipicamente egocntrica, o aluno sempre
lutar em vo, visto que o ser humano no vive sozinho, mas com toda a comunidade
humana. Ele deve cooperar com o ser crstico interior em autoentrega ao trabalho de
salvao da Fraternidade Universal, uma vez que a vida no Esprito essencialmente
unificadora.
O discernimento
Ele reconhece a essncia da dialtica, isto , a lei dos opostos, segundo a qual tudo
se transforma em seu contrrio; transformaes essas que mantm o estado dialtico.
Ele v mais do que nunca a instabilidade reinante e o jogo do bem e do mal; percebe
claramente que neste mundo de mutaes incessantes seu anseio por harmonia e por
perfeio jamais poder ser realizado e que tal aspirao se relaciona antes com outro
mundo, divino, que existe e sempre existiu, mas que o ser humano j no pode alcanar
em consequncia de seu estado atual.
Ele j no cair no erro clssico de situar o reino de Deus no alm, pois reconhece
que essa parte invisvel instvel e parte integrante de nosso universo dialtico.
Assim, nessa fase preliminar, o aluno vivencia, at o ntimo de seu ser, seu afastamento
do campo de vida original. Ele comea a compreender a causa e a finalidade das
experincias pelas quais tem passado e, em conexo com essa nova viso, compreende
seu anseio irrefrevel de buscar e pesquisar. Ele compreende nitidamente todo o seu
sofrimento e toda a sua dor, provenientes de seus esforos inteis de querer alcanar
por meios perecveis a vida imperecvel, objeto de seu mais profundo anseio.
Ele se conscientiza de que a vida no mundo divino somente ser possvel quando
sua personalidade egocntrica e autoconservadora for substituda pelo aparecimento
de um tipo de homem completamente diferente: o homem celeste. Dessa maneira,
o aluno compreende a meta da Escola Espiritual: a transfigurao, a substituio da
personalidadeeu atual por uma personalidade nova. E ele comea a trilhar o caminho
que conduz a esse alvo: a vida de preparao e a mudana fundamental neste mundo
dialtico, a fim de neutralizar e sobrepujar o tipo humano atual.
O desejo de salvao
Assim, sustentado seu anseio de ser curado, uma vez que compreende que a
causa de seu estado to perturbado e sujeito a sofrimento sua separao da fonte,
provocada pelo egocentrismo. Como resultado de seu desejo de salvao, ele se abre
para um novo influxo de fora cada vez mais intenso e se torna mais receptivo s
radiaes do campo de fora da Escola Espiritual. Ento, o legado da Gnosis, o fogo
divino, harmonizase com seu estado de ser. Eis a graa divina. desse modo que a
Escola Espiritual da Rosacruz urea constitui uma ponte ligando a Gnosis ao aluno.
Sem essa transformao espiritual, a Gnosis nunca poder toclo.
Esse o batismo de Joo, o batismo da gua Viva. No se trata de um ato simblico,
mas da ligao com as foras gnsticas, uma realidade que desperta nova faculdade
no aluno.
A autorrendio
Na terceira fase, nova possibilidade surge no aluno. Impelido por esse incio de
elevao da conscincia, a autorrealizao comear. Nele nasceu o anseio pelo mundo
do homem original divino.
Na quarta fase, a Gnosis tocou o aluno, que agora nutre uma f vivente. Essa f
no uma simples crena, porm uma certeza profunda. Para que a f seja vivente,
no basta aceitar intelectual ou emocionalmente o ensinamento da Escola Espiritual,
porm necessrio sobretudo que esse ensinamento seja compreendido e vivido no
mais profundo do ser, de tal modo que os resultados sejam uma nova atitude de
vida. No intenso fogo purificador da Gnosis, que irradia no campo de fora da Escola,
todo seu ser dialtico obrigado a revelarse: ele desmascarado. Se o aluno aceita
esse conhecimento, se no lhe d as costas e nem mede esforos, sua vida at agora
totalmente orientada para a autoconservao e a autoafirmao comea a se modificar.
Seus pensamentos, seus desejos e suas aes, seus hbitos e seu carter, enfim, todo o
seu ser transformase. Gradativamente abandonamno todas as pretenses de poder,
toda a ira, toda a falsidade, toda a hipocrisia, todo o cime e toda a crtica. Assim, o
aluno despedese de si mesmo e de suas barreiras. E ele triunfa, porque aquele que
quiser perder sua vida por amor a mim, encontrar a nova vida. Eis o autossacrifcio
consciente, a endura dos antigos gnsticos.
A nova atitude de vida exige uma compreenso clara que d fora para viver
conscientemente os conceitos e as experincias da f vivente. Esse comportamento de
vida abre todo o ser do aluno s foras da Gnosis e s suas leis permitindo, assim, a
transformao do microcosmo: a transfigurao.
O caminho que conduz a essa nova atitude de vida poder custar muitos esforos e
poder causar ao aluno dor e tristeza, pois ele atravessa a dialtica, que cada vez mais
se converte num deserto. a travessia do Mar Vermelho de suas paixes sanguneas. A
partir do momento em que o aluno obedece a lei escrita em seu corao e a cumpre
mediante nova atitude de vida conforme o Sermo da Montanha a luta acaba.
A nova vida
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